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Houve necessidade de que o Mediador fosse tanto Deus quanto homem.

Se o ho-
mem estava alienado de Deus (Ef 2.12) e Deus tinha encoberto o seu rosto do ho-
mem (Is 59.2) por causa do pecado, alguém precisa fazer a ponte, reconciliar ambas
as partes. Por isso, o mediador tinha que ser Deus para revelar-nos a Deus e trazer
Deus para perto do homem (Jo 1.14, 18; 14.9) e tinha que ser homem para nos re-
presentar diante de Deus (1 Tm 2.5).

Necessidade da natureza humana:


1. Para substituir homens. Porque Jesus intentava salvar homens, e não anjos,
ele se fez homem, não anjo (Hb 2.16-17). Só um homem pode ser castigado
em lugar de outro homem; o sangue de animais não resolveria o problema da
humanidade (Hb 10.4). Não bastava que ele fosse parecido conosco, ou tivesse
aparência de ser humano, mas precisava ser um homem real. Quando Apoli-
nário propôs uma antropologia diferenciada que retirava de Cristo certos ele-
mentos da sua natureza humana, Gregório de Nazianzo respondeu: “o que não
foi assumido não pode ser restaurado; o que é unido a Deus é que é salvo.”
Em outras palavras, ele precisa ser homem completo para resgatar o homem
por inteiro.Necessidade da natureza divina:
1. Para exercer poderosa redenção. Só um ser divino pode receber autoridade sobre
toda a carne (Jo 17.2) para redimir aqueles que intentou redimir. Só o sacrifício de
um ser divino tem valor infinito; um redentor apenas humano, ainda que perfeito, pode
tomar o lugar de apenas um homem. Se por um lado, só um redentor humano pode
morrer, só um redentor divino pode ressurgir pelo seu próprio poder (Jo 10.17-18) e
destruir o poder da morte (Hb 2.14); como disse Calvino, só a Vida poderia engolir a
morte (Institutas II.xii.2). Cristo também restaura o nosso papel de vice-regente da
criação.
Embora Wayne Grudem coloque a restauração do domínio sobre a criação como
uma razão para a humanidade de Cristo,14 creio que seja importante enfatizar que
só Deus poderia libertar a criação do seu cativeiro (Rm 8.21) ao demonstrar poder
sobrenatural sobre essa criação desordenada. Observe os milagres que apontam a
sua divindade enquanto controladora e restauradora da natureza caída: acalmar a
tempestade (caos), multiplicar o alimento (fome), dar vista aos cegos (enfermidade).
Só Deus pode solucionar o problema do caos, da fome, da enfermidade.
2. Para suportar a ira divina. Se Jesus fosse apenas humano não teria forças para
suportar toda a ira divina em lugar de todos aqueles a quem ele veio remir. Não
imitamos a plenitude da vicariedade de Cristo ao carregar a cruz. Apenas morremos
para nós mesmos, mas não morremos para remir pessoas. Salvação é prerrogativa
divina (Jn 2.9); nenhum ser humano pode salvar. Salvação não é própria de criatura,
mas de Criador.

No entanto, nós expressamos dificuldades em afirmar a plena humanidade de Cristo


de diversas formas. Por exemplo, alguns evangélicos desprezam o corpo, e julgam
que Jesus não tenha mais corpo físico depois da ressurreição – fruto de um entendi-
mento equivocado de “corpo espiritual” (1 Co 15.44) como se fosse imaterial (“espi-
ritual” significa dirigido pelo Espírito, antes do que “natural”, sujeito aos desejos desta
era).2 O corpo ressurreto de Jesus ainda atende às qualificações físicas que são
naturais a todo ser humano, um testemunho acerca da bondade da criação material
de Deus (Gn 1.31). A Bíblia diz que o seu corpo ressurreto tinha carne e osso (Lc
24.39), podia ser tocado (Mt 28.9), as marcas da cruz podiam ser vistas (Jo 20.20,
27), e ainda era capaz de tomar refeições (Lc 24.30; Jo 21.9-10, 12-13; At 10.41).
Todas essas passagens testificam de que sua humanidade continuou sendo como a
nossa (embora glorificada), não essencialmente diferente. Jesus desaparecer da pre-
sença dos discípulos (Lc 24.31) não é testemunho de uma ‘humanidade diferente’
pois Filipe também despareceu (At 8.39). Wayne Grudem afirma que nem mesmo
Jesus entrar num recinto com portas trancadas (Jo 20.19, 26) provam que o corpo
de Jesus teria propriedades diferentes para atravessar paredes.

SOFRIMENTOS, MORTE E SEPULTAMENTO


Os sofrimentos, morte e sepultamento são o segundo, terceiro e quarto estágios da
humilhação. Não podemos pensar nos sofrimentos como acontecendo apenas no
Getsêmani, ou pouco antes. A paixão de Cristo foi o ápice de uma vida inteira de
sofrimentos. O sofrimento de toda uma vida adveio de ocupar posição subalterna
mesmo sendo o Senhor do universo, resultou de viver numa atmosfera pecaminosa
mesmo sendo santíssimo, e também de antecipar os sofrimentos que haveriam de
esmagá-lo (Is 53.6, 10).10 Macleod contrasta o terror de Moisés diante da glória de
Deus no Monte Sinai (Hb 12.21) e o terror de Cristo no Getsêmani, dizendo que Moi-
sés ainda estava diante do Deus do pacto enquanto Cristo viu a Deus com sua es-
pada desembainhada (Zc 13.7; Mt 26.31).11 Heber Carlos de Campos relata deta-
lhadamente os sofrimentos de abandono, acusação falsa, angústia, agonia, desonra,

desprezo, negação, ódio, perseguição, rejeição, tentação, traição, tristeza, vergonha


e zombaria de nosso redentor, sofrimentos estes que atingiram o seu ápice na paixão
de Cristo.

Cristo esteve sujeito não só à morte física, mas também à morte eterna – ele a sofreu
intensivamente, não extensivamente (Mt 27.46); isto é, não a sofreu para sempre no
inferno/lago de fogo, mas sofreu todo o castigo na cruz.13 Este foi o momento no
qual ele não ouviu uma voz do céu dizendo “Este é o meu Filho amado, em quem me
comprazo”. Não! Ele suportou a morte sem qualquer dose de graça, sem qualquer
conforto estendido. Aquele que sempre estivera com Deus, agora se viu separado de
Deus.14
Morte significa separação. Se morte física separa corpo e alma, a morte eterna sig-
nifica que o homem está eternamente separado da benevolência divina (não de sua
presença). Cristo experimentou o terrível desamparo do Pai (morte eterna) na cruz.
Não houve separação das naturezas na morte do Redentor, mas houve separação
na natureza humana, entre a parte material (o corpo foi à sepultura) e a parte imaterial
(sua alma foi ao Paraíso; Lc 23.43). Contudo, muito pior foi estar separado da bon-
dade de Deus, experimentando a sua ira.

A “morte eterna revelou-se na consciência humana do Mediador como um sentimento


de desamparo de Deus. Isto implica que a natureza humana perdeu por um momento
o consciente e fortalecedor consolo que podia auferir da sua união com o Logos di-
vino, bem como a percepção do amor divino, e esteve dolorosamente cônscia da
plenitude da ira divina que pesava sobre ela. Contudo, não houve desespero, pois,
mesmo na hora mais trevosa, enquanto exclama que está desamparado, dirige Sua
oração a Deus.”15

EXALTAÇÃO DE CRISTO
A coroa da obra redentora de Cristo é a sua exaltação. “O estado de exaltação deve
ser considerado como resultado judicial do estado de humilhação. Em sua capaci-
dade de Mediador, Cristo satisfez as exigências da lei, em seus aspectos federal e
penal, cumprindo a pena do pecado e merecendo a vida eterna. Portanto, tinha que
seguir-se a Sua justificação e tinha que Lhe ser dada posse da recompensa.”38
Sendo assim, os estágios da exaltação são a declaração do Pai de que Cristo fez jus
à recompensa (a justificação do Filho, isto é, a declaração jurídica de seu cumpri-
mento da lei), a aceitação paternal da obra expiatória do Filho (veja Rm 1.4; 4.25).39
Para o Filho, a exaltação implica numa realidade de autoridade como Cabeça que
lhe permite aplicar os frutos da sua obra redentora (enviar o Espírito, interceder junto
ao Pai pelos fiéis, preparar um lugar para os mesmos, etc.).

Todavia, precisamos começar explicando por que a expiação é necessária, por que
ela é a forma escolhida por Deus para salvar. Jesus explicou que era necessário que
o Cristo padecesse: “Não devia o Cristo sofrer estas coisas para entrar na sua gló-
ria?” (Lc 24.26, NVI). O autor aos Hebreus testifica dessa necessidade (Hb 9.23-26).
Por que era necessário Cristo expiar nossos pecados? Será que realmente precisava
haver substituto? Será que precisava haver pagamento, sacrifício? Não seria possí-
vel Deus ordenar o perdão sem exigir uma reparação legal?

Porém, a Escritura mostra a expiação como procedendo do beneplácito de Deus, sua


santa e amorosa vontade (Lc 2.14; Jo 3.16; Gl 1.4; Cl 1.19-20). A exigência por pa-
gamento não é arbitrária.8 Ela procede tanto da justiça divina, que exige pecado qui-
tado, quanto de seu amor e graça, que deseja salvar pecadores, para que Deus seja
tanto “justo” como “justificador” (Rm 3.24-26). Vários lugares da Escritura apresentam
essa dualidade de Deus:9 ele é Deus compassivo e longânimo ainda que não ino-
centa o culpado (Ex 34.6-7), nele a justiça e a paz se beijaram (Sl 85.10), ele é Deus
justo e Salvador (Is 45.21), na sua ira ele se lembra da misericórdia (Hc 3.2; Mq 7.18),
ele é cheio de graça e verdade (Jo 1.14), e por isso devemos considerar a bondade
e a severidade de Deus (Rm 11.22). Deus não compromete sua santidade a fim de
nos poupar, nem suprime o seu amor a fim de nos punir. Na expiação, justiça e amor
são equilibrados de forma esplendorosa. Por isso, tanto a justiça como o amor de
Deus são causas motoras da expiação que Cristo operou por nós. Michael Horton diz
que o amor foi o motivo e a satisfação da justiça foi o meio para atingir o fim maior
da salvação de um povo.

No entanto, há outras razões no caráter de Deus que exigem a expiação como, por
exemplo, sua santidade e a imutabilidade de sua lei. Falemos primeiro sobre a sua
santidade e consequente justiça retributiva para com pecadores. Deus abomina o
pecado (Sl 5.4-6; Pv 6.16-19; Rm 1.18) e não absolve o culpado (Nm 14.18; cf. Ex
34.7; Na 1.3). O Senhor tem de reagir contra o pecado com santa indignação. Nas
palavras de Michael Horton: “Por definição, a misericórdia não precisa ser demons-
trada, mas uma vez que Deus decidiu exercer misericórdia, ele só pode fazer isso de
uma maneira que não deixe de lado a sua retidão, santidade e justiça.”23 Pelo fato
de Deus ter estipulado que o derramamento de sangue é imprescindível para remis-
são de pecados (Hb 9.22), é que os sacrifícios do Antigo Testamento eram “neces-
sários” (Hb 9.23; cf. Hb 2.10, 17), apontando para o sangue de Cristo.

Propiciação (Rm 3.25; Hb 2.17; 1 Jo 2.2; 4.10). Não só o aspecto de sacrifício, mas
o de propiciação também está presente no Antigo Testamento (Ex 25.17-22; 32.30;
Lv 16.2).
A propiciação estava vinculada à ideia de cobrir o pecado do Senhor. Diz respeito à
aplacar a ira divina, pacificar o juiz (isto é que significa “temos paz com Deus” de Rm
5.1).
A primeira vista isso soa pagão, primitivo, de que Deus se enraivece e precisa de
rituais para ser apaziguado. Alguns estudiosos têm até procurado minimizar o con-
ceito de propiciação no Novo Testamento.4 John Stott demonstrou, todavia, que a
propiciação bíblica é diferente do conceito pagão em pelos menos três aspectos.
Primeiro, a ira de Deus não é arbitrária como a nossa, ou a de falsos deuses (como
se ele fosse “capaz de explodir à mais trivial provocação”), mas sempre previsível
pois só é provocada pelo mal. Segundo, a ira não é desviada por rituais ou ofertas
humanas, mas é iniciada pelo próprio Deus (Lv 17.11; Rm 3.25; 1 Jo 4.10). Terceiro,
o sacrifício não foi de uma coisa ou de uma pessoa outra, mas o próprio Deus. O
próprio Legislador se torna fora da lei (exlex), sofre fora dos portões da cidade (Lv
16.26-28; Hb 13.11-13), para nos incorporar à comunidade de paz.6 “Portanto”, re-
sume Stott, “o próprio Deus está no coração de nossa resposta às três perguntas
acerca da propiciação divina. É o próprio Deus que, em ira santa, necessita ser pro-
piciado, o próprio Deus que, em santo amor, resolveu fazer a propiciação, e o próprio
Deus que, na pessoa do seu Filho, morreu pela propiciação dos nossos pecados.”7
Não que o Filho tenha persuadido o Pai encolerizado a usar de amor, pois a propici-
ação provém do amor do Pai (1 Jo 4.10), mas é a provisão para que o amor pudesse
realizar seus propósitos de maneira consoante com sua santidade.

Sacrifício1 (1 Co 5.7; Ef 5.2; Hb 7.26-27; 9.11-28; 10.12). O elemento de substituição


é uma contribuição primordialmente vinda do conceito de sacrifício. Isto é, ainda que
outras analogias de expiação possam trabalhar com a ideia de substituição, nenhuma
deixa isso tão claro quanto o sacrifício. Por isso, afirmamos que se trata de um sacri-
fício vicário. Como o sistema sacrificial do Antigo Testamento é o pano de fundo para
tal analogia da expiação, Hebreus é uma epístola onde ela é muito explorada. Lá o
autor sacro destaca tanto a eficácia de um sacrifício feito de ‘uma vez por todas’
(hapax ou ephapax; Hb 9.12, 25, 28; 10.10, 12, 14), quanto a superioridade do sa-
cerdote ofertante (Hb 4.14-15; 5.1-10; 7.1-28) e do sacrifício ofertado (o próprio Filho
de Deus versus os animais; caps. 9 e 10).2 Mas além de Hebreus, vemos referência
ao “sangue” de Cristo .

Reconciliação (Rm 5.10-11; 2 Co 5.17-21; Ef 2.14-17; Cl 1.19-22). Reconciliar signi-


fica restaurar um relacionamento, renovar uma amizade. Esta categoria pressupõe
que Deus estava alienado de nós.8 Tanto nossa atitude para com Deus precisa mu-
dar de mudar de ira para misericórdia.9 A ideia de que nós fugimos de Deus, de que
Deus nunca deu as costas para nós, é romântica, mas não verdadeira. No Antigo
Testamento Deus afirma que deixou o seu povo por causa dos seus pecados (Is
59.2). A diferença entre nós e Deus, é que a mudança nele vem de sua própria
natureza. Ele nos reconcilia consigo quando éramos inimigos (Rm 5.10). Por causa
da atitude dele é que eu mudo de atitude (minha mudança depende da dele). Com
base em Mateus 5.23-24, Murray afirma que reconciliação não se refere ao afasta-
mento da inimizade subjetiva no coração (resultado), mas diz respeito à remoção da
causa da desarmonia (ato).10 Em outras palavras, reconciliação acontece quando o
ofensor objetivamente repara o estrago feito, não diz respeito aos sentimentos do
ofendido. Por isso, Cristo é a ação objetiva do Pai para produzir reconciliação em
várias esferas. Stott afirma que a reconciliação possui um plano horizontal como tam-
bém um vertical.11 Efésios retrata ambos os planos quando fala da alienação hori-
zontal (2.12) e da alienação vertical (4.18), ambas revertidas pela obra de Cristo.
Colossenses ainda acrescenta uma dimensão cósmica a tal reconciliação (1.20).
Deus pacifica inclusive a inimizade do habitat (mundo) para com o habitante (ho-
mem), a fim de que sua reconciliação seja plena (Rm 8.19-22).
Nenhuma das passagens sobre reconciliação, porém, é tão rica quanto a de 2 Corín-
tios 5. Lá, Paulo detalha o que significa Deus ser o autor da reconciliação, Cristo o
agente da mesma, e nós os embaixadores da mesma. Sobre o primeiro ponto (Deus
como autor), Stott destaca que o verso 18 começa com a frase “Tudo provém de
Deus” que é seguida de oito verbos que tem a Deus como sujeito – a iniciativa certa-
mente não é nossa.13 Deus ainda opera “por meio de Cristo” (segundo ponto) não
imputando os pecados a nós mas a Cristo (v. 19, 21), e ainda opera “por nosso inter-
médio” quando a anunciamos (terceiro ponto).

Redenção (1 Pe 1.18-19; Tt 2.14). Redenção pressupõe escravidão, servidão. “As


palavras gregas lytroo (geralmente traduzida por ‘redimir’) e apolytrosis (‘redenção’)
derivam-se de lytron (‘um resgate’ ou ‘o preço da soltura’), que era um termo quase
técnico no mundo antigo para a compra ou a manumissão de um escravo.”15 Por
isso, Cristo se apresenta como o preço de um resgate (Mt 20.28; Mc 10.45; At 20.28),
não pago ao diabo,16 mas a Deus em relação à nossa culpa e poluição. Cristo nos
resgatou da maldição da lei (Gl 3.13) e da obrigação de obtermos vida eterna pelo
cumprimento da lei (Rm 6.14). Porém, Cristo não só nos livra da culpa do pecado
(justificação), mas também do poder do pecado (santificação).
“Cristo morreu não apenas para expiar o pecado, mas para destruí-lo (1 Jo 3.8). Ele
adquiriu não meramente (!) o nosso perdão, mas a nossa santidade, transferindo-nos
para o reino de Deus e quebrando o poder do pecado sobre nós.”17 É em referência
ao poder do pecado que Pedro escreve quando diz que pelo sangue de Cristo “fostes
resgatados do vosso fútil procedimento” (1 Pe 1.18).
John Stott afirma que se Cristo se entregou a fim de “remir-nos de toda iniquidade”
(Tt 2.4), é propósito divino libertar-nos de todos os danos da Queda. Por isso, ainda
há aspectos da redenção que aguardamos, isto é, dividendos do preço que foi pago
que ainda estão por vir.

Em primeiro lugar, a expiação é objetiva. Isto é, ela é destinada a propiciar a Deus e


reconciliá-lo com o pecador. Ela é direcionada a Deus, antes que ao pecador. Não
que não exista reconciliação do pecador com Deus, mas esta é secundária. Ela é ato
reflexo, resultado da ação de Deus em prol do pecador.

Em segundo lugar, a expiação é vicária. Os sacrifícios do AT demonstram esse ca-


ráter substitutivo quando o confessor colocava a mão sobre a cabeça de um animal
(Lv 1.4; 16.20-22; 17.11). A Escritura também fala que nossos pecados foram lança-
dos sobre Cristo (Is 53.6,12; Jo 1.29; 2 Co 5.21; Gl 3.13; Hb 9.28; 1 Pe 2.24). Tanto
é que as palavras de instituição da Ceia são de que o corpo é dado por nós e o
sangue é derramado por nós (Lc 22.19-20; 1 Co 11.24).
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que
todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna." (Jo 3.16)

"e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios,
mas ainda pelos do mundo inteiro." (1 Jo 2.2)

"Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não imputando aos homens
as suas transgressões" (2 Co 5.19)

"Porque, assim como, em Adão, todos morrem, assim também todos serão vivifica-
dos em Cristo." (1 Co 15.22

"Pois assim como, por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens para con-
denação, assim também, por um só ato de justiça, veio a graça sobre todos os ho-
mens para a justificação que dá vida." (Rm 5.18)

"...Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e che-
guem ao pleno conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Medi-
ador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em
resgate por todos..." (1 Tm 2.3-6)

“... temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens,
especialmente dos fiéis.” (1 Tm 4.10)

"para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem" (Hb 2.9)

"... ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que
todos cheguem ao arrependimento." (2 Pe 3.9)

"...não faças perecer aquele a favor de quem Cristo morreu" (Rm 14.15)
"...até ao ponto de renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre
si mesmos repentina destruição" (2 Pe 2.1)

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