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3º Trimestre de 2023 - Adolescentes: Grandes Cartas para nós

PORTAL ESCOLA DOMINICAL


3º Trimestre de 2023– CPAD - ADOLESCENTES
Grandes Cartas para nós
Comentarista: Rafael Luz
Comentário: Prof.ª Jaciara da Silva

LIÇÃO 6 – APRENDENDO COM A CARTA DE TIAGO

Para refletir
“Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.” (Tg 2.17 - ACF).

A fé, se não tiver obras, está morta por estar sozinha. O apóstolo Paulo declara em
Romanos 2.13: “Não são justos os que ouvem a Lei diante de Deus, mas os que
praticam a Lei serão justificados”.

Não havia falta de caridade sob o ensinamento judaico anterior; de fato, a “retidão” em
muitas passagens das Escrituras Sagradas, e nas paráfrases para os indoutos, chamados
de Targums, foi explicada como “doação de esmolas”. Mas todo o sistema do rabinismo
parece ter destruído gradualmente a vida espiritual de seus estudiosos; e entre eles agora
estava se espalhando rapidamente a doutrina de uma fé estéril.

Texto Bíblico em estudo: Tg 2.14-26

Expressando a fé em ações
Se um irmão ou irmã estiver nu ...
A comparação nesses versículos é muito óbvia e marcante. O sentido é que a fé em si
mesma, sem os atos que correspondem a ela e aos quais ela induziria, é tão fria, sem
coração, sem sentido e inútil, seria como dizer a alguém que estava destituído das
necessidades da vida, parta em paz. Mas, o apóstolo nos alerta que palavras gentis não
vão vesti-lo, ou alimentá-lo.

E assim, na religião, o que se deseja não é apenas o estado de espírito abstrato que seria
indicado pela fé, mas a vida de bondade a que ela deve levar. Bons votos e palavras
gentis, a fim de torná-los o que deveriam ser para o bem-estar do mundo, devem ser
acompanhados de ações correspondentes. Assim é com a fé.

A fé não é e não pode ser demonstrada genuína, a menos que seja acompanhada de atos
correspondentes; como nossos bons desejos para os pobres e necessitados podem ser
genuínos, quando temos os meios de ajudá-los, apenas ministrando de fato às suas
necessidades. No primeiro caso, nossos desejos se mostrariam sem sentido e sem
coração; no outro, nossa fé seria igualmente assim.

Em relação a esta passagem, portanto, pode-se observar:

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1. Que, de fato, a fé não tem mais valor e não tem mais evidência de genuinidade
quando não é acompanhada de boas obras, do que tais desejos vazios pelo bem-
estar dos pobres seriam quando desacompanhados dos meios de aliviar suas
necessidades. A fé é projetada para levar a boas obras. Destina-se a produzir
uma vida santa; uma vida de atividade a serviço do Salvador. Esta é a sua
própria essência; é o que sempre produz quando é genuíno. A religião não foi
projetada para ser uma abstração fria; é ser um princípio vivo e vivificante.
2. Há muito dessa bondade e caridade no mundo que é expressa por meros bons
desejos. Se realmente não temos meios de aliviar os pobres e necessitados, então
a expressão de um desejo bondoso pode ser em si um alívio para suas tristezas,
pois mesmo a simpatia nesse caso é valiosa e é muito para nós saber que os
outros sentem por nós; mas se tivermos os meios e o objetivo for digno, essas
expressões são mera zombaria e agravam, em vez de acalmar, os sentimentos do
sofredor. Tais desejos não os vestirão nem os alimentarão; e eles apenas tornarão
mais profundas as tristezas que devemos curar. Mas quanto disso existe no
mundo, quando o sofredor não pode deixar de sentir que todos esses desejos, por
mais gentilmente expressos que sejam, são vazios e falsos, e quando ele não
pode deixar de sentir que o alívio seria fácil!
3. Há muito desse mesmo tipo de fé inútil no mundo - fé que está morta; fé que não
produz boas obras; fé que não exerce qualquer influência prática na vida. O
indivíduo professa de fato acreditar nas verdades do Evangelho; ele pode estar na
Igreja de Cristo.

Estar sozinho. O sentido é "estar por si só": isto é, destituído de quaisquer frutos ou
resultados que o acompanham, mostra que está morto. O que é vivo corporifica-se,
produz efeitos, torna-se visível; o que está morto não produz efeito, e é como se não
estivesse. É assim o que diz ser Igreja, mas suas obras não condiz com o que Cristo faria
se estivesse vivendo em seu lugar aqui na terra. “Em seus passos, o que faria Jesus?

Viver com a verdadeira sabedoria (a que vem do alto)


“Quem quiser ser realmente o maior deve tornar-se o menor de todos, e aquele que
desejar o lugar de governo tem de se apresentar como servo”. É o que ensina o Senhor
Jesus nos Evangelhos (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45; Lc 22.24-27). Apesar de a vaidade e
a ambição serem sentimentos que despertam desejos latentes no ser humano (Pv 17.20),
os servos de Cristo não podem permitir que tais desejos os dominem.

O Senhor Jesus sabia desde antemão que a vaidade dominaria o coração de muitos dos
seus seguidores. Por isso Ele ensinava tal realidade nos Evangelhos. A Epístola de
Tiago relata exatamente os problemas anteriormente abordados por Jesus a “inveja” e o
“espírito faccioso” assolavam as igrejas locais (Tg 3.16). Atualmente, muitos são os
problemas dessa natureza em nossas igrejas. Injustiças e perseguições ocorrem em
nossas comunidades até mesmo em nome de Deus, quando sabemos que o Senhor nada
tem com tais atitudes (Jr 23.30-40).

Como é do conhecimento de cada salvo em Cristo, onde há “inveja” e “espírito


faccioso”, o mal impera. Em um ambiente onde a perversidade e a malignidade estão
presentes, muitas pessoas “adoecem” e até “morrem” espiritualmente (1Jo 3.15).
Maldades contra o irmão, mentiras contra o próximo, mexericos e falatórios, enfim, são
atitudes que as pessoas que passam a frequentar uma igreja local, naturalmente, esperam

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não encontrar. Tais problemas listados acima podem facilmente ser evitados (Rm 2.17-
24). Depende apenas de cada um olhar para Jesus, depois para si mesmo e iniciar um
processo de correção de suas imperfeições e más tendências. Agindo assim, o Senhor
certamente dispensará sabedoria para o nosso bem viver (Tg 1.5-8).

A verdadeira sabedoria é esclarecida nessa carta. O objetivo de Tiago em classificar as


diferenças entre a sabedoria que vem do alto, e da terrena e demoníaca, é mostrar que
ambas podem facilmente ser identificadas através da prática cotidiana, ou seja, em seu
viver diário. A primeira qualidade da “sabedoria que vem do alto”, ressaltada por
Tiago, é a pureza. O termo é um adjetivo grego, que se refere àquilo que é “sagrado”,
“casto” e “sem mancha”. A sabedoria que vem do alto é pura, não no sentido humano da
palavra, mas algo que vem exclusivamente de Deus para nós.

Após assegurar a primeira característica da sabedoria que procede de Deus, a pureza,


Tiago elenca outras sete: paciência, moderação, conciliação, misericórdia, bons frutos,
imparcialidade e verdade. Note que, de alguma forma, todas têm relação com o
autodomínio, ou com o “domínio próprio” (Gl 5.22,23 - ARA). O Evangelho adverte-
nos a ser mais humanos e parecidos com Jesus, ou seja, não autoritários, inflexíveis,
coléricos, sem misericórdia, parciais com as pessoas e muito menos mentirosos. Isso
porque tais más qualidades são provenientes da sabedoria demoníaca, animal e terrena
(Gl 5.19-21). O Senhor nos chamou para o bem (Ef 2.10). Procuremos fazer o bem com
amor e verdade (Gl 6.9).

Conclusão
Os verdadeiros servos de Deus produzem o fruto da justiça (Tg 3.18).
“Bem-aventurado quem tem fome e sede de justiça” (Mt 5.6). Já imaginou essa verdade
compreendida e assumida por cada crente onde quer que este esteja? Já imaginou o tipo
de mundo que teríamos se compreendêssemos as implicações reais dos termos “fome” e
“sede de justiça”?

Tiago diz que o fruto da justiça na vida do crente deve ser semeado na paz de Deus. Ele,
porém, acrescenta que essa realidade é para os que, sabiamente, “exercitam a paz”. Em
outras palavras, é preciso trabalhar pela paz. Seja sábio, semeie, portanto, o fruto da
justiça e tenha paz!

Fontes Consultadas:

BÍBLIA. Português. Bíblia Shedd. Tradução João Ferreira de Almeida, Revista e


Atualizada. 2ª Edição, São Paulo, Editora Vida Nova, 1997.

BÍBLIA. Português. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradução João Ferreira de Almeida,


Revista e Corrigida. Rio de Janeiro, Editora CPAD, 2002. Editor geral Donald Stamps,
Editor brasileiro Pr. Antonio Gilberto.

NOVO TESTAMENTO Interlinear grego-portugues. Barueri, SP. Sociedade Bíblica do


Brasil, 2004.

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ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. São Paulo,


Reimpressão em 1 volume, 2009.

HORTON, Stanley M.. Teologia Sistemática. CPAD

ILÚMINA – A Bíblia do século XXI

Colaboração para o Portal Escola Dominical – Prof.ª Jaciara da Silva

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