Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
TEOLOGIA
SISTEMÁTICA
II I
TEOLOGIA SISTEMÁTICA III
SUMÁRIO
Pág.
- INTRODUÇÃO 03
- CAPÍTULO I
- CAPÍTULO II
- CAPÍTULO III
- CONCLUSÃO DO CURSO 38
- REFERÊNCIAS 39
INTRODUÇÃO:
DOUTRINA DA IGREJA
(ECLESIOLOGIA)
A - INTRODUÇÃO
A igreja é a comunidade de todos os cristãos de todos os tempos. Essa definição compreende que
a igreja é feita de todos os verdadeiramente salvos. O plano de Deus para a igreja é tão grande que ele
exaltou Cristo a uma posição de suprema autoridade por amor à igreja (Ef. 1:22-23). Estaremos então
estudando a partir de agora a Eclesiologia, que é o estudo da igreja em sua natureza, ordenanças,
ministério, missão e governo.
B) Não usados
A. Não é usado para prédio: A palavra grega ekklesia, traduzida "igreja", sempre se refere a
pessoas, jamais a um prédio. Hoje em dia, alguém poderia dizer: "Há uma igreja branca na
esquina das ruas tal e tal." Quando a Bíblia fala da igreja de Éfeso, refere-se à congregação
de cristãos em Éfeso. Já que nenhum prédio de igreja foi construído até o terceiro século,
Não é fácil classificar os vários ministros e oficiais mencionados no Novo Testamento; vários
termos, tais como "pastor, presbítero e bispo", que consideramos títulos, são provavelmente maneiras
deferentes de descrever a mesma função. Alguns termos, como "ministro" e "diácono", são traduções
diferentes da mesma palavra grega diakonos. Estaremos analisando cada uma das várias funções de
liderança que existiam na igreja do Novo Testamento:
A. Apóstolos: Os primeiros expositores do evangelho cristão foram os apóstolos, que
representam também o primeiro dom de ministério concedido por Deus à igreja (Lc 6:13; At
16:4; Ef 4:11,12, 2:20). A palavra "apóstolo" é uma transliteração do grego apóstolos, que
significa "um mensageiro" ou "alguém enviado numa missão". (Mt 10:2; Lc 22:14; At 1:15-
26; Ap 21:14). Os requisitos para o apostolado eram: (1) ter estado com o Senhor (At
1:21,22); (2) ter sido uma testemunha da ressurreição (At 1:22); (3) ter visto o Senhor (1 Co
E. A MISSAO DA IGREJA
A. Pregação e ensino
A missão principal da igreja é declarada na Grande Comissão dada por Jesus aos apóstolos
antes de sua ascensão. Uma forma da comissão é encontrada nos quatro evangelhos e no livro
de Atos, cada escritor descrevendo apenas uma parte selecionada da comissão total. Assim
sendo, será necessário examinar as cinco ocorrências do encargo de Jesus à igreja, a fim de
entender o escopo total da comissão. Marcos enfatiza a missão da igreja na "pregação
evangelho"...Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16:15). A
importância da pregação pode ser indicada pelo fato de que as palavras usadas para "pregação"
foram incluídas mais de 115 vezes no Novo Testamento. Existem dois termos gregos principais
traduzidos como "pregar": (I) kerusso, que significa "anunciar" (como uma proclamação real), e
(2) euangelizo, que significa "pregar as boas novas"; cada um deles ocorre mais de cinquenta
vezes. Além da pregação como uma missão da igreja, Marcos também ressalta o poder
sobrenatural do Espírito Santo que acompanharia a pregação do evangelho (Mc 16:17-20; Lc
24:47-49; At 1:8, Jo 20:21-23.)
Segundo Lucas e Atos, Jesus encarrega os pregadores da igreja de serem suas testemunhas; eles
não deverão pregar por ouvir dizer, mas anunciar o que já experimentaram: "o que temos visto e
ouvido anunciamos também a vós outros, para que vós igualmente mantenhais comunhão
conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo" (1Jo 1:3). (Cf. Lc
24:48; At 1:8; 10:40-43; 1 Co 1:17-24; 9:16.)
O relato de Mateus sobre a Grande Comissão enfatiza a missão de ensino da igreja:
"...Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Ide, portanto, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar
todas as cousas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias ate à
B. Discipulado
"Ensinar" em grego é matheteua, de mathetes, que significa "discípulo". A missão da igreja é
"discipular todas as nações". Discipular é mais que ensinar. Podemos ensinar comunicando um
sistema de preceitos. Mas dissimulamos outrem demonstrando a verdade através do exemplo. (1
Ts 1:5-7). A grande força da igreja local é sua vida comunitária cristã.
C. Comunhão (confraternização)
A missão da igreja é manter uma comunhão entre os crentes. A Primeira Igreja era rica em
fraternidade: "E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão" (At 2:42). O termo
grego para ''comunhão" e koinonia, que significa "aquilo que é possuído em comum ou
compartilhado", "comunhão. Os usos de koinonia nas Escrituras são os seguintes: "...a graça de
participarem da assistência aos santos (2 Co 8:4b - caridade); "...me estenderam, a mim e a
Barnabé, a destra de comunhão..." (G12:9 - aceitação no Corpo); "e manifestar qual seja a
dispensação (comunhão) do mistério..." (Ef 3:9a - participação no Corpo); "pela vossa
cooperação no evangelho..." (Fp 1:5 – participação na salvação); "Se há...alguma comunhão no
Espirito..." (Fp 2:1b - unidade efetuada pelo Espírito). Talvez o apóstolo João, em sua primeira
carta, é quem resuma as aplicações mais claras da comunhão bíblica: (1 Jo 1:3,6,7).
D. Adoração
Jesus disse que o Pai busca a adoração daqueles que quiserem adorá-lo em espírito e em verdade
(Jo 4:23). Uma missão importante da igreja é promover e manter uma atmosfera que leve a
adoração, oração e louvor: (1 Pe 2:9). (Rm 12:1) (Hb 13:15) (Rm 8:26) (1 Co 14:2,4).
E. Missões e evangelismo
A Grande Comissão incluía a evangelização mundial. Jesus pretendia que o evangelho fosse
levado para além das fronteiras de Jerusalém, Judéia e Samaria. O evangelho era as "boas novas"
para todas as nações, até "aos confins da terra" (At 1:8). Todavia, foi necessária uma perseguição
devastadora para espalhar o evangelho e os evangelistas até Antioquia (At 8:1; 11:19,20; Rm
15:19-21; 1 Co 10:14-16; Is 52:10.)
F. Maturidade do crente
A igreja não completou sua missão de fazer convertidos. Uma ande parte do Novo Testamento
refere-se ao ensino, edificação e amadurecimento do crente. (Ef 4:11-15). A Bíblia fala de
crescimento e maturidade nestes e através destes aspectos: (1) oração, C1 4:12; (2) Palavra de
Deus, 1 Pe 2:2; Cl 1:28; (3) exercício da fé, 1 Ts 3:10; (4) paciência na provação, Tg 1:2-4; 1 Pe
1:7; (5) amor, 1 Ts 1:3; C1 3:24; 1 Jo 2:5; 4:12; (6) graça, 2 Pe 3:18; (7) obras cristãs, Hb 13:21;
(8) dons espirituais, Rm 1:11, cf. Hb 6:1; 1 Co 3:1,2; 2 Tm 2:15.
F. OS SACRAMENTOS DA IGREJA
Embora muitas pessoas ainda tem um velho conceito advindo do catolicismo romano, onde se
aprende que são 7 os sacramentos, no entanto biblicamente são apresentados por Jesus, o Senhor da
Igreja, apenas 2: O Batismo nas Águas e a Ceia do Senhor.
A. Batismo nas águas. Atos 8: 12; 8:36-38; 9:18; 10:47,48; 16:15; 16:33; 18:8; 19:5,6; 22:16. (Rm
6:3; 1 Co 10:2; G1 3:27).
1. O método do batismo nas águas é por Imersão:
Isto pode ser visto no significado da palavra grega baptizo, que indica claramente imergir,
além da admissão de eruditos cujas igrejas praticam a aspersão, e pela descrição bíblica da
maneira como Jesus foi batizado no rio Jordão.
2. A fórmula para o batismo nas águas é claramente estabelecida na Grande Comissão como
"em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo"
B. A ceia do Senhor
Na sua última Páscoa, Jesus instituiu a ordenança de comer o pão e tomar o suco da videira em
memória de sua morte expiatória: (Lc 22:19), (At 2:42,46; 20:7,11; 27:35) (1 Co 11:23-26)
(Veja também 1 Co 10:16-21; 11:20-22,27-34.)
1. Observe os seguintes pontos reativos à natureza da ceia do Senhor:
a) É um ato de obediência ao mandamento do Senhor. (1 Co 11:23,24).
b) É um memorial à morte expiatória e ao sangue derramado de Jesus (1 Co 11:24; Lc 22:19).
c) É uma proclamação, um ato de confissão, pela igreja, da fé na eficácia da obra expiatória de
Cristo: (I Co 11:26).
d) É uma afirmação da expectativa da volta de Cristo para Concluir sua obra redentora: (1 Co
11:26).
e) É uma experiência de comunhão com o Senhor, na qual cada participante recebe pela fé a
força e a bênção de sua ligação com o Salvador: (1 Co 10:l6).
B. A unidade do corpo
Uma das maiores ênfases da metáfora do "corpo" é a da unidade dos muitos membros da igreja.
A igreja (corpo) de Cristo não é simplesmente uma coleção de indivíduos que concordam com
uma filosofia; a igreja é um organismo, do qual os membros são partes inter-relacionadas. (1 Co
12:18,20,21,26; Mt 24:14; 28:19,20; Mc 16:15).
F. Ministério do corpo
O conceito de igreja como o corpo de Cristo tem recebido nova ênfase nos últimos anos, que
levou a importantes percepções sobre adoração e ministério. (Ef 4:11-15).
A partir deste conceito do ministério do corpo, como expresso pelo apóstolo Paulo, vários fatos
ficam claros:
1. É intenção do Senhor que cada membro do corpo de Crista tenha um ministério.
2. O principal propósito do ministério do corpo é a edificação da igreja inteira (Ef 4:12) (l
Pe4:10)
3. Quando o corpo inteiro ministra em unidade e amor, o resultado o crescimento espiritual e
numérico (Ef 4:16).
4. Quando toda a igreja ministra, é preciso que a força agregadora do amor esteja presente (1
Pe 1:22). (1 Co 13; G1 5:13; Ef 4:2,3,15,16; 3:17-19; Fp 2:1-5; C1 3:12-15; 1 Ts 5:12,13.)
B. ANGELOLOGIA
A. Definição
A palavra anjo é extraída do hebraico mal'ak do Antigo Testamento ou do grego angelos do Novo
Testamento, significa "mensageiro". Os anjos santos são mensageiros de Deus, enquanto os anjos
decaídos são mensageiros de Satanás - "o deus deste mundo".
2. Os anjos maus
Além dos anjos bons, há também os maus, cujo prazer está em opor-se a Deus e combater sua
obra. São criaturas de Deus, porém não foram como anjos maus, pois tudo o que Deus criou era
muito bom (Gn 1:31) Porém estes anjos não mantiveram sua condição original, e caíram do
estado em que tinham sido criados (2 Pe 2:4; Jd 6). A partir desta queda, foi travada uma
verdadeira guerra que perpetua até os dias atuais, e se dará até o evento final, quando Satanás
será lançado no lago que arde com fogo e enxofre (Ap 20:10). Sendo assim, tendo em vista que
um dos princípios fundamentais da guerra tem sempre sido o estudo do inimigo, temos que
também conhecer aqueles que tentam nos se opor à obra de Deus e automaticamente a nós, seus
filhos.
a) Sua existência: A Bíblia declara abertamente o fato da existência de anjos maus. (Jd 6; 2
Pe 2:4; S1 78:49; Mt 25:41; Ap 12:7-9).
b) Sua identidade: Alguns fazem diferença entre anjos maus ou decaídos e demônios. Mas,
ao que parece, um grande numero de estudiosos da Bíblia chegou à conclusão de que
os anjos maus são os demônios tão citados na Bíblia.
C. DEMONOLOGIA
- Só existe um diabo – diabolos (acusador), que é Satanás, enquanto há multidões de demônios.
A. A realidade dos demônios
Estes seres são seres reais, existem e não estão simplesmente na mente ou imaginação das
pessoas. O próprio Jesus reconheceu a sua existência. (Mt 12:27-28; Mt 10:8; Mc 16:17; Lc
10:17; 1 Co 10:20; 1 Tm 4:1).
F. Possessão demoníaca
1. A realidade da possessão demoníaca
a) Como vista no ministério de Jesus: Endemoninhados foram levados a Jesus, e Ele tratou
com eles como se fossem possuídos, expulsando os demônios (Mt 8:16; Mc 5:2-13; Mt
9:32,33). Jesus estava convicto de que expulsava os demônios desses indivíduos (Mt
12:26-28), e Ele cria tanto que os demônios eram reais e que os expulsava, que advertiu
seus críticos de que eles estavam quase praticando o pecado imperdoável.
b) Como vista no ministério da primeira igreja: (Mc 16:15-17). A realidade da possessão
demoníaca é claramente evidenciada pelos eventos dramáticos registrados em Atos
19:13-16: sete exorcistas profissionais itinerantes procuraram usar o nome de Jesus para
expulsar demônios, como tinham visto Paulo fazer, mas sofreram nas mãos do homem
possuído, partindo nus e feridos.
c) Em relação à obra redentora de Cristo: Confirme mencionado, parece ter havido um
aumento da atividade demoníaca durante a vida e o ministério do Senhor Jesus aqui na
terra (Gn 3:15; 1 Jo 3:8; 1 Tm 4:1)
D. SATANALOGIA
A. Porque devemos estudar esta doutrina: Embora Satanás jamais devesse receber qualquer
proeminência, é importante compreender o lugar dado a ele nas Escrituras. Nenhum outro
indivíduo, exceto o Pai, o Filho e o Espírito Santo, recebe tamanho enfoque na Bíblia, desde o
seu início até o fim, como o personagem que conhecemos como Satanás, o diabo.
B. Comprovando a existência de Satanás: Registro bíblico da sua existência: Satanás, seu nome
hebraico que significa “Adversário”, só é mencionado expressamente em cinco ocasiões no
Antigo Testamento. (Gn 3:1-15) (1 Crônicas 21:1) (Jó 1:6-12; 2:1-7) (Zacarias 3:1,2) (Gênesis
3:15)
D. Sua origem: Deus não criou o diabo como o conhecemos hoje. Tudo o que Deus fez foi
considerado bom (Gn 1:31). Ezequiel 28:12-19 dá uma descrição detalhada da beleza e
sabedoria com que Satanás foi originalmente criado. Isaias 14:12-17 nos dá seu nome antes da
queda. Ele era chamado "Lúcifer", que significa "estrela da manha"; literalmente, "portador da
luz". Ele é descrito para nós como o anjo mais graduado da criação de Deus. O mistério está em
como um ser tão sábio e belo poderia ter caído tanto, a ponto de ser agora o mais vil no
universo. O capítulo 14 de Isaias conta esta queda e a razão dela. (1 Tm 3:6). Lúcifer, em seu
orgulho egoísta, procurou elevar-se acima da esfera em que fora criado e acima do propósito e
serviço que lhe foram designados. Em conseqüência dessa rebelião, Lúcifer foi expulso do reino
celestial e do cargo que mantinha. (Is 14:15). (Lc 10:18) (Jó 1:6,7) (Ap 12:10) (Is 14:13).
E. Seu caráter: Um dos grandes recursos de Satanás, ao opor-se à obra de Deus, é sua falsidade.
Através dos séculos, ele representou papéis que levaram os homens a pensar a seu respeito de
muitas formas enganosas, e não no seu verdadeiro caráter, tornando assim mais fácil desviá-los
de Deus. (Is 14:14). As Escrituras dão diversos nomes e títulos descritivos a Satanás.
A. INTRODUÇÃO
Muitos homens incrédulos podem fazer predições razoáveis de eventos futuros com base em
padrões de ocorrências passadas, mas na natureza da experiência humana é evidente que os seres
humanos, por si mesmos, não conseguem conhecer o futuro. Mas os cristãos que crêem na Bíblia vivem
outra situação. Ainda que não possamos conhecer tudo acerca do futuro, Deus conhece todas as coisas
futuras, e nas Escrituras, trata dos principais fatos ainda futuros na história do universo. Sendo assim
podemos ter absoluta certeza da ocorrência desses fatos, porque Deus nunca erra e jamais mente.
Ao estudo destes eventos futuros, damos o nome de Escatologia, que vem de duas palavras
gregas: eschatos, significando "último", e logos, que significa "o assunto tratado". Assim sendo,
Escatologia deve ser o estudo doutrinário que trata dos últimos eventos da história sagrada, incluindo
tudo que está além desta vida e era, assim como os eventos finais da era presente. Todavia, o termo
"escatológico" é freqüentemente aplicado a toda esta época, como veremos abaixo:
(1) Pedro, no Dia de Pentecostes, declarou que o derramamento do Espírito cumpriu a profecia de
Joel concernente aos "últimos dias" (At 2:16-21).
(2) A igreja já goza de certos poderes da era do reino e do mundo vindouro (Lc 17:21; Mt 16:19; Hb
6:5).
(3) Desde que a igreja espera a vinda do Senhor a qualquer momento, cada instante é “escatológico"
(Rm 8:23; 1 Co 1:7; Lc 12:35,36; 1 Ts 1:10).
(4) Uma vez que Cristo, o Filho de Deus, é o "fim" ou "alvo" de todas as coisas no plano redentor de
Deus, a vinda do filho encarnado iniciou os "últimos dias” (Hb 1:2).
(5) Como o espírito do anticristo já está operando na expectativa do conflito final, João disse que esta
já é a “última hora” (1 Jo 2:18).
B. MORTE
Um dos grandes problemas que o homem enfrenta desde os primórdios da humanidade, vem a
ser sua única certeza após seu nascimento, ou seja, a morte. Temida por alguns, buscada por outros, ela
vem assumindo seu papel desde que o pecado entrou na humanidade. Mas para entendermos um pouco
mais sobre a morte, temos que observar o fato que as Escrituras relatam sobre três tipos de morte: morte
física, morte espiritual e segunda morte ou morte eterna.
A. Morte física: A morte física é a separação entre alma e corpo e constitui a transição do mundo
visível para o invisível. Para o crente, ela marca sua entrada no paraíso e na presença de Cristo
Jesus (2 Co 5:1,8; Fp 1:23). Para o incrédulo, a morte é sua entrada no Hades (Lc 16:22,23; Mt
10:28; Ap 20:13). A morte física não é o fim da existência, mas apenas uma mudança no estado
da existência. Para o crente, a morte física é o efeito supremo do pecado, e o último a ser
cancelado pela obra redentora de Cristo (Rm 5:12-15; 1 Co 15:26; 1 Co 15:54-57; 2 Tm 1:10; Hb
2:9,14,15; 9:15; Fp 1:21).
C. O ESTADO INTERMEDIARIO
O estado intermediário é aquele estado da alma entre a morte física e a ressurreição. Para o
crente, a ressurreição ocorrerá na vinda de Cristo; para o incrédulo, ela não ocorrerá senão depois do
milênio, no juízo final.
A. Onde ficam os incrédulos: Quando os incrédulos morrem, eles vão imediatamente para o Hades,
que é a morada dos mortos perversos. Antes de Cristo, os justos e os injustos iam para o Sheol,
que tinha dois compartimentos separados por um abismo intransponível (Lc 16:22-31; Gn
37:35; Dt 32:22; Ez 32:23,24; Mc 9:43). Já que os injustos não vão para a perdição final até o
último julgamento, quando serão lançados no lago do fogo, a palavra "inferno" ou “Hades” é o
lugar onde os perversos estão agora aguardando a ressurreição do juízo. O Hades é, porém, um
lugar de sofrimento, como vemos no relato do homem rico e Lázaro (Lc 16:23; 1 Pe 3:19).
B. Onde ficam os justos: O estado intermediário dos justos é chamado "paraíso". Jesus disse ao
ladrão agonizante: "...hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23:43). Depois da ressurreição de
Jesus, a morada dos justos foi transferida do Sheol para o paraíso. Jesus desceu pessoalmente ao
Sheol e "levou cativo o cativeiro"(Ef 4:8). Ele passou "...três dias e três noites no coração da
terra" (Mt 12:40; Ef 4:9,10; Nm 16:33.)
C. Conceitos falsos sobre o estado intermediário: Existem vários conceitos falsos sobre o estado
intermediário, mantidos por um grande número de pessoas. Três deles serão tratados aqui.
1. Purgatório: As igrejas católica romana e ortodoxa grega ensinam que os membros que
não tiveram uma vida perfeita passam algum tempo no purgatório, a fim de purificar seus
pecados e imperfeições. Dependendo da gravidade de suas ofensas, o tempo em que
ficam no purgatório pode durar algumas horas ou séculos, terminando apenas com o juízo
final. Nenhuma referência bíblica ao estado intermediário faz qualquer alusão a
sofrimentos no purgatório. Além disso, o conceito de purgatório infringe o ensinamento
claro da Escritura quanto à suficiência do sangue de Cristo para purificar o pecado e à
salvação pela graça através da fé (Hb 10:10-23; Ef 2:8-10; Rm 3:24-28; 5:1,2,9,10;
8:1,31-39.
2. Sono da alma: Este é o ensino de que após a morte a alma descansa em estado
inconsciente até a ressurreição. Esta doutrina é seguida por adventistas do sétimo dia,
testemunhas de Jeová e vários grupos menores. Jesus não foi às moradas dos perversos
no Sheol ou Hades, mas à parte conhecida como "seio de Abraão". Ele esvaziou o Sheol
dos justos, levando-os em sua companhia ao paraíso (S1 16:10; At 2:27.) Quando os
justos morrem, vão imediatamente para a presença de Cristo Jesus. (2 Co 5:8; 1 Ts 5:9-
11).
F. A volta de Cristo para reinar - a revelação: No arrebatamento, Cristo vem buscar os seus santos; na
sua revelação, Ele vem com os seus santos. No arrebatamento, Ele vem nos ares; na sua revelação,
Ele vem à terra pata reinar em poder e gloria. O arrebatamento é seguido pelo julgamento das
recompensas dos crentes e da ceia das bodas do Cordeiro; a revelação é seguida pela derrota do
anticristo e das nações perversas, assim como pelo estabelecimento do seu reino milenar (Ap 19,
20; Jd 14; Dn 7:9,10,21,22; Is 11:1-4; 63:1-3.) Segundo Apocalipse 19, as fases na volta de Cristo
para reinar são:
1. Os céus abrem-se e Cristo aparece montando um cavalo branco, com uma coroa em sua
cabeça e vestes salpicadas de sangue; seu nome é anunciada como sendo "o Verbo de
Deus" (Ap 19:11-13)
2. Ele é acompanhada por exércitos de santos, também montando cavalos brancos (Ap 19:14-
16)
3. Um anjo anuncia que Ele está pronto para lutar contra a besta e seus exércitos que se
reúnem em oposição ao Senhor (Ap 19:19-21; Dn 8:25).
4. Um anjo do céu lança Satanás, chamado de "antiga serpente", ''dragão'' e "diabo'', no abismo
onde ele fica preso durante mil anos (AP 20:1-3)
E. A TRIBULAÇÃO
A. A palavra "tribulação" nas Escrituras é usada pelo menos de três formas diferentes:
1. Aplicada às provações e perseguições que os cristãos sofrerão a través de toda a era da
igreja como resultado de sua identificação com Cristo: (Jo 16:33; 1 Jo 3:1; 1 Co 3:4; 2 Ts
1:4; At 14:22; Rm 12:12; Ef 3:13; 2 Co 7:4.)
2. Aplicada a um período especial de tribulação para Israel, profetizado por Daniel (Dn 9:24-
27; Jr 30:7-9; Mt 24:15).
3. Aplicada à ira final de Deus sobre o anticristo e as nações gentias que o seguem (Ap 6:12-1
7), chamada de "grande dia da ira dEle"
É muito importante que as três diferentes aplicações da palavra "tribulação" sejam claramente
distinguidas, no entanto a este período específico após o arrebatamento da igreja, a segunda e
terceira aplicação são as se destacam. Pois segundo os textos Bíblicos sobre este assunto, este
tempo está definido para se cumprir o propósito de Deus com a nação de Israel e também tratar
com as nações ímpias sobre a terra (Ap 3:10; 1 Ts 5:9; Dn 9:24-27; 12:8-13; Rm 11:24,26; Ap
7:4,8; Ap 11,12).
B. O sonho e a visão de Daniel: Daniel profetizou também acerca de épocas de domínio mundial por
parte das nações gentias (Dn 2:31-44; Dn 7:1-14; Dn 2:31-35; 7:8-14; 12:1-3). Há também outras
referências a este período em Mateus 24 e Lucas 21, bem como Zc 14:1-4; Ap 14:20; 16:14-16;
19:19.
C. Principais eventos da tribulação
1. Remoção da igreja e destruição do iníquo (2 Ts 2:1,7,8)
2. Restauração do sacrifício diária num templo reconstruído, mediante aliança com o anticristo
(Dn 9:27)
3. Vertidos os juízos resultantes da abertura dos sete selos (Ap 6:1-8:5)
4. Vertidos os juízos mediante o toque de sete trombetas (Ap 8:6- 11:15)
5. Remoção do sacrifício diário estabelecido pelo anticristo e vinda do abominável da desolação
(Dn 9:27; 12:10,11; Mt 24:15). Isto acontece no meio dos sete anos, que são divididos em
duas partes de três anos e meio: Ap 11:2,3; Dn 9:27; 12:11; Ap 12:14. A última metade é
considerada como sendo a grande tribulação.
6. Perseguição crescente a Israel (Ap 12:1517). Está previsto também que 144.000 judeus das
doze tribos são selados (Ap 7:1-8); um numero incontável de santos da tribulação de todas as
nações, convertidos durante a tribulação, são levados para o céu (Ap 7:9-17)
7. A besta e o falso profeta exercem controle total; introdução do sinal da besta e seu número,
com adoração obrigatória da imagem da besta (Ap 13)
8. Juízos resultantes do derramar das sete taças de ira (Ap 15,16)
9. Juízo sobre a prostituta, a misteriosa babilônia (Ap 17,18), que provavelmente representa a
religião apóstata. Depois do arrebatamento da verdadeira igreja, a religião organizada, com
uma forma de piedade, que lhe nega, entretanto, o poder (cf. 2 Tm 3:5), irá tornar-se cada vez
mais corrupta, chegando a apoiar o governo da besta.
10. Reunião dos reis do Oriente com os exércitos do anticristo (besta) para combater o
remanescente de Israel, resultando na batalha de Armagedom (AP 12:17; 16:12-16)
11. Celebração da ceia das bodas do Cordeiro (Ap 19:6-9)
F. O ANTICRISTO
A. A palavra "anticristo" nas Escrituras de dois termos gregos: christos, significando "Cristo" ou o
"ungido", e anti, significando "contra", nesta combinação. Ou seja, "aquele que é contra Cristo,
o ungido de Deus". O nome "anticristo" é encontrado apenas nas epístolas de João (1 Jo 2:18,22;
4:3; 2 Jo 7), onde ele e descrito como alguém que virá no fim dos tempos e cujo espírito já está
presente no mundo.
B. A identidade do anticristo: O espirito do anticristo possuiu muitos inimigos de Deus através dos
tempos, tais como "o rei da Babilônia", um tipo de Satanás (Is 14:4-17). Muitos reis anticristãos
e homens malignos poderosos foram identificados como o anticristo em toda a história, tais
como: Nero, Napoleão, o czar Wilhelm, Mussolini, Hitler, Stálin, etc. Alguns desses foram, sem
duvida, motivados pelo espírito do anticristo, mas o anticristo ainda não veio. Ele já pode estar
em algum ponto do globo, porém não será revelado até depois do arrebatamento da igreja, sendo
portanto inútil tentar identificá-lo.
C. Os títulos do anticristo:
1. A besta - Ap 13:1-4,12-18; 15:2; 16:2; 17:8; 19:19; 20:4,10
2. O pequeno chifre - Dn 7:8; 8:9
3. O homem da iniquidade - 2 Ts 2:3
4. O filho da perdição - 2 Ts 2:3
5. O iníquo - 2 Ts 2:8
6. O rei voluntarioso - Dn 11:36-45
7. O pastor insensato - Zc 11:15-17
D. As obras do anticristo
1. Ele é o último rei do império romano reavivado - Dn 7:8; Ap 13:1
2. Ele aparecerá em cena como um adepto da paz, que tolera a religião - Dn 8:25; 9:27; Ap 6:2; 1
Ts 5:3
3. Ele surgirá após o arrebatamento da igreja e no inicio da 70ª semana de Daniel, quando Deus
irá se ocupar novamente da nação de Israel, e fará uma aliança com os judeus para restaurar o
sacrifício diário - Dn 9:24-27.
4. Depois de três anos e meio, durante a tribulação, ele porá de lado qualquer suposta tolerância,
quebrará sua aliança com os judeus, fará cessar o sacrifício diária e começará a perseguir
Israel - Ap 13:7,8
5. Uma de suas cabeças receberá um golpe mortal, sendo depois milagrosamente curada,
provocando surpresa e adoração em todo o mundo - Ap 13:3-4
6. No papel de homem do pecado e iníquo, ele blasfemará contra Deus, exigindo depois a
adoração de todos os homens sob ameaça de morte - Ap 13:7,8
7. Surge o terceiro membro da trindade satânica do dragão, da besta e do falso profeta. O falso
profeta exerce poder milagroso para enganar, faz com que os homens adorem a besta, cria
uma imagem da besta à qual dá vida e obriga todos os homens a receberem um sinal ou
número da besta afim de poderem comprar ou vender - Ap 13:11-18
G. A RESSURREIÇÃO
Quase todas as religiões ensinam sobre a imortalidade da alma, mas a Bíblia ensina sobre a
redenção e a sobrevivência da pessoa total - espírito, alma e corpo (Rm 8:3; 1 Co 15:21-23).
A. O fato da ressurreição: ela é narrada e afirmada em toda a Bíblia:
1. No Antigo Testamento
a) Por afirmação: (Jó 19:25,26; S1 17:15; S1 16:9-11; Dn 12:2.)
b) Pela profecia: (Is 26:19; Os 13:14.)
c) Pela tipologia: (Gn 37:20-36, 22:5-14; Jn 2; Mt 12:40).
d) Pelo exemplo: (1 Rs 17:17-24; 2 Rs 4:32-35; 13:20,21.)
2. No Novo Testamento
a) Por afirmarão: (1 Co 15:42,43; Mt 22:30-32; Jo 5:21; At 23:6-8; 26:8,23; 2 Tm 1:10; 1 Pe
1:3.)
b) Pela profecia: (Jo 5:28,29; Jo 6:39,40,44,54; Lc 14:13,14; 20:35-36; 1 Co 15; Fp 3:11,21; 1
Ts 4:14-16; Ap 20:4-6,13-15.)
c) O Novo Testamento contém igualmente exemplos de pessoas ressuscitadas dentre os
mortos. (1 Co 15:20; Ef 2:6; Jo 11:41-44; Lc 8:41-56; Lc 7:12-15; Mt 27:52,53)
B. A natureza da ressurreição: ela será universal (Jo 5:28,29).
1. A ressurreição dos crentes (II Ts 4:13-18; 1 Co 15:50-57; Ap 20:4-6). A ressurreição da
igreja ocorre na volta de Jesus, imediatamente antes do arrebatamento (1 Ts 4:16; Ap 20:6;
Jo 5:29; Is 9:6,7; 61:1- 3; Dn 12:2; 1 Co 15:51,52; Ap 20:4-6; Dn 12:1-2; Fp 3:10,11; 1 Co
15:23).
a) Será uma ressurreição literalmente física. Isto é mostrado pela ressurreição de Jesus. (Jo
20:26-28; Lc 24:36-43; Jo 20:19,26; Fp 3:21). Paulo fala da morte como uma semeadura
do corpo, como o lavrador semeia a semente. A semente morre, mas contém um
princípio de vida pelo qual a natureza faz brotar uma nova planta do mesmo gênero,
espécie e variedade que a semente original (II Co 15:42-44) (1 Jo 15:52).
b) O corpo da ressurreição será dado por Deus. (1 Co 15:38; 1 Co 15:35).
c) O corpo ressurreto do crente será imortal e incorruptível (1 Co 15:42).
d) O corpo ressurreto será um corpo celestial (1 Co 15:40).
e) O corpo da ressurreição será poderoso: (l Co 15:43) (Mt 22:29,30).
f) O corpo da ressurreição será um corpo glorioso. (1 Co 15:42) (Mt 13:43) (Mt 17:2). (Jo
17:22) (Dn 12:3).
2. A ressurreição dos incrédulos (Ap 20:5,12-14; Jo 5:28,29; Dn 12:2; At 24:15)
A Bíblia não revela especificamente o estado ou a natureza dos corpos ressurretos dos
injustos; mas pode-se supor que serão corpos sujeitos à corrupção ou ruína. (Mt 10:28) (2
Ts 1:8,9.) (Ap 20:5).
C. A época da ressurreição: A ordem das ressurreições é a seguinte:
1. A ressurreição de Jesus (Mt 28:1-10; Mc 16:1-14; Lc 24:1-39; Jo 20:1-17)
H. O MILÊNIO
A palavra milênio não é encontrada na Bíblia. Todavia, o período do reinado de mil anos de
Cristo sobre a terra é mencionado seis vezes no capítulo 20 de Apocalipse. "Milênio" deriva de palavras
latinas que significam simplesmente "mil anos" (Ap 20:2,4,6; 19:15,16; Ap 19:7-10,14)
A. Sua relação com a segunda vinda: Existem três teorias sobre a relação de tempo entre o milênio e
a segunda vinda:
1. Pós-milenista: Esta teoria coloca o milênio antes da vinda de Jesus.
2. Amilenista: Os amilenistas espiritualizam todas as referências relativas ao reinado de Cristo
e as aplicam ao seu reinado espiritual no coração dos crentes.
3. Pre-milenistas: Os pré-milenistas interpretam a Escritura literalmente, ou seja, naturalmente
aceitam que o milênio acontecerá após a vinda de Cristo, em que ele estabelecerá seu reino
de paz e justiça sobre a terra. Este reinado contará também com a presença dos seus santos
que reinarão juntamente com ele.
B. Sua relação com Israel: Entre a família de nações milenar, a nação de Israel ocupará o lugar
central: (Dt 32:8-10; Lc 1:32,33). É verdade que a igreja recebeu as bênçãos espirituais dadas
primeiramente a Israel (Ef 1:18; 3:6; 1 Pe 2:9,10); mas esse fato não muda o propósito de Deus
para a nação de Israel (Is 61:1-62:4; 66:7-24; Rm 11:13-28; Is 61:4-11; Mt 19:28; Lc 22:29,30).
C. Sua relação com as nações: Na vinda de Cristo para reinar, haverá um juízo das nações gentias,
citadas por Mateus como as nações das "ovelhas;" e dos "cabritos" (Mt 25:31-36). (Apocalipse
20:7,8, Isaías 2:1-5, 11:5-10, 60:1- 5; Zacarias 14:16-21; Dn 7:13,14).
D. Sua relação com a igreja: A igreja terá com o reino milenar uma relação diferente daquela da
nação restaurada de Israel ou dos povos gentios. (Is 11:4; 65:20; Zc 14:17-19; Ap 2:26,27; 3:21;
5:9,10; 20:6; Ap 19:6-14; Mt 22:30,31; Lc 20:35-36; Jo 14:2,3; Fp 1:21,23. Desde agora o crente
está sentado juntamente com Cristo nos lugares celestiais (Ef 2:6) (Mt 25:21; Lc 19:17-19). Três
coisas sugerem que os santos da igreja serão preparados tanto para o ambiente celestial como
para o terreno: (1) os santos ressurretos serão como os anjos (Lc 20:35 -38), e anjos muitas vezes
ministraram aos homens na terra; (2) depois de sua ressurreição, Jesus apareceu a seus seguidores
na terra durante quarenta dias; (3) muitos santos levantaram-se dos sepulcros e apareceram a
inúmeras pessoas (Mt 27:52,53).
E. Vida e condições na terra milenar
1. O reinado milenar de Cristo será caracterizado por justiça e retidão universais (Jr 23:5,6; Is
11:3-5; 52:1,16; SI 72:1-8)
2. Toda a terra ficará sob a disciplina justa do rei Jesus, e todos os desobedientes serão
disciplinados (Zc 14:16-21)
3. Haverá paz entre as nações durante o reino milenar de Cristo (Sl 72; Is 2:4; 9:5,6; 32:1,17,18;
Mq 5:4,5)
4. Haverá felicidade e alegria em seu reino (Is 9:2-4; 25:6-9; 35:10)
I. OS JUÍZOS
Todos os homens terão de apresentar-se diante do tribunal de Deus, a fim de que a sua justiça
seja feita: (Hb 9:27; S1 89:14; Gn 18:25; Rm 2:15,16; Rm 3:10-23; Rm 8:1). No entanto, teremos
categorias diferenciadas para esses juízos:
A. O juízo dos crentes: Encontramos três aspectos no juízo dos crentes. O seu primeiro juízo teve
lugar na cruz: (Jo 12:31,32) (1 Jo 1:9 (Jo 3:18; 5:24; Rm 8:1,33; 1 Ts 5:9). O segundo aspecto do
juízo dos crentes é seu autojulgamento contínuo. (1 Co 11:31,32) (Rm 15:16; 1 Ts 5:14-23; 2 Ts
2:13; 1 Jo 1:7-2:2). O juízo do crente diante do trono do juízo de Cristo não é um julgamento de
condenação, mas de determinação de suas recompensas. (cf. 1 Co 4:5) (1 Co 3:13-15) (2 Co
5:10). Cada crente está construindo sobre o fundamento de Cristo Jesus, durante sua vida e
serviço. Ele deve responder diante do tribunal de Cristo (o juízo Bema), a fim de que suas obras
sejam provadas como base para a recompensa. (2 Jo 8). (Veja também 1Jo 2:28; Ap3:11.) (Mt
25:21) (Ap 19:7-9). As recompensas especiais do cristão são chamadas coroas. Elas são quatro:
1. A coroa do gozo (1 Ts 1:19,20).
2. A coroa da justiça (2 Tm 4:7,8; 1 Co 9:25-27)
3. A coroa da vida (Tg 1:12; Ap 2:10);
4. A coroa da glória (1 Pe 5:4).
B. O juízo das nações gentias: No capítulo 25 de Mateus, Jesus declara que reunirá todas as nações
na sua presença, para serem julgadas por ocasião da sua vinda (Mt 25:31-46). No final da
tribulação e antes de iniciar seu reinado milenar, Jesus separará as nações como um pastor separa
as ovelhas dos cabritos. (Ap 7; 11:1-12; Is 11:10).
C. O juízo da nação de Israel: Os profetas do Antigo Testamento predizem uma época de provação e
juízo para o remanescente de Israel, em preparação para o reino (cf. Ez 20:33-38; Dn 12:1,2)
(Veja Dn 9:24-27; Ap 12.)
D. O juízo dos ímpios mortos: Isto é conhecido como o "grande trono branco do juízo". Ele não terá
lugar até que passe o reinado milenar de Cristo. (Ap 20: 11-14). A passagem descreve o juízo
final de todos os ímpios mortos (At 17:31; 1 Ts 4:l6; 1 Co 15:52; Lc 12:46-48).
E. O juízo de Satanás e dos anjos decaídos: No fim do reinado de mil anos de Cristo, Satanás será
solto de sua prisão por algum tempo. Ele sairá para enganar as nações, cuja rebelião (a última)
terminará com a terrível destruição dos rebeldes, e Satanás sendo lançado no lago do Fogo para
sempre (Ap 20:10; Is 24:21,22; 2 Pe 2:4; Jd 6; 1 Co 6:3).
J. OS DESTINOS FINAIS
Não existe ensino mais nítido quando a um destino final de todos os homens alem desta vida
presente na terra: (Mt 25:46; Jo 10:28; 2 Ts 1:8,9; 2 Co 5:1; 1 Pe 1:4; Mc 9:43,44; AP 20:14).
CONCLUSÃO DO CURSO
Esperamos que este curso tenha te ajudado a ter uma visão maior das
doutrinas e bases da fé cristã, e acima de tudo a dentro de toda explanação feita
tirar suas próprias conclusões com respeito à nossa vivência com Deus.
Que você tenha realmente edificado sua fé sobre princípios sólidos, daquele
que é a Rocha, Jesus Cristo.
REFERÊNCIA
1) Wayne Grudem, Teologia Sistemática Atual e Exaustiva; São Paulo, Editora Vida Nova, 1999.
2) A.B. Langston, Esboço de Teologia Sistemática; Rio de Janeiro, Editora Juerp, 1988.
3) Guy P. Duffield/Nathaniel M. Van Cleave, Fundamentos da Teologia Pentecostal; São Paulo,
Editora Quadrangular, 1991.
4) Louis Berkhof, Teologia Sistemática; Campinas, Luz Para o caminho Publicações, 1994.
5) Pannenberg, Wolfhart, Teologia Sistemática; Santo André, Editora Academia Cristã, 2009.
OBS:
É proibida a reprodução total ou parcial desta apostila, sem a permissão por escrito, do
Seminário Casa de Profetas.