Você está na página 1de 23

.

Lição 8: Sendo Verdadeiros


TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade, e
em cujo espírito não há engano.” (Sl 32.2).

VERDADE PRÁTICA
Jesus chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não
por compaixão ou outros bons motivos, mas para obter glória diante
dos homens.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
• Mateus 6.1-4.
• 1 — Guardai-vos de fazer a vossa esmola diante dos homens,
para serdes vistos por eles; aliás, não tereis galardão junto de
vosso Pai, que está nos céus.
• 2 — Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta
diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas
ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos
digo que já receberam o seu galardão.
• 3 — Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão
esquerda o que faz a tua direita,
• 4 — para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai,
que vê em secreto, te recompensará publicamente.
PLANO DE AULA
• 1. INTRODUÇÃO
• O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação do nosso coração?
• Essas são as perguntas que a presente lição busca responder.
• O coração do seguidor de Jesus tem de estar sempre com a verdade. A nossa
motivação tem de ser sempre a melhor, nobre e sincera no Reino de Deus.
• Essa consciência de Reino protege-nos da hipocrisia.
• 2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
• A) Objetivos da Lição:
• I) Contrastar o ato de dar esmola com a hipocrisia;
• II) Colaborar no auxílio ao próximo sem alarde;
• III) Concluir que Deus contempla o bem que realizamos.
• B) Motivação: Sempre é importante sondar o coração para ter a consciência de sua
verdadeira motivação.
• Pergunte: Por que emprego energia em determinado objeto? É preciso procurar saber
a razão de fazer o que estamos fazendo.
INTRODUÇÃO
• O ensinamento de Jesus no Sermão do Monte tem o objetivo
de fazer com que sejamos seguidores de Cristo
comprometidos com os valores do Reino de Deus.
• Uma consequência de quem vive esses valores é buscar ser
aprovado por Deus, e não aplaudido pelos homens, além de
vigiar contra a hipocrisia (Lc 12.1).
• Nesta lição, veremos que Deus condena a hipocrisia de
pessoas que praticavam boas ações, não por compaixão ou
outros bons motivos, mas para obter glória diante dos
homens.
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

• 1. Definição de hipócrita.
• No grego, a palavra para “hipócrita” significa “alguém que
interpreta um papel”, um personagem em uma obra teatral.
• O uso desta palavra no Evangelho de Mateus caracteriza o hipócrita
como uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os
observadores (6.1-3,16-18); cujo foco está nos enfeites, e não nas
questões centrais da fé; e cuja conversa espiritual esconde motivos
corruptos. Em Mateus 6, o hipócrita está em contraste com a
pessoa de fé, cujo relacionamento com Deus é “secreto”.
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA
1. Definição de hipócrita.

• O grande desejo do hipócrita é sempre o de aparecer


exteriormente, mas o problema é que o lado interno, sua
verdadeira natureza, não é revelado.
• Ninguém sabe o que há no íntimo do ser humano; somente
Cristo, que conhece a natureza humana (Jo 2.25).
• O cristão que deseja vencer a hipocrisia tem de ter seu coração
preenchido pelo amor de Cristo.
• Com esse amor real no coração, não há como o cristão praticar
uma coisa e interiormente ser de outra forma (Mt 5.48).
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

• 2. A JUSTIÇA PESSOAL.

• Por intermédio da “justiça pessoal”, os discípulos de Jesus


deveriam viver dos fariseus, os quais projetavam, em práticas
religiosas, mostrar ao público sua “grande” espiritualidade.
• Foi nesse particular que Jesus disse: “Guardai-vos de fazer a
vossa esmola diante dos homens, para serdes vistos por eles;
aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus”
(Mt 6.1).
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA
2. A JUSTIÇA PESSOAL.

• Os discípulos de Cristo, que vivem seus ensinos, são


conscientes de que nenhum ato de justiça pode ser praticado
com a intenção de glorificação pessoal.
• Tudo o que fizermos deve ser para a glória de Deus (1Co 10.31;
Cl 3.17; 1Pe 4.11).
• Tomemos todo o cuidado, pois a tentação de exibir a justiça
pessoal poderá surgir em nossos atos piedosos de oração,
jejum e oferta.
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA

• 3. AS TRÊS PRÁTICAS DA ÉTICA CRISTÃ.

• O apóstolo Tiago falou que a religião verdadeira tem como marca o


serviço ao próximo, que também é um culto a Deus (Tg 1.27).
• Jesus deixa claro que nesse serviço cristão não podem faltar a oferta, a
oração e o jejum.
• Porém, no seu ensino, o propósito desses serviços piedosos não
poderia ser deturpado, como fizeram os escribas e fariseus.
• Interessante observar que as três práticas da ética do serviço cristão
envolvem
• nossos bens (oferta),
• nosso espírito (oração)
• e nosso corpo (jejum),
• e são direcionadas a Deus, ao próximo e a nós mesmos.
LIGUE AS PALAVRAS DA COLUNA
ESQUERDA COM AS PALAVRAS DA COLUNA
DIREITA
• OFERTA • A DEUS

• ORAÇÃO • A NÓS MESMOS

• JEJUM • AO PROXIMO
I. O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA
3. AS TRES PRÁTICAS DA ÉTICA CRISTÃ.

• A oração, o jejum e a oferta são atos piedosos que, quando


praticados com sinceridade e verdade, têm o reconhecimento
do Senhor.
• Por outro lado, Jesus nos ensina que a religião sensacionalista
e espetacular do dissimulado religioso perverte a piedade,
afinal, sua intenção é somente enganar e buscar os aplausos
humanos.
• Tal procedimento jamais é adotado por um seguidor de Jesus,
pois sabe que a prática de atos justos é somente com a
finalidade de glorificar a Deus.
II. AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

• 1. Qual é a motivação do teu coração?

• A prática da generosidade para com alguém é bíblica e há


tempos estava presente na Lei de Deus (Lv 23.10,11; 19.10; Dt
15.7-11; Jr 22.16; Am 2.6,7; Dn 4.27), como também nos
ensinos de Jesus (Lc 6.36,38; Lc 21.1-4; Jo 13.29; Gl 6.2).
• O verbo hebraico para generosidade é gamal, que significa
“resolver completamente, recompensar, repartir, fazer algo
para alguém, agir generosamente”.
II. AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE
1. Qual é a motivação do teu coração?
• Teologicamente, a generosidade expressa gratidão por algum
benefício recebido.
• É preciso, porém, entender que, às vezes, aparentemente
uma pessoa pode demonstrar um ato de generosidade com
motivos errados, pois a mão pode dar uma oferta, um
presente, mas a motivação oculta do coração pode ser outra.
• O crente deve buscar ser sincero na sua contribuição, fazendo
isso na íntima satisfação de sua mente e no Espírito de Cristo,
pois Ele sabe a motivação do seu coração quando estende as
mãos para dar (Mt 9.4; 12.25; 22.18; Jo 16.19).
II. AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE

• 2. O que buscamos quando auxiliamos o próximo?


• O discípulo de Cristo não busca se promover quando se dispõe
a ser generoso para com o próximo, não tem interesse em
chamar a atenção de ninguém.
• Todavia, a sua beneficência e generosidade são atos piedosos
praticados como partes essenciais da religião pura para com
Deus, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27; Mt 25.36;
1Tm 5.2), tomando Cristo como exemplo maior, o qual andou
por todas as partes fazendo o bem (At 10.38).
• Agir dessa maneira é sinal de que realmente o Evangelho de
Cristo tem influência em sua vida.
II. AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE
2. O que buscamos quando auxiliamos o próximo?

• Jesus adverte a respeito de qualquer um que aja em busca de


receber os louvores dos outros, ou transforme atos piedosos
em atos profanos.
• Quem age dessa maneira sempre será visto por Jesus como um
hipócrita.
• Nossa religiosidade nunca deve ser para orgulho pessoal e
desprezo dos outros, pois, procedendo dessa maneira,
estaremos no mesmo nível dos fariseus.
• Nosso Senhor deixou claro que nossa justiça deve ultrapassar a
deles; caso não seja assim, não teremos parte no seu Reino (Mt
5.20).
II. AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE
• 3. A maneira de ofertar segundo Jesus.
• No ato de ofertar, devemos ter todo o cuidado necessário
para não buscar louvores ou não louvarmos a nós mesmos.
• Quando ofertamos, não devemos “tocar trombetas”.
• É claro que a referência que Jesus fez a esse toque foi
metafórica, que quer dizer tornar público.
• Quanto à forma correta de se ofertar, Jesus disse que isso
deve ser feito de duas maneiras: primeiro, sem alarde
público; segundo, essa doação deve ser voluntária e
discreta.
III. DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

• 1. O Deus que tudo vê.


• Um dos atributos divinos é a onisciência. Deus é descrito nas
páginas das Sagradas Escrituras como aquEle que tudo vê.
• Para Ele não existe surpresa nem o desconhecido (Gn 14).
Nada pode escapar da onisciência divina (Gn 16.13; Sl 139; Mt
10.30; Hb 4.13; Jo 21.17).
• Seria triste demais para nós servirmos a um Deus que não tem
o controle das coisas nem sabe o que vai acontecer.
• O que nos dá segurança é que até aquilo que vamos pedir Ele
já sabe (Mt 6.8)..
III. DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

• 2. O Deus que recompensa.


• O nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que fazemos.
• O escritor da Carta aos Hebreus diz que nosso Deus “não é injusto para
se esquecer da nossa obra e do trabalho da caridade que foi mostrado
para com o seu nome” (Hb 6.10; Mt 10.42; Jo 13.20).
• Já quando os homens aplaudem qualquer ação feita por outros homens,
eles não conhecem a causa, o motivo que os impeliu a tal ação, pois
veem somente aquilo que lhes foi manifestado exteriormente.
• O Senhor, pelo contrário, vê o que está no coração (1Sm 17), não
necessitando de qualquer amostra exterior para chamar a sua atenção
(Mt 6.4,6,18).
III. DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS
2. O Deus que recompensa.

• Quando um crente procura fazer algo apenas para que outras pessoas
vejam, está desprezando os ensinos verdadeiros de Cristo, que
especificamente afirmou que nada deve ser feito para receber aplausos
dos homens.
• Ademais, ainda age como se Deus não estivesse atento a tudo o que ele
faz. Os verdadeiros servos do Senhor são conscientes de que quem
recompensa é Deus, por isso praticam suas obras no anonimato, em
secreto, por amor ao Pai e por sempre quererem agradá-lo em tudo.
• O salvo em Cristo deve lembrar de que Deus irá recompensar cada um
segundo de seu procedimento.
• Portanto, é sempre bom fazer o bem (Pv 3.27; Rm 2.7), lembrando de
que aquele que sabe fazer o bem e não o faz, está pecando (Tg 4.17).
CONCLUSÃO
• Por meio de Jesus, ficamos cientes de que Ele deseja que
andemos na verdade, sejamos honestos e que a nossa justiça
ultrapasse a deles (Mt 5.20) em todos os aspectos, sem
jamais buscar a exibição.
QUESTINÁRIO
• 1. O que caracteriza a palavra “hipócrita” no Evangelho de Mateus?
• Uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os observadores
• 2. Quais são os três grandes deveres cristãos?
• ofertar, orar e jejuar.
• 3. De acordo com o ensino de Jesus, qual é a nossa forma correta de
ofertar?
• primeiro, sem alarde público; segundo, essa doação deve ser voluntária
e discreta.
• 4. Quais são as partes essenciais da religião pura para com Deus?
• cuidar dos órfãos e das viúvas
• 5. Qual atributo divino foi destacado na lição?
• Onisciência.

Você também pode gostar