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A igreja de Cristo hoje passa por um dos seus piores momentos da história
desde a época dos Santos Apóstolos. Uma grande quantidade de cristãos
estão indo por um caminho que não é verdadeiro, ou seja, não é ortodoxo.
As Igrejas estão adotando um tipo de doutrina que é contrária a Santa
Palavra de Cristo. Interpretações erradas para favorecimento próprio,
mentindo e deturpando a Bíblia, enganando pessoas e multidões.
Se você estiver em uma igreja como esta, irá notar que a palavra “pecado”
normalmente só é mencionada no contexto do perdão dos pecados em Cristo. Por
vezes, recrimina-se as pessoas que ousam insistir no assunto, classificando-as de
“legalistas” e “fariseus”.
Na tentativa de atrair mais pessoas, tudo é feito para tornar os cultos mais
agradáveis, em especial o sermão. Os ministros não tomam posição pública, nem
ensinam os membros, sobre questões que estão na ordem do dia como aborto,
homossexualidade, legalização das drogas, ou qualquer coisa que possa
confrontar o público presente. Ignora-se qualquer tentativa de se estabelecer ou
cobrar dos membros os parâmetros para uma vida de santidade.
Nessas igrejas, o Antigo Testamento é tratado como um registro que não tem
valor real com nosso estilo de vida moderno. Convenientemente, não se menciona
os Dez Mandamentos nem as porções bíblicas onde Deus é mostrado como juiz.
4. Os líderes são autorizados a ensinar e pregar mesmo vivendo abertamente
em pecado
Dos púlpitos dessas igrejas ecoam apenas mensagens positivas sobre saúde,
riqueza, prosperidade, o amor de Deus, o perdão de Deus e como se obter sucesso
na vida. Não há preocupação nem interesse de se anunciar “todo o conselho de
Deus”, nem estimular trabalhos evangelísticos ou missionários que exijam
arrependimento e mudança de vida. Não se menciona a existência do diabo ou de
seus anjos. Deus ama a todos e cuida para que nenhum mal chegue perto deles.
Os participantes de uma igreja destas serão convencidos que, por causa da forte
ênfase na graça, tudo é permitido. Ou seja, nenhuma mudança real se espera
deles, apenas que frequentem os cultos e sejam “pessoas melhores e mais felizes”.
Estamos vivendo na época dos crentes marionetes. Em um país onde
apenas uma parcela ínfima da sociedade adquiriu o gosto pela leitura, era
de se esperar que uma religião que demanda fidelidade a um livro – ainda
que seja um livro sagrado – encontraria problemas para se desenvolver de
forma saudável. É claro que eu conheço as estatísticas recentes que
mostram o crescimento vertiginoso dos evangélicos, mas essas pesquisas
também nos revelam que a maior parte desse crescimento se dá na ala
neopentecostal, em meio a igrejas que exploram ao máximo a fé mística,
ubandista, idólatra e xamânica do povo brasileiro – sincretizando essas
religiões e condensando-as em uma forma de culto muito diferente do culto
racional de Romanos 12, e que por pura teimosia insiste em serem
chamadas “igrejas evangélicas”. É claro que essas crenças não passam pelo
crivo bíblico, de modo que para sustentá-las não basta apenas distorcionar
as palavras da Bíblia: é preciso literalmente abandoná-la para levar à cabo
essa religião idólatra, utilitarista e manipuladora.
Quero deixar claro que jamais afirmei ser o dono absoluto da verdade,
antes anuncio que a Bíblia é verdadeira e me oponho veementemente a esse
cristianismo analfabeto. Ora, o cristianismo sem Bíblia é como um
casamento sem conjuge! É nela que encontramos a ética do reino, as
promessas de Deus e suas demandas, as palavras inspiradoras de Cristo nos
evangelhos, a doutrina cristã sistematizada por Paulo e a mensagem
apologética de Pedro e Judas. Ela é o maior documento que o cristianismo
possui. Ignorar a Bíblia é ignorar os atos de Deus na história da salvação, e
conseqüentemente a nossa própria história. Mas infelizmente o que vejo
hoje é um cristianismo sem Bíblia, sem Cristo, sem dogma e sem
mensagem salvadora. Um cristianismo consumista, capitalista, utilitário,
espíritista, relativista e pragmático. Os seguidores desse cristianismo
caricato são marionetes nas mãos dos lobos devoradores, sendo
constantemente manipulados para o benefício dos líderes que enchem os
bolsos com o dinheiro dos “fiéis”, comprando aviões de 30 milhões de
dólares, construindo mansões em Campos do Jordão, ou investindo em
cavalos árabes “puro sangue”. Enquanto isso, os crentes se prestam aos
mais absurdos papéis: banhando-se com sabonete de arruda, participando
de sessões de descarrego, fazendo despachos, comprando produtos “made
in Israel” e movimentando esse marcado milionário que é a industria da
iconolatria evangélica.
É assim que cresce a igreja evangélica brasileira: enferma. Ela é uma igreja
obesa, com o colesterol alto e diabetes. É uma comunidade doente, mas não
é a única culpada da sua saúde precária. Falharam os seus pastores em
administrar-lhe uma dieta saudável, e ainda falham ao dar-lhe veneno em
lugar de remédio. É verdade que a igreja evangélica está crescendo, porém
esse não é um crescimento saudável.
Outro tipo de coisa que está infectando ainda mais a igreja é o chamado
movimento Gospel. Esse movimento realmente veio para detonar mesmo
com a igreja. É um movimento que está sendo aderido por maioria dos
famosos, e por culpa desse movimento a igreja de Cristo está cada vez mais
se secularizando e deixando Cristo para trás e fazendo a vontade de um
bando de jovens que não querem compromisso nenhum com a igreja nem
com o Deus da igreja.