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Primèira Epístola de Paulo aos

Tessalonicenses
Análise
A igreja em Tessalônica, fundada por Paulo durante sua
Esboço
A RELAÇÃO ENTRE PAULO E A IGREJA TESSALONICENSE,
segunda viagem missionária (At 17), compunha-se de conver­
1.1— 3.13
tidos dentre os judeus, gregos devotos, mulheres nobres (At A Reação dos Tessalonicenses ao Evangelho,
17.4), e muitos vindos do paganismo gentio. Depois de haver 1.2-10
partido de Tessalônica (At 17.10), Paulo enviou Timóteo a eles Oração de Ação de Graças, 1 .2 -4
(1 Ts 3.1-3), e ele posteriormente levou um relatório a Pau­ Provas da Eleição, 1.5-1 0
lo, que estava em Corinto. Muitos crentes tessalonicenses es­ Relembrando o Caráter do Ministério de Paulo,
tavam desconsolados por causa de entes queridos que já .2 .1 - 1 2
haviam falecido (4.13—17); alguns andavam ociosos (4.11), e A Pureza de seus Motivos, 2.1 -6
A P u rezad esu as Emoções, 2.7,8
até mesmo desordenadamente (5.14). Alguns sentiam-se ten­
A Pureza de sua Vida, 2 .9 - 1 2
tados a voltar aos vícios dos pagãos (4.1-8). A perseguição
A Recepção pelos Tessatonicenses, 2 .1 3 -1 6
era intensa (3.3,4). Outros atacavam os motivos e o caráter de Recepção da Palavra de Deus, 2.13
Paulo (2.1-12), enquanto outros ainda ansiavam pela sua pre­ Perseguição pela Palavra de Deus, 2 .1 4 -1 6
sença (3.6). Em resposta ao relatório de Timóteo, Paulo escre­ Relação de Paulo para com os Tessalonicenses,
veu de Corinto a fim de louvar aos crentes pela sua fé (1.2- 2 .1 7 - 3 .1 3
10) ; defender o seu apostolado (2.1 -12) e unir-se à igreja com As Intenções de Paulo, 2.17,18
laços mais fortes (2.17— 3.10); exortar à pureza moral, ao A Missão de Timóteo, 3 .1 -1 0
Oração pela Reunião, 5.11-13
amor fraternal e à diligência no trabalho diário (4.1 -12); con­
EXORTAÇÕES DE PAULO À IGREJA TESSALONICENSE,
solá-los em sUa preocupação pelos parentes falecidos (4.13—
4.1 - 5.28
17) e assegurar-lhes que os crentes estão isentos do juízo vin­ Sobre a Conduta do Crente, 4.1 -12
douro do Dia do Senhor (5.1-5); exortá-los à vigilância (5.6- Afrouxamento Moral, 4.1 -8
11) e à conduta ordeira na assembléia e na vida diária (5.12— O Amor aos Irmãos, 4 .9 -1 2
23). . Sobre a Consolação do Crente, 4.13 — 5.11
O Arrebatamento dos Santos, 4 .1 3 -1 8
Autor O Dia do Senhor, 5.1 11
Sobre a Conduta na Igreja, 5 .1 2 -2 2
As epístolas aos Tessalonicenses são importantes, não por­
Oração Final, 5.23,24
que figurem entre as primeiras cartas de Paulo e revelem mui­
Pedidos Finais, 5 .25 -2 8
to acerca do ministério desse apóstolo e das condições da
igreja, mas porque contêm grandes ensinamentos concernen­
tes à segunda vinda de Cristo. 1 Tessalonicenses foi escrita em
Corinto, em 51 d.C.

Prefácio e saudação 1.1 OAU7.1 vós, mencionando-vos em nossas orações e,


1.2 PRm 1.8;
Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos Fp 4.1-13 sem cessar,b

1 tessalonicenses0 em Deus Pai e no Se­ 1.3 c|o 6.29;


nhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.Gl 5.6;
ITs 2.13;
2Ts 1.3,11;
3 recordando-nos, diante do nosso Deus e
Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação
do vosso amor e da firmeza da vossa espe­
Tg 2.17
rança em nosso Senhor Jesus Cristo,0
Ação de graças 4 reconhecendo, irmãos, amados de Deus,
1.4 UCI 3.12;
2 Damos, sempre, graças á Deus por todos 2Ts 2.13 a vossa eleição,d

1.1 Silvano é o companheiro de Paulo chamado Silas em Deus (9 ); 2 ) Amor que labuta (gr (topou) no serviço do
At 15.22,40; 1 6 .1 9 -2 5 , 17.4, que junto com Timóteo esta­ Senhor (9 ); 3) Esperança que se firma na paciência (gr hupo-
vam com Paulo em Corinto, nesta altura. Senhor é a tradução moné) aguardando a Vinda de Cristo (v 10).
de: Jeová na LXX, a Bíblia grega de Paulo. O título do Deus da 1.4 Vossa eleição. Deve ser "vossa eleição". Tanto no AT,
Aliança do AT é dado no N T ao Cristo ressurreto e glorificado onde Deus elege a nação de Israel para ser o Seu povo, como
(Fp 2 .9 - 1 1 ). no NT, onde Ele escolhe indivíduos, devemos lembrar-nós
• N. Hom. 1.3 Os sinais de um cristianismo real: 1) Fé que a salvação é toda dEle (cf 1 Pe 1.2, Ef 1.4). Eleição é o
que opera (Gl 5.6) em deixar os ídolos e converter-se a amor de Deus em ação.
1 TESSALONICENSES 1.5 1678
5 porque o nosso evangelho não chegou 1.5 eMc 16.20; 3 Pois a nossa exortação não procede de
1Co 2.4;
até vós tão-somente em palavra, mas, sobre­ 2Co 6.6; engano, nem de impureza, nem se baseia em
tudo, em poder, no Espírito Santo e em plena ITs 2.1,5,10-11; dolo;'”
2Ts 3.7; Hb 2.3
convicção, assim como sabeis ter sido o nosso 4 pelo contrário, visto que fomos aprova­
1.6 Mt 17.5-10
procedimento entre vós e por amor de v ó s / dos por Deus, a ponto de nos confiar ele o
1.8sRm 1.8;
6 Com efeito, vos tomastes imitadóres 2Ts 1.4 evangelho, assim falamos, não para que agra­
nossos e do Senhor, tendo recebido a palavra, 1.9 61 Co 12.2; demos a homens, e sim a Deus, que prova o
posto que em meio de muita tribulação^, com ITs 2.1
nosso coração.”
alegria do Espírito Santo, 1 .1 0 'Mt 3.7;
Rm 2.7; 5 A verdade é que nunca usamos de lin­
7 de sorte que vos tomastes o modelo para 1Ts 4.16; guagem de bajulação, como sabeis, nem de
todos os crentes na Macedônia e na Acaia. 2Ts 1.7; Tt 2.13;
intuitos gananciosos. Deus disto é teste­
8 Porque de vós repercutiu a palavra do 2Pe 3.12 munha.0
2.1 /ITs 1.5
Senhor não só na Macedônia e Acaia, mas 6 Também jamais andamos buscando gló­
2.2
também por toda parte se divulgou a vossa fé *At 16.19-24 ria de homens, nem de vós, nem de outros.P
para com Deus, a tal ponto de não termos Mt 17.1-9
2.3 m2Co 7.2;
7 Embora pudéssemos, como enviados de
necessidade de acrescentar coisa alguma;9
ITs 7.5; Cristo, exigir de vós a nossa manutenção, to­
9 pois eles mesmos, no tocante a nós, pro­ 2Pe 1.16
davia, nos tomamos carinhosos entre vós,
clamam que repercussão teve o nosso in­ 2.4 nPv 17.3;
qual ama que acaricia os próprios filhos; 9
gresso no vosso meio, e como, deixando os 1Co 7.25;
8 assim, querendo-vos muito, estávamos
ídolos, vos convertestes a Deus, para servir­ Cl 1.10;
ITm 1.11-12 prontos a oferecer-vos não sómente o evange­
des o Deus vivo e verdadeiroh 2.5 oAt 20.33;
10 e para aguardardes dos céus o seu Fi­ 2Ço2.17 lho de Deus, mas, igualmente, a própria vida;
lho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, 2.6 p|o 5.41; por isso que vos tomastes muito amados
Jesus, que nos livra da ira vindoura.1' ICo 9.1-2,4-6, de n ó s/
12,18;
2Co 10.1-2,
9 Porque, vos recordais, irmãos, do nosso
O proceder do apóstolo Paulo 10-11; labor e fadiga; e de como, noite e dia labu­
e seus cooperadores 2Ts 3.8-9; tando para não vivermos à custa de nenhum
ITm 5.17
na evangelização de Tessalônica de vós, vos proclamamos o evangelho de
2.7 <f1Co 2.3;
Porque vós, irmãos, sabeis, pessoal­ 20)13.4; Deus.5
2 mente, que a nossa estada entre vós não 2Tm 2.24
se tomou infrutífera;/
Z8fRm 1.11;
2Co 12.15
10 Vós e Deus sois testemunhas do modo
por que piedosa, justa e irrepreensivelmente
2 mas, apesar de maltratados* e ultraja­
2.9 Mt 20.34;
procedemos em relação a vós outros, que
dos em Filipos, como é do vosso conheci­ 1Co 4.12; credes/
20)11.9; 11 E sabeis, ainda, de que maneira, como
mento, tivemos ousada confiança' em nosso 2Ts 3.8
Deus, para vos anunciar o evangelho de Deus, 2.10 !2Co 7.2; pai a seus filhos, a cada um de vós,
em meio a muita luta. ITs 1.5; 2Ts 3.7 12 exortamos, consolamos e admoesta-

1.5 "O evangelho não é a apresentação de uma idéia, mas a 2 .2,3 Quando para anunciar o evangelho custa caro, em
operação de um poder. Quando o evangelho é p reg ado .. . o meio de sofrimento e luta, a fonte de ousada confiança só
poder de Deus está em operação para a salvação dos homens, pode ser o nosso Deus. O v 3 talvez aponte para as acusações
tirando-os dos poderes de destruição.. . e transferindo-os dos judeus de Tessalônica contra Paulo, mas não importa
para a nova era de vida" (Nygren). uma vez provado que Deus tenha dado sua aprovação.

1.6 Só o Espírito Santo é capaz de dar alegria no meio de 2 .7 Enviados (gr apostoloi). Os filósofos epicureus e cínicos,
grande aflição e sofrimento (cf Hb 12.2; Cristo suportou a também buscavam adeptos, viajando e pregando com esse
cruz em alegria; cf 1 Pe 1.6,8 ; 4.13 ). intuito, mas eram motivados por ganância e glória humana.
Os apóstolos de Cristo são muito diferentes como se pode
1.8 Repercutiu, como o som estridente de um clarim ou o verificar nos w 1 -1 3 . Carinhosos. Alguns dos melhores ma­
estrondo da trovoada. Bastava somente contar a história dos
nuscritos têm nêpioi, "bebês", que indicaria a maneira como
crentes de Tessalônica para se realizarem novas conversões. os pregadores se adaptavam aos seus ouvintes.
1.10 Ira vindoura refere ao julgamento final de Deus em jus­ • N. Hom . 2 .1 0 -1 9 Características do verdadeiro Ministro:
tiça. Então as profecias do AT (cf Is 2 .1 0 -2 2 ; Sf 3.8) e do NT 1) Seu procedimento - a) piedoso perante Deus; b) justo
(cf Rm 3.5,6 ; Hb 6.2; ]d 14,15; Ap 6.17) terão cumprimento. perante o mundo; c) irrepreensível perante os irmãos. 2) Seu
O único escape é o livramento de Cristo. relacionamento: de pai com seus filhos ( w 11,17).
2.1 Infrutífera, lit "em vão", demonstrado nos resultados con­ • N . Hom . 2.12 A. A responsabilidade do Ministério (v 12):
tínuos. 1) Exortamos - (parakaleõ), "im plorando" os restantes
1679 1 TESSALONICENSES 3.5
mos, para viverdes por modo digno de Deus, 2.12 vICo 1.9; 18 Por isso, quisemos ir até vós (pelo me­
Fp 1.27; lTs 4.1;
que vos chama para o seu reino e glória." 2Ts 2.14; nos eu, Paulo, não somente uma vez, mas
2Tm 1.9 duas); contudo, Satanás nos barrou o
O proceder fie l dos tessalonicenses caminho."
m s tribulações 2 1 3 /Mt 10.40;
lTs 1.3; 2Pe 3.2 19 Pois quem é a nossa esperança, ou ale­
13 Outra razão ainda temos nós para, in­ gria, ou coroa em que exultamos, na presença
cessantemente, dar graças a Deus: é que, 2 1 4 »At 17.5 dé nosso Senhor Jesus em sua vinda? Não
tendo vós recebido a palavra que de nós ou­ sois vós?b
2 1 5 *Et 3.8;
vistes, que é de Deus, acolhestes não como Lc 13.33-34 20 Sim, vós sois realmente a nossa glória
palavra de homens, e sim como, em verdade e a nossa alegria!
é, a palavra de Deus, a qual, com efeito, está 216/(15-16)
At 9.23,29;
operando eficazmente em vós, os que 13.45,50; 14.2,
credes.1' 5,19; 17.5,13;
Paulo envia-lhes Timóteo.
14 Tanto é assim, irmãos, que vos tomas­ 18.12 As boas notícias trazidas
tes imitadores das igrejas de Deus existentes por este ao apóstolo
2 .1 7 ?1Co 5.3;
na Judéia em Cristo Jesus; porque também Pelo que, não podendo suportar mais o
padecestes, da parte dos vossos patrícios“', as
mesmas coisas que eles, por sua vez, sofreram
ITs 3.10

2 1 8 "Rm 1.13
3 cuidado por vós, pareceu-nos bem ficar
sozinhos em Atenas";
dos judeus, 2 e enviamos nosso irmão Timóteo, minis­
2.19 6Pv 16.31;
15 os quais não somente mataram o Se­ 1Co 15.23; tro de Deus no evangelho de Cristo, para,
nhor Jesus e os profetas, como também nos 2Co 1.14;
em benefício da vossa fé, confirmar-vos e
ITs 3.13; Ap 1.7
perseguiram, e não agradam a Deus, e são
exortar-vos,d
adversários de todos os hom ens/ 3.1 cAt 17.15 3 a fim de que ninguém se inquiete com
16 a ponto de nos impedirem de falar aos
estas tribulações. Porque vós mesmos sabeis
gentios para que estes sejam salvos, a fim de 3.2 "Rm 16.21;
1Co 16.10; que estamos designados para is to /
irem enchendo sempre a medida de seus peca­
2Co1.19 4 pois, quando ainda estávamos convosco,
dos. A ira, porém, sobreveio contra eles, defi­
nitivamente.)' 3.3 /At 9.16;
predissemos que íamos ser afligidos, o que,
1Co 4.9; de fato, aconteceu e é do vosso conheci­
2Tm 3.12; m ento/
O interesse de Paulo pelos tessalonicenses
1Pe 2.21
17 Ora, nós, irmãos, orfanados, por breve 5 Foi por isso que, já não me sendo possí­
tempo, de vossa presença, não, porém, do co­ 3.4 'At 20.24 vel continuar esperando, mandei indagar o
ração, com tanto mais empenho diligencia­ estado da vossa fé, temendo que o Tentador
3.5 91 Co 7.5;
mos, com grande desejo, ir ver-vos 2Co11.3;
vos provasse, e se tomasse inútil o nosso
pessoalmente.z Fp 2.16; ITs 3.1 labor. 9

(cf 3.2 com Rm 12.1 onde se encontra a mesma palavra no 2.18 Atrás dos obstáculos no caminho da divulgação do
gr); 2) Consolamos (paramutheomai) "encorajando" os fracos evangelho encontra-se Satanás (Rm 16.20). É necessário
e tristes; 3) Admoestamos (marturomai), "insistindo" com os va­ avançar no poder de Cristo, que pode vencer "o valente",
cilantes. B. O galardão do Ministério ( w 19,20) 1) Esperança tirar a sua "armadura e dividir os seus despojos" (Lc 11.21,22;
(v 19; cf Rm 15.16); 2) Alegria (3 .9 ; Fp 4 .1 ); 3) Coroa cf 1 Ts 3.11).
(v 19; Fp 4 .1; 1 Pe 5 .4); 4) Glória (v 20; cf jo 15.8; 1 Pe 5.8). 3.1 A divisão entre os capítulos aqui é infeliz. Pelo que liga
aquilo que segue aos w 1 7 -2 0 que precedem. Sozinhos. A
2.12 Modo digno (gr axios), originalmente, "equilibrar os
palavra no gr é forte: "abandonados". Foi com sacrifício que
pratos da balança"; portanto, comportar-se como Deus,
Paulo ficou para enfrentar o intelectualismo incrédulo de Ate­
o mais alto ideal (cf Lc 11.44,45; Mt 5 .48; 1 Pe 1.15,16).
nas (cf At 17.15ss).
2.13 Temos aqui uma advertência contra a tendência da 3.2 Ministro (gr diakonos). Outros manuscritos têm, "compa­
Igreja de pôr a tradição humana no mesmo nível com a pala­ nheiro de trabalho" (sunergon).
vra de Deus.
3.3 Inquiete, lit "sacudir a cauda" (como um cão), i.e., pela
2.14 Igrejas de Deus. No AT grego (LXX), a igreja de Deus lisonja levar os crentes ao abandono do evangelho no meio
(iekklêsia) refere-se à congregação do Povo Escolhido e, prati­ da perseguição. Aflições são normais não excepcionais
camente, equivale ao termo "sinagoga". A diferença entre as (jo 16.33; At 14.22).
igrejas cristãs e aquelas era a aceitação de jesus como Mes­ 3.5 Tentador.. . provasse. Ambas as palavras têm a mesma
sias, o que as torna em "ig re jas.. . em Cristo jesus". Imitado­ raiz no original. Vemos o diabo na sua atividade natural
res na maneira que suportaram a perseguição. (cf 2 .18).
1 TESSALONICENSES 3.6 1680
6 Agora, porém, com o regresso de Timó­ 3 .6 ” At 18.5 estais fazendo, continueis progredindo cada
3.7 <2Co 1.4 vez mais;P
t e o v i n d o do vosso meio, trazendo-nos
3 .8 /Fp 4.1
boas notícias da vossa fé e do vosso amor, 2 porque estais inteirados de quantas ins­
3 .9*1 T sl.2
e, ainda, de que sempre guardais grata lem­ truções vos demos da parte do Senhor Jesus.
3 .1 0 'At 26.7;
brança de nós, desejando muito ver-nos, 3 Pois esta é a vontade de Deus: a vossa
2Co 13.9,11;
como, aliás, também nós a vós outros, Cl 4.12; santificação, que vos abstenhais da prosti­
7 sim, irmãos, por isso, fomos consolados 1TS2.17; tuição; 9
2Tm 1.3
acerca de vós, pela vossa fé, apesar de todas 4 que cada um de vós saiba possuir o pró­
3.11 ">Mc1.3
as nossas privações e tribulação,' prio corpo em santificação e h onra/
3.12
8 porque, agora, vivemos, se é que estais n1Ts 4.9-10;
5 não com o desejo de lascívia, como os
firmados no Senhor./ 2Pe 1.7 gentios que não conhecem a D eu s/
9 Pois que ações de graças podemos tribu­ 3.13 oZc 14.5; 6 e que, nesta matéria, ninguém ofenda
1Co 1.8; nem defraude a seu irmão; porque o Senhor,
tar a Deus no tocante a vós outros, por toda a 1Ts 5.23;
alegria com que nos regozijamos por vossa 2Ts2.17;
contra todas estas coisas, como antes vos avi­
causa, diante do nosso Deus,k 1|o 3.20-21; samos e testificamos claramente, é o vin­
Jd 1,14 gador/
10 orando noite e dia, com máximo empe­
4.1 pFp 1.27; 7 porquanto Deus não nos chamou para a
nho, para vos ver pessoalmente e reparar as 1Ts 2.12
deficiências da vossa fé?' impureza, e sim para a santificação.”
4.3 qRm 12.2;
Ef 5.3 8 Dessarte, quem rejeita estas coisas não
Oração de Paulo pelos tessalonkenses 4.4 rttm 6.19 rejeita o homem, e sim a Deus, que também
4.5 sRm 1.24; vos dá o seu Espírito S a n to /
11 Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, e Je­ 10)15.34;
sus, nosso Senhor, dirijam-nos o caminho Ef 2.12; Cl 3.5 Exortação à prática do amor fraternal
até vós,m 4.6 <tv 19.11;
2Ts 1.8
9 No tocante ao amor fraternal, não há
12 e o Senhor vos faça crescer e aumentar necessidade de que eu vos escreva, porquanto
no amor uns para com os outros e para com 4.7 uLv 11.44;
1Co 1.2; vós mesmos estais por Deus instruídos que
todos, como também nós para convosco,” IPe 1.14-15 deveis amar- vos uns aos outros;w
13 a fim de que seja o vosso coração con­ 4.8 rtc 10.16; 10 e, na verdade, estais praticando isso
firmado em santidade, isento de culpa, na pre­ Ijo 3.24
mesmo para com todos os irmãos em toda a
sença de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso 4.9 wjr 31.34;
|o 6.45; Ef 5.2;
Macedõnia. Contudo, vos exortamos, irmãos,
Senhor Jesus, com todos os seus santos.0 Hb 8.11; a progredirdes cada vez mais*
ljo 2.20 11 e a diligenciardes por viver tranquila­
Exortação à prática da santidade 4.10 *1Ts 1.7 mente, cuidar do que é vosso e trabalhar com
Finalmente, irmãos, nós vos rogamos e 4.11 Mt 20.35; as próprias mãos, como vos ordenam os/
4 exortamos no Senhor Jesus que, como de
nós recebestes, quanto à maneira por que de­
2Ts 3.7-8
4.12
^Rm 13.13;
12 de modo que vos porteis com digni­
dade para com os de fora e de nada venhais a
veis viver e agradar a Deus, e efetivamente Cl 4.5 precisar/

3.6 Boas notícias (gr euanggelisamen) é o único caso no NT 3.13 Coração. Na Bíblia, o coração não é a sede das emoções
em que não significa a obra salvadora de Deus em Cristo. mas o centro controlador da personalidade. • N . Hom.
3.8 Para Paulo o sucesso da propagação do evangelho era Nossa santificação: a vontade de Deus ( w 3 -1 3 ): 1) Na vida
mais importante que a própria vida (cf Fp 1.21 e Mc 8.35 sexual - pureza ( w 3 - 7 ); 2 ) Na vida da Comunidade -
com 2 Co 11.24ss). amor ( w 9 -1 0 ); 3) na vida no mundo - dignidade (gr
euschêmonõs), "boa aparência", "conveniente"; cf Ef 4.28.
3.10 Esta oração foi respondida alguns anos mais tarde
(At 2 0 .1 ,2 ). Reparar as deficiências. Calvino diz bem: "Daqui é 4.3 Santificação, o processo de se tornar santo, enquanto em
evidente a importância de dedicar-nos ao ensino. Pois mes­ 3.13 santidade é o estado de ser santo.
tres não foram ordenados para num dia ou num mês condu­
zir os homens à fé em Cristo, mas que conduzam à perfeição 4 .4 Possuir o próprio corpo, i.e., na pureza sexual, sendo o
a fé apenas iniciada". templo do Espírito Santo (cf 1 Co 6.19). É notável que pecar
neste respeito é rejeitar a santificação que o Espírito Santo nos
3.11 Dirijam-nos. O verbo no original é singular indicando a
dá ( w 7,8).
unidade de Deus Pai com o Senhor Jesus Cristo.
3.12 Amor é a única coisa que não pode ser levada ao ex­ 4.9 Por Deus instruídos (cf Is 54.13). Não deve ser uma alusão
cesso (Bacon). A obrigação vai além de amar uns aos outros ao novo mandamento de Cristo (Jo 13.34) nem â obrigação
até o ponto de amar a todos, inclusive os perseguidores de amar o próximo declarada no AT, mas parece ser a ativi­
(cf Mt 5 .4 4 -4 7 ). dade de Deus (gr theodidaktoi) no coração (Jo 7.17).
1681 1 TESSALONICENSES 5.11
A situação dos mortos em Cristo 4.13 °Lv 19.28; 3 Quando andarem dizendo: Paz e segu­
2Sm 12.20
e a vinda do Senhor rança, eis que lhes sobrevirá repentina des­
4.14
13 Não queremos, porém, irmãos, que se­ *1Co 15.13; truição, como vêm as dores de parto à que
jais ignorantes com respeito aos que dormem, lTs 3.13 está para dar à luz; e de nenhum modo esca­
para não vos entristecerdes como os demais, 4.15 parão.'
que não têm esperança.0 Cl Rs 13.17-18;
ICo 15.51
14 Pois, se cremos que Jesus morreu e A necessidade de vigilância
4.16
ressuscitou, assim também Deus, mediante 4Mt 24.30-31;
Jesus, trará, em sua companhia, os que 4 Mas vós, irmãos, não estais em trevas,
1Co 15.23
dormem.6 para que esse Dia como ladrão vos apanhe de
4.17 c|o 12.26;
15 Ora, ainda vos declaramos, por palavra At 1.9; Ap 11.12 surpresa;/
do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficar­ 4.18'(13-18) 5 porquanto vós todos sois filhos da luz e
mos até à vinda do Senhor, de modo algum ICo 15.51-58 filhos do dia; nós não somos da noite, nem
precederemos os que dormem.c 5.1 gMt 24.3; das trev as/
At 1.7
16 Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua 6 Assim, pois, não durmamos como os de­
palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, 5.2 »>Mt 24.43; mais; pelo contrário, vigiemos e sejamos
Lc 12.39;
e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos 2Pe 3.10 sóbrios/
céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão pri­ 5.3 Os 13.6-9; 7 Ora, os que dormem dormem de noite, e
meiro;6 Os 13.13; os que se embriagam é de noite que se em­
17 depois, nós, os vivos, os que ficarmos, 2Ts1.9
briagam.'"
seremos arrebatados juntamente com eles, en­ 5.4
8 Nós, porém, que somos do dia, sejamos
tre nuvens, para o encontro do Senhor nos /Rm 13.12-13
sóbrios, revestindo-nos da couraça da fé” e
ares, e, assim, estaremos para sempre com o 5.5 lEf 5.8
do amor e tomando como capacete a espe­
Senhor.e 5.6 IMt 24.42;
Rm 13.11-13 rança da salvação;
18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com
5.7 mLc 21.34;
9 porque Deus não nos destinou para a ira,
estas palavras/
At 2.15; mas para alcançar a salvação mediante nosso
1Co 15.34
A vinda do Senhor é certa e repentina Senhor Jesus Cristo,0
5.8 »Is 59.17 10 que morreu por nós para que, quer vi­
Irmãos, relativamente aos tempos e às
5 5.9 °Rm 9.22;
épocas, não há necessidade de que eu 2Ts 2.13-14;
vos escreva; 9 Jd 1.4
giemos, quer durmamos, vivamos em união
com ele.P
2 pois vós mesmos estais inteirados com
5.10 11 Consolai-vos, pois, uns aos outros e
precisão de que o Dia do Senhor vem como p Rm 14.8-9 edificai-vos reciprocamente, como também
ladrão de noite6. 5.11 qITs 4.18 estais fazendo. 9

4.13 Dormem representa a palavra grega que descreve 14 4.18 Consolai-vos. • N. Hom. A bendita esperança da Vinda
vezes no NT a morte exclusivamente do crente (cf Jo 11.11). do Senhor; 1) Encoraja a evangelização do mundo
Não nos dá Informação sobre o estado entre a morte e a (Mc 13.10); 2) Tira o temor (Jo 1 4 .1 -3 ); 3) Dá firmeza na
ressurreição além de afirmar que dormir em Cristo garante obra do Senhor (1 Co 1 5 .5 0 -5 8 ); 4) Dá consolação na perda
voltar juntamente com Ele no dia da ressurreição (v 14). de uma pessoa amada (1 Ts 4 .1 8 ); 5 ) Purifica a vida em santi­
Tanto em morte como em vida estamos com Ele (5.10; dade (Tt 2 .1 2 -1 4 ; 2 Pe 3.11,12; 1 Jo 3.3).
Fp 1.23), portanto a nossa tristeza é devida somente à sepa­ 5.2 O Dia do Senhor, é uma frase do AT significando a inter­
ração temporária enquanto a morte do incrédulo é separação venção divina na história com salvação e julgamento (Is 2.12,
eterna (cf 2 Ts 1.9). 13.6, Sf 1.14; 3.11,16). No NT refere-se à Segunda Vinda do
Senhor (Lc 17.24; 1 Co 1.8).
4.15 Em w 1 4-1 8 Paulo apresenta ensino sobre o arrebata­
mento da Igreja. Claramente encontramos: 1) A vinda do Se­ 5.8 A maneira de vigiar para que o dia do Senhor não nos
nhor (parousia, ver 2 T s2 .1 n ) se realizara na descida do sobrevenha com "repentina destruição" (v 4) é sermos do dia
Senhor do céu; 2) A ressurreição dos crentes depende da res­ (5; cf Jo 8.12), sermos sóbrios (desembaraçar-se de todo pe­
surreição de Cristo (v 14); 3) Os salvos ressuscitarão antes dos cado e peso, Hb 12.1) e vestir-nos de fé no Senhor (Ef 2.8),
outros acontecim entos ligados com sua vinda (v 16; amor aos irmãos (1 Ts 4 .9 ) e esperança nas promessas
cf Ap 2 0 .4 -6 ); 4) O encontro com o Senhor, dos mortos e (1 Pe 1 .3,13,21).
vivos, nos ares significa permanência no novo corpo glorioso 5.9 Destinou (gr etheto) é uma palavra muito mais suave do
(1 jo 3.2, 1 Co 1 5.5 1 -53 ) na presença de Cristo que então que predestinou (Rm 8.29,30). A iniciativa da nossa salvação
deve proceder para a terra na companhia dos santos da ira de Deus tem origem no seu amor manifestado na
(1 Co 6.2; Ap 20.4). morte de Cristo por nós (v 10; Rm 5.8).
1 TESSALONICENSES 5.12 1682
Diversos preceitos 5.12 21 julgai todas as coisas, retende o que
n Co 16.18;
12 Agora, vos rogamos, irmãos, que aca­ lTm5.17 éborn;0
teis com apreço os que trabalham entre vós e 5.13 sMc 9.50 22 abstende-vos de toda forma de mal.6
5.14 tRm 14.1;
os que vos presidem no Senhor e vos ad­ Cl 5.22; Ef 4.2;
m oestam / ZTs 3.11-12; O voto do apóstolo
13 e que os tenhais com amor em máxima Hb 12.12
5.15 uLv 19.18;
23 O mesmo Deus da paz vos santifique
consideração, por causa do trabalho que reali­ Mt 5.39; em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo
zam. Vivei em paz uns com os outros.5 1Co 6.7; sejam conservados íntegros e irrepreensíveis
14 Exortamo-vos, também, irmãos, a que 1Ts 3.12
5.16 *2Co 6.10
na vinda de nosso Senhor Jesus C risto /
admoesteis os insubmissos, consoleis os desa­ 5.17 »Lc 18.1; 24 Fiel é o que vos chama, o qual também
nimados, ampareis os fracos e sejais longâni- Rm 12.12; Cl 4.2 o fará.d
mos para com todos/ 5 .1 8 *0 5 .2 0
5.19
15 Evitai que alguém retribua a outrem vICo 14.30; A saudação final e a bênção
mal por mal; pelo contrário, segui sempre o 1Tm 4.14
5.20 *1Co 14.1 25 Irmãos, orai por n ó s /
bem entre vós e para com todos.“ 5.21 o 1Co 2.11; 26 Saudai todos os irmãos com ósculo
16 Regozijai-vos sem pre/ Fp 4.8
5.22 * 1Ts 4.12
santo/
17 Orai sem cessar.w
5.23 ctCo 1.8; 27 Conjuro-vos, pelo Senhor, que esta
18 Em tudo, dai graças, porque esta é a 1Ts 3.13 epístola seja lida a todos os irmãos.9
vontade de Deus em Cristo Jesus para con­ 5.24 d] Co 1.9;
2Ts 3.3 28 A graça de nosso Senhor Jesus Cristo
vo sco /
5.25 eC! 4.3 seja convosco.6
19 Não apagueis o E spírito/ 5.26 fRm 16.16
20 Não desprezeis as profecias;2 5.27 5 Cl 4.16 5,28 '■Rm 16.20; 2Ts 3.18

5 .12,14 A construção no grego dá a entender que é um só crentes faltem com a responsabilidade (v 14).
grupo (os anciãos, também chamados bispos, At 2 0.17,28;
note a referência a pastorear donde vem o termo pastor) que 5.23 Espírito, alma e corpo. Não prova coisa alguma acerca da
preside, trabalha e admoesta os crentes. Mas não somos en­ psicologia do homem (cf Mc 12.30). O alvo desta oração é a
corajados a elevar o pastor a uma classe clerical conquanto os santificação total do homem.

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