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UMA IGREJA RELEVANTE. MAS RELEVANTE EM QUÊ?

Há muito tempo se discute o quanto uma igreja é relevante para a sociedade em que está
inserida, qual é o tipo de serviço prestado e quais os benefícios de se ter uma igreja em
nossa comunidade. Quais tipos de melhorias a igreja tem trazido ao contexto em que
vivemos?
Diante do utilitarismo de nosso tempo, em que as coisas, instituições e pessoas são
medidas segundo o que elas oferecem em termos de serviço, a pergunta mais comum é:
Que tipo de serviço é disponibilizado? Tem uma creche lá? Tem um restaurante? Com
comidas baratas? Tem atendimento médico gratuito? Oferece palestras de
conscientização contra as drogas, alcoolismo, gravidez precoce, saúde pública?
Eis aqui um ponto importante.
Já ouvi dezenas de críticas às igrejas por servirem à comunidade com segundas
intenções entre as mais comuns destaca-se o proselitismo. Traduzindo, dizem que a
igreja usava (ou usa) o trabalho social como isca para atrair e pescar pessoas para a
religião.
Alguns pastores passaram então a entender que seu papel é tipo de um reformador
social. Alguém que está ali para melhorar a vida da comunidade e contribuir para a paz
entre todos, ao invés de anunciar as boas novas do Evangelho. Para alcançar esse
objetivo de reformador social e pacificador entre as religiões, acabam abraçando o
ecumenismo e o psicologismo. Deixam de ser pregadores e passam a ser terapeutas.
Usam a Bíblia como orientação, mas são os livros dos "grandes pensadores de nossa
época" que são sua base de vida e ensino.
Assim sendo, antes de perguntar quais benefícios uma igreja pode proporcionar,
deveríamos questionar o que é uma igreja.
Um fato que escapa da observação dos cristãos é que a igreja NÃO É uma instituição
filantrópica, nem tampouco o divã de uma clínica psicanalítica. Eu sei que muitos dirão
que sim, a igreja fornece serviço terapêutico, porque é dessa forma que está no estatuto.
Mas, o Estatuto é um documento formal de regulação social. Ele não estabelece a
natureza pura do organismo chamado IGREJA.
A igreja foi, é e sempre será a agência do Evangelho. É ela que anuncia o Reino de
Deus, que apresenta o único Messias e promove a comunhão em torno do nome de
Jesus.
Deus não vê o homem como um ser bom que só precisa de uns ajustes financeiros,
educacionais, sentimentais e psicológicos. E a Igreja como representante do Senhor na
terra também não deveria vê-lo assim. Quem vê dessa forma não entendeu o Evangelho.
Antes, a igreja deve vê-lo como a Bíblia diz que ele é. Isto está relatado em Gênesis 6.5:
E viu o SENHOR que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a
imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente. Além do
primeiro livro, a visão de quem o homem realmente percorre toda a Escritura, notem os
versículos seguintes:
Salmos 51.5: Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe.
João 2:24: Mas o mesmo Jesus não confiava neles, porque a todos conhecia; e não
necessitava de que alguém testificasse do homem, porque ele bem sabia o que havia no
homem.
João3.3: Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que
não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.
Romanos1.21-22: Porquanto, tendo conhecido a Deus, não O glorificaram como Deus,
nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração
insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
A igreja vê o homem como desprovido do principal componente em sua natureza: a
imagem perfeita de Seu Criador, reconhecendo-O em todos os caminhos.
E quanto aos necessitados, órfãos, viúvas, famintos? Eles não devem ser vistos pela
igreja? Sim. É mandamento irrevogável. Porém, não podemos nos esquecer que o ser
humano caiu em desgraça e só há um meio de trazê-lo de volta a vida: Cristo.
Então, uma igreja torna-se relevante ao mundo quando cumpre o seu verdadeiro papel:
vendo o homem como as Escrituras o descrevem, pregando o Evangelho do Reino,
confrontando os pecadores e os convidando ao arrependimento, promovendo a
comunhão, edificação, santificação e cuidado mútuo de seus membros.

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