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Teologia Sistemática – Cristologia

Por meio deste documento declaro que; Jesus Cristo foi plenamente Deus e
plenamente homem em uma só pessoa e assim o será para sempre.

Cristologia Bíblica

Nome:

 Jesus, derivado do hebraico ‫יהושע‬


ַ (Joshua, Deus é Salvação)
 Cristo, do hebraico ‫(ש יַא‬Messias,
ִ Ungido)
 Filho do Homem, é o nome que liga Jesus à Terra e à Sua missão
redentora neste mundo (Lc 19.10)
 Filho de Deus, título de divindade (Mt 8.29)
 Senhor, equivalente ao hebraico ‫( ְה וֶה‬Yahweh)
 Filho de Davi, nome judaico e titulo messiânico (Mt 9.27). Cumprimento
da aliança davídica (Lc 1.31-33)

Encarnação:

Gálatas 4.4 – vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho,
nascido de mulher, nascido sob a lei

Propósitos:

 Revelar Deus a nós


 Prover um sacrifício efetivo pelo pecado
 Cumprir a aliança davídica
 Dar exemplo de vida
 Destruir as obras do diabo
 Ser um sumo sacerdote misericordioso
 A união de natureza divina do Logos com a natureza humana não-
sob-pecado resultou na unidade da Pessoa de Cristo
 Isaias anunciou a união da Deidade e da humanidade no Senhor (Is
9.6). Ele fez o mesmo ao anunciar, pelo nome Emanuel (Deus
conosco), a presença de Deus entre seu povo na pessoa do menino
que nasceria (Is 7.14)
I. Nascimento Virginal é ensino indiscutível tanto no AT quanto
no NT
 Mt 1.16, Mt 1.18-25, Lc 1.26-56
 Is 7.14 (citado em Mt 1.21, cf. LXX)
II. Propósito da Encarnação
 Revelar Deus para o homem (Jo 1.18; 14.8-9)
 Providenciar um exemplo para vivermos (1 Pe 2.21; Fp
2.5)
 Efetuar sacrifício pelo pecado (Hb 10.1-10, 12,13)
 Destruir as obras do diabo (1 Jo 3.18; cf. 2 Co 2.11; Hb
2.14)
 Tornar-se perfeito Sumo Sacerdote (Hb 5.1-10,12,13)
 Cumprir a promessa do Filho de Davi (Lc 1.31-33 cf. 2
Sm 7.16)
 Ser exaltado – doxologia (Fp 2.9-11)

A Humanidade de Cristo:

Apesar de sua divindade, Cristo assumiu uma humanidade real quando


encarnou

I. Ele teve uma ascendência humana


II. Ele teve um nascimento e desenvolvimento físico natural
III. Ele teve uma aparência humana real
IV. Ele teve corpo humano
V. Ele sofreu tentações reais
VI. Ele esteve sujeito às limitações comuns aos seres humanos
 Teve fome
 Teve sede
 Sentiu-se cansado
 Precisava dormir
 Chorou
VII. Foi capaz de morrer
VIII. A questão da “Kenósis”
 É o termo que designa à auto humilhação de Cristo, chegando ao
apogeu no sacrifício, consistindo no abandono voluntario e
temporário de Sua gloria celestial (junto ao Pai) para beneficio do
próximo. A auto humilhação se deu no momento em eu Deus
Filho assume, voluntariamente, um corpo humano, finito e
limitado. Deus que-não-pode-ser-contido em um corpo limitado,
evidencia a humilhação de Cristo

Divindade de Cristo:

 Jo 1.1 – O verbo era Deus


 Jo 10.28 – Doador de vida eterna
 Jo 10.30 – Eu e o Pai somos um
 Jo 20.28 – Senhor meu e Deus meu
 Mc 5.5-12 – Onisciência, autoridade para perdoar pecados
 Jo 1.3; Hb 1.3; Cl 1.17 – Criador e preservador do universo
 Mq 5.2; Is 9.6; Ap 1.17 – Eternidade
 Jr 17.10/Ap 2.23; Is 60.19/ Lc 2.32 referencias a Deus Pai (Yahweh) no
AT são dirigidas a Jesus no NT

União Hipostática e a Impecabilidade de Cristo

União Hipostática (100 + 100 = 100)

União das duas naturezas em Cristo é chamada de hipostática, isto é, pessoal.


As duas naturezas, ou substancias (ousai), constituem uma substancia pessoal
(hypostásis), a qual é explicitamente revelada em várias passagens bíblicas (Jo
1.1-
14; Rm 1.2-5; 9.5; Fp 2.6-11; 1Tm 3.16; Hb 2.14; 1Jo 1.1-3; Cl 2.9)

 O significado de natureza; É um conjunto de atributos Jesus mantinha


todos os atributos divinos e todos os atributos de um perfeito ser
humano
 O caráter da união; As duas naturezas de Cristo estavam unidas, sendo
inconfundíveis, imutáveis, indivisíveis e inseparáveis e formando uma
única pessoa
 A comunhão dos atributos; Os atributos das duas naturezas estavam
presentes em uma só pessoa, sem misturar as naturezas ou dividir a
pessoa. Isso nos ajuda a entender como Jesus era fraco, mesmo sendo
onipotente, e limitado, mesmo sendo infinito

Impecabilidade

Impecabilidade significa que Jesus jamais fez qualquer coisa que


desagradasse a Deus, que violasse a lei ou que tenha deixado de demonstrar a
gloria de Deus em sua vida (Jo 8.29)

Testemunho da Impecabilidade

As Escrituras dão testemunho da vida sem pecado de Cristo:

 Foi chamado de Santo desde seu nascimento (Lc 1.35)


 Desafiou seus questionadores a provar que ele tinha pecado (Jo 8. 46)
 Tentavam distorcer suas falas para poderem o acusar (Mt 22.15)
 Guardava todos os mandamentos (Jo 15.10)
 Foi declarado inocente onze vezes momentos antes de sua crucificação
(Mt 27.4,19,24,54; Lc 23.14,15,22,41; Jo 18.38; 19.4,6)
 Paulo, Pedro, João e o autor de Hebreus atestaram Sua impecabilidade
(2Co 5.21; 1Pe 1.19; 2.22; 1Jo 3.5; Hb 4.15; 7.26,27. Respectivamente à
autoria atribuída a cada livro)
As Tentações contra Cristo

Os Evangelhos AFIRMAM que Cristo foi tentado em sua condição de ser


humano (Mt 3.3; Mc 1.12; Lc 4.3), apesar de Tiago ter dito que Deus não pode
ser tentado (Tg 1.13), diante disso, Cristo, ou não é Deus ou não foi tentado. A
discussão não ataca a divindade de Cristo, mas sim discute se ele foi tentado
ou não e se ele tinha possibilidade de cair em tentação ou não. São dois
debates distintos, mas, se entrelaçam e repousam sobre os mesmos
fundamentos.

As tentações de fato ocorreram e foram apropriadas ao Deus-homem, visto que


nenhum homem comum seria tentado a transformar pedra em pão, mas, Jesus
foi tentado à semelhança dos homens (compare 1Jo 2.16 com Mt 4.1-11),
apesar de Jesus não ter sido tentado com todas as tentações do mundo, ele foi
tentado em todas áreas comuns ao homem

Os problemas da Pecabilidade de Cristo

 Imutabilidade, Se Cristo pudesse pecar, sua divindade estaria em


xeque antes mesmo do pecado, pois não seria “imutável”
 Soberania, Se Cristo pudesse pecar, temos de levar em conta a real
possibilidade de isso acontecer. Se Jesus acabasse por cometer um
pecado, nem ele seria Deus (devido ao mal nele), nem o Pai seria
soberano, pois ficaria patente que não tem poder para controlar a
história e manter seus planos
 Profecias, Caso Jesus cometesse algum pecado, a onisciência e
presciência de Deus não poderiam existir e todas as profecias sobre a
obra de Cristo e a redenção dos homens cairiam por terra. No caso de
Cristo, poder pecar e não fazê-lo, tais profecias não passariam de
otimismo (Mq 5.2; Is 53.6-9). Também perderiam completamente o
sentido todos os textos que falam de determinações prévias de Deus
sobre os redimidos, e, sem plena certeza de que tais prenúncios
realmente aconteceriam, Deus seria enquadrado como um mentiroso
(Mq 5.2; Is 53.6-9)
 Confiabilidade da redenção, Se Jesus pudesse realmente pecar, ser
humano algum pode alguma vez ter uma justa confiança na redenção
divina e ela correu o risco de falhar. Isso foge da clara esperança nas
promessas de Deus (Gn 12.3)

Jesus, Plenamente humano

Por que era necessário que Jesus fosse plenamente humano?

I. Possibilitar uma obediência representativa; Jesus como nosso


representante no lugar de Adão, onde ele falhou e desobedeceu,
Jesus obedeceu. Isso pode ser visto na tentação de Jesus (Lc 4.1-
13) em contraste com a provação de Adão e Eva no Éden (Gn 2.15-
3.7)
II. Um sacrifício substitutivo; Se Jesus não tivesse se tornado homem
(plenamente), ele não poderia ter morrido em nosso lugar para pagar
a pena que era direcionada a nós (Hb 2.16,17)
III. Ser o único mediador entre Deus e os homens; Estávamos
alienados a Deus por causa de nosso pecado, era necessário que
alguém estivesse entre Deus e nós para nos levar de volta a ele
(1Tm 2.5)
IV. Cumprir o propósito original do homem de dominar a criação;
Deus colocou o ser humano sobre a terra para subjugá-la e dominá-
la, como sua Imago Dei. Mas o homem não cumpre isso, pois caiu
em pecado
V. Ser nosso exemplo e padrão de vida; 1Jo 3.2-3 nos lembra que
quando ele voltar temos que estar preparados e sermos semelhantes
a ele e que essa esperança futura de conformidade com o caráter de
Cristo confere mesmo no momento atual pureza moral cada vez
maior à nossa vida

Bibliografia:

Bíblia AMP, NAA

PDF; TEOLOGIA BASICA

Teologia Básica, Charles Ryrie

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