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Os perigos da Religiosidade

Religião.
• “Conjunto de crenças e filosofias que são seguidas por uma grande massa de
pessoas de acordo com seus ensinamentos, doutrinas e costumes.
• O termo tem sua origem no verbo latino religare, que significa “religar”, “ligar
de novo”
• Resumidamente: Fé em ação.
• A Bíblia traça os fundamentos da religião:
◦ Há um Deus Todo-Poderoso que deve ser adorado (Sl 148.5)
◦ A forma de adoração e modo de vida que O agrada (Mq 6.8)
◦ Ensina a ter e a viver de maneira correta (Tg 2.22)
• Aparece 2vezes na Bíblia (At 25.19 – temer a uma divindade – At 26.5 –
serviço a Deus) , mas nem todas traduzem a mesma palavra grega. Já o termo
religioso aparece em At 17.22 e Tiago 1.26, 27 (controlar a língua, cuidar dos
órfãos e das viúvas, e não se deixar contaminar pelo mundo)

Religiosidade.
• “Qualidade do indivíduo que possui disposição ou tendência para refletir
sobre os aspectos da atividade religiosa”
• Série de ações que tem como objetivo a reflexão de valores éticos que
apresentam algum teor religioso.
• Mostra o sentido que uma pessoa possui ao refletir sobre questões ligadas à
religião e as crenças religiosas pessoais.
• Do ponto de vista psicológico, ela exerce influência nos valores e no modo de
agir de uma pessoa ao refletir.
• Características da Religiosidade:
◦ Falsa aparência de piedade:“Tendo aparência de piedade, mas negando a
eficácia dela”. (II Tm 3.5)
▪ Metáfora do “Fermento dos Fariseus” usada por Jesus: “Não acrescenta
valor nutritivo à massa, apenas a infla. Assim é a religiosidade. Nada
adiciona à vitalidade da igreja, apenas faz crescer o orgulho humano.”
◦ Impede de ouvir claramente a voz de Deus : Achamos que temos
conhecimento suficiente para cuidar de nossa vida espiritual. Leva-nos
a valorizar muito mais o conhecimento em si do que ter uma experiência do
que ter uma experiência cristã de relacionamento íntimo com o Senhor.
Legalismo.
• “Legalismo é o estilo de vida de pessoas que acreditam que o cumprimento das
regras torna o indivíduo merecedor do favor e da salvação divina. ”
• O legalismo se manifesta de 2 formas:
• Legalismo Doutrinário: Tentativa de acrescentar algo à obra completa de
Cristo. É confiar em outra coisas senão em Cristo e em sua obra completa e
permanente diante de Deus.
◦ Oponentes de Jesus achavam-se justos em si mesmo, com base no seu zelo
e compromisso com a Lei de Deus. Ex: Fariseus, saduceus e escribas
◦ Frequente auto justificação e truncamento e distorcimento do significado
bíblico da Graça.
▪ “ O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó
Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens,
roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo
duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O
publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os
olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim,
pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não
aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se
humilha será exaltado. (Lc 18.11-14)
▪ Mt 12.9-12 (Cura do homem da mão atrofiada em um dia de sábado)
◦ O Legalismo despreza a verdadeira doutrina e faz apelos às tradições
humanas.
▪ A Tradição dos Anciãos: “Então, vieram de Jerusalém a Jesus alguns
fariseus e escribas e perguntaram: Por que transgridem os teus
discípulos a tradição dos anciãos? Pois não lavam as mãos, quando
comem” (Mt 15:1-2)
▪ Negligência com os necessitados: Corbã (Mc 7.5-13) - “Assim vocês
anulam a palavra de Deus, por meio da tradição que vocês mesmos
transmitiram. E fazem muitas coisas como essa". (v.13)

◦ O legalismo doutrinário pode penetrar em nossas mentes pela porta dos


fundos da santificação. Em Gálatas 3. 1–4, que os membros da igreja na
Galácia se deixaram enganar e acreditaram que sua posição diante de
Deus dependia, em última análise, do que eles alcançaram “na carne”, na
continuação de sua vida cristã. “Ó gálatas insensatos! Quem os enfeitiçou?
Não foi diante dos seus olhos que Jesus Cristo foi exposto como
crucificado? Gostaria de saber apenas uma coisa: foi pela prática da lei que
vocês receberam o Espírito, ou pela fé naquilo que ouviram? Será que vocês
são tão insensatos que, tendo começado pelo Espírito, querem agora se
aperfeiçoar pelo esforço próprio? Será que foi inútil sofrerem tantas coisas?
Se é que foi inútil! (Gálatas 3:1-4)

• Legalismo Prático:
◦ Ocorre quando permitimos que nos coloquemos novamente sob o pacto das
obras e experiências espirituais e individuais, suplantando a Obra de Cristo
e a Nova Natureza adquirida através da Sua Morte.
◦ Orgulho espiritual baseado na experimentação de crescimento (rápido) ou
força no conhecimento espiritual. Quando isso acontece, os legalistas
práticos começam a desprezar os outros e julgar pecaminosamente aqueles
que não experimentaram o que eles experimentam.
◦ Em seu sermão “Trazendo a Arca para Sião uma segunda vez”, Jonathan
Edwards explicou que havia observado a realidade do orgulho espiritual
e do legalismo prático entre aqueles que haviam experimentado o
reavivamento durante o “Grande Despertamento”:
◦ “Há uma disposição excessiva nos homens, enquanto vivem, para fazer
justiça ao que são em si mesmos, e uma disposição excessiva nos homens
para fazer uma justiça de experiências espirituais, bem como outras coisas. .
. um convertido é capaz de ser exaltado com altos pensamentos de sua
própria eminência na graça”.

• Cura para o Legalismo:


O legalismo é um forma de escravidão e pode ter aparência, mas é
destrutivo
◦ A graça do Evangelho.
◦ Ao fazê-lo, novamente começaremos a crescer em nosso amor por aquele
que morreu para nos curar de nossa propensão a confiar em nossas próprias
obras ou realizações.
◦ “Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo
vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho
de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim. Não anulo a
graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu
Cristo em vão”. (Gl 2. 20–21).

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