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CLASSE INTEGRAÇÃO

Sumário

01. Igreja: Definição, Características e Modelos ........... 02


02. Estrutura INJ AJ ...................................................... 10
03. Visão Celular .......................................................... 21
04. Declaração de Fé .................................................... 26
05. Novo Nascimento .................................................. 30
06. Batismo e Ceia do Senhor ...................................... 36
07. Dízimos e Ofertas .................................................. 41
08. Vida Devocional .................................................... 47
09. Namoro Cristão ..................................................... 55
10. Ficha de Presença .................................................. 61

Apêndices
01. Ficha de Batismo / Transferência
02. Ficha de Avaliação Pessoal
03. Matrícula para ECM Básico
04. Ficha para Encontro com Deus

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Aulá 01 – Igrejá: Definiçáo,


Cárácterísticás e Modelos
Definição
A palavra igreja vem da palavra grega “Eklésia” que significa “chamados para fora”. Outro significado de
igreja é assembleia, ajuntamento ou reunião. Podemos então definir igreja como sendo a assembleia
(ajuntamento) de fiéis que professam a mesma fé e que observam as mesmas doutrinas religiosas. É
importante ressaltar que a igreja não é um prédio ou uma catedral, mas o ajuntamento de pessoas.

A igreja é constituída por membros que “nasceram de novo”, ou seja, todos os que confessaram Jesus
Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas, testemunhando isso publicamente através do batismo nas
águas.

A Igreja instituída por Jesus Cristo representa a família de Deus na terra. Como Pai, Deus espera que sua
igreja tenha o amor como base para todos os seus relacionamentos, que procure viver em santidade e
que anuncie o reino de Deus - manifestado em Jesus Cristo - ao mundo perdido e distante de Deus.

Igreja Universal e Igreja Local


Igreja Universal : é a igreja formada por todos aqueles que tem um relacionamento pessoal com Jesus
Cristo.

I Co 12:12-14 – “Ora, assim como o corpo é uma unidade, embora tenha muitos membros, e todos os
membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo, assim também com respeito a Cristo. Pois em um
só corpo todos nós fomos batizados em um único Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer
livres. E a todos nós foi dado beber de um único Espírito. O corpo não é composto de um só membro,
mas de muitos.”

A verdadeira Igreja de Deus não é um prédio ou uma denominação, mas é o corpo de Cristo, do qual
Cristo é o cabeça, ou seja, aquele que comanda, que dirige, que norteia o corpo. Todos os crentes em
Jesus, de todos os tempos e de todas as nações formam esse corpo.

Igreja Local: a igreja local é formada pelos membros da igreja universal, mas que se reúnem em uma
cidade, em um lugar especifico, com o compromisso de obedecer a visão dada por Deus para aquela
congregação e para aquela cidade.

Galatas 1:2- “Paulo, apóstolo enviado, não da parte de homens nem por meio de pessoa alguma, mas
por Jesus Cristo e por Deus Pai, que o ressuscitou dos mortos, e todos os irmãos que estão comigo, às
igrejas da Galácia:”

Aspectos que envolvem a igreja


1- A igreja é conhecida na Bíblia como “corpo de Cristo” – I Co 12:27; Col 1:18; Ef 1:22-23; como”
Noiva de Cristo” – Ap 21:9; Casa Espiritual – I Pe 2:5; Família de Deus – Ef 2:19. A igreja é muito
mais um organismo vivo do que uma organização.

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2- Como família de Deus chamamos os membros participantes da igreja de “Irmãos” – Rm 8:29;II


Co 6:18. Na vida natural, cada filho que nasce tem um pai, uma mãe, possivelmente irmãos e
irmãs, tios e tias. O plano de Deus para nós é que cresçamos em família. Da mesma forma
acontece quando nascemos de novo na família de Deus. Nós nos tornamos parte da família de
Deus quando entregamos nossa vida a Cristo... reconhecendo-o como Senhor e Salvador.
3- Todos nós precisamos uns dos outros para que possamos crescer juntos. A medida que somos
“bem ajustados”, crescemos a fim de nos tornarmos “santuário dedicado ao Senhor”. As
palavras “sendo edificados”, “todo o edifício” falam acerca de crescermos juntos em nossos
relacionamentos, e do Espírito Santo vindo e fazendo morada em nós e por meio de nós como
corpo. Efésios 2.21-22
4- A igreja deve manifestar a solidariedade e o amor fraterno: o cuidado mútuo é o ingrediente
que mantém a igreja viva e vibrante, que testemunha ao mundo o amor de Cristo. Rom 12:10,
13, 15.
5- É um lugar de formação e aprendizado- é na família de Deus (igreja) que aprendemos a dar os
primeiros passos espirituais, é o lugar onde somos ensinados e corrigidos para alcançarmos a
maturidade cristã. I Pedro 1:15 e 2:2.
6- Na família de Deus aprendemos a ser perfeitos como é o nosso Pai – Jesus nos ensina a deixar
de agir segundo o nosso olhar e passar a agir segundo o coração do Pai. I Pedro 1:15.
7- A igreja tem um manual de conduta e fé- A palavra de Deus é a bússola do cristão, mostra o
caminho por onde ele deve andar. II Tim 3:16.
8- É um lugar para se viver o amor incondicional – Jesus nos ensinou a amar os amigos e inimigos
sem condição alguma. I Co 13.
9- É um lugar de alianças – A igreja é um lugar onde firmamos compromissos baseados no amor.
Marcos 14:24; II Co 3:6; Hebreus 10:16.
10- É um lugar de paz – a família de Deus deve ser um lugar de refúgio para uma mundo que vive
em guerra. Rom 12:17,18,19.
11- É um lugar para servir – servir uns aos outros é a base da comunidade cristã. I Pedro 10.
12- É um lugar de testemunho – manifestar o caráter , a semelhança, a imagem e a glória do Filho
de Deus ao mundo. I Pedro 2:11,12.

Modelos de Igreja
Vivemos em uma época marcada por uma variedade de estilos e tendências ministeriais dentro do
contexto evangélico que torna extremamente difícil para um novo convertido compreender qual é o
perfil de sua igreja.

O texto abaixo intitulado “Análise das igrejas Evangélicas no Brasil” foi extraído da revista eletrônica
CACP (Centro APOLOGÉTICO Cristão de Pesquisa):

“Basicamente são três as ramificações que se apresentam no meio Protestante: tradicional,


pentecostal e neopentecostal.

Tradicionais: Compreende principalmente as chamadas igrejas históricas que tiveram origem no início
da Reforma Protestante ou bem próximo dela. Exemplos: Luterana: Fundada por Martinho Lutero
(Século XVI), Presbiteriana: Fundada por João Calvino (Século XVI), Anglicana: Fundada pelo rei da

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Inglaterra Henrique VIII (Século XVI), Batista: Fundada por John Smith e Thomas Helwys (Século XVII)
e Metodista: Fundada por John Wesley (Século XVIII)

Pentecostais: Compreende as igrejas que tiveram início no reavivamento nos Estados Unidos entre
1906-1910. As experiências do “batismo no Espírito Santo” levaram os membros que experimentaram
essa experiência a serem excluídos de suas antigas igrejas, formando assim outras comunidades que
levaram o nome de Assembleias de Deus (não confundir com a denominação brasileira que leva o
mesmo nome, enquanto que aquela é um movimento que reuniu várias igrejas que aceitavam a
experiência dos dons espirituais no batismo com o Espírito Santo; esta última foi uma denominação
fundada em terra brasileira).

As principais igrejas pentecostais no Brasil são:


Assembleia de Deus; Igreja do Evangelho Quadrangular; O Brasil para Cristo; Deus é Amor.

Neopentecostais:

Os neopentecostais são igrejas oriundas do pentecostalismo original ou mesmo das igrejas tradicionais.
Surgiram 60 anos após o movimento pentecostal. Nos Estados Unidos, são chamados de carismáticos
sendo que aqui no Brasil essa nomenclatura é reservada exclusivamente para um grupo dentro da igreja
Católica que se assemelha aos pentecostais. Uma das marcas principais deste movimento evangélico é
a prosperidade material, onde a benção divina está diretamente associada a benção material. A ênfase
nas questões financeiras e algumas práticas realizadas nos cultos causam alguma estranheza para os
demais segmentos evangélicos. No Brasil as principais igrejas que representam os neopentecostais são:
Igreja Universal do Reino de Deus, Igreja da Graça, Sara Nossa Terra, Renascer em Cristo.”.

Hoje, temos uma grande mistura de todos esses conceitos nas igrejas, pois boa parte das igrejas tidas
como tradicionais aceitam com liberdade os dons espirituais, e também muitas igrejas pentecostais
passaram a valorizar mais o conhecimento das Escrituras, o que consideramos extremamente positivo.

Outro segmento importante existente no contexto evangélico brasileiro são as igrejas denominadas de
“comunidades”, que trouxeram liberdade e restauração para o louvor e adoração das igrejas. Essas
“comunidades evangélicas” possuem cultos descontraídos, marcados pela alegria, dão importância a
palavra de Deus e também aos dons espirituais.

E por último, poderíamos citar as igrejas em células, que propõe uma reorganização no formato
organizacional das igrejas. São igrejas que valorizam os relacionamentos, procurando recuperar o
ministério (serviço) de todos os cristãos. Além dos aspectos citados valorizam também a relação de
discipulado, onde cristãos mais maduros auxiliam os mais novos em seu crescimento espiritual. Uma
diferença importante entre uma igreja em células e uma igreja tradicional e/ou pentecostal é a NÃO
orientação das atividades da igreja para o formato templo/culto. A igreja em células não é orientada por
programas (atividades essencialmente realizadas no templo), mas procura deslocar o ministério para os
lares, para as células. O propósito é promover participação dos crentes, criar espaços para que as
pessoas possam servir. Uma igreja em células busca envolver as pessoas no exercício do ministério,
compartilhando responsabilidades (pastorais e outras).

Nossa igreja é uma igreja em células em sua organização eclesiástica, porém traz heranças importantes
tanto do movimento tradicional quanto pentecostal.

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Nossa família: INJ-AJ


As igrejas assumem características e estruturas diferentes uma das outras com a finalidade de se
adaptar a região, cultura, enfim, as circunstâncias em que esta inserida. No nosso caso, Igreja Nova
Jerusalém do Ana Jacinta, não foi diferente. Deus nos deu uma estrutura que favorece a adoração em
um grupo grande (culto) e a comunhão em grupos menores (células).

Marcas principais de nossa igreja


1-Valorizamos um ministério rico e equilibrado na palavra de Deus,

2-Cremos na importância do batismo no Espírito Santo como instrumento fundamental para a realização
da obra de Deus e consequentemente nos dons espirituais concedidos pelo Espírito ao corpo de Cristo,

3-Valorizamos a vida prática de santidade, isto é, cremos que nosso viver deve ser profundamente
marcado pelos valores do reino de Deus,

4-Valorizamos cultos descontraídos, mas reverentes, com adoração espontânea e louvor


congregacional,

5-Valorizamos a comunhão, reconhecendo nisto um dos fatores primordiais para a vitalidade dos
relacionamentos. Com o propósito de fortalecer os relacionamentos e estimular a cooperação e
companheirismo cristãos somos uma igreja estruturada em grupos pequenos (células) onde as pessoas
são edificadas na fé e podem exercitar seus dons servindo uns aos outros. Diante disso entendemos
que a célula é a base estrutural para a igreja (Atos 2:42-47) e não somente um ministério como os
demais, exigindo de todos os nossos membros um envolvimento efetivo nas mesmas.

6-Cremos na importância da libertação espiritual e cura interior como instrumentos para a restauração
do homem como um todo: espírito, alma e corpo; trazendo sanidade para aqueles que chegam ao
caminho, desfigurados pelo mundo, pelo pecado e pelo diabo,

7-Cremos e valorizamos o discipulado entre os cristãos como instrumento para o crescimento espiritual
e liberação de ministérios,

8-Reconhecemos a igreja como um instrumento de mudanças que começam na intercessão profética,


colidindo com os poderes das trevas e soltando os homens para abraçarem seu destino em Cristo,

9-Cremos em uma igreja solidária e que se envolve com os necessitados. Cremos que o amor cristão
deve ser materializado em ações concretas,

10-Desejamos ser uma comunidade do reino de Deus, uma comunidade de reconciliação com Deus, com
o próximo e com a criação.

Cultos
Reunir-se para cultuar a Deus (cultos públicos e para toda a família) é uma de nossas atividades
regulares principais (todos os domingos) cujo propósito é a adoração a Deus em primeiro lugar, e
também para ouvirmos a palavra de Deus.

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É fundamental a participação semanal do crente nestes cultos porque Deus fala com seu povo como
igreja, dando direção, exortando, consolando, fortalecendo e trazendo crescimento.

Células
As células são reuniões semanais que ocorrem nos lares, formadas por aproximadamente 10 pessoas,
com a finalidade de adoração, edificação, evangelismo e comunhão entre os irmãos. A célula possibilita
criar vínculos mais estreitos entre os cristãos com o propósito de crescimento espiritual através do
discipulado, acompanhamento e prestação de contas.

Oração
Cremos que a oração deve ser uma prática regular de cada cristão e também que devemos nos reunir
como crentes para buscarmos a direção de Deus para nossas vidas. Oramos em nossos cultos, oramos
em nossas células e também temos encontros semanais de oração.

Discipulado
O discipulado é uma relação de companheirismo e prestação de contas entre um membro mais
experiente e um membro mais novo. O discipulado visa o amadurecimento do crente para servir a Jesus
em seu reino. No discipulado, o discipulador poderá usar algum material didático (livro) ou
simplesmente ensinar seu discípulo através de seu estilo de vida, tendo encontros regulares e mantendo
um tempo para ensino da palavra e oração juntos. Deve ser alvo para o discípulo se tornar um
discipulador, discipulando aqueles que como ele, nasceram de novo e precisam de cuidados para os
primeiros passos na jornada cristã.

Ministérios
Para a igreja se desenvolver adequadamente é necessário o estabelecimento de alguns ministérios. Os
ministérios servem a igreja, cooperando com as células no cuidado e edificação das pessoas. Exemplos
de ministérios em nossa igreja:

1. Geração Criança - Cooperar como auxiliar e tornar-se um professor.

2. Geração Adolescentes – Células focadas em temas importantes para essa fase com atividades
especiais voltadas para esta faixa etária.

3. Geração Jovem - Responsável por atividades especiais voltadas para Jovens.

4. Intercessão -Dar cobertura de oração para todos os ministérios da igreja.

5. Louvor - Responsável pelo louvor e adoração na igreja.

6. Ministério da Família - Curso Aliança (casais), curso para Noivos, Finanças, Como criar seus filhos.

7. Diaconia – Apoio para o funcionamento das atividades da igreja.

9. Ensino - Classe de Integração, Escola de Crescimento.

10. Ações Sociais – Preocupa-se com os necessitados e promove ações de apoio.

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Diferenças básicas entre a fé Católica e Evangélica


Muitos membros de nossa igreja são provenientes da fé católica, e em função disso, consideramos
pertinente apontar alguns traços distintivos entre a fé católica e a fé evangélica.

Tanto os católicos, como os evangélicos (ou protestantes) são herdeiros de uma fé cristã comum,
porém, é preciso reconhecer a existência de algumas divergências significativas na interpretação das
Escrituras e também em algumas doutrinas espirituais.

1 – A Revelação:

Posição católica - A Bíblia, incluindo os apócrifos, é reconhecida como a fonte autorizada de revelação,
juntamente com a tradição e o ensino da igreja. O papa também faz pronunciamentos investidos de
autoridade ex-cathedra (da cadeira) sobre questões de doutrina e moral. Esses pronunciamentos são
isentos de erro. A igreja é a mãe, guardiã e interprete do cânon. Muitos estudiosos católicos romanos
posteriores ao Concílio Vaticano II afastaram-se do ensino tradicional da igreja nessa área, abraçaram a
perspectiva da alta crítica acerca das Escrituras e rejeitaram a infalibilidade papal.1

Posição evangélica – A Bíblia é a Palavra de Deus e como tal permanece (sola scriptura) isenta de erros
em todos os aspectos. A Escritura dirige toda a vida e ensino da igreja. A Bíblia possui autoridade em
todas as áreas que aborda.2 Os livros apócrifos, embora interessantes do ponto de vista histórico, não
são considerados como sagrados. Qualquer ensino moderno ou tradição da igreja deverão sempre estar
alinhados as Escrituras, pois elas são a única fonte autorizada de revelação.

2 – A Salvação

Posição católica – A graça salvadora é comunicada mediante os sete sacramentos, que são meios de
graça. O Batismo, a Confirmação (ou Crisma) e a Eucaristia referem-se à iniciação na igreja. A Penitência
(ou Confissão) e a Unção estão relacionados com a Cura. O Matrimônio e as Ordens são sacramentos de
compromisso e vocação. No sacramento da Eucaristia, o pão e o vinho tornam-se literalmente o corpo e
o sangue de Cristo (transubstanciação).3

Posição evangélica – A salvação é pela fé em Jesus Cristo. Como Paulo ensina em Efésios 2:8: Pois vocês
são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que
ninguém se glorie. E diz mais em Romanos 10:9-10: Se você confessar com a sua boca que Jesus é
Senhor e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos , será salvo. Pois com o coração
se crê para justiça, e com a boca se confessa para salvação. Portanto, a graça salvadora é recebida pela
fé, somente pela fé. Diferentemente do catolicismo reconhecemos duas (2) ordenanças bíblicas para os
crentes: O Batismo e a Ceia do Senhor (Eucaristia); sendo que os elementos da Ceia (Pão e Vinho)
apenas simbolizam (representam) o corpo de Cristo.

1
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.11

2
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.14

3
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.11

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3 – A igreja

Posição católica – Os quatro elementos essenciais da igreja são unidade, santidade, catolicidade e
apostolicidade. Fundamentalmente, a igreja é a hierarquia ordenada, atingindo o ápice no papa. A
organização está constituída em torno de uma autoridade sacerdotal centralizada, que teve o seu início
com Pedro. A autoridade do sacerdócio é transmitida por meio da sucessão apostólica na igreja.4

Posição evangélica – A igreja é composta dos eleitos de Deus que recebem a salvação. Por meio do
pacto com Deus, eles estão comprometidos a servi-lo no mundo. O batismo simboliza a entrada na
comunidade do pacto tanto para crianças quanto para os adultos. Em geral, os presbíteros eleitos pela
igreja ensinam e governam a comunidade local. A unidade da igreja deve basear-se no consenso
doutrinário.5

4 - Maria

Posição católica – No concílio de Éfeso (431 d.C.), Maria foi declarada a mãe de Deus assim como a mãe
de Jesus Cristo, no sentido de que o Filho que ela deu à luz era ao mesmo tempo Deus e homem. São
observadas quatro festas marianas (anunciação, purificação, assunção e o nascimento de Maria). Maria
ficou isenta do pecado original ou de pecado pessoal em virtude da intervenção de Deus (a imaculada
concepção). Maria é a misericordiosa mediadora entre o ser humano e Cristo, o Juiz.6

Posição evangélica – As igrejas evangélicas de maneira geral reconhecem a relevância e a importância


de Maria na história bíblica, cabendo a ela a missão poderosa de trazer Jesus Cristo, o filho de Deus, a
este mundo. Como disse Isabel em Lucas 1:42: Bendita é você entre as mulheres e bendito é o filho que
você dará a luz!; concordamos que Maria realmente foi agraciada pelo Senhor. Todavia, Maria, como
qualquer outro membro da família natural de Jesus (José, seu pai adotivo, e também os irmãos de Jesus)
necessitam do Salvador e do perdão liberado na cruz do Calvário. Quanto a questão de Maria como
mediadora, o posicionamento evangélico se apoia em 1ª Timóteo 2:5 que diz: Pois há um só Deus e um
só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus, o qual se entregou a si mesmo como
resgate por todos. Esse foi o testemunho dado em seu próprio tempo.

4
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.11

5
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.14

6
Teologia Cristã em Quadros. House, H Wayne, p.14

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A Reforma Protestante
No dia 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero (monge agostiniano) afixou na porta da Catedral de
Wittenberg, as 95 teses contra os erros da Igreja Romana. Estudiosos tem resumido os postulados de
Lutero em 5 pontos de fé inegociáveis:

1. Somente a Bíblia

2 Timóteo 3:16-17: Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado
para toda boa obra.

2. Somente Cristo

1 Timóteo 2:5: Pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens: o homem Cristo Jesus,

3. Somente a Graça

Efésios 2:8-9: Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;
não por obras, para que ninguém se glorie.

4. Somente a fé

Romanos 1:17: Porque no evangelho é revelada a justiça de Deus, uma justiça que do princípio ao fim é
pela fé, como está escrito: O justo viverá pela fé;.

5. Somente a Deus toda Glória

Isaías 42:8: Eu sou o Senhor; esse é o meu nome! Não darei a outro a minha glória nem a imagens o meu
louvor.

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Aulá 02 – Estruturá dá INJAJ

Toda igreja saudável precisa de uma estrutura que favoreça o seu desenvolvimento espiritual;
costumamos dizer que uma igreja deve estar sempre em “reforma”, isto é, estar sempre avaliando suas
práticas e suas estruturas para que estas se tornem auxilio e não empecilho para o cumprimento de sua
missão.

A busca por maturidade espiritual e maior eficácia no cumprimento de nossa missão neste mundo deve
ser um compromisso constante de toda a igreja.

Crescer sim, mas organicamente


Nem sempre crescimento numérico quer dizer crescimento espiritual, nem sempre participar de muitas
atividades religiosas quer dizer um coração amadurecido e totalmente rendido ao Senhor Jesus.

Como definir maturidade espiritual? Como avaliar até que ponto os membros de uma igreja estão
realmente firmados em Cristo? Existiria algum critério?

No livro Reveal: Where Are You?, baseado na experiência da igreja Willow Creek os autores definiram
alguns critérios importantes para avaliarem a espiritualidade dos membros de uma igreja tendo como
referência o grande mandamento, segundo o livro: Alguém é maduro espiritualmente quando ama a
Deus acima de todas as coisas, tendo o Senhor como referência absoluta para sua vida, e ama ao
próximo como a si mesmo, demonstrando isso de forma concreta.

Segundo Orlando Costas, um dos maiores teólogos latino-americanos a igreja deveria experimentar um
crescimento integral, definindo quatro (4) áreas principais:

a) Crescimento numérico, como resultado natural de sua vida. Crescimento de igreja sem saúde é mera
inchação; saúde sem crescimento é contradição de termos, pois o crescimento deve ser o resultado
natural de uma igreja saudável.

b) Crescimento orgânico, isto é, seu desenvolvimento interno. De acordo com ele, esta dimensão inclui
aspectos da vida interna da igreja, como "sua forma de governo, sua estrutura financeira, seus líderes, o
tipo de atividades na qual investe seu tempo e recursos e sua celebração cultural".

O desafio é tornar-se uma comunidade que faz diferença em seu contexto social, é tornar-se uma igreja
servidora que abençoa as pessoas que dela se aproxima e também aqueles que vivem ao seu redor.

Segundo pesquisas, cerca de 80% a 90% dos recursos financeiros, formação de líderes, uso do tempo e
do templo estão voltados para o deleite de nossas próprias igrejas. A igreja evangélica brasileira de
modo geral ainda não se conscientizou de sua missão fora dos portões como sal da terra e luz do
mundo. (cf. Mt 5.13,14). (REV. JOSIVALDO DE FRANÇA PEREIRA)

c) Crescimento conceitual: Segundo Costas crescimento conceitual quer dizer: “expansão na inteligência
da fé: o grau de consciência que a comunidade eclesial tem a respeito da sua existência e razão de ser,
sua compreensão da fé cristã, seu conhecimento da fonte dessa fé (as Escrituras), sua interação com a

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CLASSE INTEGRAÇÃO

história dessa fé e sua compreensão do mundo que rodeia. Esta dimensão dá à igreja firmeza
intelectual para enfrentar a todo tipo de doutrina e capacidade crítica para evitar a fossilização e
garantir a criatividade evangelizadora, orgânica e ética". 7

d) Crescimento diaconal: Esta é a dimensão encarnacional da igreja. Orlando Costas entendia que sem
este crescimento a igreja perderia sua autenticidade e credibilidade no mundo, já que "somente na
medida em que conseguir dar visibilidade e concreticidade à sua vocação de amor e serviço ela pode
esperar ser ouvida e respeitada". 8

Uma estrutura que viabiliza um crescimento saudável


Uma estrutura saudável é aquela que viabiliza esse crescimento em todas as áreas mencionadas por
Costas: numérica, orgânica (estrutura organizacional), conceitual (doutrina e fundamentos) e diaconal
(serviço).

Desejamos ser uma igreja que experimenta esse crescimento integral, uma igreja comprometida em
ganhar vidas para Cristo e que investe tudo o quer for necessário para que esses novos crentes tornem-
se discípulos fiéis do Senhor; e mais, desejamos ser uma igreja que reconhece seu papel e importância
social, participando ativamente do seu contexto histórico e cultural.

Reconhecemos que para uma obra tão profunda e transformadora, por mais organizados e bem
estruturados que sejamos somente o Espírito Santo poderá produzir em nossa igreja esse crescimento
saudável.

Que o Senhor nos conceda a graça de experimentarmos em nossa história como igreja aquilo que
Jonathan Edwards definiu como os cinco (5) princípios para a verdadeira obra de Deus:

1º - Exalta a Jesus Cristo,

2º - Honra as Escrituras,

3º - Ataca o reino das trevas,

4º - Apoia a sã doutrina,

5º- Demonstra amor a Deus e aos homens de maneira prática.

O desafio é grande, como é grande o nosso Deus. A boa notícia é que não estamos sozinhos nessa
empreitada, o próprio Jesus afirmou: Eu edificarei a minha igreja. E é confiando nesse compromisso de
Jesus e no apoio constante e irrestrito do Espírito Santo que ousamos crer em uma igreja que possa
honrar o seu chamado e sua vocação de ser sal da terra e luz do mundo.

7
Dimensões do Crescimento Integral da Igreja, Orlando Costas BH: Missão Editora, 1994, p. 113. 10.

8
Ibidem, p. 114.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Estrutura INJ-AJ
Qualquer instituição que pretenda se desenvolver e crescer precisa de governo, ou seja, pessoas
capacitadas e separadas para funções de liderança. Não é diferente com a Igreja. Para o governo da
igreja local a Igreja Nova Jerusalém do Ana Jacinta se estruturou através do modelo bíblico descrito pelo
apóstolo Paulo na carta de 1º Timóteo 3:1-16.

1- Bispo ou presbítero: Este grupo de pessoas tem o encargo e a responsabilidade espiritual pelo
rebanho de Deus além de supervisionar e administrar a igreja como um todo. Um aspecto
importante para o bom funcionamento desta equipe é que entre os presbíteros haja um
“coordenador”, que assuma a responsabilidade pela organização e funcionamento da equipe.
Em nossa igreja essa função recebe o nome de Pastor Sênior. Os presbíteros são pessoas que
cresceram espiritualmente e foram provados na igreja local. Para a constituição de um
presbítero são necessárias 3 condições básicas: o chamado de Deus, a aprovação da equipe de
governo (presbitério) e o reconhecimento da igreja. Os critérios exigidos para essa nobre
função, segundo 1º Tim 3:1-7 são: caráter irrepreensível, casado, moderado (equilibrado),
sensato, respeitável, hospitaleiro, que saiba ensinar, não apegado a bebida alcoólica, não
violento, amável, que promove a paz, não escravo do dinheiro, que governa bem sua casa, não
recém convertido e ter boa reputação.
2- Diácono: é a pessoa designada para servir e ministrar em coisas práticas ou espirituais. São
pessoas que atendem as necessidades do povo de Deus e zela pelo funcionamento de toda a
igreja. Em nossa igreja os diáconos são responsáveis pela recepção nas portas da igreja, pela
acomodação das pessoas, pela limpeza e organização em dias de cultos e atividades normais da
igreja, pela organização e serviço da ceia, dentre outras funções.

Além dos oficiais da igreja citados acima (presbíteros e diáconos) cremos na importância dos cinco (5)
ministérios dados por Cristo a Igreja para o seu desenvolvimento espiritual listados em Efésios 4:11-12.
O propósito dos 5 ministérios é capacitar os santos (os membros da igreja) para que eles possam
desempenhar plenamente a obra do ministério. São pessoas levantadas por Deus para treinarem,
capacitarem e estabelecerem a igreja de Cristo. São eles:

1- Apóstolos: A palavra “apóstolo” significa enviado. É a pessoa enviada por Deus para colocar o
fundamento da igreja. Ele é necessariamente um fundador, e não apenas no sentido de iniciar
alguma coisa, mas também no sentido de acompanhar o crescimento de uma igreja, cuidando
para que não haja deformações e falhas no desenvolvimento dela. O apóstolo luta pelo
fundamento correto e, da mesma maneira, para que os cristãos permaneçam sobre esse
fundamento. Essa foi, por exemplo, a luta de Paulo em favor dos crentes da Galácia (Gl 1:6-8;
3:1-3).
2- Profetas: profeta é aquele que anda com Deus e traz direção ao “povo”. Ele aponta, não conduz.
O profeta consola, encoraja, confirma e exorta (Efésios 2:20). Ainda, estabelece verdades
fundamentais (Efésios 2:20) , prediz acontecimentos futuros (Atos 11:27-28) e traz revelações
divinas.
3- Evangelistas: são pessoas levantadas por Deus para um ministério especial com perdidos e
doentes (Atos 8:5-8). Todos fomos chamados para testemunhar e anunciar o evangelho (Mateus
28:19-20) no entanto, os evangelistas fazem dessa prática um estilo de vida. Os olhos deles

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CLASSE INTEGRAÇÃO

estão constantemente voltados para fora da igreja, para os perdidos. São claros, objetivos e
convincentes ao anunciarem o evangelho.
4- Pastores: São pessoas separadas por Deus para cuidar (pastorear) da igreja local. O pastor é
aquela pessoa que alimenta, protege, cura as feridas, traz as ovelhas perdidas de volta e que
guia pelo caminho da justiça (salmo 23).
5- Mestres: São pessoas dotadas por Deus de uma graça especial para o ensino. Os mestres são
claros e se fazem entender facilmente na exposição das Escrituras, edificando e trazendo
crescimento ao povo de Deus. São pessoas profundas e dedicadas a Palavra de Deus.

Missão, Visão e valores da INJ-AJ


Para viabilizar esse crescimento integral buscamos definir uma missão, visão e valores que pudessem
expressar a igreja que desejamos ser e também nos dessem valores que pudessem nortear nosso estilo
ministerial, vejamos:

Missão
Amar a Deus e servir ao próximo.

Visão da INJ-AJ
Ser uma igreja de discípulos maduros que tem a simpatia da cidade, que influencia as gerações e
promove transformação social.

Podemos separar a visão em 4 partes as quais estabelecem prioridades na ação da INJ AJ:

1- Ser uma igreja de discípulos maduros: buscamos através de relacionamentos de discipulado e


do ensino sistematizado (Integração, Escola de Crescimento – Básico, Escola de Crescimento
Avançado e Retiros Espirituais) promover o crescimento e amadurecimento espiritual de nossos
membros.
2- Que tem simpatia da cidade: queremos ser conhecidos como aqueles que abençoam a cidade.
3- Que influencia as gerações: a INJ AJ está interessada em alcançar todas as gerações e promover
interação entre elas.
4- Promover transformação social: Somos chamados a fazer diferença em nossa cidade através de
ações que possam melhorar a qualidade de vida das pessoas e também participando de
iniciativas conjuntas (com outras entidades da sociedade civil) que visem o desenvolvimento de
nossa cidade e região.

Valores Centrais
1 – Integridade: Valorizamos a vida prática de santidade como expressão do caráter de Cristo em nós.
Entendemos que como cristãos nosso testemunho de vida deve ser coerente com os princípios bíblicos
em todas as áreas de nossas vidas.

2 – Excelência no servir: Devemos buscar oferecer ao Senhor e ao próximo nosso melhor serviço e o
melhor de nossas vidas, pois entendemos que tudo o que fazemos deve ser para a glória de Deus.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Reconhecemos Jr 29:4-7 como um mandamento contemporâneo para a igreja no contexto urbano, onde
ela deve estar presente pela oração, pela caridade e pela proclamação do Evangelho. Procuraremos a
Paz de nossa cidade proclamando o Evangelho sobre o fundamento dos nossos atos de compaixão pelos
pobres e oprimidos.

Desejamos que a igreja não se enrijeça numa visão denominacional, mas que seus membros abracem a
visão do Reino como um todo funcionando como Reis e Sacerdotes nos seus contextos familiares,
profissionais e ministeriais.

3 – Vida em comunidade: Valorizamos a comunhão entre nossos membros, reconhecendo-a como um


dos fatores primordiais da vitalidade da igreja primitiva (At 2:42), e reconhecemos os grupos pequenos
de comunhão como um dos meios de revitalização da igreja de hoje.

Compreendemos que a igreja só é forte na proporção que seus lares (famílias) sejam fortes, por isso
investimos em atividades que fortaleçam os relacionamentos conjugais e familiares.

4 – Discipulado: Valorizamos relações de companheirismo e prestação de contas, pois compreendemos


ser esse o melhor caminho para ajudar as pessoas a tornarem-se mais semelhantes a Jesus Cristo.

5 – Levar pessoas à Cristo: Deus enviou o Salvador, e cabe a igreja anunciar a Salvação. Cremos que o
evangelismo relacional é o meio mais eficiente de anunciarmos o evangelho, e entendemos que a igreja
e seus membros precisam estar plenamente engajados nesse compromisso de apresentar Jesus Cristo
aos seus amigos, vizinhos e familiares e em todos os lugares que o Senhor determinar.

Reconhecemos a igreja como um instrumento de mudanças que começam na intercessão profética,


colidindo com os poderes das trevas e soltando os homens para abraçarem seu destino em Cristo.

Além destes valores centrais cremos na importância de um ministério rico e equilibrado na pregação da
Palavra de Deus, como instrumento de amadurecimento espiritual de nossos membros, e valorizamos
cultos descontraídos (alegres), mas reverentes, com adoração espontânea e louvor congregacional.

Estrutura de Governo

Assembleia Geral
(Conselho Representativo)

•Conselho de Presbíteros

Pastor Sênior

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Assembleia Geral
É formada por todos os membros ativos da IGREJA LOCAL maiores de 18 anos. A assembleia é presidida
pelo Pastor Sênior. Sua competência será aprovar os membros do presbitério, reformar o estatuto,
deliberar sobre a extinção da igreja e destituir os membros da administração. A Assembleia Geral
indicará alguns de seus membros para comporem um Conselho Representativo da Assembleia, formada
por um número reduzido de membros cujo propósito será dar mais dinâmica ao funcionamento da
igreja.

O Conselho de Presbíteros
O Conselho de Presbíteros é órgão colegiado da INJ sendo formado por todos os presbíteros aprovados
publicamente em Assembleia Geral.

A presidência deste Conselho de Presbíteros será exercida pelo presbítero que traz sobre si a
responsabilidade de “Pastor Sênior”, o pastor titular da igreja, e que será escolhido dentre os membros
do próprio Conselho.

Cabe ao Presidente do Conselho a indicação de novos presbíteros, obedecendo às qualificações bíblicas


descritas em 1º Timóteo 3:2-7 e Tito 1:5-9. Essa indicação deverá ser aprovada primeiramente pelos
integrantes do Conselho, e confirmadas posteriormente em Assembleia Geral.

Os presbíteros que compõem o Conselho terão permanência vitalícia; salvo no caso de imoralidade,
pedido espontâneo de afastamento ou em situações cujo procedimento ferir os princípios do evangelho
(Mateus 18:15-18), a juízo do Conselho de Presbíteros.

Compete ao Conselho as seguintes atribuições principais:

1º - Determinar a forma de administração e cuidado pastoral da igreja,

2º - Zelar pela preservação de padrões espirituais elevados,

3º - Elaborar o planejamento estratégico para a Igreja,

4º - Elaborar o Orçamento Anual,

5º - Tratar das questões disciplinares que envolvam os membros da Igreja,

6º - Aprovar o envio e o apoio a novos missionários,

7º - Estabelecer valores e critérios para a remuneração do ministério pastoral, para


isso o Conselho deverá escolher membros da igreja com reconhecida competência e sem
nenhum vínculo com a administração da Igreja (mínimo 3 pessoas) para comporem o Conselho
de Finanças, cuja responsabilidade exclusiva será definir a questão de remuneração dos
pastores.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Conselho fiscal
O conselho fiscal é constituído por 6 membros, sendo 3 titulares e 3 suplentes, indicados pelo
presbitério e aprovados pelo conselho representativo. Sua competência é examinar os livros de
escrituração e opinar sobre balanços e desempenho financeiro.

O Pastor Sênior
O pastor sênior lidera as reuniões do Conselho de presbíteros, convocando quando necessário e
estabelecendo a pauta das reuniões. Deve liderar espiritualmente a igreja com o apoio do Conselho,
estabelecendo diretrizes e ações que permitam que a igreja cumprir a sua visão e também caminhar
dentro dos valores centrais estabelecidos.

Cabe ao pastor sênior a administração financeira da igreja, zelando pela saúde financeira da instituição,
aprovando investimentos e despesas necessários para o bom funcionamento dos ministérios
estabelecidos. Decisões financeiras de maior envergadura e que possam exigir um grande esforço da
igreja serão sempre decididos de comum acordo com o Conselho de Presbíteros, e eventualmente em
Assembleia Geral.

Além dessas funções é responsabilidade do pastor sênior estabelecer líderes ministeriais para o
funcionamento adequado da igreja, em suas diversas frentes de atuação: Louvor, Diaconia, Ministério
Infantil, Ministério com Jovens, Mídia e outros.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Atividades Regulares da Igreja

Culto de
Celebração
Domingo 10h e 19h

Discipulado Oração
Encontros via estrutura celular
com o propósito de prestação de (Reuniões regulares de homens,
contas e cuidado para todos os mulheres, jovens e adolescentes)
membros

Células
(reuniões nas casas)

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Atividades de treinamento/formação espiritual INJ

•É o primeiro estágio para aqueles que desejam tornar-se


Integração membros de nossa igreja.
•Preparatório para o Batismo nas águas

Encontro com •Retiro espiritual que acontece em um final de semana.


Todos os que passaram pela Integração são desafiados
Deus para este tempo com Deus.

Escola de •Esta escola tem o propósito de capacitar os membros de


nossa igreja e proporcionar maior conhecimento das
Crescimento Escrituras.

Casamento, filhos •Cursos modulares que tratam de assuntos relacionados a


casamento, educação de filhos e vida financeira.
e finanças

Treinamento de • Capacita e treina novos líderes de célula


lideres de célula

Treinamento para • Treina e capacita novos supervisores


supervisores

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Outras Atividades Importantes

• Encontro de adolescentes para celebrarem


Culto de Adolescentes
ao Senhor e comunhão

• Encontro de jovens para celebrarem ao


Culto Geração Jovem
Senhor e comunhão

Geração Criança • Todos os domingos durante os cultos atendendo


com o propósito de ministrar nossas crianças.

Reunião Mensal de • Toda a liderança de célula encontra-se uma vez por


Liderança mês para serem ministrados pelo pastor sênior.

Reuniões pastores de •Mensalmente os pastores de área se reunem com os


supervisores para discipulado e prestação de contas de sua
área, supervisores e supervisão. O mesmo acontece com os supervisores e
líderes de célula líderes.

• Reuniões periodicas pra tratar particularmente de


Reuniões de ministérios cada ministérios (ministério de louvor, infantil, etc)

Encontro de Gerações • Retiro anual que acontece no periodo de carnaval

• Acontece anualmente com a finalidade de equipar e


Conferência de células capacitar líderes da igreja

Encontro de Homens e • Atividade anual que acontece para ministração e


Mulheres comunhão

• Evento anual com o propósito de levar o evangelho


Lares que brilham para lares da nossa cidade

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Propósitos da Célula

Edificação Discipulado

Adoração Oração

Comunhão Célula

Serviço Evangelismo

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 03 – Visáo Celulár


Origens e benefícios
A visão celular surge basicamente do texto de Atos 2:42-47 onde vemos as quatro (4) atividades básicas
vivenciadas pela igreja primitiva: Ensino, Comunhão, Partilhar o pão (Ceia) e Orações.

Atos 2:42-47 – “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que
criam mantinham-se unidos e tinham tudo em comum. Vendendo suas propriedades e bens, distribuíam
a cada um conforme a sua necessidade. Todos os dias, continuavam a reunir-se no pátio do templo.
Partiam o pão em suas casas, e juntos participavam das refeições, com alegria e sinceridade de coração,
louvando a Deus e tendo a simpatia de todo o povo. E o Senhor lhes acrescentava todos os dias os que
iam sendo salvos. A igreja reunia-se todos os dias no pátio do templo e partiam o pão em suas casas.”

Em Atos 5:42 esse conceito é reafirmado: “Todos os dias, no templo e de casa em casa, não deixavam de
ensinar e proclamar que Jesus é o Cristo”.

O que percebemos nessas passagens bíblicas é um novo padrão de adoração e serviço a Deus sendo
estabelecido, embora o templo continuasse sendo relevante para os primeiros cristãos (uma vez que os
primeiros discípulos eram majoritariamente judeus), os lares tornaram-se lugares fundamentais para o
desenvolvimento da igreja.

O que percebemos é que de “casa em casa” as boas novas foram sendo espalhadas por todo o mundo.
Através dos grupos pequenos, os apóstolos encontraram um meio viável para edificar os novos
discípulos. Uma proposta simples e poderosa, onde cada casa se tornava um lugar para encontrar-se
com Deus.

Cremos que grupos pequenos de cristãos reunidos nos lares foram fundamentais para a saúde espiritual
dos novos convertidos. Juntos, eles partilhavam a nova fé, desfrutavam da amizade e do
companheirismo, orando, partilhando o pão e aprendendo uns com os outros. O que veremos a partir
de então, é que esse modelo simples que começa em Jerusalém, espalha-se por todos os lugares para
onde a igreja avança:

1º Coríntios 16:19 - “Áqüila e Priscila os saúdam afetuosamente no Senhor, e também a igreja que se
reúne na casa deles.”.

Colossenses 4:15 - “Saúdem os irmãos de Laodicéia, bem como Ninfa e a igreja que se reúne em sua
casa.” .

Filemom 1:2 - “... à irmã Áfia, a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que se reúne com você
em sua casa.”.

21
CLASSE INTEGRAÇÃO

Áquila, Priscila, Ninfa e Filemom são pessoas comuns que abriram suas casas para receberem os novos
convertidos, e que foram fundamentais no cuidado pastoral daquelas pessoas. Que privilégio quando os
lares da Igreja tornam-se parte do projeto de Deus, quando colocamos nossas vidas e tudo o que temos
a disposição do Senhor para que sua obra seja estabelecida.

Igreja nas casas, uma oportunidade para servir


Um dos maiores benefícios da estrutura celular é resgatar o sacerdócio de cada crente, pois nas células
cada um tem a oportunidade de compartilhar aquilo que tem recebido da parte de Deus. Em uma igreja
convencional normalmente temos um pequeno grupo de pessoas (10%) que realiza a maior parte das
tarefas ministeriais, e o restante (90%) torna-se um consumidor dos serviços religiosos.

Numa igreja em células todos os crentes são desafiados a envolverem-se ativamente na obra de Deus,
ministrando e cuidando de vidas, todos. Uma frase que revela essa intencionalidade é a seguinte: Cada
casa uma igreja, cada membro um ministro.

Veja a passagem de 1ª Coríntios 14:26: “Portanto, que diremos, irmãos? Quando vocês se reúnem, cada
um de vocês tem um salmo, ou uma palavra de instrução, uma revelação, uma palavra em língua ou
uma interpretação. Tudo seja feito para a edificação da igreja”.

Ainda que essa realidade possa ser vivenciada em nossos cultos públicos com toda a igreja reunida, nos
parece razoável que o grupo pequeno (células) favorece e permite esse uns-aos-outros, onde cada
membro coloca seus dons espirituais a serviço do corpo de Cristo.

Igreja nas casas, experimentando um forte senso de comunidade


A Igreja em Células está estruturada em grupos pequenos para edificação, comunhão e evangelismo.
Assim como o corpo humano é formado por muitas células, cremos que o corpo de Cristo (sua igreja)
também é formado pela unidade de diversas células.

Essas células reúnem-se em lares espalhados pela cidade levando o testemunho de Cristo em várias
direções. Além dos encontros semanais nos lares, nos reunimos também todos os domingos (todas as
células juntas) para celebrarmos ao Senhor Jesus.

O encontro semanal das células é uma oportunidade única para crescermos na palavra de Deus,
servirmos ao próximo, fazer novos amigos e compartilhar nossas vidas. É uma maneira simples para
celebrarmos a vida cristã.

O Pr. Joel Comiskey, um dos maiores estudiosos sobre igrejas em células ao redor do mundo, aponta
três (3) razões principais que demonstram a importância desse formato de organização da igreja para os
nossos dias:

1º - O Conceito da Trindade

Nosso Deus é um Deus social! Ele vive em relacionamento com os outros membros da Trindade. Deus
não é independente, solitário. Um dos valores-chave da igreja em células é a necessidade que as
pessoas têm de viver comunidade em vez de se esconder no anonimato. A intimidade de uma célula
favorece e encorajava que todos possam se conhecer melhor. A Trindade também nos revela um Deus
que busca alcançar o perdido (João 3:16). A igreja em células encoraja cada membro a alcançar outras

22
CLASSE INTEGRAÇÃO

pessoas por meio do evangelismo relacional. As células esperam que todos seus membros desenvolvam
relacionamentos com não cristãos porque essa atividade reflete o coração de Deus.

2º - Sacerdócio de todos os crentes

É muito fácil para as pessoas permanecerem sentadas em nossas igrejas, não precisamos de muito
esforço para isso. Algumas igrejas crescem muito enchendo seus bancos de gente. No entanto, as
Escrituras nos ensinam que todos os crentes são sacerdotes. As células valorizam a participação de cada
crente. Parte do sacerdócio de todos os crentes é o uso dos dons espirituais. As células são o melhor
ambiente para o uso dos dons espirituais. De fato, todos os textos do Novo Testamento acerca dos dons
foram escritos para igrejas nas casas. Igrejas em células estão redescobrindo essa importante verdade.

3º - Fazer discípulos

A última ordem de Cristo aos seus discípulos foi: façam discípulos de todas as nações. Creio que a
essência do ministério em células é fazer discípulos que fazem discípulos. As células são geradoras de
líderes e o melhor lugar para preparar discipuladores. A multiplicação está no centro do ministério de
células porque novas células provêm o ambiente para fazer novos discípulos.

Conceitos importantes sobre as células


Poderíamos definir uma célula como sendo: um grupo de pessoas identificadas com a igreja local, que
possui identidade e ambiente familiar, que proporciona cobertura espiritual para seus membros e que
ganha novas pessoas para Cristo. Dessa forma cremos que:

1º - Células não são independentes Deus estabeleceu uma estrutura de liderança para sua igreja, como
vemos em Efésios 4:11-13: “E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para
evangelistas, e outros para pastores e mestres, com o fim de preparar os santos para a obra do
ministério, para que o corpo de Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e do
conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo”.
Essa estrutura de liderança tem a missão de preparar os santos para a obra do ministério; e fica
evidente que esses líderes são responsáveis pela saúde espiritual do rebanho. Toda célula tem um líder
delegado, alguém comissionado pelos pastores da igreja para que caminhe junto com outras pessoas.
Mas o líder da célula não é independente, nem a célula é independente. O líder presta contas aos
pastores, e todas as células reúnem-se semanalmente (no culto público) para que todos juntos
possamos testemunhar do que Deus está fazendo em nós, e através de nós.

2º - As células possuem uma dinâmica especial Como temos aprendido a igreja possui duas expressões
de adoração e serviço: O grupo grande (culto público) e o grupo pequeno (células). A dinâmica no grupo
grande é diferente da dinâmica do grupo pequeno. No primeiro ouvimos a voz de Deus através da
pregação, da adoração coletiva, exaltamos o Deus transcendente, o Deus que habita nas alturas. Neste
grupo grande reafirmamos nosso compromisso como igreja local, e somos desafiados por Deus a
cumprirmos nosso chamado. No segundo (células) experimentamos o amor de Deus através da
comunhão com outras pessoas, sentimos o Deus imanente, o Deus que está sempre conosco, ao nosso
lado, no dia a dia, na caminhada com outros irmãos.

23
CLASSE INTEGRAÇÃO

3º - Células e a sensação de pertencimento: Na célula todos são conhecidos pelo seu nome, e o grupo
torna-se uma família estendida. Conhecemos a casa uns dos outros, conhecemos os seus filhos e
conhecemos suas lutas. O Novo Testamento indica 28 mandamentos recíprocos, tais como: “Amai-vos
uns aos outros”, “servi uns aos outros”, submetei-vos uns aos outros, etc. A proximidade que a célula
proporciona cria o espaço e o ambiente para que possamos praticar os mandamentos recíprocos. A
sensação de pertencimento e de cuidado mútuo é importante para o nosso crescimento espiritual.
Sentimos que não estamos sozinhos, que se preocupam conosco e que nos oferecem suporte espiritual
para prosseguirmos em nossa jornada.

4ª – Células e as novas pessoas: Uma célula saudável é uma célula que ganha novas pessoas para Cristo.
Uma rápida leitura do livro de Atos revelará como a igreja crescia pela ação de Deus e pelo testemunho
dos irmãos:

Atos 4:4: “Mas, muitos dos que tinham ouvido a mensagem creram, chegando o número dos homens
que creram a perto de cinco mil.”

Atos 5:14: “Em número cada vez maior, homens e mulheres criam no Senhor e lhes eram acrescentados”.

Atos 6:7: “Assim, a palavra de Deus se espalhava. Crescia rapidamente o número de discípulos em
Jerusalém; também um grande número de sacerdotes obedecia à fé.”

Atos 9:31: “A igreja passava por um período de paz em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se edificava
e, encorajada pelo Espírito Santo, crescia em número, vivendo no temor do Senhor.”

Atos 16:5: “Assim as igrejas eram fortalecidas na fé e cresciam em número cada dia”.

Cremos que esse registro sistemático do crescimento experimentado pela jovem igreja evidência a
importância de cultivarmos em nossas células uma atitude em favor dos perdidos, orarmos pelos que
estão fora da igreja, servirmos aqueles que vivem próximo da nós, e, pregarmos o evangelho a tempo e
fora de tempo. E tudo isso em um ambiente de cuidado mútuo e de edificação, o que nos permite
crescer qualitativamente e também quantitativamente.

Considerações finais
A razão principal pela qual escolhemos ser uma igreja em células é porque que cremos que esse modelo
nos permite vivenciar melhor o projeto de Deus para nossas vidas. Cremos que em uma sociedade
individualista como a nossa, promover a comunhão e a integração de pessoas é extremamente
saudável. Vimos pelos inúmeros textos bíblicos apresentados nesta aula, que grupos pequenos de
cristãos reunindo-se nas casas tornaram-se uma estratégia poderosa utilizada por Deus para a expansão
na igreja no primeiro século.

É obvio que a igreja do século XXI está inserida em um contexto muito diferente da igreja primitiva,
porém podemos aprender com eles alguns princípios importantes para o desenvolvimento saudável da
igreja, como: dedicação em conhecer as verdades bíblicas, vida em comunidade e oração, muita oração.

24
CLASSE INTEGRAÇÃO

“ A tarefa missionária para a qual Jesus Cristo chama seus seguidores é gigantesca – tão grande como
um elefante. As próprias dimensões são deprimentes e paralisantes. Na África corre um provérbio para
essas situações: “Como se come um elefante?” Muito simples: corte-o em pequenos pedaços! Para o
nosso desafio isso significa que a tarefa de tornar todas as nações em discípulos, fazendo surgir em toda
parte igrejas do Cristo ressuscitado, precisa ser distribuída sobre muitos ombros pequenos e grandes.
Cada pessoa, cada igreja, cada grupo trabalha onde Deus o colocou para realizar aquilo que somente ele
e mais ninguém é capaz de fazer. Os diversos pedaços (do elefante) deveriam ser tão grandes ou tão
pequenos como nós podemos suportar, talvez um pouquinho maiores, para não ficarmos insolentes e
acharmos que podemos realizá-lo por força própria.” Wolfgang Simson

25
CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 04 – Decláráçáo de Fe
O QUE CREMOS....

As declarações descritas abaixo se referem aos fundamentos da Doutrina (ensinos) da fé cristã que
professamos com suas respectivas referencias bíblicas:

I. Na veracidade da Bíblia

Cremos que a Bíblia sagrada foi escrita por homens inspirados por Deus. A Bíblia é um tesouro perfeito
de instrução para vida prática e espiritual, sendo Deus seu verdadeiro autor. A Palavra de Deus, como é
também chamada, tem por objetivo a salvação dos homens. Cremos que o seu conteúdo é a verdade
sem qualquer mescla de erro e que revela os princípios, vontade, propósitos e promessas de Deus para
o homem.

2º Tim 3:16, 17 – “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a
correção e para a instrução na justiça, para que o homem de Deus seja apto e plenamente preparado
para toda boa obra.”.

2º Pe 1:20-21; At. 1:16; At. 17:11; Sl. 119:111; Sl 119:105; Sl 119:11; 2º Tm. 3:15; Rm. 1:16;Rom 15:4;
Mc. 16:16; Jo. 5:38- 39; Jo. 17:17; Jo. 12:47, 48; Pv. 30:5, 6; Is 40:8; Lc 11:28.

II. No verdadeiro Deus

Cremos que há um e somente um Deus, vivo e verdadeiro, Espírito infinito e inteligente, cujo nome é
Jeová, Criador e Senhor supremo dos céus e da terra, glorioso em santidade e digno de toda honra,
confiança e amor; que na Unidade Divina há três pessoas, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, iguais em
todas as perfeições divinas e que executam ofícios distintos, mas harmônicos na grande obra da
Redenção.

Jeremias 10:10 – “Mas o Senhor é o Deus verdadeiro; ele é o Deus vivo; o rei eterno. Quando ele se ira, a
terra treme; as nações não podem suportar o seu furor”.

Jo. 4:24; Jo. 15:26; Sl. 147:5; Sl. 83:18; Hb. 3:4; Rm. 1:19-20; Is. 6:3; I Pe. 1:15, 16; Mc. 12:30; Ap. 4:11;
Mt. 10:37; I Co. 2:10, 11; Ef.2:18 .

III. No Espírito Santo

Cremos que o Espírito Santo é o Espírito de Deus. Ele inspirou homens santos na antiguidade para
escrever as Escrituras. Exalta a Cristo. Convence do pecado, da justiça e do juízo. Atrai homens ao
Salvador e efetua regeneração. Cultiva o caráter cristão, conforta os crentes e concede os dons
espirituais pelos quais eles servem a Deus através de sua igreja. Sela o salvo para o dia da redenção
final. A presença dele no cristão é a segurança de Deus para trazer o salvo à plenitude da estatura de
Cristo. Ele ilumina e reveste de poder (Batismo no Espírito Santo) o crente e a Igreja para a adoração,
evangelismo e serviço.

João 14:26 – “Mas o Conselheiro, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, lhes ensinará todas
as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse.”

26
CLASSE INTEGRAÇÃO

Sl. 51:11; Is. 61:1-3; Jl. 2:28-32; Mt. 1:18; 3:16; 4:1; 12:28-32; Jo. 4:24; 14:16, 17; 16:7-14; At. 1:8; 2:1-4;
5:3, 7:55, 8:17, 39; 10:44; 13:2; 16:6; 19:1-6; Rm. 8:9-11; I Co. 2:10-14; 3:16; 12:2-11; Gl. 4:6; Ef. 1:13,
14; 4:30; 5:18; Hb. 9:14; II Pe. 1:21; I Jo. 4:13; 5:6, 7.

IV. Na queda do homem

Cremos que o homem foi criado em santidade mas caiu desse estado santo e feliz, por ter pecado
voluntariamente. Como consequência toda a humanidade tornou-se pecadora. Essa herança resultante
da queda do homem trouxe a inclinação à prática do mal, levando assim, toda criatura a ser condenada
com justiça à ruína eterna.

Romanos 5:19 – “Logo, assim como por meio da desobediência de um só homem muitos foram feitos
pecadores, assim também, por meio da obediência de um único homem muitos serão feitos justos.”

Gn. 1:27, 31, 3:1-19, 6:12; At. 17.26; Rm. 5:19, 3:9-18, 1:18, 2:1-16; Is. 53:6; Ez. 18:30.

V. Na salvação por Cristo Jesus

Cremos que a salvação dos pecados é inteiramente de graça, pela mediação do Filho de Deus, o qual,
segundo a vontade do Pai, assumiu livremente a natureza humana, mas sem pecado, obedeceu as leis
divinas, e por sua morte realizou completa expiação dos nossos pecados. Cremos que ressurgiu dos
mortos, está agora assentado nos céus e que está completamente capacitado para ser o Salvador
adequado, compassivo e em tudo suficiente dos homens.

Mateus 18:11 – “O Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido.”

Ef. 2:5,; Ef. 2:8-9; I Jo. 4:10; At. 15:11; Jo. 3:16; Jo. 1:1-14; Hb. :9,14; II Co. 5:21; Gl. 4:4-7; Mt. 20:28; Rm.
3:21-25; I Co. 15:1-3.

VI. Na justificação

Cremos que a grande benção do Evangelho, que Cristo assegura aos que nele crêem, é a Justificação;
que esta inclui o perdão dos pecados e a promessa da vida eterna, baseada nos princípios da justiça e
não em nossas obras, mas exclusivamente pela fé no sangue do Redentor Jesus Cristo. A humanidade
merecia a condenação eterna mas Jesus derramou seu sangue para justificar o pecador, livrando-o da
morte eterna.

Romanos 5:9- “Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda seremos salvos da ira
de Deus por meio dele!”

At. 13:39; Is. 53.11, 12; Rm. 5:9; Rm. 5:1-2; Tt. 3:5, 6; I Co. 1:30, 31; Rom 5:18.

VII. A salvação é de graça

Cremos que a salvação é concedida de graça a todos por meio do Evangelho, através de Jesus Cristo.

Efésios 2:8 – “Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus;”

Tt 2:11; Ef 1:7; Ef 2:5; Rom 11:6; Rom 3:24; Rom 5:15; Rom 8:32; II Tim 1:8-9.

27
CLASSE INTEGRAÇÃO

VIII. Na regeneração

Cremos que os pecadores para serem salvos precisam ser regenerados, isto é, nascer de novo; e que
esse processo se efetua pelo poder do Espírito Santo de um modo que transcende a nossa
compreensão, em sintonia com a verdade divina. Cremos que a evidência da regeneração transparece
nos frutos santos do arrependimento e da fé em novidade de vida.

Ezequiel 36:26 – “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da
vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de carne.”

Jo. 3:1-7; II Co. 5:17; Ef. 4:22-24; Cl. 3:9-11; Tt 3:5; Mt 19:28.

IX. No arrependimento

Cremos que o arrependimento é a porta de entrada para o Reino de Deus. O arrependimento é a


contrição da nossa alma, produzido pelo Espírito de Deus, com o propósito de nos mostrar a culpa
gerada pelo pecado. Arrependimento envolve contrição, confissão, renuncia do pecado e súplica por
misericórdia. Assim recebemos o perdão de Deus quando o arrependimento é genuíno e sincero.

Mateus 3:8 - "Dêem fruto que mostre o arrependimento!"

Mc. 1:15; At. 2:37; 38; Lc. 18:13; Tg. 4:7-10; Rm. 10:9-11; Lc 5:32; At 5:31.

XI. Na santificação

Cremos que a Santificação é o processo pelo qual somos purificados e nos tornamos cada vez mais
parecidos com Jesus. A santificação é uma obra progressiva que se inicia na regeneração; que é
continuada nos corações dos crentes pela presença do Espírito Santo. Os meios pelo quais o Espírito
Santo santifica o crente são as disciplinas espirituais: Palavra de Deus, o exame próprio, a renúncia, a
vigilância e a oração.

Hebreus 12:14- “Esforcem-se para viver em paz com todos e para serem santos; sem santidade ninguém
verá o Senhor.”

“ I Ts. 4:3 e 7; II Co. 7:1; Ef. 1:4; Hb. 6:1; Fl. 1:9-11; Mt. 26:41 ; Rom 6:22; 6:19 ; I Pe 1:2.

XII. Na perseverança dos santos

Cremos que só são crentes verdadeiros aqueles que perseveram até o fim; que a sua ligação;
perseverante com Cristo é o grande sinal que os distingue dos que professam sua fé superficialmente.

Lucas 21:19 – “É perseverando que vocês obterão a vida.”

Jo. 8.31; I Jo. 2:28; Lc 8:15; Ef 6:18; Rom 2:7; Ap 3:10 e 12; 14:12.

XIV. Na igreja Cristã

Cremos que uma igreja visível de Cristo é uma congregação de crentes batizados, que se associam por
um pacto na fé e comunhão do Evangelho, que observam as ordenanças de Cristo e são governados por
Ele; que usam os dons, direito e privilégios a eles concedidos pela Palavra. Cremos que Jesus é o cabeça
da igreja, que dá direção e conduz seu corpo pelo caminho da verdade e que devemos submissão a Ele.

28
CLASSE INTEGRAÇÃO

Efésios 3:10- “A intenção dessa graça era que agora, mediante a igreja, a multiforme sabedoria de Deus
se tornasse conhecida dos poderes e autoridades nas regiões celestiais,”

I Co 10:32; 14:12 ; Ef 3:10; Ef 5:24; 5:29; 1:22; I Tm. 3:5; At. 2:41-47; I Co. 14:12; Fl. 1:27; At 14:23.

XVIII. No mundo vindouro

Cremos que se aproxima o fim do mundo; que nos últimos dias, Cristo descerá dos céus e levantará os
mortos do túmulo para a recompensa final; que ocorrerá então uma solene separação; que os ímpios
serão entregues a punição eterna e os justos à bem-aventurança para sempre.

Apocalipse 21:21 – “Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, preparada
como uma noiva adornada para o seu marido.”

I Pe 4:7; Hb. 1:10-12; Hb. 9:28; Mt. 25:31-34 ; Mt. 28:20 ; Mt. 13:37-43; I Jo. 2:28; II Pe. 3:3-13; II Pe. 2:9;
At. 1:11; At. 24:15; Ap. 20:11,12; I Ts. 4:13-17; 5:1-11; Jo. 5:28, 29; II Co. 5:10, 11.

29
CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 05 – O Novo Náscimento


Entendendo a História
Para entendermos o novo nascimento temos que voltar na história da humanidade, no livro de Gênesis,
quando o homem desobedeceu a Deus comendo do fruto da árvore de que Deus ordenara não comesse
(Gen 2:7, 9, 16-17, 3:1-19).

Deus havia criado o homem para ter comunhão com ele através de seu espírito, porém quando o
homem desobedeceu, seu espírito morreu; quando entrou o pecado no coração do homem, Deus não
podia mais manter comunhão com ele.

Romanos 5: 12 “Portanto, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte,
assim também a morte passou a todos os homens por isso que todos pecaram.”

Mas Deus, impulsionado pelo seu amor, providenciou um caminho para voltarmos a Ele. Este caminho
chama-se Jesus Cristo.

Romanos 5: 18 e 19 “Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para
condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para
justificação de vida. Porque, como pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores,
assim pela obediência de um muitos serão feitos justos.”

O Novo Nascimento
João 3: 1 a 6 “ E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. Este foi
ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém
pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade,
na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Disse-lhe
Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de
sua mãe, e nascer? Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água
e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do
Espírito é espírito.”

Segundo as escrituras, o novo nascimento refere-se ao nascimento do espírito humano. O espírito


humano que foi separado de Deus quando Adão e Eva pecaram. O novo nascimento acontece quando
cremos em Cristo através da pregação da Palavra de Deus, entregamos nossa vida a Ele e nos
arrependemos.

Imediatamente o Espírito Santo, que é Deus, vem habitar em nós fazendo que o nosso espírito que
estava morto seja vivificado. Trata-se de um ato divino e espiritual, portanto, o homem não pode
produzi-lo por si mesmo. Deus concedeu ao homem o livre arbítrio. Depois de conhecer a verdade o
homem pode ou não decidir entregar sua vida a Cristo. Uma vez que decide aceitar a Jesus como Senhor
e Salvador de sua vida, começa um processo de transformação no interior dessa pessoa.

30
CLASSE INTEGRAÇÃO

Deus fez sua parte enviando seu Filho Amado para dar vida a cada um de nós. Jesus também fez sua
parte oferecendo-se na Cruz do Calvário e pagando o preço do pecado. Mas quanto a nós, qual é a nossa
participação no novo nascimento?

Passos para o Novo Nascimento


A Bíblia nos ensina que precisamos dar pelo menos 5 passos para a salvação:

1- Arrependimento;
2- Fé;
3- Confissão dos pecados;
4- Renunciar os pecados;
5- Confessar Jesus publicamente;

ARREPENDIMENTO

Arrependimento significa: “Verdadeira tristeza sobre o pecado, incluindo um esforço sincero para
abandoná-lo”. Envolve reconhecer que pecamos e que precisamos do perdão de Deus. O
arrependimento não acontece uma só vez, é o primeiro fundamento lançado para se iniciar a
construção da vida espiritual e é um fundamento que vamos sempre usar no viver diário com Cristo.

Existe uma experiência inicial que nos introduz no Reino de Deus, mas o espírito de arrependimento
deve nos acompanhar em todo tempo. A palavra arrependimento deriva da palavra grega metanóia que
significa mudança de mente ou literalmente ter outra mente. Charles Finney define o arrependimento
desta maneira: “Mudar sua mente do que você tem acreditado sobre qualquer tema, para o que Deus
tem revelado sobre aquele tema”.

Arrependimento não é convicção de pecado, nem sentimento de culpa, nem remorso. O


arrependimento envolve reconhecer o pecado mais vai além, precisa abandoná-lo, precisa haver uma
mudança no modo de pensar.

Uma história para Ilustrar o arrependimento: Um viajante descobre que entrou em um trem errado. Ao
compreender que esta viajando em direção oposta ao seu destino, ficou perturbado e entristecido. Na
primeira parada, desceu do trem e embarcou no próximo com o destino correto. Observamos nesta
ilustração 3 elementos que constituem o arrependimento;

1- Intelectual: o viajante compreendeu que estava viajando em sentido contrário ao seu destino.
Este elemento corresponde ao momento em que ouvimos a pregação da Palavra de Deus e
entendemos que estamos caminhando do lado oposto ao de Deus, ou melhor, estamos
caminhando com a costa voltada para Deus.
2- Emocional: quando o viajante entendeu que estava no caminho errado se entristeceu. Quando
entendemos que estamos caminhando contrário a vontade de Deus, nos entristecemos e
tomamos uma atitude que resulta no próximo elemento.
3- Prático: O viajante se entristeceu mas tomou uma atitude. Descer daquele trem e embarcou no
trem certo. Esse elemento corresponde a renuncia do pecado, abandoná-lo, virar as costas para
as obras que desagradam a Deus. O arrependimento envolve o reconhecimento que temos
pecado, o reconhecimento que temos a responsabilidade de voltarmos dos nossos pecados para
Deus e a atitude de cortar todos os vínculos que nos mantinha preso ao pecado.

31
CLASSE INTEGRAÇÃO

O Espírito Santo nos convence do pecado mas o arrependimento é responsabilidade humana.


Somos nós que temos que admitir que estamos errados e não estamos andando no caminho de
Deus. Precisamos escolher andar com Deus.

Considerações sobre o arrependimento:


1- O arrependimento é um mandamento: Atos 17:30
2- Foi um propósito de Deus ao enviar seu Filho ao mundo: Lucas 5:32
3- O arrependimento é necessário para evitar a destruição: Lucas 13:3-5
4- Sem arrependimento não há perdão dos pecados: Atos 3:19; Lucas 17:3
5- Não entraremos no Reino sem arrependimento: Mateus 4:17
6- O desejo de Deus é que todos se arrependam: II Pedro 3:9
7- Arrependimento leva à vida: Atos 11:18


Marcos 1: 14 e 15 “ E, depois que João foi entregue à prisão, veio Jesus para a Galiléia, pregando o
evangelho do reino de Deus, E dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos, e crede no evangelho.”

Existem duas palavras importantes nesta pregação de Jesus: arrependei-vos e crede. O


arrependimento é o primeiro passo. O segundo é crer (fé).

Definição de fé segundo Hebreus 11:1: “ Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam,
e a prova das coisas que se não vêem.”

Fé é o fundamento e o centro do nosso caminhar com Deus. Tudo acontece no Reino de Deus de
acordo com a nossa fé. Fé é o que nos impulsiona a subir acima dos montes e a passar pelos vales. A
fé nos mantém no propósito de Deus para nossa vida.

Fé, no sentido bíblico, significa crer e confiar. A fé intelectual (concordância na mente) não é o
suficiente para adquirir a salvação. É possível concordar intelectualmente com o Evangelho sem,
contudo, entregar-se a Cristo

A importância da fé: Hebreus 11: 6 “Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que
aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

Quando nos achegamos a Deus com fé Seu coração se move em nosso favor porque é isso que o
agrada. Homens e mulheres de Deus que alcançam o alvo em suas vidas são os que têm uma atitude
de fé. Eles colocam toda a sua confiança em Deus e em Sua Palavra, e então podem ver a mão de
Deus em cada situação. Em cada pressão e tribulação recebem o livramento do Senhor porque
agradou o Seu coração através da fé.

Fonte de fé: Romanos 10:17 “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”

Nossa fé é o resultado de nosso relacionamento com Deus. Nosso relacionamento com Deus é
desenvolvido através da oração e leitura diária da Palavra de Deus. Quanto mais me exponho as
verdades das Escrituras mais minha fé é fortalecida.

32
CLASSE INTEGRAÇÃO

Romanos 10:9- “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres
que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.”

A fé vem acompanhada do terceiro passo rumo a salvação: confissão.

Confessar Jesus Publicamente


A declaração diante dos homens de que estou entregando minha a Jesus e recebendo-o como meu
Senhor e Salvador se faz necessária porque a salvação começa no coração (Rm 10:9) e se manifesta
pela boca para que se torne publica a sua crença diante dos homens e dos seres espirituais.
Confessar com a boca implica em tornar visível e público aquilo que estava invisível, a saber, a fé
que brotou no coração.

Mateus 10:32- "Quem, pois, me confessar diante dos homens, eu também o confessarei diante do
meu Pai que está nos céus.”

Romanos 10: 9 e 10- “A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a
justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.”

Confissão dos pecados


I João 1:9- “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos
purificar de toda a injustiça.”

A confissão dos pecados envolve o reconhecimento daquilo que desagrada a Deus e a verbalização
do arrependimento: “eu pequei”. A confissão prepara o caminho para o perdão. Toda confissão
deve ser a Deus, porém existem casos que devemos também confessar a outras pessoas. Neste caso
existem 2 possibilidades:

1. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que ofendemos. Jesus mostrou que tal
confissão é necessária para receber o perdão do irmão ofendido: Lucas 17: 3 e 4 – “Se teu irmão
pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. “Se, por sete vezes no dia, pecar
contra ti e, sete vezes, vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe”.

2. Devemos confessar os nossos pecados às pessoas que podem nos ajudar. Tiago 5:16 - "Confessai,
pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por
sua eficácia, a súplica do justo".

Considerações sobre o pecado:


1- Pecado é recusar a Palavra de Deus como nosso padrão para a vida e uma afirmação de viver
pelos nossos próprios padrões. Pecado é desobediência à vontade de Deus. O pecado nos
separa de Deus e nos leva para longe Dele.
2- O resultado de se viver em pecado é a morte: Rm 6:23
3- A essência do pecado é a falta de fé: Rm 14:23
4- Nomes bíblicos para pecado: Desobediência, transgressão (Quebra de uma ordem, de um dever
ou de uma lei), iniquidade, mal, maldade, malignidade, perversidade, rebelião, rebeldia, engano,

33
CLASSE INTEGRAÇÃO

injustiça, erro, falta, impiedade, concupiscência (Forte e continuado desejo de fazer ou de ter o
que Deus não quer que façamos ou tenhamos), depravação.
5- O pecado tem o poder de nos levar para o inferno: II Pedro 2:4-9; Mateus 5:29-30
6- Toda a humanidade pecou: Rm 3:23

Renunciar os pecados
Provérbios 28:13- “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e
deixa, alcançará misericórdia.”

Deixar o pecado significa romper com todos os laços que envolvem esse pecado, significa abandonar
o velho estilo de vida se desvinculando de toda forma de maldade para assumir a condição de
purificação e santidade concedidas por Deus.

Um novo Estilo de Vida...


Quando nascemos de novo passamos por um processo de transformação no nosso interior. Nesse
processo a presença do Espírito Santo em nós nos conduz a mudanças e abandono de hábitos
pecaminosos, levando-nos a santificação pela qual vamos sendo transformados na imagem de
Cristo.

II Corintios 5:17- “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já
passaram; eis que tudo se fez novo.”

O novo nascimento deve resultar em um novo estilo de vida e algumas evidencias indicam esta nova
etapa da vida do cristão:

1. A evidência das ações.

2. A evidência do amor a Cristo no seu coração, expresso em adoração e obras.

3. A evidência do entendimento espiritual das escrituras.

4. A evidência da fome da Palavra de Deus.

5. A evidência de não se continuar em antigos hábitos.

6. A evidência de um amor sincero por você mesmo, por outros e até mesmo por seus inimigos.

7. Evidência da obediência aos mandamentos de Cristo.

8. A evidência de uma vontade e de uma força dada por Deus para vencer o mundo.

34
CLASSE INTEGRAÇÃO

Aspectos da Salvação
Justificação - É um ato da Graça de Deus onde Ele declara justo quem receber pela fé a Cristo como
Salvador. É um termo judicial que lembra um tribunal onde Deus absolve o pecador (réu) de suas
transgressões para com a Sua santa Lei e o declara justo e inocente. (Rm 5.1; 1 Co 6.11) A pessoa
obtém a condição de estar em conformidade com Lei de Deus em todos os seus aspectos. (Rm 3.24)

Regeneração - É a natureza de Deus implantada em nós operando o novo nascimento. (Tg 1.18; 1 Jo
5.1; Tt 3.5) Também é uma mudança de condição: Um pecador que servia ao diabo e era por
natureza inimigo de Deus, em Cristo ele se torna filho de Deus através da adoção (Jo 1.12, 1 Jo 3.24)

Santificação - É um ato da Graça de Deus onde o pecador abandona as práticas pecaminosas e é


restaurado à comunhão com Deus separando-se (santificando-se) para o serviço de Deus. (Lv 20.26;
1 Pe 2.9,10) Significa “andar na luz” (1 Jo 1.7). Nas palavras de Paulo, “agradar a Deus”(1Ts 4.1) e
“viver de modo digno do Senhor.” (Cl 1.10) A santificação é tão importante que sem ela ninguém
verá o Senhor.(Hb 12.14)

Libertação – A maldição do pecado foi anulada na cruz para todo aquele que crê (Gl 3:13). Com a
vitória de Cristo na cruz o poder do pecado foi vencido (Rm 6:6-14), a autoridade de satanás sobre o
crente foi quebrada (Lc 10:19) e o homem recebeu vida abundante por meio de Cristo Jesus (Rm
5:17).

35
CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 06 – Bátismo nás águás e


Ceiá do Senhor
O que é o Batismo nas águas
A palavra “batizar”, usada na fórmula de Mateus 28:19-20, significa literalmente mergulhar ou imergir.
Essa interpretação é confirmada por eruditos da língua grega e pelos historiadores da igreja. Mesmo
eruditos (estudiosos) pertencentes a igrejas que batizam por aspersão (aspersão = borrifar, respingar)
admitem que a imersão era o modo primitivo de batizar.

Considerações sobre o batismo


Romanos 6:1-11 – “Que diremos então? Continuaremos pecando para que a graça aumente? De
maneira nenhuma! Nós, os que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele? Ou
vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte?
Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi
ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova. Se dessa forma
fomos unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente o seremos também na semelhança da sua
ressurreição. Pois sabemos que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do
pecado seja destruído, e não mais sejamos escravos do pecado; pois quem morreu, foi justificado do
pecado. Ora, se morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos. Pois sabemos que, tendo
sido ressuscitado dos mortos, Cristo não pode morrer outra vez: a morte não tem mais domínio sobre
ele. Porque morrendo, ele morreu para o pecado uma vez por todas; mas vivendo, vive para Deus. Da
mesma forma, considerem-se mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus.”

1- O batismo foi instituído por João Batista e era conhecido por “Batismo de Arrependimento”. Nesta
ordenança, os discípulos eram batizados confessando seus pecados (Marcos 1:4; Lucas 3:3-3;
Mateus 3:4-6). Portanto, são pré-requisitos para o batismo: arrependimento, confissão de pecados
e fé em Jesus Cristo.
2- Mateus 28: 19-20 – O Batismo é uma ordenança para a igreja instituída por Cristo e pelos apóstolos,
simbolizando o sepultamento e a ressurreição.
3- Marcos 16:15 e 16 - Jesus foi absolutamente claro nesta passagem sobre a importância do batismo.
O batismo confirma nossa fé, é uma expressão pública da obra transformadora que ocorreu em
nosso interior.
4- Quando a igreja abandonou a simplicidade do Novo Testamento, e foi influenciada por ideias pagãs,
atribui importância antibíblica ao batismo nas águas, o qual veio a ser considerado inteiramente
essencial para se alcançar a regeneração. O batismo nas águas, em si não tem poder para salvar; as
pessoas são batizadas, não para serem salvas, mas porque já são salvas (Marcos 16:16).
5- Portanto, não podemos dizer que o rito seja absolutamente essencial para a salvação. Mas
podemos insistir em que seja essencial para a integral obediência a Cristo. Como a eleição do
presidente da nação se completa pela sua posse do governo, assim a eleição do convertido pela
graça e pela glória de Deus se completa por sua pública admissão como membro da igreja de Cristo.
6- Aquele que nasceu de novo deseja ardentemente o batismo nas águas, pois reconhece que estará
cumprindo uma ordenança divina e estará AFIRMANDO publicamente “EU ESTOU MORRENDO

36
CLASSE INTEGRAÇÃO

PARA A VELHA VIDA E RESSURGINDO PARA UMA VIDA DE VITÓRIA EM CRISTO JESUS, MEU
SENHOR”.
7- O Batismo é uma identificação com a morte de Jesus. Da mesma forma que Jesus foi morto,
sepultado e ressuscitou simbolicamente o cristão sepulta o velho homem para que o novo homem
ande em novidade de vida. Quando entramos na água (sepultamento) anunciamos ao mundo físico
e espiritual que morremos para o pecado e quando saímos da água (ressurreição) anunciamos que
viveremos uma nova vida, no temor e obediência a Cristo.
8- Assim como o lavar com água limpa o corpo, assim também Deus, em união com a morte de Cristo
e pelo Espírito Santo, purifica a alma. O batismo nas águas simboliza essa purificação. O batismo nas
águas significa que o convertido, pela fé, “vestiu-se” de Cristo – o caráter de Cristo – de modo que
os homens podem ver Cristo nele, como se vê o uniforme no soldado. Pelo rito do batismo, o
convertido, figurativamente falando, publicamente veste o uniforme do reino de Cristo.

O Batismo de Jesus
Mateus 3: 13 a 17 –“ Então Jesus veio da Galiléia ao Jordão para ser batizado por João. João, porém,
tentou impedi-lo, dizendo: "Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim? " Respondeu Jesus: "Deixe
assim por enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça". E João concordou. Assim
que Jesus foi batizado, saiu da água. Naquele momento os céus se abriram, e ele viu o Espírito de Deus
descendo como pomba e pousando sobre ele. Então uma voz dos céus disse: "Este é o meu Filho amado,
em quem me agrado".

Jesus foi até João Batista para ser batizado, apesar da objeção dele. Na realidade, Jesus não precisaria
passar pelo batismo porque Nele não havia pecado algum. Mas para ser exemplo e obediente a Deus,
Ele se sujeitou a esta ordenança.

I. O batismo de Jesus foi por imersão (nas águas do rio Jordão).


II. Seu batismo inaugura seu ministério na terra.
III. Depois de seu batismo, Ele foi cheio do Espírito Santo.
IV. Deus demonstrou sua aprovação dizendo: “Este é o meu Filho, escolhido e marcado pelo meu
amor, a alegria da minha vida”. (Bíblia Mensagem)

Batismo de Crianças
Jesus foi batizado aproximadamente aos 30 anos (Mateus 3:13-17), portanto não foi batizado quando
criança. Não vemos o registro do batismo de crianças e sim de pessoas convertidas. Por todo o livro de
Atos vemos o batismo sendo praticado por todos aqueles que creram nas boasnovas: Atos 2:36-41;
Atos 8:12-38; Atos 9:5-18; Atos 10:48; Atos 16:14-34; Atos 18:8; Atos 19:1-6.

Nós entendemos que os recém-nascidos ainda não tem consciência dos seus pecados e, portanto da
necessidade de arrependimento; o que claramente exclui o batismo infantil. Com isso não as estamos
impedindo que venham a Cristo (Mat 19:13-14), pois elas podem ser consagradas a Jesus Cristo em
culto público.

Embora a palavra de Deus não estabeleça nenhum limite de idade para o batismo nossa igreja tem
adotado a idade mínima de 15 anos, sendo que batismos excepcionais poderão acontecer com a
concordância dos presbíteros e sob a inteira responsabilidade dos pais.

37
CLASSE INTEGRAÇÃO

Para quem é esta ordenança?


Em cada Escritura registrada abaixo veremos que as pessoas ouviram, creram, receberam a palavra, e
então foram batizadas. O arrependimento e a fé sempre precediam o batismo nas águas. Portanto é um
“batismo de crentes”:

I. Quem crer e for batizado - Marcos 16:16


II. Os Samaritanos creram e foram batizados - Atos 8:12-15
III. O eunuco creu e foi batizado - Atos 8:35-38
IV. Pedro ordenou que os gentios fossem batizados - Atos 10:45-48
V. Os discípulos de Éfeso creram e foram batizados - Atos 19:1-5

O Batismo nas águas é uma parte essencial da obediência a Cristo, não sendo opcional. Recusar o
batismo nas águas é viver em desobediência a Palavra revelada de Deus.

A Ceia do Senhor
Porque é importante participar da ceia?

1Co 11:23-34 – “Porque eu recebi do Senhor o que também vos ensinei: que o Senhor Jesus, na noite em
que foi traído, tomou o pão; E, tendo dado graças, o partiu e disse: Tomai, comei; isto é o meu corpo que
é partido por vós; fazei isto em memória de mim.”

Nós como cristãos, desfrutamos do grande privilégio de termos comunhão com Cristo diariamente
através do ministério do Espírito Santo – isto é algo muito pessoal. Mas há também um ato sagrado que
cada cristão pode realizar com todo o Corpo de Cristo, o que é ensinado nas Escrituras como
Comunhão, Mesa do Senhor, Santa Ceia ou Ceia do Senhor.

Pontos principais sobre a Ceia do Senhor


1- COMEMORAÇÃO: “Fazei isto em memória de mim” (Lucas 22:19). Uma celebração em memória de
Jesus Cristo, um momento de reflexão à respeito da morte de Nosso Senhor e do que ela representa
para nós cristãos.

2- INSTRUÇÃO: A Ceia do Senhor ilustra 2 fundamentos do evangelho:

a) A encarnação (João 1:14 e João 6:33)

b) A expiação (Cristo morre em nosso lugar. Morte substitutiva)

3- INSPIRAÇÃO: Ao participar do pão e do suco de uva nos recordamos e recebemos confiança de que,
pela fé, podemos verdadeiramente receber o Espírito de Cristo e participar de sua natureza divina.

4- SEGURANÇA: “Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue” (1Cor 11:25) Nos tempos antigos a
forma mais solene de aliança era o pacto de sangue, que era selado ou firmado com sangue sacrificial. A
nova aliança instituída por Jesus é um pacto de sangue. Deus aceitou o sangue de Cristo (Heb 9:13-24);
portanto, comprometeu-se, por causa de Cristo, a perdoar e salvar a todos os que vierem a ele. O

38
CLASSE INTEGRAÇÃO

sangue de Cristo é a divina garantia de que ele será bondoso e misericordioso para aquele que se
arrepende.

5- RESPONSABILIDADE: Quem deve ser admitido ou excluído da Ceia do Senhor? Paulo trata da questão
dos que são dignos de participarem em 1Cor. 11:20-34. “Portanto, qualquer que comer este pão, ou
beber este cálice do Senhor indignamente, será culpado do corpo e do sangue do Senhor” “Eis a razão
por que há entre vós muitos fracos e doentes e não poucos os que dormem”. A maturidade de uma igreja
pode ser medida pela valorização demonstrada a Ceia do Senhor. Quando tratamos a Mesa do Senhor
sem o devido respeito corremos o risco de esfriamento espiritual (Malaquias 1:7). Precisamos nos
aproximar desta MESA com nosso coração limpo diante de Deus e também em perfeita PAZ com nossos
irmãos, pois partilhar do PÃO com coração amargurado certamente é desconhecer o que Cristo fez por
nós e falta de temor diante de Deus. Ao mesmo tempo que existem fracos e doentes pela falta de
compreensão da MESA DO SENHOR, poderíamos deduzir que muitos são fortalecidos e renovados em
sua fé ao participarem conscientemente e reverentemente desta grande celebração do povo de Deus.

A participação na Ceia do Senhor Requer preparação individual


Além do compromisso pessoal com Cristo e o batismo, como condições para a participação na Ceia, há
outros aspectos que devem ser observados pelo participante:

1. Reconhecimento da santidade desse ritual: Em Corinto, muitos estavam agindo como se a Ceia fosse
uma refeição qualquer, desconsiderando o seu aspecto sagrado. Precisamos assimilar a natureza da
Ceia do Senhor entendendo o sacrifício de Cristo na cruz.
2. Consciência do significado da Ceia: É o próprio Senhor Jesus quem declara: “Este é o cálice da nova
aliança no meu sangue...” (Lc 22:20). Na nova aliança o sangue de Jesus é a “propiciação pelos
nossos pecados...” (I João 2:1,2). Sendo assim, a Ceia do Senhor se constitui num sinal da nova
aliança, celebrando a morte expiatória e a redenção que há em Cristo (Heb 9:15-20).
3. É um memorial da morte de Cristo: Nas palavras de instituição da Ceia, Jesus recomenda aos
discípulos: “fazei isto em memória de mim” (Lc 22:19). Através da Santa Ceia, o crente é relembrado
da morte sacrificial de Cristo (MT 26:26-28).
4. A Ceia do Senhor é um meio de graça: A Ceia é um canal por meio do qual Cristo se comunica,
nutrindo e fortalecendo espiritualmente. Mediante ação do Espírito Santo o crente é
espiritualmente alimentado do corpo e sangue de Cristo.
5. É um anuncio da vinda de Cristo: Através da Ceia, proclama-se a gloriosa esperança do retorno do
Senhor Jesus. Quando da instituição do sacramento, o Senhor preveniu os discípulos acerca desse
glorioso dia (MT 26:29).
6. Discernimento espiritual: Uma participação irresponsável e leviana traz consequências, portanto, a
participação na Ceia deve ser precedida de um profundo e sincero exame pessoal (I Co 11: 27- 29).
Esse exame pessoal deve ser acompanhado da disposição em se corrigir, a fim de poder participar
dignamente da Ceia do Senhor. É importante ressaltar que, o discernimento espiritual é interior e
pessoal. Ninguém tem o direito de julgar o irmão, no que tange à preparação: “Examine-se, pois, o
homem a si mesmo”.

39
CLASSE INTEGRAÇÃO

Batismo e Ceia: Ordenanças do Novo Testamento


O Cristianismo no Novo Testamento não é uma religião ritualista; a essência do Cristianismo é o contato
direto do homem com Deus por meio do Espírito. Apesar disso, há duas cerimônias que são essenciais,
por serem divinamente ordenadas, a saber, o batismo nas águas e a Ceia do Senhor.

O batismo nas águas é o rito (a cerimônia) de ingresso na igreja cristã, e simboliza o começo da vida
espiritual. A ceia do Senhor é o rito de comunhão e significa a continuação da vida espiritual. O primeiro
é administrado somente uma vez, porque pode haver apenas um começo da vida espiritual; o segundo é
administrado frequentemente, ensinando que a vida espiritual deve ser alimentada.

Batismo Ceia do Senhor


Introduz Mantém
Começo da caminhada cristã Continuação da vida espiritual
Indica a fé em Cristo Indica a comunhão
Administrado somente uma vez É administrado frequentemente

40
CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 07 – Dízimos e Ofertás


Gálatas 2:20 – “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim. A
vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim. A
vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé em Cristo. Ele morreu por mim; eu vivo para ele.”

1 Coríntios 6:19,20 –“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em
vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto
preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”

Nós pertencemos a Deus...


O que esses textos têm a ver com dízimos e ofertas?

Se nossas vidas pertencem a Deus, tudo o que temos também pertence a Deus (Dedução lógica). No
reino de Deus Jesus é o rei; e nós somos súditos deste reino.

Se nossas vidas pertencem a Deus, uma vez que fomos resgatados e libertos pelo pagamento de uma
dívida (Colossenses 2:14), através do sangue de Cristo (1ª Pedro 1:18-19) concluímos que pertencemos a
Ele e consequentemente tudo o que temos pertence ao Senhor (1ª Coríntios 6:20). Diante dessa
realidade qual o nosso papel diante dos recursos que Ele nos confia?

Mordomia
Hernandes Dias Lopes, Pastor, conferencista e autor de muitos livros, define mordomo como: “ aquele
que é incumbido da direção da casa, o administrador. Ele não é dono, mas o dono da casa lhe confia
tudo o que tem para ser cuidado e desenvolvido: terras, dinheiro, joias, esposa, filhos, alimentação da
família e administração de suas riquezas. Quando o mordomo se sente dono dos bens do seu senhor, ele
trai o seu senhor. Quando o mordomo deixa de cuidar com zelo e fidelidade dos bens do seu senhor, ele
torna-se infiel.”

Entendemos, portanto, que somos mordomos de Deus e desta forma, temos o privilégio de zelar, cuidar
e administrar tudo o que nos foi confiado.

As Escrituras detalham esta realidade na parábola a seguir:

Lc 12:42-46 – “O Senhor respondeu: "Quem é, pois, o administrador fiel e sensato, a quem seu senhor
encarrega dos seus servos, para lhes dar sua porção de alimento no tempo devido?
Feliz o servo a quem o seu senhor encontrar fazendo assim quando voltar.
Garanto-lhes que ele o encarregará de todos os seus bens.
Mas suponham que esse servo diga a si mesmo: ‘Meu senhor se demora a voltar’, e então comece a
bater nos servos e nas servas, a comer, a beber e a embriagar-se.
O senhor daquele servo virá num dia em que ele não o espera e numa hora que não sabe, e o punirá
severamente e lhe dará um lugar com os infiéis.”

Confira também: Mat 25:14-30 e Lc 16:10.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Deus nos confiou a vida, saúde, família, igreja, irmãos, ministério, finanças e todas as demais áreas de
nossa vida para sermos mordomos. Somos encarregados de administrar todos esses bens e podemos
fazê-lo de duas formas: com insensatez, desprezando que tudo vem Dele e tudo e para Ele ou com
fidelidade, dando glória a Deus em tudo o que fizermos.

Gênesis 4:3-5 - “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor.
E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura; e atentou o Senhor para
Abel e para a sua oferta. Mas para Caim e para a sua oferta não atentou. E irou-se Caim fortemente, e
descaiu-lhe o semblante.”

Nosso propósito como cristãos e trazermos ofertas que agradem a Deus. Podemos, a exemplo de Abel,
oferecer ao Senhor aquilo que lhe agrada e que lhe traga honra.

O Dízimo antes da lei


Gênesis 14:18-20 – “Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e
vinho e abençoou Abrão, dizendo: "Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra.
E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos". E Abrão lhe deu o dízimo de
tudo.”

Gênesis 28:20-22 – “Então Jacó fez um voto, dizendo: "Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta
viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de
meu pai, então o Senhor será o meu Deus. E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de
santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo".

A pergunta que surge quando se fala em dízimo e ofertas é: O dízimo não é algo vinculado a lei de
Moisés? Não estamos vivendo na era da graça?

Sim, vivemos na era da graça. Porém, a prática do dízimo e do oferecer algo a Deus é uma prática antiga
e percebida nas escrituras em momentos que antecedem a lei de Moisés. (Abel, Abraão, Jacó)

Moisés apenas tornou OFICIAL uma prática de adoração antiga, que vinha desde os primórdios de seu
povo.

Dízimos e ofertas no Novo Testamento


O que vemos no NT é que a generosidade das pessoas extrapolava em muito o conceito do dízimo; em
Atos 4 vemos que todos os que possuíam herdades ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora
vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos.

Atos 4:34-37 – “Não havia, pois, entre eles necessitado algum; porque todos os que possuíam herdades
ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que fora vendido, e o depositavam aos pés dos apóstolos. E
repartia-se a cada um, segundo a necessidade que cada um tinha. Então José, cognominado pelos
apóstolos Barnabé(que, traduzido, é Filho da consolação), levita, natural de Chipre, Possuindo uma
herdade, vendeu-a, e trouxe o preço, e o depositou aos pés dos apóstolos.”

O que vemos nesta passagem é um testemunho claro de que nossa relação com o dinheiro muitas vezes
revela nossa espiritualidade. As Escrituras reforçam essa verdade em Lucas 16:13-14:

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CLASSE INTEGRAÇÃO

"Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará ao outro, ou se dedicará a um e
desprezará ao outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro". Os fariseus, que amavam o
dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam de Jesus.”.

Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro. Lucas coloca o Dinheiro como um deus rival, um deus
que disputa o domínio sobre nossos corações. É quase uma entidade que exige adoração.

Uma máxima que revela uma verdade interessante é a seguinte: Ou é você que têm o dinheiro; ou é o
dinheiro que têm a você. Ou... Você é escravo do que te controla.

Embora Jesus tenha feito uma crítica severa aos fariseus por sua conduta no ato de dizimar, em nenhum
momento o vemos rejeitando essa prática ou tornando-a nula. A essência da mensagem de Jesus foi o
amor a Deus acima de toda e qualquer coisa (inclusive o dinheiro) e o amor ao próximo (em todos os
aspectos – inclusive financeiro). O que Ele faz é colocar as coisas numa perspectiva correta.

Mateus 23:23: "Ai de vocês, mestres da lei e fariseus, hipócritas! Vocês dão o dízimo da hortelã, do
endro e do cominho, mas têm negligenciado os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a
misericórdia e a fidelidade. Vocês devem praticar estas coisas, sem omitir aquelas.”.

Jesus vem realmente inaugurar um novo tempo, uma nova aliança; mas é preciso ter um olhar
cuidadoso e reverente em relação aos costumes e práticas encontradas no Antigo Testamento. Sem
dúvida algumas coisas foram superadas, os rituais que envolviam a adoração no templo, os sacrifícios de
animais, costumes e padrões que regulavam a vida civil em Israel (Importante: Lei civil, Lei cerimonial e
Lei Moral).

Jesus coloca as coisas em seu devido lugar; ele diz que ser fiel no dízimo e esquecer-se da justiça, da
misericórdia e da fidelidade é um terrível engano. Não podemos comprar a Deus com nosso dinheiro;
não podemos conquistar coisas espirituais com o nosso dinheiro. A fidelidade financeira precisa andar
de mãos dadas com o temor a Deus e a sua palavra.

Muitos valores e princípios devem ser ensinados e preservados pois fazem parte de nossa herança
judaico-cristã: Não matarás, honra teu pai e tua mãe, seja fiel a seu cônjuge e muitas outras coisas. É
preciso cautela em abandonar o que realmente caducou, buscando preservar os valores que fazem
parte de nossa herança bíblica.

A visão da INJ-AJ sobre os dízimos e ofertas


Em nossa igreja cremos que tudo o que temos pertence a Deus, incluindo nossos bens e recursos.
Cremos que como expressão de fidelidade e reconhecimento a Deus devamos trazer os nossos dízimos a
casa do Senhor.

Entendendo que dizimar não é um salvo-conduto para uma vida sem temor e reverência ao Senhor.
Entendendo que dizimar não é uma troca com Deus; nosso dízimo deve ser uma expressão de amor e
gratidão.

E o restante de nossa renda? Cremos que Deus nos confia o restante (90%) para que sejamos
mordomos.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Isso implica em ter abertura para ouvirmos a voz do Senhor sobre eventuais necessidades (de outros, ou
do reino) que Ele deseja suprir através de nossas vidas. Enquanto o dízimo representa 10% de nossa
renda, não sendo um percentual negociável, a oferta é uma expressão livre do adorador.

Qual a relação entre Deus e o dinheiro?


1ª Timóteo 6:6-11 – “De fato, a piedade com contentamento é grande fonte de lucro, pois nada
trouxemos para este mundo e dele nada podemos levar; por isso, tendo o que comer e com que vestir-
nos, estejamos com isso satisfeitos. Os que querem ficar ricos caem em tentação, em armadilhas e em
muitos desejos descontrolados e nocivos, que levam os homens a mergulharem na ruína e na destruição,
pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-
se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. Você, porém, homem de Deus, fuja de
tudo isso e busque a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança e a mansidão.”

Ageu 2:8 - "Tanto a prata quanto o ouro me pertencem", declara o Senhor dos Exércitos.”

1ª Crônicas 29:11-12- “Teus, ó Senhor, são a grandeza, o poder, a glória, a majestade e o esplendor, pois
tudo o que há nos céus e na terra é teu. Teu, ó Senhor, é o reino; tu estás acima de tudo. A riqueza e a
honra vêm de ti; tu dominas sobre todas as coisas. Nas tuas mãos estão a força e o poder para exaltar e
dar força a todos.”

Nestes textos vemos que todo o ouro, prata, todas as riquezas são do Senhor, pertence a Ele, estão sob
Seu domínio. Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravos dele, mas para que façamos bom
uso dele. Nosso coração não deve ser dominado pelo dinheiro mas deve estar sujeito aquele que tem o
domínio de tudo.

Mateus 6:19-21 - "Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e
onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a
ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu tesouro,
aí também estará o seu coração.”

Deus prova nossa fidelidade, Deus não precisa do nosso dinheiro. Como já vimos tudo pertence a Ele.
Mas através do dinheiro Deus prova nosso coração para sermos fiéis e obedientes, desprendidos do
dinheiro e atentos as necessidades uns dos outros. A maneira pela qual somos provados é através dos
dízimos e ofertas.

Dízimos
Malaquias 3:8-11- "Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda
perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande
maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. Tragam o dízimo todo ao
depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova", diz o Senhor dos
Exércitos, "e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que
nem terão onde guardá-las. Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não
perderão o seu fruto", diz o Senhor dos Exércitos.”

Provérbios 3: 9-10 -“Honre o Senhor com todos os seus recursos e com os primeiros frutos de todas as
suas plantações; os seus celeiros ficarão plenamente cheios, e os seus barris transbordarão de vinho”.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

A palavra “dizimo” traduz as palavras em hebraico e grego que significam um décimo, ou dar um décimo
de algo. No Antigo Testamento, o dízimo era geralmente considerado como aquela parte do cultivo ou
do rebanho que era devida por um adorador a seu Deus para o sustento do Santuário e dos sacerdotes.

Considerando que tudo pertence a Deus, quando damos o dízimo estamos apenas devolvendo uma
décima parte ao Senhor de tudo aquilo que Ele nos concede. Portanto, o dizimo não é parte de nossa
renda que damos ao Senhor, antes o dizimo pertence ao Senhor, é propriedade Dele. Por este motivo
não devemos retirar o dizimo do que sobra, mas devemos dar as primícias a Deus.

A fidelidade nos dízimos trazem bênçãos. Em Malaquias 3:10-12 encontramos algumas bênçãos que
Deus promete como resultado da fidelidade: o Senhor abrirá as janelas do céu, Ele repreenderá o
devorador, fará com que a terra seja frutífera e finalmente haverá reconhecimento das pessoas ao
nosso redor da benção do Senhor. É importante ressaltar que você não vai enriquecer ou todos os seus
problemas financeiros serão solucionados por você ser dizimista. A benção está atrelada a obediência de
um principio divino. A medida que você contribui com o propósito de obedecer a Deus, Ele provê as suas
necessidades e prospera o fruto do seu trabalho. Deus conhece as intenções do nosso coração. Se você
o obedece porque O ama, então a benção virá. Se você dizima porque está interessado nas bênçãos,
Deus tratará sua vida conforme sua atitude.

Devemos contribuir com alegria. Se não for dessa forma é melhor não dizimar.

2ª Cor 9:7 - “Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois
Deus ama quem dá com alegria.”

Ofertas
As ofertas são diferentes do dízimo. A oferta é um ato voluntário em dar uma quantia que o Senhor
colocar em seu coração. Em Filip 4:15-18 Paulo compara as ofertas recebidas como sacrifício agradável e
aceitável a Deus, é um ato de adoração, um ato de amor, voluntário.

Costumamos dizer que “devolvemos” ao Senhor os dízimos e “damos voluntariamente” as ofertas. No


Velho testamento as ofertas tinham o propósito de prover reformas e construções do templo. No Novo
Testamento as ofertas eram usadas principalmente para suprir as necessidades dos discípulos.

As ofertas podem ser voluntarias ou alçadas. As voluntarias são oferecidas a Deus ou a uma pessoa
necessitada espontaneamente enquanto que a oferta alçada é levantada a partir de uma necessidade
especifica, por exemplo uma reforma na igreja ou comprar mais cadeiras.

Considerações sobre ofertar e dizimar


1º - Dar com discrição – Mateus 6:2-4

2º - Dar livremente – 2ª Cor 9:7

3º - Dar com generosidade – 2ª Cor 8:1-4

4º - De acordo com o que temos – 2ª Cor 8:12

5º - Deve glorificar a Deus – 2ª Cor 9:12

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CLASSE INTEGRAÇÃO

6º - Não ser mercenário (dar em troca de alguma benção, não podemos comprar o favor de Deus)

7º - Planejar as ofertas

8º - Estar atento as necessidades das pessoas ao nosso redor

9º - Não ser legalistas – dar porque tem que dar, dar para cumprir a lei, dar para se sentir justificado, dar
para ter a sensação de dever cumprido.

“Contribui conforme tua renda; para que o Senhor não torne sua renda conforme tua contribuição”.
Peter Marshall

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 08 – Vidá Devocionál


Disciplinas espirituais: meios da graça de Deus para nosso crescimento espiritual
Richard Foster, em seu livro “Celebração da disciplina” inicia o primeiro capítulo com a frase: “ A
superficialidade é a maldição de nosso tempo. A doutrina da satisfação instantânea é, antes de tudo, um
problema espiritual. A necessidade urgente hoje não é de um maior número de pessoas inteligentes, ou
dotadas, mas de pessoas profundas.”

Essa é a realidade da humanidade hoje. Existem muitos artefatos para nos distrair, para nos tirar do
foco, muitos brinquedinhos que se apoderam da nossa atenção e concentração, muitos
entretenimentos para aumentar a superficialidade das nossas vidas. Essas coisas nos envolvem de tal
forma que vamos aos poucos secando e morrendo.

As disciplinas espirituais são meios para a manifestação da graça de Deus. Quando me exponho a elas
Deus se move em meu favor. É como se dissesse ao Pai: Eu quero te amar mais, eu quero ser mais
parecido com seu Filho Jesus, eu quero buscar em primeiro lugar o Reino e a sua justiça.

As disciplinas são instrumentos que me coloca diante da vontade de Deus, diante das realidades
espirituais e algo extraordinário vai acontecendo em meu interior. As disciplinas nos colocam em lugares
onde somos abençoados por Deus, onde suas águas vão brotando e trazendo vida.

O caminho das disciplinas espirituais nos leva à transformação e a cura que precisamos. Não é um
caminho fácil de ser trilhado. Nele nos encontraremos com as dificuldades, mas também com grandes
alegrias.

À medida que seguirmos por este caminho Deus irá nos libertando, quebrando cadeias e grilhões,
renovando nossa mente e fazendo de nós pessoas reconstruídas à semelhança de Jesus Cristo.

Com o tempo experimentaremos coisas do tipo: o espírito de compaixão pelo próximo, que antes era
tão difícil, se torna algo natural. Não precisaremos mais fazer força para amar as pessoas e ser solidários
com elas. A amargura perde seu poder e o perdão passa a ser a chave para nossos relacionamentos. O
amor de Deus penetra nossos pensamentos e assume o controle de nossos padrões e hábitos.

A exposição às disciplinas faz brotar em nós o fruto do Espírito Santo: amor, alegria, paz, paciência,
amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Onde havia superficialidade e um
monte de entulhos passa a existir profundidade e frutos começam a ser gerados.

As disciplinas espirituais são bem conhecidas de todos nós: oração, meditação e estudo da Palavra de
Deus, jejum, adoração, celebração, serviço. Vamos ver algumas delas.

Oração
Definição: Orar é falar com Deus. Orar é mais do que um monólogo no qual falamos para Deus; também
significa escutar a Deus. Orar é mudar. A oração é a avenida central que Deus usa para transformar
nossas vidas. Quanto mais nos aproximamos do pulsar do coração de Deus, tanto mais vemos nossa
necessidade e tanto mais desejamos assemelhar-nos a Cristo.

47
CLASSE INTEGRAÇÃO

A oração fazia parte do estilo de vida de Jesus


Marcos 1:35 - “E, levantando-se de manhã, muito cedo, fazendo ainda escuro, saiu, e foi para um lugar
deserto, e ali orava.”.

Lucas 11:1 - “E aconteceu que, estando ele a orar num certo lugar, quando acabou, lhe disse um dos seus
discípulos: Senhor, ensina-nos a orar, como também João ensinou aos seus discípulos.”.

Os discípulos ficaram tão impressionados com a vida de oração de Jesus mais do que qualquer outra
coisa. Certamente eles observavam o valor que o Mestre dava a esses momentos com Deus. Eram
momentos de instrução, capacitação, transformação que despertou nos discípulos um forte desejo em
conhecer esses mistérios da intimidade com Deus.

Aspectos que envolvem a oração


1. A oração pode ser feita em qualquer lugar: separando um momento a sós, no ônibus, no carro, ao se
deitar, ao se levantar, enfim, em qualquer lugar ou situação.

2. No momento de oração traga seus problemas e pedidos para a presença de Deus, mas não se esqueça
de que você deve louvá-lo em primeiro lugar por tudo o que Ele é e tem feito em sua vida, de agradecer
pelos seus benefícios e bênçãos concedidas. Permita um espaço para Deus falar com você aquietando
sua alma por uns instantes e ouvindo o Espírito Santo falar.

3. Deus tem prazer em ouvir e responder nossas orações: Mateus 7: 7 a 11

4. As coisas que nos preocupam precisam ser colocadas diante do Senhor: Filipenses 4: 6- 7

5. Precisamos orar sempre em nome de Jesus: João 14: 13 e 14

6. Precisamos cultivar o hábito de orar diariamente.

7. Precisamos separar um tempo individual de oração: Mateus 6:6

8. Precisamos também orar coletivamente: Mateus 18: 19-20

9. Devemos orar com naturalidade, usando nossas próprias palavras: Mateus 6:7

Orando Segundo a Vontade de Deus


Jesus deixa claro que se estou em comunhão com ele e estou cheio de sua palavra minhas orações
sempre serão atendidas. Posso orar com fé e será feito. O segredo desta fé extraordinária é a comunhão
com Deus e sua palavra.

Quando gastamos tempo com Deus (adorando, confessando, meditando na palavra, agradecendo,
pedindo) Deus nos dá direção, nos revela seus planos e propósitos.

Através desse tempo o Espírito Santo comunica a vontade de Deus ao nosso coração e então oramos
com fé e as coisas realmente acontecem. A oração antes de tudo tem o objetivo de nos envolver nos
propósitos de Deus, em vez de envolvermos Deus em nossos planos.

48
CLASSE INTEGRAÇÃO

Deus tem prazer em responder orações que estão de acordo com a vontade dele, mas se recusa a
responder orações que não são consistentes com o que ele quer. Precisamos ouvir a voz de Deus para
que saibamos sobre o que orar. E só vamos ouvir a voz de Deus se gastarmos tempo em sua presença
adorando, meditando e as vezes em silêncio.

“A oração é a tradução em milhares de palavras diferentes de uma única frase: Pois sem mim vocês não
podem fazer coisa alguma”. John Piper

Quando oramos somos como o filho pródigo que reconhece sua miséria e retorna a casa do Pai. Ao
orarmos estamos retornando para o lugar de onde não deveríamos ter saído, ao orarmos estamos nos
reconciliando com o Pai, ao orarmos podemos nos preparar para a festa, pois atender o clamor do seu
povo traz honra a Deus. Ao orarmos demonstramos nossa confiança nele, ao orarmos reconhecemos
que sem ele nada podemos fazer.

Dois tipos de Oração


Existem dois tipos de oração: a petição e a intercessão.

A petição é pedir por si próprio. Você sabe que Deus incentiva as pessoas a orar por suas preocupações
pessoais, porque a Sua Palavra está plena de orações respondidas. Por exemplo, em Lucas 1:13
encontramos a resposta de Deus à petição de Zacarias por um filho. Seu pedido foi respondido com o
nascimento de João Batista.

A resposta de Deus para as suas orações ajuda a moldá-lo como a pessoa que Ele quer que você se
torne. Ele não concede aquilo pelo que você ora por motivos errados ou que Ele sabe que trará
resultados errados para a sua vida.

O segundo tipo de oração por necessidades é a intercessão- orar por outras pessoas. Tiago 5:16 – Instrui
a orar uns pelos outros. Jesus, muitas vezes, orou pelos seus discípulos. Um dos melhores exemplos é
encontrado em João 17, que registra a oração de Jesus por seus discípulos antes Dele ir para a cruz.
Deus usa você como instrumento para fazer a vontade Dele quando você ora por outras pessoas. A

Adoração
A definição de adoração é prestar culto a Deus através de um amor profundo e extremo. Amar como já
sabemos é muito mais que um sentimento, amar envolve ações. A adoração do cristão vai além de
cantar louvores.

Adoramos a Deus quando levamos uma vida de santidade, uma vida agradável a Deus, uma vida de
testemunho perante os homens. Adoramos a Deus quando anunciamos sua palavra, quando
socorremos os irmãos em suas tribulações, quando dizimamos e ofertamos, quando estendemos as
mãos aos necessitados, quando somos fiéis e comprometidos com o reino e a igreja.

Adorar é antes de tudo uma entrega total de todo o nosso ser àquele que é o Senhor do Universo . É o
reconhecimento da grandeza e do ser de Deus. É atitude de alguém que se prostra diante de um
superior e beija-lhe os pés. É o reconhecimento de que sou inferior e Ele superior. Deus acima de tudo e
de todos. Está exaltado em glória e poder.

49
CLASSE INTEGRAÇÃO

O adorador é aquele que entra na presença de seu Deus, consciente de quem Deus é, e de quem ele é. A
maior expressão de adoração encontramos em:

João 4:23-24 -“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito
e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o
adoram o adorem em espírito e em verdade.”

É esta classe de pessoas a quem Deus procura " verdadeiros adoradores".

Aspectos da Adoração
1. Formas de Adoração: curvar-se – Êxodo 4:31; ofertar – I Crônicas 16:29; ajoelhar-se – II Crônicas 7:3;
prostrar-se -Neemias 8:6; reverentemente – Eclesiastes 5:1; em Espírito e em verdade – João 4:24;
Louvor – Salmo 150.

2. Ela deve ser prestada somente a Deus: Êxodo 20:1

3. Deus procura adoradores: João 4:23

“Venham! Adoremos prostrados e ajoelhemos diante do Senhor, o nosso Criador” Salmo 95:6

A Oração e a Adoração
Aprender a orar com fé envolve concentração em quem o Pai é e no que Ele significa para você. Jesus
ensinou seus discípulos a como conhecer o Pai por meio da oração.

1. Salmo 100:4 – No Antigo Testamento, quando as pessoas entravam nos pátios do templo, elas
vinham com hinos de louvor, adorando a Deus.
2. A palavra louvor origina-se da palavra latina que significa valor ou preço. Assim, louvar a Deus é
proclamar os seus méritos ou sua dignidade.
3. Salmo 34:1 – O louvor é um importante elemento da oração, eleva a sua vida de oração acima
de você mesmo, se concentrando, portanto, na pessoa de Deus.
4. Uma forma de louvar a Deus é reconhecer os aspectos do caráter de Deus revelados na Bíblia
através de alguns Nomes de Deus. Exemplo: Nomes de Deus usados no salmo 91:

a) Vers. 01- Altíssimo (El Elyon) que significa o mais forte de todos os deuses e o possuidor dos céus e da
terra, o mais forte dos fortes. A verdadeira vitória das nossas batalhas origina-se com El Elyon.

b) Vers. 01- Todo-Poderoso (El Shadai), o Todo-Suficiente Deus.

c) Vers. 02- SENHOR (Jeová) revela o nome pessoal de Deus, o Deus que é com você todo o tempo.

d) Vers. 02 – “Meu Deus em quem confio”, revela o nome Elohim, refere-se ao forte Deus da aliança,
que é o Criador.

50
CLASSE INTEGRAÇÃO

Escrituras / Palavra de Deus


A Palavra de Deus, também conhecida como Escrituras Sagradas ou Bíblia, é o registro dos pensamentos
de Deus sobre todas as coisas criadas, passado, presente e futuro, incluindo toda a humanidade.
Podemos nos referir a Bíblia como o manual do fabricante, pois nela encontramos o plano, propósito e a
vontade de Deus para o homem.

A Palavra de Deus é para o crescimento do cristão o que o alimento é para o crescimento da criança.
Para nos desenvolvermos espiritualmente temos que nos alimentar diariamente da Palavra de Deus.

Aspectos que envolvem a Palavra de Deus:


1. Toda a Escritura é inspirada por Deus: 2ª Timóteo 3:16 e 17
2. Devemos pedir para que o Espírito Santo nos interprete as escrituras: Lucas 24:45
3. A Palavra de Deus nos leva a viver longe do pecado: Salmo 119: 11
4. A Palavra de Deus nos orienta em tempos de decisão: Salmo 119: 105
5. A Palavra de Deus garante nosso sucesso: Josué 1:8
6. A Palavra de Deus nos torna vencedor sobre as adversidades da vida: Salmo 119:165
7. A Palavra de Deus é vida e saúde para o corpo: Provérbios 4: 20 a 22
8. A Palavra de Deus é arma de guerra: Efésios 6:17
9. A palavra de Deus nos traz liberdade: João 8:32
10. Devemos ler a Palavra com espírito de obediência e com coração ensinável.

A luta da carne x espírito


Ilustração: Um pescador descia ao povoado todos os sábados à tarde. Sempre trazia com ele seus dois
cães. Um era branco e o outro negro. Ele os havia ensinado a lutar quando o pescador desse um sinal.
Todos os sábados à tarde, na praça do povoado, juntavam-se as pessoas para ver os cães lutarem, e os
pescadores faziam as suas apostas. Um sábado ganhava o cão negro, em outro ganhava o cão branco,
mas o pescador esquimó ganhava sempre! Seus amigos lhe perguntaram como ele sempre sabia qual
seria o vencedor? Disse-lhes: deixo um jejuar e alimento o outro. Aquele que alimento sempre ganha
porque se sente mais forte.

Esta ilustração reflete a nossa luta diária entre o espírito e a carne. Já descrevemos nas lições anteriores
que a vida do cristão começa no novo nascimento, porém, sua alma precisa passar por um processo de
desintoxicação do velho sistema de vida. Precisamos de libertação dos hábitos mundanos, dos velhos
costumes, e precisamos do Espírito Santo agindo em nosso favor. (Chamamos isso de SANTIFICAÇÃO)

Chamaremos de carne tudo aquilo que milita contra os princípios de Deus. A Bíblia descreve as obras da
carne, o que o velho homem produz e o resultado fatal de uma vida em desobediência aos
mandamentos do Senhor.

Gálatas 5: 16 a 21 - “ Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.


Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se um ao outro, para
que não façais o que quereis. Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei. Porque as
obras da carne são manifestas, as quais são: adultério, prostituição, impureza, lascívia, Idolatria,
feitiçaria, inimizades, porfias, emulações, iras, pelejas, dissensões, heresias, Invejas, homicídios,

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CLASSE INTEGRAÇÃO

bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas, acerca das quais vos declaro, como já antes vos
disse, que os que cometem tais coisas não herdarão o reino de Deus.”

Essa lista enorme de pecados pertencem a vida daqueles que andam sobre o domínio da carne e não do
Espírito; e o versículo 21 é enfático quando diz que não herdarão o reino de Deus os que praticam essas
coisas.

Mas a grande questão é como se livrar dessa antiga maneira de viver? A resposta esta na ilustração do
pecador e seus cães. Na luta entre a carne e o espírito, vencerá aquele que for alimentado.

Como alimentamos a carne?


Alimentamos a carne quando cedemos às tentações que estão constantemente a nos assediar. Existem
algumas portas que abrimos para que o alimento da carne entre:

1ª João 2: 15-17- “Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do
Pai não está nele. 16 Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos
olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo.”

1. Amar o mundo: este mundo do qual fala o versículo não é mundo físico, mas representa tudo o que
desagrada a Deus. O primeiro passo é fechar a porta que me mantém com amizade com o mundo. Ex: Se
você teve problemas com alcoolismo, você deve parar de frequentar bares.

2. Concupiscência (COBIÇA) da carne: Concupiscência significa desejo ou apetite excessivo. Geralmente


se entende do relacionado com a inclinação sexual, embora englobe também os outros âmbitos. A
concupiscência é apresentada na Bíblia como causa de pecado. Podemos definir “cobiça da carne“ como
sentimentos (desejos) que estão muitas vezes impregnados em nossa natureza que nos impulsionam a
fazer o mal, e a sentir prazer no pecado.

3. Concupiscência dos olhos: Alguns dizem que os olhos são a principal avenida da tentação. A mente e a
imaginação são aliados dos olhos neste negócio que nem sempre acaba bem. Vale lembrar a queda
ocorrida no jardim do Éden quando os olhos foram à porta que abriu o coração da mulher para o pecado
contra Deus. É preciso cuidado com aquilo que olhamos, com aquilo que ouvimos pois tudo isso pode
afetar nosso relacionamento com Deus. Os olhos, os ouvidos são portas através dos quais muitas vezes
recebemos mensagens que podem nos trazer grandes prejuízos. Veja em Filipenses 4:8 a orientação
para cuidarmos dos nossos pensamentos. É preciso tomar cuidado com filmes, literatura, revistas que
muitas vezes trazem mensagens cheias de corrupção e engano, sutilezas que podem aprisionar nossas
mentes e corações. É preciso tomar cuidado com viagens mentais (fantasias), buscando satisfação em
práticas pecaminosas. Você sente o prazer e pensa: “não há nada demais”, “todo mundo faz” e assim
vamos nos envolvendo nas armadilhas do nosso coração. A mente nem sempre se concentra nas
consequências que mais cedo ou mais tarde chegarão, e sim no prazer e no desejo que se quer sentir
outra vez.

4. Soberba da vida: Isso significa acreditar que o sentido da vida encontra-se na aparência e no preço
das coisas e não no valor que Deus lhe tenha dado. Uma vida de superficialidade, ego inchado, onde o
valor de uma pessoa é medido pela quantia de dinheiro, ou pelo carro e casa que possui. Geralmente
esse tipo de pessoa acaba gastando mais do que ganha, vive atolado em dividas que lhe roubam a paz e
a alegria. Essa pessoa tem momentos de euforia, intercalados com momentos longos de tristeza, mas

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CLASSE INTEGRAÇÃO

pelo menos usa roupa de grife, tem um vistoso celular e frequenta lugares da moda. Deus quer que
sejamos prósperos. Entendendo prosperidade como ausência de necessidade e capacidade para
abençoar outros, e não riquezas segundo os valores do mundo.

É importante ressaltar que Jesus não quer nos isolar do mundo, evidentemente que devemos amar as
pessoas; pois o próprio Deus amou profundamente as pessoas. Ele quer que sejamos luz onde a luz é
necessária, obviamente influenciando e não sendo influenciado pelo ambiente que nos cerca.

Como alimentamos o espírito?


Alimentamos o espírito quando nos expomos às disciplinas cristãs. A palavra de Deus e a oração
representam as refeições principais para sustentar nosso espírito e vencer as tentações da carne.
Participar das atividades da igreja como cultos e células também é uma proteção contra as investidas da
carne. Quando estamos no meio do povo de Deus, somos alertados e exortados por aqueles que nos
amam e querem nos ajudar. Outro instrumento que Deus preparou para vencermos o mundo é
andarmos em Espírito.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

O Espírito Santo
Gálatas 5:16 – “Digo, porém: Andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne.”.

Quando uma pessoa crê no Senhor e experimenta o novo nascimento, o Espírito Santo vem morar no
seu interior. Todo o cristão tem o Espírito de Deus habitando em seu interior.

Rm 8:9 “ Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós.
Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.”

Cremos que existe uma experiência ainda mais profunda com o Espírito Santo (uma segunda benção), e
chamamos essa experiência de BATISMO NO ESPÍRITO SANTO, é nesse batismo (como vemos
acontecendo no livro de Atos) que somos cheios do Espírito, é nesse batismo que recebemos poder para
nos tornarmos testemunhas vivas de Cristo e obreiros capacitados para a obra do Senhor.

Atos 1:5 - “Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo,
não muito depois destes dias.”.

O batismo no Espírito Santo é um dom, uma promessa e um mandamento, o que significa que é algo
que nos é concedido, dado, gratuitamente. Não é um prêmio, uma conquista ou por merecimento, mas
é um presente dado por Jesus. É o Espírito que nos leva a uma vida santa e não uma vida santa que nos
leva ao Espírito. É o Espírito que irá transformar o nosso caráter. É um revestimento de poder para
resistir às obras da carne, para trabalharmos para o reino de Deus.

As manifestações do batismo podem ocorrer de várias formas. Uns podem profetizar, outros rir, chorar,
orar, falar em outras línguas. O Espírito Santo nos concede dons espirituais fundamentais para a
expansão da obra de Deus.

At 1:8 - “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em
Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra.”.

Um dos significados da palavra poder é “capacidade para fazer”. É a nossa capacitação para: fazer
discípulos, ser testemunhas de Cristo, anunciar o Evangelho do Reino e falar com autoridade e poder. Se
estivermos cheios do Espírito seremos testemunhas eficientes de Cristo e manifestaremos o Senhor
Jesus não apenas com palavras, mas com poder, pelo Espírito Santo que habita em nós.

Se você ainda não foi batizado no Espírito Santo você terá uma grande oportunidade no ENCONTRO
COM DEUS, que sempre acontece depois da Classe de Integração, este retiro espiritual é um tempo
especial para buscamos sermos cheios do Espírito Santo.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Aulá 09 – Námoro Cristáo


Embora não tenhamos nas escrituras sagradas a expressão “namoro”, se tivermos paciência e boa
vontade, seremos capazes de encontrar alguns princípios espirituais que certamente nos ajudarão a
desenvolvermos um relacionamento mais próximo com alguém do sexo oposto que seja saudável e
abençoador.

Nem Jesus, nem Paulo e também nenhum outro escritor sagrado tratou diretamente desse assunto,
dando-nos a impressão de que o “namoro” como conhecemos hoje seguramente não era um padrão
para aqueles dias.

Apesar disso, não podemos nos furtar como igreja do Senhor em oferecer respostas bíblicas para nossos
jovens acerca de assunto tão importante para eles. Com a graça de Deus apresentamos neste trabalho o
ponto de vista de nossa igreja, a luz do que temos encontrado nas escrituras.

Sabemos que o povo de Deus muitas vezes sofre por falta de conhecimento, e, portanto, nosso
propósito é contribuir para a saúde espiritual de nossos jovens. Queremos apontar um caminho seguro.

Assim diz o Senhor: "Ponham-se nas encruzilhadas e olhem; perguntem pelos caminhos antigos,
perguntem pelo bom caminho. Sigam-no e acharão descanso". Mas vocês disseram: ‘Não seguiremos!”
Jeremias 6:16

O texto de Jeremias deixa claro que “descanso” e “paz” serão concedidos aos que seguirem o bom
caminho. Um outro texto importante encontramos em Romanos 12:2, quando somos desafiados a não
aceitarmos o padrão deste mundo como referência para nossas vidas, mas que busquemos a
transformação de nossa mente (de nossa maneira de pensar) se desejamos experimentar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus.

É preciso deixar claro que Deus não é um “estraga prazeres”, longe disso, por nos conhecer tão
profundamente Ele tem estabelecido princípios pelos quais devemos conduzir nossas vidas, e aqueles
que forem suficientemente inteligentes e perseverantes na obediência a Deus desfrutarão das
promessas de vida abundante prometidas nas escrituras.

Um relacionamento de namoro que não esteja dentro dos elevados padrões morais das escrituras nos
levará ao pecado, e o pecado nos afastará de Deus. Não tenha dúvida, um namoro carnal afastará você
de Deus.

Ser um cristão fiel a Deus exigirá coragem de um jovem. Resistir aos apelos da mídia, dos colegas de
escola, da sociedade exigirá muita intimidade com Deus. Todos sabemos que existe um caminho largo e
espaçoso, e um caminho estreito e apertado, qual caminho você escolherá para o seu namoro?

Ter um relacionamento de namoro que honre a Deus deve ser o objetivo de todo jovem cristão, e para
isto será necessário firmeza de caráter. Cremos que todos os que perseverarem neste caminho de
santidade (pureza), desfrutarão de muitas bênçãos em sua vida espiritual e emocional.

O caminho estreito é o caminho do vencedor, é o caminho daqueles que vão encontrar vida e paz no
final da estrada; é o caminho daqueles que vão entrar em um casamento sem culpa, sem acusação e
desfrutarão plenamente das bênçãos de Deus.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Decisões Importantes
Existem duas decisões fundamentais em nossas vidas: 1ª) Sobre a salvação de nossa alma (com
implicações eternas) e 2ª) Com quem vou me casar? (com implicações permanentes)

A resposta a segunda pergunta passa geralmente pelo namoro e noivado, que são oportunidades de
conhecermos melhor a pessoa com quem estamos pensando em construir uma família. Não vemos o
namoro como curtição, ou como um meio para darmos vazão aos nossos impulsos sexuais, vemos o
namoro como algo intencional, que tem um propósito.

Quem namora sem propósito, tem o propósito de apenas curtir; e quem namora apenas para curtir
certamente cederá a imoralidade sexual. Bem, vejamos alguns princípios inegociáveis para quem deseja
viver um relacionamento de namoro dentro de padrões morais bíblicos.

1 - Santidade e Pureza: 1º Tessalonicenses 4:1-8; 1ª Coríntios 7:1-2; 8-9

Imoralidade sexual inclui: Adultério, sexo antes do casamento, prostituição.

Portanto, namoro que termina em imoralidade sexual é contrário a palavra de Deus. Não existe meio-
termo, não existe alternativa. Eu não consigo me controlar, o que faço? Case-se. Paulo diz em 1ª
Coríntios 7:9 – Mas, se não conseguem controlar-se, devem casar-se, pois é melhor casar-se do que ficar
ardendo de desejo.

“Mas eu não tenho a menor condição de casar”, alguém argumenta; o que faço? Se não tem controle e
não tem condição de casar termine o NAMORO. Simples Assim. O que não dá é viver no pecado,
ignorando a palavra de Deus e acreditar que tudo dará certo no final.

Já dissemos anteriormente, e repetimos: Deus não é um estraga-prazeres e nem ladrão de nossa alegria,
pelo contrário, seus princípios nos garantem o deleite, quando vivemos de acordo com os seus
princípios. (Provérbios 5:18-19)

2 – Princípio de Autoridade (Gênesis 2:24)

Deus estabeleceu o contexto para a sexualidade sadia, o casamento. Não devemos negligenciar esse
assunto. Porque homens e mulheres deveriam casar-se virgem? Virgindade é algo que Deus leva a sério?

Deuteronômio 22:20-21. O texto descreve a violência como o problema era tratado. O remédio para a
situação era horrível, revelando a gravidade do assunto. O texto diz: prostituindo-se enquanto estava
na casa do Pai. “Fora do vínculo matrimonial, o sexo é imoral e destrutivo. A evidência está por toda a
parte. Adultério e fornicação destroem pessoas espiritualmente, mentalmente, fisicamente e
socialmente. Você e eu jamais poderemos argumentar contra este mandamento. É uma lei absoluta de
Deus estabelecida nos dias de Moisés e confirmada por Jesus.”. Dick Iverson

A citação de Deuteronômio não tem o propósito de assustar ninguém, apenas evidencia a dureza como
a perda da virgindade era vista como uma afronta a Deus. Talvez alguém diga: Mas não estamos mais
debaixo da Lei de Moisés, isso é coisa ultrapassada e antiquada. É verdade, vivemos a era da graça, mas

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CLASSE INTEGRAÇÃO

não devemos imaginar que certos princípios espirituais continuam vigentes, ou alguém seria capaz de
afirmar que HONRAR PAI E MÃE é coisa ultrapassada, ou que MATAR alguém agora seria aceitável
porque estamos vivendo na graça?

Não vamos apedrejar ninguém. Isso não cabe mais. Porém, não devemos duvidar de que ultrapassar
limites espirituais sempre produzirão colheitas amargas em nossas vidas. (2ª Co 7:1)

Dicas Importantes para não errar.


1 - Comunicar os pais e seus líderes

Devemos honrar nossos pais, e nós os honramos quando valorizamos a opinião e o conselho deles em
nossos relacionamentos. Muito sofrimento seria evitado se os filhos ouvissem mais os seus pais,
ninguém deseja mais o bem-estar de seus filhos do que seus pais. (Efésios 6:1-3 – Provérbios 30:17)

2 – Não ser precipitado

Gastar tempo em oração antes de assumir qualquer compromisso pode evitar uma tragédia. Envolva
Deus em seu relacionamento, ore, tenha paciência, espere no Senhor. Não existe uma regra quanto ao
tempo necessário de oração antes de iniciar o relacionamento (sugerimos de 3 a 6 meses), envolva
pessoas confiáveis nessa jornada de oração, e estejam abertos para o SIM e para o NÃO. Orar apenas
para cumprir uma obrigação religiosa não vale nada, absolutamente nada.

Se o pretendente não quer ORAR, já é um grande sinal de que ele (ela) não serve para você. Pode parar
de orar porque a resposta já foi dada.

Começar um relacionamento de namoro muito cedo é fria, vai colocar você em uma pressão enorme.
Qual idade seria adequada? Cabe aos pais chegarem a um consenso com seus filhos. Sugerimos aos
nossos jovens que esperem os 18 anos, talvez começando a orar aos 17 anos.

Lembre-se do conselho de Paulo: Quem não pode controlar-se deve casar-se. Como alguém vai casar
sendo ainda um adolescente, tendo ainda que enfrentar uma faculdade e ainda procurando um
emprego. Portanto, sem pressa. Curta as amizades, curta seus amigos, curta sua vida com Deus. Há
tempo para todas as coisas.

Se nós nos submetermos a este tipo de aprovação, estaremos construindo um relacionamento seguro e
protegido espiritualmente. É uma maneira poderosa de tomarmos posse da herança que nos cabe como
filhos.

3 – Observe atentamente

Procure conhecer melhor a pessoa, observe o comportamento desta pessoa no meio da galera. Façam
programas juntos com toda a turma. Quando fizerem programas a sós, priorizem atividades que
realmente permitam uma boa conversa, que permitam realmente conhecer melhor um ao outro. Falem
sobre sonhos pessoais, visão para o futuro. Tenha um relacionamento saudável e conheça a pessoa,
como ele é? Como é quando fica nervoso (a)? Como ele (ela) trata os pais? Como é na hora em que é

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CLASSE INTEGRAÇÃO

contrariado? Enfim como a pessoa é em sua realidade.

4 - Seja Prudente

Não se precipite com as palavras. Cuidado com a famosa frase: "Você é a pessoa de Deus para mim", e
"Eu te amo". Não seja precipitado (a), não banalize algo tão profundo. Dê uma lida em 1ª Coríntios 13:4-
7, que fala do amor, e compare com aquilo que você está sentindo.

5 - Tenham limites claros

Conversem francamente um com o outro, estabeleçam juntos princípios morais elevados para o
relacionamento. Assumam o compromisso mútuo de santidade (pureza), reconheçam a importância de
limites claros para o relacionamento, o propósito é conhecer um ao outro emocionalmente e não
fisicamente. Sem limites claros vocês serão dominados pelos hormônios, e os nossos hormônios
costumam nos trair quando estão em um ambiente fora de controle.

Como não ser destruído em função do tempo prolongado de namoro?


Em primeiro lugar como já falamos anteriormente NAMORE COM PROPÓSITO, e não apenas para
curtição, pois namoro para curtição vai levar você ao pecado. Começar o namoro muito cedo (ainda na
adolescência) certamente implicará em um tempo prolongado de namoro, pois ambos terão poucas
condições de assumirem um compromisso mais sério, e quanto mais tempo, maiores os riscos de
enfrentarem dificuldades.

Tempo Certo
Muitos começam um relacionamento antes de estarem prontos, na verdade não é um relacionamento
sério é apenas um passa tempo. Falta de valorização pessoal, envolvimento sem nenhum compromisso,
afastamento de Deus, isolamento.

E tudo isso acontece num período tão importante de nossa vida, um período em que Deus quer toda a
nossa atenção, quer marcar nossas vidas com coisas boas, quer nos preparar para a juventude e a fase
adulta, quer desenvolver nosso caráter.

Todo jovem que fica de galho em galho, se desvaloriza, pois tudo o que é muito usado se torna
indesejável. Persistindo nesse erro, o jovem perde o respeito próprio, o que resulta na prática do sexo, e
na imoralidade. Muitas pessoas que estão vivendo na imoralidade começaram na prática de algo
aparentemente inocente.

IMPLICAÇÕES do “Namoro sem compromisso”


1- A vida é uma construção de relacionamentos. O “namoro” sem propósito é contrário a construção,
pois é algo de momento, tornando as pessoas descartáveis. No relacionamento sem compromisso não
existe respeito aos sentimentos do outro, mas tão somente a busca do prazer momentâneo.

2- Passa a ideia de liberdade plena, estimula o conceito de não ter relacionamentos duradouros. Não há
referência de estabilidade, e sem estabilidade não há construção.

3- É como uma brincadeira de videogame, porém, com consequências reais, e muitas vezes irreparáveis.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

4 – Perde-se a referência de fidelidade no relacionamento, e amanhã levará esse conceito para o


casamento, ou viver infeliz no casamento, pois não haverá satisfação no relacionar-se apenas com uma
pessoa. E quem sabe até por um fim a um casamento, transformando em transitório algo que deve
durar para sempre.

5- Correm o risco de serem rotulados de volúveis, (que muda facilmente de direção, inconstante,
instável) e ninguém se arrisca a algo mais sério com eles.

6 - Não existem limites no contato físico, e muitos terminam queimando etapas em sua vida sexual, e
correndo todos os riscos inerentes a essa postura. (dor emocional, gravidez indesejada,
responsabilidade financeira)

Poderíamos relacionar ainda outros motivos, mas temos a certeza de que jovens e adolescentes
conhecem cada um deles. Porém, à luz da Bíblia, desejamos que vocês sejam responsáveis em relação a
esse assunto tão importante, e com a orientação do Espírito Santo estabeleçam padrões elevados para
suas vidas.

Todavia, se namorar te afasta de Deus, ou leva você a uma vida de impureza e pecado, não tenha
dúvida, termine o namoro.

Como posso saber se meu relacionamento agrada a Deus?


1. Tem a benção dos meus Pais?
2. Estou crescendo espiritualmente depois que comecei o namoro?
3. Estou mais envolvido com a igreja e os ministérios?
4. Não estou me isolando da turma, entrando num relacionamento possessivo e dominador?
5. Consigo manter minha integridade, minha pureza e minha santidade, ou estou entrando em terreno
perigoso?

E finalmente...
Não importa se todos namoram segundo padrões mundanos, nós somos diferentes, pois temos o
Espírito Santo.

1º Timóteo 4:12 “Ninguém o despreze pelo fato de você ser jovem, mas seja um exemplo para os fiéis
na palavra, no procedimento, no amor, na fé e na pureza”.

Como filhos de Deus, precisamos lutar por valores mais elevados, como o compromisso, a fidelidade, a
integridade, não apenas por que fazemos parte de uma igreja, mas acima de tudo por Jesus Cristo.

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CLASSE INTEGRAÇÃO

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CLASSE INTEGRAÇÃO

Ficha de Presença
Dia 01: ___/____/____ Dia 02: ___/____/____
Aula 01 - Igreja: Definição Aula 03 - Visão Celular
Aula 02 - Estrutura INJ – AJ Aula 04 - Declaração de Fé

Presença: ( ) Presença: ( )
Dia 03: ___/____/____ Dia 04: ___/____/____
Aula 05 - Novo Nascimento Aula 07 - Dízimos e Ofertas
Aula 06 - Batismo e Ceia Aula 08 - Vida Devocional

Presença: ( ) Presença: ( )
Dia 05: ___/____/____
Aula 09 - Namoro Cristão
Aula 10 - Painel

Presença: ( )

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