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A Coluna Da Verdade

By Vincent Cheung2 de fevereiro de 2012

Escrevo-lhe estas coisas, embora espere ir vê-lo em breve; mas, se eu demorar, saiba como as
pessoas devem comportar-se na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e
fundamento da verdade. (1 Timóteo 3.14-15)

Paulo chama a igreja de “coluna e fundamento da verdade”. Isso nos diz, não o que a igreja
deve ser, mas o que a igreja é. A importância dessa distinção se tornará mais clara depois, mas
primeiro devemos considerar se as duas metáforas estão sujeitas a mau entendidos.

Alguns escritores preocupam-se que as metáforas “coluna” e “fundamento” podem dar às


pessoas a impressão que a igreja é a própria fonte e base da verdade. Contudo, toda a
Escritura testifica contra isso, e por isso eles estão interessados em expor o versículo de uma
forma que evite a falsa interpretação.

Dessa forma é tido que a metáfora da “coluna” é feita no contexto da arquitetura antiga. Um
templo pagão, por exemplo, pode incluir várias colunas de ornamento que servem não
somente para sustentar a estrutura, mas para demonstrar a riqueza e glória associada com a
divindade. Os escritores parecem mais preocupados com a metáfora do “fundamento”, e
sugerem que uma tradução melhor seria “baluarte” ou “esteio”. Isto é, a igreja não é o próprio
fundamento da verdade, mas apenas seu protetor.

O problema tem sido exagerado. Não somos católicos que tentam distorcer palavras e frases
individuais da Escritura para justificar suas doutrinas inventadas por homens. Somos cristãos
que respeitam o todo da Escritura, e leem palavras e frases individuais considerando o
contexto de todo o santo livro. A Escritura é um produto da inspiração divina, de forma que
palavras e frases individuais são de fato importantes, tanto que doutrinas inteiras podem
depender delas; contudo, essas palavras e frases não permanecem sozinhas, e não mantém
seus significados no vácuo. E muito menos estão sujeitas a interpretações arbitrárias impostas
sobre elas.

O mesmo apóstolo que escreve que a igreja é a coluna da verdade também prega que Deus
“não é servido por mãos de homens, como se necessitasse de algo” (Atos 17.25). Quão tolo
deve ser então uma pessoa pensar que a metáfora aqui poderia ser distorcida para significar
que a igreja é o suporte da verdade no sentido que a verdade iria se desintegrar se não fosse a
igreja. Algumas pessoas falam como se a apostasia dos homens pudesse frustrar o plano de
Deus. Não, ela não pode. Eu estou certamente preocupado com o estado da igreja e do clima
espiritual do mundo, mas somente como uma questão de zelo, e não por medo e terror
quanto ao resultado final. A verdade permanecerá quer a igreja permaneça ou não. E a igreja
permanecerá quer pareça haver muitos crentes fiéis ou não, visto que Cristo disse que iria
edificá-la, e que nem mesmo o inferno prevaleceria contra ela. A metáfora refere-se a uma
função da igreja, e não ao seu poder inerente. Não há lugar para má interpretação.

Quanto à ideia de fundamento, a palavra não sugere algo como uma fonte ou originador. O
fundamento de uma construção não é o designer, o construtor ou o criador do edifício. É
somente o local onde o edifício foi posto. Nem pode a metáfora sugerir que a igreja é o
fundamento da verdade no sentido que o fundamento de um sistema intelectual consiste dos
primeiros princípios a partir dos quais o restante do sistema é deduzido. Isso acontece porque
a igreja em si não é nenhuma parte dos conteúdos de um sistema intelectual.

Se a metáfora fosse sugerir uma ideia como construtor ou criador, ou fonte, precisaríamos
mais, quer do contexto imediato ou do pano de fundo da Escritura para forçar essa
interpretação. Isso está algumas vezes presente quando a metáfora do “fundamento” é usada
em outros lugares, mas o contexto e o pano de fundo impedem essa interpretação aqui. Paulo
instrui os cristãos a se comportarem de uma maneira que sirva à verdade. Mas se a igreja
produz a verdade, então o que a igreja produz é a verdade. Contudo, Paulo não define a
verdade em termos da igreja, mas define a igreja em termos da verdade. A verdade foi
revelada por Deus, e é fixa. Quer uma comunidade seja ou não a igreja depende de sua relação
com a verdade.

Isso aborda uma das questões mais prementes que os cristãos devem considerar, e eles devem
examinar suas comunidades à luz da resposta. O que a igreja deve ser? Há alguns que dizem:
“O que é a verdade?” E sua resposta é: “Pergunte à igreja. A verdade é o que a igreja diz ser”.
Essa não é a visão cristã. Antes, perguntamos: “O que é a igreja?”. E respondemos: “Deus nos
revelou a verdade por meio da Escritura. A igreja é a comunidade que afirma essa verdade em
comum, e que promove e protege essa verdade sobre Deus e Jesus Cristo”.

Segue-se que qualquer comunidade que falhe em afirmar, promover e proteger a verdade não
é a igreja. Se ela cessa de suportar e demonstrar a verdade como uma coluna, e se não
mantém reta e estável a verdade como um fundamento, então ela não é a igreja. A coluna e o
fundamento da verdade não é o que a igreja deve ser, ou deve lutar para se tornar, mas sim o
que a igreja é. Em outras palavras, se uma assembleia não é uma coluna e fundamento da
verdade, ela não é uma igreja. Não importa o que faça – pode unir pessoas em amizades, pode
se exceder em caridade, ou pode advogar a justiça social – ela não é uma comunidade cristã.

Considere dois exemplos. Há igrejas que se chamam assembleias cristãs, mas sua posição
oficial nega a inerrância da Escritura, que a Bíblia é um produto da inspiração divina, de forma
que é correta em cada detalhe e carrega autoridade absoluta. Essas congregações perderam
todo o sentido de verdade. Não há nenhuma base para chamá-las de igrejas cristãs. Então, há
algumas denominações que casam homossexuais, e ordenam formalmente alguns deles como
pregadores. Essas organizações não funcionam como colunas da verdade, mas tentam
redefinir a verdade afirmando algo contrário à verdade já revelada por Deus.
A Bíblia revela a verdade em proposições e doutrinas fixas, e define a igreja como aquela que
funciona como sua coluna. Essas denominações revertem isso em seu pensamento e prática –
sua suposição fixa é que eles são a igreja cristã, e a verdade é o que declaram ser, e que a
verdade está sujeita à modificação à medida que as opiniões de homens mudam e se alteram.
O pecado da homossexualidade é importante, e não podemos ignorar o fato que essas
denominações o toleram. Mas a questão aqui é que sua política é somente um resultado de
uma apostasia mais geral, um abandono anterior da fé, no fato deles já terem se afastado da
verdade da revelação divina. E porque eles não são o promotor e protetor da verdade, mas
antes tentam inventar suas próprias doutrinas de acordo com os sentimentos dos tempos, eles
não são mais igrejas cristãs.

O que isso significa é que todos os cristãos deveriam denunciar essas denominações e
congregações que adotam tal política, e eles deveriam ser considerados excomungados do
reino de Cristo. Nenhum cristão deveria apoiar essas denominações e igrejas com parte de seu
tempo, dinheiro ou boa vontade, e nenhum cristão deveria participar de suas reuniões como
se estivessem frequentando cultos cristãos. Sem dúvida, podemos nos dirigir a esses grupos
como assembleias não cristãs, chamando-os ao arrependimento e conversão por meio da fé
em Jesus Cristo e o assentimento genuíno à verdade.

Eu endosso a ideia que deveríamos buscar a paz uns com os outros, e que nem toda
divergência doutrinária deveria resultar num rompimento total. Contudo, existe uma
tendência equivocada entre os cristãos de buscar a paz unindo-se ao redor de uma quantidade
mínima de verdade. Mas desde quando a fé em Jesus Cristo é uma busca pelo mínimo? Antes,
ela é uma proclamação de toda a revelação de Deus, a verdade inteira sobre Deus que ele
revelou. Ela é uma busca pelo máximo, por um entendimento completo e por toda a plenitude
de Deus.

Algumas vezes é sugerido que quando consideramos a legitimidade de uma igreja, deveríamos
perguntar se ela transmite ou não pelo menos “o evangelho”, e mediante isso quer-se dizer o
mínimo da verdade. Mesmo que o mínimo Cristianismo ainda seja Cristianismo, certamente
não é bom Cristianismo, e é contrário ao espírito da fé apoiá-lo. Um cristão mínimo, se é que
existe tal coisa, pode de fato ser um cristão, mas que ninguém o considere como um mestre! E
uma igreja mínima, se é que existe tal coisa, pode de fato ser uma igreja, mas por que alguém
deveria se unir a ela?

Fonte: Reflections on First Timothy

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto


A Igreja Efeminada

By Stephen C. Perks15 de outubro de 2012

Recentemente fui questionado se seria correto dizer que, na história do mundo, dinastias e
civilizações inteiras de fato naufragaram na rocha da homossexualidade. Minha resposta foi
que não deveríamos pôr as coisas desse modo. Claro, eu creio que a prática homossexual é
imoral e proibida pela Lei de Deus. Todavia, em Romanos 1.21 – 32, Paulo põe dessa forma:
deixaram de servir a Deus para servirem à criatura. Como uma consequência, Deus entregou-
lhes às paixões impuras. Homossexualidade é julgamento de Deus sobre uma sociedade que
abandonou a Deus e adora a criatura em vez do Criador. A apostasia espiritual é a rocha na
qual as culturas, incluindo a nossa, foi fundada, e a homossexualidade é o julgamento de Deus
sobre tal apostasia. Esta é a razão porque a homossexualidade era uma prática comum entre
as antigas culturas pagãs; na verdade, é uma prática comum entre a maioria das culturas
pagãs, incluindo a nossa crescente cultura neo-pagã. Em resumo, a ideia de que a tolerância da
homossexualidade é um mal que conduzirá ao julgamento de Deus não é bíblica, pois coloca o
carro na frente dos bois. É exatamente o contrário! A prevalência da homossexualidade em
uma cultura é um sinal seguro de que Deus já tem executado ou está executando sua ira sobre
a sociedade por sua apostasia. A causa deste julgamento não é a prática imoral da
homossexualidade (apesar dos atos imorais homossexuais); mas sim, sua apostasia espiritual.
A prevalência da homossexualidade é o efeito, não a causa da ira de Deus visitando aquela
sociedade. E em uma sociedade cristã (ou talvez devesse dizer “pós-cristã”), isso significa,
inevitavelmente, que a prevalência da homossexualidade na sociedade é julgamento de Deus
sobre a igreja por sua apostasia, sua infidelidade para com Deus, porque o julgamento de Deus
começa com a Casa de Deus (1Pe 4.17).

Esta, decerto, não é uma mensagem popular aos cristãos. É fácil levantar o dedo para os
pecados e imoralidades grosseiros, mas a igreja está muito menos disposta a considerar seu
papel nos males sociais que maculam nossa era. A apostasia espiritual que nos levou à
presente condição começou na igreja, e grande parte do fracasso da sociedade moderna, que
os cristãos corretamente lamentam pode, em alguma medida, ser atribuída a esta apostasia da
igreja como a causa fundamental. E mesmo agora a igreja recusa-se a assumir sua
responsabilidade para preservar a sociedade deste mal tão sério, tendo abdicado de seu papel
profético como porta-voz de Deus para a Nação.

Claro, isto não quer dizer que não deveríamos desafiar o lobby gay e não trabalharmos para
estabelecer uma moralidade bíblica em nossa sociedade. Nós devemos. Mas, também
devemos escolher as prioridades corretas; e eu temo que a igreja tenha um diagnóstico
equivocado destes problemas e tenha escolhido errado as suas prioridades. A Igreja sofre com
o flagelo homossexual, tanto quando, e talvez mais, do que qualquer outro setor da sociedade
(com exceção da mídia e do mundo do entretenimento). Para maior parte deste século, a
igreja tem procurado um deus feminino para substituir o Deus da Bíblia. Nós tivemos ministros
que ensinaram, agiram e pregaram como mulheres há muitos anos. O Ministério Pastoral de
nossa geração é, no geral, caracterizado pela feminilização. O crescente número de
homossexuais no ministério é, penso, simultaneamente uma causa e efeito relacionados a isto
e, ao mesmo tempo, uma manifestação do julgamento de Deus sobre a igreja. Muitas vezes, é
claro, o julgamento funciona numa relação de causa e efeito, porque toda criação é obra de
Deus; portanto, ela funcionada de acordo com Seu plano e vontade. A igreja tem se tornado
completamente efeminada por causa de um clero efeminado. O Ministério hoje é dirigido
primariamente por mulheres, e ministros têm começado a pensar e agir como mulheres,
porque o Cristianismo tem se tornado naquilo que é chamado de “religião salva-vidas” –
mulheres e crianças primeiros. E o mundo vê isso bem adequadamente.

Por exemplo, foi-me dito em mais de uma ocasião por pastores e presbíteros que, quando eles
visitam os membros de suas igrejas, se porventura o homem da casa vem recebê-los à porta,
frequentemente a primeira coisa que este homem diz é: vou buscar a esposa. Pastores e
Presbíteros estão ali para mimar as mulheres e as crianças; ou então, como pensa o mundo,
isto é simplesmente porque o ministério na igreja é frequentemente dirigido principalmente às
mulheres e crianças, e não aos homens. Tenho observado o mesmo tipo de coisa em reuniões
das igrejas. Se alguém levanta uma questão doutrinária ou mesmo assuntos sérios sobre a
missão da igreja, o interesse é quase nulo. No entanto, frequentemente tem havido, e
continua havendo, enormes problemas doutrinários e problemas relacionados ao
entendimento da igreja de sua missão no mundo, incomodando essas igrejas; apesar disso,
estas igrejas nem mesmo consideraram que isso merece discussões nas reuniões de liderança
da igreja. Os líderes da Igreja falarão de maneira interminável sobre “relacionamentos” e afins,
mas evitarão questões doutrinárias [como evitam] a praga porque estes assuntos são
considerados causas de divisão e que dificultam os “relacionamentos”.

Agora, no fundo eu creio que isto é um sério problema criado pela feminização da liderança da
igreja. A agenda da liderança, que é uma agenda masculina, foi substituída por uma agenda
feminina, que é um desastre para liderança. A igreja tem abandonado o Deus das Escrituras
pelo conforto de uma divindade do tipo feminino que não requer líderes eclesiásticos que
exponham doutrinas bíblicas ou ajam com convicção de acordo coma Palavra de Deus (ambos
são percebidos, muitas vezes com razão, como causador de divisão – Mt 10. 34ss); mas, em
vez disso, exige líderes simplesmente para mãe de suas congregações de uma forma feminina.
Isso, naturalmente, produz ministros efeminados e uma igreja efeminada. Mas, isto não é
simplesmente uma causa e efeito impessoal relacionadas. Deus age através de causas
secundárias em sua Criação para executar sua vontade. Um ministério efeminado e uma igreja
efeminada são a resposta de Deus para a determinação de a igreja substituir o Deus da
Escritura por um deus do sexo feminino; e esta cruzada contra o Deus da Bíblia tem sido em
sua própria maneira, uma característica do evangelicalismo, como abertamente tem sido a
característica do liberalismo que os evangélicos dizem abominar, mas ainda assim, estão
dispostos a imitar.

Este não é um problema apenas agora na igreja, mas porque está na igreja, a sociedade em
geral é agora feminizada e efeminada. Somos governados por mulheres e homens que pensam
e agem como mulheres. Mas, as mulheres não fazem bons governos em geral. Em Margaret
Thatcher tivemos uma situação inversa: uma mulher que pensava mais como um homem deve
pensar, mas a exceção não anula a regra. Eu não estou discutindo um ponto político aqui, nem
endossando qualquer posição [política]; até porque eu acredito que isto tudo é parte da
situação em julgamento. O mundo está de cabeça para baixo, porque os homens viraram de
cabeça para baixo por sua rebelião contra Deus. Jean-Marc Berthoud frisou bem este ponto
em seu artigo “Humanism: Trust in Man – Ruin of the Nations”, o qual eu recomendo em
relação a este tópico. Agora somos governados por mulheres e crianças (Is 3.4, 12)

Mas, a Liderança não é feminina. Líderes Efeminados não governam bem, seja o Estado, seja a
Igreja. É vital que a Justiça seja temperada com Misericórdia. Mas alguém não pode temperar
a Misericórdia com a Justiça. Quando a misericórdia é colocada antes da justiça, as sociedades
sofrem colapsos nas situações idiotas que temos hoje, onde os criminosos são libertos e as
pessoas inocentes são condenadas. Por exemplo, as punições infligidas aos motoristas por
inadvertidamente dirigirem um pouco acima do limite da velocidade hoje, mesmo onde não há
perigo envolvido, são muitas vezes mais graves do que os castigos infligidos aos ladrões. E hoje
um pai pode ser punido por bater em um filho travesso – mesmo que tal castigo seja realizado
num ambiente de amor e disciplina e não haja perigo para criança – mas ainda assim, alguém
pode, com impunidade, assassinar os filhos ainda não nascidos. O Estado ainda paga por esses
abortos, fornecendo-lhes o Sistema Único de Saúde.

Creio que isto é o resultado final da feminização de nossa cultura. Pensa-se, frequentemente,
que a liderança feminina é mais compassiva, mais carinhosa. Isto é um mito que a ideologia
feminista tem trabalhado nas percepções populares da realidade em nossa cultura. Pelo
contrário, a cultura feminista é uma cultura violenta, uma cultura que produz o aborto e ao
mesmo tempo exige que se extinga as coisas tipicamente masculinas. Uma situação mais
perversa é difícil de se imaginar. Em última análise, o feminismo é, na prática, inerentemente
violento, intrinsecamente instável, intrinsecamente perverso, inerentemente injusto, porque
ele é todas essas coisas em princípio, a saber, a rejeição da ordem criada por Deus; e as
consequências de um compromisso religioso sempre se desenvolverão na prática. O
Feminismo está, agora, desenvolvendo as consequências práticas de sua visão religiosa da
sociedade (e isto é sua religião).

As igrejas têm falhado em ver isso. Elas têm abraçado o feminismo vigorosamente, e como
consequência, se tornaram uma importante avenida pela qual o Feminismo tem sido capaz de
influenciar nossa cultura. O clero estava envolvido na feminização da fé e da igreja bem antes
do Movimento Feminista tivesse se tornado consciente na percepção popular. E a feminização
de nossa cultura é um dos principais motivos para sua anarquia e violência. Por exemplo, o
resultado da feminização da sociedade tem sido a de que os homens perderam o seu papel em
muitos aspectos. O feminismo tem definido homens em nada mais do que briguentos ou
efeminados. Na perspectiva feminista, estas são as duas alternativas para os Homens, embora
isso não possa ser entendido por muitas feministas; talvez normalmente não seja, porque o
Feminismo é ingênuo e não opera com base na razão, mas na emoção; e estas coisas trazem-
nos novamente ao problema da liderança e governos femininos. Emoções não lideram ou
governam bem. Para as Feministas, os homens são governantes incapazes; as mulheres devem
governar.

Agora nós temos o governo de mulheres e homens efeminados. O efeito de colocar as virtudes
femininas no lugar das virtudes masculinas, e as virtudes masculinas no lugar das virtudes
femininas tem sido a de subverter a ordem criada. Como resultado, a justiça é desprezada e a
misericórdia é transformada e colocada em seu lugar. A Liderança é masculina, mas é preciso
temperá-la com as virtudes feministas. Quando as virtudes feministas estão na liderança, as
virtudes masculinas não podem funcionar; a masculinidade é feita desnecessária. Isto é um
dos problemas mais sérios da nossa sociedade. O Feminismo tornou a liderança masculina na
igreja e da nação obseleta e, agora, estamos colhendo as consequências espirituais e sociais
disto. A Justiça é uma vítima! A misericórdia cessa de ser misericórdia e torna-se indulgência
dos piores vícios. Violência, anarquia, desordem e uma sociedade disfuncional são o legado da
Feminização de nossa Sociedade, porque neste sentido, nem as virtudes masculinas, nem as
femininas podem desempenhar apropriadamente seu papel. O mundo é posto de ponta
cabeça. Até mesmo as igrejas “crentes na Bíblia” são anestesiadas na sua apostasia em relação
a este e muitos outros assuntos em nossa sociedade. Temos uma igreja efeminada, e uma
sociedade efeminada e, portanto, a resposta de Deus tem sido um ministério cada vez mais
homossexual e uma crescente sociedade homossexual. Este é o justo julgamento de Deus
sobre nossa apostasia espiritual.

A resposta é o arrependimento, voltar-se para Deus e abandonar nosso caminho de rebelião


contra a ordem divina da Criação. A igreja deve começar isto. O julgamento começa com a
igreja (1Pe 4.17) e o arrependimento também. Eu não creio que resolveremos o problema
homossexual até reconhecermos sua causa. É o julgamento de Deus sobre a apostasia da
Nação. Liderando o caminho para esta apostasia estava a igreja.

O que tenho dito acima não significa minimizar a seriedade do problema homossexual, nem
sua imoralidade. Mas devemos reconhecer isto como uma manifestação do julgamento de
Deus, como Paulo tão claramente ensina em Romanos, capítulo um. A resposta está em
combater as causas, enquanto não deixamos de fazer as outras coisas. O que eu disse aqui não
significa promover uma diminuição da oposição cristã aos direitos homossexuais por qualquer
meio; mas significa encorajar a uma maior leitura do problema, porque é nesta vasta leitura do
problema que detectamos a causa e esperamos a solução para o problema.

Além disso, este assunto não um assunto isolado. É parte inseparável da re-paganização de
nossa sociedade, uma tendência de que a igreja, em grande medida, não apenas tem tolerado,
mas por vezes, estimulado, por sua percepção míope de fé e sua negação prática de sua
relevância para toda a vida do homem, incluindo seus relacionamentos e responsabilidades.
Enquanto a crítica é necessária e vital na tarefa profética da igreja de levar a Palavra de Deus
para influenciar nossa sociedade, ela não é o bastante. Em vez disso, a igreja também deve
jogar fora o seu próprio consentimento na prática do humanismo secular e praticar o pacto da
vida da comunidade redimida no momento que ela tenha qualquer efeito sobre nossa cultura.
Portanto, o julgamento continuará ininterruptamente até a igreja mais uma vez começar a
viver para fora, bem como falando a palavra de vida para sociedade em sua volta. Somente
então quando ela começar a manifestar o reino de Deus; e apenas quando a igreja começar a
manifestar o reino de Deus novamente, nossa sociedade começará a ser liberta do julgamento
de Deus.
Fonte: Christianity and Society, Volume X, Number 1, January 2000, p. 2 – 3.

Tradução e adaptação: Gaspar de Souza


Como Plantar Uma Igreja Presbiteriana

By Ross W. Graham16 de julho de 2012

A Orthodox Presbyterian Church [Igreja Presbiteriana Ortodoxa] tem uma forma de iniciar
novas igrejas que parece intuitiva para os ministros e presbíteros que abraçaram e fizeram uso
dela para começar dezenas de novas congregações entre seus dezessete presbitérios na última
década.

Colocando de forma simples, é algo mais ou menos assim: inicie um grupo, forneça a
supervisão de um presbítero, convoque um pastor organizador, espere até que o grupo se
amadureça como corpo de Cristo, organize esse grupo como uma nova congregação, e espere
que ela assuma o seu lugar entre as igrejas (igrejas que trabalham, servem e ofertam) que a
ajudaram a começar. Mas esse processo sm seis estágios precisa ser descompactado para que
apreciemos sua conformidade bíblica, sua consistência presbiteriana, seu caráter reformado e
sua simplicidade de funcionamento.

1. Comece com um grupo

O apóstolo Paulo usou esse método em seu ministério de plantação de igreja. “Paulo, segundo
o seu costume, foi procurá-los [na sinagoga]…” (Atos 17.2). O Espírito Santo escolheu revelar
que Paulo tinha um plano regular de abordagem — ir onde crentes tementes a Deus honravam
a Escritura e buscavam a Esperança de Israel. Ali ele reuniu grupos que formariam o núcleo das
igrejas que ele estabeleceu na Ásia Menor e Europa.

Começar com um grupo de cristãos sinceros faz muito sentido. Isso assegura que Deus está
agindo no processo de ajuntamento e que há razão para crer que uma nova igreja deveria ser
estabelecida. Grupos podem ser reunidos com o propósito de iniciar novas igrejas de várias
formas. Anunciar e então conduzir um estudo bíblico numa comunidade alvo; realizar uma
reunião exploratória e informativa sobre se uma nova igreja poderia ser iniciada; e conduzir
alguns cultos de adoração são meios que têm sido eficazmente usados para reunir nomes de
famílias e indivíduos interessados. Não importa por quais meios as pessoas sejam reunidas,
coisas tais como presença regular, disposição para gastar tempo e energia no trabalho,
convites para amigos e parentes se envolverem, e início da prática de um suporte financeiro
regular do trabalho são evidências objetivas. Essas evidências ajudam àqueles que estão
iniciando o estabelecimento da nova igreja a determinar se a mão de Deus está agindo ou não.

2. Forneça a supervisão de um presbítero para o grupo

Quando Paulo iniciou seu ministério de plantação de igreja em Corinto, em Atos 18, ele
trabalhou com Áquila e Priscila no comércio de fazer tendas, e argumentava e persuadia o
povo na sinagoga local (versículos 1–4). Mas quando Silas e Timóteo chegaram, Paulo estava
“ocupado com a palavra”, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo (versículo 5). Foi
quando a pluralidade de presbíteros estava presente que o trabalho e testemunho da igreja se
desenvolveram. As companhias de viagem de Paulo eram mais do que assistentes e
estagiários. Ele viajava com uma pluralidade de presbíteros que foram emprestados para
direcionar e governar as novas igrejas recém-plantadas e em desenvolvimento até que seus
próprios presbitérios pudessem ser instalados.

Fornecer presbíteros para supervisionar o novo trabalho desde o seu começo, em vez de
depender da liderança de um único indivíduo, tem a vantagem de iniciar a igreja da forma
como ela funcionará para o restante da vida. E permite que toda a igreja veja um exemplo do
tipo de homens que ela desejará escolher no futuro a partir do seu próprio meio.

Presbíteros regentes e ministros (presbíteros docentes) de outras igrejas são rotineiramente


emprestados para esse trabalho na OPC. Algumas vezes é toda a sessão de outra congregação
que é designada para essa responsabilidade. Outras vezes o presbitério designa oficiais de
várias congregações como um comitê para fornecer tal ajuda. Esses homens
desinteressadamente tomam o tempo necessário para organizar e supervisionar a adoração e
a pregação, a recepção de membros, a administração dos sacramentos e o início do
treinamento e preparações para o grupo se tornar uma nova congregação do povo de Deus.

3. Convoque um pastor organizador para trabalhar com os presbíteros a fim de moldar o grupo
numa igreja.

“Por esta causa, te deixei em Creta, para que pusesses em ordem as coisas restantes, bem
como, em cada cidade, constituísses presbíteros, conforme te prescrevi” (Tito 1.5). Essa
declaração simples fornece a descrição do trabalho para o pastor organizador de uma obra
missionária. Ele é um homem que foi especialmente chamado por Deus e está tão
intensamente apegado à importância da doutrina da igreja que, na reunião do seu presbitério,
ele está disposto a se mudar para um lugar onde ele é necessário; está disposto a amar e a
servir um grupo de pessoas temporariamente até que Deus os constitua como um corpo
amadurecido de Cristo. E ele é capaz de considerar seu trabalho completo se a igreja decidir
chamar outro homem para ser o seu pastor.

Observe que o pastor organizador chega num grupo que já tem uma história. Assim, ele não
funciona necessariamente como o precursor ou líder visionário nesse processo. Mas esse é um
ministério difícil e exigente. Somente os rudimentos da vida da igreja foram estabelecidos até
o momento da sua chegada. Ele deve ser um homem de grande fé para ser capaz de ver, no
núcleo das famílias com quem trabalha, a igreja que eles se tornarão. Ele deve fazer também o
trabalho de um evangelista para ver a adição de novas famílias conforme Deus envia. E ao
longo de seu serviço especializado como um pastor organizador, ele deve modelar uma fé
sincera num Deus que suprirá as suas necessidades e as necessidades da igreja e levantará
homens para se unir a ele no ministério como presbíteros e diáconos piedosos.

4. Espere até que o grupo se amadureça como corpo local de Cristo


Na mensagem de Paulo aos gálatas errantes, que passaram “tão depressa daquele que vos
chamou na graça de Cristo para outro evangelho” (Gl 1.6), ele os repreende por sua loucura,
mas também os ensina algumas lições importantes sobre a igreja. Ele se dirige a eles como
“meus filhos, por quem, de novo, sofro as dores de parto, até ser Cristo formado em vós” (Gl
4.19). Paulo emprega o pronome no plural: todos vocês. Ele sugere que há um tempo na vida
de um grupo reunido antes dele ser apropriadamente chamado o corpo de Cristo. O Espírito
Santo passa a residir na vida de um indivíduo num ponto no tempo em que se pode dizer que
ele nasceu de novo; assim também o Espírito forma um grupo de crentes que pode então ser
chamado um corpo local de Cristo num ponto no tempo após eles terem inicialmente se
reunido. Leva tempo para que esse grupo se desenvolva em unidade e maturidade. E o
processo pelo qual o Espírito faz isso não pode ser apressado.

O processo de produzir maturidade na vida corporativa de um grupo de pessoas que se


reuniam com seus presbíteros emprestados e designaram um pastor organizador pode levar
de dois a três dias para funcionar. Ele envolve pelo menos quatro áreas da vida da igreja.
Primeiro, é vital desenvolver meios para promover o crescimento espiritual do povo do
trabalho missionário, estabelecendo práticas de adoração sadias, uma educação e discipulado
sólidos, e ministérios para fortalecer e manter as famílias saudáveis. Segundo, é necessário
desenvolver e garantir ministérios contínuos de divulgação e evangelismo para cumprir
fielmente a Grande Comissão. Essas coisas envolvem, por um lado, ministérios contínuos que
façam o trabalho da igreja conhecido ao povo da comunidade na qual a congregação ministra.
Envolvem, por outro lado, atividades evangelísticas diretas que apresentem as justas
exigências de Deus e o seu plano de salvação dos seus eleitos diante do povo dessa mesma
comunidade. Terceiro, é importante desenvolver ministérios de misericórdia para demonstrar
a compaixão de Cristo para com a família da fé e para com todos os portadores da imagem de
Deus também. Quarto, é importante também que práticas e procedimentos administrativos
saudáveis sejam colocados em ação para que a vida e o ministérios da igreja possam ser
protegidos e assegurados.

5. Organize o grupo numa igreja nova e separada.

Em Efésios 4.11–16, Paulo descreve o que Cristo fez para tomar as coisas que os crentes têm
em comum e edificá-los num corpo maduro de Cristo, num determinado local. O objetivo da
plantação de igreja não é simplesmente reunir um grupo de indivíduos que compartilham de
interesses em comum, mas estabelecer um corpo de Cristo maduro que seja capaz de cuidar
de si mesmo e ministrar Cristo ao mundo em sua volta.

Espera-se que o trabalho realizado ao longo de meses ou anos tenha como resultado final a
produção de um corpo maduro de Cristo. Mas esse trabalho deve ser cuidadosamente
avaliado pelo escrutínio de presbitérios sábios e objetivos. Determinar a maturidade do grupo
e a presença do corpo de Cristo neles não é uma tarefa fácil. Não é tão fácil quanto contar
cabeças e dólares e dizer sim quando houve o suficiente deles. Aqueles envolvidos no processo
de plantação de igrejas na OPC têm aprendido que fazer várias perguntas e receber respostas
consistentes e esperadas é a melhor forma de determinar a capacidade de o grupo continuar
por contra própria com seu próprio pastor e oficiais eleitos e assim assumir o seu lugar entre
as igrejas (igrejas que trabalham, servem e ofertam) que a ajudaram a começar.

Dessa forma, procuramos respostas para perguntas como as que seguem: O grupo demonstra
um comprometimento com uma piedade de conduta, uma comunidade do pacto, uma
adoração teocêntrica, uma constância na oração, em ver pessoas transformadas por Cristo
através do evangelho, e numa visão e alcance mundial? Os membros do grupo amam,
respeitam e preferem uns aos outros? A adoração a Deus como uma congregação une-os e
encoraja os seus corações? Eles partilham dos mesmos interesses e preocupações da
denominação? Estão orando e contribuindo financeiramente com os seus ministros?

6. Espere que a nova igreja tome o seu lugar entre as igrejas que a ajudaram a começar.

“E sabeis também vós, ó filipenses, que, no início do evangelho, quando parti da Macedônia,
nenhuma igreja se associou comigo no tocante a dar e receber, senão unicamente vós outros;
porque até para Tessalônica mandastes não somente uma vez, mas duas, o bastante para as
minhas necessidades” (Fp 4.15–16). Paulo estava satisfeito com um papel exemplar que a
igreja em Filipo tinha desempenhado em seus esforços de plantar igrejas. Ele estava
sutilmente sinalizando: “Se vocês querem ver uma igreja que está realmente assumindo sua
carga, olhem para os seus irmãos e irmãs em Filipo”.

Se esse tipo de participação madura com outras igrejas (de mesma confissão) no trabalho do
evangelho é esperado, isso deve ser instilado desde o começo do processo de plantação da
igreja. Um axioma da prática presbiteriana de plantação de igrejas é que a forma como uma
igreja se inicia determinará em muito como ela funcionará quando amadurecer. Se ela há de
ser uma igreja presbiteriana, então a presença e supervisão de presbíteros piedosos e
competentes deveria estar ali desde o começo. Se há de ser uma igreja que se relaciona, então
sua interação com pessoas de outras igrejas deve ser fomentada e modelada desde os
primeiros dias. Se há de ser uma congregação que mantém a rica tradição da fé reformada,
então os documentos confessionais devem ser conhecidos, ensinados e mencionados nos
sermões desde o começo da igreja.

Congregações recém-organizadas que seguem esse modelo filipino não encontram dificuldade
em se envolverem na obra do seu presbítero e na vida de sua denominação. Elas têm visto isso
praticado e esperam assumir um papel ativo nos assuntos da sua igreja maior.

Conclusão

A plantação de igreja é do começo ao fim um trabalho espiritual. É a implantação de tudo o


que a Bíblia ensina com respeito à natureza e propósito da igreja. Mas deve ser lembrado que
isso é também um assalto frontal às forças de Satanás. Assim, aqueles que estão envolvidos
nesta obra devem permanecer no temor do poder de Deus e na verdade expressa pelo Senhor
Jesus em Mateus 16.18: “Eu edificarei a minha igreja”.
O autor é secretário geral do Comitê sobre Missões Nacionais e Plantação de Igrejas.

Fonte: New Horizons, July-August 2012.

Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – julho/2012

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