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MINISTÉRIO DE ADOLESCENTES

“Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais.
E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da
lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que
estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo
da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para
ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E
eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele.” (I Co 9. 19-23)

Há um tempo me prendi e fiquei encantada com esses versículos de Paulo e vi o


quanto eles podem ser aplicados no contexto daqueles que desejam frutificar através do
evangelismo. Olhando esse texto, me senti motivada e desafiada a trabalhar com
adolescentes. Vejo ser emergente essa necessidade, pois as dificuldades não são apenas pelo
fato da idade, que é um momento de varias mudanças, opiniões, conflitos e transições,
mas também, pela quantidade de informações e tecnologias que estão acessíveis a eles. A
igreja não pode ficar calada diante dessa realidade. Ela precisa agir!

Ao ler o texto de Paulo, devemos entender que para trabalharmos com adolescentes, é
preciso haver identificação com eles e num processo da conquista da confiança, tê-los
como amigos para a consolidação plena da evangelização.

Se na vida da Igreja há a presença de um ministério eficaz para adolescentes, eles


serão ganhos para Cristo e farão a diferença em casa, na escola, com os amigos... enfim,
por onde passarem e estiverem, serão propagadores do Evangelho de Cristo. Não há
dúvidas de que serão vidas encontradas em potencial para serem usadas poderosamente
como instrumentos de bênçãos, levando a Palavra a muitos corações. Eles poderão ir a
lugares onde não temos podido ir.

Bem, espero que tenhamos nos identificado, pois a partir daqui não tem mais volta.
Uma vez que nossas mãos foram colocadas no arado, vamos até o final do campo que
precisa ser semeado. Pense no que Deus vai realizar na vida das pessoas através desse
trabalho! Então borá começar.

No caminho da construção de um ministério eficaz, que possa atuar


especificamente com adolescentes, precisamos pensar de imediato nos tipos de pessoas que
podem atuar nesse ministério.

Pesquisando, encontrei três tipos de pessoas que atuam em Ministério de


Adolescentes. O objetivo é nos identificar e levantar questionamentos, no contexto das
características que serão citadas.
Tipos de Pessoas que atuam no Ministério de Adolescentes:

1. O Vocacionado - Aquele que tem um fogo que arde em seu coração e nunca se apaga.
Ele está sempre inconformado com a situação dos adolescentes. Ele faz de tudo para
salvar a vida de todos. Ele abre mão da própria vida para ver a realidade de adolescentes
sendo salvos.

2. O que tem boa vontade – Esse é aquele que atua no ministério querendo muito ajudar,
mas não domina o público alvo. Ele não tem a capacitação. Buscando treinamentos,
com submissão e dedicação, o que tem boa vontade poderá se tornar uma ferramenta
de bênçãos nas mãos do Senhor.

3. O Plantado: Esse o tipo que a maioria das Igrejas possui. São escolhidos pela lideranças
das igrejas, porque têm maior tempo disponível, e por se identificarem de alguma forma
com os adolescentes, acabam sendo inseridos na organização. Infelizmente esse tipo de
liderança não dura muito, pois não há propósitos e nem chamamento divino. Não há
entrega plena ao ministério e somado à falta de capacitação, os resultados normalmente
são desastrosos para vida da igreja.

Bem acreditamos que nos identificaremos com os dois primeiro tipos, pois aqui em
nossa igreja temos uma boa liberdade de trabalhar.

O que nos resta agora é nos empenharmos para buscarmos as orientações e capacitações
para na dependência do Senhor trilhar uma caminhada que possa redundar numa colheita
superabundante para a vida da nossa igreja.

Faixa Etária

As idades a serem trabalhadas são de 13 a 17 anos, fazendo a partir daí a transição para
a Juventude.

Porque trabalhar com adolescentes?

Bem, já vimos algumas questões importantes, mas agora vamos à essência. Quem
acompanha os eventos de nossa Igreja, já deve ter notado que nossos adolescentes estão
um pouco afastados de algumas atividades realizadas pelo Ministério Infantil. Conversando
com alguns deles, acabei por entender o que está acontecendo. Ouvi: “Tia eu não sou mais
criança!” Não tenho dúvidas de que é necessário darmos uma atenção em especial a essa
idade e nesse contexto termos algumas percepções:

A “busca” - A adolescência é de fato um tempo de busca. A busca de um caminho, a busca


de um destino. Essa busca passa por aprimoramentos a vida toda, mas, na adolescência é
um período mais intenso, exatamente pelo rompimento da infância, considerado por
alguns como “segundo parto”, pela busca de autonomia diante dos Pais. Nesse processo
devemos compreender dois fatores importantes:
1. Identidade: Os testes, os questionamentos, as perguntas, as mudanças constantes de
comportamentos e de “estilo” são frutos desta necessidade de definir a sua identidade.
Uma infância bem estruturada vai facilitar esta fase, mas não evitará as crises. As
estruturas que precisam se chacoalhadas para, então, serem fortalecidas. Isso ocorre em
vários níveis: Relacionamento familiar, envolvimento social e convicções de fé é ai que
nós entramos apontando os caminhos para uma fé sólida e identidade de filhos de Deus.

2. Identificação: Caminha junto com a busca ou definição de sua identidade. Grupos


sociais favoráveis, lugares e pessoas afins, aceitação e valorização do ser, sensação de
segurança e bem-estar são fatores que promovem no adolescente uma identificação até
o momento em que ele diz: este é o meu lugar. Exatamente por isso, devemos criar um
ambiente que o ajudará nas questões de perseverança e desenvolvimento espiritual.

Onde há família, há adolescentes e entendemos que a Igreja como um lugar para


família, eles também estão lá, mas precisam deixar de ser invisíveis.

Com essa visão começaremos a atuar.

Com relação ao nosso trabalho e estrutura:

❖ Devemos criar um ambiente seguro e com a cara deles;


❖ Temos que trabalhar com eles e não para eles, pois os mesmos precisam ser
envolvidos nas atividades, aprendendo a criar e desenvolver trabalhos;
❖ Buscaremos trabalhar com os pais (essa acredito que será uma das partes difíceis),
pois alguns pais não sabem como lidar com certas situações, e juntos poderemos
achar soluções;
❖ Não devemos nos limitar em encontros somente nos fins de semana, devemos
montar grupos de estudo, palestras, momentos de lanches, passeios de bicicleta
entre outras atividades que poderão envolvê-los de forma dinâmica.
❖ Investir em oração parece bem comum, mas às vezes nos esquecemos desse
comum, que é o mais importante;
❖ Buscar equilíbrio entre a edificação e a diversão, pois temos que lembrar, que eles
não são mais crianças, mas também não são adultos;
❖ Eles têm muita energia para gastar então vamos aproveitar isso, com danças, teatro,
entre outras coisas que com certeza surgirão;
❖ Adolescentes gostam de desafios, jogos;

Alguns erros que nós não devemos cometer:

• AGRADAR OS ADOLESCENTES mais que a Deus. “Optar por agitar e não transformá-
los;”
• ATRAIR OS ADOLESCENTES para Jesus com valores mundanos. “Como baladinhas, etc;”
• CONFUNDIR DEPENDER DO ESPÍRITO SANTO com desleixo ministerial, fazer o
trabalho de qualquer maneira e as pressas;
• MEDIR EMPOLGAÇÃO POR JESUS na proporção do barulho;
• NEGLIGENCIAR OS PAIS;
• TRATAR OS ADOLESCENTES como crianças inocentes e isentas de responsabilidades.

Bem, isso é só o começo do nosso trabalho, agora é erguer as mangas e trabalhar


com Cristo. No nosso barco seremos mas que vencedores.
E sabemos que haverá cansaço, desânimo, lágrimas, mas certamente muitas bênçãos.
E que Deus nos ajude!

Bibliografia:
Internet
Site: Eu escolhi agir
Ig. Presbiteriana Ind. Do Brasil

Alba Valéria
Igreja Casa de Oração Cehab

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