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respondi... ao
cristianismo não
denominacional
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A redação dos textos aqui apresentados tem por objetivo complementar e explicar a
argumentação das perguntas expostas neste artigo. São um livre comentário de Luiz
Dumont. Inúmeras obras são citadas no final deste artigo e parte dos comentários
sendo aqui meu objetivo expresso a edificação espiritual daqueles que tiverem acesso
a estas informações.
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Meus Fundamentos Bíblicos ao Cristianismo Denominacional
Introdução
A paz do Senhor.
Antes de explorarmos a questão de algumas respostas permita-me fazer
algumas considerações.
Com relação a minha fé, muitos dos questionamentos aqui exposto não
embasam minhas crenças e creio que isto vale para muitos daqueles que seguem
piamente a Cristo. Algumas perguntas são apresentas como se muitas das práticas
aqui mencionadas fossem algo comum. Há muitos elementos estranhos que não
fazem parte do meu escopo litúrgico. A palavra fundamento então não se adequa
ao conteúdo que se propõe estes questionamentos.
Outro ponto: “...há muitas igrejas que não pregam mais o verdadeiro
evangelho, há muitos líderes inescrupulosos que por ganância e amor ao lucro,
transformam a igreja em uma empresa particular, o evangelho num produto, o
púlpito em balcão, o templo em uma praça de negócios, os crentes em consumidores.
Esses líderes não querem servir o povo, querem se servido do povo, não apascentam
as ovelhas de Cristo, mas arrancam a lã. Não estão interessados na salvação de
vidas, mas na riqueza pessoal… Precisamos repudiar o falso evangelho”. Porém
“...precisamos afirmar, que ainda existe o verdadeiro evangelho, a verdadeira igreja,
os verdadeiros ministros de Deus que pregam com fidelidade a palavra de Deus”.
Com relação a uma parte das perguntas são legítimas e louváveis, outras
nem tanto. Algumas temos respostas simples, outras talvez não tenhamos sequer
uma resposta dentro do contexto escriturístico. E porque não temos? Onde a Bíblia
se cala, por meu zelo, não me atrevo a falar.
Muito do ritualístico dos cultos modernos tem relação com a cultura local,
são adaptações locais e logo não necessariamente expostos pela Bíblia. Isto é visto
e também contemplado pelas Escrituras. Ha questões neste estudo que tocam
questões culturais dos tempos bíblicos. Veremos isto aqui.
Um outro aspecto: posso eu condenar aquilo que a Palavra não condenada?
Se há uma direção em determinado aspecto de minha vida pelo viés das Escrituras
devo acatá-lo, porém de modo algum posso produzir um juízo sobre algo que não
entendo, algo não explícito, de interpretação difícil, texto único ou não mencionado
nas páginas sagradas. Quando digo isso, não estou relativizando o meu modo de
adoração, visto que, apesar da ausência de alguns pormenores não citados na Bíblia,
como princípio básico, a ordem e a decência devem reger o meu proceder no culto
prestado a Deus.
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Por outro lado, devo tomar alguns cuidados. Se não faço isso, começo a
entrar em um campo condenado por Jesus.
Nos tempos de Jesus, havia um grupo religioso de homens que falaram
onde a Bíblia não falou. Eram bem-intencionados, mas falharam pelos exageros. O
erro não estava em contrariar os preceitos de Deus, mas em acrescentar minúcias,
detalhes que não estavam expostos na lei. O maior problema destes zelosos homens
é que fizeram destes tratados, pesados fardo para todo o povo. Estes acréscimos
passaram a ser aceitos como a própria Palavra. Onde o texto não era tão claro, onde
havia dúvidas, eles usavam a tradição. Quando entramos neste campo corremos um
sério risco e mais do que isto, nos tornarmos legalistas e acreditamos que somos
melhores por fazemos isto, por fazemos aquilo ou por fazemos aquilo outro.
E mais, achamos que somos melhores, passamos a pensar que somos
perfeitos. Nos escoramos em regras e deixamos a Graça inefável de Deus em um
segundo plano. Ledo engano, como disse Tiago: "aquele que cumpre toda palavra,
mas deixa de fora um só ponto, se torna culpado em todos os outros. Alguém aqui
cumpre toda Palavra?
Infelizmente muitos tem entrado pelo caminho da tradição, citando a Bíblia
isoladamente e se esquecendo do espírito dela, se esquecendo que "...onde está
Espírito de Deus aí a liberdade", esquecendo da "liberdade que temos em Cristo” e
passando a ser escravos de textos isolados.
Pois bem, gostaria de esclarece algo mais. Para respondermos algumas
perguntas precisamos usar alguns princípios. Vou fazer uso deles. A Palavra de Deus
é infalível, mas esta infalibilidade vinculasse ao modo que faço a exegese do texto.
Dito isto, vamos observar o seguinte: a interpretação deve ser baseada em alguns
contextos: o histórico, o cultural, o gramatical, o etimológico, o geográfico, entre
outros. Se negligenciamos estes contextos, vamos incorrer em sérios riscos. Nesta
condição, passamos a entrar em conjecturas e subjetivismo. Não é de se esquecer
que para aquele grupo de fariseus, tão doutos, Jesus em termos de correção disse:
"Ide e aprendei o que eu quero dizer".
Outro ponto, não sei se estou equivocado, mas vi o tom desafiador de
algumas perguntas. Se isto é verdade não é bom. Ultrapassa a simplicidade do
aprender o evangelho. Um espírito de humilde deve sempre nos acompanhar. A
soberba precede a ruína e a altivez de espírito a queda. Por maior e mais profundo
que seja o meu conhecimento nas Sagradas Escrituras isto não é e nem deve ser
motivo para vanglorias. Nosso saber é nada. É trapos de imundícia aos olhos de Deus.
Puro legalismo.
Devemos ter o cuidado de não entrar no caminho de João e Tiago. Ao se
depararem com alguns samaritanos que eram vistos como obstáculos chegaram a
usar a Palavra: "Senhor, quer que mandemos descer fogo do céu sobre eles como
Elias fez". A resposta ao legalismo, a soberba e autoritarismo deles foi simples por
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parte de Jesus: "De que espírito sois?". O legalismo é péssimo professor. Devemos
ser humildes. O nosso conhecimento é tão ínfimo que o espírito de arrogância e
soberba é algo que devemos abandonar completamente, se é que queremos servir a
Cristo. Por isso vou procurar responder com temor e tremor a razão da esperança
que habita em mim. O legalismo é o estilo de vida de pessoas que acreditam que o
cumprimento das regras torna o indivíduo merecedor do favor e da salvação divina.
Legalismo significa pôr as regras acima de Deus e das necessidades
humanas. É o estilo de vida de pessoas que acreditam que o cumprimento das regras
torna o indivíduo merecedor do favor e da salvação divina. Esse pensamento não é
Bíblico e foi condenado por Cristo. Vejamos o que a Bíblia diz:
Mateus 12:9-12 – “Partindo dali, entrou Jesus na sinagoga deles. E eis que
estava ali um homem que tinha uma das mãos atrofiadas; e eles, para
poderem acusar a Jesus, o interrogaram, dizendo: É lícito curar nos sábados?
(Claro que eles queriam que Jesus dissesse ‘Sim’ para poder prendê-lo). “E ele
lhes disse: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma só ovelha, se num
sábado ela cair numa cova, não há de lançar mão dela, e tirá-la? Ora, quanto
mais vale um homem do que uma ovelha! Portanto, é lícito fazer bem nos
sábados.”
Gálatas 4:8-9 – “Outrora, quando não conhecíeis a Deus, servíeis aos que por
natureza não são deuses; agora, porém, que já conheceis a Deus, ou, melhor,
sendo conhecidos por Deus, como tornais outra vez a esses rudimentos fracos
e pobres, aos quais de novo quereis servir?”
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Colossenses 2:23 – “As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria
em culto voluntário, humildade fingida, e severidade para com o corpo, mas
não têm valor algum no combate contra a satisfação da carne.”
Somos salvos pela graça, mediante a fé em Jesus Cristo e não pelas obras.
Efésios 2:8-10 – “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não
vem de vós, é dom de Deus.”
Que possamos nos firmar nas Escrituras, tendo a certeza de que não é por
nossas obras que somos salvos, mas unicamente pela graça, mediante a fé em Jesus.
Saindo destas considerações entremos na questão das perguntas. Não vou
responder na ordem. Também não devo abordar todas. Onde a Palavra se cala vou
evitar comentar, se não há uma lei, logo não há transgressão. E mais, prioridade
será dada para perguntas que apresentam referências textuais bíblicas. Não vou me
ater em perguntas que advém de assuntos que não são expostos na Bíblia.
Partiríamos para um campo infrutífero, de especulações e quiçá em um campo de um
viés teológico não explorado pela Palavra. Defender este tipo argumentação nos
conduzirá para as raias do partidarismo faccioso, que é uma obra da carne. Paulo
disse: “Não entreis em questões loucas a respeito da fé...”
Dito isto, vejamos as perguntas e a seguir passaremos a tratar de algumas
respostas:
2. Com que autoridade vinda de Deus os cristãos denominam suas assim chamadas
"igrejas" como Presbiteriana, Batista, Pentecostal, Aliança, Cristã Reformada,
Anglicana etc., quando não há na Bíblia instruções para nos reunirmos em qualquer
outro nome além do nome do Senhor Jesus Cristo? (Mt 18:20; 1 Co 5:4)
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4. Que autoridade os homens receberam de Deus para estabelecerem essas igrejas
segundo distinções nacionais, como "Igreja da Inglaterra", "Irmãos Menonitas
Chineses", "Igreja Ortodoxa Grega", "Batista Filipina", "Igreja de Deus Alemã" etc.,
quando as Escrituras nos dizem que não existem distinções nacionais ou sociais na
igreja de Deus? (Cl 3:11)
7. Será que existe qualquer base na Palavra de Deus para chamar esses edifícios de
"igrejas"? A definição bíblica de "igreja" é de uma reunião de crentes que, pelo
evangelho, foram chamados para fora, tanto dentre os judeus como dentre os
gentios, e são unidos em um único corpo a Cristo, sua Cabeça no céu, pela habitação
do Espírito Santo. (At 11:22; 15:14; 20:28; Rm 16:5; 1 Co 1:2; Ef 5:25)
9. Com que autoridade das Escrituras os cultos de adoração nessas igrejas são
organizados com antecedência? Em algumas se costuma distribuir um programa
descrevendo a ordem como se dará a adoração naquele dia em particular.
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10. Com que autoridade das Escrituras esses cultos nas igrejas são chamados de
"adoração", quando eles geralmente se constituem de apresentações musicais e de
um homem ministrando um sermão?
12. Com que autoridade das Escrituras são repetidas orações escritas previamente
e impressas em livros de oração durante as reuniões da igreja? A Bíblia diz que não
deveríamos usar de vãs repetições em nossas orações, mas que estas deveriam ser
nossas próprias palavras saídas do coração. (Mt 6:6-8; Tg 5:16; Sl 62:8)
14. Por que a maioria das igrejas celebra a ceia do Senhor uma vez por mês ou a
cada 3 meses, quando o costume da igreja nas Escrituras, inicialmente estabelecido
pelo ministério de Paulo, era de se partir o pão a cada dia do Senhor? (At 20:7)
15. Que autoridade há nas Escrituras do Novo Testamento para se designar um coro
de cantores treinados para ajudar na adoração cristã?
16. Que autoridade há nas Escrituras para o uso de vestimentas especiais durante os
cultos de adoração cristã? Os corais costumam estar vestidos assim e dependendo
do lugar o Ministro também usa uma vestimenta característica.
17. Que autoridade têm essas igrejas para permitir que mulheres preguem e
ensinem publicamente, quando a Bíblia diz que o papel das irmãs não é uma atuação
pública na igreja, seja na administração, seja no ensino e pregação? As Escrituras
dizem que elas devem permanecer em silêncio na assembleia. (1 Co 14:34-38; 1 Tm
2:11-12)
19. Que autoridade as Escrituras dão para permitir que apenas certas pessoas (como
o Pastor ou Ministro) se ocupem do ministério da Palavra de Deus? Por que não há
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liberdade nessas igrejas para todos os que forem capacitados ministrarem guiados
pelo Espírito? A Bíblia ensina que quando os cristãos se reúnem em assembleia, todos
(os varões) devem ter liberdade para ministrar conforme o Senhor guiá-los por
intermédio do Espírito. (1 Co 12:6, 11; 14:24, 26, 31)
20. Que autoridade as Escrituras dão para apoiar a ideia de que uma pessoa precisa
ser ordenada para estar no ministério? Não existe na Bíblia um pastor, mestre,
evangelista, profeta ou sacerdote que tenha sido ordenado para pregar ou ensinar!
As Escrituras ensinam que o simples fato de uma pessoa possuir um dom espiritual
é sua garantia para usá-lo! (1 Pd 4:10-11)
21. Que autoridade as Escrituras dão para fundamentar a ideia de que existem hoje
no mundo homens que teriam poder para ordenar outros? Onde eles conseguiram tal
poder?
22. Acaso existe qualquer autoridade para dar a pessoas títulos de "Pastor" (por
exemplo, "Pastor João"), quando nas escrituras esse dom nunca foi atribuído a
alguém como um título?
23. Onde nas Escrituras existe autoridade para fazer de um homem o Pastor de uma
igreja local quando as Escrituras nunca falam do dom de pastor como um ofício local?
(Ef 4:11)
24. Com que autoridade das Escrituras os assim chamados Ministros se denominam
a si mesmos "Reverendos", quando a Bíblia diz que "Reverendo" é o nome do Senhor?
(Sl 111:9 versão inglesa) Alguns clérigos adotam o nome "Padre" ("Pai"), apesar de
as Escrituras deixarem claro que não deveríamos chamar ninguém de "Pai"! Outros
adotam o título de "Doutor" (que significa 'mestre' ou 'instrutor' em latim) quando as
Escrituras também dizem para não procedermos assim. (Mt 23:8-10)
25. Seria a escolha de seu "Pastor" ou "Ministro" por uma igreja uma prática com
base nas Escrituras? O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" seja
convidado por uma igreja para ter a oportunidade de provar que é qualificado para o
posto ministrando alguns sermões. Se a sua pregação for aceitável, então a igreja
(geralmente através de um corpo de diáconos) irá elegê-lo para ser seu "Pastor"
local. Estaria este procedimento de acordo com a Palavra de Deus?
26. Onde nas Escrituras há autoridade para essas igrejas escolherem seus anciãos?
Não existe na Bíblia uma única igreja que tenha escolhido seus anciãos.
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27. Com que autoridade das Escrituras as igrejas tornam alguns dias "santos" e
observam festas cristãs como Sexta Feira Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma,
Natal etc.? As Escrituras dizem que o cristianismo não tem nada a ver com épocas e
dias especiais. (Gl 4:10; Cl 2:16)
28. Que autoridade das Escrituras têm aqueles que ministram nos púlpitos dessas
igrejas para ensinar doutrinas erradas como Teologia do Pacto, Amilenialismo,
Segurança Condicional, Purgatório, Absolvição, Guarda da Lei etc.?
30. Que autoridade há no Novo Testamento para se recolher dízimo (10 % de nossa
receita) da audiência, quando o dízimo é claramente uma lei Mosaica dada para
Israel? (Lv 27:32, 34; Nm 18:21-24)
31. Onde há nas Escrituras base para campanhas para se levantar fundos e pedir
doações de audiências mistas de salvos e perdidos nessas igrejas? A Bíblia indica que
os servos do Senhor não tomavam "coisa alguma" das pessoas deste mundo que não
eram salvas, quando pregavam o evangelho a elas. (3 Jo 7)
32. Seriam os seminários e escolas bíblicas o modo de Deus preparar um servo para
o ministério? Conceder e receber diplomas e títulos (como Doutor em Divindade)
seria uma prática fundamentada nas Escrituras? A Bíblia diz que não devemos dar
títulos honoríficos uns aos outros. (Jó 32:21-22; Mt 23:7-12)
33. Será que existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para essas igrejas
enviarem Ministros e Pastores para um determinado lugar para executarem uma obra
para o Senhor? Costumamos ouvir comentários como, "o Pastor fulano foi enviado
por tal organização". As Escrituras mostram que Cristo, a Cabeça da igreja e Senhor
da seara, é quem envia os Seus servos para a obra que preparou para eles, por meio
da direção do Espírito, e que a igreja deve tão somente reconhecer isso estendendo
ao servo a destra à comunhão. (Mt 9:38; At 13:1-4; Gl 2:7-9).
34. Onde nas Escrituras vemos a ideia da igreja ser uma organização que ensina?
Costumamos ouvir pessoas dizendo, "Nossa igreja ensina que..." Na Bíblia não vemos
a igreja ensinando, mas sendo ensinada por indivíduos que são levantados pelo
Senhor. (At 11:26; Rm 12:7; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 1 Ts 5:27).
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Respostas
Perguntas 1, 2, 3, 4 e 7
2. Com que autoridade vinda de Deus os cristãos denominam suas assim chamadas
"igrejas" como Presbiteriana, Batista, Pentecostal, Aliança, Cristã Reformada,
Anglicana etc., quando não há na Bíblia instruções para nos reunirmos em qualquer
outro nome além do nome do Senhor Jesus Cristo? (Mt 18:20; 1 Co 5:4)
7. Será que existe qualquer base na Palavra de Deus para chamar esses edifícios de
"igrejas"? A definição bíblica de "igreja" é de uma reunião de crentes que, pelo evangelho,
foram chamados para fora, tanto dentre os judeus como dentre os gentios, e são unidos
em um único corpo a Cristo, sua Cabeça no céu, pela habitação do Espírito Santo. (At
11:22; 15:14; 20:28; Rm 16:5; 1 Co 1:2; Ef 5:25)
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Vou iniciar as respostas destas perguntas usando um princípio de
comparação. Imaginem uma pessoa que:
Imaginem que eu diga que esta pessoa está desviada. Como você acha
que esta pessoa se sentiria? Provavelmente muito ofendida. Eu me sentiria.
Digo isso porque esse foi o meu sentimento ao ler estas primeiras
perguntas.
Elas partem do princípio de que todo aquele que faz parte de uma
denominação são hereges (veja o final da pergunta 1). Não há dúvidas que os textos
citados se enquadram nas obras da carne conhecidas com heresias e facções. Não
há dúvidas, as Escrituras condenam as seitas. Mas gostaria que me provassem
biblicamente que as denominações são seitas. Apenas retórica de quem não concorda
com os moldes da igreja institucionalizada. Isto é um exagero retórico sem respaldo
na Palavra. Convivo muitos bem com meus irmãos de inúmeras denominações. São
servos, andam em temor e que procuram sempre respeitar as diferenças quando
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surgem. Isso faz parte da vida de qualquer um que se diz cristão. Não existem
versículos como: "Não criarás denominações, para trás de mim assembleianos, não
vos conheço batistas, os presbiterianos não herdarão o Reino dos céus". É hilário,
mas é o que de modo implícito algumas destas perguntas querem afirmar. Qual a
base bíblica para isto. Não basta apenas citar textos sobre heresias é atribuir está
condição as denominações. Isto é forçar uma interpretação. Não seria está a posição
de um discípulo citada pela Palavra:
Outra coisa, se existe alguma dita denominação que coloca seu dito
fundador acima de Cristo isto é uma profunda abominação e os que assim fazem, se
não se arrependerem são réus de condenação.
Não existe cultos na metodista com orações e adoração a Wesley, na
Assembleia de Deus não se presta louvores a Daniel Berg. Estes homens são apenas
homens, nada mais. Quem não vê assim está profundamente enganado.
É bem verdade que nos tempos de Jesus não existiam as denominações.
Como era feita a destinação das igrejas locais (denominacionais nos tempos bíblicos.
Seguramente não veremos termos como Presbiterianas, Metodistas, Batistas,
Assembleias. Mas vemos que havia uma distinção. Os assuntos tratados pelas
epístolas inferem nesta questão. Vejamos os assuntos abordados. Cada igreja local
tinha suas dificuldades, erros e valores que são destacados pelos descritivos de cada
epístola. Havia igrejas locais que eram mais nobres que outras. Haviam igrejas que
precisavam de correções por abusos e exageros nas questões carismáticas. Havia
outras que estavam apegadas ao ritualismo judaico, outras que haviam deixado o
primeiro amor. Quando contemplamos as igrejas (locais/denominacionais) hoje não
são vistos aspectos semelhantes: igrejas locais que se inclinam aos estudos das
Escrituras, outras voltadas em exagero para o louvor, outras que não oram, outras
que pouco evangelizam, há valores e a falhas. Mas voltando a questão da designação
nominal das igrejas, como era feito. Eram simplesmente designadas com igreja? Ou
mesmo igreja de Cristo? Vamos ver:
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Paulo e Timóteo, servos de Jesus Cristo, a todos os santos em Cristo Jesus,
que estão em Filipos, com os bispos e diáconos - Filipenses 1:1
Outros esclarecimentos
Por esta causa vos mandei Timóteo, que é meu filho amado, e fiel no Senhor,
o qual vos lembrará os meus caminhos em Cristo, como por toda a parte
ensino em cada igreja - 1 Coríntios 4:17 (grifo meu)
Cada igreja - Mas a igreja não é única. Há uma clara distinção neste texto.
Um espaço, um nome, uma denominação, não característica pontual de um grupo
faccioso e herético.
O fato de adoramos a Deus em uma congregação que tem um nome, uma
razão social, um CNPJ, um endereço, uma conta no banco descaracteriza esta
congregação como pertencente a igreja de Cristo. Eu me reúno no nome dele... e
onde dois ou mais.... todos conhecem este texto. Só há retórica nas perguntas, mas
bases bíblicas comprobatórias não vi nenhuma.
Mais do que uma aversão por um nome denominacional o que vejo é que
um espaço geográfico, físico delimita pelo conceito de alguns o que é igreja. A igreja
não é o espaço físico. Mas faço uso dele. Bom, mas se um espaço de quatro paredes
não pode ser caracterizado como um local onde podemos nos reunir como o objetivo
de adorar a Cristo o que dizer destes textos:
14
Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona - Atos 3:1
E foram ter com ele (Jesus) no templo cegos e coxos, e curou-os. Mateus 21:14
E todo o povo ia ter com ele (Jesus) ao templo, de manhã cedo, para o ouvir
- Lucas 21:38
O qual, vendo a Pedro e a João que iam entrando no templo, pediu que lhe
dessem uma esmola - Atos 3:3
E todos os dias, (os discípulos, a igreja primitiva) no templo e nas casas, não
cessavam de ensinar, e de anunciar a Jesus Cristo - Atos 5:42
Mas ele, em sua defesa, disse: Eu (Paulo) não pequei em coisa alguma contra
a lei dos judeus, nem contra o templo, nem contra César - Atos 25:8
E pela manhã cedo tornou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele
(Jesus), e, assentando-se, os ensinava - João 8:2
15
E, falando Jesus, dizia, ensinando no templo: Como dizem os escribas que o
Cristo é filho de Davi? Marcos 12:35
E pelo Espírito foi ao templo e, quando os pais trouxeram o menino Jesus, para
com ele procederem segundo o uso da lei - Lucas 2:27
Embora a família não seja feita por tijolos, mas sim por pessoas, pergunto:
essa família vai subsistir sem casa? Se subsistir, como viverão? E mais:
Portanto, se Jesus ia à igreja (Templo, quatro paredes) por que muitos “não querem
ir?
Eu não tenho ilusões quanto ao estado atual da igreja. Mas temos que ter
consciência que a igreja e formada por pecadores redimidos e não por redimidos
perfeitos. Esta perfeição só na eternidade.
Ela é imperfeita e continuará assim enquanto eu for membro dela. A
teologia Reformada não deixa dúvidas quanto ao estado de imperfeição, corrupção,
falibilidade e miséria em que a igreja militante se encontra no presente, enquanto
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aguarda a vinda do Senhor Jesus, ocasião em que se tornará igreja triunfante. Ao
mesmo tempo, ensina que não podemos ser cristãos sem ela. Que apesar de tudo,
precisamos uns dos outros, precisamos da pregação da Palavra, da disciplina e dos
sacramentos, da comunhão de irmãos e dos cultos regulares. É verdade que Jesus
não deixou uma igreja institucionalizada aqui neste mundo. Todavia, ele disse
algumas coisas sobre a igreja que levaram seus discípulos a se organizarem em
comunidades ainda no período apostólico e muito antes de Constantino.
1) Jesus disse aos discípulos que sua igreja seria edificada sobre a declaração de
Pedro, que ele era o Cristo, o Filho do Deus vivo (Mt 16.15-19). A igreja foi fundada
sobre esta pedra, que é a verdade sobre a pessoa de Jesus (1Pe 2.4-8). O que se
desviar desta não é igreja cristã. As igrejas foram instruídas pelos apóstolos a rejeitar
os livres-pensadores como os gnósticos e judaizantes, e libertinos desobedientes,
como os seguidores de Balaão e os nicolaítas (2Jo 10; Rm 16.17; 1Co 5.11; 2Ts 3.6;
3.14; Tt 3.10; Jd 4; Ap 2.6, 14-15). Fica praticamente impossível nos mantermos
sobre a rocha, Cristo, e sobre a tradição dos apóstolos registrada nas Escrituras, sem
sermos igreja, onde somos ensinados, corrigidos, admoestados, advertidos,
confirmados, e onde os que se desviam da verdade apostólica são rejeitados.
3) Jesus determinou que seus seguidores fizessem discípulos em todo o mundo e que
os batizassem e ensinassem a eles tudo o que ele havia mandado (Mt 28.19-20). Os
discípulos organizaram os convertidos em igrejas, os quais eram batizados e
instruídos no ensino apostólico. Eles estabeleceram líderes espirituais sobre estas
igrejas, que eram responsáveis por instruir os convertidos, advertir os faltosos e
cuidar dos necessitados (At 6.1-6; At 14.23). Definiram claramente o perfil destes
líderes e suas funções (1Tm 31-13; Tt 1.5-9; Tg 5.14).
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convertidos e para examinarem e rejeitarem os falsos mestres. Veja, por exemplo,
João usando uma destas declarações para repelir livres-pensadores gnósticos das
igrejas da Ásia (2Jo 7-10; 1Jo 4.1-3). Ainda no período apostólico já encontramos
sinais de que as igrejas haviam se organizado e estruturado, tendo presbíteros,
diáconos, mestres e guias, uma ordem de viúvas e ainda presbitérios (1Tm 3.1;
5.17,19; Tt 1.5; Fp 1.1; 1Tm 3.8,12; 1Tm 5.9; 1Tm 4.14). O exemplo mais antigo
que temos desta organização é a reunião dos apóstolos e presbíteros em Jerusalém
para tratar de um caso de doutrina (At 15.1-6).
5) Jesus também mandou que seus discípulos se reunissem regularmente para comer
o pão e beber o vinho em memória dele (Lc 22.14-20). Os apóstolos seguiram a
ordem e reuniam-se regularmente para celebrar a Ceia (At 2.42; 20.7; 1Co 10.16).
Todavia, dada à natureza da Ceia, cedo introduziram normas para a participação
nela, como fica evidente no caso da igreja de Corinto (1Co 11.23-34).
Pergunta 5
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Que autoridade têm os cristãos para ornamentarem seus lugares de adoração à
semelhança do tabernáculo e do templo da ordem judaica do Antigo Testamento? Muitos
desses edifícios, chamados de "igrejas", são ornamentados com ouro e outros materiais
preciosos. Muitos desses edifícios, chamados "igrejas", têm um altar. Outros têm partes do
prédio destacadas como sendo mais sagradas do que outras. Que autoridade têm os
cristãos para emprestarem coisas assim do judaísmo, quando a Bíblia indica que o
cristianismo não é uma extensão da ordem judaica, mas possui um caráter totalmente
novo de aproximar-se de Deus? (Hb 10:19-20; 13:13; Jo 4:23-24)
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não, mas que isto não nos leve ao desprezo por este povo. Tudo no seu devido
lugar...pois abençoarei os que te abençoarem.
Pergunta 6 e 31
Onde há nas Escrituras base para campanhas para se levantar fundos e pedir doações de
audiências mistas de salvos e perdidos nessas igrejas? A Bíblia indica que os servos do
Senhor não tomavam "coisa alguma" das pessoas deste mundo que não eram salvas,
quando pregavam o evangelho a elas. (3 Jo 7)
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Estas situações não fazem parte da minha realidade da igreja que congrego.
Sei que são comuns para alguns, não para mim, por isso me reservo no direito de
não responder.
Pergunta 8
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Esta questão é muito simples. Não há duvidas que Deus preside. Não há
dúvidas que a seu Espírito atua nos governando. Este tipo de pergunta passa pelo
pressuposto que somos marionetes nas mãos de Deus e nossa volição está
mecanicamente atrelada a Ele. E que ele em sua soberania não pode conceder a
homens capacidades, inclusive de conduzir outros adoração.
O princípio da soberania de Deus e da autoridade concedida a homens é
visto no deserto, a presença de Deus dirigia o povo por meio da coluna de fogo. Mas
a palavra nos mostra que Moises buscou também a ajuda de Hobabe. A direção de
Deus não desabilita a ajuda do homem. Muitos hoje dizendo ser guiados
20
exclusivamente por Deus tem entrado em caminhos tortuosos. Que tipo de
espiritualidade e essa?
Se eles eram conduzidos por Deus porque deliberaram entre si? Vemos que
esta situação é referente a uma decisão que deveria ser tomada em um concilio,
presidida por um homem, Tiago.
Um exemplo muito prático disto é o da igreja em Corinto. Uma igreja onde
não faltava dons. Carismática. Mas totalmente infantilizada e desordeira no culto.
Dentro desta direção “carismática” vemos que declaravam até que Jesus era
Anátema (1 Co 12.3). Homens podem presidir o louvor, podem presidir a direção de
um culto, sem que com isso a soberania de Deus seja maculada. Por isso entre os
Dons Deus concedeu o dom de presidir. Ele tem um amplo alcance. No texto que
esse dom é mencionado falasse de culto. Veja Rm 12.1.... Devemos examinar o
contesto para não ficarmos usando versos isolados.
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Pergunta 9
Com que autoridade das Escrituras os cultos de adoração nessas igrejas são
organizados com antecedência? Em algumas se costuma distribuir um programa
descrevendo a ordem como se dará a adoração naquele dia em particular.
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(2) O fato marcante da adoração no AT era o sistema sacrificial (ver Nm 28, 29).
Uma vez que o sacrifício de Cristo na cruz cumpriu esse sistema, já não há mais
qualquer necessidade de derramamento de sangue como parte do culto cristão (ver
Hb 9.1—10.18). Através da ordenança da Ceia do Senhor, a igreja do NT
comemorava continuamente o sacrifício de Cristo, efetuado de uma vez por todas
(1Co 11.23-26). Além disso, a exortação que tem a igreja é oferecer “sempre, por
ele, a Deus sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome”
(Hb 13.15), e a oferecer nossos corpos como “sacrifício vivo, santo e agradável a
Deus” (Rm 12.1).
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(4) Uma maneira autêntica de louvar a Deus é cantar salmos, hinos e cânticos
espirituais. O AT está repleto de exortações sobre como cantar ao Senhor (e.g., 1Cr
16.23; Sl 95.1; 96.1,2; 98.1,5,6; 100.1,2). Na ocasião do nascimento de Jesus, a
totalidade das hostes celestiais irrompeu num cântico de louvor (Lc 2.13,14), e a
igreja do NT era um povo que cantava (1Co 14.15; Ef 5.19; Cl 3.16; Tg 5.13). Os
cânticos dos cristãos eram cantados, ou com a mente (i.e. num idioma humano
conhecido) ou com o espírito (i.e., em línguas; ver 1Co 14.15 nota). Em nenhuma
circunstância os cânticos eram executados como passatempo.
(7) A adoração deve também incluir a leitura em conjunto das Escrituras e a sua fiel
exposição. Nos tempos do AT, Deus ordenou que, cada sétimo ano, na festa dos
Tabernáculos, todos os israelitas se reunissem para a leitura pública da lei de Moisés
(Dt 31.9-13). O exemplo mais patente desse elemento do culto no AT, surgiu no
tempo de Esdras e Neemias (8.1-12). A leitura das Escrituras passou a ser uma parte
regular do culto da sinagoga no sábado (ver Lc 4.16-19; At 13.15).
Semelhantemente, quando os crentes do NT se reuniam para o culto, também
ouviam a leitura da Palavra de Deus (1Tm 4.13; cf. Cl 4.16; 1Ts 5.27) juntamente
23
com ensinamento, pregação e exortação baseados nela (1Tm 4.13; 2Tm 4.2; cf. At
19.8-10; 20.7).
(8) Sempre quando o povo de Deus se reunia na Casa do Senhor, todos deviam
trazer seus dízimos e ofertas (Sl 96.8; Ml 3.10). Semelhantemente, Paulo escreveu
aos cristãos de Corinto, no tocante à coleta em favor da igreja de Jerusalém: “No
primeiro dia da semana, cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar,
conforme a sua prosperidade” (1Co 16.2). A verdadeira adoração a Deus deve,
portanto, ensejar uma oportunidade para apresentarmos ao Senhor os nossos
dízimos e ofertas.
(9) Algo singular no culto da igreja do NT era a atuação do Espírito Santo e das suas
manifestações. Entre essas manifestações do Espírito na congregação do Senhor
havia a palavra da sabedoria, a palavra do conhecimento, manifestações especiais
de fé, dons de curas, poderes miraculosos, profecia, discernimento de espíritos, falar
em línguas e a interpretação de línguas (1Co 12.7-10). O caráter carismático do culto
cristão primitivo vem, também, descrito nas cartas de Paulo: “Quando vos ajuntais,
cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem
interpretação” (1Co 14.26). Na primeira epístola aos coríntios, Paulo expõe princípios
normativos da adoração deles (ver 1Co 14.1-33 notas). O princípio dominante para
o exercício de qualquer dom do Espírito Santo durante o culto é o fortalecimento e a
edificação da congregação inteira (1Co 12.7; 14.26.
Pergunta 10
Com que autoridade das Escrituras esses cultos nas igrejas são chamados de "adoração",
quando eles geralmente se constituem de apresentações musicais e de um homem
ministrando um sermão?
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Com que autoridade das Escrituras adorações que geralmente se constituem
apresentações musicais e de um homem ministrando um sermão NÃO PODE SER
CHAMADOS DE CULTO. Onde estão texto bíblico que me respalda esta pergunta.
Texto com contexto. Mais uma vez, regra onde não há regra. A palavra diz que:
Pois onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou no meio
deles” (Mt 18,20)
O primordial está aí. Foi Jesus quem disse. A presença dele é a essência do culto.
Claro que não podemos esquecer da ordem e da decência. Falaremos disso mais
adiante.
Na prisão Paulo e Silas oravam cantavam hino – At 16... – Isto não é um Culto?
Teve ministração de mensagem? Teve profecia? Salmos? Então não foi culto.
Pergunta 12
Com que autoridade das Escrituras são repetidas orações escritas previamente e impressas
em livros de oração durante as reuniões da igreja? A Bíblia diz que não deveríamos usar de
vãs repetições em nossas orações, mas que estas deveriam ser nossas próprias palavras
saídas do coração. (Mt 6:6-8; Tg 5:16; Sl 62:8)
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25
Por outro lado, vamos ao cerne da questão, precisamos definir o que é vã
repetição. Quando nos propomos a verificar o sentido de vã repetição nos originais,
vemos que esta pergunta perde em muito a sua essência. O texto citato em Mateus
6 está além do que aqui é proposto.
O termo grego empregado para “vãs repetições” é “battologeõ”; essa
palavra “ocorre apenas neste versículo no Novo Testamento. Sugerem-se os
seguintes significados: ‘balbuciar’, ‘dizer a mesma coisa várias vezes’, ‘murmurar’,
‘falar rapidamente’, ‘falar sem se prestar atenção no que se fala’. Jesus não proibiu
que se repetissem pedidos em orações, pois Ele mesmo empregou essas repetições
(Mateus 26:44).” Lembra-se das repetições que eram usadas nos Salmos de
Romagem (Sl 120, 121, 122...). Em suas peregrinações os judeus iam repetindo os
textos de alguns Salmos até chegar em Jerusalém na época das celebrações. Outro
exemplo, no Getsêmani, Jesus fez o mesmíssimo pedido três vezes (Mt 26.44). Isto
é uma vã repetição? A questão não é a repetição, seja ela falada, ou repetida por
uma escrita, mas o espírito vazio daquele que se propõem a repetir.
Há exemplos na Bíblia que nos ajudam a compreender como os gentios
oravam e usavam as “vãs repetições”.
Primeiro exemplo: O desafio entre os adoradores de Baal e o profeta Elias,
que era adorador do único Deus verdadeiro. O livro de Reis descreve esse episódio:
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Segundo exemplo: Os habitantes de Éfeso eram politeístas e fizeram um
tumulto na cidade para conter a pregação de Paulo e dos obreiros que afirmavam
“não serem deuses os que são feitos por mãos humanas” (Atos 19:27). Diana ou
Ártemis era uma conhecida deusa da fertilidade. Havia um grande templo em Éfeso,
uma das maravilhas do mundo antigo. Ali ficava a sede para sua adoração. Festas
anuais em culto a Diana ou Ártemis levavam riqueza à cidade. Por isso que a pregação
de que Jeová é único Deus, criador de todas as coisas e único digno de receber
adoração, gerou uma reação contrária, conforme descrita no seguinte texto:
“Todos, a uma voz, gritaram por espaço de quase duas horas: Grande é a
Diana dos efésios!” (Atos 19:34).
Pergunta 13
Que autoridade há para se ensaiar os Salmos nos chamados "cultos de adoração", quando
os Salmos expressam os sentimentos de pessoas que não estavam sobre um fundamento
cristão e nem conheciam os privilégios cristãos?
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Eu não estou acreditando que este tipo de questionamento que foi feito.
Estou a observar aqui algumas incoerências. Poderia até usar as palavras de Jesus:
“errais não conhecendo as Escrituras” – Mt 2.29. Há momentos que as perguntas
usam textos do Antigo Testamento para respaldar o ponto de vista do autor (Veja as
perguntas: 12, 13, 24, 30 [olha o dízimo aí] e 32). Há momentos que o VT assume
um protagonismo e é usado em um caráter de autoridade. Há outros, que parece que
ele foi escrito por homens que não foram inspirados. Sem valor nenhum. Está no
mínimo faltando honestidade teológica aqui.
Vamos ver o que diz as Sagradas Escrituras em um contexto geral. Gosto
das afirmações de Paulo:
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Toda a Escritura é inspirada por Deus, e útil para ensinar, para repreender,
para corrigir e para formar na justiça. Por ela, o homem de Deus se torna
perfeito, capacitado para toda boa obra - 2 Tm 3:16,17 (Grifo meu)
Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que,
pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança. – Rm 15.4
Jesus diz:
Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna; e são elas que dão
testemunho de mim – Jo 5.39
Muitos textos do AT são sombras das coisas futuras" (Cl 2:16-17), que
algumas delas "servem de exemplo e sombra das coisas celestiais" (Hb :5), "foram-
nos feitas em figura" (1 Co 10:6), e podem ser vistas como "figura do verdadeiro"
(Hb 9:24).
Mas não devemos nos esquecer de que tudo isso é "a sombra dos bens
futuros, e não a imagem exata das coisas" (Hb 10:1), portanto embora seja de muito
consolo, ensino e exortação nos ocuparmos com os tipos, figuras, sombras e
princípios do Antigo Testamento, jamais devemos buscar ali (no Antigo testamento)
doutrinas para a Igreja, pois ela é um vislumbre da realidade no Antigo Testamento.
A Igreja, e tudo o que lhe diz respeito, foi um segredo ou mistério revelado
apenas muito mais tarde a Paulo, Ef 3:1-10, portanto até mesmo os profetas que
escreveram o Antigo Testamento não faziam ideia de que ela viria a existir. A doutrina
para a igreja você encontra nas epístolas dos apóstolos.
Muita má doutrina existe hoje na cristandade por não se entender esta
distinção e por se buscar no Antigo Testamento elementos para aplicar à igreja. Mas
28
em tudo isso devemos ser muito cuidadosos para não lançarmos fora os preciosos
ensinos do Antigo Testamento. Estes também são a palavra de Deus.
Pontualmente na questão. Alguém que usa os Salmos no contexto desta
pergunta é réu do fogo do inferno?
Os que expressam os sentimentos de pessoas que não estavam sobre um
fundamento cristão e nem conheciam os privilégios cristãos estão falsificando o seu
culto com declarações mentirosas? Toda Escritura é divinamente inspirada, disse
Paulo.
Os Salmos devem ser descartados dos louvores. Não posso embasar meus
cânticos e louvores em textos da Antiga Aliança? Qual a base deve usar dar Palavra
para este procedimento.
Jesus e os escritores do Novo Testamento fizeram o uso dos Salmos. Vamos
ver:
Lucas 24: 44. E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda
convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés,
e nos profetas e nos Salmos.
Pergunta 14
Por que a maioria das igrejas celebra a ceia do Senhor uma vez por mês ou a cada 3
meses, quando o costume da igreja nas Escrituras, inicialmente estabelecido pelo
ministério de Paulo, era de se partir o pão a cada dia do Senhor? (At 20:7)
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Onde está escrito no texto que era costume? Só na pergunta. No texto não.
29
Ainda que fosse um costume não é dito que era um mandamento. E se fosse
costume serviria apenas para nos orientar de algo que era um hábito.
O texto é descritivo. Não é imperativo. Não se trata de um mandamento,
mas faz referência ao fato.
Não existe nenhum mandamento ou regra no seio das Escrituras que
definam a frequência como também o dia da celebração da ceia. O fato é que o texto
não é conclusivo.
O que a Bíblia nos mostra é o que Jesus disse: "fazei isto é memória de
mim".
Não é melhor nem pior celebrar a Ceia todas as semanas, uma vez por
mês, de três em três meses, duas vezes por ano ou só uma vez por ano. Desde que
seja celebrada, a igreja tem liberdade para escolher quando. Se tiver algum texto
que traz um mandamento gostaria de vê-lo.
Perguntas 15 e 16
30
A palavra de Deus não é um livro que apresenta soluções tipo 1+1=2. A
Bíblia se cala pontualmente em alguns assuntos. Mas ela não se cala em deixar
princípios. Se um assunto não é tratado, princípios que o regem não. Mais do que
um livro de regras, a Bíblia é um livro de princípios. Tem dúvidas? Leia o Sermão do
Monte.
Há um princípio que gosto muito de usar. Está no texto: "Faça tudo
descentemente e com ordem". Em que usar uma vestimenta em um coral fere este
princípio? Falta ordem, falta decência?
Neste outro texto vemos outro princípio: 1 Co 10: 31- Portanto, quer
comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus.
Em que usar uma veste de coral na igreja ou um coro treinado fere a Glória de Deus?
A Bíblia não fala de vestimentas de ministros nem de corais no contexto
neo-testamentário. No entanto, ela nos deixa princípios.
Mas aprofundemos um pouco mais nesta questão. Vamos nos dedicar nas
entrelinhas, o que está por trás deste tipo de pergunta? Qual o âmago destes
questionamentos? Que tipo de valor espiritual podemos extrair delas?
Jesus censura os escribas e fariseus pela incapacidade de distinguir entre o
essencial e o secundário; em discernir o que vem Deus e o que é meramente prática
e tradição humanas, talvez boas e louváveis, mas não essenciais. Em matéria de
religião, nem tudo tem igual valor, nem tudo tem a mesma importância. A medida
de tudo é o amor: o amor é a plenitude da lei (Rm 13,10); só o amor dá sentido a
todas as coisas!
Outro motivo de crítica é que uma religião assim, apegada a preceitos
exteriores, torna-se desatenta do coração, sem olhar a intenção com que se faz e se
vive. Cai-se na hipocrisia (a palavra hipócrita vem de hypokrités = ator teatral): uma
religião meramente exterior, sem aquelas atitudes interiores, que são as que
importam realmente: “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe
de mim. De nada adianta o culto que me prestam!”. É sério: a atitude exterior (lábios)
não combina com o interior (coração)! As práticas externas valem quando são sinal
de um compromisso interior de amor e conversão em relação a Deus. É importante
observar que Jesus não condena as práticas exteriores, mas a sua supervalorização
e a sua atuação sem sinceridade: “Importava praticar estas coisas, mas sem omitir
aquelas” (Mt 23,23).
Há também o perigo da autossuficiência: a pessoa sente-se segura de si
mesma por causa de suas práticas: “Ah, eu louvo assim, eu oro deste modo. Estou
em dia com Deus!” O homem nunca está em dia com Deus. Pensar assim, é deixar
de perceber que tudo é graça e que jamais mereceremos o amor que Deus nos tem
gratuitamente. Sem contar que tal atitude nos leva, muitas vezes, a nos julgar
melhores que os outros, desprezando os que julgamos mais fracos ou imperfeitos!
Era exatamente o que ocorria com os fariseus: “Este povo que não conhece a lei são
31
uns malditos!” (Jo 7,49); “Tu nasceste todo no pecado e nos ensinas?” (Jo 9,34); “Ó
Deus, eu te dou graças porque não sou como o resto dos homens, ladrões, injustos,
adúlteros, nem como este publicano!” (Lc 18,11). É interessante comparar estas
atitudes com as que Paulo recomenda aos cristãos em Rm 12,3-13.
Jesus convida a ir ao essencial: vigiar as intenções e atitudes do nosso
coração, pois “o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora,
mas o que sai do seu interior”. Com um coração puro, poderemos reconhecer que
tudo de bom que temos é dom de Deus (“Todo dom precioso e toda dádiva perfeita
vêm do alto; descem do Pai das luzes!”) e que, diante dele, somos sempre pobres e
pecadores, necessitados de sua misericórdia. Isto nos abre de verdade para o amor
aos outros e para a compaixão: somos todos pobres diante de Deus: “A religião pura
e sem mancha diante de Deus Pai é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas
tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo”.
Pergunta 17 e 18
Que autoridade têm essas igrejas para permitir que mulheres preguem e ensinem
publicamente, quando a Bíblia diz que o papel das irmãs não é uma atuação pública na
igreja, seja na administração, seja no ensino e pregação? As Escrituras dizem que elas
devem permanecer em silêncio na assembleia. (1 Co 14:34-38; 1 Tm 2:11-12)
------------------
O uso do véu deve ser tratado como uma questão cultural. Este mesmo
acessório que foi usado por Paulo como distintivo para a mulher na cidade de Corinto
foi o mesmo que fazia distinção para uma prostituta na cultura cananita. Veja Gn 38.
O que caracterizava uma prostituta nos tempos de Judá é o mesmo que era usado
para demonstrar a decência da mulher em Corinto. Veja bem, em Corinto. É algo
cultural, não moral em essência. Se assim o fosse em todos os tempos as prostitutas
não usariam um acessório inanimado que caracterizou a santidade e a pureza.
O bom senso nos leva ao entendimento que cada mulher deve decidir de acordo com
sua consciência sobre o assunto. Só há uma passagem sobre o uso do véu na Bíblia
e ninguém vai para o inferno por cobrir ou deixar de cobrir a cabeça.
32
O véu na Bíblia
“As vossas mulheres estejam caladas nas igrejas; porque não lhes é permitido
falar; mas estejam sujeitas, como também ordena a lei.” (1 Coríntios 14:34).
33
É comum ouvir no meio cristão algumas perguntas, como: as mulheres
podem ou, não, falar nas igrejas? Responda: Sim ou, não? Há quem se dê por
satisfeito com um sim ou, com um não, dependendo do seu interesse, em particular.
Mas, se a resposta não agradar, algumas pessoas saem em busca de uma explicação
que se amolde ao seu interesse, sem se importar com o que a Bíblia propõe. Faz-se
necessário analisar o motivo pelo qual o apóstolo Paulo deu essa ordem especifica às
mulheres cristãs, levando-se em conta alguns princípios de interpretação das
Escrituras. Para compreender a ordem para as mulheres ficarem caladas, temos de
considerar que os apóstolos acordaram entre si em não impor encargo algum aos
cristãos convertidos, dentre os gentios:
“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais
encargo algum, senão, estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas
sacrificadas aos ídolos, do sangue, da carne sufocada e da prostituição, das
quais coisas bem fazeis, se vos guardardes. Bem vos vá.” (Atos 15:28-29).
Temos de considerar que todas as coisas são lícitas aos cristãos, entretanto,
se faz necessário verificar se tais coisas convêm ou, se edificam.
“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as
coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam.” (1 Coríntios 10:23).
Temos de considerar que todo cristão deve se portar, de modo a não causar
escândalo a judeus, gentios e nem à igreja de Deus.
“Portai-vos de modo que não deis escândalo, nem aos judeus, nem aos gregos,
nem à igreja de Deus.” (1 Coríntios 10:32).
“Não defraudando, antes, mostrando toda a boa lealdade, para que em tudo
sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.” (Tito 2:10);
“Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não
seja censurado;” (2 Coríntios 6:3).
34
“Porque todos quantos fostes batizados em Cristo, já vos revestistes de Cristo.
Nisto não há judeu, nem grego; não há servo, nem livre; não há macho, nem
fêmea; porque todos vós sois um, em Cristo Jesus.” (Gálatas 3:27-28).
“Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os
fracos.” (1 Coríntios 8:9).
“Mas aos outros digo eu, não o Senhor: Se algum irmão tem mulher descrente
e ela consente em habitar com ele, não a deixe.” (1 Coríntios 7:12);
35
serem mulheres. O termo grego traduzido por vergonhoso é aischros, cujo significado
é ‘extremamente sujo’, ‘baixo’, ‘desonroso’.
Quem estabeleceu que era extremamente sujo, desonroso ou baixo uma
mulher falar na igreja? Os apóstolos? Não! Tal concepção não teve origem entre os
apóstolos e nem decorre de costumes dos judeus, antes, a determinação tem por
base uma questão cultural dos gregos.
36
em ficar calada na igreja. Hoje, caso um não crente compareça em uma reunião
cristã e se depare com uma mulher falando na tribuna, ou, ensinando, não será caso
de escândalo como o era para os gregos, e a regra de ouro para os cristãos não
estaria sendo quebrada:
“Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos
gregos, nem à igreja de Deus.” (1 Coríntios 10:32).
“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como
convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no
bem, para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem
seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas
de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja
blasfemada” (Tito 2:3-5).
Pergunta 25
Que autoridade as Escrituras dão para permitir que apenas certas pessoas (como o Pastor
ou Ministro) se ocupem do ministério da Palavra de Deus? Por que não há liberdade nessas
igrejas para todos os que forem capacitados ministrarem guiados pelo Espírito? A Bíblia
37
ensina que quando os cristãos se reúnem em assembleia, todos (os varões) devem ter
liberdade para ministrar conforme o Senhor guiá-los por intermédio do Espírito. (1 Co 12:6,
11; 14:24, 26, 31).
---------------------
Também sei que esta pergunta tomada por verdade não se materializa em
todas as igrejas denominacionais. O local que congrego todos tem esta liberdade. E
muitos outros lugares de minha convivência também. Agora temos que ressaltar uma
verdade e ela também é declarada na Palavra de Deus. Nem todos tem a capacidade
de expor algumas verdades da Palavra com clareza. Quando digo isto não estou
falando de pregar o evangelho àqueles que ainda não foram alcançados pela Graça
de Cristo. Há neófitos, existem alguns que precisam ser esclarecidos, precisam estar
aptos. E veja bem, isto não tem nada a ver com ser guiados pelo Espírito. Lembra
de Apolo, homem poderoso nas Escrituras. Ignorava alguns fatos, portanto não
estava apto para tratar de algumas verdades. Precisou ser orientado por Priscila (uma
mulher – vi que a pergunta faz distinção falando de varões, mas já falei sobre isto
antes) e Aquila. Deus coopera conosco, mas nós também cooperamos com Deus. A
Bíblia diz isto:
E nós, cooperando também com ele, vos exortamos a que não recebais a
graça de Deus em vão.2 Coríntios 6.1
38
determinada atividade. Quando se aplica a alguém, significa que está preparado para
realizar a tarefa de acordo com as condições estabelecidas. É sinônimo de habilitado
ou aprovado. O antônimo de apto é inapto. Para não ficar só nas minhas palavras,
vejamos o que diz a Bíblia:
Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se
envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade - 2 Timóteo 2:15
Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a
saber: Barnabé, e Simeão, chamado Níger, e Lúcio, cireneu, e Manaém, que
fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo (grifo meu)
Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos
mais duro juízo – Tg 3.1
Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas
que ainda restam, e de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como
já te mandei: Aquele que for irrepreensível, marido de uma mulher, que tenha
filhos fiéis, que não possam ser acusados de dissolução nem são
desobedientes. Porque convém que o bispo seja irrepreensível, como
despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao
vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância; Mas dado à
hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante; Retendo
firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto
para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contra dizentes.
Tito 1:5-9
A Bíblia diz do líder: “não seja neófito, para não suceder que se ensoberbeça
e incorra na condenação do diabo” (1Tm 3.6). Esta é mais uma qualificação que só
aparece na lista de Timóteo. Fica claro que o líder de igreja deve ser alguém
relativamente maduro na fé. Literalmente neófito significa “recentemente plantado”,
como uma árvore verde, recém-convertido (alguém que tenha recentemente se
39
tornado um cristão). Alguém que tem tamanha responsabilidade como a de
administrar uma igreja não pode ser um novo convertido. Em 1 Timóteo 5.22 Paulo
alerta Timóteo dizendo: “A ninguém imponhas precipitadamente as mãos”, ou seja,
ele falou contra ordenações precipitadas. A igreja no caso aqui é Éfeso que já devia
ter mais de dez anos na época que Paulo escreveu. Ele não fez essa mesma exigência
para Creta, que era supostamente uma nova missão. Isso é interessante, pois não
se pode esperar maturidade no início de uma igreja, mas por outro lado não se pode
esperar que numa igreja que tenha anos, a mesma seja liderada por meninos
espirituais. Em outras palavras, deve haver maturidade entre os crentes (At 21.16).
O perigo da liderança em um neófito, é que isso pode lhe “subir à cabeça”, ele pode
ficar inchado. Lembremos que a palavra fala que o Diabos pela multidão de seus
conselhos, perverteu e levou consigo os anjos que caíram.
Nem todos tem capacidade para isso. Deus não faz acepção de pessoas,
mas é muito claro que nem todos podem fazer tudo:
Pergunta 25
Seria a escolha de seu "Pastor" ou "Ministro" por uma igreja uma prática com base nas
Escrituras? O procedimento usual é que o candidato a "Pastor" seja convidado por uma
igreja para ter a oportunidade de provar que é qualificado para o posto ministrando alguns
sermões. Se a sua pregação for aceitável, então a igreja (geralmente através de um corpo
de diáconos) irá elegê-lo para ser seu "Pastor" local. Estaria este procedimento de acordo
com a Palavra de Deus?
---------------------
Este procedimento normalmente é usado pelas igrejas que tem seu sistema
de governo CONGREGACIONAL. A Congregação tem um poder de veto e de tomar
decisões. Eu não quero entra no mérito desta questão de escolha. Creio que se somos
guiados por Deus, faremos escolhas corretas quando assim somos guiados. Além
deste procedimento, creio e aqui não foi mencionado pela pergunta, que a igreja que
se propõem a fazer este tipo de escolha deve fazer debaixo de oração e súplica. A
oração faz parte da vida da igreja e pontualmente Deus nos orienta em muitas
40
decisões não exposta por sua Palavra. Lembremos de uma situação não contemplada
pela Palavra onde homens de Deus tomaram algumas decisões (veja Atos 15.1...).
A oração é um princípio aqui não mencionado na pergunta, mas sei de meus
irmãos que adotam este sistema de governo que isto faz parte deste tipo de escolha.
Para ilustra isto lembro-me da escolha de Matias (At 1...) onde um corpo de homens
de Deus escolheu um substituto para o caído Judas. No entanto isto apenas ilustra.
Tomo a liberdade de usar o recurso inverso da parte final deste questionamento:
onde a Palavra de Deus condena? Ela não aprova, mas também não desaprova. Não
há como condenar aquilo que a Palavra de Deus não condena. Há meu ver é um
procedimento, apenas isto. No entanto se houver algum texto da Palavra gostaria
que fosse mencionado.
Que autoridade as Escrituras dão para apoiar a ideia de que uma pessoa precisa ser
ordenada para estar no ministério? Não existe na Bíblia um pastor, mestre, evangelista,
profeta ou sacerdote que tenha sido ordenado para pregar ou ensinar! As Escrituras
ensinam que o simples fato de uma pessoa possuir um dom espiritual é sua garantia para
usá-lo! (1 Pd 4:10-11)
Que autoridade as Escrituras dão para fundamentar a ideia de que existem hoje no mundo
homens que teriam poder para ordenar outros? Onde eles conseguiram tal poder?
Acaso existe qualquer autoridade para dar a pessoas títulos de "Pastor" (por exemplo,
"Pastor João"), quando nas escrituras esse dom nunca foi atribuído a alguém como um
título?
Onde nas Escrituras existe autoridade para fazer de um homem o Pastor de uma igreja
local quando as Escrituras nunca falam do dom de pastor como um ofício local? (Ef 4:11)
Onde nas Escrituras há autoridade para essas igrejas escolherem seus anciãos? Não existe
na Bíblia uma única igreja que tenha escolhido seus anciãos.
---------------------
Então pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, com toda a igreja, eleger
homens dentre eles e enviá-los com Paulo e Barnabé a Antioquia, a saber:
41
Judas, chamado Barsabás, e Silas, homens distintos entre os irmãos. Atos
15:22
Alguém já tem dito que: “Um pastor cuida de quem permite ser cuidado,
alimenta quem permite ser alimentado e pastoreia quem permite ser pastoreado.
A princípio gostaria de esclarecer algo com o conteúdo destas perguntas. A
palavra PODER aqui usada tem um peso muito grande. Realmente poder é algo
atribuído no sentido absoluto da palavra somente a Deus. Não é uma questão de
poder, mas sim de autoridade. Vamos ver isto então.
Na maioria das denominações ou igrejas, aqueles que têm cargos
importantes são reconhecidos quando são designados para um ofício. As questões
diante de nós são: como devemos entender a importância desse ato e quando ele
deveria ser realizado?
A importância da Ordenação
42
28.8; veja também 1Timóteo 5.22). Aqui, segundo alguns estudiosos palavra
cheirotonço significa “votar” no contexto de Atos 14.23. Apesar de ser um significado
possível do verbo, não é provável que seja baseado no contexto. Paulo e Barnabé
elegeram, não votaram, os presbíteros da igreja.
O outro verbo usado para transmitir a ideia de “eleger” é encontrado em
Tito 1.5 quando Tito é exortado por Paulo para “constituíssem [kathistmi] presbíteros
em cada cidade”. Em ambas situações, no grego clássico e no grego bíblico, kathistmi
é usado com o significado de eleger alguém para um ofício. Por exemplo, Jesus
perguntou a alguém: “quem me constituiu juiz ou partidor entre vós?” (Lucas 12.14).
Também lemos acerca de como o Faraó demonstrou favor a José: “que o constituiu
governador daquela nação e de toda a casa real” (Atos 7.10).
A imposição de mãos é geralmente associada com a eleição ou
comissionamento de alguém para um ofício específico ou tarefa. Os sete que foram
escolhidos para servir a igreja para aliviar as responsabilidades dos apóstolos foram
apresentados “perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos” (Atos
6.6). Na igreja de Antioquia, o Senhor escolheu Barnabé e Paulo para realizar uma
tarefa especial: “Então, jejuando, e orando, e impondo sobre eles as mãos, os
despediram” (Atos 13.3). Em outro contexto, Timóteo é exortado por Paulo para não
negligenciar o dom que foi dado a ele “mediante profecia, com a imposição das mãos
do presbitério” (Atos 14.4). Deveria ser notado que ali o corpo inteiro de presbíteros
impôs suas mãos e elegeu Timóteo para o serviço e não somente um presbítero ou
bispo. Finalmente, Paulo adverte a Timóteo: “A ninguém imponhas precipitadamente
as mãos” (1Timóteo 5.22). Apesar de Paulo não especificar a designação pública de
alguém para o ofício de presbítero, o contexto lida exclusivamente com presbíteros.
Oração e jejum também são associados com a seleção e eleição de líderes.
Os apóstolos seguiram o exemplo de Jesus que orou toda noite antes de escolher
seus 12 discípulos, os apóstolos (Lucas 6.12-13).
VEMOS UM ATO DA ESCOLHA DIVINA CONFIRMADO PELA AUTORIDADE
HUMANA. O ASPECTO HUMANO É AUTENTICADO AOS OLHOS DA CONGREGAÇÃO
DIANTE DAS QUALIFICAÇÕES MORAIS DO APONTADO COMO MINISTRO. DEUS
SONDA OS CORAÇÕES, MAS AO OLHOS HUMANOS HÁ NECESSIDADE DE SE
OBSERVAR O CARATER.
Depois que a igreja selecionou os sete, lemos que os apóstolos oraram
“impondo-lhe as mãos” (Atos 6.6). Similarmente, quando Barnabé e Paulo foram
eleitos como missionários, a igreja jejuou, orou e então os enviaram (Atos 13.3).
O Novo Testamento nunca usa a palavra “ordenar” (no sentido moderno e
técnico) em conexão com um líder cristão que é designado para um ofício#5. Assim,
geralmente leva a um mal-uso do termo “ordenar” em nosso contexto moderno, se
alguém tiver em mente o conceito bíblico de eleição pública ou designação para um
ofício. Hoje em dia, a palavra “ordenar” carrega consigo a ideia de que uma graça
43
especial é transferida através do ato de impor as mãos. Diferente da tradição
episcopal que alega que a autoridade do ofício vem do bispo e é passada para quem
é eleito pela imposição de mãos, a autoridade do ofício vem de Deus, que chama e
concede dons a homens para liderar sua igreja (Atos 20.28; 1Coríntios 12.28; Efésios
4.11). O Novo Testamento não ensina que aqueles escolhidos para liderar a igreja
são “ordenados” para um ofício sagrado e sacerdotal. Ele não ensina que somente os
chamados “ordenados” homens do clero possuem o direito de pregar, batizar e
conduzir a Ceia do Senhor, ou pronunciar uma benção.
É o dever da igreja reconhecer aqueles a quem Deus separou para essa
importante tarefa. Grudem comenta: “Se alguém é convencido que a igreja local
deveria selecionar presbíteros, então pareceria apropriado que a igreja que elegeu
aquele presbítero – não um bispo externo – deveria ser o grupo que outorga o
reconhecimento externo da eleição ao designar a pessoa em um ofício ou ordenar o
pastor”. Strauch adverte contra o entendimento da eleição de presbíteros à luz do
sacerdócio do Velho Testamento:
2 João 1: 1.
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O PRESBÍTERO à senhora eleita, e a seus filhos, aos quais amo na verdade, e não
somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade,
3 João 1: 1.
O PRESBÍTERO ao amado Gaio, a quem em verdade eu amo.
Outros exemplos:
1 Coríntios 1: 1.
PAULO (chamado apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus), e o irmão
Sóstenes.
Gálatas 1: 19.
E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor.
Atos dos Apóstolos 21: 8. E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que
com ele estávamos, chegamos a Cesareia; e, entrando em casa de Filipe, o
evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.
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Presbíteros deveriam ser “ordenados” se pela ordenação nós simplesmente
queremos dizer reconhecimento público de alguém para um ofício e ministério
particular. Talvez um termo mais apropriado e bíblico seria “eleição” ou “comissão”.
A eleição para um ministério era geralmente acompanhada por oração, jejum e
imposição de mãos. Esses atos públicos atraem a atenção para a seriedade e
importância da eleição. Ademais, presbíteros deveriam ser eleitos tão logo quanto
assumissem seus ofícios.
Pergunta 27
Com que autoridade das Escrituras as igrejas tornam alguns dias "santos" e observam
festas cristãs como Sexta Feira Santa, Dia de Todos os Santos, Quaresma, Natal etc.? As
Escrituras dizem que o cristianismo não tem nada a ver com épocas e dias especiais. (Gl
4:10; Cl 2:16)
---------------------
Pergunta 28
Que autoridade das Escrituras têm aqueles que ministram nos púlpitos dessas igrejas para
ensinar doutrinas erradas como Teologia do Pacto, Amilenialismo, Segurança Condicional,
Purgatório, Absolvição, Guarda da Lei etc.?
-------------------
Minha resposta é curta nesta questão. Vou dizer algo já afirmado. Não se
parte da exceção para regra. Parece-me que está pergunta quer sugerir que isto é
uma realidade de toda igreja denominacional. Há igrejas sérias que prezam pela
ortodoxia e pela ortopraxia doutrinária. Não quero entrar pontualmente nas doutrinas
aqui citadas. Faltaria tempo. Se não estão em acordo com a palavra vão se enquadrar
no que Paulo falou: nos últimos tempos muitos púlpitos iam ser utilizados para
anunciar doutrinas de demônios. Jesus falou de falsos profetas. Mas esta realidade
não é particular de nossos dias. Isto já acontecia no tempo deles. O fato é que não
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prego heresias e a denominação que frequento e as que visito também não. Como
conselho deixo o que Paulo falou: “examinai tudo, retende o bem”.
Pergunta 29
Acaso existe autoridade das Escrituras para se promover reuniões de "Testemunho", onde
um homem se levanta e diz para a audiência como ele foi salvo, geralmente descrevendo
sua vida passada de pecados?
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Vejamos alguns textos:
Eu vi que esta pergunta não apresenta o texto bíblico que a respalde. Então
entendo que é um questionamento particular.
Mais uma vez, posso eu condenar aquilo que a Bíblia não condena? Eu
concordo que devemos tomar muito cuidado com algumas experiências pessoais
trazidas como testemunho. Os chamados tristimunhos. Não edificam, não glorificam
a Deus em nada.
Mas não podemos generalizar. Existem testemunhos que têm conduzido
muitas vidas a Cristo. A Bíblia chama-os de adorno da doutrina. Um testemunho deve
apresentar pelo menos três características: trazer alegria em meio ao povo de Deus
pela vitória alcançada mediante a ação do Senhor; despertar a fé dos crentes e
também dos incrédulos que ouvem, mas acima de tudo, glorificar ao nosso Pai.
O maior testemunho sem dúvida e a Palavra de Deus. Mas particularmente
vejo no tom desta pergunta uma medida descabida de rigor. Veja os versículos nesta
introdução.
Mas me responda outra pergunta: onde a Bíblia diz que não se pode dar
testemunho de fatos acontecidos em sua vida em uma igreja. Apresente aqui um
verso. Devemos ter cuidado pois as vezes "coamos mosquitos, mas engolimos
camelos", bem disse Jesus. Mas para não ficar só nas minhas palavras quero usar o
exemplo de um homem que gostava de contar seus testemunhos. Falava com muita
frequência de sua vida de pecador como também de experiências pessoais. Os
testemunhos dele foram apresentados a não crentes, a crentes na igreja e também
47
fazem parte das Escrituras. Para reprová-lo preciso retirar alguns textos bíblicos. Dito
isto vejamos os testemunhos deste homem chamado Paulo:
Atos dos Apóstolos ...22: 3. Quanto a mim, sou judeu, nascido em Tarso da
Cilícia, e nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a
verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois. 4.
E persegui este Caminho até à morte, prendendo, e pondo em prisões, tanto
homens como mulheres, 5. Como também o sumo sacerdote me é
testemunha, e todo o conselho dos anciãos. E, recebendo destes cartas para
os irmãos, fui a Damasco, para trazer amarrados para Jerusalém aqueles que
ali estivessem, a fim de que fossem castigados. 6. Ora, aconteceu que, indo
eu já de caminho, e chegando perto de Damasco, quase ao meio-dia, de
repente me rodeou uma grande luz do céu. 7. E caí por terra, e ouvi uma voz
que me dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? 8. E eu respondi: Quem
és, Senhor? E disse-me: Eu sou Jesus Nazareno, a quem tu persegues. 9. E
os que estavam comigo viram, em verdade, a luz, e se atemorizaram muito,
mas não entenderam a voz daquele que falava comigo. 10. Então disse eu:
Senhor, que farei? E o Senhor disse-me: Levanta-te, e vai a Damasco, e ali
se te dirá tudo o que te é ordenado fazer. 11. E, como eu não via, por causa
do esplendor daquela luz, fui levado pela mão dos que estavam comigo, e
cheguei a Damasco. 12. E um certo Ananias, homem piedoso conforme a lei,
que tinha bom testemunho de todos os judeus que ali moravam, 13. Vindo
ter comigo, e apresentando-se, disse-me: Saulo, irmão, recobra a vista. E
naquela mesma hora o vi.
Outro testemunho:
Atos dos Apóstolos ...26: 10. O que também fiz em Jerusalém. E, havendo
recebido autorização dos principais sacerdotes, encerrei muitos dos santos
nas prisões; e quando os matavam eu dava o meu voto contra eles. 11. E,
castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar.
E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os
persegui. 12. Sobre o que, indo então a Damasco, com poder e comissão dos
principais sacerdotes, 13. Ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu,
que excedia o esplendor do sol, cuja claridade me envolveu a mim e aos que
iam comigo. 14. E, caindo nós todos por terra, ouvi uma voz que me falava,
e em língua hebraica dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues? Dura coisa
te é recalcitrar contra os aguilhões. 15. E disse eu: Quem és, Senhor? E ele
respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; 16. Mas levanta-te e põe-te
sobre teus pés, porque te apareci por isto, para te pôr por ministro e
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testemunha tanto das coisas que tens visto como daquelas pelas quais te
aparecerei ainda; 17. Livrando-te deste povo, e dos gentios, a quem agora
te envio, 18. Para lhes abrires os olhos, e das trevas os converteres à luz, e
do poder de Satanás a Deus; a fim de que recebam a remissão de pecados,
e herança entre os que são santificados pela fé em mim.
Mais um testemunho
Pergunta 30
Que autoridade há no Novo Testamento para se recolher dízimo (10 % de nossa receita) da
audiência, quando o dízimo é claramente uma lei Mosaica dada para Israel? (Lv 27:32, 34;
Nm 18:21-24)
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“Mas ai de vós, fariseus! porque dais o dízimo da hortelã, e da arruda, e de
toda hortaliça, e desprezais a justiça e o amor de Deus. Ora, estas coisas
importa fazer, sem deixar aquelas”. (Lucas 11:42)
49
Foi Jesus quem disse esta frase. E não foi no Antigo Testamento. Algo
importante antes da resposta. Antes deixarmos o dinheiro como oferta precisamos
temos que ofertar nosso coração. Muitos demonstram sua falta de amor, gratidão e
fidelidade a Deus nas ofertas e dízimos porque seus corações ainda estão presos ao
dinheiro. Somente quebrando as correntes deste tipo de coração é que haverá
liberdade para se entregar a alguns destes preceitos ensinados pela Palavra. Se não,
ficaremos presos retoricamente em leis e justificativas fora de um contexto no Antigo
Testamento.
Esta pergunta de número trinta é bastante interessante, mas sua
formulação expressa um grosseiro engano e desconhecimento das Escrituras. Vou
demonstrar isto ao longo desta resposta.
Temos observado a relutância de algumas pessoas sobre a necessidade de
dizimar. Uma parte compreende que é bíblico o dízimo e que este deve ser o dever
de todo Cristão. Devolver a Deus aquilo que lhe pertence. Por outro lado, outros,
entendem de modo contrário, estabelecem a convicção da desnecessidade de
dizimar.
É evidente que o que vamos abordar, servirá como base a todos aqueles
que desejam uma resposta convincente. Antes das respostas algumas
considerações:
- O dízimo é uma atitude de fé. É consciência de que uma parte dos nossos
rendimentos é de Deus e, consequentemente da comunidade. Por isso, ele é
devolvido para manutenção da comunidade, desde a ação social da Igreja, como da
casa de oração, de obreiros e afins. Dízimo demonstra apego as causas de Deus e
desapego aos bens terrenos. Muitos que se escondem atrás da negativa ao dízimo
estão apegados ao dinheiro e são reféns da avareza. O texto que Paulo trata do
perigo do amor ao dinheiro, em seu contexto fala também repartir (ofertar) de boa
mente:
50
comunicáveis; que entesourem para si mesmos um bom fundamento para o
futuro, para que possam se apoderar da vida eterna 1Tm 6.10, 18-19
Antes da lei
51
Abel, e não vemos nada escrito este respeito, como também não aparece sobre
animais imundos ou sábado diretamente, mas sim nas obras ou no proceder destes
homens de Deus.
Certamente que todos os que combatem contra o preceito do dízimo
concordam com ele, e aceitam ser uma prática bíblica, mas para o período do
sacerdócio Levítico.
Mas, que com Jesus mudou o sacerdócio Levítico, assim, mudou as leis
concernentes aos sacerdotes e nesta mudança o dízimo ficou fora permanecendo
somente as ofertas, e que a igreja deve viver somente de ofertas.
Obviamente que nós concordamos com as ofertas, mas, a força da oferta
está nos dízimos. Se não há dízimo, logo chegaremos à conclusão que não existe
também oferta.
Estes dois estão intimamente ligados, sendo o dízimo uma oferta com
porcentagem determinada segundo a prosperidade do contribuinte.
Não vou entrar na questão de Jacó que também dizimou também a exemplo
de Abraão antes da lei. Mas entremos no contexto do Novo Testamento.
52
Em toda questão de ordem moral, espiritual ou teológica, Jesus é autoridade máxima,
e a sua palavra é decisiva. O seu parecer, sobre qualquer assunto, é suficiente para
dirimir a mais intricada questão doutrinária ou controvérsia religiosa, em torno de
qualquer tema bíblico.
53
Muitos daqueles que não dizimam esquecem que mais do que a
formalidade do cumprimento da Lei de modo frio, está o amor, a gratidão e o desejo
que a obra de Deus nesta terra seja mantida.
Como explicar o constrangimento de Paulo diante de uma igreja que
negligenciava a entrega das ofertas e dízimos, veja o texto:
2 Coríntios 11: 8. Outras igrejas despojei eu para vos servir, recebendo delas
salário; e quando estava presente convosco, e tinha necessidade, a ninguém
fui pesado.
1 Timóteo 5: 18. Porque diz a Escritura: Não ligarás a boca ao boi que
debulha. E: Digno é o obreiro do seu salário.
Paulo faz a ligação neste texto entre um preceito da lei e realidade implícita
que aponta para necessidade de recursos para mantimento de um obreiro. Muito
interessante.
Como será que este obreiro viveria em uma igreja dos dias atuais, se esta
não contasse com a fidelidade da entrega dos dízimos.? Provavelmente muitos
pediriam a Deus que enviasse um corvo para sustento dele para se isentarem da
prática da entrega dos dízimos. Ou talvez afirmassem: ele não precisa de
pagamentos. A Bíblia diz que o justo viverá da fé. Sarcástico mais é uma verdade.
1 Coríntios 16: 1-2: ORA, quanto à coleta que se faz para os santos, fazei
vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galácia. No primeiro dia da
semana cada um de vós ponha de parte o que puder ajuntar, conforme a sua
prosperidade, para que não se façam as coletas quando eu chegar.
54
Paulo distingue a entrega da proporcionalidade da oferta. Oferta é segundo o que se
propõe no coração. São bem distintos.
Não obstante, poderia entrar no texto de Hebreus onde o dízimo é
mencionado. Jesus é citado ao lado de Melquisedeque. O assunto dízimo é tratado
claramente. Se o dízimo foi entregue a Melquisedeque porventura também não
deveria ser entregue a Jesus. Leia o texto com atenção. Jesus e o Sacerdote da Nova
Aliança. Se foi feito a Melquisedeque quanto mais a Cristo.
Pergunta 32
---------------------------
55
E, dizendo ele isto em sua defesa, disse Festo em alta voz: Estás louco, Paulo;
as muitas letras te fazem delirar. Mas ele disse: Não deliro, ó potentíssimo
Festo; antes digo palavras de verdade e de um são juízo - Atos 26:24,25
O que me preocupa mais uma vez é o que está por traz deste tipo de
pergunta. Não é o fato de frequentar um seminário ou mesmo buscar apreender um
pouco mais sobre a Palavra em uma Escola Dominical que deve ser taxado como um
problema. São meios, são louváveis. Paulo aprendeu em uma famosa escola. Foi
criado aos pés de Gamaliel, um famoso rabino de sua época. Eliseu conduzia uma
escola de Profetas. Esdras e Neemias prezavam pelo ensino da Palavra a todo o povo.
Tudo aquilo que fizermos para conhecermos e com isso servirmos melhor a Deus
deve ser priorizado.
Temos que ter a consciência que não se trata aqui simplesmente de ter um
conhecimento. A Palavra diz: “O saber incha, mas o amor edifica”. Mas bem sabemos
em que contexto isto foi digo.
A orientação da Palavra é clara. O salmista sedento por conhecer mais de
Deus disse: “Desvenda os meus olhos para que eu compreenda as maravilhas da tua
Lei”. O Profeta afirmou: O meu povo é destruído por que lhe faltou conhecimento.
Ao contrário, um povo ignorante, será sempre massa de manobra nas mãos
de mestres inescrupulosos. O que diz as Escrituras sobre eles: Matheus 7:15
"Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas,
mas por dentro são lobos roubadores".
Mateus 24:24 e Marcos 13:22 "porque surgirão falsos cristos e falsos profetas
operando grandes sinais e prodígios para enganar, se possível, os próprios
eleitos".
56
como reformador, nem como chefe, e, sim, como mestre. Vemos perfeitamente que
ele não pertenceu à classe dos escribas e rabinos que inter-pretavam
minuciosamente a Lei. Não. Ele ensinou. De forma alguma se distinguiu ele como
“agitador da massa popular”. Não comprometeu sua Causa com apelos em reuniões
populares, com práticas ritualistas, ou com manobras políticas, não. Ele confiou sua
Causa aos prolongados e pacientes processos de ensino e de treinamento. L. A.
Weigle diz: “Jesus lançou mão do método educativo, e não do método de força
política, ou de propaganda, ou do poder.” E J. A. Marquis acrescenta: “A principal
ocupação de Jesus foi o ensino. Algumas ve-zes ele agiu como curador, outras vezes
operou milagres, pre-gou frequentemente; mas foi sempre o Mestre. Ele não se pôs
a ensinar porque não tivesse outra coisa a fazer; mas, quando não estava ensinando,
estava fazendo qualquer outra coisa. Sim, ele fez do ensino o agente principal da
redenção.”
A ênfase que Jesus deu ao ensino ressalta do fato de em geral ser ele
reconhecido como Mestre. “À luz dos Evangelhos, vemos que seus discípulos e
contemporâneos o tornavam como mestre.” Ele foi mesmo chamado Mestre,
Professor ou Rabi; e tudo isto, traz em seu bojo a mesma ideia geral expressa por
Nicodemos quando disse: “Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus”
(João 3:2). Nos Evangelhos, Jesus é cha-mado mestre nada menos de quarenta e
cinco vezes, e nunca se fala nele como pregador. L. J. Sherril diz que, somando-se
todos os termos equivalentes a mestre, temos o total de ses-senta e um.11 Norman
Richardson anota que o vocábulo Mestre é usado sessenta e seis vezes na Versão
King James; cinquenta e quatro vezes é derivado da palavra grega que significa
profes-sor ou mestre.12 Fala-se em Jesus ensinando, quarenta e cinco vezes; e onze
apenas pregando, e, assim mesmo, pregando e ensinando, como vemos cm Mateus
4:23 — “ensinando em suas sinagogas e pregando o evangelho do reino”.
Chamavam-no mestre não apenas os doze, mas também outros mais discípulos seus.
Outrossim, Jesus a si mesmo se chamava Mestre, dizendo: “Vós me
chamais Mestre e Senhor; e dizeis bem, porque eu o sou” (João 13:13). Também
dizia ser “a luz”, vocábulo que traz a ideia de instrução. Nesta linha de pensamento,
interes-sante é notar que João Batista sempre foi mais chamado pre-gador que
mestre.
Outra indicação desta ênfase sobre o ensino é. a termino-logia empregada
para descrever os seguidores e a mensagem de Jesus. Não são eles chamados
súditos, servidores ou camara-das. A palavra cristão só é empregada três vezes em
o Novo Testamento para caracterizá-los e assim mesmo uma vez como zombaria. No
entanto, vemos a palavra discípulo, que significa aluno ou aprendiz, empregada 243
vezes, para referir-se aos seguidores de Jesus. A mensagem de Jesus diz-se ser
ensino (39 vezes), e sabedoria (seis vezes), não dando tanto a ideia de preleção ou
sermão. A expressão Sermão do Monte não é usada pelos escritores do Novo
57
Testamento. Mateus apenas diz — “E ele se pôs a ensiná-los, dizendo…” (Mat. 5:2).
Tal peça deve ser intitulada — O Ensino do Monte, e não O Sermão do Monte.
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nosso modelo incomparável, e sempre temos o que aprender com seus métodos e
mensagens. Como disse Marta: “O Mestre está aí” (João 11:28). “Ao contrário dos
mestres religiosos do seu tempo, Jesus ensinou com sua própria autoridade. Não
ensinou como os escribas, que repetiam e citavam dizeres de outros. Jesus falou
movido pela consciente paixão da verdade que fervilhava no seu íntimo.
Por isso sou um defensor de Seminários e Escolas Bíblicas. O resto
são títulos.
Pergunta 33
Será que existe qualquer fundamento na Palavra de Deus para essas igrejas enviarem
Ministros e Pastores para um determinado lugar para executarem uma obra para o Senhor?
Costumamos ouvir comentários como, "o Pastor fulano foi enviado por tal organização". As
Escrituras mostram que Cristo, a Cabeça da igreja e Senhor da seara, é quem envia os
Seus servos para a obra que preparou para eles, por meio da direção do Espírito, e que a
igreja deve tão somente reconhecer isso estendendo ao servo a destra à comunhão. (Mt
9:38; At 13:1-4; Gl 2:7-9).
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Eu não preciso de uma igreja. Deus trata diretamente comigo. É muito bom
dizer que Deus tem me guiado, me conduzido, fala diretamente comigo e eu obedeço.
Não preciso da “igreja” para me enviar. Eu sou sensível a voz do Espírito e faço
somente aquilo que Ele me conduz a fazer. Boa esta afirmação. Mas o que vemos é
que em muitos destes casos o que reina é um espírito de insubmissão e rebeldia.
Muitos se escondem atrás de argumentos como estes para fazer o que bem querem.
E no final é só aparentar uma pretensa espiritualidade e dizer: Eu fiz o que Deus me
mandou. Esta é a realidade que está por trás deste tipo de pergunta.
Outro ponto, não se trata aqui de uma independência à ação de Deus
daqueles que fazem parte da igreja institucionalizada. Quando se diz que a igreja
envia, sabemos que ela, a igreja, está sob a tutela e soberania de Deus.
A um texto mencionado acima em At 13.2. É dito: “apartai-me a Barnabé e
a Paulo. A pergunta é quem apartou. Os servos que estão na igreja. Vejo nesta
pergunta apenas mais um jogo retórico.
Vamos fazer o exercício de lógica muito simples. A igreja é composta por
homens. Quando o Espírito fala aos homens, estes homens que fazem parte da igreja
59
agem em obediência à direção do Espírito. Neste sentido, a igreja envia por meio da
ação dos homens. Vamos ver alguns textos onde esta verdade é vista explicitamente:
Atos dos Apóstolos 11: 21. E a mão do Senhor era com eles; e grande número
creu e se converteu ao Senhor. 22. E chegou a fama destas coisas aos ouvidos
da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé a Antioquia.
Atos dos Apóstolos 11: 25. E partiu Barnabé para Tarso, a buscar Saulo; e,
achando-o, o conduziu para Antioquia. 26. E sucedeu que todo um ano se
reuniram naquela igreja, e ensinaram muita gente; e em Antioquia foram os
discípulos, pela primeira vez, chamados cristãos.
Atos dos Apóstolos 19: 21. E, cumpridas estas coisas, Paulo propôs, em
espírito, ir a Jerusalém, passando pela Macedônia e pela Acaia, dizendo:
Depois que houver estado ali, importa-me ver também Roma. 22. E, enviando
à Macedônia dois daqueles que o serviam, Timóteo e Erasto, ficou ele por
algum tempo na Ásia.
Pergunta 34
Onde nas Escrituras vemos a ideia da igreja ser uma organização que ensina? Costumamos
ouvir pessoas dizendo, "Nossa igreja ensina que..." Na Bíblia não vemos a igreja
ensinando, mas sendo ensinada por indivíduos que são levantados pelo Senhor. (At 11:26;
Rm 12:7; Ap 2:7, 11, 17, 29; 3:6, 13, 22; 1 Ts 5:27).
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Mais o que vale ser ressaltado acima de tudo é o que é ensinado. O
fundamento deste ensino deve ser a inerrante e infalível Palavra de Deus.
Conclusão
Obras consultadas
https://bibliajfa.com.br/app/acf
http://verdadesbiblicasonline.blogspot.com/sombras-das-coisas-futuras.
https://sites.google.com/site/iasdonline/home/reparador/leis
http://tempora-mores.blogspot.com/2013/09/os-desigrejados
http://www.destakenewsgospel.com.br/2017/02
http://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/assunto/igreja/desigrejismo-
crentes-caindo-fora-da-igreja/
61