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EBD COMENTADA ONLINE - Lição comentada pelo Pastor Mário Luna – WhatsApp (021) 98232-4520

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Lição 8 - Sendo Verdadeiros - 22-05-2022


OBS. O texto na cor preta, é o mesmo da revista e na cor vermelha é o COMENTÁRIO
DA LIÇÃO. Lembrando que na aula em vídeo faço muitos outros comentários extras,
por isso assista a aula em vídeo e complemente com esse comentário.

ABERTURA: O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação do nosso
coração em realizar boas ações na obra do Senhor?

TEXTO ÁUREO
“Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa maldade (culpa, perversidade), e
em cujo espírito não há engano (falsidade).” (Sl 32.2)

VERDADE PRÁTICA
Jesus chamou de hipócritas as pessoas que praticam boas ações, não por compaixão ou
outros bons motivos, mas para obter glória.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE

Mateus 6.1-4
1 - Guardai-vos (tenham cuidado) de fazer a vossa esmola (vossa justiça – obras de
misericórdia ou compaixão – boas ações) diante dos homens, para serdes vistos por eles;
aliás, não tereis galardão (recompensa) junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 - Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os
hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade
vos digo que já receberam o seu galardão (a sua recompensa).
3 - Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a tua direita,
4 - para que a tua esmola seja dada ocultamente, e teu Pai, que vê em secreto, te
recompensará publicamente.

PALAVRA-CHAVE - VERDADE

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UMA PALAVRA PARA OS PROFESSORES

A lição de hoje foca nas motivações erradas na realização das boas obras. Como
professores não podemos perder de vista esse tema, pois Jesus chama de hipócritas,
aqueles que fazem boas obras para se promover. Por isso a lição tem como tema sendo
verdadeiros.

Você pode também começar sua aula com as seguintes perguntas:

O que está por trás dos nossos atos? Qual é a verdadeira motivação do nosso coração em
realizar boas ações na obra do Senhor?

Que o Senhor vos abençoe e que sua aula seja edificante em nome de Jesus!

INTRODUÇÃO
O ensinamento de Jesus no Sermão do Monte tem o objetivo de fazer com que sejamos
seguidores de Cristo comprometidos com os valores do Reino de Deus. Uma consequência
de quem vive esses valores é buscar ser aprovado por Deus, e não aplaudido pelos
homens, além de vigiar contra a hipocrisia (Lc 12.1). Nesta lição, veremos que Deus
condena a hipocrisia de pessoas que praticavam boas ações, não por compaixão ou outros
bons motivos, mas para obter glória diante dos homens.
Estamos estudando nesse trimestre sobre os valores do Reino de Deus. Esses valores
podem ser chamados de princípios – mandamentos.
O que precisamos entender é que existem pessoas que praticam princípios certos, mas
com motivações erradas. Um exemplo disso é o texto que estamos estudando na lição de
hoje. Eles praticavam boas ações, mas para buscar glória para si.
Por outro lado, também existem pessoas que tem motivações corretas, porém usam
princípios errados.
Davi é um exemplo aqui a ser citado. A Bíblia relata no capítulo 6 do Livro de 2 Samuel,
que Davi traz de volta a arca para Jerusalém. A motivação era certa, mas o princípio
usado foi errado. Ele mandou colocar a arca no carro de bois e não nos ombros dos
sacerdotes. Um princípio quebrado gera consequências. No primeiro tropeço dos bois, Uzá
colocou sua mão na arca para que esta não caísse. Ele estava tentando ajudar. A
motivação estava correta, pois ele assim como Davi tinha uma boa intenção, porém, ele
quebrou um princípio. Ele não estava autorizado a tocar na arca. Por isso como
consequência ele morreu.
A lição de hoje trata de motivações corretas no contexto da ajuda dos necessitados,
porém, essas motivações abrangem muitas outras coisas em nossa vida cristã.
Então, que tenhamos cuidado de ter as motivações corretas e de usar os princípios ou
valores certos também em todas as áreas de nossa vida.

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I – O ATO DE DAR ESMOLAS E A HIPOCRISIA


Definição de esmola: A palavra grega para esmola no versículo 2 (eleemosune) significa
um ato de misericórdia ou piedade. “O que é dado, por caridade, a um necessitado”.
Infelizmente essa palavra em nosso contexto traz uma ideia de inferioridade. A ideia que se
tem é logo de alguém que está mendigando e precisa de ajuda. Porém, esmola na Bíblia é
algo muito mais amplo e traz a ideia de boas obras, de ajuda aos necessitados, como os
órfãos, as viúvas e não apenas para aqueles que estavam mendigando. Deus sempre se
preocupou com os necessitados mesmo no A.T., e veremos isso ao longo da lição.

Lv 23:22 na (NVT) diz: “Quando fizerem a colheita da sua terra, não colham as espigas
nos cantos dos campos e não apanhem aquilo que cair das mãos dos ceifeiros. Deixem
esses grãos para os pobres e estrangeiros que vivem entre vocês. Eu sou o SENHOR, seu
Deus”.

1. Definição de hipócrita.
No grego, a palavra para “hipócrita” significa “alguém que interpreta um papel”, um
personagem em uma obra teatral. O uso desta palavra no Evangelho de Mateus
caracteriza o hipócrita como uma pessoa cujos atos pretendem impressionar os
observadores (6.1-3,16-18); cujo foco está nos enfeites, e não nas questões centrais
da fé; e cuja conversa espiritual esconde motivos corruptos. Diga-se de passagem, que
existem muitos conflitos entre os irmãos por causa dos “enfeites”. É muita gente disputando
para ser notado. Em Mateus 6, o hipócrita está em contraste com a pessoa de fé, cujo
relacionamento com Deus é “secreto”.
Nesse caso a pessoa de fé sabe que suas obras apesar de beneficiar as pessoas, são feitas
para Deus. Ela reconhece sua dependência total de Deus e entende que seus recursos só
existem para ajudar porque Deus pela sua bondade o tem abençoado. Tudo é de Deus, nós
somos apenas mordomos. Pessoas de fé não se preocupam em ser vistas pelos outros,
afinal de contas, elas servem ao Senhor, por isso se voltam para Ele.
O grande desejo do hipócrita é sempre o de aparecer exteriormente, mas o problema
é que o lado interno, sua verdadeira natureza, não é revelado. Ninguém sabe o que há
no íntimo do ser humano; somente Cristo, que conhece a natureza humana (Jo 2.25).
Jo 2:25 na (ARC) diz: e não necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele
bem sabia o que havia no homem.
1Sm 16:7 na (ARC) diz: Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua
aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o SENHOR
não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o SENHOR
olha para o coração (motivações).

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A pessoa fingida ou hipócrita pode ingressar na igreja, professar uma aparente fé, mas suas
motivações estão ligadas a prestígios e benefícios próprios ao invés do serviço e a glória
de Cristo.
O cristão que deseja vencer a hipocrisia tem de ter seu coração preenchido pelo amor
de Cristo. Com esse amor real no coração, não há como o cristão praticar uma coisa e
interiormente ser de outra forma (Mt 5.48).
Mt 5:48 na (ARC) diz: Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai, que está nos
céus.
Estudamos na lição 7 que ser perfeitos como o Pai é amar a todos sem fazer acepção de
pessoas. E para entendermos melhor porque o amor protege nosso coração da hipocrisia
basta lermos o seguinte texto e veremos o que o amor é, e o que ele não é:
1Co 13:4-5 na (NVI) diz: 4 - O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se
vangloria, não se orgulha. 5 - Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira
facilmente, não guarda rancor.

2. A justiça pessoal.
Por intermédio da “justiça pessoal”, os discípulos de Jesus deveriam viver
diferentemente dos fariseus, os quais projetavam, em suas práticas religiosas, mostrar ao
público sua “grande” espiritualidade.
Mt 5:16 na (ARC) diz: Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam
as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
Boas obras em (Mt 5.16) são para glorificar ao Pai, já as obras dos fariseus condenadas
por Jesus em (Mt 6.1ss) eram para se glorificar. Eles esperavam que os espectadores
dissessem a seu respeito: “Que homens espirituais! Como esses escribas e fariseus são
piedosos!” Naturalmente que se deve evitar uma demonstração pública com tal motivação.
A justiça pessoal (motivações corretas e princípios corretos) são as boas obras realizadas
através do novo nascimento que recebemos. Já aprendemos que não somos salvos pelas
boas obras, e sim pelo sacrifício de Jesus na cruz. Porém, as boas obras estão presente
na vida do salvo. Eu não sou salvo por fazer boas obras, eu faço boas obras porque sou
salvo. O motivo da minha salvação é Cristo, a consequência da minha salvação são boas
obras (Ef 2.8-10). A graça é a causa da salvação, a fé é o instrumento, e as boas obras, o
resultado.
Foi nesse particular (fariseus, os quais projetavam, em suas práticas religiosas, mostrar ao
público sua “grande” espiritualidade) que Jesus disse: “Guardai-vos (tenham cuidado) de
fazer a vossa esmola (justiça – boas obras) diante dos homens, para serdes vistos por eles;
aliás, não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus” (Mt 6.1).

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Quando Jesus diz: “não tereis galardão junto de vosso Pai, que está nos céus”, o
sentido é o seguinte: Quem busca glória para si mesmo usando como disfarce dar glória a
Deus já receberam seu galardão (sua recompensa) que é a honra, admiração e louvor dos
homens. Deus jamais recompensará um hipócrita, pois ele pode até enganar aos homens,
se passando como alguém piedoso, mas jamais enganará o Senhor.
Os escribas e fariseus eram condutores cegos, e isso acontecia porque não tinham um novo
nascimento, estavam em trevas, mortos espiritualmente, pois rejeitavam a Jesus.
Porém, um cidadão do Reino de Deus jamais pode seguir tais práticas, pois recebeu um
novo nascimento, tem o Espírito Santo morando dentro dele e sabe que suas obras são
vistoriadas pelo próprio Deus.
Hb 4:13 na (NVT) diz: Nada, em toda a criação, está escondido de Deus. Tudo está
descoberto e exposto diante de seus olhos, e é a ele que prestamos contas.
Os discípulos de Cristo, que vivem seus ensinos, são conscientes de que nenhum ato de
justiça pode ser praticado com a intenção de glorificação pessoal. Tudo o que fizermos
deve ser para a glória de Deus (1 Co 10.31; Cl 3.17; 1 Pe 4.11). Tomemos todo o cuidado,
pois a tentação de exibir a justiça pessoal poderá surgir em nossos atos piedosos de
oração, jejum e oferta.
Para não exibirmos nossa justiça pessoal em busca de nos promover podemos passar
nossas motivações e valores pelo filtro da Palavra de Deus.
O que estou fazendo é para glória de Deus?
1Co 10:31 na (ARC) diz: Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa,
fazei tudo para a glória de Deus.
Posso dizer que é em nome de Jesus?
Cl 3:17 na (ARC) diz: E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do
Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai.

3. As três práticas da ética cristã.


O apóstolo Tiago falou que a religião verdadeira tem como marca o serviço ao próximo, que
também é um culto a Deus (Tg 1.27).
Tg 1:27 na (ARC) diz: A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os
órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo.
Muitas pessoas pensam que culto é prestado apenas no templo. Como igreja precisamos
nos reunir no templo sim, tenho aqui no canal no programa teologia e a vida cristã um
panorama sobre o estudo da doutrina da igreja que trata do que é a igreja e qual é a sua
missão, mas prestamos culto também a Deus através de servimos ao próximo. Podemos
dar um exemplo bem simples aqui. Digamos que alguém está desempregado e precisa de
um currículo, pois uma empresa lhe pediu, mas ele não sabe fazer. Essa notícia chega aos
ouvidos de alguém que sabe fazer, ele pega as informações, faz e não cobra nada. A
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pessoa vai na empresa, passa pela entrevista e recebe a notícia que está contratada. É
óbvio que isso é agradável a Deus, pois alguém necessitado foi ajudado e além disso
possibilitou ele conseguir um emprego. Muitas outras coisas podem ser feitas para ajudar
as pessoas.
Jesus deixa claro que nesse serviço cristão não podem faltar a oferta, a oração e o jejum.
Porém, no seu ensino, o propósito desses serviços piedosos não poderia ser
deturpado, como fizeram os escribas e fariseus. Infelizmente muitas pessoas usam
essas práticas para se promover. Fazem questão de anunciar para todos que estão orando,
que estão jejuando ou até participam de alguma oferta voluntária apenas para serem vistos.
É claro que não está sendo dito aqui que não podemos dizer que estamos orando ou
jejuando por alguém para que tal pessoa saiba que não está sozinha naquela dificuldade.
O problema é fazer isso para se promover. Interessante observar que as três práticas da
ética do serviço cristão envolvem nossos bens (oferta), nosso espírito (oração) e nosso
corpo (jejum), e são direcionadas a Deus, ao próximo e a nós mesmos. Dar esmolas é
procurar servir ao nosso próximo, especialmente ao necessitado. Orar é buscar a face de
Deus e reconhecer a nossa dependência dele. E jejuar (isto é, abster-se de alimentos por
razões espirituais) é, pelo menos em parte, um modo de autonegação e autodisciplina.
A oração, o jejum e a oferta são atos piedosos que, quando praticados com
sinceridade e verdade, têm o reconhecimento do Senhor. Não iremos nos aprofundar
na oração e no jejum porque esse é o tema da lição 9 – Orando e jejuando como Jesus
ensinou. Por outro lado, Jesus nos ensina que a religião sensacionalista e espetacular
do dissimulado religioso perverte a piedade, afinal, sua intenção é somente enganar e
buscar os aplausos humanos. Isso quer dizer que paralelo as práticas piedosas existem
as práticas mascaradas de piedade, com motivações sensacionalistas e de espetáculo. Tal
procedimento jamais é adotado por um seguidor de Jesus, pois sabe que a prática de atos
justos é somente com a finalidade de glorificar a Deus.
É triste admitirmos que existem muitas pessoas que usam o Evangelho para se promover.
Apresentam uma conduta piedosa externa, através de orar, jejuar, participar de cultos, e
ofertar, mas buscam fama, poder e até riquezas. Não é pecado um cristão ser conhecido e
ter bens materiais. O pecado está nas motivações de realizar a obra de Deus visando sua
própria glória ao invés da glória de Deus.

SÍNTESE DO TÓPICO I
Os atos de ofertar, jejuar e orar têm na prática da discrição (qualidade do que é discreto) a
boa recomendação de Jesus Cristo.

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II – AUXILIANDO O PRÓXIMO SEM ALARDE


Alarde fala de vanglória, ostentação. É lamentável que pessoas na igreja usem as
necessidades das pessoas para se promover através de mostrar que estão ajudando. Tudo
isso está sendo registrado por Deus. Jejuo

1. Qual é a motivação do teu coração?


A prática da generosidade para com alguém é bíblica (então é um princípio correto) e
há tempos estava presente na Lei de Deus (Lv 23.10,11; 19.10; Dt 15.7-11; Jr 22.16; Am
2.6,7; Dn 4.27), como também nos ensinos de Jesus (Lc 6.36,38; Lc 21.1-4; Jo 13.29; Gl
6.2). O verbo hebraico para generosidade é gamal, que significa “resolver
completamente, recompensar, repartir, fazer algo para alguém, agir generosamente”.
Teologicamente, a generosidade expressa gratidão por algum benefício recebido. Não
podemos nos esquecer do que Deus fez por nós e por isso devemos fazer pelo próximo
sem acepção de pessoas. É preciso, porém, entender que, às vezes, aparentemente uma
pessoa pode demonstrar um ato de generosidade com motivos errados, pois a mão pode
dar uma oferta, um presente, mas a motivação oculta do coração pode ser outra.
Então como vamos saber quem tem motivações erradas? Os ensinos de Jesus sobre os
valores do Reino de Deus não servem para usarmos uns contra os outros, exercendo o
papel de juízes. Eles servem para nos autoexaminarmos e corrigirmos nossas próprias
ações quando somos confrontados pela Palavra de Deus. Inclusive aquele que prega ou
ensina apenas transmite os ensinamentos e deve igualmente a todos os outros aprender
para praticar.
O crente deve buscar ser sincero na sua contribuição, fazendo isso na íntima satisfação
de sua mente e no Espírito de Cristo, pois Ele sabe a motivação do seu coração quando
estende as mãos para dar (Mt 9.4; 12.25; 22.18; Jo 16.19).
Mt 9:4 na (ARC) diz: Mas Jesus, conhecendo os seus pensamentos, disse: Por que pensais
mal em vosso coração?

2. O que buscamos quando auxiliamos o próximo?


O discípulo de Cristo não busca se promover quando se dispõe a ser generoso para
com o próximo, não tem interesse em chamar a atenção de ninguém. Todavia, a sua
beneficência e generosidade são atos piedosos praticados como partes essenciais da
religião pura para com Deus, que é cuidar dos órfãos e das viúvas (Tg 1.27; Mt 25.36;
1 Tm 5.2), tomando Cristo como exemplo maior, o qual andou por todas as partes fazendo
o bem (At 10.38). Agir dessa maneira é sinal de que realmente o Evangelho de Cristo tem
influência em sua vida.
A esmola era um dos quesitos mais importantes da espiritualidade judaica. Robert Mounce
diz que dar dinheiro aos pobres era um dos mais sagrados deveres no judaísmo. O socorro

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aos necessitados é uma expressão da verdadeira fé. Quem ama a Deus, prova isso amando
ao próximo. Quem foi alvo da misericórdia divina, é instrumento da misericórdia ao próximo.
Jesus adverte a respeito de qualquer um que aja em busca de receber os louvores dos
outros, ou transforme atos piedosos em atos profanos. Quem age dessa maneira sempre
será visto por Jesus como um hipócrita. Nossa religiosidade nunca deve ser para
orgulho pessoal e desprezo dos outros, pois, procedendo dessa maneira, estaremos no
mesmo nível dos fariseus. Nosso Senhor deixou claro que nossa justiça deve ultrapassar a
deles; caso não seja assim, não teremos parte no seu Reino (Mt 5.20).
Mt 5:20 na (ARC) diz: Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos
escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Fazendo uma leitura superficial e isolada desse versículo pode parecer que nossa salvação
vem por meio de nossas obras, porém, Jesus não está dizendo que nossa justiça nos
garante salvação, mas que nossa justiça é a prova para nós mesmos que de fato houve
novo nascimento em nossa vida. Quem recebeu salvação precisa viver em novidade de
vida.

3. A maneira de ofertar segundo Jesus.


No ato de ofertar, devemos ter todo o cuidado necessário para não buscar louvores ou
não louvarmos a nós mesmos. Quando ofertamos, não devemos “tocar trombetas”. É
claro que a referência que Jesus fez a esse toque foi metafórica, que quer dizer tornar
público. O cristão não dá ao pobre para ser visto nem para ser exaltado pelos homens,
mas dá para que o necessitado seja suprido e Deus seja glorificado. Quanto à forma correta
de se ofertar, Jesus disse que isso deve ser feito de duas maneiras: primeiro, sem alarde
público; segundo, essa doação deve ser voluntária e discreta. Aquilo que é feito ao
próximo em secreto, longe dos holofotes, recebe de Deus, que vê em secreto, a verdadeira
recompensa.

SÍNTESE DO TÓPICO II
O Sermão do Monte nos estimula a estar plenamente conscientes a respeito da motivação
do coração no ato de ajudar o próximo.

III – DEUS CONTEMPLA O BEM QUE REALIZAMOS

1. O Deus que tudo vê.


Um dos atributos divinos é a onisciência. Deus é descrito nas páginas das Sagradas
Escrituras como aquEle que tudo vê. Para Ele não existe surpresa nem o desconhecido
(Gn 14). Nada pode escapar da onisciência divina (Gn 16.13; Sl 139; Mt 10.30; Hb 4.13; Jo
21.17). Seria triste demais para nós servirmos a um Deus que não tem o controle das coisas
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nem sabe o que vai acontecer. O que nos dá segurança é que até aquilo que vamos pedir
Ele já sabe (Mt 6.8).
Quando o cristão vive atentando para as coisas da terra, e pouco tem em mente as coisas
do céu, acaba se relacionando com Deus como se Ele fosse um ser humano. Dessa forma
se esquece que Deus é Deus e sabe de tudo. É tolice pensar que algo pode ser feito sem
seu conhecimento e ao mesmo tempo sem sua previsão, já que Deus também é presciente.
Ele conhece o futuro. Aquilo que se torna correção para os que praticam suas obras visando
promoção pessoal, se torna conforto e segurança para aqueles que confiam no Senhor e
realizam suas obras para a glória do nome Dele.

2. O Deus que recompensa.


O nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que fazemos. O escritor da Carta aos
Hebreus diz que nosso Deus “não é injusto para se esquecer da nossa obra e do
trabalho da caridade que foi mostrado para com o seu nome” (Hb 6.10; Mt 10.42; Jo
13.20). Nesse caso o galardão que fala o texto da lição são recompensas ou prêmios pelas
boas obras realizadas pelos salvos. O que está em foco aqui não é a salvação que foi
conquistada por Cristo e sim recompensas dadas pelo Senhor. A Bíblia fala das bodas do
cordeiro. Ap 19:7 na (ARC) diz: Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória,
porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou.
Ela é a união plena entre Cristo e a Igreja a ser concretizada quando o arrebatamento dos
santos acontecer. Durante este evento, receberemos os galardões. Será um julgamento
para premiação e não para condenação, pois lá só estarão dos salvos.
(O nosso Deus contempla tudo, em especial o bem que fazemos.) Já quando os homens
aplaudem qualquer ação feita por outros homens, eles não conhecem a causa, o motivo
que os impeliu a tal ação, pois veem somente aquilo que lhes foi manifestado exteriormente
(algo que seja visível). O Senhor, pelo contrário, vê o que está no coração (1 Sm 17), não
necessitando de qualquer amostra exterior para chamar a sua atenção (Mt 6.4,6,18).
Quando um crente procura fazer algo apenas para que outras pessoas vejam, está
desprezando os ensinos verdadeiros de Cristo, que especificamente afirmou que nada
deve ser feito para receber aplausos dos homens. Ademais, ainda age como se Deus
não estivesse atento a tudo o que ele faz. Os verdadeiros servos do Senhor são conscientes
de que quem recompensa é Deus, por isso praticam suas obras no anonimato, em
secreto, por amor ao Pai e por sempre quererem agradá-lo em tudo.
Precisamos ter em mente que fazer coisas para ser vistos pelos homens e receber
reconhecimento diante dos homens por obras feitas para Deus são coisas totalmente
diferentes.
A Palavra de Deus ensina em vários textos honrar as pessoas no sentido de
reconhecimento, de cuidado. As pessoas não podem buscar reconhecimento, mas podem
receber se suas obras são feitas para a glória de Deus.

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Rm 12:10 na (ARC) diz: Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal,
preferindo-vos em honra uns aos outros. (a BEP diz: “devemos estar dispostos a respeitar
e honrar as boas qualidades dos outros crentes”).
Fp 2:29 na (NVT) diz: Recebam-no com grande alegria no Senhor e deem-lhe a honra que
ele merece (Epafrodito),
1Ts 5:12 na (NVT) diz: Irmãos, honrem seus líderes na obra do Senhor. Eles trabalham
arduamente entre vocês e lhes dão orientações.
1Pe 2:17 na (ARC) diz: Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
O salvo em Cristo deve lembrar de que Deus irá recompensar cada um segundo de seu
procedimento. Portanto, é sempre bom fazer o bem (Pv 3.27; Rm 2.7), lembrando de que
aquele que sabe fazer o bem e não o faz, está pecando (Tg 4.17).
Existe pecado por comissão que é aqueles que a pessoa faz algo sabendo que é pecado.
Porém, existe os pecados por omissão. Simplificando, um pecado de omissão é qualquer
falta de conformidade com a lei de Deus, ou deixar de fazer o que Deus ordena, o que é tão
grave quanto transgredir ativamente o que ele ordena. Tiago escreve: “Portanto, aquele
que sabe que deve fazer o bem e não o faz nisso está pecando.” (Tg 4.17). Ele também
explica que não devemos ser apenas ouvintes da Palavra, mas também praticantes
(Tg 1.22). Embora seja verdade que podemos pecar sem perceber, os pecados de omissão
são intensificados pelo conhecimento. Quando sabemos o que Deus nos ordenou em sua
Palavra e deixamos de cumprir, então silenciamos a voz da consciência e pecamos contra
ele.
Também não adianta deixar de estudar a Palavra para dar a desculpa que não sabia
daquilo, pois da mesma forma é um pecado de omissão, pois é dever de todo o cristão amar
a Palavra de Deus, lendo-a, meditando nela e a praticando.

SÍNTESE DO TÓPICO III


As palavras dos seguidores de Jesus devem apresentar retidão e honestidade.

CONCLUSÃO
Por meio de Jesus, ficamos cientes de que Ele deseja que andemos na verdade, sejamos
honestos e que a nossa justiça ultrapasse a deles (Mt 5.20) em todos os aspectos, sem
jamais buscar a exibição.
Gl 6:9-10 na (ARC) diz: 9 - E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo
ceifaremos, se não houvermos desfalecido. 10 - Então, enquanto temos tempo, façamos o
bem a todos, mas principalmente aos domésticos da fé.
Promover uma ação assistencial sem fins de promoção pessoal, observando pessoas
necessitadas em primeiro lugar entre os membros da igreja, depois do lado de fora e

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procurar ajuda-las seria um bom começo para cumprir o que Jesus nos ensinou através do
ensino nessa lição.

Chegamos ao final do comentário da Aula.


Que o Senhor continue abençoando sua vida e sua família!
A Paz do Senhor
Pastor Mário Luna e Angela Manhães Luna

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