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ARQUIVO X da I.A.S.D.

As informações contidas neste site foram extraídas do minucioso trabalho de pesquisa realizado por Ennis
Meier nos arquivos da Conferência Geral em Washington, USA.

Como poderá ser constatado, suas pesquisas revelaram que existe uma importante parte da história da
Igreja Adventista do Sétimo Dia que é desconhecida pela maior parte dos seus membros, e até por parte de
seus pastores e administradores.

Alguns interpretam os fatos como uma sórdida e real conspiração engendrada por homens com intenções e
planos bem diferentes dos pioneiros deste movimento. Outros, mais tradicionais e fiéis a Corporação da
Igreja, acreditam que tudo não passa de uma conspiração fabricada por alguns poucos descontentes e
problemáticos membros ou ex-membros, que em algum momento se sentiram maltratados por pessoas que
representavam a igreja, e procuram agora a todo custo vingar-se inventando calúnias, distorcendo os fatos
e denegrindo pessoas.

Conspiração real por parte dos líderes da Igreja ou conspiração fabricada por pessoas encrenqueiras?

Analise as informações e tire as suas próprias conclusões.

Vamos aos fatos!

Parte 1 - A fonte das informações


Os documentos que serão exibidos aqui foram copiados diretamente dos arquivos da Conferência Geral.
A Conferência Geral fica na Old Columbia Pike esquina com Randolph, Silver Spring, Maryland-USA. -- Zip
Code 20904.
Na realidade fica numa área bastante descampada, ao lado da 29 Road a uns 8 Km do centro comercial de
Silver Spring.

A Conferência Geral fica a uns 35 Km do centro de Washington, e embora se possa ir de metrô e ônibus, é
difícil para quem não conhece a região. O melhor transporte é alugar um carro. Táxi vai cobrar uns 35
dólares.
O edifício da Conferência Geral tem mais que uma entrada, mas as visitas devem entrar por essa entrada
principal.

Para visitação turística há horários e um cicerone acompanha dando explicações.


 
Mais de 800 funcionários trabalham nesse edifício e o estacionamento é um mar de carros !

Na entrada da Conferência Geral estão localizadas, há 2 anos, algumas pesadas estátuas de bronze em
tamanho um pouco menor que o natural.
Segundo informação, os moldes e a fundição levaram meio ano de trabalho e estima-se terem custado
acima de 80 mil dólares.

Observem que o anjo é do sexo feminino!


Na portaria tem que por o nome num papel, anotam a hora, e lhe dão um crachá de visitante.

Se quiser falar com uma determinada pessoa, mandam chamar a pessoa. Mas, se quiser ir à Biblioteca,
mandam entrar sem maiores problemas.

Existe um restaurante no edifício que funciona em certos horários.

Não há restrições para tirar fotografias dentro do edifício.

1) A Biblioteca

Fica 20 metros na frente, à esquerda. Ninguém pergunta o que deseja e se vai entrando e examinando o
que interessa. A lista de livros pode ser consultada no computador.

Tem uma máquina Xerox e cobram 6 cents por cópia, como em qualquer papelaria. Eles possuem 2 cópias
do livro "Movement of Destiny" de LeRoy E. Froom.

Nessa estante estão quase todos os Year Books desde o início, mas 2 estavam faltando. Posteriormente os
localizamos nos arquivos do subsolo.

2) Ellen G. White Estate

Sala de Recepção do White Estate:


O White Estate, fica no subsolo e tem uma sala grande onde cerca de 50 pessoas podem ser recebidas.

A penumbra e o profundo silêncio elevam os pensamentos dos visitantes.

Aqui chegam adventistas de todo o mundo e ficam estupefatos com os quadros enormes de Jesus.
O nome do quadro acima é “The Christ of the Narrow Way” e foi pintado por Elfred Lee em 1991.
No fim do corredor encontra-se este outro grande quadro de Jesus:

Este quadro é verdadeiramente impressionante!

É uma tentativa de ilustrar o que está escrito em Apocalipse capítulo 1, versos 12 a 16.

No cofre ficam os livros raros e originais:


O livro “Sabbath Evening Readings on the New Testament”  do Rev. John Cummings está num armário
com portas de vidro que fica logo à esquerda, para quem entra no cofre.
Dizem que esse livro “The Desire of Ages” é original:

Quando se tratam de Year Books não encontrados na Biblioteca e número antigos de Ministry, Review and
Herald e outras revistas muito antigas, sempre recorro ao Diretor do Archives and Statistics  Mr. Bert
Haloviak que é muito atencioso e está sempre pronto a dar informações.

3) Informações Gerais

Quase na frente da Conferência Geral está o hotel onde se hospedam os administradores que para lá vão a
trabalho. Porém qualquer um pode fazer reservas nesse hotel. A diária mais barata US$144.00 só para
dormir/pessoa.
Pouco mais na frente (2 km) está a gigantesca loja de livros (ABC) da associação Potomac.

Alguns podem querer imaginar que as reveladoras informações divulgadas por Ennis Meier em seu site
alvorada.us, foram obtidas mediante sofisticadas técnicas de investigação no melhor estilo do filme “Missão
Impossível”, onde o “agente espião” Ennis Meier, burlando os sistemas de segurança do Quartel General da
I.A.S.D., invade seus arquivos secretos e “rouba” sigilosas informações.

Imaginação fértil! Isso é o que dá ficar assistindo muito filme!

Nada disso! Ennis Meier teve acesso a todas informações da forma mais simples e normal imaginável. Pela
porta da frente! Ele simplesmente fez aquilo que é permitido a qualquer pessoa, membro da igreja ou não.
Qualquer um que quiser repetir a façanha e confirmar “in loco” todas as informações por ele divulgadas,
basta fazer uma visita até a Conferência Geral e checar por si mesmo. Você será muito bem recebido!

Em uma das vezes que Ennis Meier esteve na Conferência Geral, precisou assinar este termo de
compromisso:
Tradução:

Procedimento de empréstimo permanente para cartas e manuscritos não publicados de Ellen G.


White
6 de Setembro de 2001

Prezado irmão Ennis Meier

O Ellen G. White Estate está atualmente num processo sistemático preparando todas as cartas e
manuscritos de Ellen White de alguma forma, iniciando dos primeiros anos. Durante este processo nós
suspendemos a norma anterior de concessões.

Não obstante, para satisfazer as suas necessidades de material que ainda não foi processado no nosso
programa de publicação, nós estamos lhe enviando os documentos inclusos na forma de empréstimo
permanente, no entendimento que o E.G.White Estate mantem direitos exclusivos de publicação. Baixo a lei
de Copyright, você pode fazer “uso próprio” dos documentos apenas como pesquisa.

Sob os termos descritos acima, incluimos os seguintes itens:

Carta 117,1881.

Por favor assine, date e devolva essa inteira requisição à minha atenção.
Sinceramente,

Tim Poirier

Ellen G.White Estate

______________________________________

Isto é para certificar que eu usarei os documentos do Ellen G. White documentos não publicados em harmonia
com o Conselho Deliberativo, como dito acima.

Data:
Assinatura:

Alguém pode ficar surpreso pelo fato da própria administração permitir


acesso, bem como fornecer os documentos que provam mudanças
doutrinárias sendo feitas de forma espúria e irregular. Acontece que além de
existirem muitas pessoas honestas e bem intencionadas na Conferência
Geral, existe também um grande número de pessoas que simplesmente
desconhecem o problema.

Existem muitos que ingenuamente acreditam que pelo fato de Deus guiar a
sua igreja, isto a isenta de ter a sua doutrina bíblica original desvirtuada e
modificada pelos homens. O estudo do desenvolvimento da história do povo
judeu e da igreja cristã primitiva deveria nos servir de antídoto contra esta
ingenuidade. Mas grande parte do problema talvez esteja justamente aí!
Pouquíssimos são aqueles que estudam e pesquisam. A esmagadora maioria
se contenta com aquilo que sabe ou pensa que sabe.

O sistema presidencialista, fortemente hierárquico da Igreja Adventista,


muito semelhante à Igreja Católica, é a cultura ideal para esse tipo de
transformação imposta pela administração central, pois não há liberdade
entre os membros e pastores para se expressarem livremente, sem que
corram o risco de serem perseguidos e disciplinados.

1) Declarações dos Pioneiros

Para sabermos em que criam os pioneiros teremos que pesquisar e analisar


suas declarações nos artigos que escreveram.

O principal e mais importante periódico da Igreja Adventista do Sétimo Dia


chamava-se “The Advent Review and Sabbath Herald”, conhecido
popularmente como “Review and Herald”, e equivale a nossa Revista
Adventista atual.

As declarações estão expostas em ordem cronológica.

Analisemos uma a uma:

'>

  JOSEPH BATES - 1827

Joseph Bates wrote regarding his conversion in 1827, “Respecting the trinity,
I concluded that it was impossible for me to believe that the Lord Jesus
Christ, the Son of the Father, was also the Almighty God, the Father, one
and the same being.”

Tradução:
Joseph Bates escreveu com relação a sua conversão em 1827, “Com respeito
à Trindade eu concluí ser impossível acreditar que o Senhor Jesus Cristo, o
Filho do Pai, como também o Todo Poderoso Deus, o Pai, são um e o mesmo
Ser.”

Analise o contexto de onde a declaração acima foi tirada:

“Meus pais eram membros de muitos anos da igreja Congregacional, com


quase todas as crianças convertidas desde o inicio. E ansiosamente
esperavam que eu também me unisse a eles. Mas eles abraçaram alguns
pontos na fé que eu não podia entender. Eu só nomearei dois destes pontos:
o modo de batismo por aspersão, e a doutrina da Trindade.

Meu pai, que tinha sido diácono por muitos anos na igreja, esforçou-se para
me convencer que eles tinham razão em seus pontos doutrinários. … Com
respeito à Trindade, eu concluí que era uma impossibilidade acreditar que o
Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, também era o Deus Todo-poderoso, o
Pai, um e o mesmo ser. Eu disse a meu pai: “Se o senhor puder me
convencer que nós somos a mesma pessoa dentro deste conceito, o de que
você é meu pai, e eu seu filho; e também que eu seja seu pai, e você meu
filho, então eu posso acreditar na Trindade.” Joseph Bates, 1868, A
Autobiografia do Ancião Joseph Bates (The Autobiografyhy of Elder Joseph
Bates), pág. 204.

Em uma carta que Joseph Bates escreveu para Guilherme Miller, ele disse:

“Uma coisa mais: Muita zombaria é feita sobre esses que estão em nossa
companhia e que participam do grupo dos Shakers. Eu digo que é primeiro
uma vergonha para eles, ter orado tão claramente e distintamente pela
breve vinda  pessoal de nosso Senhor Jesus Cristo para juntar os santos -
e assim mesmo acompanham os Shakers em sua crença de que Ele (Jesus)
entrou espiritualmente na Mãe deles, Ann Lee, mais de setenta anos atrás.
Isto, sem dúvida em minha mente, é devido ao ensino prévio dado a eles, e
a convicção que eles têm de uma doutrina chamada Trindade. Como você
pode achar falta na fé deles enquanto você estiver ensinando a mesma
essência disso. Esta doutrina que nunca será entendida? Para o conforto e fé
deles, e claro que para o seu próprio, você diz ‘Cristo é Deus, e Deus é
amor.’ Como você não deu nenhuma explicação, nós entendemos que isto
veio de você como uma exposição literal da palavra; …

Nós acreditamos que Pedro e Seu Mestre dele resolveram esta questão


definitivamente, Mat. 16:13-19; e eu não posso ver por que Daniel e João
não tem completamente confirmado que Cristo é o Filho, e nem Deus o Pai.
Como pode então Daniel explicar a visão dele do 7º capítulo de seu livro, se
‘Cristo era Deus.’ Aqui ele vê um ‘como o Filho (e não pode ser provado que
era outra pessoa) do homem, e havia determinado e foi dado Ele Domínio,
e Glória, e um Reino;’ pelo Ancião de Dias. O mesmo Ancião João descreve
sentado em um trono com um livro na mão direita dele, e ele viu a Jesus
distintamente diante do trono, e tirou o livro da mão dele que assentado
estava no trono. Agora se é possível fazer estas duas transações
completamente diferentes aparecer em uma pessoa, então eu poderia
acreditar que Deus morreu e foi enterrado em vez de Jesus, e Paulo estava
enganado quando ele disse, ‘Agora o Deus de paz que trouxe novamente da
morte o Senhor Jesus que é o grande pastor da ovelha’; e que Jesus também
não quis dizer o que ele disse quando ele afirmou que ele veio de Deus, e ia
para Deus, etc; e muito mais, se necessário, para provar o absoluto
absurdo de tal  fé.” - Uma carta escrita por Joseph Bates a William Miller,
1848, Experiência Passada e Presente (A letter written by Joseph Bates to
William Miller, Past and Present Experience) Página 187. Tradução: Davi
Souto.

  JAMES WHITE – 24 de janeiro de 1846

Tradução:

A forma espiritualista pela qual negam a Deus como o único Senhor, e Jesus Cristo está numa primeira
posição, constitui um antigo credo trinitariano, fora das escrituras; que Jesus é Deus eterno. No entanto
não existe passagem das escrituras que dê suporte isso. Temos testemunhos bíblicos em abundância que
ele é Filho do Eterno Pai.
 J.N. ANDREWS – 05 de agosto de 1852

Tradução:

“... está tão longe da verdade como a velha e absurda doutrina trinitariana na qual diz que Jesus é
verdadeiramente o Deus eterno”

 J.B. FRISBIE – 04 de abril de 1854


Tradução:

“Razões Católicas Para Guardar o Domingo”

1. Porque também é chamado na antiga denominação Romana o “Dies Solis”, o dia do sol o qual era
sagrado.

2. Porque é em louvor à santíssima Virgem Maria.

3. Porque é o dia dedicado pelos apóstolos em louvor à Santa Trindade.

4. Porque Jesus nasceu num domingo.

5. Porque Jesus ressuscitou dos mortos num domingo.


 J.N. ANDREWS – 06 de março de 1855

Tradução:

A doutrina da Trindade foi estabelecida na igreja pelo concílio de Nicéia 325 AD. Essa doutrina destrói a
personalidade de Deus e seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor. A forma infame como foi imposta à igreja,
aparece nas páginas da história eclesiástica, que causa aos que acreditam na doutrina corar de vergonha.

  JAMES WHITE – 11 de dezembro de 1855


tradução:

“Mas, a fábula Pagã e Papal da natural imortalidade, fez do maior inimigo do homem, a morte, a porta para
a felicidade eterna, e deixa a ressurreição como uma coisa de pequena significação. É a base do
espiritualismo moderno.
Aqui nos devemos mencionar a Trindade que acaba com a personalidade de Deus, e de seu Filho Jesus
Cristo, e o batismo por aspersão que em vez de sepultar em Cristo no batismo, em significado da sua
morte. Mas nós saímos destas fábulas para encontrar outra, que é sagrada para quase todos os cristãos,
católicos e protestantes. É a, (5.) a mudança do sábado do quarto mandamento, do sétimo para o primeiro
dia da semana. O festival pagão do domingo ... ”

  JAMES WHITE – 07 de fevereiro de 1856

Tradução:

“A grande falta da Reforma foi que os reformadores pararam de reformar. Se


tivessem  levado avante, não teriam deixado nenhum vestígio do papado
atrás, tal como a natural imortalidade, batismo por aspersão, a trindade, a
guarda do domingo, e a igreja agora estaria livre de erros escriturísticos.”

Esta é uma publicação bem do início da Igreja Adventista. Trata-se de uma


seção de perguntas e respostas e no final da resposta está a sigla J.W.
O redator da Revista era Urias Smith e os editores correspondentes:
J.N.Andrews, James White, J.H.Waggoner, R.F.Cottrell e Stephen Pierce. A
sede da publicadora era em Battle Creek, Michigam. A pergunta formulada
pelo leitor é a seguinte:

“M.H. Porque a igreja caiu em muitos erros depois dos dias dos apóstolos?
Não é porque ela não andou na luz da palavra?  Certamente não é porque a
Bíblia ou seus autores mudaram. ...”
D.W. Hull – 10 de novembro de 1859
Tradução:

A Doutrina Bíblica da Divindade de Cristo

“A inconsistente posição mantida em relação à Trindade, sem dívida é a causa de muitos outros erros.
Errôneos pontos de vista da divindade de Cristo, levam a erros quanto à expiação. Vendo a expiação num
quadro arbitrário, (e todos devem acreditar assim, os que acreditam que Jesus é Deus eterno) levam a
conclusões arbitrárias a uma ou duas classes de pessoas: Os que crêem na predestinação e universalismo,
(e correlatos).

A doutrina que propomos examinar foi estabelecida pelo concílio de Nicéia, 325 AD. e desde esse período,
as pessoas que não acreditam nela são denunciadas pelos sacerdotes e papas como perigosos heréticos.
Isso para tornar anátema os chamados arianos. (os que acreditavam na doutrina de Ário) AD 513.

Nós não conseguidos seguir para trás essa doutrina, que teve origem no “Homem do Pecado” e nós
encontramos esse dogma estabelecido através da força, ao contrário do direito de investigar nas Escrituras
esse assunto.
Aqui encontramos uma pergunta que é freqüentemente feita: Você acredita na divindade de Cristo?
Inquestionavelmente, a maioria de nós acredita. Mas nós não acreditamos como a igreja M. E. que
ensina, que Cristo é verdadeiramente o Deus eterno, e ao mesmo tempo homem; ...”

Observe o termo “Homem do Pecado” tirado de II Tessalonicenses capítulo 2 e verso 3


usado em relação à invenção da doutrina da trindade.

  J.N. Lougborough – 05 de novembro de 1861

Tradução:

“Esta doutrina da Trindade foi trazida para a igreja no mesmo tempo em que a adoração de imagens, e a
guarda do domingo e não é mais do que a doutrina dos persas remodelada.”
  JAMES WHITE – 10 de novembro de 1863

Tradução:

A Doutrina da Trindade Degrada a Expiação


O grande equívoco dos trinitarianos, ao argumentarem esse assunto, parece ser esse: Eles não fazem
diferença entre negar a Trindade e negar a divindade de Cristo. Eles só vêem os dois extremos em que está
a verdade; tomam cada expressão referente à preexistência de Cristo como uma prova da Trindade. As
Escrituras ensinam abundantemente a preexistência de Cristo e a sua divindade, mas são inteiramente
silenciosas quando à Trindade. A declaração que o divino Filho de Deus não morre, está tão longe dos
ensinamentos da Bíblia como as trevas da luz. Eu perguntaria aos trinitarianos: A qual das duas naturezas
devemos a redenção? A resposta seria obviamente a natureza que morre e que derramou seu sangue por
nós; “pela qual tivemos redenção pelo seu sangue”. Então fica evidente que unicamente a natureza humana
morre, e o nosso redentor é unicamente humano. O divino Filho de Deus não teve parte na nossa salvação,
pela qual não morreu e nem sofreu. Eu estava certo, quando disse que a doutrina da Trindade degrada
a expiação, trazendo o sacrifício, o sangue pelo qual fomos comprados, para baixo num padrão de
comprometimento.

  R.F. Cottrell – 06 de julho de 1869

Tradução:

“Sustentar a doutrina da Trindade, não é mais que uma evidência da intoxicação pelo vinho que todas as
nações beberam. O fato dessa ser uma das principais doutrinas, senão a principal, pela qual o bispo de
Roma foi exaltado ao papado, não recomenda muito em seu favor. Isto deveria fazer alguém investigar por
si mesmo, como quando os demônios fazem milagres para provar a imortalidade da alma. Se eu nunca
duvidei antes, agora eu tenho que ir até o fundo para provar .... ”

O Pastor Cotrell era redator da Revista Adventista e era quem preparava as primeiras lições da escola
sabatina.

  JAMES WHITE – 06 de julho de 1869


Tradução:

“Que uma pessoa seja três pessoas, e que três pessoas sejam uma só pessoa, é uma doutrina que nós
podemos proclamar ser um doutrina contrária à razão e ao senso comum.”
Não parece que existe algo de estranho?
Ellen White fez uma guerra contra o livro do Dr. Kelloggs, por descaracterizar Deus pelo panteísmo, e nunca
disse uma palavra sequer reprovando esses pioneiros que combatiam a Trindade?

Supondo a Trindade como uma concepção correta sobre Deus, por que ela nunca procurou corrigir o
pensamento destes homens, entre eles seu esposo, que eram tão enfáticos em denunciar a Trindade como
uma mentira inventada pelo papado?

Mas o que encontramos de Ellen G. White são estas orientações:

“Deus me tem dado luz acerca dos nossos periódicos. O que é isto? Ele falou que os mortos hão de falar;
como? As suas obras os seguirão. Nós estamos repetindo as palavras dos pioneiros em nosso trabalho; de
quem sabe quanto custa procurar pela verdade como um tesouro escondido. Eles avançaram passo por
passo sob a influência do Espírito de Deus. Um por um desses pioneiros já morreu. A palavra que me foi
dada é: Faça com que, o que esses homens escreveram no passado, torne a ser escrito.”

“Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo
Espírito, deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que
estiverem mortos falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da
divina luz que Deus tem dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta
verdade permanecerá pelo teste do tempo e da experiência.”

24 de Maio de 1905 - Manuscript Release Vol. 1 pág. 55.

Foi no ano de 1872 que foi publicado um folheto redigido por Urias Smith com o resumo das principais
doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

(Neste ano a Igreja Adventista era composta por 4.801 membros).


Tradução:

Urias Smith, 1872


Declaração dos Princípios Fundamentais -- Ensinamento e Prática -- Igreja Adventista do Sétimo-
dia

I. Existe um Deus, pessoal, um ser espiritual, criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno;
infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em toda
parte por seu representante (*), o Espírito Santo.  Salmos 139:7

II. Existe um Senhor Jesus Cristo, Filho do Pai Eterno, .......

(*) “representante” escrito com letra minúscula.

Urias Smith foi o diretor das publicações adventistas por quase 50 anos.

Foi no ano de 1872 que foi publicado um folheto redigido por Urias Smith com o resumo das principais
doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

(Neste ano a Igreja Adventista era composta por 4.801 membros).


Tradução:

Urias Smith, 1872


Declaração dos Princípios Fundamentais -- Ensinamento e Prática -- Igreja Adventista do Sétimo-
dia

I. Existe um Deus, pessoal, um ser espiritual, criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno;
infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável e presente em toda
parte por seu representante (*), o Espírito Santo.  Salmos 139:7

II. Existe um Senhor Jesus Cristo, Filho do Pai Eterno, .......

(*) “representante” escrito com letra minúscula.

Urias Smith foi o diretor das publicações adventistas por quase 50 anos.

3) Signs of the Times

No dia 04 de junho de 1874 foi publicado o primeiro número (Número 1 Volume 1) da revista “Signs of
the Times”, que trazia impresso um resumo dos Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia
redigidos por Urias Smith naquele folheto de 1872.
Devido ao tamanho do jornal “Signs of the Times” torna necessário mostrá-lo em partes:
Tradução:

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

Ao apresentar ao público essa sinopse da nossa fé, nós desejamos que entendam que nós não temos
artigos de fé, credo, ou disciplina, fora a Bíblia.

.............
1. Existe um Deus, pessoal, um Ser espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente, onisciente e eterno,
infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e misericórdia; imutável, e sempre presente em
toda parte por seu representante o Espírito Santo.    Salmos 139:7

2. Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, por quem Deus criou todas as coisas, e por
quem elas existem; que tomou sobre si a natureza da semente de Abraão para redenção da nossa raça
caída; que ele viveu entre os homens, cheio de graça e verdade; foi o nosso exemplo, morreu o nosso
sacrifício e ressuscitou para a nossa justificação, acendeu ao alto para ser o nosso único mediador no
santuário do Céu, onde, expia com o seu sangue os nossos pecados; cuja expiação findou na da cruz em
que foi oferecido em sacrifício; sendo a última parte do seu ofício de sacerdote, como o exemplo do
sacerdócio Levítico que prefigurou o ministério do nosso Senhor no céu.Veja Lev. 16; Heb. 8:4, 5 ; 9:6,7
em cont.

3. Que as Santas Escrituras com o Velho e o Novo Testamento foram dados por inspiração de Deus,
contendo a inteira revelação da sua vontade para o homem e é a única e infalível regra de fé e prática.

4. Que o batismo é uma ordenação da igreja Cristã, que se segue à fé e ao arrependimento, uma ordenança pela qual nós comemoramos a
ressurreição de Cristo, e por este ato mostramos a nossa fé no seu sepultamento e ressurreição, e por este meio, a ressurreição dos santos
no último dia;

..............

4) O primeiro Year Book

Em 1889 surge o Year Book (Livro Anual), que é um livro oficial da Igreja Adventista do Sétimo Dia onde a
Conferência Geral publica os estatutos, endereços, e a doutrina da igreja.

Esta edição de 1889 trouxe a publicação dos Princípios Fundamentais da denominação Adventista, e estes
foram apresentados exatamente da forma como foram originalmente redigidos por Urias Smith.
Tradução:

Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia

Os Adventistas do Sétimo-dia não tem um credo além da Bíblia; mas eles mantêm certos
pontos de fé bem definidos e estão preparados para dar a sua razão a todo homem que
os perguntar. As seguintes proposições são um sumário das principais características da
sua fé religiosa, sobre as quais, tanto quanto sabemos, há unaminidade de todo o corpo.
Eles crêem:

1. Existe um Deus, pessoal, um Ser espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente,


onisciente e eterno, infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e
misericórdia; imutável, e sempre presente em toda parte por seu representante o Espírito
Santo.    Salmos 139:7

2. Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai Eterno, por quem foram criadas
todas as coisas, e pelo qual elas subsistem; ................

Obs.: Representante (no item 1) foi escrito com letra minúscula.

5) Battle Creek – 1894


Em 1894 houve a aprovação das doutrinas Adventistas na Assembléia da igreja de Battle
Creek, Michigan.

Como conseqüência disto, foi publicado um documento que é considerado o mais


importante documento da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Esse documento publicado em 1894 se reveste da maior importância


histórica, porque mostra o que chamam maliciosamente de “semi-arianismo
de alguns pioneiros”, era na verdade a DOUTRINA OFICIAL da Igreja
Adventista!

Essa Assembléia foi realizada em 15 de Abril de 1894 em Battle Creek, Michigam.


Assinaram a ATA todos os dirigentes da Conferência Geral, Review and Herald, Faculdade
de Teologia e do Sanatório Adventista de Battle Creek (Hospital Adventista) e demais
membros da igreja, num total de 1521 assinaturas. Battle Creek era o centro
administrativo da igreja antes de mudar para Takoma Park, Maryland.
No folheto consta a lista de oficiais que compareceram à reunião e tudo está descrito no
livro “Movement of Destiny” escrito pelo emérito professor de História da Igreja
Adventista da Universidade de Andrews, L.E.Froom.
Tradução:

Algumas coisas que os Adventistas do Sétimo Dia acreditam


O povo Adventista (SDA) não tem um credo ou disciplina, exceto a Bíblia, mas o que se
segue são alguns pontos da sua fé, sobre os quais existe um perfeito acordo entre todos:-

Que existe um Deus, um Ser pessoal, espiritual, o criador de todas as coisas, onipotente,
onisciente, e eterno; infinito em sabedoria, santidade, justiça, bondade, verdade e
misericórdia; imutável; e presente em toda parte por seu representante(*) o Espírito
Santo.

Que existe um Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, pelo qual todas as coisas foram
criadas e por quem elas existem; que ele tomou a natureza do homem para redenção da
raça caída; ........

(*) “representative” = representante; o mesmo que embaixador (escrito com letra


minúscula).

A pergunta que poderíamos insistir em fazer é: Será que esta declaração elaborada em
1894 pelos pioneiros da Igreja Adventista sobre alguns pontos de fé é mesmo
representativa, e pode ser usada como base para conhecermos quais eram as crenças
desta igreja nos seus primórdios?

Quem irá responder nossa pergunta é uma das principais autoridades em história na
Igreja Adventista, LeRoy E. Froom, em seu livro “Movement of Destiny”.

    

O Dr.Froom querendo provar que houve uma mudança na doutrina escrita por Urias Smith
a respeito do Dia da Expiação, usa as declarações de fé de 1894 como sendo plenamente
confiáveis, representativas e oficiais.
Tradução (pág.339):

4. A Voz do adventismo fala em 1894. - Então a questão do dia da


expiação ... De fato, não foi registrado até que muitos anos se passaram
após a Conferência de 1888 de Mineápolis até a posição tomada por 1521
membros em Battle Creek em 1894. (Membros da igreja Adventista entre
oficiais, comitês, delegados, procuradores, reuniões regulares, p.12)
Tradução (pág.340):

Battle Creek foi o Quartel General do adventismo. Foi nesse documento, que
a antiga falta de entendimento sobre a expiação começou a ser clareada e
posta no papel........

VII. O caráter representativo da igreja em Battle Creek em 1894.

1. Nove significantes qualidades.- A condição única da igreja em Battle Creek


em 1894.- 1521 membros quando a totalidade dos membros da igreja era de
unicamente 37.404. Pode ser vista no aspecto ao dar peso a esta declaração
de fé daquele ano. Note as 9 características:

(1) Com exceção de 3 dos 19 membros da comissão da igreja de Battle


Creek, todos eram  proeminentes líderes da Conferência Geral, da
Casa Publicadora Review and Herald, Colégio de Battle Creek,
Sanatório de Battle Creek, bem como encarregados das organizações em
geral, localizadas em Battle Creek. (constavam do Year Book 1894)

(2) A comissão da igreja de Battle Creek incluindo os principais líderes da


Conferência Geral.- Presidente, secretário, tesoureiro, secretário das missões
estrangeiras, e secretário de educação (nominalmente: O.A.Olsen,
W.H.Edwads, F.M. Wilcox, W.W. Prescot, e etc.) ......................

(3) A comissão de todos os oficiais da Casa Publicadora. Presidente, vice-


presidente, tesoureiro .... Editores da Review and Herald, Youth's
Instructor, .................

(4) Incluía o Presidente do Colégio de Battle Creek W.W. Prescott.........

(Continua relacionando os nomes e diretores presentes à reunião)


Tradução (Pg.342):

Um grupo mais representativo não poderia ser encontrado em 1894. Esses


homens eram os líderes e porta-vozes que nós indicamos e representavam o
adventismo na sua forma mais ampla e verdadeira. Eles eram os 1521 que
Henry Nicola como ministro assinou primeiro, seguindo-se os nomes que
enchiam 5 páginas (31 parágrafos) logo a seguir de "Algumas coisas que os
Adventistas acreditam" (aprovando as Doutrinas da Igreja naquela
assembléia)
Eles eram a voz mais autorizada do adventismo.

(9) Esta foi uma declaração que marcou época. – a mais representativa;
compreensiva e autorizada Declaração das Crenças Fundamentais na história
até aquele tempo.
Como pudemos acabar de constatar LeRoy E. Froom foi enfático na valorização desta
significativa e histórica Declaração das Doutrinas dos Adventistas do Sétimo Dia em 1894.

Tendo solidamente estabelecido que a Declaração das Crenças conforme


foram registradas em 1894 eram as doutrinas oficiais da Igreja Adventista do
Sétimo Dia, defendidas com unanimidade por todos os seus principais e mais
proeminentes líderes e representantes, inclusive Ellen G. White, vejamos o
que aconteceu com elas no transcorrer dos anos.

6) Os Year Books de 1895 até 1914

Os Princípios Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo Dia foram sistematicamente


repetidos nos Year Books nos anos entre 1889 e 1914.

É importante salientar que Ellen G. White morreu em 1915, e que portanto estava viva
durante todo este período em que as doutrinas Adventistas foram repetidas ano após ano.

A publicação do Year Book foi interrompida 1895 e só voltaram a publicar em 1904. Nesse
primeiro ano em que voltaram a publicar o Year Book, não colocaram as doutrinas
(Fundamental Principles). Uma possível razão para a não publicação das doutrinas pelo
espaço de 10 anos (1895-1904) talvez seja o pensamento de alguns em não publicar
doutrinas além da própria bíblia.

Nos anos anteriores a 1895, com exceção de 1889 quando apareceram pela primeira vez,
os Princípios Fundamentais não foram publicados.

Portanto os anos em que temos o Year Book publicado com os Princípios fundamentais
são:
Ano Página onde estão os “Princípios Fundamentais”

1889 147

1905 188

1907 175

1908 213

1909 220

1910 224

1911 223

1912 261

1913 281

1914 293

Uma análise destes livros oficiais da Igreja Adventista mostra que os Princípios
Fundamentais das doutrinas dos Adventistas foram repetidas exatamente iguais durante
todas estas dez edições.

Elas foram uma mera transcrição do texto publicado no primeiro número do jornal “Signs
of the Times”.

Apresentamos a seguir as cópias dos Year Books de 1905 até 1914 (o Year Book de 1889
já foi mostrado). As cópias aqui apresentadas foram feitas dos originais por Ennis Meier
na tarde de 16 de dezembro de 2002 na Conferência Geral em Silver Spring, Maryland.

1) Trindade – Marco nº 1
O marco inicial da doutrina da trindade na Igreja Adventista está estabelecido no ano de
1892 (Dois anos antes daquela famosa Assembléia da Conferência Geral em Battle Creek
que aprovou oficialmente as principais crenças dos adventistas e um ano depois que Ellen
White havia partido de mudança para a Austrália).

Em fevereiro deste ano foi publicado um folheto contendo a transcrição de um artigo


escrito para o jornal “New York Independent” em 14 de novembro de 1889, de autoria de
um Bispo Episcopal (Episcopal Priest) do Brooklin (Notem! Um Bispo Episcopal!)
chamado Samuel T. Spear.

Este Bispo Episcopal tinha conquistado a simpatia da administração adventista ao


escrever um livro defendendo a separação da religião do estado intitulado “Religion and
the State”; assunto de grande interesse para os adventistas que mantinham uma seção
permanente na Review and Herald (Revista Adventista) tratando dele.
Este folheto tinha 13 páginas e fazia parte de uma série de folhetos mensais vendidos
para os membros da igreja, com um assunto diferente a cada mês. Não se tratava de
folhetos distribuídos gratuitamente para evangelização, mas de folhetos vendidos 2 cents
de dólar cada um.

Apesar do título ser “A Doutrina Bíblica da Trindade”, seu conteúdo apresenta claramente
Jesus Cristo como subordinado ao Pai, não sendo desta forma exatamente a doutrina da
trindade como ensinada pela igreja católica, mas com um título que apresenta a doutrina
da trindade como bíblica.

Poderíamos comparar este episódio em nossa igreja no passado, com a recente


publicação do livro “Confesions of a Nomad” publicado pela Pacific Press (Editora
Adventista), que faz apologia ao domingo.

Não sabemos o que levou os administradores naquela época a publicarem tal folheto.
Talvez uma forma de demonstrarem gratidão e homenagearem a alguém que havia
contribuído de certa forma com a causa adventista (quando o folheto foi impresso,
Samuel Spear já era falecido). Mas também hoje não sabemos o que levou os
administradores da Pacific Press a publicarem recentemente um livro que fere nossas
convicções de fé (interesses financeiros?).
Obs.: O livro “Trindade” admite este marco inicial, mas esconde o fato de se tratar de
pensamentos de um Bispo da igreja Episcopal.

Conforme comentários no livro “A Mensageira do Senhor”, Ellen White censurou


especificamente as publicações da igreja que traziam doutrinas católicas.

As citações abaixo foram extraídas deste livro (pág.364 e 363):


Nos textos que acabamos de ver, comentam-se os problemas havidos na principal editora
adventista na década que antecedeu ao incêndio que a destruiu completamente como
castigo divino.

Traz também a data do incêndio (30/12/1902) e a informação de que Deus


os advertira por dez anos: 1902 - 10 = 1892, o ano da publicação do tal
folheto sobre a Trindade!

Note que no final do segundo parágrafo, há uma referência (nº 16) para o fato de a Sra.
White havê-los alertado para “manter a editora dentro de seu propósito pretendido”.

Agora, observe o texto abaixo (pág.369) e terá a comprovação de que o incêndio também
ocorreu porque eles, entre outras coisas, estavam publicando “livros que divulgam as
doutrinas católicas”.

O segundo caso aconteceu 21 anos mais tarde, em 1913. No dia 9 de outubro de 1913 a
revista Review and Herald publicou um pequeno artigo sem qualquer destaque na página
21 com o título “The Message for Today” (A Mensagem para Hoje).
Veja logo abaixo o único parágrafo do artigo que trazia a palavra “trindade”:
Tradução:

1. Na divina Trindade. Esta Trindade consiste do Pai eterno, um ser pessoal e espiritual,
onipotente, onisciente, infinito em poder, sabedoria e amor; do Senhor Jesus Cristo, o
Filho do Pai eterno, pelo qual todas as coisas foram criadas, e através de quem a salvação
dos servos redimidos será realizada; do Espírito Santo, a terceira pessoa da divindade,
agente regenerador do trabalho da redenção.

O responsável por esta publicação foi o editor da Revista Review and Herald e diretor de
publicações na época, F.M.Wilcox. Em poucas linhas ele apresenta os seus pensamentos
doutrinários dos quais a crença numa trindade fazia parte (Um pouco acima deste item 1
estava escrito: “Os Adventistas do Sétimo Dia crêem,-”).

Alguns usam esta publicação como uma prova para a aceitação de Ellen White quanto à
trindade, pois quando este parágrafo foi publicado (1913), ela ainda estava viva.
Argumentam que se a trindade fosse uma heresia católica, ela certamente teria se
manifestado contra tal declaração.

Tal conclusão é questionável! Quando este parágrafo foi publicado num canto da página
21 em letras minúsculas dentro da revista Review and Herald, Ellen White estava com 86
anos de idade em sua chácara em Elmshaven na Califórnia, já afastada de qualquer
atividade. Quem pode garantir com absoluta precisão que ela leu este artigo?
O livro “Trindade” traz na página 218 (versão em Inglês):

“Neste período um dos destacados líderes e editor da mais


importante revista dos ASD, a Review and Herald, F. M.
Wilcox – um dos cinco depositários indicados por Ellen White
para cuidar do patrimônio literário dela, escreveu uma síntese
das crenças dos ASD. E no ano de 1913 (Note que Ellen
White estava viva e não contradisse o que ele escreveu)
Wilcox escreveu na Review: “Os Adventistas do Sétimo Dia
crêem na Divina Trindade. Esta Trindade consiste do eterno
Pai... O Senhor Jesus Cristo.... e o Espírito Santo, a terceira
pessoa da Divindade.”

Mas os autores do livro “Trindade” não mencionam que este mesmo diretor de
publicações, F.M.Wilcox, no ano seguinte (1914) publicou o Year Book com os “Princípios
Fundamentais” sem a inclusão da doutrina da trindade.

Isto deixa bem claro que o seu “insignificante” artigo na Review and Herald não passava
de sua opinião pessoal sobre a questão, e não refletia o pensamento de toda a
denominação que continuava a afirmar suas crenças da mesma maneira como foram
aprovadas naquela representativa e oficial assembléia em 1894.

A argumentação de que se este pequeno parágrafo foi escrito e Ellen White que estava
viva (86 anos) não o refutou, levando a conclusão de que ela concordou com ele, parece
ser e desproporcional quando colocamos este pequeno parágrafo ao lado de todos os 10
Year Books onde as Crenças Fundamentais dos adventistas foi repetida.

A pergunta não é se Ellen White sabia e concordou ou não com este parágrafo escrito por
F.M.Wilcox, mas sim se Ellen White sabia e concordou com as Crenças Fundamentais
expressas nos 10 Year Books ao longo de 25 anos (1889-1914).

O que você considera mais lógico e provável?

Os Princípios Fundamentais só voltaram a serem publicados novamente no Year Book de


1931 (só 17 anos depois da última vez em que apareceu no ano de 1914), mas desta vez
com algumas modificações.

Desde a primeira vez que estes princípios foram publicados em um folheto redigido por
Urias Smith em 1872, até o ano em que apareceram as primeiras mudanças, foram quase
60 anos em que os Princípios Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia
permaneceram inalterados.

Diante dos fatos apresentados até aqui, nos parece questionável a afirmação feita pelos
autores do livro “Trindade”, de que os pioneiros vinham mudando constantemente a sua
concepção sobre a divindade, e não publicavam as doutrinas porque já esperavam
mudanças e não queriam causar obstáculos à “revelação” que estava por vir !

“...porque eles reconheceram que mais verdades estavam vindo e eles


não queriam impedi-las, definindo as suas crenças muito rigidamente.”
- Jerry Moon - Adventist Review, Abril 1999.
O professor de história da Igreja Adventista da Universidade de Andrews,
Jerry Moon, escreveu que foi a providência divina que trouxe a doutrina da
trindade para dentro de nossas crenças com o objetivo de manter a unidade
da igreja. É muito estranho este argumento, pois quando a doutrina da
trindade surgiu em nosso meio, já existia há 1600 anos atrás na igreja
Católica Apostólica Romana. Em outras palavras, Deus revelou este mistério
primeiramente para a prostituta de Apocalipse, e depois a “providência
divina” fez com que esta revelação fosse descoberta pelo seu povo
remanescente (estranho!?!).

Não parece estranho que aquela que até hoje é considerada pela igreja
Católica a principal doutrina (mistério) sob a qual todas as demais estão
estabelecidas, passasse a ser considerada pela igreja Adventista como uma
recente revelação da “providência divina” que surgiu de maneira gradativa
em nossa igreja?

Não parece estranho que aquilo que chamam de “providência divina” hoje,
era considerada como uma diabólica heresia pelos pioneiros adventistas? (É
para parar e pensar!)
Tradução:
Crenças Fundamentais da Igreja Adventista do Sétimo-dia

(tradução da parte assinalada em vermelho)

2. Que a divindade, ou Trindade, consiste do Pai Eterno ...................

o Espírito Santo a terceira Pessoas da divindade.

Nota: Em 1931 a Igreja Adventista tinha apenas 314 mil membros.

Modificações dos “Princípios Fundamentais” no Year Book de 1931:

1. Tiraram a palavra “única” onde diz que “a Bíblia é a fonte de doutrinas”.

2. Ao tratar do assunto Espírito de Profecia, até então não era mencionado o


nome de “Ellen White”.

De maneira semelhante aos Mórmons com Joseph Smith, o “dom de


profecia” ficou simbolizado por um nome de uma pessoa: “Ellen G. White”.

Com a expressão “seus escritos são uma contínua e autorizada fonte de


verdade” deram uma posição de igualdade à Bíblia, enquanto a postura dos
pioneiros até então poderia ser resumida nestas palavras de Urias Smith:

“A Bíblia, e a Bíblia somente, a Bíblia na sua pureza, a Bíblia é suficiente e a única regra
confiável de vida, ...”

Isso, poderia até parecer um desprezo ao trabalho e vida de Ellen White.


Porém, o “fanatismo” em torno de sua pessoa só realmente começou após
sua morte em 1915.

“Espírito de Profecia”  é uma expressão usada para Jesus na Bíblia.

Recentemente este assunto evoluiu para um nível onde a Conferência Geral não hesita em
afirmar que “a Inspiração de Ellen White é tão boa como a da Bíblia”, numa audaz
comparação para estabelecer igualdade entre a Bíblia e os escritos de Ellen White.

Isso poderia levar alguém a pensar que não acreditamos na inspiração de


Ellen White. Acreditamos na sua inspiração, porém não a ponto de
estabelecer equivalências com a Bíblia, e nem usar para Ellen White um título
que na Bíblia é atribuído a Jesus.
3. Até 1914 as Doutrinas Fundamentais diziam que “o Papa é o homem do pecado”  (II
Tess. 2). Este termo foi retirado.

4. Até 1914 dizia que Jesus era da semente de Abraão. Colocaram em 1931
que Jesus foi concebido pelo Espírito Santo e nascido da Virgem Maria --- Um
enfoque mais Católico na doutrina Adventista.

Obs.: É interessante notar que esta declaração de Crenças Fundamentais do


Year Book 1931, apresenta o texto exatamente como exige o Concílio
Mundial de Igrejas (WCC) para admitir um membro naquela organização.

Segue abaixo a tradução completa das doutrinas de 1931:

Os Adventistas do sétimo Dia sustentam certas crenças fundamentais, como principais características, das quais,
reúnem um conjunto de referências escriturísticas sobre as quais estão baseadas e podem ser resumidas como
segue:

1.   Que as Santas Escrituras do Velho e Novo testamentos foram dadas


pela inspiração de Deus, contêm uma auto-suficiente revelação de Sua
vontade para o homem, e são a única e infalível regra de fé e prática (2
Tim. 3:15-17);

2.   Que a Divindade, ou Trindade, consiste do Eterno Pai, uma pessoa, um


ser espiritual, onipotente, onipresente, onisciente, infinito em bondade
e amor; o Senhor Jesus Cristo, o Filho do Eterno Pai, através de quem
todas as coisas foram criadas e a salvação das hostes dos redimidos
será realizada; o Espírito Santo, a terceira pessoa da Divindade, o
grande poder regenerador na obra de redenção (Mateus 28:19);

3.   Que Jesus Cristo é verdadeiramente Deus, sendo da mesma essência e


natureza como o Eterno Pai. Enquanto ele reteve Sua natureza divina,
Ele tomou sobre si a natureza da família humana, viveu sobre a terra
como um homem, para dar exemplo em sua vida dos princípios de
justiça, provou sua relação para com Deus pelos muitos poderosos
milagres, morreu por nossos pecados sobre a cruz, foi ressuscitado da
morte, e ascendeu ao Pai, onde vive para interceder por nós (João 1:1,
14; Heb. 2:9-18; 8:1, 2; 4:14-16; 7:25;

4.   Que cada pessoa a fim de obter a salvação, precisa experimentar o


novo nascimento; que envolve uma inteira transformação de vida e
caráter através do poder recriador de Deus através da fé no Senhor
Jesus Cristo (João 3:16; Mateus 18:3; Atos 2:37-39);

5.   Que o Batismo é uma ordenança da igreja cristã e dever seguir o


arrependimento e perdão dos pecados. Por meio desta observância, é
revelada a fé na morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo. Que a
forma apropriada do batismo é pela imersão (Rom. 6:1-6; Atos 16:30-
33);
6.   Que a vontade de Deus com respeito à conduta moral está
compreendida em Sua lei dos dez mandamentos; que estes são, os
grandes e imutáveis preceitos que estão sobre todos os homens, em
todos os tempos (Êxodo 20:1-17);

7.   Que o quarto mandamento desta lei imutável requer a observância do


sábado do sétimo dia. Esta santa instituição, é ao mesmo tempo um
memorial da criação e um sinal de santificação, um sinal de abandono
das próprias obras de pecados dos crentes, e sua entrada no descanso
da alma que Jesus prometeu para aqueles que vêm a Ele (Gên. 2:1-3;
Êxodo 20:8-11; 31: 12-17; Heb. 4:1-10);

8.   Que a lei dos dez mandamentos aponta para o pecado, cuja penalidade
é a morte. A lei não pode salvar o transgressor de seus pecados, nem
transmitir poder para guardá-lo de pecar. Em infinito amor e graça,
Deus provê uma maneira através da qual isto poder ser realizado. Ele
forneceu um substituto, Cristo, o único justo, para morrer no lugar do
homem, tornando-o “pecado por nós, que não conheceu pecado, a fim
de que nós fôssemos feitos justiça de Deus nele” (2 Cor. 5:21). Que
alguém é justificado não pela obediência à lei, mas pela graça que está
em Cristo Jesus. Pela aceitação de Cristo, o homem é reconciliado com
Deus, justificado pelo seu sangue dos pecados do passado, e salvo do
poder do pecado por sua habitação no coração. Deste modo, o
evangelho se torna “o poder de Deus para a salvação de todo aquele
que crê”. Esta experiência é realizada pela divina atuação do Espírito
Santo, que convence do pecado e conduz para o arrependimento,
levando o crente para o novo concerto e relação, onde a lei de Deus é
escrita em seus corações, e através do poder capacitador da habitação
de Cristo, sua vida é trazida à conformidade com os divinos preceitos. A
honra e os méritos desta maravilhosa transformação dependem
inteiramente de Cristo (1 João 2:1, 2; Rom. 5:8-10; Gal. 2:20; Ef.
3:17; Heb. 8:8-12).

9.   Que somente Deus possui a imortalidade. O homem mortal possui a


natureza pecaminosa e mortal. A imortalidade e a vida eterna vêm
somente através do evangelho, e são concedidas como o dom gratuito
de Deus por ocasião do segundo advento de Jesus Cristo nosso Senhor
(1 Tim. 6:15, 16; 1 Cor. 15: 51-55).

10.                    Que a condição do homem na morte é de inconsciência. Que todos


os homens, bons e maus semelhantemente, permanecem na sepultura
desde a morte até a ressurreição (Eclesiastes 9:5, 6; Sal. 146:3, 4;
João 5:28, 29).

11.                    Que existirá uma ressurreição de justos e injustos. A ressurreição


dos justos terá lugar na segunda vinda de Cristo; a ressurreição dos
injustos acontecerá após os mil anos, na finalização do milênio (João
5:28, 29; 1 Tess. 4:13-18; Apoc. 20:5-10).

12.                    Que finalmente, o impenitente, incluindo Satanás, o autor do


pecado, será, pelo fogo do último dia, reduzido ao estado de não-
existência, tornando-se como nunca houvessem existido, assim,
limpando o universo de Deus, do pecado e pecadores (Rom. 6:23; Mal.
4:1-3; Apoc. 20:9, 10; Obadias 16).

13.                     Que nenhum período profético é apontado na Bíblia para alcançar


o segundo advento, senão apenas um, os 2.300 dias de Daniel 8:14,
finalizado em 1844, e nos conduz a um evento denominado purificação
do santuário.

14.                    Que o verdadeiro santuário, do qual o tabernáculo terrestre era


uma cópia, é o templo de Deus no Céu, a respeito do qual Paulo fala em
Hebreus 8 em diante, e do qual o Senhor Jesus, como nosso sumo-
sacerdote, é ministro; e que a obra sacerdotal de nosso Senhor é o
antítipo da obra dos sacerdotes judeus da primeira dispensação; que
este santuário celestial é o único a ser purificado no final dos 2.300 dias
de Dan. 8:14; está sendo purificado, como no tipo, uma obra de
julgamento, iniciando com a entrada de Cristo como sumo-sacerdote
sobre o julgamento que é a fase de seu ministério no santuário
celestial, o qual é tipificado através da purificação do santuário no dia
da expiação. Esta obra de julgamento no santuário celestial iniciou em
1844. Sua finalização encerrará a provação humana.

15.                    Que Deus, no tempo do julgamento e em acordo com Sua maneira


invariável de proceder com a família humana em adverti-la dos eventos
vindouros que afetarão seu destino (Amós 3:6, 7), envia uma
proclamação da proximidade do segundo advento de Cristo; que este
trabalho é simbolizado pelos três anjos de Apocalipse 14, e esta tríplice
mensagem apresenta a visão de uma obra de reforma para preparar o
povo para o encontro com Ele em sua vinda.

16.                    Que o período da purificação do santuário, sincronizando com o


período da proclamação da mensagem de Apocalipse 14, é o tempo do
juízo investigativo, primeiro com referência aos mortos, e segundo, com
referência aos vivos. Este juízo investigativo determina quem das
miríades que dormem no pó da terra são os que têm parte na primeira
ressurreição, e que estas multidões de viventes são os que tomarão
parte na transladação (1 Ped. 4:17, 18; Dan. 7:9, 10; Apoc. 14:6, 7;
Lucas 20:35).

17.                    Que os seguidores de Cristo, devem ser um povo justo, não


adotando os costumes não santificados nem conformando-se aos
caminhos iníquos do mundo, não amando esses prazeres pecaminosos
nem estimulando estas tolices. Que o crente deve reconhecer seu corpo
como o templo do Espírito Santo, e que deve vestir-se com cuidado,
modéstia, e aparência digna. Além disso, que ao comer e beber e em
sua completa conduta ele deve mostrar em sua vida como tornar-se um
seguidor do manso e humilde Mestre. Dessa forma, o crente será levado
a abster-se de todas as bebidas intoxicantes, tabaco, e outros
narcóticos, e evitar que através de habito e prática todo o corpo e alma
sejam contaminados (1 Cor. 3:16, 17; 9:25; 10:31; 1 Tim. 2:9, 10; 1
João 2:6).

18.                    Que o divino princípio dos dízimos e ofertas para sustento do


evangelho é um reconhecimento da posse de Deus sobre nossas vidas,
e que somos dirigidos a prestar contas a Ele de tudo aquilo que nos deu
para nossa possessão (Lev. 27:30; Mal. 3:8-12; Mat. 23:23; 1 Cor.
9:9-14; 2 Cor. 9:6-15).

19.                    Que Deus colocou em Sua igreja os dons do Espírito Santo, como
enumerados em 1 Coríntios 12 e Efésios 4. Que esses dons trabalham
em harmonia com os divinos princípios, da Bíblia, e são concedidos para
o aperfeiçoamento dos santos, a obra do ministério, a edificação do
corpo de Cristo (Apoc. 12:17; 19:10; 1 Cor. 1:5-7).

20.                    Que a segunda vinda de Cristo é a grande esperança da igreja, o


grande clímax do evangelho e do plano da salvação.  Sua vinda será
literal, pessoal e visível. Muitos eventos importantes estarão associados
com Seu retorno, como a ressurreição dos mortos, a destruição dos
ímpios, a purificação da terra, a recompensa dos justos, o
estabelecimento do Seu reino eterno. O quase completo cumprimento
de várias profecias, particularmente aquelas encontradas nos livros de
Daniel e Apocalipse, com as condições materiais, sociais, industriais,
políticas e religiosa existentes no mundo, indicam que o retorno de
Cristo “está próximo, às portas”. O exato momento destes eventos não
foi predito. Os crentes são exortados a prepararem-se para “o momento
em que não esperam, pois, o Filho do homem” será revelado (Lucas 21:
25-27; 17:25-30;  João 14:1-3; Atos 1:9-11; Apoc. 1:7; Heb. 9:28;
Tiago 5:1-8; Joel 3:9-16; 2 Tim. 3:1-5; Dan. 7:27; Mat. 24:36, 44).

21.                    Que o reino milenar de Cristo, compreende o período entre a


primeira e a segunda ressurreição, durante esse tempo os santos de
todas eras viverão com seu bendito Redentor no Céu. No fim do
milênio, a cidade santa com todos os santos descerá para a terra. Os
ímpios, ressuscitados na segunda ressurreição, andarão sobre toda a
terra com Satanás seu líder para tomar o acampamento dos santos,
quando descerá fogo do Céu, vindo de Deus, e os devorará. Na grande
destruição em que Satanás e seus anjos serão consumidos, a própria
terra será regenerada e purificada dos efeitos da maldição. Deste modo
o universo de Deus será purificado da vil mancha do pecado (Apoc. 20;
Zac. 14: 1-4; 2 Ped. 3:7-10).

22.                    Que Deus fará novas todas as coisas. A terra, restaurada à sua
beleza original, será transformada para sempre na morada dos santos
do Senhor. A promessa feita a Abraão, que através de Cristo ele e sua
semente possuiriam toda a terra pelas eras infinitas da eternidade, será
cumprida. O reinado, domínio e grandeza do reino debaixo de todo o
céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo e este reino é um
reino eterno e todos os domínios O servirão e obedecerão. Cristo, o
Senhor, reinará supremo e toda criatura que está no céu e sobre a terra
e debaixo da terra, e que estão nos mares prestará louvor, honra e
glória e poder Àquele que está assentado sobre o trono, e ao Cordeiro
sempre e eternamente (Gên. 13: 14-17; Rom. 4:13; Heb. 11: 8-16;
Mat. 5:5; Isa. 35; Apoc. 21: 1-7; Dan. 7:27; Apoc. 5:13).

Tradução: Marcelo Gomes e Carlos Alberto Gomes,


Codó-MA
 

Não foi sem oposição e muita discussão que esta mudança passou a vigorar
nas Crenças Fundamentais de nossa igreja. Os fatos que se seguem são
muito esclarecedores:

 Cinco anos depois que F.M.Wilcox como diretor de publicações da igreja


adventista publicou aquele pequeno artigo na Review and Herald, uma
acalorada discussão teve parte no Congresso de Bíblia em São Francisco no
ano de 1919. A discussão veio à tona por causa de alguns pastores que
defendiam a doutrina da trindade. Foi necessária a intervenção do Presidente
da Conferência Geral, Arthur Daniels para acalmar os ânimos.

 Em 1925 uma série de reuniões foram realizadas pelos Estados Unidos, promovidas
pelo professor e historiador da Andrews, LeRoy E.Froom defendendo a doutrina da
trindade.

 LeRoy E.Froom revela em seu livro “Movement of Destinity” na página 322 que
precisou buscar a doutrina da trindade em autores não denominacionais.
Tradução:

“Aqui posso fazer uma confissão pessoal e franca. Quando em 1926 e 1928
me foi pedido pelos líderes para dar uma série de estudos sobre o Espírito
Santo ... nos institutos ministeriais cobrindo a União Norte Americana de
1928, fora uns vestígios inestimáveis no Espírito de Profecia, eu não
encontrei praticamente nada desse fantástico ramo de estudo da Bíblia. Não
existiam prévias pegadas em nossos livros e literatura. Eu fui obrigado a
pesquisar em livros fora da nossa fé. Em vista disso,  ......alguns desses
homens tinham pontos de vista mais profundos das coisas espirituais de
Deus, que muitos dos nossos próprios homens tinham então sobre o Espírito
Santo e a vida triunfante.”

Se a doutrina da trindade é bíblica, porque ir buscar esta verdade em autores de outras


denominações?

Desta forma poderíamos afirmar sem medo de errar que LeRoy E.Froom é o pai da
doutrina da trindade na Igreja Adventista do Sétimo Dia. Ele mesmo é quem
admite que seus estudos trinitarianos causaram muita oposição por parte dos obreiros
mais antigos, mas gradativamente passaram a ser aceitos:

“Permita-me declarar que meu livro "A vinda do Consolador"


foi o resultado de uma série de estudos que eu dei em 1927 e
1928 nos institutos ministeriais através da América do Norte.
Você não imagina como eu fui atacado por alguns mais
antigos, porque eu insisti na personalidade do Espírito Santo
como uma terceira pessoa da divindade. Alguns homens
negaram isto, continuam negando, mas o livro foi
gradualmente sendo aceito como padrão.”
Carta de LeRoy E. Froom – 27 de Outubro de 1960.

 Em 1930 uma comissão de apenas quatro administradores decide a


mudança em nossas Crenças Fundamentais.

Eram eles: F.M.Wilcox (autor daquele artigo de 1913 e diretor de


Publicações na ocasião), M.E. Kern, E.R. Palmer, e C.H. Watson.

LeRoy E.Froom fez muitas pressões sobre o presidente Daniels para que a
doutrina da trindade fosse incluída em nossas Crenças Fundamentais.

Daniels chegou a dizer que “primeiro era preciso deixar que certas feridas
fossem curadas”. Talvez estivesse se referindo ao estabelecimento do Estado
do Vaticano em 1929.

Numa outra ocasião, Daniels disse que “era preciso que certas pessoas
estivessem fora de ação”, possivelmente querendo dizer que deveriam
esperar que algumas delas morressem antes de levarem avante tais
modificações.

Uma pergunta que cada membro da Igreja Adventista do Sétimo Dia deveria
fazer é: Como pode nossas Crenças Fundamentais, defendidas por décadas
pelos nossos pioneiros, e aprovadas em 1894 por 1531 signatários na
Assembléia de Battle Creek, serem modificadas por apenas quatro homens?
(Em 1931 a Igreja Adventista contava com 300.000 mil membros).
 Foi desta forma que de maneira “oficiosa” a doutrina da trindade passou a
fazer parte das Crenças Fundamentais dos Adventistas publicada no Year
Book de 1931.

Isto pode ser também confirmado no livro de George R. Knight (Professor de


história da Igreja Adventista na Andrews University) em seu livro “A Search
for Identify” na página 153:
Tradução da parte destacada no retângulo vermelho:
“Em 1930 vimos a continuação da agitação sobre a Trindade. De um lado, a
denominação pela primeira vez publicou a declaração sobre as Crenças
Fundamentais no Year Book 1931 que foi explicitamente Trinitariana,
embora tecnicamente não de forma oficial...”

 A explicação que deram na tentativa de justificar as alterações foi que isso


facilitaria a entrada da igreja em países africanos. Mas na verdade, a medida
foi um esforço para desvincular a Igreja Adventista das Testemunhas de
Jeová.

Nesta época os adventistas eram conhecidos pela população americana como


uma seita do mesmo segmento das Testemunhas de Jeová, pois Charles
Russell, fundador das Testemunhas de Jeová, quando tinha 20 anos era
Adventista, e foi onde aprendeu a doutrina do Deus único.

A analogia da opinião pública americana ligando as duas seitas que não


criam na Trindade, incomodava os administradores adventistas. Eles tinham
que mudar alguma coisa para se tornarem diferentes da seita de maior
rejeição nos Estados Unidos. (as Testemunhas de Jeová eram conhecidas por
não acreditarem na Trindade, não saudarem a bandeira americana e a
proibição da transfusão de sangue).

 Em 1940 alguns livros da igreja começaram a ser censurados. Os livros


de Urias Smith começaram a ser “caçados” com a justificativa de serem
livros raros que precisavam ser doados para serem então devidamente
preservados. Mas na realidade o que aconteceu é que eles foram todos
queimados.

Aqui encontra-se uma séria acusação de Conspiração, mas que infelizmente,


até o momento, carece de comprovação.

Mas por que os livros de Urias Smith foram em especial “caçados”


desaparecendo logo a seguir?

Ensinamentos contidos em seus escritos, como o que se segue, por exemplo,


pode responder muito bem esta questão:

“Deus unicamente é sem um começo. Na mais remota época como um


começo poderia ser, -- um período tão remoto que para as mentes infinitas é
essencialmente a eternidade, -- surgiu a Palavra. ‘No começo era a Palavra,
e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus’ João 1:1”

A seguir apresentamos o livro de Urias Smith de onde esta citação foi tirada,
bem como a página onde ela aparece:
Ou textos como este aqui abaixo traduzido:

“... entendendo que Cristo é o agente pelo qual Deus criou todas as coisas,
mas ele mesmo veio à existência de uma forma diferente, como é chamado o
único gerado pelo Pai. De toda forma o Pai deve ter tido uma existência
anterior. Nesta expressão "Barnes" usa a significante linguagem: É
demonstrado em outras fontes que Cristo foi de fato um ser criado e o
primeiro que Deus fez, não pode ser negado que essa linguagem
apropriadamente expressa este fato.”

Veja agora o livro e as páginas originais onde se encontra o texto acima traduzido:
A seguir apresentamos mais duas páginas de seus livros que mostram claramente porque
a nova Igreja Adventista trinitariana estava tão preocupada em tirá-los fora de circulação,
bem longe da vista do povo.

Esta é uma versão original de 1913.


Todas as afirmações sobre a origem de Jesus foram censuradas nas edições posteriores a
1940.

Se estas citações eram perigosas heresias que precisavam ser suprimidas, por que Ellen
White que conviveu com estes ensinamentos nunca recebeu uma clara orientação de Deus
para corrigi-los?
Pelo contrário, o que encontramos nos escritos de Ellen White com respeito a Urias Smith
e seus livros sobre Daniel e Apocalipse pode ser lido a seguir:

“Podemos facilmente contar os primeiros portadores de


responsabilidades que ainda vivem [1902]. Pastor [Urias]
Smith ligou-se a nós no princípio da obra publicadora.
Trabalhou junto a meu marido. Esperamos ver sempre seu
nome na Review and Herald, encabeçando a lista dos
redatores, pois assim deve ser. Os que iniciaram a obra, que
combateram bravamente quando a peleja era árdua, não
devem agora perder sua firmeza. Devem ser honrados pelos
que entraram para a obra depois de haverem sido suportadas
as privações mais duras.
Tenho muita simpatia para com o Pastor Smith. Meu
interesse vital na obra de publicações está ligado ao dele.
Veio ele ter conosco quando jovem, possuindo talentos que o
habilitavam para ocupar o lugar de redator. Como me alegro
quando leio os seus artigos na Review - tão excelentes, tão
repletos de verdade espiritual! Dou graças a Deus por eles.
Sinto forte simpatia pelo Pastor Smith, e creio que seu nome
deve sempre aparecer na Review, como redator principal.
Assim Deus deseja. Quando, alguns anos atrás, seu nome foi
colocado em segundo lugar, senti-me ferida. Quando de novo
foi colocado em primeiro lugar, chorei, e disse: "Graças a
Deus!" Oxalá fique sempre ali, como Deus deseja que
continue, enquanto a mão direita do Pastor Smith puder
empunhar uma pena. E quando faltar o poder de sua mão,
que seus filhos escrevam, ditando-lhes ele.”
Mensagens Escolhidas, Vol. 2, págs. 225

Neste próximo texto temos a cópia da fonte de onde ele foi


originalmente extraído:
.............................

.............................

Tradução:

“Fui instruída de que os importantes livros que contêm a luz


dada por Deus com respeito à apostasia de Satanás no Céu,
deveriam ter vasta circulação justamente agora; porque por
meio deles a verdade atingirá muitas mentes. Patriarcas e
Profetas, Daniel e Apocalipse e O Grande Conflito são agora
mais necessários do que nunca antes. Deveriam circular
amplamente, porque as verdades a que dão ênfase, abrirão
muitos olhos cegos. ... Muitos dentre nosso povo têm estado
cegos quanto à importância dos livros mais necessários. Se
tivessem sido manifestados tato e habilidade na venda destes
livros, o movimento das leis dominicais não estaria no pé em
que está hoje.”
Review and Herald, de 16 de fevereiro de 1905.

E outros textos mais:

“Há em O Desejado de Todas as Nações, Patriarcas e


Profetas, O Grande Conflito e em Daniel e Apocalipse,
preciosa instrução. Esses livros devem ser considerados como
de especial importância, e todo esforço deve ser feito para
pô-los perante o povo.”
Carta 229, 1903.
“A luz dada foi que Daniel e Apocalipse, O Grande Conflito e
Patriarcas e Profetas se venderiam. Eles contêm exatamente
a mensagem de que o povo necessita, a luz especial que
Deus deu a Seu povo. Os anjos de Deus preparariam o
caminho para estes livros no coração do povo.”
Special Instruction Regarding Royalties, pág.7. Colportor
Evangelista, pág.123-124.
“Devem ser conseguidos para os livros O Grande Conflito,
Patriarcas e Profetas, O Desejado de Todas as Nações, Daniel
e Apocalipse e outros de igual caráter, colportores que
tenham o senso do valor dos assuntos contidos nesses livros
e noção da obra a ser feita para interessar pessoas na
verdade. Auxílio especial, que sobrepuja a toda suposta
vantagem de ilustrações, será concedido a tais colportores.
Os colportores que nasceram de novo pela obra do Espírito
Santo, serão acompanhados pelos anjos, os quais irão
adiante deles às residências do povo, preparando-lhes o
caminho.”
Manuscrito 131, 1899. -- O Colportor Evangelista, pág. 88.

ATENÇÃO: A única ressalva que encontramos por parte de Ellen White feita
Urias Smith, foi quando ele se colocou em oposição aos pastores Jones e
Waggoner, quanto a toda polêmica que atingiu o clímax na Assembléia de
Mineápolis em 1888. Seria um gravíssimo erro tirar do contexto suas
repreensões feitas a Urias Smith quanto a estes assuntos específicos, e
tentar maliciosamente aplicá-las às suas declarações anti-trindade ou sobre
a origem de Jesus. Ellen White nunca censurou Urias Smith, nem a seu
marido ou qualquer outro pioneiro, por escreverem tão incisivamente contra
a trindade.

Urias Smith                            Pr. Jones                          Pr. Waggoner


 Foi neste mesmo ano (1940) que foi publicado o livro “Evangelismo”, que nada mais é
do que uma compilação dos escritos de Ellen White. Este livro contém uma série de textos
que foram adulterados com a inserção do termo “Trindade” como tradução da palavra
inglesa “Godhead” (Divindade). É muito importante observar que Ellen White nunca usou
em qualquer um de seus escritos a palavra “Trindade” (“Trinity” em inglês).

Esta é uma afirmação que pode ser provada, e será logo mais adiante.

 O livro “A Search for Identify” escrito por George R.Knight, comenta na


página 154 que ainda em 1940, J.S. Washburn escreveu:
Tradução:

“Essa monstruosa doutrina (trindade) transplantada do ateísmo para a Igreja


de Roma Papal, quer se introduzir na Mensagem do Terceiro Anjo --- a
Trindade está totalmente fora da Bíblia e dos ensinos do Espírito de Profecia.
A revelação não dá o menor suporte para isso. Essa monstruosa concepção
não tem lugar no universo do Abençoado Pai Celeste e Seu Filho.”

(The Trinity JSW MS)

Um presidente de associação local ficou tão impressionado que mandou


imprimir o folheto de Washburn e mandou distribuir entre os seus obreiros.
Mas o Adventismo tomou posições além de Washburn em 1940. Isso ficou
evidente quando surgiu a necessidade de fazer uma nova edição de livro
Daniel e Apocalipse de Urias Smith. Em Março de 1942 as autoridades da
Conferência Geral se reuniram com os Editores das Casas Publicadoras e
decidiram que o livro ficaria da mesma forma como Urias Smith havia
escrito, mas teria que haver algumas mudanças. Uma delas seria a
erradicação das declarações anti-trinitarismo e semi-arianismo...”

 Em 1946, numa Assembléia da Conferência Geral, os opositores da


doutrina da trindade conseguiram aprovar uma interposição que assegurava
que qualquer doutrina da igreja só poderia ser feita numa Assembléia da
Conferência.

A Review and Herald em 14 de Junho de 1946 (pág.197) publicou a decisão da


Assembléia da Conferência Geral:

“We recommend: 1. That the Church Manual be revised and all changes or
revision of policy that are to be made in the Manual shall be authorized by
the General Conference session.”

Tradução:

“Nós recomendamos: 1. Que o Manual da Igreja seja revisado e toda


mudança ou revisão de política que for feita no Manual seja autorizada pela
Assembléia da Conferência Geral”

 Isto significava que a alteração feita praticamente por quatro homens em


1930 e publicada no Year Book de 1931, só se tornariam efetivas e oficiais
após serem devidamente aprovadas em uma Assembléia da Conferência
Geral. Na realidade a publicação de 1931 foi apenas um ato administrativo.

 Em 1950, as Divisões promoveram cursos para os pastores antigos, onde


deveriam ser re-doutrinados segundo a nova teologia Adventista. Pastores
que mostrassem resistência à doutrina da Trindade deveriam ter notas
baixas, para se sentirem inseguros no emprego e se submeterem à nova
Teologia Adventista.
Talvez se tivermos hoje algum pastor jubilado que nesta época já era pastor
da igreja, ele possa nos confirmar a veracidade deste fato (Este pastor teria
hoje (2004) cerca de 80 anos de idade).

  Ennis Meier fala de sua experiência pessoal durante este período de


mudança na igreja Adventista (seu pai era um pastor adventista):

“A impressão gravada no meu cérebro sobre essa mudança


na Igreja Adventista, quase se perde no tempo.
Eu estava na cozinha da minha casa e meu pai chegando de
viagem; enquanto comia conversava com minha mãe.
Chegava de um congresso de obreiros e com um certo
espanto disse para minha mãe: - Agora não é mais um só
Deus, são três!
Pastores Adventistas que pensavam há muito ter deixado os
bancos do colégio, novamente ganharam pastas de estudo e
apostilas; tiveram que reaprender a estudar e tirar nota
mínima para serem aprovados. As instruções para reeducar
os pastores vinham da Divisão e ninguém ousava contestar.
Ninguém sabia até que ponto aquela “nota” afetaria a
carreira do pastor. O recado da administração foi dar nota
baixa e implantar insegurança em todos os pastores;
objetivando evitar as manifestações dos que eventualmente
discordassem da nova doutrina.

Em 1957 eu morava em New York e sábados e domingos à


noite, sempre parava nos  grupos de pregação de rua e ficava
ouvindo. Billy Grahamm moço e carismático fazia uma série
de conferências no Madison Square Garden (o antigo) e o
assunto religião envolvia New York. O centro evangelístico
Adventista próximo ao Time Square era o lugar onde Billy
Grahamm fazia sua classe de Bíblia, uma vez por semana.
Quando um pregador de rua terminou, me aproximei dele e
puxei assunto. Logo revelei que era Adventista e fiquei um
tanto surpreendido quando me disse que os Adventistas e
as Testemunhas de Jeová eram as religiões de maior
rejeição na comunidade evangélica.

Isso para mim era muito estranho, pois eu pensava que ser
Adventista era motivo para muito orgulho !
O pretexto para publicarem a doutrina da Trindade no Year
Book de 1931, foi que a medida facilitaria a entrada da igreja
Adventista nos paises africanos. Na realidade era um remédio
indireto, pois pertencer ao Concílio Mundial de Igrejas
(WCC) é que viria facilitar essa integração no continente
africano. Para uma religião pertencer ao WCC é preciso ter
como doutrina a Trindade.
Embora o fundador das Testemunhas de Jeová tivesse sido
Adventista (Russel) e os Adventistas tivessem acabado de
renunciar o Deus único da Bíblia, logo apareceram folhetos
contra as Testemunhas de Jeová, num disfarce para desviar
as atenções sobre a mudança.
Os Adventistas com dezenas de hospitais, centros de
reabilitação, colégios e universidades nos Estados Unidos,
precisavam das verbas governamentais e foram obrigados a
“aparar as arestas” que vaziam os congressistas americanos
torcer o nariz cada vez que alguém pedia verbas para as
instituições Adventistas.
Hoje, a ADRA tem 66% do seu orçamento provindo do
Departamento de Estado Americano e os convênios com o
Social Security (INPS Americano) são vitais para o “braço
direito” da obra (nenhum hospital nos Estados Unidos
sobrevive sem esses contratos e ajuda do governo).
Pouco a pouco aquela religião estranha de gente que pregava
que os Estados Unidos fariam uma lei dominical e que
matariam os seus adeptos, foi se integrando às religiões
evangélicas e hoje esses preconceitos quase que
desapareceram totalmente.
Resta o vexame da mudança, e o ar de superioridade sobre
as Testemunhas de Jeová que continuam ainda no fanatismo
de onde Russel começou.
Se as Testemunhas de Jeová pararam no tempo e as moças
ainda se vestem como no século dezenove, os Adventistas
com a revelação progressiva, acompanharam os figurinos
da moda, e os figurinos da doutrina do WCC !”.

Nota: A Igreja Católica ironicamente não pertence ao WCC (World Council of


Churches = Concílio Mundial das Igrejas).

  A experiência pessoal do responsável por este site:

“Fui teologando entre os anos de 1980 e 1985, e só agora


pude compreender porque no Curso Teológico tivemos que
aprender com tanta ênfase como combater as Testemunhas
de Jeová. Nossos professores no curso teológico nada nos
ensinaram sobre estas mudanças! E nem poderiam fazê-lo
sem evitar muitos questionamentos, portanto preferiram usar
a estratégia de nos fazer estudar as doutrinas das
Testemunhas de Jeová como heresias a serem combatidas.
Desta maneira fomos instruídos a ver a crença no único Deus
e em Seu Filho literal Jesus Cristo como uma total
demonstração de ignorância teológica, e a crença na trindade
como uma verdade solidamente defensável”.
  Os fatos aqui relatados parecem que só são ignorados pela maioria dos
Adventistas, pois até mesmos os Evangélicos conhecem bem esta história,
como pode ser constatado neste texto escrito pelo espanhol Pedro de Jesus
Colombo.

O escritor, em uma série de perguntas e respostas, tentado esclarecer aos


seus leitores quem são e o que crêem os Adventistas do Sétimo Dia, na
pergunta número 4 coloca:

“4. Acreditam os adventistas na Trindade?


Sim. Os adventistas acreditam e defendem com força esta
doutrina. A organização entretanto, oculta que eles não criam
na Trindade até 1931. Somente depois dessa data, a doutrina
foi avalizada e reforçada. Ocultam que os pioneiros, incluindo
a própria profetiza Ellen White, não criam nessa doutrina. Os
livros oficiais da Igreja (Year Book) até o ano de 1914
documentam com muita consistência esse fato negado hoje
por seus dirigentes.”

1) Dallas 1980
Um livro de 450 páginas contendo as 27 doutrinas da igreja foi preparado pela
Conferência Geral, e depois de concluído, foi entregue primeiramente a 194 pessoas para
fazerem a revisão. Posteriormente o livro foi entregue para 27 pessoas, sendo que cada
uma recebeu um capítulo para revisar.

É desnecessário comentar que entre as doutrinas apresentadas neste livro estava a


doutrina da trindade.

Este livro foi preparado com a finalidade de ser apresentado na Assembléia da


Conferência Geral para ser definitivamente aprovado, tornando-se desta forma as Crenças
Oficiais dos Adventistas do Sétimo Dia.

No ano de 1980 numa assembléia da Conferência Geral na cidade de Dallas no estado do


Texas, foi finalmente oficializada a doutrina da Trindade.

Esta mudança nas doutrinas no ano de 1980 é confirmada no livro “The Trinity” (edição
em Inglês):
 
Tradução começando com a 5a. linha:
Enquanto o Arianismo e o anti-Trinitarismo foram muito fortes entre os
líderes Adventistas pioneiros, o ponto de vista Trinitariano da divindade
tornou-se um entendimento geral em 1940, senão antes. De fato, os pontos
de vista  agora adotados foram votados na declaração oficial das Doutrinas
da Igreja Adventista do Sétimo-dia. A mais recente decisão teve lugar na
Conferência de Dallas, Texas em 1980.

Nas últimas 3 linhas diz o seguinte:

Não unicamente existem notícias de bolsões que revivem o anti-Trinitarismo em várias religiões através da
América do Norte, como pela  influência da Internet se tem espalhado ao redor do mundo.

("ao redor do mundo" não está mostrado na imagem)

Mas de que forma se procederam estas mudanças?

     No
dia 24 de maio de 1979 o Pr.Neal Wilson (Presidente da
Conferência Geral na época) publicou na Revista Adventista Americana (Adventist Review)
uma Carta Aberta para a Igreja:
Nesta carta o presidente Neal Wilson convoca membros e líderes da igreja para resolver
algo que chamou de “dificuldade em questão teológica” (ver última linha da 1ª página e
início da 2ª página).
Neal Wilson definiu as “dificuldades teológicas” com o rótulo genérico de “righteousness
by faith” (justificação pela fé). Refere-se a uma agitação que deseja acabar, dizendo
ser “uma inundação de cassetes, brochuras, livros e documentos, distribuidos através do
correio, pelos quais os membros se comunicam, e nunca chegam ao conhecimento da
verdade.”

Pelo conteúdo da convocação, a comissão que teria apenas dois dias para
estudar os chamados “pontos difíceis da doutrina Adventista”, sabia apenas
que o assunto genérico seria “justificação pela fé” (righteousness by faith).

Neal Wilson termina sua carta de duas páginas dizendo:

“Nós hoje apelamos para a igreja, que aceite a nossa proposta, abstendo-se de futuras agitações sobre o assunto da
justificação pela fé, enquanto direção e ajuda está sendo preparada pelos líderes espirituais. Nós apelamos para
que toda a discussão contensiosa sobre esse assunto seja suspensa até que o comitê representativo da igreja, sob a
direção do Espírito Santo, possa oferecer ajuda e direção. Então, como na igreja primitiva, em espírito de unidade
e amor possamos seguir para a frente.”

Nenhuma menção é feita a mudança para a crença da trindade incluída de


forma oficiosa nas Crenças Fundamentais dos Adventistas desde 1931 (fato
constato abertamente por George Knight).

Perguntamos: Foi este comitê tão representativo quanto o de 1894?

Mais tarde foi publicado:

In "An Open Letter to the Church" (Adventist Review, May


24, 1979), the president of the General Conference, Neal C.
Wilson, announced the intention of the denomination to
convene a representative group "to survey and study
difficult theological issues" and share the results with the
church. This group, the Righteousness by Faith Consultation,
consisting of 145 members, was appointed and met in
Washington, D.C., October 3-4, 1979.

Esse é o início da preparação das 27 doutrinas depois aprovadas em Dallas,


Texas, na Assembéia de 1980, e que tornaram OFICIAL a doutrina da
Trindade. Neal Wilson evitou tratar diretamente do assunto, apenas fazendo
referência genérica sobre a “natureza de Cristo” como um dos assuntos a
serem tratados (assinalado em vermelho em sua carta aberta).

O Presidente da Conferência Geral, Neil Wilson temendo uma discussão


pública do assunto “Trindade”, fez os delegados presentes na Assembléia
aprovarem a mudança na forma de um livro com 450 páginas.

Não foi informado aos presentes naquela Assembléia que entre aquelas 27 doutrinas
existiam algumas radicais mudanças nas crenças que um dia foram defendidas e pregadas
por nossos pioneiros. Não lhes foi explicado que eles estavam por votar uma doutrina que
havia sido criticada e combatida por muitos anos por homens com Thiago White, esposo
de Ellen White, e que por três vezes foi o presidente da Conferência Geral. Não lhes foi
dito que eles estavam por tornar oficial a doutrina Católica da trindade.

Não se discutiu o mérito e num simples gesto de levantar as mãos, se tornou oficial na
Igreja Adventista a doutrina Católica da Trindade, segundo o Credo de Constantinopla do
Terceiro Século da Era Cristã.

Esta “oficialização” da doutrina da Trindade é algo relativamente recente (24 anos atrás –
base 2004), e com toda certeza existem por todo o mundo adventistas ainda vivos que
participaram desta Assembléia como delegados que podem nos dizer como procederam a
aprovação desta doutrina (algo muito fácil de se checar!).

Toda a história que vimos até agora pode ser confirmada na introdução do livro “Crenças
Fundamentais dos Adventistas do Sétimo Dia” (pág.4 da edição em castelhano):
[ATENÇÃO: É importante notar que nada é dito no texto acima que as
declarações que foram publicadas em 1931 possuíam algumas significativas
e importantes diferenças em comparaçãp com as declarações impressas até
o ano de 1914.]

Havia, desde os anos 1919 uma controvérsia entre os pastores sobre a


questão da trindade (a técnica utilizada era de silenciar todos os que
chamavam à atenção sobre o assunto). A administração sempre teve medo
de discutir com os membros qualquer doutrina da igreja. Desta forma, o
mínimo que os membros desta igreja poderiam esperar de seus
administradores era que essa discussão fosse feita pela própria
administração, mas de maneira honesta, específica e ampla. --- NADA
DISSO ACONTECEU !

Pelo o que acabamos de constatar a mudança foi da forma mais


dissimulada e discreta possível.

Aprovar a doutrina trindade foi o “pivô” de toda encenação e a razão porque


um novo livro das doutrinas estava sendo introduzido na igreja.

Quando votaram na Assembléia de 1980 em Dallas, Texas, foi formalmente e


EM CONJUNTO, sem qualquer oportunidade para discussão das doutrinas em
separado, e muito menos uma clara exposição que estavam fazendo
mudanças na doutrina da igreja.

2) Em Defesa da Trindade
O esforço para defender a doutrina da trindade veio depois, quando
começaram aparecer os primeiros focos de resistência conservadora. Mais
tarde, embora muitos tenham percebido o erro, circunstancialmente foram
obrigados a defendê-lo.

A partir de 1980, por ordem da Divisão Sul Americana, começaram a disciplinar todos os
membros que se declaravam contra a doutrina da Trindade, ou tão somente promoviam
reuniões domiciliares para o estudo do assunto. Dezenas de Adventistas foram expulsos
da igreja no sul da Bahia e em Fortaleza. Recentemente, dezenas de Adventistas tem sido
expulsos em Brasília, Niterói, São Paulo e em outras várias cidades do Brasil.

Os membros da igreja são cortados sem direito de se defenderem, e os pastores violam o


Direito Constitucional do cidadão de promover reuniões, sem sofrer qualquer tipo de
coação.

Nos Estados Unidos, a política em relação aos opositores da doutrina da Trindade é


bastante discreta e tolerante, pois nenhum pastor ousaria enfrentar as leis dos "Civil
Rights", freqüentemente desconsideradas no Brasil.

E o mais desconcertante de toda esta história, é o fato de vermos que vários membros
estão sendo removidos da comunhão das Igrejas Adventistas por crerem exatamente
como criam aqueles que a fundaram e a estabeleceram.

Por exemplo, Urias Smith afirmava:

“Mas com respeito ao Espírito, a Bíblia usa expressões que não podem
se harmonizar com a idéia que é uma pessoa igual ao Pai e ao Filho. Ao
contrário mostra que é uma divina influência de ambos; o meio pelo
qual se fazem representar e pelo qual se manifesta o poder através de
todo o universo, quando não estão pessoalmente presentes.”
Urias Smith, “In the Question Chair”, Review and Herald, LXVII
(28/10/1890), 664.
Atualmente, se algum membro disser isto será perseguido, terá seus cargos retirados, seu
nome será levado para a comissão da igreja, e caso não se retrate, será finalmente
removido do rol de membros da igreja (geralmente sem qualquer direito de defesa
perante a igreja).

Neal Wilson

Neal Wilson, presidente da Conferência Geral por ocasião da Assembléia realizada em


Dallas, como que querendo justificar a mudança que lá foi oficializada, escreveu no
prefácio do livro “A Search for Identify” de George R. Knight:
Tradução:

Uma Palavra ao Leitor

Tem sido meu privilégio observar e ter parte pessoalmente na procura da


identidade teológica durante 55 dos 150 anos cobertos por esse livro. O
escopo deste estudo e a cuidadosa e sumaria pesquisa do Dr. George Knight
me intriga....................

Esteja seguro em ler todo o livro e não só as seções que lhe chamem à
atenção. Se você fizer assim, eu estou certo que você vai concordar que este
livro é o produto de uma grande pesquisa. Ele é acadêmico, informativo,
provocativo e instrutivo. O autor traça a jornada teológica que a Igreja
Adventista tem..................

No começo o Dr. Knight tem um dilema hipotético. Ele aponta que a maioria
dos fundadores e pioneiros da Igreja Adventista do Sétimo-dia relutariam em
pertencer à igreja hoje, se tivessem que aceitar as 27 Doutrinas
Fundamentais.Nos primeiros dias do desenvolvimento da denominação "a
verdade presente" tem envolvido os mandamentos de Deus, o Sábado, a
mensagem do santuário, a mortalidade da alma, a mensagem dos 3 anjos de
Apocalipse 14 e a segunda vinda de Jesus.

Esse livro claramente revela que desde o começo dos Adventistas do Sétimo-
dia, estavam preparados para modificar, mudar, ou revisar as suas crenças e
práticas, se eles pudessem ver uma boa razão para fazer assim pelas
escrituras. É por isso que na introdução do texto das Doutrinas
Fundamentais, diz: “A revisão dessas declarações deve ser esperada na
seção da Conferência Geral quando a igreja é guiada pelo Espírito Santo para
o inteiro entendimento das verdades da Bíblia, para achar uma melhor
linguagem para expressar os ensinamentos de Deus nas Sagradas
Escrituras”.

Um dos atuais escolásticos da igreja anotou que, a mais marcante


característica acerca do Adventismo é o fato que “nós acreditamos que a
verdade é progressiva e não estática.” Como resultado disso o Adventismo
continua pesquisando, investigando, escutando, revendo, estudando e
orando, na convicção que Deus vai iluminar, e aumentar o entendimento da
história da salvação. Esse livro reforça o fato que a igreja Adventista do
Sétimo-dia é um movimento profético, com uma mensagem e uma missão
profética.

Embora eu pensei que estive razoavelmente bem informado, eu devo admitir


que o Dr. Knight aguçou a minha convicção. Eu fiquei profundamente
impressionado pela síntese das pessoas e assuntos e da forma habilidosa que
ele relacionou a jornada desses 150 anos.

Nas páginas finais, o Dr. Knight enfatiza o que significa ser um cristão Adventista do Sétimo-dia. Ele declara que
o “o gênio do Adventismo do Sétimo-dia não se baseia tanto nas doutrinas que o distinguem do que outros
cristãos acreditam, antes é uma combinação do entendimento da estrutura do tema da grande controvérsia no
cerne da apocalíptica do livro da Revelação, discorrendo de Apocalipse 11:19 até o fim do capítulo 14. É um
ponto de vista profético que distingue os Adventistas do Sétimo-dia de outros Adventistas, outros sabatistas, e
todos os outros cristãos.”

Neal C. Wilson, ex-Presidente

da Conferência Geral dos Adventistas

do Sétimo-dia. (1979-1990)

3) Como Aceitar Esta Mudança?


Será que o argumento que nossos doutores e pastores estão usando para justificar a
mudança de não-trinitarianos para trinitarianos é válido? Eles afirmam que nossa doutrina
mudou porque os conceitos dos pioneiros estavam errados. Mas se isto é verdade por que
Ellen White afirmou:

“Os pontos principais da nossa fé, tal como temos hoje,


foram firmemente estabelecidos. Ponto por ponto foi
claramente definido e toda a irmandade veio em harmonia. A
inteira congregação de crentes está estabelecida na verdade.
Há aqueles que vieram com estranhas doutrinas, mas nós
não tememos encontrá-los. Nossa experiência foi maravilhosa
e estabelecida pela revelação do Espírito Santo.”
Ellen White - MS. 1903

E mais:

“Nós não podemos aceitar as palavras daqueles que trazem mensagens contradizendo os principais pontos da
nossa fé. Eles juntam um mundo de textos e uma pilha de provas que sustentam as suas teorias. Isso tem
acontecido sempre nos últimos 50 anos. Enquanto as Escrituras são a Palavra de Deus e devem ser respeitadas, se
o que eles mostram altera um pilar do fundamento que Deus tem sustentado nesses passados 50 anos, é um grande
engano. Os que recebem essas explicações sabem das maravilhosas demonstrações do Espírito Santo, que nos deu
poder e força nas mensagens do passado, que vieram ao povo de Deus.”

Ellen White, 1905, Manuscript Release No. 760: The Integrity


of the Sanctuary Truth, pages 18-20

E ainda mais:

“Nenhum alfinete deve ser removido no que o Senhor estabeleceu. Nós


encontraríamos segurança em menos do que o Senhor nos tem dado
nesses últimos cinqüenta anos?”
Review and Herald, 05/Maio/1905

Mas apesar de todas estas claras e específicas orientações para não mudarem aquilo que
o Senhor havia estabelecido, Ellen G. White foi orientada pelo Senhor para revelar a
seguinte advertência profética:

“A mensagem do Senhor claramente nos adverte: O inimigo


das almas nos trás a impressão que uma grande reforma está
tendo lugar entre os Adventistas do Sétimo-dia, e essa
reforma consistiria em abandonar as doutrinas que são as
bases da nossa fé, num processo de reorganização. Em que
essa reforma que teria lugar vai resultar? Os princípios da
verdade que Deus na sua sabedoria tem dado a igreja
remanescente seriam descartados. Nossa religião seria
mudada. Os princípios fundamentais que tem
sustentado a obra nos últimos 50 anos seriam tidos
como erro. Uma nova organização seria estabelecida.
Livros da nova ordem seriam escritos. Um sistema de filosofia
intelectual seria introduzido. Os fundadores desse sistema
iriam às cidades e fariam um maravilhoso trabalho. O sábado
de fato seria relaxado, na forma como ele foi criado. Nada
resistiria ao novo movimento. Ele criaria dependência na
força de homens, que sem Deus não valem nada. A sua
fundação seria feita na areia, e a tempestade e o vento
banirão essa estrutura.”
Ellen G. White, Selected Messages, Book 1, Páginas. 205 e
205

Quando os princípios fundamentais estabelecidos nos últimos 50 anos sob a orientação do


Senhor estivessem sendo mudados, sua orientação específica é que os pioneiros falassem
sobre os fundamentos de nossas crenças mediante a reimpressão de seus escritos:
“Quando o homem vier mover um alfinete do nosso fundamento o qual Deus estabeleceu pelo seu Santo Espírito,
deixe os homens de idade que foram os pioneiros no nosso trabalho falar abertamente, e os que estiverem mortos
falem também, reimprimindo os seus artigos das nossas revistas. Juntemos os raios da divina luz que Deus tem
dado, e como Ele guiou seu povo, passo a passo no caminho da verdade. Esta verdade permanecerá pelo teste do
tempo e da experiência.”

24 de Maio de 1905 - Manuscript Release Vol.1, pág.55.

E depois reforçou:

“Permita os pioneiros identificarem a verdade.- Quando o poder de


Deus testifica o que é a verdade, essa verdade deve permanecer para
sempre como verdade. Não depois de suposições, contrárias a luz que
Deus tem dado para ser recebida. Surgirão homens com interpretações
das Escrituras que para eles é a verdade, mas não é a verdade. A
verdade para esse tempo Deus tem dado como um fundamento para a
nossa fé. Ele Mesmo nos falou a verdade. Um após outro vai aparecer
com uma nova luz que contradiz a luz que Deus tem dado pelo seu
Santo Espírito.”
Ellen White, 1905, Counsels to Writes and Edictores, págs. 31 e 32

Diante dos fatos apresentados, não fica muito difícil saber o que ela estava querendo
dizer quando escreveu:

“Haverá, mesmo entre nós, mercenários e lobos disfarçados em ovelhas


que persuadirão [alguns do] rebanho de Deus a sacrificar a outros
deuses diante do Senhor. ... Jovens que não se acham estabelecidos,
arraigados e firmados na verdade serão corrompidos e
desencaminhados pelos condutores cegos dos cegos; e os ímpios, os
desdenhadores que duvidam e perecem, que desprezam a soberania do
Ancião de Dias e colocam um falso deus sobre o trono, um ser de sua
própria invenção, um ser completamente tal qual eles mesmos - estes
instrumentos estarão nas mãos de Satanás para corromper a fé dos
incautos.”
Mensagens Escolhidas, Vol 3, pág.398.

Nota:

Novamente, destacamos que os fatos que aqui foram mencionados parece


que só são ignorados pela maioria dos Adventistas, pois até mesmos os
Evangélicos conhecem bem esta história, como pode ser constatado neste
texto retirado do site da Igreja Cristã de Deus (Christian Churches of God).

É interessante também observar que neste texto não-adventista está


relatado de forma bem fundamentada que o Unitarismo e a guarda do
Sábado eram as características das igrejas cristãs primitivas.

“A Igreja Cristã foi dividida em dois grupos, os Unitarianos e


Trinitarianos, somente a partir do concílio do quarto século.
Nos dois primeiros séculos, todos eram unitarianos e
acreditavam que Cristo era o grande Anjo do Velho
Testamento. Os Trinitarianos ainda não existiam no
Cristianismo. Eles eram pagãos adorando em Roma, Júpiter,
Juno, e Minerva, a Virgem Imaculada.
..............................
Depois, a Trindade foi adotada de Constantinopla em 381, e a
fé rachou novamente. Esta grande rachadura culminou com a
introdução da Páscoa no Segundo Século. ...
Os Unitarianos mantiveram-se em guerra com os
Trinitarianos por alguns séculos...
Os Unitarianos eram também guardadores do Sábado. Eles
eram erroneamente  chamados de Arianos. A família do
profeta Maomé era dessa linhagem Sabatista.
No quarto século, a Igreja Abissiniana enviou seu arcebispo
Mueses para a China através da Índia. Ele estabeleceu o
Cristianismo na China, que eram Unitarianos guardadores do
Sábado...
Na Reforma, a Igreja Unitariana se dividiu em dois ramos.
Um foi o elemento Unitariano radical, o qual veio de grupos
Protestantes e guardam o Domingo e os feriados católicos. O
outro elemento veio da Igreja Valdense pré-Reforma, eles
eram Sabatistas. Seus descendentes estão na Europa
atualmente...
Este sistema radical Unitariano nega a pré-existência de
Cristo e, em termos históricos, é uma inovação relativamente
recente...
Até a poucas décadas, bem recentes, todas as igrejas
guardadoras do sábado eram não-trinitarianas. Os
Adventistas do Sétimo Dia tornaram-se trinitarianos,
formalmente, somente em 1978 [quando a Comissão
Executiva da Associação Geral aprovou a relação de 27
doutrinas fundamentais, oficializada na Reunião da
Associação Geral de 1980]...”
Tradução: Marcelo Gomes.
Edição: Robson Ramos.
Fonte: http://www.logon.org/english/s/p060.html

 
Limpeza nos escritos denominacionais
Ellen White jamais usou a palavra “Trindade”. As traduções em português usam
indevidamente a palavra “Trindade” como tradução de “Godhead”. Não há registro que
Ellen White jamais tivesse tido desentendimentos com a administração, em qualquer
época, por razões de doutrinas.

Ellen White sempre falou em harmonia e entendimento em toda a irmandade e que


nenhuma mudança seria admitida no que o Espírito Santo os havia revelado nos últimos
50 anos.

Os livros de Ellen White trazem claras afirmações anti-trinitarianas, exceto o livro “O


Desejado de Todas as Nações” e “Evangelismo”.

O livro “O Desejado de Todas as Nações” foi escrito em 1898 e mostraremos aqui as


mudanças feitas desde a edição original.

O livro “Evangelismo” só impresso em 1946, é apenas uma compilação distorcida de


citações de Ellen White sobre a divindade.

Ainda, há manuscritos que teriam sido encontrados na papelada de Ellen White. Sem
considerar a dúvida que recai na autenticidade desses manuscritos, não faziam parte de
nenhum material enviado as publicadoras Adventistas. Há muitos anos os originais já
eram enviados em forma datilografada. Esses manuscritos, poderiam ser meras
anotações de algum livro emprestado, numa época em que não havia outra forma de
copiar.

No livro “A Search for Identify”, George Knight (Professor de história da Igreja Adventista
na Andrews University) nos conta como manipularam os livros da igreja.
Tradução:

...então nós devemos notar que durante o período entre 1919 a 1950 existiram definidas
iniciativas para tornar o Adventismo parecendo mais cristão, especialmente durante os
anos de 1940. Esta década por exemplo, testemunhamos o esforço por parte de alguns
em ‘limpar’ e consertar a literatura e as publicações Adventistas. Três áreas ilustram essa
tendência.

A primeira preocupação era a trindade. Como mostramos nos capítulos anteriores, os


primeiros Adventistas eram em grande parte anti-Trinitarianos e semi-arianos. Nós
percebemos como estes pontos de vista começaram mudar depois da década de 1888. A
transformação no entanto, não aconteceu rapidamente, um fato evidente sobre o esforço
sobre o assunto foi na Conferência de 1919. Na tarde de 6 de Julho se viu uma grande
discussão sobre esse assunto entre W.W.Prescot e H.C. Lacey e.....

Nota: George Knight fala em mudanças após 1919, ou seja, somente 4 anos depois da
morte de Ellen White.
Tradução:

Isto se tornou evidente quando apareceu a necessidade de fazer uma nova


edição do livro Daniel e Apocalipse de Urias Smith. Em março de 1942 os
oficiais da Conferência Geral se reuniram com os diretores das casas
publicadoras da América do Norte e decidiram que o livro ficaria como foi
escrito por Urias Smith, mas teria algumas modificações. Uma delas seria a
erradicação de afirmações anti-trinitarianas e semi-arianas. ... o comitê mais
tarde decidiu “que seria melhor omitir o assunto do livro sem fazer
comentários, ...” (Relatório do Comitê de Revisão.... Daniel e Apocalipse;
Ministry Maio 1945). A nova edição saiu 1944. A revista Ministry no mês de
Maio de 1945 foi obrigada repetidas vezes a explicar e inclusive fazer uma
compilação de Ellen White da preexistência de Cristo.

.....................

A segunda importante iniciativa de “Limpeza” nas publicações Adventistas foi


de forma a tornar a denominação mais ortodoxa e teve a ver com a natureza
humana de Cristo.

Nota 1: “Limpeza” (“clean up”) entre aspas tem um sentido malicioso com
cortes e mudanças. Obviamente cortes imorais, uma vez que o autor Urias
Smith morreu em 1903. Cabe lembrar que Urias Smith foi 50 anos secretario
geral da Conferência Geral e o editor das principais revistas adventistas
nesse período.
Nota 2: Natureza humana de Cristo é um assunto diretamente ligado à
doutrina da Trindade.

George R. Knight não arriscou a sua carreira de professor de História da Igreja Adventista
na Universidade de Andrews. Fez muitas revelações desconcertantes, mas foi
suficientemente sagaz ao se omitir tratar dos cortes e alterações que fizeram nos livros de
Ellen White.

Uma tentativa para justificar e legalizar as alterações que fizeram nos livros de Ellen
White foi feita por Juan Carlos Viera, diretor do White Estate da Conferência Geral, em
seu livro “La Voz del Espírito” (Por ser de nacionalidade uruguaia, escreveu seu livro em
espanhol e depois foi traduzido para o inglês).

O autor deste livro apresenta parte de uma carta que aparentemente estaria dando
autorização por parte de Ellen White para que se procedessem a mudanças nos livro “O
Conflito dos Séculos”:
Tradução:

“Com relação ao caráter anti-católico de ‘O Conflito dos Séculos’, devemos admitir que
nossos críticos estão corretos ao dizer que o espírito anti-católico não se encontra
somente em poucos lugares, mas em uma grande parte do livro ... Entretanto, podemos
modificar, com o consentimento da autora, várias daquelas passagens que são mais
objetáveis para nossos críticos católico-romanos.”

A carta cuja parte pretendeu-se reproduzir neste livro foi escrita em Sanitarium na
Califórnia no dia 13 de abril de 1914 por W.C.White (filho de Ellen White) e enviada para
a Hamburg na Alemanha aos cuidados de L.R.Conradi (Presidente da Conferência da
Europa). Treze meses antes da morte de Ellen White que faleceu em 16 de julho de 1915,
aos 88 anos de idade.
Agora vamos dar uma olhada na carta original e comparar o que está escrito nela com
aquilo que foi traduzido no livro.

A carta tem 8 folhas e por questões de espaço só reproduzimos aqui a parte que nos
interessa para a comparação.

Texto no original em inglês:


“But we could modify, with the autor's concent, several of this passage which
are most objectionable to our Roman Catholic critics.  With this in view,
Brother Crislar has sugested some abbreviations of chapters 3, 4,  and 35. 
Possibly a few other places, but I belive that this three chapters, The
Apostasy, The Waldenses, and the Aims of the Papacy, contain the
statements which are the most irritating to people of the Roamn Catholic
faith. We are waiting with great interest to receuve from you a satetment
regarding those passages which you feel that it is necessary  that there be
modifications or omissions of statements offensive to Catholics.” 

Tradução: 

“Mas nós poderíamos modificar, com o consentimento do autor, muitas dessas passagens que são mais criticadas
por nossos críticos Católicos Romanos. Com este objetivo, o irmão Crislar sugeriu algumas abreviações dos
capítulos 3, 4, e 35. Possivelmente em uns outros poucos lugares, mas eu creio que nesses três capítulos, A
Apostasia, Os Valdenses e Os Fins do Papado, contem afirmações que mais irritam os adeptos da fé Católica
Romana. Estamos esperando com grande interesse receber de vocês uma descrição das passagens que sentem que
é necessário que haja modificações, ou cortes nas afirmações ofensivas aos Católicos.”

O texto original em inglês traz “could modify” que é condicional, e ao


mencionar a seguir: “com o consentimento do autor” (apenas separado por
vírgula) significa que tudo era condicional. A tradução da carta para o
espanhol (“podemos”) não foi fiel ao sentido original da carta escrita em
inglês.

Notem que Willian White não está afirmando que sua mãe teria consentido
fazer as modificações pretendidas por Conradi. Confirmando este fato, em
seguida Willian White pede que Conradi envie sugestões do que pretendia
modificar (esta solicitação por sugestões foi deixada de fora pelo autor do
livro em questão).

Naquele tempo uma carta da Califórnia para a Alemanha demorava cerca de


dois meses para chegar. Muitos meses se passaram até que essas sugestões
foram enviadas da Alemanha, de forma que Ellen White já estava em seus
últimos meses de vida.

A conclusão que tiramos de tudo isto é que, conforme o autor do livro


afirma, realmente houve modificações no livro de Ellen White, mas que,
como pudemos ver, nunca foram autorizadas por ela.

É doloroso sabermos que modificaram um livro inspirado com uma preciosa


mensagem para o tempo do fim. Onde modificaram? Nem mesmo os
depositários dos escritos de Ellen White sabem ao certo, pois os cofres do
White Estate só contêm 10 folhas do original do livro “O Grande Conflito” (o
Pr.Juan Carlos Viera fez esta afirmação pessoalmente para Ennis Meier).

Uma mudança que pode ser comprovada é a mudança do título do capítulo 35 que era
“Caráter e Objetivos do Papado”:
E passou a ser “Liberdade de Consciência Ameaçada”:

Uma outra modificação foi a substituição da denominação Igreja Católica por


Romanismo. Nas versões atuais encontramos “Romanismo” com 26
ocorrências, “Catolicismo” com 4 ocorrências, e nenhuma ocorrência para
“Igreja Católica”.
As modificações foram tantas que os depositários dos escritos de Ellen White
ficaram temerosos de perder o CopyRight, e acabaram renovando por duas
ocasiões: 1939 e 1950:

Nota 1: Se houver alterações num livro de forma que ele não corresponda
mais ao original depositado no departamento de Propriedade Intelectual,
(não importa qual o país, pois há tratados internacionais) a nova versão fica
sem a proteção, e tumultua todo o direito do CopyRight.

Nota 2: A data dessa renovação é muito importante, pois coincide com a


época da “limpeza” nos livros da igreja revelado pelo Professor George R.
Knight.

Monte de Lixo Histórico


Com todas estas mudanças não é de se estranhar que Neal Wilson
(Presidente da Conferência Geral entre os anos de 1979 e 1990) tenha
declarado:
The Vice President of the Conference, Neal C. Wilson, verbalized the conference position regarding the papacy,
"Although it is true that there was a period in the life of the Seventh-day Adventist Church when the
denomination took a distinctly anti-Roman Catholic viewpoint...that attitude on the church's part was nothing
more than a manifestation of widespread anti-popery among conservative Protestant denominations in the early
part of this century, and the latter part of the last, which has now been consigned to the historical trash heap as far
as the Seventh-day Adventist Church is concerned."  Merikay McLeod lawsuit, Docket entry#84: EEOC vs
PPPA, c-74-2025-CBR. Feb. 6, 1976

Nota: Pela anotação da fonte, trata-se de uma declaração verbal feita em juízo, e
posteriormente transcrita dos autos de um processo contra a Pacific Press, na Califórnia.

Tradução:

O Vice Presidente da Conferência Geral, Neal C. Wilson falou


sobre a posição da conferência sobre o papado: "Embora
seja verdade que num período da vida da Igreja Adventista,
tenha tomado uma clara posição anti-católica... esta atitude
por parte da igreja, não foi mais que uma manifestação anti-
papal espalhada entre as denominações
conservadoras protestantes na primeira parte deste século e
na última parte do século anterior; agora relegada ao monte
de lixo histórico, longe das preocupações da Igreja
Adventista."

1) Livro: O Desejado de Todas as Nações


A) Representante de Cristo

Para entendermos como se processaram as alterações nos escritos de Ellen White para
favorecer o conceito da trindade, começaremos analisando o livro Desejado de Todas as
Nações.

Na página 669 desta versão em Inglês encontramos o seguinte:


Tradução:

O Espírito Santo é o representante de Cristo, mas despido da


personalidade da humanidade, e independente dela. Impedido pela
humanidade, Cristo não poderia estar pessoalmente em todo lugar. Então
era para o interesse deles que Ele deveria ir para o Pai, e enviar o Espírito
para ser Seu sucessor na terra. Não poderiam ter alguma vantagem por
causa de sua localização ou seu contato pessoal com Cristo. Pelo Espírito o
Salvador estaria acessível para todos. Neste sentido Ele estaria mais próximo
deles do que se Ele não tivesse ascendido ás alturas.
Agora vamos comparar com o texto que ela realmente escreveu. Este texto encontra-se
no 14º volume da série “Manuscript Releases” (São mais de 20 volumes com escritos de
Ellen White, encontrados em seu escritório de trabalho quando ela morreu em 1915).

Essa é a capa do 14º volume de uma coletânea de Cartas e Manuscritos de


Ellen G. White Liberados pelo White Estate, impressa em 1993.
Manuscrito 1084 reproduzido abaixo contém as seguintes informações do
White Estate: “Escrito em 18 e 19 de fevereiro de 1895, na ‘Norfolk Villa,’
Prospect Street, Granville, N.S.W. Parte do manuscrito aparenta ser uma
carta, mas nós não sabemos a quem teria sido endereçada. Parte parece
pertencer ao diário de Ellen G. White.”

O arquivo é identificado como “Manuscript 5a, de 1895” e só foi liberado pelo


White Estate de Washington, D.C., em 16 de agosto de 1984. A data da
redação é anterior à publicação do livro “O Desejado de Todas as Nações”
(1898).
Tradução:

Impedido pela humanidade, Cristo não poderia estar em todos os lugares


pessoalmente, então foi para vantagem deles (os discípulos) que Ele deveria
deixá-los, ir para o Pai, e enviar o Espírito Santo para ser o Seu sucessor na
terra. O Espírito Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da
humanidade e independente dela. Ele Se representaria como estando
presente em todos os lugares pelo Seu Espírito, como o Onipresente. “Mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome [embora
não seja visto por vós],* esse vos ensinará todas as coisas e vos fará
lembrar de tudo o que vos tenho dito” [João 14:26]. “Mas eu vos digo a
verdade; convém-vos que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não
virá para vós outros; se, porém, eu for, eu vo-lo enviarei” [João 16:7].

* Essa frase foi adicionada por Ellen White

Colocando os dois textos lado a lado:

Texto Original Texto Adulterado


1. Impedido pela humanidade, 2. O Espírito Santo é o
Cristo não poderia estar em todos representante de Cristo, mas
os lugares pessoalmente, então foi despido da personalidade da
para vantagem deles  que Ele humanidade, e independente dela.
deveria deixá-los, ir para o Pai, e 1. Impedido pela humanidade,
enviar o Espírito Santo para ser o Cristo não poderia estar
Seu sucessor na terra. 2. O pessoalmente em todo lugar.
Espírito Santo é Ele mesmo, Então era para o interesse deles
despido da personalidade da que Ele deveria ir para o Pai, e
humanidade e independente dela. 3. enviar o Espírito para ser Seu
Ele Se representaria como estando sucessor na terra. Não poderiam
presente em todos os lugares pelo ter alguma vantagem por causa de
Seu Espírito, como o Onipresente. sua localização ou seu contato
“Mas o Consolador, o Espírito Santo, pessoal com Cristo. Pelo Espírito o
a quem o Pai enviará em meu nome Salvador estaria acessível para
[embora não seja visto por vós], todos. Neste sentido Ele estaria
esse vos ensinará todas as coisas e mais próximo deles do que se Ele
vos fará lembrar de tudo o que vos não tivesse ascendido ás alturas.
tenho dito” [João 14:26]. “Mas eu O Desejado de Todas as Nações,
vos digo a verdade; convém-vos pág. 669.
que eu vá, porque, se eu não for, o
Consolador não virá para vós
outros; se, porém, eu for, eu vo-lo
enviarei” [João 16:7].*Essa frase foi
adicionada por Ellen White
Manuscript Releases Vol.14 , page
23 and 24.

1. Perceba que o texto ORIGINAL (à esquerda) começa com a frase:


“impedido pela humanidade”. Mas o texto ADULTERADO (à direita) inicia com
a frase: “O Espírito Santo é o representante de Cristo”.

A alteração foi a seguinte:

A - O início do Parágrafo do texto original 1  (Vermelho) foi transferido para


o meio do texto 2 (Vermelho), como “um ponto de continuação”, e não o
início de um pensamento.

B - E a continuação do parágrafo 2 (Azul) do texto original foi colocada no


início do parágrafo no texto adulterado.

 
C - Note que o item 3 (Verde) do texto original, foi propositalmente omitido
no texto de O Desejado de Todas as Nações, que foi um livro montado por
Marian Davis e outros auxiliares literários de Ellen G. White.

Porém a mais expressiva de todas as alterações está na frase:

Frase do Texto Original Frase do Texto Adulterado


The Holy Spirit is Himself The Holy Spirit is Christ's
representative
O Espírito Santo é Ele mesmo O Espírito Santo é o representante
de Cristo

Na primeira frase original, deixa claro que Ellen White afirma que o
Consolador é o próprio Cristo. Já a frase do D.T.N. deixa transparecer que
ela se refere a OUTRO e não a Jesus.

O texto original (sem adulteração) esta em harmonia com aquilo que ela escreveu no livro
“Patriarcas e Profetas”:

“Cristo é chamado a Palavra de Deus, João 1:1-3. Ele é assim chamado porque Deus deu
Sua revelação ao homem em todas as épocas através de Cristo. Ele é o Espírito que
inspirou os profetas. I Pedro 1:10,11. Ele foi revelado como o Anjo de Jeová, o Capitão
das hostes do Senhor, o Arcanjo Miguel.”

Patriarchs and prophets, pág. 761, parágrafo 5

Agora, compare o texto acima com o que diz II Pedro 1:21: “Porque a profecia nunca foi
produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram
inspirados pelo Espírito Santo”.

E mais uma vez compare com a frase do texto original (sem adulteração): “O Espírito
Santo é Ele mesmo, despido da personalidade da humanidade e independente dela”.

Parece não restar dúvida que o “Espírito de Profecia” de Apoc.19:10 é verdadeiramente o


“Testemunho de Jesus”, tal como a própria Palavra de Deus sempre afirmou.

Obs: A vinculação do termo “Espírito De Profecia” aos escritos de Ellen White foi feita pela
primeira vez por F.M. Wilcox em um livro que ele escreveu em 1930 (F.M. Wilcox foi
editor da Review and Herald por 35 anos, e um dos mais influentes administradores. A
sua influência deveu-se ao fato de ter sido um dos 5 nomeados para "cuidar" do
patromônio literário de Ellen White após a sua morte).

B) Terceira Pessoa da Trindade

The Desire of Ages, page 671, paragraph 2

Chapter Title: "Let Not Your Heart Be Troubled"

“In describing to His disciples the office work of the Holy Spirit, Jesus sought
to inspire them with the joy and hope that inspired His own heart. He
rejoiced because of the abundant help He had provided for His church. The
Holy Spirit was the highest of all gifts that He could solicit from His Father for
the exaltation of His people. The Spirit was to be given as a regenerating
agent, and without this the sacrifice of Christ would have been of no avail.
The power of evil had been strengthening for centuries, and the submission
of men to this satanic captivity was amazing. Sin could be resisted and
overcome only through the mighty agency of the Third Person of the
Godhead, who would come with no modified energy, but in the fullness of
divine power. It is the Spirit that makes effectual what has been wrought out
by the world's Redeemer. It is by the Spirit that the heart is made pure.
Through the Spirit the believer becomes a partaker of the divine nature.
Christ has given His Spirit as a divine power to overcome all hereditary and
cultivated tendencies to evil, and to impress His own character upon His
church.”

O Texto acima foi copiado do Website do White Estate da Conferência Geral. Abaixo a
página onde ele se encontra no livro “The Desire of Ages”.
E na página 646 da versão em português o mesmo texto foi assim traduzido:
Godhead se traduz por divindade e não por trindade!

Como está provado nesta publicação oficial da Conferência Geral logo abaixo, “a palavra
‘trindade’ nunca aparece nos escritos de Ellen White” (ver texto grifado em vermelho):
Portanto, aqui encontramos uma tradução tendenciosa para favorecer o entendimento de
que Ellen White cria na trindade.

Mas voltemos ao texto em inglês do “The Desire of Ages” e vejamos sua tradução:

“O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa operação da


Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia modificada, mas na plenitude
do divino poder.” The Desire of Ages, 671

Mesmo na versão em inglês com a palavra original “Godhead”, encontramos uma outra
espécie de manipulação tendenciosa do texto original escrito por Ellen White.

[Obs.: Os argumentos que se seguem foram extraídos de um estudo feito por Jairo
Carvalho e publicado em

www.adventistas.com/trindade/dossie/dossie_jairo_1.htm ]
O termo “Terceira Pessoa” está escrito com letras iniciais maiúsculas, dando a entender
que Ellen G. White teria crido que o Espírito Santo era uma pessoa, a terceira da
Divindade, formando, portanto, uma Trindade. Entretanto, verificamos que no texto
original, o texto “Third Person”, traduzido como “Terceira Pessoa” está escrito com letras
iniciais minúsculas, indicando que Ellen G. White não o está tratando como um “Deus”, e
sim de uma ação da terceira personalidade da Divindade, expressa pelo ministério dos
anjos.

Na edição de 1898 do livro “Desire of Ages”, o termo “third person” está da forma que
apresentamos nesta frase – com letras minúsculas. As inicias maiúsculas foram colocadas
neste termo na revisão de 1940 deste livro – cremos que para apoiar a idéia de que Ellen
G. White teria crido na Trindade. A citação do livro “Desire of Ages” foi repetida na revista
Review and Herald em 1904, e mostra o termo “third person” também com iniciais
minúsculas:

“Sin could be resisted and overcome only through the mighty agency of
the third person of the Godhead, who would come with no modified
energy, but in the fulness of divine power.”
Advent Review and Sabbath Herald, May 19, 1904, paragraph 3

O mesmo texto aparece também com o termo “third person” sendo apresentado em letra
minúscula em “The Faith I Live By, page 52, paragraph 6”, “Advent Review and Sabbath
Herald, November 19, 1908, paragraph 5”, e “Special Testimonies for Ministers and
Workers. -- No. 10, page 25, paragraph 2”.

As outras citações que datam do tempo em que Ellen G. White ainda estava viva, também
trazem o termo “third person” escrito em letras iniciais minúsculas:

“The Signs of the Times, December 1, 1898, paragraph 2”, “The Watchman, November
28, 1905, paragraph 2”,   “The Upward Look, page 51, paragraph 3”.

O termo “Third Person” apresentando letras iniciais maiúsculas aparece apenas nas obras
revisadas ou compiladas após a morte de Ellen G. White.

Comprovação feita por Silas Jakel:

Após ler o artigo de Jairo Carvalho comecei a pesquisar, como todo


adventista sincero deveria fazer,  se de fato as coisas eram realmente
assim...

Pesquisando no site “Ellen White Estate” (www.whiteestate.org) descobri que


também alguns livros antigos, oriundos do século passado, haviam sido
também alterados nalgumas palavras, e para tirar a dúvida de vez, cheguei a
conclusão que somente seria possível de posse de um livro antigo em mãos.

Com isto em mente, comecei a procura, e através de sites na internet nos


EUA, consegui comprar três livros que eu acredito serem fundamentais para
confirmar a doutrina adventista. São eles: O Grande Conflito, O Desejado de
Todas as Nações e Patriarcas e Profetas.

Foi impossível a compra das primeiras edições, que por serem consideradas
edições de colecionadores, o preço estava além do meu alcance. Entretanto
as edições que eu comprei creio que estão intactas quanto ‘as adulterações,
pois as datas são anteriores as mudanças, e todos eles foram impressos
durante o tempo em que a irmã White ainda vivia. As datas impressas na
contra-capa deles são:

O Desejado de Todas as Nações - 1900

O Grande Conflito - 1907

Patriarcas e Profetas - 1913

No livro “Desire of Ages”, traduzido para o idioma português com o título de


“O Desejado de Todas as Nações”, vemos a seguinte afirmação:

“O pecado poderia ser resistido e vencido somente através da poderosa


operação da Terceira Pessoa da Divindade, a qual viria não como energia
modificada, mas na plenitude do divino poder.” Desire of Ages, 671

Porém, ao compararmos com o texto do exemplar do ano de 1900, pudemos verificar


que:

a) “third person” está escrito com letras minúsculas

b) “Godhead” é a palavra traduzida equivocada e tendenciosamente por


trindade

Veja e compare por você mesmo:


Estou colocando a disposição daqueles irmãos sinceros, do tipo bereanos, a
possibilidade de tirarem as suas dúvidas de qualquer texto contido em
qualquer dos livros acima, bastando para isto enviarem um e-mail com o
trecho em dúvida, que enviarei uma foto do texto correspondente no livro
impresso pela Pacific Press mais antigo, e logicamente em inglês.

Tire a sua dúvida, enviando um e-mail para: silas_jakel@hotmail.com,


informando: Nome do livro, nome do capítulo, número da página e o texto
desejado, que na medida do possível responderei a todos. -- Silas Jakel

Um teste simples para você fazer agora:

Nós já confirmamos que a tradução correta daquilo que Ellen White escreveu
no texto acima é: “O pecado poderia ser resistido e vencido somente através
da poderosa operação da Terceira Pessoa da Divindade”.

Diante disto, cabe agora um pequeno teste. Leia o seguinte texto de autoria
de Ellen White e tente completar a parte final pontilhada:

“É-nos impossível, por nós mesmos, escapar ao abismo do pecado em que


estamos mergulhados. Nosso coração é ímpio, e não o podemos transformar.
‘Quem do imundo tirará o puro? Ninguém!’ Jó 14:4. ‘A inclinação da carne é
inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o
pode ser.’ Rom. 8:7. A educação, a cultura, o exercício da vontade, o esforço
humano, todos têm sua devida esfera de ação, mas neste caso são
impotentes. Poderão levar a um procedimento exteriormente correto, mas
não podem mudar o coração; são incapazes de purificar as fontes da vida. É
preciso um poder que opere interiormente, uma nova vida que proceda do
alto, antes que os homens possam substituir o pecado pela santidade. Esse
poder é ......................................”

Você possui três alternativas:

( a ) ... o Espírito Santo.


( b ) ... a terceira pessoa da Trindade.
( c ) ... Cristo.

Por tudo aquilo que já foi dito, como você acha que Ellen White terminou
este parágrafo?

Resposta certa:

( c ) "Esse poder é Cristo."

Este texto está no livro Caminho a Cristo, pág. 18.

C) Mais um exemplo de tradução mal feita:

Já que estamos falando sobre traduções feitas de forma equivocada e


tendenciosa, trazemos aqui um outro texto que fez parte da Meditação
Matinal de 25 de julho de 2002 (pág.213):

“A Trindade não se tornou humana, e o humano não foi deificado pela


combinação das duas naturezas. Cristo não possuía a mesma deslealdade
pecaminosa, corrupta e caída que possuímos, pois nesse caso não poderia
ser uma oferta perfeita.”

Este texto foi tirado do Manuscrito nº94 de 1893, e foi mencionado no


livro Mensagens Escolhidas, volume 3, pág.131; e também está citado
em Manuscript Releases, volume 6, pág.112.

Veja abaixo o texto original em inglês:

“The Godhead was not made human, and the human was not deified by the
blending together of the two natures. Christ did not possess the same sinful,
corrupt, fallen disloyalty we possess, for then He could not be a perfect
offering.”

Ms 94, 1893, pp. 1-3. ("Could Christ Have Yielded to Temptation?" June 30,
1893.) {6MR 112.2}
Como pode ser mais uma vez constatado, A palavra usada no original em
inglês foi “Godhead” (Divindade), mas os tradutores da Meditação Matinal de
2002 optaram traduzi-la por “Trindade”.

Mas não são todos os tradutores que usam deste artifício fantasioso. Vejam
por exemplo que na tradução de Naor Conrado, do livro Mensagens
Escolhidas, volume 3, pág.131 (Primeira edição de 1987), este texto foi
assim traduzido:

“A Divindade não se tornou humana, e o humano não foi deificado  pela


fusão das duas naturezas. Cristo não possuía a mesma deslealdade
pecaminosa, corrupta e decaída que nós possuímos, pois então Ele não
poderia ser um sacrifício perfeito.”

Como pode ser constatado, existe um crescente esforço de se vincular o


termo “trindade” ao escritos de Ellen White, na tentativa de dar a entender
que ela não somente teria usado esta palavra, mas teria sido também uma
enfática defensora do conceito de um Deus triúno.

As evidências estão aqui e falam por si mesmas!

2) Livro: Evangelismo
[Obs.: Continuaremos a expor os argumentos que foram extraídos do estudo
feito por Jairo Carvalho com algumas alterações e adaptações de nossa
responsabilidade]

O livro “Evangelism” (Evangelismo) é um compilado de textos de Ellen G. White elaborado


em 1946, aproximadamente 31 anos após a morte de Ellen G. White. Como este livro foi
escrito após a morte da mensageira do Senhor, ele não foi revisado por ela. Assim,
quaisquer diferenças encontradas entre os textos originais escritos por ela e os textos
transcritos para o livro “Evangelism” são frutos de modificações acidentais ou intencionais
por parte dos elaboradores deste compilado.

A) O Espírito Santo é uma Pessoa (1)

O primeiro texto do livro “Evangelismo” que trazemos para a análise é o que


se encontra na página 616:

“We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a
person, is walking through these grounds.”

Evangelism, 616.

Tradução:

“Nós precisamos entender que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa
como Deus é uma pessoa, está andando por estes caminhos.”
Muitas pessoas sinceras podem assumir esta frase como estando a dizer
“Deus, o Espírito Santo”, está andando pela Terra, enquanto “Deus, o Pai” e
Seu Filho estão no Céu.  O texto citado no livro “Evangelism” apresenta
como fonte o Manuscrito 66, 1899. Entretanto, ao compararmos o texto do
livro “Evangelism” com o texto do manuscrito citado por ele, vemos uma
diferença significativa. Apresentamos abaixo o texto deste manuscrito em
seu contexto original:

“The Lord instructed us that this was the place in which we


should locate, and we have had every reason to think that we
are in the right place. We have been brought together as a
school, and we need to realize that the Holy Spirit, who is as
much a person as God is a person, is walking through these
grounds, that the Lord God is our keeper, and helper. He
hears every word we utter and knows every thought of the
mind.”
Manuscript Releases, Vol. 7, page 299 / Manuscript 66, 1899

Tradução:

“O Senhor nos instruiu de que este era o lugar no qual deveríamos estar, e
nós temos tido razão para pensar que estamos no lugar certo. Nós fomos
colocados juntos como uma escola, e precisamos reconhecer que o Espírito
Santo, que é tanto uma pessoa como Deus é uma pessoa, está andando por
estes terrenos, que o Senhor Deus é nosso mantenedor e ajudador. Ele ouve
cada uma de nossas palavras e sabe cada pensamento da mente.”

No original em inglês apresentado acima, enfatizamos e grifamos o texto que foi tirado do
original e colocado como sendo uma frase completa no livro Evangelismo. Vejam os
irmãos que a palavra “we”, que aparece depois da vírgula no manuscrito original, foi
colocada com letra maiúscula (We) como sendo o início da frase que aparece no livro
“Evangelism”. Observem também que a vírgula que se encontra após a palavra “grounds”
no original foi substituída por um ponto no livro “Evangelism”, fazendo parecer que esta
parte da frase do texto original fosse uma sentença completa:

Veja novamente a citação do livro “Evangelism”, destacando os pontos acima


mencionados:

“We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God is a
person, is walking through these grounds.”

Evangelism, 616.

E agora compare com a citação do texto original de onde este foi extraído – Manuscrito
66:

“We have been brought together as a school, and we need to


realize that the Holy Spirit, who is as much a person as God
is a person, is walking through these grounds, that the Lord
God is our keeper, and helper.”

Os trechos do início e do final da frase (que sublinhamos acima) foram omitidos, e apenas
a parte central da frase foi colocada no livro “Evangelism”.

Note-se que não foram colocadas reticências ao final da frase, indicando que o trecho
apresentado no livro é somente uma parte da frase do texto original. Percebe-se portanto
claramente a intenção de fazer parecer com que a frase do livro “Evangelism”
corresponde à mesma frase completa do texto original.

Alguns podem argumentar que o sentido da frase não foi modificado com estas “pequenas
mudanças”, mas o que questionamos aqui é a forma como manipulam os textos de Ellen
White, colocando pontos e iniciando frases onde bem entendem. Por que não ser
extritamente fiel ao documento original colocando reticências onde devem ser colocadas e
reproduzindo todas as vírgulas e pontos? Se os copiladores do livro “Evangelismo” não
foram fiéis no mínimo, como poderemos ter certeza de que maiores mudanças não foram
feitas?

Interpretando o texto:

Na versão em português, traduzida com o nome de “Evangelismo”, este


texto está como se segue:

“Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como
o próprio Deus, está andando por estes caminhos.” Evangelismo, 616

Este texto pode ser entendido por um trinitariano como uma evidência de que Ellen White
estava querendo dizer que o Espírito Santo é uma outra pessoa diferente de Deus, o Pai,
e diferente de Deus, o Filho. Mas leia novamente e sinceramente responda: Ellen White
está afirmando aqui que o Espírito Santo é um terceiro ser pessoal e divino numa trindade
juntamente com o Pai e o Filho? Tal conclusão não é ir além do que está sendo afirmado
no texto?

Para um não trinitariano este texto não causa nenhuma perplexidade, pois nele Ellen
White está afirmando simplesmente que o Espírito Santo é uma pessoa assim como o
próprio Deus, e sua presença conosco deve ser entendida como a presença do próprio
Deus em pessoa.

Como já pudemos ver naquele texto de Ellen White contido no 14º volume do “Manuscript
Releases”, e que foi modificado na composição do livro “O Desejado de Todas as Nações”,
que diz que o Espírito Santo é o próprio Jesus “despido da personalidade humana e
independente dela”, fica muito simples entender esta declaração como: “O Espírito Santo
é uma pessoa como o próprio Deus é uma pessoa, porque sua presença é a presença do
próprio Jesus que prometeu estar conosco todos os dias até a consumação do século”
(Mateus 28:20).

O objetivo do texto original NÃO era provar que o Espírito Santo é um “outro
Deus”, junto com o Pai e o Filho. O texto mostra que o “Senhor”, que “nos
instruiu”,  “o Espírito Santo” que está “andando por estes caminhos”, o
“Senhor Deus”, o qual é nosso “mantenedor” e “ajudador” e que “ouve cada
uma de nossas palavras” e “sabe cada pensamento” é a mesma pessoa –
Jesus Cristo glorificado. O pensamento principal da citação original de Ellen
G. White é extraído do texto de Salmos 139:1-8:

“Senhor, tu me sondas e me conheces... de longe penetras


meus pensamentos... Para onde me ausentarei do teu
Espírito? Para onde fugirei da Tua face? Se subo aos céus, lá
estás; se faço minha cama no mais profundo do abismo, lá
estás também.”  Salmo 139:1-8

Ellen G. White estava afirmando o mesmo que afirma o texto bíblico. Jesus,
“é tanto uma pessoa” quanto Deus, o Pai “é uma pessoa”. Jesus “está
andando por estes caminhos”. Jesus “é nosso mantenedor e nosso
ajudador”. Jesus “ouve cada uma de nossas palavras e sabe cada
pensamento da mente”.

A irmã White está enfatizando que uma pessoa real está conosco, e não
somente uma força intangível ou eletricidade, como o Dr. J. H. Kellog estava
ensinando. Na citação que apresentamos a seguir, fica evidente que Ellen G.
White cria que a pessoa divina que está andando conosco na Terra é Jesus:

“Há poder para nós em Cristo. Ele é nosso Advogado perante


o Pai. Ele envia Seus mensageiros a cada parte do Seu
domínio a fim de comunicar Sua vontade ao Seu povo. Ele
anda no meio das Suas igrejas... ‘que anda no meio dos sete
candeeiros de ouro.’ Apocalipse 2:1. Este texto mostra a
relação de Cristo para com as igrejas. Ele anda no meio das
Suas igrejas através da longitude e da latitude da Terra. Ele
as assiste com intenso interesse para ver se elas estão em
tal condição espiritual que possam avançar para Seu reino.
Cristo está presente em cada assembléia da igreja. Ele está
ligado a cada um que se encontra envolvido no Seu serviço.
Ele sabe quais corações Ele pode encher com o óleo santo,
para que estes dividam-no com outros.”
Testimonies, Vol. 6, págs. 418, 419
“Pudessem nossos olhos ser abertos, e poderíamos ter visto
Jesus em nosso meio com seus santos anjos. Muitos sentiram
sua graça e Sua presença em rica medida.... Nós sabemos
que o Salvador, perdoador dos pecados, estava em nosso
meio.... Eu sabia que Jesus estava em nosso meio.”
1888 Materials, págs. 58, 59

Mais Dúvidas:

Bem, se tivessemos certeza que o texto em questão é de autoria de Ellen


White, creio que os argumentos acima explanados são suficientes para
explicá-lo fora da perspectiva trinitariana.
Destacamos a condicional “se” porque não existem provas conclusivas de
que este texto, extraído de um suposto “manuscrito 66”, seja
irrefutavelmente de autoria de Ellen G. White.

Analisemos as mais recentes descobertas feitas por Ennis Meier nos arquivos
da Conferência Geral em Washington, que ele assim relata:

“No dia 2 de Agosto de 2004, fui ao White Estate tratar de


conseguir uma cópia do “Manuscript 66” citado no livro
Evangelismo pág. 416 em Português. Quem primeiro me
atendeu simplesmente deu uma cópia do livro Manuscript
Releases nº 7 Pág. 299. Como não aceitei, fui atendido pelo
Sr.Tim Poirier (Vice-diretor do White Estate), que me trouxe
uma cópia carbono datilografada, com anotações
manuscritas, onde se encontram o dizeres do livro
Evangelismo.”

Veja logo a seguir uma cópia deste documento:


A parte que destacamos entre colchetes vermelhos contém o seguinte texto:

“...and we need to realise that the Holy Spirit, who is as


much a person as god is a person, is walking through these
grounds,...”

Tradução:
“...e precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa
como o próprio Deus, está andando por estes solos,...”

É interessante observar que existe um erro de ortografia (“realize” é com “z”


e não com “s).

No final desta frase (logo acima da palavra “grounds”) aparece escrito na


forma manuscrita:

“Non seen by human eyes” (Tradução: “Não visto por olhos humanos”)

O White Estate entende que estes apontamentos manuscritos feitos no


documento são do próprio punho de Ellen White, muito embora não tenham
realizado nenhum teste grafotécnico que comprovasse isto de forma
incontestável.

O “Manuscrito 66” são cópias de papel carbono em papel muito fino,


contendo muitas páginas com poucas anotações entre linhas feitas de caneta
tinteiro sobre a cópia de papel carbono, não apresentando qualquer rúbrica
ou assinatura de Ellen White. Portanto, este é o famoso “Manuscrito 66” que
aparece na pág. 616 do livro Evangelismo da seguinte forma:

“We need to realize that the Holy Spirit, who is as much a


person as God is a person, is walking through these
grounds.”

Tradução:

“Precisamos reconhecer que o Espírito Santo, que é tanto uma pessoa como
o próprio Deus, está andando por estes caminhos.”

Segue a cópia da pág. 616 do livro Evangelismo em português:


A primeira pergunta que fazemos é: Por que ao usarem este “Manuscrito 66”
como fonte, não incluíram a complementação feita posteriormente de forma
manuscrita? (especialmente se consideram que foram feitas do próprio
punho de Ellen White).
Pare para pensar um pouco: Estão querendo nos dizer que Ellen White
escreveu coisas sensíveis como esta! Mas perceba que este texto não faz
parte de um original enviado para publicação, mas de um rascunho de uma
palestra que ela havia feito na igreja de Avondale - Austrália (está escrito
logo no início da página: “Extrato do discurso feito [passado] por Ellen G.
White na igreja de Avondale”). E agora, apresentam estes escritos como
revelações de suma importância que mudaram a corrente doutrinária da
Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Existem questões em torno deste “Manuscrito 66” que carecem de


respostas:

        Se ele é o esboço de uma palestra que Ellen White fez em Avondale,
será que ela mesma transcreveu sua palestra logo após te-la proferido?
        Não seria mais normal Ellen White apenas ler um discurso
“previamente” escrito?
        Não seria mais razoável Ellen White fazer um esboço do que deveria
falar?
        Não parece estranho alguém transcrever uma palestra que acabou de
fazer, datilografar isto, e depois fazer anotações a mão ou riscar frases
inteiras corrigindo com caneta?
        Não seria mais compreensível uma outra pessoa ter anotado e escrito o
discurso por ela proferido?
        Não é estranho o texto começar com aspas, sendo que ela não tinha o
costume de colocar aspas em seus escritos?
        Não parece ilógico Ellen White procurar lembrar do que falou, depois
modificar o que lembrou, e ainda colocar entre aspas as suas próprias
palavras?
        Como apoiar uma mudança doutrinária tão significativa com base em
textos tão questionáveis como este?
        Se Ellen White escreveu dúzias de livros, por que usam como base para
a mudança para a crença na trindade escritos questináveis
apresentados em papel rascunho?

Quando um rascunho causa tanto impacto na doutrina de uma igreja, isto


pode significar que seus líderes devem estar tão desejosos de fazer valer seu
ponto de vista doutrinário, que usam qualquer coisa em detrimento da
Bíblia.

B) O Espírito Santo é uma Pessoa (2)

Outra citação comumente mal interpretada e analisada fora do seu contexto


para dar a parecer que Ellen G. White cria na Trindade, é também
encontrada no livro “Evangelism”. Quando lida da forma que está
apresentada no livro, ela nos dá a clara impressão de que Ellen G. White está
afirmando que o Espírito Santo é uma pessoa, apoiando o conceito de que
Ellen G. White teria crido na Trindade. Entretanto, quando acrescentamos o
texto do original que está substituído por reticências (...) no livro
“Evangelism”, verificamos que o Ellen G. White não estava de maneira
alguma afirmando que o Espírito Santo era uma pessoa diferente de Deus Pai
e Jesus Cristo. Apresentamos esta citação abaixo:

(as sentenças que estão sublinhadas abaixo não aparecem no texto do livro
“Evangelism”)

“O Espírito Santo é uma pessoa; pois dá testemunho com o nosso espírito de


que somos filhos de Deus. Uma vez dado este testemunho, traz consigo
mesmo sua própria evidência. Em tais ocasiões acreditamos e estamos
certos de que somos filhos de Deus. Que forte evidência do poder da verdade
nós podemos dar aos crentes e não crentes quando nós podemos dizer as
palavras de João, ‘Nós temos conhecido e crido no amor que Deus tem por
nós. Deus é amor; e aquele que está em amor, está em Deus, e Deus nele.’

O Espírito Santo tem uma personalidade, do contrário não poderia testificar


ao nosso espírito e com nosso espírito que somos filhos de Deus. Deve
também ser uma pessoa divina, do contrário não poderia perscrutar os
segredos que jazem ocultos na mente de Deus. ‘Por que , qual dos homens
sabes as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim
também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus’.”

MS 20, 1906. Evangelism págs. 616, 617.

Note porque Ellen G. White afirma que o Espírito Santo é uma pessoa:
“porque ele testemunha com nosso espírito que nós somos filhos de Deus”.
De quem nós somos filhos? Somos nós filhos de uma força impessoal, um
vapor ou uma influência? Não, de maneira nenhuma! Nós somos filhos de um
Deus pessoal. Se Deus, o Pai não era um ser pessoal, mas apenas um
Espírito; se Seu Espírito não tem personalidade, sendo meramente uma força
ou poder impessoal, então ele não poderia testemunhar “com” nosso espírito
e “para” nosso espírito de que somos filhos de Deus.

Qual é o contexto da citação acima? O testemunho acima era uma advertência contra os
ensinamentos panteístas do Dr. Kellogs de que o Espírito Santo habita em cada criatura
viva, como uma essência viva, relegando assim o Espírito de Deus a uma mera força
intangível. A ênfase de Ellen G. White sobre a personalidade do Espírito Santo na citação
acima foi para contra-atacar a ênfase dada por Kellogs na não-personalidade do Espírito
Santo de Deus, e por conseqüência de Deus mesmo. Ellen G. White cria no Espírito Santo
como sendo o Espírito de Deus, não uma pessoa separada de Deus. Perceba isto nas
citações abaixo:

“Dando-nos Seu Espírito, Deus dá-nos a Si mesmo, fazendo-


se uma fonte de influências divinas, para dar saúde e vida ao
mundo.”
Testimonies, Vol. 7, pág. 273
“O maravilhoso poder que opera através de toda a natureza e
mantém todas as coisas não é, como alguns homens da
ciência afirmam, meramente um princípio ou uma energia
atuante. Deus [o Pai – João 4:24] é Espírito; ainda assim Ele
é um ser pessoal, porque o homem foi feito a sua imagem.
Como um ser pessoal Deus revelou a Si mesmo em Seu
Filho... A grandeza de Deus é incompreensível para nós. ‘O
trono de Deus está no céu;’ (Salmos 11:4) mas pelo Seu
Espírito Ele é onipresente. Ele possui um íntimo conhecimento
e um interesse pessoal em todas as obras das suas mãos...
Um princípio intangível, uma essencial impessoal e abstrata,
não pode satisfazer as necessidades e desejos dos seres
humanos nesta vida de sofrimentos e pecado, pranto e dor.”
Education, págs. 132, 133

Ellen G. White também cria e afirmava que somente Jesus poderia perscrutar
os segredos de Deus. A citação abaixo, escrita por sua própria pena, prova
isto:

“Deus informou a Satanás que apenas a Seu Filho Ele


revelaria Seus propósitos secretos, e que requeria de
toda a família celestial, mesmo Satanás, que lhe rendessem
implícita e inquestionável obediência; mas que ele (Satanás),
tinha provado ser indigno de ter um lugar no Céu.”
História da Redenção, pág. 18
“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno
Pai - um na natureza, no caráter e no propósito - o único
Ser em todo o Universo que poderia entrar nos
conselhos e propósitos de Deus.”
O Grande Conflito, pág. 493

Segundo Ellen G. White, Deus deixou claro para Satanás que somente Jesus
Cristo perscrutaria Seus segredos. Deus, o Ser que nunca muda, disse a
Satanás que o perscrutar os segredos que jaziam ocultos em Sua
mente seria uma prerrogativa somente de Cristo. Assim, Ellen G.
White, mensageira do Senhor, não poderia em nenhuma citação contradizer
o que Deus havia afirmado. Isto mostra que, para entender que na citação
do livro “Evangelism” Ellen G. White estava colocando o Espírito Santo como
uma pessoa divina diferente do Pai e do Filho, temos que desconsiderar todo
o contexto histórico e mesmo do próprio texto, bem como uma série de
outros textos nos quais ela demonstra que não cria desta forma.

C) Três pessoas da Trindade

Outra citação escrita a respeito do Dr. Kellogs (contra suas teorias


panteístas) que é apresentada fora do seu contexto no livro “Evangelism”,
para dar a entender que Ellen White afirmou que o Espírito Santo era uma
pessoa, e portanto teria crido na Trindade, é a seguinte:
“Fui instruída a dizer: Os sentimentos dos que andam em busca de
avançadas idéias científicas, não são para confiar. Fazem-se definições como
estas: ‘O Pai é como a luz invisível; o Filho é como a luz corporificada; o
Espírito é a luz derramada.’ ‘O Pai é como o orvalho, vapor invisível; o Filho é
como o orvalho condensado numa bela forma; o Espírito é como o orvalho
caído sobre a sede da vida.’ Outra apresentação: ‘O Pai é como o vapor
invisível; o Filho como a nuvem plúmbea; o Espírito é chuva caída e
operando em poder refrigerante.’

Todas essas definições espiritualistas são simplesmente nada. São


imperfeitas, inverídicas. Enfraquecem e diminuem a Majestade a que não
pode ser comparada nenhuma semelhança terrena. Deus não pode ser
comparado a coisas feitas por Suas mãos. Estas são meras coisas terrenas,
sofrendo sob a maldição de Deus por causa dos pecados do homem. O pai
não pode ser definido por coisas da Terra. O Pai é toda a plenitude da
Divindade corporalmente, e invisível aos olhos mortais.

O Filho é toda a plenitude da divindade manifestada. A palavra de Deus


declara que Ele é ‘a expressa imagem de Sua pessoa’. ‘Deus amou o mundo
de tal maneira que deu Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna.’ Aí se manifesta a personalidade do
Pai.

O consolador que Cristo prometeu enviar depois de ascender ao Céu é o


Espírito em toda a plenitude da divindade, tornando manifesto o poder da
graça divina a todos quantos recebem e crêem em Cristo como um Salvador
pessoal. Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome
destes três grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que
recebem a Cristo por fé viva são batizados, e esses poderes cooperarão com
os súditos obedientes do Céu em seus esforços para viver a nova vida em
Cristo. ...

Será realizado trabalho na simplicidade do verdadeiro poder de Deus, e os


velhos tempos estarão de volta, quando, sob a direção do Espírito Santo,
milhares se converterão em um só dia. Quando a verdade, em sua
simplicidade, for vivida em cada lugar, então Deus atuará através de Seus
anjos como Ele atuou no dia de Pentecostes, e corações serão mudados tão
decididamente que haverá uma manifestação da influência da genuína
verdade, como é representada na descida do Espírito Santo.”

Special Testimonies, Serie B. N.7, págs. 62 e 63 (1905). Evangelismo, págs.


614, 615

A frase sublinhada extraída do texto acima diz o seguinte:

“Há três pessoas vivas pertencentes à trindade celeste; em nome destes três
grandes poderes – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – os que recebem a Cristo
por fé viva são batizados”
O texto acima foi copiado do livro traduzido para o português, denominado
“Evangelismo”. Primeiramente, ressaltamos que o original em inglês deste
livro não traz o termo “Trindade”.

Apresentamos abaixo o texto em inglês tal como ele aparece no livro


“Evangelism”:

“There are three living persons of the heavenly trio; in the


name of these three great powers – the Father, the Son, and
the Holy Spirit...”

O texto do original em inglês diz: “existem três pessoas vivas no trio


celestial”. Notem que não existe a palavra Trindade. Mas mesmo o texto em
inglês do livro “Evangelism”, não é fiel ao manuscrito original, pois no
manuscrito original, Ellen G. White escreveu o termo “persons”, que significa
pessoas. Entretanto, ela mesma corrigiu e colocou o que deveria ser o
correto entendimento. Riscou a letra “s” e acrescentou o final “alities”,
transformando a palavra “persons” em “personalities”, que significa
“personalidades”. Além disso, ela acrescentou o termo “the” logo após o
início da frase, de maneira que a frase do manuscrito original se encontra da
seguinte forma:

“There are the living three persons alities of the heavenly trio in
which every soul repenting of their sins believing receiving
Christ by a living faith to them who are baptized.”

Ampliamos a parte do manuscrito de Ellen White onde ela faz as correções


mencionadas:

Uma diferença conceitual:

person = pessoa

(plural = persons)

personality =  qualidades, caráter, entidade

(plural = personalities)

Portanto, para ser fiel ao manuscrito original, a tradução correta seria:


“Existem as três personalidades vivas no trio celestial nas quais cada alma
arrependida dos seus pecados recebendo a Cristo por meio de fé viva por
eles são batizados.”

A seguir apresentamos a fotocópia escaneada de toda a página do


manuscrito original de Ellen G. White, de onde a parte acima foi tirada, e que
comprova que as modificações aqui mencionadas foram feitas por ela
mesma:
Aqui está uma transcrição linha por linha do manuscrito:

The Father is not to be described by the earthly


The Father is all the fullness of the God head
invisible to mortal earthly sight.
The Son is all the fullness of the God head
revealed manifested, He is the express image of his
Fathers person
For God so loved the world that he gave
his only begotten Son that whosoever
believeth in him Should not perish but have
everlasting life. Here is the personality of the Father.
The Spirit the Comforter whom Christ
promised to send after he assended to heaven
is Christ is the Spirit in all the fullness
of the God head making manifest to the
All who receive him and believe in Him

There are the living three persons alities of the heavenly


trio in which every Soul repenting of their
sins believing receiving Christ by a living
faith to them who are baptized In the name
of Jesus Christ to them In the name of the
Father and of the Son and of the Holy
Ghost these high digified personalities
Give power because they are Gods property
to be called the Sons of God, What is the sinner
to do, believe in Jesus Christ because they
are his property which he hath purchased
with his own blood through the test and trial
to which he was subjected to redeem from the slavery

E aqui está o texto em sua versão oficial conforme foi editado pelo White
Estate:

The Father can not be described by the things of earth. The Father is all the
fullness of the Godhead bodily, and is invisible to mortal sight. The Son is all
the fullness of the Godhead manifested. The word of God declares Him to be
"the express image of His person." "God so loved the world that He gave His
only begotten Son, that whosoever believeth in Him should not perish, but
have everlasting life." Here is shown the personality of the Father. The
Comforter that Christ promised to send after He ascended to heaven, is the
Spirit in all the fullness of the Godhead, making manifest the power of divine
grace to all who receive and believe in Christ as a personal Saviour. There
are three living persons of the heavenly trio. In the name of these three
powers,--the Father, the Son, and the Holy Ghost, those who receive Christ
by living faith are baptized, and these powers will cooperate with the
obedient subjects of heaven in their efforts to live the new life in Christ.
What is the sinner to do?--Believe in Christ. He is Christ's property, bought
with the blood of the Son of God. Through test and trial the Saviour
redeemed human beings from the slavery of sin.

Ellen G. White: Bible Training School, March 1, 1906

Qualquer publicação honesta dos testemunhos deveria levar em conta as alterações feitas
pela própria escritora. Entretanto, como foi constatado, isto não foi feito ao publicarem o
texto deste manuscrito.

Será muito interessante neste momento, pararmos para observar quais


foram as impressões de William White, filho de Ellen White, sobre este
assunto em torno da palavra “personalities” usada por ela.

Depois da morte do marido de Ellen White, o colaborador mais próximo foi seu filho
William White, que só veio a falecer em 1937.  Ninguém conviveu mais próximo de Ellen
White depois da morte do marido, do que seu filho
Comentários de Ennis Meier:

Em 08 de Julho de 2003 passamos na Conferência Geral e conseguimos no White Estate a


cópia assinada dessa carta, datada de 1935, de William White, chamado Guilherme White
(em português).

Essa cópia não foi obtida de microfilmes, ou de outra cópia, mas do


documento original com a assinatura real de W.C. White, como se vê acima,
em papel fino próprio para cópia datilográfica.

A seguir apresentamos a tradução desta carta:

  

30 de Abril de 1935

Pastor H. W. Carr
164 Saxton Street
Lookport, New York.
Caro Irmão Carr:

Tenho em minhas mãos sua carta de 24 de Janeiro. Por alguns


meses, tenho estado tão pressionado com o trabalho relacionado aos
manuscritos que estamos preparando para imprimir, que minha
correspondência teve que esperar.

Em sua carta, você me pede para contar o que entendo ser a


posição de minha mãe em relação à personalidade do Espírito Santo.

Isso eu não posso fazer porque eu nunca entendi claramente


seus ensinos sobre esse assunto. Sempre houve em minha mente
alguma confusão a respeito do significado das expressões dela que, para
a minha forma de raciocinar, parecem ser um pouco confusas.

Freqüentemente tenho lamentado não possuir a capacidade


mental que poderia resolver esta e outras perplexidades semelhantes, e
então, relembrando o que a irmã White escreveu nos "Atos dos
Apóstolos", págs. 51 e 52 a "respeito dos mistérios que são muito
profundos para a compreensão humana, o silêncio é ouro". Tenho
achado melhor me refrear desta discussão e me esforçar para dirigir
minha mente a assuntos fáceis de serem compreendidos.

Enquanto eu lia a Bíblia, eu encontrei que o Salvador ressurreto


soprou nos discípulos (João 20:22) e disse a eles "Recebei o Espírito
Santo". O conceito gerado através deste texto das Escrituras parece
estar em harmonia com a declaração do "Desejado de Todas as Nações",
pág. 669, também Gênesis 1:2; com Lucas 1:4; com Atos 2:4; 4:12;
8:15; 10:44. Muitos outros textos poderiam ser citados e que parecem
estar em harmonia com esta declaração do "Desejado de Todas as
Nações".

As declarações e os argumentos de alguns dos nossos ministros


em seu esforço para provar que o Espírito Santo era um indivíduo como
é Deus, o Pai e Cristo, o eterno Filho, têm me deixado perplexo e
algumas vezes eles me tem entristecido. Um mestre popular disse:
"Podemos considerá-Lo (O Espírito Santo) como o companheiro que está
aqui embaixo fazendo as coisas acontecerem."

Minhas perplexidades foram minimizadas quando aprendi, no


dicionário, que um dos significados de "personalidade" era

 
 
características. Isto está declarado de tal forma que eu concluí que pode
haver personalidade sem uma forma corpórea a qual o Pai e o Filho
possuem.
Há muitos textos das Escrituras que falam do Pai e do Filho e a
falta de textos que fazem referência similar ao trabalho unido do Pai e o
Espírito Santo ou Cristo e o Espírito Santo me têm feito acreditar que o
espírito sem individualidade era o representante do Pai e do Filho através
do universo, e vem sendo através do Espírito Santo que eles habitam em
nossos corações e nos fazem um com o Pai e com o Filho.
Minha resposta para a segunda pergunta "Em algum lugar, os
escritos da Irmã White ensinam que a oração deve ser dirigida
unicamente ao Pai, ou que nós não nos devemos dirigir a Cristo em
oração, somente ao Pai", eu penso que não. Eu não encontrei este ensino
nos escritos de Ellen White.
Sua terceira pergunta "Ela, em algum lugar, diz qual é o poder que
"armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o glorioso monte
santo". Devo responder da mesma forma. Acho que não. Não
encontramos nenhuma declaração sobre isso nos escritos da irmã White
nem nos lembramos de nenhuma declaração feita verbalmente em nossa
presença.
Junto com essa breve carta você encontrará nosso periódico (News
Letter) de 4 de Abril.
Eu oro para que você possa receber ajuda dos céus no estudo
daquilo que é necessário saber e paciência para esperar por uma
revelação a respeito daquilo que hoje é incerto para nós.
Saudações Cordiais do seu irmão.
 
                                         W. C. White
WCW: lfv.
 

Caso queira conferir a tradução veja abaixo a transcrição do original da carta


(em inglês):
April 30, 1935

Elder H. W. Carr
164 Saxton Street
Lookport, New York.

Dear Brother Carr:

I hold in my hand your letter of January 24. For some month I have so heavily pressed with work connected
with manuscripts which we were preparing for the printer that my correspondence has had to wait.

In your letter you request me to tell you what I understand to be my mother's position in reference to the
personality of the Holy Spirit.

This I cannot do because I never clearly understood her teachings on the matter. There always was in my
mind some perplexity regarding the meaning on her ulterances which to my superficial manner of thinking
seemed to be somewhat confused. I have often regretted that I did not possess that keenness of mind that
could solve this and smiliar perplexities, and then remembering what Sister White wrote in "Acts of the
Apostles," pages 51 and 52, "regarding such mysteries which are too deep for human understanding,
silence is golden," I have thought best to refrain from discussion and have endeavored to direct my mind to
matters easy to be understood.

As I read the Bible, I find that the risen Saviour breathed on the disciples (John 20:22) "and saith to them
'Receive ye the HOly Ghost." The conception received from this Scripture, seems to be in harmony with the
statement in "Desire of Ages", page 669, also Gen, 1:2; with Luke 1:4; with Acts 2:4 and 4:12 also 8:15
and 10:44. Many other texts might be referred to which seem to be in harmony with this statement of
"Desire of Ages."

The statements and the arguments of some of our ministers in their effort to prove that the Holy Spirit was
an individual as are God, the Father and Christ, the eternal Son, have perplexed me and sometimes they
have made me sad. One popular teacher said "We may regard Him, (The Holy Spirit) as the fellow who is
down here running things."

My perplexities were lessened a little when I learned from the dictionary that one of meanings of
personality, was characteristics. It is stated in such a way that I concluded that there might be personality
without bodily form which is possessed by the Father and the Son.

There are many Scriptures which speak of the Father and the Son and the absence os Scripture making
similar reference to the united work of the Father and the Holy Spirit or Christ ande the Holy Spirit, has led
me to believe that the spirit without individuality was the representative of the Father and the Son
throughout the universe, and it was (has?) through the Holy Spirit that they dwell in our hearts and make
us onde with the Father and with the Son.

My answer to your second question "Does Sister White's writings anywhere teach that prayer should only be
addressed to the Father, or that we should not address Christ in prayer, only throught the father," is that I
think no. I have not found such teachings in Ellen White's writings.
Your third question "Does she anywhere tell what the power is that "shall plant tabernacule of His palace
between the seas in the glorius holy mountain" I must answer in the same way. I think not. We have not
found any statement regarding this in Sister Whites's writings nor do we remember any statement made
orally in our presence.

Enclosed with this brief and unsatisfavtory letter, you will find our News Letter of Abril 4.

I pray that you may have help from heaven in studying that which is necessary to be known and patience to
wait for the revelation of that regarding which we are now in some uncertainly.

With kind regards, I remain,

Sincerely your brother,

W. C. White

WCW: lfv.

A pergunta inicial formulada pelo destinatário da carta, a quem William White evita falar
em nome de sua mãe, é sobre a "personalidade" do Espírito Santo como individualidade.
Willie White demonstra estranheza quando encontra palavra “personalidade” entre os
escritos de sua mãe, referindo-se ao Espírito Santo. Só poderia admitir significando
“características”,  pois conhecia o pensamento da sua mãe.

Parece-nos bem evidente, pela da perplexidade de Willian White diante desta


expressão “personalidade do Espírito Santo”, que ele, assim como todos os
mais importantes pioneiros do movimento adventista, não era trinitariano.
Sua dificuldade foi justamente entender esta expressão levando em conta
tudo que sua mãe e os pioneiros escreveram sobre o único Deus e Seu Filho.

É importante destacar que quando o livro “Evangelism” foi publicado (1946),


Willian White já estava morto (1937), e como já vimos, as alterações
(“limpeza”) nos livros denominacionais só começaram no ano de 1940.

Outro ponto muito importante a destacar é o fato deste manuscrito que


estamos analisando, não fazia parte do material enviado por Ellen White para
ser publicado. Após sua morte, todos os papéis, bilhetes, cartas particulares,
anotações e rascunhos que encontraram em seus pertences foram
recolhidos. Portanto, o manuscrito que estamos analisando poderia ser uma
simples anotação ou rascunho sem a menor intenção por parte dela, que isto
fosse um dia publicado. Principalmente da maneira que foi, ou seja,
desconsiderando o contexto e as correções que ela mesma apontou.

Seria correto publicar e fazer com que se tornasse fundamento de doutrina,


manuscritos que Ellen White nunca enviou para a publicação?

Isso sem falar que fica muito difícil saber ao certo a razão da existência de
cada uma destes papéis encontrados. Será que se tratavam de anotações de
idéias de que ela simplesmente procurou registrar para não esquecer, mas
que por algum motivo, nunca teve uma clara orientação do Senhor para
enviar este material para ser publicado? Ellen White viveu numa época onde
a única maneira de se guardar uma informação era decorando ou escrevendo
num papel. Não seria temeroso pegar, após sua morte, todo tipo de papel
que fora encontrado e publicá-lo sem saber ao certo do que se trata aquela
anotação? É lícito hoje publicar estas anotações sendo que ela nunca, pelo
que se sabe, teve a intenção de publicá-las?

Mais dúvidas:

Para nós entendermos a complexidade do problema que temos com todo


este material recolhido após sua morte, e até então jamais publicado,
apresentamos este outro manuscrito tido supostamente como um manuscrito
de Ellen White. A parte final desse manuscrito (embaixo) foi escrita com
caneta esferográfica, trazendo sérias dúvidas sobre a autenticidade.

A caneta esferográfica foi inventada em 1938 pelo jornalista húngaro


Ladislao Biro que imigrou para a Argentina.  Patenteou na Hungria pouco
antes da 2a guerra mundial e só foi comercializada após a 2a guerra mundial
na Argentina com a marca BIROME.

O livro que dizem conter esse manuscrito é “O Desejado de Todas as


Nações” que foi publicado em 1898 e o manuscrito leva uma data de 1906.
Alegam que a data que aparece anotada como 1906, registra o ano em que
ele foi copiado à máquina.

Pergunta-se: Ellen White teria enviado um manuscrito para a impressora


publicar o livro? (desde 1880 os trabalhos eram enviados a publicadora
escritos à máquina). E ainda mais, teria ela enviado um manuscrito para ser
publicado, escrito num bloquinho diário de anotações?

E a questão dele estar escrito com caneta esferográfica?

A caneta tinteiro, pela “tensão superficial” (efeito capilar) o traço termina


abruptamente ao se levantar a caneta. A caneta esferográfica deixa filetes
com são vistos nas últimas 4 linhas.

Notem também que a caligrafia é muito diferente entre o manuscrito anterior


e foram escritos na mesma época.
Foi realmente Ellen White que escreveu neste papel? E se foi, com qual
propósito o fez? Teria sido uma simples anotação durante a leitura de um
livro?

Uma coisa é certa! Não foi matéria para publicação, pois já em 1880 Ellen
White possuía máquina de escrever, e todo material enviado para publicação
era datilografado.

Sabemos também que Ellen White trabalhava com uma equipe de 18 pessoas que
produziam uma quantidade significativa de material. Dentre todos os papéis
datilografados encontrados fica muito difícil alguém hoje saber o que realmente era da
autoria de Ellen White, exceto o que ela enviou para publicação.

Um Outro Texto Duvidoso:

Um outro exemplo de texto questionável quanto a sua procedência é este


encontrado na pág.617 do livro “Evangelismo”:

Prestem atenção na indicação da fonte: Special Testimonies, Série A, nº 10,


pág.37 (1897).

Quando Ellen White morreu em 1915, se reuniu uma comissão para decidir o
que seria feito com o seu patrimônio literário.  Havia em seu escritório
milhares de livros manuscritos, rascunhos, obras nunca enviadas para
publicação, e ainda empregava mais que uma dúzia de pessoas.
Uns opinaram que ali terminara a sua obra nessa terra, e nada mais deveria
ser publicado. Outros, achavam que tudo era sagrado e até os papéis que
estavam na cesta de lixo eram relíquias. Infelizmente, predominou a última
opinião e desde a sua morte já publicaram mais de 100 novos títulos, com
alguns fragmentos de origem duvidosa.

Nos “Special Testimonies”  Serie A e B, encontramos uma nota do White


Estate que diz que eram cartas escritas da Austrália a várias pessoas e que
foram juntadas em folhetos que se esgotaram. A nota diz que não existem
originais.

Além deste texto ser mais uma tradução equivocada e tendenciosa de


“Godhead” por “Trindade”, pois sabemos que Ellen White nunca usou a
palavra “Trindade”, é importante observar que as séries A e B dos “Special
Testimonies” não fazem parte da lista oficial das obras de Ellen White.

Veja e compare com a lista oficial que foi publicada em 1960 no livro
“Treasure Chest” aprovado pelo “Commitee on Spirit of Prophesy Lessons”.
Alguém pode tentar nos acusar de estar lançando descrédito aos escritos de
Ellen White. Longe de nós tal coisa! Cremos na inspiração da Mensageira do
Senhor, mas o erro e o engano têm se infiltrado de tal maneira, que não nos
resta outra alternativa senão comprovar tudo com um claro e explícito
“Assim diz o Senhor” (“A Bíblia e ela somente é a nossa única regra de fé e
de prática”).

D) Teoria da Conspiração
[O artigo que se segue foi assinado com o pseudônimo de Leigo.com, e foi
publicado no site adventistas.com]

Ellen G. White não pôde revelar detalhes sobre a infiltração da doutrina da


trindade na igreja adventista, cujo mentor principal foi LeRoy Edwin Froom,
porque ela faleceu antes dele. Existem, porém, nos livros dela muitas
referências às doutrinas que o Dr. John Kellogg tentou impor à igreja,
principalmente as descritas na obra: The Living Temple.
A serva do Senhor chamou de Alfa a crise levantada por Kellogg e previu que
viria uma crise maior à qual ela se referia como o Ômega da Apostasia.
Embora não se possa afirmar com total clareza, tudo indica que essa grande
crise que Ellen G. White previu para a IASD é a infiltração da doutrina da
trindade.

Existem alguns textos  de leigos que afirmam que houve manipulação ou


mesmo falsificação de alguns textos do livro Evangelismo, mas até ontem eu
não tinha lido nenhum texto que confirmasse uma conexão entre LeRoy
Edwin Froom e os textos falsos do livro Evangelismo. Mas o que eu não sabia
nos foi revelado não pela Sra. White, porém por seu neto Arthur L. White.

O livro Assuntos Contemporâneos em Orientação Profética – Antologia de


Artigos e Monografias, compilado por Roger W. Coon, na época, Secretário
Associado do Patrimônio Literário Ellen G. White em Washington e Professor
Adjunto de Orientação Profética, na Andrews University, EUA, traduzido por
Rosângela Rocha e editado pelo Centro de Pesquisas Ellen G. White, do
Instituto Adventista de Ensino de São Paulo, publicado em 1988, cujo titulo
original é ANTHOLOGY OF PUBLISHED ESSAYS AND MONOGRAPHS ON
CONTEMPORARY ISSUES IN PROPHETIC GUIDANCE, traz um artigo do neto
de Ellen White, Arthur L. White intitulado: “Em defesa das compilações”.

Esse material, como você verá abaixo, revela claramente a ligação entre


LeRoy Froom e o livro Evangelismo, o que evidencia que a suspeita de que
houve falsificações neste livro é correta, já que o Pastor LeRoy Edwin
Froom foi o introdutor da doutrina da trindade na IASD e foi o responsável
pela edição do livro que é acusado de conter textos falsificados sobre a
trindade.

Do texto do neto de Ellen White, transcrevemos os seguintes tópicos:

EM DEFESA DAS COMPILAÇÕES - Arthur L. White

Um dia, em agosto de 1944, R. A. Anderson e L. E. Froom, representando a


Associação Ministerial de A. G., entraram em meu escritório no White Estate.
“Há nos arquivos do White Estate, conselhos específicos sobre o ministério
evangelístico,” perguntaram eles “que poderiam ser reunidos e publicados
num único volume?” Salientaram que além de um capítulo aqui e ali, em
Obreiros Evangélicos e nos Testemonies, não havia lugar para onde um
evangelista pudesse voltar-se convenientemente para receber orientações.
Conseqüentemente, não poucos evangelistas serviam de lei para si mesmos,
com vários graus de sucesso em seu trabalho. Anderson e Froom desejavam
ajudar a trazer maior uniformidade aos esforços evangelísticos da igreja.

Esses líderes vieram a mim como principal administrador executivo do White


Estate porque anteriormente já havíamos publicado nove compilações dos
escritos de Ellen White. Uma vez que as compilações têm provocado
comentários – e mesmo um pouco de controvérsia em alguns países – pode
ser instrutivo contar novamente quando as compilações das obras de Ellen
White começaram, quantas há ao todo, porque foram publicadas e como
foram editadas para evitar que fossem influenciadas por idéias pré-
concebidas dos editores.

Depois da morte de Ellen White, seu filho e meu pai, W. C. White,


continuaram a supervisionar as compilações de seus escritos, começando
com Conselhos sobre Saúde. Quando sucedi meu pai como secretário
executivo do White Estate, a obra de compilação dos escritos da Sra. White
continuou. Quando Anderson e Froom vieram a mim fiquei feliz em
recomendar que a Mesa Administrativa do White Estate aprovasse uma
compilação sobre evangelismo. Eu sabia que a própria Ellen White a teria
aprovado.

A produção dessa compilação – nem a primeira nem a última preparada no


White Estate – foi típica, “À luz dos desejos e do próprio costume de Ellen
White, a mesa do White Estate olhou com simpatia o pedido de Anderson e
Froom e solicitou que eu investigasse a exeqüibilidade da compilação do livro
Evangelismo. Dediquei algumas horas à busca de material – cartas de
conselhos a vários evangelistas, artigos em Obreiros Evangélicos, nos
Testemonies e artigos de revistas. Informei à mesa e a Anderson e Froom,
que existia vasto material.”

Alguns dias mais tarde a comissão consultiva da Associação Ministerial


apresentou aos Depositários White um pedido oficial para a preparação e
publicação de uma compilação desses conselhos aos evangelistas e
instrutores bíblicos. O conselho de depositários, em sua reunião de 10 de
setembro de 1944, tomou o seguinte voto:

“VOTADO: que, em harmonia com a recomendação da Comissão consultiva


da Associação Ministerial, autorizamos a compilação de um manuscrito
‘Conselhos para Evangelistas e Instrutores Bíblicos’ (mais tarde re-
denominado Evangelismo), devendo a obra ser feita por uma comissão de
cinco pessoas apontadas pelo presidente. A comissão apontada foi a
seguinte: A. L. White, W. H. Branson, R. A. Anderson, Srta. Louise Kleuser,
J. L. Shuler.”

Mesmo durante o processo de seleção, foi fácil ver onde Ellen White colocava
ênfase. Um esboço geral do assunto emergiu naturalmente, levando-nos a
estabelecer 22 divisões gerais (mais tarde reduzidas a 20).

Um parágrafo das atas do White Estate de 2 de maio de 1945, sete meses


após o início do trabalho, dá uma idéia quanto ao andamento do projeto: “O
secretário salientou que o manuscrito do novo livro “Conselhos para
Evangelistas” (mais tarde denominado Evangelismo) está tomando forma, e
estão sendo feitos arranjos para uma comissão de leitura. Foi sugerido que a
comissão seja uma comissão que sirva tanto os administradores da A. G.
como a Associação Ministerial e os Depositários White. Foi apontada a
seguinte comissão: W. H. Branson, L. K. Dickson, F. M. Wilcox, R. A.
Anderson, J. L. Shuler, T. Carcich, D. E. Venden, C.  A. Reves e T. G. Bunch.”

Os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos


títulos marginais e chamaram a atenção para algumas poucas declarações
adicionais de Ellen G. White. Em sua forma virtualmente final, foram
mimeografadas vinte e cinco cópias e o manuscrito ajustado foi submetido
ao conselho dos depositários do White Estate (e outras pessoas) para sua
aprovação final da reunião de 25 de outubro de 1945. As atas desta seção
descrevem o livro:

“Uma análise do manuscrito indica que ele contém 200.785 palavras, e se


editado com tipos, semelhantes aos de Testemunhos para Ministros, dará um
volume, incluindo o índice e a página de rosto, de aproximadamente 675
páginas. Ao analisar o conteúdo, o secretário salientou que 50% do material
é extraído de arquivos de manuscritos, 24% dos artigos de revistas, Special
Testemonies e obras já fora de circulação, e 26% dos livros atuais de
E.G.White. Assim 74% dos manuscritos apresentam materiais que não
estavam disponíveis antes da publicação desse volume.”

Quatorze meses depois que foi decidido fazer uma compilação, o livro
Evangelismo foi publicado. Tem sido bem vendido, servindo eficazmente
como guia e inspiração àqueles que trabalham no ministério evangélico. --
Arthur L. White.

Comentários:

Depois de ler esse texto concluí que,além do livro ter sido falsificado
posteriormente como afirmam alguns pode também ter sido editado com
alterações em sua primeira edição inclusive com relação à doutrina da
trindade já que quem ordenou sua edição foi o mesmo pastor que introduziu
a doutrina da trindade na igreja.

Vou fazer alguns comentários sobre algumas conclusões a que cheguei e


peço aos irmãos  que pesquisam o assunto que complementem esse texto
com suas observações, pois não sou especialista no assunto, sou apenas um
pesquisador leigo,  e posso ter cometido erros ou deixado de observar algum
aspecto interessante.

Arthur L. White dá a impressão que sabia que essa compilação ia sofrer


alterações tanto que escreveu: Uma análise do manuscrito indica que ele
contém 200.785 palavras.

Arthur  L. White cita cinco vezes o nome de Froom, deixando bem clara a
grande participação de LeRoy Edwin Froom na edição dessa compilação.
Arthur deixou bem claro que R. A. Anderson e L. E. Froom  participaram
ativamente da edição dessa compilação.

Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom foram os mentores do livro
Evangelismo.

Arthur deixa bem claro que Anderson e Froom não só sugeriram a edição do
livro como também acompanharam atentamente todos os passos de sua
edição.

Artur deixa claro que Anderson e Froom fizeram o pedido da edição do livro
representando a Associação Geral e que o livro foi compilado em harmonia
com a recomendação da Associação Geral.

Arthur ainda declara que “alguns dias mais tarde a comissão consultiva da
Associação Ministerial apresentou aos depositários um pedido oficial para a
preparação e compilação de um manuscrito”. Ou seja, se Froom e Anderson
fizeram parte dessa comissão consultiva e, se foram eles que pediram a
publicação da obra, oficialmente o pedido é de Froom, o falsificador de
doutrinas e compilações.

Parece-me muito claro que esse livro foi editado com o objetivo de ter-se um
livro de Ellen White que defendesse a doutrina da trindade, a qual se estava
infiltrando na IASD. Tal obra não existia e era preciso criá-la para dar
credibilidade à doutrina católica no seio da IASD.

Porém, para não ficar evidente que o mesmo pastor que introduziu a
doutrina da trindade na IASD era o mesmo que tinha acompanhado a edição
do livro Evangelismo, oficialmente só aparece o nome de Anderson.

Anderson participou primeiramente de uma comissão de cinco pessoas e


depois participou de uma comissão de nove pessoas, portanto Anderson
sendo a pessoa de confiança de Froom foi o representante  de Froom na
edição da obra, já que Froom não poderia aparecer como um dos
compiladores do livro Evangelismo, porque poderia ser acusado de falsificar
uma doutrina e manipular uma compilação para justificar uma doutrina falsa.

Em outra parte do texto, Arthur L. White  revela que além das nove pessoas
da segunda comissão o manuscrito foi submetido a outras pessoas não
identificadas, uma delas pode ter sido Froom. Parece-me ser exatamente
essa a impressão que Arthur  L. White quis passar ao escrever dessa forma.

Quem era o pastor Anderson? Por acaso ele fez parte da comissão que votou
a doutrina da trindade dentro da IASD?

Depois de ler esse texto revelador passei a observar alguns aspectos do livro
Evangelismo.
O sub-título que fala da trindade está escrito da seguinte forma: “Explicações
falsas acerca da doutrina da trindade”. Esse título parece falso e forçado.
Como explicou Artur L. White, o livro Evangelismo é dividido em vinte
seções, sendo que cada uma tem um tema específico.

A  décima quinta seção, por exemplo, tem como tema: “Evangelismo do


Canto” e  aborda os seguintes tópicos: Ministério do Canto; A Música no
Evangelismo;  O Evangelista Cantor; Por ênfase no canto do evangelista pela
congregação; Os membros do corpo musical e Admoestações Oportunas. Ou
seja, o tema da seção é música e todos os tópicos tratam de música!

No entanto, na décima oitava seção, ou seja, na seção onde se encontra o


tema: “Explicações Falsas acerca da Trindade Divina”, o tema da seção é:
“Lidar com a falsa ciência , e com os falsos cultos, ismos e sociedades
secretas”.

A princípio, nesse sub-tema, aborda-se a introdução de falsas


doutrinas espíritas na igreja; depois, fala-se das teorias panteístas e
espiritualistas, várias formas de espiritismo, fanatismo e extremismo,
explicações falsas acerca da trindade divina e, por fim, o mundanismo e
misticismo, que existem em sociedades secretas.

O que tem a ver introdução de falsas doutrinas, abordando especificamente


as falsas doutrinas do  espiritismo e sociedades secretas com explicações
falsas acerca da trindade divina? Observa-se que nessa seção não existe
apenas um tema como as outras, mas três: espiritismo, sociedades secretas
e defesa da doutrina da trindade.

O tema sociedades secretas, pode ter ligação com espiritismo já que nesse
tipo de sociedade existem filosofias espíritas ou espiritualistas. Mas o tema
trindade, não tem nada a ver com espiritismo ou sociedades secretas. Tive a
impressão de  que o título “Explicações falsas acerca da trindade divina”
nada tem a ver com a seção onde foi inserido a não ser que a doutrina da
trindade seja uma introdução de falsa doutrina na igreja!

Tentando ser mais claro, tenho a impressão que esse capitulo “Explicações
falsas acerca da trindade divina”, simplesmente foi implantado no meio de
temas referentes a espiritismo e sociedades secretas.

Uma outra observação é que os temas que tratam de doutrinas encontram-


se na oitava seção: “Pregar as verdades características”. Se a doutrina da
trindade fosse uma verdade característica, estaria nessa seção e nunca na
secção dedicada ao espiritismo.

Há também uma parte do texto de Arthur L. White, na qual ele informa que
os nove leitores do manuscrito sugeriram principalmente o que colocar nos
títulos marginais e essa informação indica que os títulos e subtítulos das
seções não são de autoria de Ellen White, mas o título “Explicações falsas
acerca da trindade divina” deixa o leitor menos informado com a impressão
de que o título é de autoria de Ellen White.

O livro Evangelismo contém muitas verdades, porém dá a impressão que


alguns pastores queriam sua publicação para que em meio a suas verdades,
fosse introduzida uma falsa doutrina, ou seja, a velha tática satânica de
misturar verdade com  erro.

Falsificaram a mensagem de Ellen G. White, mas Deus nos mostrou através


de seu neto, Arthur L. White, que Leroy Edwin Froom estimulou a edição do
livro Evangelismo para transmitir a impressão que a serva do
Senhor defendia essa doutrina espúria.

3) Reconhecimento Oficial

Recentemente, no livro “A Trindade” lançado aqui no Brasil pela Casa Publicadora


Brasileira, que é uma tradução do livro “The Trinity”, os editores brasileiros tiveram que
admitir a inadequação do termo traduzidos como “Trindade” nas obras de Ellen White.

Em uma nota editorial na página 17 tiveram que admitir que tecnicamente a palavra
“trindade” é uma tradução que não reflete literalmente aquilo que está expresso no
original em inglês:

Em outras palavras, admitiram que fizeram uma tradução tendenciosa que reflete a
concepção atual da Igreja Adventista do Sétimo Dia quanto ao seu conceito de uma
divindade triúna.

Alguns textos para reflexão:

“Satanás está resolvido a colocar o povo de Deus numa falsa luz perante o
mundo... Procura manter o povo de Deus num contínuo estado de incerteza 
pela introdução de falsas teorias e falsa ciência... Quer  levá-los a se
afastarem de Deus, seu verdadeiro conselheiro, e a aceitarem seus sofismas
espiritualistas. Com esses sofismas revestidos de trajes de luz, ele (Satanás)
procura enganar, se possível, os próprios eleitos.”

Meditações Matinais 1980, pág.323.

“Nestes dias, muitos enganos estão sendo ensinados como verdade. Alguns
de nossos irmãos têm ensinado opiniões que não podemos endossar. Idéias
fantasiosas, interpretações forçadas e peculiares das Escrituras
estão sendo introduzidas. Alguns desses ensinos podem parecer agora
jotas ou tis, mas crescerão e se tornarão ardis para os inexperientes.”

Meditações Matinais 1983, pág.310.

“É evidente que uma época de grandes trevas intelectuais tem sido favorável
ao êxito do papado. Ainda será demonstrado que uma época de grande luz
intelectual também é favorável ao seu êxito.”

Eventos Finais, pág:116.

“Temos uma verdade que não admite contemporização alguma.”

Mensagens Escolhidas, Vol.3, pág. 205.

“A tocha da falsa profecia, que seria erguida por 'Falsos doutores', os


quais introduziriam encobertamente 'heresias de perdição, e negarão o
Senhor'. Esses falsos mestres que apareceriam na igreja e seriam
considerados verdadeiros por muitos de seus irmãos na fé.”

Meditações Matinais 1986, pág. 213.

“Nem todos, porém seriam enganados pelos ardis do inimigo. Ao aproximar-se o fim de todas as coisas terrestres,
haveria fieis capazes de discernir os sinais dos tempos, conquanto um grande número de professos crentes
negasse a sua fé por suas obras, haveria um remanescente que preservaria até o fim.”

Meditações Matinais 1986, pág. 213.

4) Uma Séria Denúncia feita pelo Pr.Andreasen


Para que você compreenda melhor o contexto da carta que lerá logo a seguir
leia isto:

Na década de 1950, a liderança americana da IASD entrou


em acordo com líderes porta-vozes evangélicos americanos
(Martin & Barnhouse), para que a IASD não mais fosse
considerada uma seita, mas sim uma igreja como as demais
igrejas evangélicas. Tanto assim que já em 1959, a IASD
passou a fazer parte como membro cooperador do Concílio
Nacional de Igrejas dos Estados Unidos, uma organização
ecumênica.
Para tanto, a IASD deveria abdicar de certas doutrinas fundamentais dos pioneiros
adventistas, as quais são apoiadas pelo Espírito de Profecia de Ellen G. White. Dentre
essas doutrinas fundamentais está a da Encarnação, a qual os evangélicos e católicos
crêem que JESUS encarnou com a natureza de Adão antes de sua queda, ou seja, Sua
natureza seria isenta ou imune às paixões e às leis da hereditariedade a que estão sujeitos
os filhos de Adão, depois de sua queda.

Assim, a partir de 1957, os teólogos adventistas passaram a ensinar que JESUS veio com a natureza sem pecado
de Adão, antes de sua queda, ao contrário do que ensinavam os pioneiros e a Sra. White. JESUS seria apenas
nosso substituto e não nosso exemplo a ser seguido. Com essa mudança teológica o mundanismo entrou na IASD,
junto com o ecumenismo.

Na ocasião, uma das raras vozes oficiais que se levantaram


contra esse compromisso apóstata foi a do Pr. Andreasen
(1876-1962), conhecido entre nós brasileiros como o autor
do livro O Ritual do Santuário. Depois de tentar em vão
fazer-se ouvir pela liderança apóstata da Igreja, ele escreveu
seis longas cartas às igrejas adventistas de todo mundo,
denunciando toda essa conspiração ecumênico-doutrinária.
Devido ao protesto do Pr. Andreasen, a Associação Geral, em
06.04.61, tirou suas credenciais e sua pensão por
aposentadoria.
Só depois que uns irmãos do sul da Califórnia, revoltados
com a injustiça feita ao Pr. Andreasen, ameaçaram não
encaminhar mais o dízimo à Organização, é que a Associação
Geral voltou a pagar sua aposentadoria, mas isto já perto de
sua morte, que ocorreu em 19.02.62. Em 01.03.62, após sua
morte, a Associação Geral restaurou as credenciais do Pr.
Andreasen.
Portanto, a carta que você lerá logo a seguir é uma (2ª carta) destas seis cartas que foram escrita pelo Pr. M.L.
Andreasen, e muito embora não esteje relacionada com o tema da trindade, serve como um bom exemplo de
como as teorias conspiratórias que falam de manipulações nos escritos de Ellen White vão muito além de meras
suposições ou acusações sem fundamento.

Tentativa de Alterar Escritos de E.G.W.


Logo no começo do verão de 1957 foi-me colocado nas mãos,
providencialmente creio, uma cópia das Minutas da Mesa Diretora dos
Depositários White para o mês de maio daquele ano. Para os que não estão
familiarizados com essa mesa diretora, devo declarar que é uma pequena
comissão apontada para ter em guarda o grande volume de cartas,
manuscritos e livros deixados pela falecida Sra. Ellen G. White. Em conselho
com os oficiais da denominação adventista a mesa decide quem deve ter
acesso ao material, e em que extensão e para que propósito; o que deve ser
publicado e o que não deve; e que material não deve estar disponível em
absoluto.

Muito do trabalho da comissão consiste em examinar e editar esses escritos


e recomendar para publicação tal matéria que pareça ser de valor
permanente. Esse trabalho é de grande importância para a igreja, pois
somente o que é liberado pela comissão vê a luz do dia. Durante toda sua
vida a própria Sra. White fez muito da obra de selecionar e editar, e em
todos os casos ela tinha a supervisão do que era feito. Todos sabiam que
qualquer coisa que fosse publicada estava sob sua supervisão e que tinha
sua aprovação. A comissão agora assumiu essa obra.
Dois Homens e a Comissão

De acordo com as Minutas White, foi em 1º de maio de 1957 que dois


homens [Roy Allan Anderson e Walter Read], membros da comissão que fora
apontada para escrever o livro Questions on Doctrine, foram convidados pela
mesa para reunir-se, a fim de discutir a questão que tinha recebido alguma
consideração na reunião de janeiro de 1957. Referia-se a afirmações feitas
pela Sra. White com relação à expiação ora em progresso no santuário
celestial. Essa concepção não estava de acordo com as conclusões atingidas
pelos líderes da denominação em conselho com os evangélicos. Para
entender isto completamente, e sua importância, é necessário rever alguma
história.

Os líderes adventistas estiveram por algum tempo em contato com dois


ministros de outra fé, evangélicos, o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin,
respectivamente editor e editor assistente do jornal religioso Eternity,
publicado na Filadélfia, e discutiram com eles várias de nossas doutrinas.
Nessas conversações, como em numerosas cartas trocadas entre eles, os
evangélicos levantaram sérias objeções a algumas de nossas crenças. A
questão de grande importância foi se os adventistas poderiam ser
considerados cristãos enquanto mantêm tais pontos de vista, como a
doutrina do santuário; os 2300 dias; a data 1844; o juízo investigativo; e a
obra expiatória de CRISTO no santuário no céu desde 1844. Nossos homens
expressaram o desejo de que a Igreja Adventista do Sétimo Dia fosse
contada como uma das igrejas protestantes regulares, uma igreja cristã, não
uma seita.

Os dois grupos gastaram "centenas de horas" estudando, e escreveram


muitas centenas de páginas. Os evangélicos visitaram nossa sede em
Takoma Park, e nossos homens visitaram Filadélfia e foram hóspedes do Dr.
Barnhouse em sua confortável casa. De tempos em tempos outros homens
foram chamados para consulta em tais assuntos como a Voz da Profecia e
nossos periódicos, todos com o ponto de vista de acertar o que impedia que
fôssemos reconhecidos como uma denominação cristã.

Após longas e demoradas discussões, os dois partidos chegaram finalmente a


um acordo de trabalho, e embora os evangélicos ainda objetassem a um
número de nossas doutrinas, eles ficaram desejosos de nos reconhecer como
cristãos. Deveríamos fazer algumas mudanças em alguns de nossos livros
com relação à "marca da besta" e, também, "com relação à natureza de
CRISTO enquanto na carne." Eternity, setembro de 1956. Isto foi levado à
"atenção dos oficiais da Conferência Geral, que a situação deveria ser
remediada e que tais publicações deveriam ser corrigidas. As correções
foram feitas, e "essa ação dos ASDs foi indicativa de passos similares que
foram tomados subseqüentemente." Ibid. Não estamos informados de quais
outros livros foram "remediados e corrigidos".
Os evangélicos publicaram um relatório de suas conferências com os
adventistas em Eternity, da qual as citações acima são tomadas. O Dr.
Barnhouse declara que eles tomaram a precaução de submeter seus
manuscritos aos adventistas, para que nenhuma declaração errada ou erro
pudesse ocorrer. Os adventistas publicaram um relatório. Mesmo na sessão
da Conferência Geral do último ano (1958), o assunto não foi discutido.
Somente poucos sabiam que houvera algumas conferências com os
evangélicos. Havia rumores que os líderes adventistas tinham estado em
conferência com os evangélicos, mas aquilo foi considerado por alguns como
boato apenas. Os poucos que sabiam, mantiveram-se calados. Parecia haver
uma conspiração de sigilo.

Até hoje (1959) não sabemos, e não supomos saber, quem realizou as
conferências com os evangélicos. Não sabemos, e não supomos conhecer,
quem escreveu Questions on Doctrine. [Posteriormente, soube-se que fora
escrito pelos pastores Leroy Froom e Roy Allan Anderson.] Investigação
diligente não deu resultado. Não sabemos, nem supomos saber, exatamente
que mudanças foram feitas, e em que livros, concernentes à marca da besta
e à natureza de CRISTO enquanto em carne. Não sabemos quem autorizou a
omissão do capítulo 13 do Apocalipse em nossas lições da Escola Sabatina
para o segundo trimestre de 1958, que trata da marca da besta. [Não é à
toa que já em 1959 a Conferência Geral da IASD entrou como sócia da
organização ecumênica Conselho Nacional de Igrejas dos Estados Unidos.]

O Dr. Barnhouse relata que para "evitar acusações contra os ASDs pelos
evangélicos", os adventistas "fizeram arranjos" no que concerne à Voz da
Profecia e à revista Signs of the Times. O que foi feito não sabemos e não
nos foi dito. Não teremos um relatório detalhado? Nós, de certo, imaginamos
como aconteceu que ministros de outra organização tivessem qualquer voz
ou qualquer opinião em como conduzirmos nossa obra. Têm nossos líderes
abdicado? Como é que eles consultam os evangélicos e mantêm nosso povo
nas trevas?

O Que Foi Feito nas Conferências

Para um relatório deste estamos confinados quase inteiramente ao que foi


publicado na revista Eternity.

O assunto que tomou muito tempo nas conferências foi o do santuário. O Dr.
Barnhouse foi franco em sua estimativa dessa doutrina. Em particular ele
objetou de nosso ensino sobre o juízo investigativo que ele caracterizou
como "o fenômeno mais colossal, psicológico, para salvar as aparências na
história religiosa." Mais tarde ele o chamou "a não importante e quase
ingênua doutrina do 'juízo investigativo'", e disse que qualquer esforço para
estabelecê-la é estragado, vazio e inaproveitável." Eternity, setembro de
1956.
O Dr. Barnhouse, ao discutir a explicação de Hiran Edson sobre o
desapontamento de 1844, diz que a suposição de que CRISTO "tinha uma
obra a realizar no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia
humana, para salvar as aparências, que alguns adventistas desinformados...
levam a extremos literários fantásticos. O Sr. Martin e eu ouvimos os líderes
adventistas dizerem, positivamente, que eles repudiavam tais extremos. Isto
eles disserem em nenhum termo incerto. Além disse, eles não crêem, como
alguns de seus pioneiros ensinavam que a obra expiatória de JESUS não foi
completada no Calvário, mas que em vez disso que JESUS ainda estava
realizando uma segunda obra ministerial desde 1844. Essa idéia os líderes
adventistas também repudiaram totalmente." Ibidem.

Notem estas declarações: A idéia de que CRISTO "tinha uma obra a realizar
no lugar santíssimo antes da vinda a esta terra... é uma idéia humana, para
salvar as aparências," "o Sr. Martin e eu ouvimos os líderes adventistas
dizerem positivamente que eles repudiavam tais extremos. Isto eles
disseram em nenhum termo incerto."

Penso que nossos líderes devem dar uma declaração precisa à denominação
adventista quanto a se o Dr. Barnhouse e o Sr. Martin disseram a verdade
quando ouviram nossos líderes dizerem que repudiavam a idéia de que
CRISTO tinha uma obra a fazer no lugar santíssimo antes de vir a esta terra.
A questão demanda uma resposta precisa.

Tentativa de Adulterar os Escritos de Ellen G. White

Antes de relatar mais do que foi feito nas conferências, voltemos aos dois
homens que naquele primeiro dia de maio de 1957, encontraram-se com a
Mesa dos Depositários White para buscar seu conselho e, também, fazer uma
sugestão. Os homens estavam bem familiarizados com as declarações feitas
pelo Dr. Barnhouse e o Sr. Martin, de que a idéia do ministério de CRISTO no
lugar santíssimo do santuário tinha sido totalmente repudiada pelos nossos
líderes. Isto tinha estado publicado há vários meses na ocasião, e não tinha
sido protestado. Os homens, contudo, não precisavam da declaração
publicada, pois ambos tinham tomado parte na discussão com os
evangélicos. Um deles em particular tinha tido parte proeminente nas
conferências [Roy Allan Anderson], tinha visitado o Sr. Barnhouse em seu
lar, tinha falado na igreja do Dr. Barnhouse a seu convite. Ele era um dos
quatro homens [T.E. Unruh, Roy Allan Anderson, Leroy Froom e Walter
Read] que realmente levaram a carga, e um dos escolhidos para acompanhar
o Sr. Martin em sua viagem à costa Oeste para falar em nossas igrejas. Ele
era tido em alta estima pelo Dr. Barnhouse. Esse sentimento era mútuo.

Na ocasião em que os dois homens visitaram os Depositários, uma série de


artigos apareceu na Ministry [da qual Roy Allan Anderson era editor-chefe],
que reivindicava ser "o entendimento adventista da expiação, confirmado e
iluminado e clarificado pelo Espírito de Profecia." Na edição da Ministry, de
fevereiro de 1957, a declaração ocorre que o "ato sacrifical sobre a cruz é
uma expiação completa, perfeita e final em favor do pecado do homem."
Esse pronunciamento está em harmonia com a crença de nossos líderes,
como o Dr. Barnhouse citou-os. Está também em harmonia com a declaração
assinada por um oficial encarregado [R.R. Figuhr, presidente da Associação
Geral na época], numa carta pessoal: "Não podes, Irmão Andreasen, tirar de
nós este precioso ensino que JESUS fez um sacrifício expiatório completo e
todo-suficiente sobre a cruz... Isto nós sempre manteremos firme, e
continuaremos a proclamá-lo, mesmo como nossos queridos antepassados
venerados na fé."

Seria interessante que o escritor desse prova de sua asserção. A verdade é,


nossos antepassados não criam nem proclamaram tal coisa. Eles não criam
que a obra sobre a cruz fosse completa e toda-suficiente. Eles criam que o
resgate foi pago ali e que era todo-suficiente; mas a expiação final
aguardava a entrada de CRISTO no santíssimo em 1844. Isto os adventistas
tinham sempre ensinado e crido, e esta é a antiga e estabelecida doutrina
que nossos venerados antepassados criam e proclamavam.

Eles não podiam ensinar que a expiação na cruz era final, completa, e toda-
suficiente, e ainda crer que outra expiação também final, ocorreria em 1844.
Tal seria absurdo e sem significado. Pagar a pena pelo nosso pecado era,
certamente, uma parte vital e necessária do plano de DEUS para nossa
salvação, mas em absoluto não era tudo. Era, como foi, colocar no banco do
céu uma soma suficiente e de todo modo adequada para qualquer
contingência, e da qual poderia ser sacada em favor e pelo indivíduo
conforme necessitasse. Esse pagamento era "o precioso sangue de CRISTO,
como um cordeiro, sem mancha e sem defeito." I Pedro 1:19. Em Sua morte
na cruz JESUS "pagou tudo"; mas o precioso tesouro torna-se eficaz para
nós somente conforme CRISTO saca dele em nosso favor, e isto deve
esperar a vinda ao mundo de cada indivíduo; daí, a expiação deve continuar
enquanto as pessoas forem nascidas. Ouçam isto:

"Há um fundo inexaurível de perfeita obediência advindo de Sua obediência.


Como é isto, que tal infinito tesouro não é apropriado? No céu os méritos de
CRISTO, sua abnegação e sacrifício próprio, estão entesourados como
incenso, a ser oferecido com as orações de Seu povo." General Conference
Bulletin, vol. 3, pág. 101, 102, quarto trimestre, 1899.

Notem as frases: "fundo inesgotável", "tesouro infinito", "méritos de


CRISTO". Esse fundo foi depositado na cruz, mas não "exaurido" lá. Ele está
"entesourado" e é oferecido com as orações do povo de DEUS. Especialmente
desde 1844, esse fundo é sacado pesadamente conforme o povo de DEUS
avança em santidade; mas não é exaurido, há suficiente e para poupar.
Leiam de novo:
"JESUS que através de Sua própria expiação proveu para eles um fundo
infinito de poder moral, não falhará a empregar esse poder em favor deles.
Ele lhes imputará Sua própria justiça... Há um fundo inesgotável de perfeita
obediência advindo de Sua obediência... conforme orações humildes e
sinceras ascendem ao trono de DEUS, CRISTO mistura com elas os méritos
de Sua própria vida de perfeita obediência. Nossas orações se tornam
perfumadas por esse incenso. CRISTO comprometeu-Se a interceder em
nosso favor, e o PAI sempre ouve a Seu Filho." Ibidem.

Quando oramos, neste próprio ano de 1959, CRISTO intercede por nós e
mistura com nossas orações "os méritos de Sua própria vida de perfeita
obediência. Nossas orações são perfumadas por esse incenso... e o PAI
sempre ouve a Seu Filho."

Contrastem isto com a afirmação em Questions on Doctrine, pág. 381:


"JESUS apareceu na presença de DEUS por nós... Mas não foi com a
esperança de obter algo nessa ocasião ou em algum tempo futuro. Não! Ele
já o tinha obtido por nós na cruz." (snfase dos autores). Notem o quadro:
CRISTO aparece na presença do PAI em nosso favor. Ele intercede, mas
nada consegue. Por 1800 anos JESUS pleiteia, e nada obtém. Não sabe Ele
que já o obteve na cruz? Ninguém Lhe informa que é inútil suplicar? Ele
próprio não tem esperança de obter nada agora ou em qualquer tempo
futuro. E mesmo assim Ele pleiteia, e Se mantém pedindo. Que visão para os
anjos! E isso é representado ser ensino adventista! Esse é o livro que tem a
aprovação dos líderes adventistas e é enviado ao mundo para mostrar o que
nós cremos. Queira DEUS nos perdoar. Como podemos permanecer diante
do mundo e convencer que acreditamos num Salvador que é poderoso para
salvar, quando O apresentamos como suplicando em vão perante o PAI?

Mas graças a DEUS, isso não é doutrina adventista. Ouçam isto da Irmã
White, como citado acima: "CRISTO Se comprometeu a interceder em nosso
favor, e o PAI sempre houve a Seu Filho." Isto é cristianismo, e o outro não.

Ficaremos em silêncio sob tais condições? Diz a Irmã White:

"Pelos passados 50 anos cada fase da heresia tem sido posta em ação contra
nós... especialmente concernente à ministração de CRISTO no santuário
celestial... imaginai que quando vejo o começo de uma obra que removeria
alguns dos pilares de nossa fé, eu tenha algo a dizer? Devo obedecer a
ordem, 'Enfrentai-o!'" Special Testimonies, Series B, nº 2, pág. 58.

De novo: "O inimigo das almas tem buscado introduzir a suposição de que
uma grande reforma deveria ter lugar entre os adventistas do sétimo dia, e
que essa reforma consistiria em renunciar às doutrinas que permanecem
como pilares de nossa fé, e engajar-se num processo de reorganização. Caso
essa reforma tivesse acontecido, o que resultaria? Os princípios da verdade
que Deus em Sua sabedoria tem concedido à igreja remanescente seriam
descartados. Nossa religião seria mudada. Os princípios fundamentais que
têm sustentado a obra durante os últimos cinqüenta anos seriam
considerados como erro. Uma nova organização seria estabelecida. Livros de
uma nova ordem seriam escritos. Um sistema de filosofia intelectual seria
introduzido. Os fundadores desse sistema iriam às cidades e realizariam uma
maravilhosa obra. O sábado, logicamente, seria considerado levianamente,
bem como o Deus que o criou. Nada seria permitido permanecer no caminho
do novo movimento. Os líderes ensinariam que a virtude é melhor do que o
vício, mas Deus sendo removido, eles depositariam sua dependência no
poder humano, o qual, sem Deus, é sem valor. O seu fundamento seria
edificado sobre a areia, e a tempestade e a tormenta levariam de roldão a
estrutura ". Special Testimonies, Série B, # 7, págs. 39-40 (outubro de
1903). Mensagens Escolhidas, Vol. 1, ppág. 204-205. Grifos supridos.

"Ficaremos calados, por temor de ferir os sentimentos deles?... Ficaremos


calados por receio de prejudicar a influência deles, enquanto almas estão
sendo enganadas... Minha mensagem é: Não mais consintais em ouvir sem
protestar contra a perversão da verdade." Special Testimonies, Series B, nº
2, pág. 9,15.

A Reunião de 1º de Maio

Duvido que os líderes adventistas estivessem completamente a par das


muitas referências nas obras da Sra. White sobre a expiação agora em
progresso no santuário celestial desde 1844. Se estivessem, como ousariam
tomar a posição que tomaram com relação à questão do santuário? Esta
idéia encontra apoio na aparente surpresa dos dois homens (Roy Allan
Anderson e Walter Read) que visitaram os Depositários White e declararam
que em sua pesquisa ficaram "agudamente a par das declarações de Ellen G.
White que indicam que a obra da expiação de CRISTO está agora em
progresso no santuário celestial." Minutes, 1º de maio de 1957, pág. 1483.
Por que se tornaram eles agudamente a par? A descoberta pareceu
surpreendê-los. Ao usar o plural, declarações, eles admitem mais de uma
referência. Não sei quantas acharam. Eu achei 17, e há outras sem dúvida. E
por que usam eles a palavra "indicar"? A Irmã White faz mais do que indicar.
Ela faz pronunciamentos definidos. Eis alguns deles:

"Ao término dos 2.300 dias, em 1844, CRISTO entrou no lugar santíssimo do
santuário celestial, para executar a obra de encerramento da expiação,
preparatória para Sua vinda." O Grande Conflito, 422.

"CRISTO tinha apenas completado uma parte de Sua obra como nosso
Intercessor para entrar noutra porção da obra, e Ele ainda pleiteia Seu
sangue diante de DEUS em benefício dos pecadores." Ibid., 429.

"Na abertura do lugar santíssimo do santuário celestial, em 1844, CRISTO


entrou lá para executar a obra de encerramento da expiação. Eles viram que
JESUS estava agora oficiando diante da arca de DEUS, pleiteando Seu
sangue em favor dos pecadores." Ibidem, 433.

"CRISTO é representado como continuamente de pé no altar,


momentaneamente oferecendo o sacrifício pelos pecados do mundo... Um
Mediador é essencial devido ao contínuo cometimento de pecado... JESUS
apresenta a oblação oferecida por cada ofensa e cada falta do pecador." MS
50, 1900.

Essas declarações são definidas. Foi ao final dos 2300 dias, em 1844, que
CRISTO entrou no santíssimo "para desempenhar a obra de encerramento da
expiação". "JESUS tinha APENAS COMPLETADO UMA PARTE DE SUA OBRA
como nosso Intercessor," no primeiro compartimento. Agora Ele "entra na
outra porção da obra." Ele pleiteia "Seu sangue perante o Pai." Ele está
"continuamente de pé diante do altar." Isto é necessário "por causa da
contínua perpetração do pecado." "JESUS apresenta a oblação por toda
ofensa e toda falta do pecador." Isto prova uma expiação contínua, presente.
Ele oferece "momentaneamente". "JESUS apresenta a oblação oferecida por
cada ofensa." "Ele sempre vive para fazer intercessão por eles." Hebreus 7:
25.

Presume-se que quando os dois homens declararam que se tinham "tornado


agudamente cientes das declarações de Ellen G. White que indicam que a
obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no santuário celestial",
que eles tinham lido as citações dadas aqui e talvez outras. Em vista deste
conhecimento, o que eles sugeriram que fosse feito? Mudariam eles as suas
opiniões erradas anteriores e se harmonizariam com as claras palavras do
Espírito de Profecia? Não, ao contrário, eles "sugeriram aos Depositários que
algumas notas de rodapé ou apêndices devessem aparecer em certos livros
de Ellen G. White, esclarecendo muito largamente nas palavras de Ellen
White nosso entendimento das várias fases da obra de expiação de CRISTO."
Minutes, 1483.

Ponderem sobre essa surpreendente declaração. Eles admitem que a Irmã


White diz que "a obra expiatória de CRISTO está agora em progresso no
santuário celestial," e então eles propõem que inserções sejam feitas em
alguns livros da Irmã White que darão nosso entendimento da expiação! Eles
estavam, contudo, agindo somente em harmonia com a declaração oficial em
Questions on Doctrine de que quando se lê "nos escritos de Ellen G. White
que CRISTO está fazendo expiação agora, deve ser entendido que
simplesmente queremos dizer que CRISTO está agora fazendo aplicação"
etc., pág. 354, 355.

Se a Irmã White estivesse agora viva e devesse ler isto, ela certamente
estaria tratando com certos escritores presunçosos e em palavras que
poderiam ser entendidas. Ela não concederia o direito para ninguém, quem
quer que fosse, de mudar o que ela tinha escrito ou interpretá-lo para viciar
seu claro significado. A reivindicação que Questions on Doctrine faz de que a
Sra. White quer dizer o que ela não diz, efetivamente destrói a força de tudo
o que ela já escreveu. Se temos de consultar o intérprete inspirado [pelo
diabo] de Washington antes de saber o que ela quer dizer, é melhor
descartarmos todos os Testemunhos. Queira DEUS salvar o Seu povo.

Cedo neste século, quando a sorte da denominação estava na balança, a


Irmã White escreveu: "Satanás lançou seus planos para debilitar nossa fé na
história da causa e obra de DEUS. Estou profundamente convicta conforme
escrevo isto: Satanás está operando com homens de posição proeminente
para varrer os fundamentos de nossa fé. Permitiremos que isso aconteça,
irmãos?" R&H, 12-11-1903.

Respondendo a sua pergunta, "permitiremos que isso seja feito?", ela diz:

"Minha mensagem é: Não mais consintais sem protestar contra a perversão


da verdade... Fui instruída a advertir nosso povo; pois muitos estão em
perigo de receber teorias e sofismas que minam os pilares fundamentais de
nossa fé." Letter to the Physicians and Ministers, Series B, nº 2, pág. 15.
"Nos passados cinqüenta anos cada fase da heresia tem sido trazida sobre
nós, para obscurecer nossas mentes com relação aos ensinos da Palavra -
especialmente com relação à ministração de CRISTO no santuário celestial...
Mas os marcos-guias que nos têm feito o que somos, devem ser
preservados, e serão preservados, como DEUS tem significado através de
Sua Palavra e do testemunho de Seu ESPÍRITO. Ele nos chama para ficarmos
firmes, com as garras da fé aos princípios fundamentais que estão baseados
em inquestionável autoridade." Ibidem, 59. "Imaginais que quando vejo o
início de uma obra que removeria alguns dos pilares de nossa fé, eu teria
algo a dizer? Devo obedecer a ordem, 'Enfrentai-o!'" Ibidem, 58 (Ênfases
supridas).

Manifestar-se Proeminentemente

Após os dois homens terem sugerido a inserção de notas e explicações em


alguns dos livros de Ellen G. White [Isso passou a ser feito com regularidade
a partir da década de 1960 em vários livros de Ellen G. White, por exemplo,
Primeiros Escritos, Testemunhos para Ministros, baseados no princípio papal,
de que a Igreja é a única fonte genuína de interpretação, quando na verdade
é o ESPÍRITO SANTO.], que dariam ao leitor a impressão que ela não se
oporia à nova interpretação deles, eles tiveram outra sugestão a dar. "Isto é
um assunto", eles disseram, "que no futuro próximo vai se revelar
proeminentemente, e que faríamos bem em prosseguir com a preparação e
inclusão de tais notas nas futuras impressões dos livros de Ellen G. White."
Minutes, pág. 1483.

Deixo ao leitor decidir por que os homens estavam com pressa de introduzir
as notas e explanações nos livros de Ellen White. Poderia ser que isto se
constituiria um "fait accompli", um fato consumado, uma coisa que já tinha
sido feita e que seria difícil ou impossível de mudar? Esta é uma
consideração importante, pois há razão para crer que as coisas estão
ocorrendo a outros de nossos livros, e há um movimento definido para
mudar nossa doutrina em outros assuntos. Isto deve ser também explorado,
antes que seja muito tarde.

Em 2 de maio de 1957 está registrado nas Minutas: Afirmações de Ellen G.


White sobre a Obra de Expiação de Cristo - "A reunião dos Depositários
realizada em primeiro de maio encerrou-se com nenhuma ação tomada sobre
a questão que foi discutida em extensão - adequadas notas de rodapé e
explanações quanto às declarações de Ellen G. White sobre a obra expiatória
de CRISTO, que indicam uma contínua obra no tempo presente no céu. Visto
que o presidente de nossa mesa estará ausente de Washington para os
próximos quatro meses, e os envolvimentos nesta questão são tais que deve
haver a mais cuidadosa consideração e conselho, foi 'VOTADO, Que adiamos
a consideração até mais tarde sobre os assuntos que foram trazidos a nossa
atenção pelos Prs. "X" e "Y" envolvendo declarações de Ellen G. White sobre
a obra expiatória contínua de CRISTO'." Minutas da Mesa dos Depositários
White, pág. 1488.

Ficou presumido quatro meses depois quando o Pr. Olson voltou que nenhum
voto foi tomado para garantir o pedido. Isto foi oito meses após a primeira
reunião deles em janeiro de 1957, tempo em que o assunto foi exposto.

Correspondência com Washington

Depois que esse assunto veio ao meu conhecimento, orei bastante. Qual era
minha responsabilidade nesse assunto, ou tinha eu alguma? Não confidenciei
com ninguém. Decidi que minha primeira responsabilidade seria com os
oficiais de Washington, assim escrevi à Associação Geral. Lá fui informado
que eu não tinha nenhum direito à informação que eu obtivera. Aquilo era
suposto ser secreto, e eu não tinha direito nem mesmo de ler os
documentos.

Depois de quatro cartas passadas, foi-me dito que eles não estavam mais
interessados em discutir o assunto. O assunto estava resolvido. Quando
perguntei se isto significava que a porta estava fechada, recebi a resposta:
"Considerei o assunto ao qual tens referido como encerrado." Quanto ao
indecente e não verdadeiro artigo na revista Ministry, "Discuti isso com os
irmãos envolvidos e gostaria de deixar o assunto lá." Assim a porta estava
fechada.

Eis alguns dos pronunciamentos oficiais: "As minutas são confidenciais e não
destinadas ao uso público." Se erro é cometido, é proibido expô-lo
meramente porque alguns querem mantê-lo confidencial?

"Estás fazendo isso sobre boato e sobre minutas confidenciais que não tens o
direito de ler." Ninguém nunca falou comigo sobre isso ou me informou. Li as
Minutas e agi sobre elas. As minutas não são boatos. Elas são documentadas
oficialmente e assinadas.

"...não tens o direito mesmo de ler." Quando tenho evidência que me parece
destrutiva da fé, devo eu fechar meus olhos para o que considero tentativas
premeditadas para extraviar o povo pela inserção de notas, explanações e
notas de apêndice nos livros da Sra. White? É oficialmente aprovado?

"Desejo repetir o que escrevi antes, que os homens têm o perfeito direito de
ir às mesas diretoras, incluindo o grupo dos Depositários White, e fazer suas
sugestões sem temor de serem disciplinados ou tratados como heréticos."

Isto foi reenfatizado: "Reafirmo minha declaração anterior que creio que
esses irmãos estavam inteiramente certos de ir aos responsáveis e
delegados com qualquer sugestão que tivessem para estudo."

Isto torna claro que o ato dos dois irmãos foi aprovado oficialmente; que
nada fizeram pelo que devessem ser reprovados, mas que fizeram o que
tinham perfeito direito de fazer. Não penso que nosso povo dará boas-vindas
a esse novo princípio.

"Sugerir que bons e fiéis homens adventistas decidiram alterar os pilares de


nossa fé está longe dos fatos como os pólos estão afastados... adulterar os
testemunhos, quando isto nunca ocorreu, nem houve qualquer tentativa para
fazê-lo."

Deixo com a decisão do leitor exatamente por que os homens foram aos
Depositários: não foram eles para ter inserções, notas, notas de apêndice,
explanações feitas em "alguns dos livros de Ellen G. White"? Conquanto o
comitê eventualmente decidiu não fazê-lo, a culpa dos homens não mudou
por esse fato. Afirmar que quanto a "adulterar os Testemunhos quando nada
disso nunca ocorreu nem nunca houve tentativa de fazê-lo," as Minutas
falam por si mesmas.

Uma Situação Séria

Esse episódio dos Depositários traz em foco uma grave situação. Não é
meramente o assunto de dois homens tentarem ter inserções feitas em
alguns livros da Sra. White. A coisa mais séria é que este fato teve a
aprovação da administração, que declarou que os homens tinham "perfeito
direito" de fazer o que fizeram. Este pronunciamento abre um caminho para
outros seguirem, e como o assunto é mantido secreto, grande abuso poderia
prontamente resultar. Sem dúvida, se o assunto for deixado para o povo
votar, não haverá permissão para qualquer falsificação, ou tentativa para
adulterar os escritos de Ellen G. White.

Os homens que visitaram os Depositários em primeiro de maio de 1957,


como relatado, declararam claramente que haviam descoberto que a Sra.
White ensina claramente "que a obra de expiação de CRISTO está agora em
progresso no santuário celestial." Por outro lado, a revista Ministry, de
fevereiro de 1957, declara exatamente o oposto. Diz que o "ato sacrifical na
cruz é a expiação completa, perfeita e final para os pecados dos homens."
Questions on Doctrine tenta reconciliar esses dois pontos de vista opostos
declarando que quando se "ouve um adventista dizer ou ler na literatura
adventista - mesmo nos escritos de Ellen G. White - que CRISTO está
fazendo expiação agora, deve ser entendido que queremos significar ou dizer
simplesmente que CRISTO está agora fazendo aplicação," etc. pág. 354,
355. Está claro que se a expiação na cruz foi final, não pode haver uma
expiação mais tarde também final. Quando nós, portanto, por 100 anos
temos pregado que o dia da expiação começou em 1844, estávamos errados.
A expiação findou 1800 anos atrás. As centenas de livros que temos
publicado; as milhões de cópias do livro Bible Readings [Estudos Bíblicos]
que temos vendido; os milhões de folhetos que temos distribuído, dizendo
que é "a semana na corte no céu", são tudo falsa doutrina; as instruções
bíblicas que temos dado às crianças e o ministério jovem e que eles têm
sorvido como verdade bíblica, é uma fábula.

Urias Smith, Loughborough, Andrews, Andross, Watson, Daniells, Branson,


Johnson, Lacey, Spicer, Haskell, Gilbert, e uma hoste de outros ficam
condenados por ter ensinado falsa doutrina; e a denominação inteira, cuja
principal contribuição para o cristianismo é a doutrina do santuário e o
ministério de CRISTO, deve agora confessar que todos estávamos errados, e
que não temos nenhuma mensagem para o mundo para os últimos dias. Em
outras palavras, somos um povo enganado e enganador. O fato que
possamos ter sido honestos não altera o fato que temos dado uma falsa
mensagem. Tirem de nós a questão do santuário, o juízo investigativo, a
mensagem dos 2300 dias, a obra de CRISTO no lugar santíssimo, e não
temos o direito de existir como um povo denominado, como mensageiros de
DEUS a um mundo condenado. Se o Espírito de Profecia nos extraviou estes
muitos anos, então vamos jogá-lo fora.

Mas não! Alto! DEUS não nos tem extraviado. Não temos falado fábulas
ardilosamente inventadas. Temos uma mensagem que suportará o teste e
confundirá as teorias destruidoras que estão encontrando seu caminho entre
nós. Neste caso não é o povo que está se extraviando, exceto se seguirem os
líderes. É tempo que haja uma viravolta.

Já fazem agora mais de quatro anos que a apostasia começou a ser


plenamente evidente. Desde aquele tempo tem havido uma tentativa
deliberada de enfraquecer a fé no Espírito de Profecia, pois está claro que
enquanto o povo reverenciar o dom dado a nós, eles não podem se
extraviar. Disto falaremos resumidamente. O tempo para agir chegou. O
tempo para abrir os cantos escuros chegou. Não mais deve haver acordos
secretos, nenhum contato com outras denominações que odeiam a lei e o
sábado, que ridicularizam nossa mais elevada fé. Não mais devemos ter
intimidade com os inimigos da verdade, não mais promessas que não
faremos proselitismo. Não devemos tolerar lideranças que permitem
adulterar os escritos confiados a nós, e estigmatizar como pertencente à orla
lunática os que ousam discordar deles. Não mais devemos ficar calados.
Alarga tua tenda, ó Israel!

Sejam de boa coragem, irmãos. O SENHOR ainda une. Temos uma obra a
fazer. Trabalhem todos juntos. E não nos esqueçamos que nossa maior força
jaz na íntima união com DEUS, em oração. Dediquemo-nos novamente todos
a ELE.

M.L. Andreasen
Para saber mais:

Caso queira ler as outras cartas escritas pelo Pr.Andreasen, clique no link a
seguir: www.adventistas.biz/cartas_andreasen/index.html

Parte 6 – Mudanças no Adventismo


Reproduzimos aqui o artigo de George R. Knight publicado na revista “Ministry” em
outubro de 1993 (só primeira página):
E

Parte 6 – Mudanças no Adventismo


Reproduzimos aqui o artigo de George R. Knight publicado na revista “Ministry” em
outubro de 1993 (só primeira página):
E depois traduzido na revista “Ministério” de janeiro/fevereiro de 1994 (artigo completo).

Clique nas respectivas páginas para ler:

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PÁGINA 2

PÁGINA 3

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Comentários e Questionamentos:

1- George Knight começa este artigo com a constrangedora declaração de


que muitos dos fundadores do adventismo (os pioneiros) não se uniriam a
Igreja Adventista atual caso tivesse concordar com algumas das atuais
crenças fundamentais da denominação. Este pensamento está parcialmente
correto. Inicialmente, ao eles terem contato com as novas Crenças
Fundamentais dos Adventistas, em particular a “Trindade”, eles iriam se
opor. Mas como eram homens de uma profunda integridade, com um forte
compromisso com a verdade, e amor a Deus acima de todas as coisas, eles
iriam estudar profundamente todas as novas evidências bíblicas que o
desenvolvimento da teologia adventista trouxe, antes de tomarem qualquer
decisão. O que será que os Adventistas trinitarianos de hoje teriam de novo
para mostrar-lhes que definitivamente os convencesse de que eles estavam
errados? Será que eles dariam o livro “A Trindade” para eles lerem? Qual é
esta nova argumentação bíblica que poderia convencê-los a se tornarem
membros da Igreja Adventista atual? Talvez se os líderes da Igreja
Adventista atual revelassem qual é o estudo bíblico que convenceria aqueles
homens, que pensavam por si mesmos, que conheciam muito bem a palavra
de Deus, e que eram profundamente espirituais, a se tornarem trinitarianos,
talvez então consigam convencer todos aqueles que resistem a esta crença.
Eles, ou melhor, nós estamos esperando!

2- Na página 16, encontramos George Knight argumentando que “foram os


escritos de Ellen White que guiaram o caminho das mudanças teológicas”.
Esta afirmação deveria nos causar uma certa estranheza, pois coloca os
escritos de Ellen White como o fator determinante das mudanças teológicas
na Igreja Adventista do Sétimo Dia, e não a Bíblia. Tal processo é
justamente o inverso de como os escritos de Ellen White foram considerados
no início do movimento adventista pelos pioneiros, bem como por ela
mesma. Verdades como o sábado e a mortalidade da alma, foram
primeiramente descobertas na Bíblia como fruto de perseverante
investigação das Escrituras, sempre acompanhadas com sinceras orações. As
visões de Ellen White vinham na seqüência confirmando o caminho apontado
pelo estudo da Bíblia. George Knight vai mais além e afirma que após 1844 a
Igreja Adventista teve suas doutrinas formuladas a partir das interpretações
que Thiago White e José Bates fizeram da Bíblia, mas que durante os anos
de 1890 houve uma reformulação teológica liderada por Ellen White a partir
de seus escritos. Será que foi realmente isto que aconteceu? As conclusões
teológicas dos últimos 50 anos provenientes do estudo da Bíblia feito por
vários homens seriam agora revistas e alteradas com base nos escritos de
uma única pessoa? Não estamos colocando em dúvida os escritos daquela
que cremos ter sido a Mensageira do Senhor, mas estamos questionando
este estranho método de reformulação teológica sugerido por George Knight,
contrário a ação que Deus havia estabelecido até o momento.

Mas é com base neste argumento que o Dr.Knight coloca Ellen White à frente
das mudanças teológicas na Igreja Adventista, apresentando suas supostas
declarações trinitarianas como a base destas mudanças.

Dentre estas declarações que ele afirma terem mudado os rumos da doutrina
adventista, a “mais célebre”, na sua opinião, é esta sobre a natureza divina
de Cristo, publicada em 1898:

“Em Cristo há vida original, não emprestada, não derivada” O


Desejado de Todas as Nações, pág.395 (1898); Evangelismo, pág.616
(1946)

Dois meses após a publicação deste artigo de George Knight, a Revista Adventista
Americana (Adventist Review) publicou em 05 de janeiro de 1994 o artigo abaixo:
Tradução:

História Adventista: Andando na luz

Alguns adventistas hoje pensam que as doutrinas permaneceram sem


mudança ao longo dos anos, ou eles desejam fazer o relógio andar para trás,
em algum ponto em que as coisas estavam para nós todas certinhas. Mas
toda a tentativa de recuperar um tal "adventismo histórico" falham em vista
dos fatos da nossa história.

As doutrinas Adventistas mudam com o passar dos anos no impacto da


"verdade presente". Os mais fascinantes são os ensinamentos relativos a
Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Muitos dos pioneiros, inclusive James
White, J.N. Andrews, Urias Smith e Waggoner tinham um entendimento
Ariano ou semi-Ariano. - isto é, que o Filho a certo ponto do tempo antes de
criação do nosso mundo foi gerado pelo Pai.  Aos poucos essas falsas
doutrinas foram dando lugar às verdades bíblicas e em grande parte ao
impacto das declarações de Ellen White, tal como: “Em Cristo existe vida,
original, não emprestada, não derivada.” (Desejado de Todas as Nações, pg. 
530)

Da mesma forma o entendimento Trinitariano de Deus, agora parte das nossas crenças fundamentais, não era
aceita pelos primeiros Adventistas.

Adventist Review, January 5 .... (1994)

A citação de Ellen White que aparece de forma destacada no artigo de


George Knight como a “mais célebre”, e na Adventist Review como uma
declaração de impacto, já foi alvo de estudo pelo Dr.Fred Veltman (Chairman
of the Religion Departament of Pacific Union College) que presidiu a comissão
que investigou as cópias (acusações de plágio) no livro “O Desejado de
Todas as Nações”, e que acabou revelando que esta citação de Ellen White já
havia sido dita 42 anos antes pelo pastor inglês Rev.John Cummings em seu
livro “Sabbath Evening Readings on The New Testament” de 1856.
Compare a citação do livro de um pastor inglês de 1856 com a citação de
Ellen White no livro “The Desire of Ages” de 1898:
"Sabbath Evening Readings on The Desire os Ages  -  1898
the New Testament"  -  1856 Autor: Ellen G. White
Autor:  Rev. John Cummings
Pg. 530   "In Christ is life,
Pg. 5  "But in Jesus was life original, unborrowed,
underived, unborroed; ..." underived."
  
Tradução: Mas em Jesus, ouve Tradução: Em Cristo é vida,
vida não derivada, não original, não emprestada, não
emprestada; derivada.

Exceto por uma palavra, e o tempo do verbo, é igual ao que foi escrito 42 anos antes.

3- No restante de todo artigo ele argumenta que uma das características do


Adventismo é a sua abertura para as mudanças doutrinárias passíveis de
desenvolvimento à medida que avança o constante estudo e compreensão da
Bíblia. Motivo pelo qual os Adventistas sempre deixam bem claro em suas
declarações de Crenças Fundamentais, que não possuem um credo, mas que
a Bíblia é o seu único credo.

4- Na página 21, George Knight afirma que Ellen White, embora concordasse
com esta postura flexível em relação ao desenvolvimento da pesquisa da
verdade, se mantinha “inflexível” quando a permitir que estas novas
verdades mudassem os “pilares doutrinários” do Adventismo.
Conseqüentemente podemos deduzir que a Igreja Adventista atual não
considera a crença em um único Deus e em Jesus como o Filho literal de
Deus, como um dos pilares doutrinários distintivos do Adventismo. Este
entendimento é tido como um erro doutrinário de nossos pioneiros, que foi
corrigido gradativamente. De forma que a concepção de um Deus triúno
passou a ser um pilar doutrinário irremovível da atual Igreja Adventista.
Tente mexer neste “pilar” e sentirá toda a inflexibilidade do atual adventismo
denominacional!

5- Ainda na página 21, é mencionado os cinco passos para a apostasia


segundo o pioneiro adventista Loughborough: 1º) Estabeleça um credo; 2º)
Faça deste credo um teste de discipulado; 3º) Prove os membros por este
credo; 4º)Denuncie como heréticos aqueles que não crêem no credo; 5º)
Persiga os hereges. A história da Igreja Católica Apostólica Romana prova
que esta lógica está correta. Por que será que os líderes atuais da Igreja
Adventista desprezam esta lógica? No Brasil a afirmação de que os
Adventistas não possuem um credo é só retórica, pois na prática todo aquele
que não crê na Trindade é imediatamente removido do rol de membros da
igreja (nos Estados Unidos existe tolerância para membros e pastores
divergentes).
6- Se a Igreja Adventista reunida em Assembléia na Conferência Geral é
dirigida pelo Espírito Santo, e não por alguns poucos homens que a
manipulam de acordo com o seu entendimento e interesses pessoais; então
por que os líderes mundiais da Igreja Adventista não admitem a possibilidade
de rediscutir o assunto “Trindade” de forma ampla e aberta, tendo em vista
os recentes questionamentos, inclusive quanto à legitimidade de sua
aprovação na Assembléia de Dallas na forma de um conjunto de 27 doutrinas
e não, como deveria ser, de forma isolada e destacada?

7- Poderíamos chamar de desenvolvimento teológico, de nova luz, ou de


verdade presente algo que foi descoberto (para não dizer inventado) pela
igreja Católica por volta do ano 300 a.D., e que depois foi rejeitado como
uma heresia pelos principais pioneiros do Adventismo? Deus primeiro revelou
esta “verdade” para a “prostituta” que embriaga a terra com o seu vinho de
heresias blasfemas, para depois revelar para o seu povo remanescente,
aqueles que guardam o mandamento de Deus e tem a fé em Jesus?

Parte 7 - Voto Batismal


A mudança gradual que se processou dentro da Igreja Adventista com respeito à
introdução da crença na doutrina da Trindade, pode ser detectada nas mudanças no Voto
Batismal.

(O texto que segue é de autoria de Robson Ramos com algumas adaptações)

1) Meu Voto Batismal não dizia nada sobre a Trindade


O Voto Batismal abaixo está no verso de um Certificado de Batismo do ano
de 1966:

A seguir veja o verso de um outro Certificado de Batismo, expedido em 1973, no território


da então Missão Sul-Mato-Grossense, e perceba que o Voto Batismal não sofreu
alterações. Não há qualquer referência a Deus como Trindade. O título Deus é usado
apenas para o Pai, enquanto Seu Filho Jesus Cristo é apresentado como Salvador, por seu
sacrifício expiatório no Calvário, e como Intercessor no santuário celeste. Deus, o Pai, é
quem nos perdoa os pecados pelos méritos de Cristo e nos dá um novo coração. E o
Espírito Santo é o espírito do próprio Cristo, o qual Ele próprio nos envia como poder para
fortalecer-nos para fazer Sua vontade.

Até agosto de 1980, como você vê na cópia de certificado abaixo, o texto do


Voto Batismal não sofreu alteração e continuou tendo apenas o Pai, como
Deus supremo, Jesus Cristo, Seu divino Filho e nosso Salvador e o Espírito
Santo, como o Espírito de Cristo que em nós habita.

Agora veja no certificado abaixo a sutil modificação oriunda da oficialização


da doutrina da Trindade por parte da Igreja Adventista na Assembléia de
Dallas em 1980.

Uma vírgula colocada antes da palavra "Pai", faz com que Este, Seu Filho e o
Espírito Santo (agora oficialmente tido como uma terceira pessoa, distinta do
Filho e do Pai) estejam englobados na expressão Deus.
Está no item 1 do Voto Batismal abaixo, datado de 1996. Observe também a
modificação que fizeram no item 4, substituindo a expressão "Seu Espírito"
por "Espírito Santo":

E para que não surgissem dúvidas quanto à nova opção  doutrinária,


incluíram também no mesmo certificado mostrado acima, de 1996, uma
cópia resumo das 27 doutrinas fundamentais, em que a doutrina da Trindade
é imposta dogmaticamente como verdade sem qualquer alusão à Bíblia:
Todos os certificados mostrados acima foram emitidos em Mato Grosso do
Sul.

Atualmente, a Associação Planalto Central (AplaC) explicitou a doutrina da


Trindade na pergunta número 1 do Voto Batismal impresso por este campo.
Este é o padrão assumido, não somente por todos os campos aqui no Brasil,
mas por toda a Igreja Adventista ao redor do mundo.
2) Voto Batismal x Certificado de Batismo
Numa consulta à versão mais recente do Manual da Igreja (Revisado em
2000), descobrimos com surpresa que, embora algumas Associações
imponham a crença na trindade aos candidatos como condição para que
sejam aceitos na Igreja pelo batismo, o texto oficial do Voto Batismal,
encontrado à página 32 do Manual não exige que se creia nesse falso
conceito acerca de Deus.

“Crê em Deus, o Pai, em Seu Filho Jesus Cristo e no Espírito Santo?” Ora, a
essa pergunta podemos, com a segurança que a Bíblia oferece, responder
afirmativamente. Pois, de fato, cremos num único Deus, que é o Pai, em Seu
Filho Jesus Cristo (gerado pelo Pai e subordinado a Ele) e no Espírito Santo,
poder divino que nos mantêm em sintonia com as duas únicas pessoas
divinas mencionadas, embora desconheçamos sua natureza.

Confira abaixo uma reprodução de parte desse voto batismal oficial:


Certificado de batismo

Avançando em nossa leitura, com surpresa ainda maior, verificamos que o texto a ser
assinado como compromisso pelo candidato e que deverá constar de seu certificado de
batismo é diferente e exige a crença na Trindade ao batizando. Ou seja, o candidato ao
batismo afirma uma crença correta, mas, desonestamente, o documento que lhe dão para
assinar e a cópia que recebe como certificado é diferente da Confissão de Fé feita.

“Creio que existe um só Deus: Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de três Pessoas co-eternas.”

Que deturpação do que foi dito!

Veja:
Comparação

A comparação lado a lado dos enunciados do voto batismal e dos


mencionados no certificado de batismo, permite-nos visualizar ainda melhor
essas diferenças.

Observe que, embora acrescente o pensamento trinitariano de que “Deus é Pai, Filho e
Espírito Santo, uma unidade de três pessoas coeternas”, o certificado de batismo equipara
“a promessa da presença do Espírito Santo no coração” do item quatro à “promessa de
graça transformadora e poder para levar uma vida amorável”.

Por outro lado, a distinção feita entre Deus e Cristo no item 3 do Voto
Batismal desaparece no texto do certificado.

Voto Batismal Oficial Certificado de Batismo e Compromisso


(Manual da Igreja, pág. 32.) (Manual da Igreja, pág. 33)

1. Creio que existe um só Deus: Pai,


1. Crê em Deus, o Pai, em Seu Filho Jesus
Filho e Espírito Santo, uma unidade de
Cristo e no Espírito Santo?
três Pessoas co-eternas.

2. Aceito a morte de Jesus Cristo, no


2. Aceita a morte de Jesus Cristo, no
Calvário, como o sacrifício expiatório
Calvário, como o sacrifício expiatório pelos
pelos meus pecados e creio que pela
pecados dos homens, e crê que pela fé em
graça de Deus, mediante a fé em Seu
Seu sangue derramado, os homens são
sangue derramado, sou salvo do pecado
salvos do pecado e de sua penalidade?
e de sua penalidade.

3. Havendo renunciado ao mundo e a seus 3. Aceito a Jesus Cristo como meu


caminhos de pecado, aceitou a Jesus Cristo Senhor e Salvador pessoal, crendo que
como seu Salvador pessoal, e crê que Deus, em Cristo, perdoou os meus
Deus, pelos méritos de Cristo, lhe perdoou pecados e me concedeu um novo
os pecados e lhe concedeu um novo coração, e renuncio aos pecaminosos
coração? caminhos do mundo.

4. Aceita pela fé a justiça de Cristo, 4. Aceito pela fé a justiça de Cristo, meu


reconhecendo-O como seu intercessor no intercessor no santuário celestial, e
santuário celestial, e reclama Sua aceito Sua promessa de graça
promessa de fortalecê-lo pela presença do transformadora e poder para levar uma
Espírito Santo em seu coração, de maneira vida amorável e centralizada em Cristo,
a receber o poder para fazer Sua vontade? no meu lar e perante o mundo.

Mais Questionamentos

Diante de tantas arbitrariedades, será que aquilo que é dito pelo Manual da
Igreja ainda é levado a sério pela Organização? Até quando continuarão
ocorrendo as exclusões por descrença na trindade, uma vez que o Voto
Batismal oficial não a exige? É lícito que o Certificado de Batismo documente
declarações de fé que não foram feitas pelos batizandos?

3) Batismo Católico?
(O texto abaixo é de autoria de M.A. e foi publicado no site adventistas.com)

Procurei informações sobre isto na paróquia local e me foi informado que se


alguém foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é católico,
mesmo se não souber que é. É católico de fato e não há rebatismo caso
deseje professar a fé católica, devendo fazer diretamente a crisma
(ensinamento dos dogmas religiosos da fé católica) e passar a reverenciar a
"Mãe de Deus". Se foi batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
não será rebatizado em hipótese alguma, pois já é católico.

Segundo eles, ao ser batizado em nome do Pai, Filho e Espírito Santo,


automaticamente passa a ser católica, não importa quem a tenha
batizado. O procedimento então é dar seqüência aos sacramentos, como
crisma, primeira comunhão, comer do sangue da carne do cristo, rezar o
terço, etc... Não haverá rebatismo nem mesmo se a pessoa pedir por ele,
pois para a igreja católica há um só batismo válido, uma só vez é realizado o
ato, e sempre em nome da “Santíssima Trindade”.

Se não foi feito em nome da Trindade não é batismo e o batismo católico


deve ser aplicado. Sendo em nome da trindade, todos que assim foram
batizados são católicos, mesmo que desconheçam esse fato. Eles até usam o
termo “irmãos afastados” ao se referirem aos que são batizados em nome da
Trindade. Todos os evangélicos que são batizados em nome da Trindade, são
católicos sem saber que o são. Foi isto o que me informaram.
Procurei na internet algo escrito que pudesse confirmar isso e, no site Agnus
Dei, encontrei o texto que remeto abaixo. Leia-o e verifique por si mesmo.
Meus comentários estão em vermelho e entre [colchetes]. A parte principal
está assinalada em amarelo.

Agnus Dei:

(http://www.veritatis.com.br/agnusdei/stabat9.htm)

O BATISMO
Por: São Tomás de Aquino

Fonte: "Summa Theologica" (parte III/Perg. 66/Art. 9)

Tradução: Dercio A . Paganini

Pode o Batismo ser reiterado [isto é, repetido]?

Objeção 1: Parece que o Batismo pode ser reiterado. O Batismo foi


instituído para lavar os pecados, mas os pecados são reiterados, assim
sendo, muito mais precisa o Batismo ser reiterado, pois a benevolência de
Cristo supera a ganância humana.

Réplica à Objeção 1: O Batismo obtém sua eficácia da Paixão de Cristo


como ficou estabelecido antes (arts. 2 e 1). Todavia, os pecados
subseqüentes não invalidam a Paixão de Cristo, então também não cancelam
o Batismo para que seja feita sua repetição. Por outro lado, o pecado que
impedisse o efeito do Batismo poderia ser eliminado pela Penitência . [Não há
necessidade de rebatismo, pois a penitência elimina o pecado que impede o
efeito do batismo.]

Objeção 2: Efetivamente João Batista recebeu uma recomendação especial


de Cristo, O Qual disse a ele em Mt 11,11: “Em verdade vos digo que, entre
os nascidos de mulher, não surgiu outro maior que João, o Batista; mas
aquele que é o menor no reino dos céus é maior do que ele”. Mas aqueles
que foram batizados por João, foram batizados novamente, conforme Atos,
19,1-7: “E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo
atravessado as regiões mais altas, chegou a Éfeso e, achando ali alguns
discípulos, perguntou-lhes: ‘Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes?’
Responderam-lhe eles: ‘Não, nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo’.
Tornou-lhes ele: ‘Em que fostes batizados então?’ E eles disseram: ‘No
batismo de João’. Mas Paulo respondeu: ‘João administrou o batismo do
arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que após ele havia de
vir, isto é, em Jesus’. Quando ouviram isso, foram batizados em nome do
Senhor Jesus. Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o
Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam. E eram ao todo uns
doze homens." Muitos mais, como esses foram rebatizados pois haviam sido
batizados por hereges ou pecadores.

Replica à Objeção 2: Como diz Agostinho baseado em João 1,33: “’Eu não
o conhecia; mas o que me enviou a batizar em água, esse me disse: Aquele
sobre quem vires descer o Espírito, e sobre ele permanecer, esse é o que
batiza no Espírito Santo’ - Estejam certos de que, quando João administrava
o seu Batismo, esse Batismo era válido, mas se um criminoso administrasse
o Batismo de João, esse Batismo não seria válido, porque João dava seu
próprio Batismo; Depois da morte de Cristo, e por isso mesmo, o sacramento
é tão sacro que nem mesmo a administração por um assassino pode
contaminá-lo.” [Se um assassino batizar alguém, mesmo sendo assassino, o
batismo tem valor!?]

Objeção 3: No Concílio de Nicéia (Cânon XIX) foi dito que se “Qualquer dos
Paulianistas ou Catafígios for convertido à Igreja Católica, eles precisarão ser
batizados”, e a mesma coisa se pode dizer em relação a outros hereges.
Assim sendo, aqueles a quem os hereges batizaram, precisarão ser batizados
novamente.

Réplica à Objeção 3: Os Paulianistas e os Catafrígios não usam batizar em


nome da Trindade. [só em nome de Jesus] Todavia, Gregório escreveu ao
Bispo Quírico dizendo: “Aqueles hereges que não são batizados em nome da
Trindade, como os Bonosianos e Catafrígios" (que são do mesmo
pensamento dos Paulianistas), "então o autor não acredita que Cristo é
Deus” (afirmando que Ele é um mero homem) “além de que os últimos
(Catafrígios), são tão perversos que, como diz Montano, confundem um mero
homem com o Espírito Santo; portanto, todos eles deverão ser batizados
caso venham para a Santa Igreja, pois o batismo que receberam naquele
estado de erros não foi um Batismo verdadeiro, pois não foi conferido em
nome da Trindade.” [Se o batismo não foi feito em nome da trindade não
tem valor para a Igreja católica, então os batismos relatados em Atos não
têm valor para ela!?] Por outro lado, como ficou determinado em De
Eclesiam, Dogma XXII: “Aqueles hereges que foram batizados
confessadamente em nome da Trindade, poderão ser recebidos na Fé
Católica como realmente batizados.” [Se alguém tiver sido batizado em
nome da Trindade deve ser aceito na fé católica sem necessidade de
batismo.]

Objeção 4: O Batismo é necessário para a salvação, mas algumas vezes


existe dúvida a respeito do batismo de algumas pessoas; então, parece
necessário batizá-las novamente.
Replica à Objeção 4: De acordo com o Decreto de Alexandre III: “Aqueles
cujo Batismo seja duvidoso, deverão ser batizados com estas palavras
prefixadas à fórmula: ‘Se você é batizado, eu não o rebatizo, porém, caso
você não seja batizado, então eu te batizo em nome do Pai etc.’ e assim
jamais ficará repetido o Batismo.” [Não se repete o batismo em nome do Pai
etc! É aceito o batismo de qualquer igreja que batiza em nome da Trindade
por parte da igreja católica. Não há necessidade de ser batizado novamente.]

Objeção 5: A Eucaristia é um sacramento mais perfeito que o Batismo,


como estabelecido acima (perg. 65, art. 3), e mesmo assim, a Eucaristia é
muitas vezes repetida; então, com muito maior razão o Batismo pode ser
reiterado.

Replica à Objeção 5: Ambos os sacramentos, tanto Batismo como


Eucaristia são uma representação da Paixão e Morte de nosso Senhor, mas
não da mesma forma. Enquanto o Batismo é uma comemoração da morte de
Cristo na qual um homem morre com Cristo, e pode nascer novamente em
uma vida nova, a Eucaristia é uma comemoração da morte de Cristo, a qual
sofrida por Ele Mesmo é oferecida a nós como o banquete Pascal, de acordo
com 1Cor 5,7-8: “Expurgai o fermento velho, para que sejais massa nova,
assim como sois sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, já foi
sacrificado. Pelo que celebremos a festa, não com o fermento velho, nem
com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os ázimos da
sinceridade e da verdade.” E enquanto o homem nasce novamente quando
ele come muitas vezes, assim o batismo lhe é dado uma vez, mas a
Eucaristia lhe é dada freqüentemente.

Pelo contrário, está escrito (Ef 4:5): “uma fé, um Batismo”.

Eu respondo que o Batismo não pode ser reiterado [repetido]:

Primeiro: porque o Batismo é uma regeneração espiritual, pela qual a


pessoa morre para uma antiga vida e começa a viver uma nova. Também
está escrito em João 3,5: “Se a pessoa não renascer pela água e pelo
Espírito Santo, ela não poderá entrar no reino do Deus”; e, uma pessoa pode
renascer apenas uma vez. [Não se pode rebatizar, e a Igreja católica só
reconhece como batismo o que é feito em nome da Trindade!] Assim sendo,
o Batismo não pode ser reiterado, da mesma forma que a geração carnal.
Todavia, Agostinho, baseado em João 3,4: “como pode uma pessoa entrar no
ventre de sua mãe e nascer novamente”, diz: “precisa ser entendido o
nascimento do Espírito, como Nicodemos entendeu o nascimento da carne...
então, como na carne não haverá o retorno ao ventre da mãe, da mesma
forma, não pode haver um segundo Batismo.”

Segundo: porque “nós somos batizados na morte de Cristo”, pela qual,


morremos para o pecado e vivemos novamente em “novidade de vida” (Rm
6,3-4: “Ou, porventura, ignorais que todos quantos fomos batizados em
Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele
pelo batismo na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os
mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de
vida.”). Então, “Cristo morreu”, mas “apenas uma vez” (Rm 6,10: “Pois
quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas
quanto a viver, vive para Deus.”). Assim sendo, o Batismo não pode ser
reiterado. Por esta razão, (Hb 6,4-6: “Porque é impossível que os que uma
vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes
do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e os poderes do
mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra vez renovados para
arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando de novo o Filho
de Deus, e o expondo ao vitupério.”) é dito que os que desejam batizar-se
novamente estarão “crucificando novamente o Filho de Deus” [Para os
católicos, quem rebatiza em nome da Trindade está crucificando novamente
a Jesus.], e portanto, “uma morte de Cristo significa um só Batismo”.

Terceiro: porque o Batismo imprime um caráter indelével, e é conferido com


uma certa consagração. Portanto, como outras consagrações, não são
reiteradas na Igreja, assim também não o é o batismo. Esta é a visão
expressa por Agostinho que diz (Contra Epist. Parmen. II) que “o posto
militar não é renovado”, e que “o sacramento de Cristo não é menos
duradouro que esta condecoração corporal, então podemos ver que nem
mesmo os apóstatas serão desprovidos do Batismo, e portanto, se eles se
arrependerem e voltarem à Igreja, não serão batizados novamente”. (Grifo
acrescentado)

Quarto: porque o Batismo é conferido principalmente como um remédio


contra o pecado original, e portanto, como o pecado original não pode ser
renovado, então o Batismo também não pode, e também está escrito em Rm
5,18: “Portanto, assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os
homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a
graça sobre todos os homens para justificação e vida”. [Quando a igreja
católica fala em batismo válido, até mesmo se feito por hereges ou
assassinos, fala de sua fórmula de batismo em nome de sua Santíssima
Trindade.]

Parte 8 – Hinos
1) Mudanças no Hino nº 12
(Texto de autoria de Jonas-DF disponibilizado no site adventistas.com)

Quando li o texto de um irmão de como poderiam ser (e foram!) alterados


textos da Bíblia e dos livros de Ellen Gould White, passei a prestar atenção
também no Hinário Adventista, especialmente nas letras que falam do
Espírito Santo e descobri as seguintes afirmações na introdução explicativa
de nosso fabuloso e inovador hinário.

“Alterações de Letras: Embora reconheça que deveria haver o


mínimo de alteração nas palavras e nas frases, usando os
seguintes critérios: clareza e simplicidade da mensagem,
fidelidade à letra original do autor, traduções e letras
tradicionais já consagradas dentro da hinódia evangélica,
precisão teológica e doutrinária, prosódia musical, bem como
beleza poética e literária." Hinário Adventista, pág. 06

Na seção em que falam um pouco da história de nossos hinários, contam-nos


que, entre 1914 a 1933, foi publicado um hinário contendo somente letras.
Poderíamos chamá-lo de nosso primeiro “Cantai ao Senhor”, composto de
321 hinos.

Já em 1963 foi lançado um novo “Cantai ao Senhor”, que durou mais 30


anos até 1980, quando uma comissão composta de representantes de quatro
Uniões brasileiras, da CPB e DSA, passaram a re-estudar o hinário. O
resultado do trabalho  foi aprovado em assembléia em 1993 e, daí em
diante, passaram a confecção do novo hinário que hoje conhecemos.

Agora que conhecemos um pouco da história, vejamos a alteração mais


grotesca que percebi, tentando adequar os hinos que hoje cantamos à “nova
doutrina” da trindade:

Hino de número 12 do Hinário “Cantai ao Senhor” (antigo)

Vinde, Povo do Senhor


Título em inglês: Come, Ye Thankful People
Autor: Henry Alford, 1844
Compositor: George J. Elvery, 1859

Letra:

Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor


O Seu nome exaltai, a Jesus, e a Deus, o Pai;
Dele advêm as bênçãos mil do perdão e amor gentil;
Vinde, povo do Senhor, adorai o Criador.
Hino de número 12 do “Hinário Adventista do Sétimo Dia” (novo)

Vinde, Povo do Senhor


Título em inglês: Come, Ye Thankful People
Autor: Henry Alford, 1810-1871
Compositor: George J. Elvery, 1816-1893

Letra:

Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor.


Ao Deus trino exaltai: A Jesus a Deus, o Pai,
E ao Espírito de luz Que em bondade nos conduz.
Vinde, povo do Senhor, adorai o Deus de amor.

Quem foi que autorizou colocar em nome do autor essa alteração do


Hinário Adventista do Sétimo Dia?

Ele não morreu em 1871? Se a primeira versão para o português foi fiel ao
original, o autor acreditava em Deus, o Pai e em Seu Filho Jesus Cristo (I
Coríntios 8:6). Não numa trindade. Muitos de nossos pioneiros aqui no Brasil
cantaram muitas vezes este hino e desconheço relatos históricos de que
tenham solicitado alterações na letra por crerem diferente.

Para quem afirmou no hinário que estava prezando pela fidelidade à letra
original do autor, teria sido mais honesto da IASD ter excluído os autores e
ter feito a sua composição do que usar ainda o nome do autor original e
publicar uma tradução adulterada.

(A Nota que se segue é de autoria de Robson Ramos)

A letra original

A letra original desse hino fala de Deus como Criador e Senhor da Seara,
sem qualquer referência ou insinuação acerca de uma trindade:

Come, Ye Thankful People

Come, ye thankful people, come,


raise the song of harvest home;
all is safely gathered in,
ere the winter storms begin.
God our Maker doth provide
for our wants to be supplied;
come to God's own temple, come,
raise the song of harvest home.

All the world is God's own field,


fruit as praise to God we yield;
wheat and tares together sown
are to joy or sorrow grown;
first the blade and then the ear,
then the full corn shall appear;
Lord of harvest, grant that we
wholesome grain and pure may be.

For the Lord our God shall come,


and shall take the harvest home;
from the field shall in that day
all offenses purge away,
giving angels charge at last
in the fire the tares to cast;
but the fruitful ears to store
in the garner evermore.

Even so, Lord, quickly come,


bring thy final harvest home;
gather thou thy people in,
free from sorrow, free from sin,
there, forever purified,
in thy presence to abide;
come, with all thine angels, come,
raise the glorious harvest home.

Proposta de Nova Letra para o Hino 12

(Sugerida por EDV/RR)

Ao traduzir a letra de um hino, é quase impossível fazê-lo palavra por


palavra. É necessário muitas vezes, ao traduzir palavras de uma língua para
outra, considerar-se também o assunto geral da poesia e adaptá-la à métrica
da música.

Neste caso, em razão do uso de palavras já em desuso no próprio inglês,


pois muitos desses hinos foram escritos há mais de cem anos, é necessária
uma adaptação de palavras que rimem entre si, mas o principal ponto a ser
observado é a fidelidade ao amplo sentido original.

A letra abaixo é uma tentativa neste sentido. Fala de um tempo, que se


chama hoje, em que pela fé já podemos vislumbrar a conclusão dos
trabalhos na seara de Deus, cujo Filho logo virá para separar o joio do trigo e
retribuir a cada um conforme seus frutos.

A partir da terceira estrofe, incluímos dois outros tópicos importantes, tendo


em vista o atual debate teológico-doutrinário no Brasil. Primeiro, a
identificação da igreja triunfante com o povo vencedor e não meramente
uma instituição ou denominação religiosa. Segundo, a figura do Noivo ou
Cordeiro, que, na linguagem do Apocalipse, refere-se ao Filho de Deus. O
objetivo é contrapor à heresia trinitariana da letra adotada pelo Hinário
Adventista do Sétimo Dia, o ensino bíblico de que apenas Aquele que está
assentado no trono (o Pai) e o Cordeiro (o Filho) são dignos de adoração .

A Colheita Finda Está

A colheita finda está, dando graças, vinde já.


Recolhido o fruto foi, ao inverno começar.
Nosso Deus e Criador, sempre tudo suprirá.
Vinde, pois, ao templo Seu, a colheita festejar.

Logo o Senhor virá e a Seu povo levará.


Ele o mal extinguirá e o pecado apagará.
Aos Seus anjos mandará, todo o joio eliminar.
Para sempre junto a Si, Ele ao trigo manterá.

Triunfante a igreja irá, com Seu noivo, para o lar.


Livre do pecado e dor, bem segura estará.
Lá purificada então, junto a Deus irá morar.
Esse povo vencedor, ao Cordeiro seguirá.

Pelos séculos sem fim, esta história irão cantar.


Os remidos do Senhor um coral irão formar.
Com milhões de anjos, sim, junto ao trono vão louvar.
Ao Eterno Criador e ao Cordeiro Salvador.

Parte 8 – Hinos
1) Mudanças no Hino nº 12
(Texto de autoria de Jonas-DF disponibilizado no site adventistas.com)

Quando li o texto de um irmão de como poderiam ser (e foram!) alterados


textos da Bíblia e dos livros de Ellen Gould White, passei a prestar atenção
também no Hinário Adventista, especialmente nas letras que falam do
Espírito Santo e descobri as seguintes afirmações na introdução explicativa
de nosso fabuloso e inovador hinário.

“Alterações de Letras: Embora reconheça que deveria haver o


mínimo de alteração nas palavras e nas frases, usando os
seguintes critérios: clareza e simplicidade da mensagem,
fidelidade à letra original do autor, traduções e letras
tradicionais já consagradas dentro da hinódia evangélica,
precisão teológica e doutrinária, prosódia musical, bem como
beleza poética e literária." Hinário Adventista, pág. 06
Na seção em que falam um pouco da história de nossos hinários, contam-nos
que, entre 1914 a 1933, foi publicado um hinário contendo somente letras.
Poderíamos chamá-lo de nosso primeiro “Cantai ao Senhor”, composto de
321 hinos.

Já em 1963 foi lançado um novo “Cantai ao Senhor”, que durou mais 30


anos até 1980, quando uma comissão composta de representantes de quatro
Uniões brasileiras, da CPB e DSA, passaram a re-estudar o hinário. O
resultado do trabalho  foi aprovado em assembléia em 1993 e, daí em
diante, passaram a confecção do novo hinário que hoje conhecemos.

Agora que conhecemos um pouco da história, vejamos a alteração mais


grotesca que percebi, tentando adequar os hinos que hoje cantamos à “nova
doutrina” da trindade:

Hino de número 12 do Hinário “Cantai ao Senhor” (antigo)

Vinde, Povo do Senhor


Título em inglês: Come, Ye Thankful People
Autor: Henry Alford, 1844
Compositor: George J. Elvery, 1859

Letra:

Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor


O Seu nome exaltai, a Jesus, e a Deus, o Pai;
Dele advêm as bênçãos mil do perdão e amor gentil;
Vinde, povo do Senhor, adorai o Criador.

Hino de número 12 do “Hinário Adventista do Sétimo Dia” (novo)

Vinde, Povo do Senhor


Título em inglês: Come, Ye Thankful People
Autor: Henry Alford, 1810-1871
Compositor: George J. Elvery, 1816-1893

Letra:

Vinde, povo do Senhor, adorai-O, com louvor.


Ao Deus trino exaltai: A Jesus a Deus, o Pai,
E ao Espírito de luz Que em bondade nos conduz.
Vinde, povo do Senhor, adorai o Deus de amor.

Quem foi que autorizou colocar em nome do autor essa alteração do


Hinário Adventista do Sétimo Dia?

Ele não morreu em 1871? Se a primeira versão para o português foi fiel ao
original, o autor acreditava em Deus, o Pai e em Seu Filho Jesus Cristo (I
Coríntios 8:6). Não numa trindade. Muitos de nossos pioneiros aqui no Brasil
cantaram muitas vezes este hino e desconheço relatos históricos de que
tenham solicitado alterações na letra por crerem diferente.

Para quem afirmou no hinário que estava prezando pela fidelidade à letra
original do autor, teria sido mais honesto da IASD ter excluído os autores e
ter feito a sua composição do que usar ainda o nome do autor original e
publicar uma tradução adulterada.

(A Nota que se segue é de autoria de Robson Ramos)

A letra original

A letra original desse hino fala de Deus como Criador e Senhor da Seara,
sem qualquer referência ou insinuação acerca de uma trindade:

Come, Ye Thankful People

Come, ye thankful people, come,


raise the song of harvest home;
all is safely gathered in,
ere the winter storms begin.
God our Maker doth provide
for our wants to be supplied;
come to God's own temple, come,
raise the song of harvest home.

All the world is God's own field,


fruit as praise to God we yield;
wheat and tares together sown
are to joy or sorrow grown;
first the blade and then the ear,
then the full corn shall appear;
Lord of harvest, grant that we
wholesome grain and pure may be.

For the Lord our God shall come,


and shall take the harvest home;
from the field shall in that day
all offenses purge away,
giving angels charge at last
in the fire the tares to cast;
but the fruitful ears to store
in the garner evermore.

Even so, Lord, quickly come,


bring thy final harvest home;
gather thou thy people in,
free from sorrow, free from sin,
there, forever purified,
in thy presence to abide;
come, with all thine angels, come,
raise the glorious harvest home.

Proposta de Nova Letra para o Hino 12

(Sugerida por EDV/RR)

Ao traduzir a letra de um hino, é quase impossível fazê-lo palavra por


palavra. É necessário muitas vezes, ao traduzir palavras de uma língua para
outra, considerar-se também o assunto geral da poesia e adaptá-la à métrica
da música.

Neste caso, em razão do uso de palavras já em desuso no próprio inglês,


pois muitos desses hinos foram escritos há mais de cem anos, é necessária
uma adaptação de palavras que rimem entre si, mas o principal ponto a ser
observado é a fidelidade ao amplo sentido original.

A letra abaixo é uma tentativa neste sentido. Fala de um tempo, que se


chama hoje, em que pela fé já podemos vislumbrar a conclusão dos
trabalhos na seara de Deus, cujo Filho logo virá para separar o joio do trigo e
retribuir a cada um conforme seus frutos.

A partir da terceira estrofe, incluímos dois outros tópicos importantes, tendo


em vista o atual debate teológico-doutrinário no Brasil. Primeiro, a
identificação da igreja triunfante com o povo vencedor e não meramente
uma instituição ou denominação religiosa. Segundo, a figura do Noivo ou
Cordeiro, que, na linguagem do Apocalipse, refere-se ao Filho de Deus. O
objetivo é contrapor à heresia trinitariana da letra adotada pelo Hinário
Adventista do Sétimo Dia, o ensino bíblico de que apenas Aquele que está
assentado no trono (o Pai) e o Cordeiro (o Filho) são dignos de adoração .

A Colheita Finda Está

A colheita finda está, dando graças, vinde já.


Recolhido o fruto foi, ao inverno começar.
Nosso Deus e Criador, sempre tudo suprirá.
Vinde, pois, ao templo Seu, a colheita festejar.
Logo o Senhor virá e a Seu povo levará.
Ele o mal extinguirá e o pecado apagará.
Aos Seus anjos mandará, todo o joio eliminar.
Para sempre junto a Si, Ele ao trigo manterá.

Triunfante a igreja irá, com Seu noivo, para o lar.


Livre do pecado e dor, bem segura estará.
Lá purificada então, junto a Deus irá morar.
Esse povo vencedor, ao Cordeiro seguirá.

Pelos séculos sem fim, esta história irão cantar.


Os remidos do Senhor um coral irão formar.
Com milhões de anjos, sim, junto ao trono vão louvar.
Ao Eterno Criador e ao Cordeiro Salvador.

2) Mudanças no hino nº 73 (Atual 18 do HASD)


Apresentamos aqui a documentação em inglês que comprova a mudança na
compreensão adventista do ensinamento bíblico acerca de Deus, através da
letra do hino que conhecemos em português como “Santo, Santo, Santo”.

Para nós, brasileiros, desde 1963, com a publicação de um segundo hinário


chamado “Cantai ao Senhor”, havia já uma referência ao "Deus Jeová
triúno", enquanto no Hinário Adventista em inglês adotou-se desde 1909 e
na reedição em 1941 uma letra que não fazia referência à trindade.

A história desse hino que, no Hinário Adventista em inglês, tem o número 73


é interessante. Originalmente, ele foi escrito em 1826 por Reginald Heber,
um compositor que cria na existência da trindade. Por isso, em sua forma
original, esse é um hino trinitariano, cuja letra diz, na primeira e quarta
estrofes: “God in three persons, blessed Trinity!” (Tradução: “Deus em
três pessoas, bendita Trindade!”).

Porém, para que pudesse ser utilizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia,
que ainda no começo deste século (1909, seis anos antes da morte de Ellen
G. White), não cria na trindade, a letra do hino teve que ser modificada.
Tanto que nessa edição de 1909 do hinário Christ in Song, quanto na edição
de 1941 do Church Hymnal, a versão adventista dizia: “God over all who
rules eternity” (Tradução: “Deus sobre tudo, que reina sobre a
eternidade”). Assim, o hino 73 refletia a posição não-trinitariana da igreja
naquela época.
Em 1985, por ocasião da edição do Adventist Hymnal, a letra do hino 73
retornou à sua forma original, refletindo agora o novo ponto-de-vista da
Igreja Adventista do Sétimo Dia acerca da trindade. Observe o último verso
da primeira e quarta estrofes:
Assim, fica demonstrado que entre 1941 e 1985 (ou entre 1941 e 1963, se
considerarmos o segundo Cantai ao Senhor em português), a Igreja
Adventista do Sétimo Dia deixou de ser não-trinitariana e tornou-se
trinitariana!

(Fonte: Quotes From Adventist Pioneers Concerning The Doctrine of The


Trinity: Did They Believe in the Trinity?, compilado por Lynnford Beachy,
Agosto de 1996, págs. 40-41.)

Parte 9 – Didática Trinitariana


Todo Adventista do Sétimo Dia conhece muito bem esta parte da Bíblia:

“Guardai, pois, cuidadosamente, a vossa alma, pois


aparência nenhuma vistes no dia em que o SENHOR,
vosso Deus, vos falou em Horebe, no meio do fogo; para que
não vos corrompais e vos façais alguma imagem esculpida na
forma de ídolo, semelhança de homem ou de mulher,
semelhança de algum animal que há na terra, semelhança
de algum volátil que voa pelos céus, semelhança de
algum animal que rasteja sobre a terra, semelhança de
algum peixe que há nas águas debaixo da terra.” Deut.
4:15-18

O tempo em que ninguém se atrevia a representar Deus, o Pai através de


uma ilustração ficou para trás, pois a Divisão Sul Americana da IASD
recentemente preparou uma série de Estudos Bíblicos ilustradas em
PowerPoint onde se pode ver o seguinte:

Esse é o primeiro slide da animação em PowerPoint preparada pela


Associação Ministerial da DSA, sob a responsabilidade de Alejandro Bullón,
para ilustrar o estudo número 27 da série Verdades Bíblicas para o Terceiro
Milênio, intitulado “A Trindade”. O caderno-roteiro foi impresso pela Casa
Publicadora Brasileira e vem acompanhado de um cd-rom com as animações.

 
Perceba que para Warren Shipton, autor da série, Alejandro Bullón,
ministerial da DSA, e outros pastores que analisaram esse material:

1. Não parece haver problema algum em representar graficamente a


trindade e, inclusive o Pai, em semelhança humana e animal.

2. O “Deus Triúno” é representado como um ancião extra-terrestre (grisalho,


mas de pele lisa), um ser humano e o espectro azul de uma pomba, mas
dizem que se trata de três pessoas co-iguais, co-eternas e co-substanciais.

3. Portanto, para a atual doutrina adventista, o Pai, o Filho e o Espírito Santo


não são três pessoas de fato. Mas se são iguais por que estão em planos
diferentes?

No slide nº 21, desse estudo, a mesma ilustração é repetida, em posição


inversa e mais escura, sem a iluminação da Bíblia no canto.

A frase acrescentada ao slide apresenta a definição da divindade para a atual


Igreja Adventista do Sétimo Dia: “A divindade é um Deus, formado por
três pessoas -- o Pai, o Filho e o Espírito Santo.”

Para quem assiste à animação, acompanhada da narração do pastor, e


desconhece a Bíblia, que não costuma ser consultada durante os programas,
uma vez que os textos já estão incluídos nos slides, a frase acima soa como
se fosse também palavra de Deus.
Um detalhe curioso é que o tema da trindade está posicionado nessa nova
série como se fosse doutrina característica da IASD. É uma das últimas
palestras. Vem depois da Profecia dos 2.300 dias, o Juízo Investigativo, Viver
Saudável, Dízimo, Dom de Profecia, Três Mensagens Angélicas, A Igreja
Verdadeira e Como Partilhar a Fé. Depois dela, restam apenas três assuntos:
Os Quatro Animais e o Chifre Pequeno de Daniel 7, Como Orar e Valores
Eternos.

Porém o mais surpreendente é verificar que essa representação da trindade adorada pela
Igreja Adventista do Sétimo Dia obedece  às instruções do Papa. Acompanhem o breve
histórico que se segue:

A gravura acima é uma representação gráfica da trindade desaprovada pela Igreja


Católica, embora pretenda ilustrar exatamente a crença de que o Deus triúno é composto
por três pessoas, mas não equivale a três deuses, pois esses três seres formariam um
único Deus. O quadro, que data do século 19 e foi pintado na Alemanha, apresenta na
verdade um deus siamês, com três cabeças em um único corpo!

Quadros e imagens desse tipo estão proibidos pela Igreja Católica desde
1628, quando o Papa Urbano VIII condenou a representação da "santíssima
trindade" sob a forma de um tronco humano com três cabeças.

Antes disso, uma outra tentativa de representação artística produzida no


século XV, pelo Monge André Rublev, da Igreja Ortodoxa Russa do Mosteiro
de São Sérgio da Santíssima Trindade, mostrava o Pai, o Filho e o Espírito
Santo, como três pessoas absolutamente iguais.
Dizia-se fundamentar no episódio bíblico da visita dos três anjos à casa de
Abraão (Gênesis 18:1-4).

O autor acreditava que, assim, a suposta unidade e igualdade entre os membros da


Trindade poderia ser melhor visualizada, a ponto de confundirmos as personagens e, à
primeira vista, não sabermos distinguir a pessoa do Pai, do Filho e do Espírito. Mas em
1745, o Papa Bento XIV rejeitou também essa cena de três pessoas sentadas uma ao lado
da outra, para representar a Santíssima Trindade. Isso porque, segundo ele, o Espírito
Santo nunca apareceu sob forma humana.

Ainda em 1745, o Papa Bento XIV afirmou, através da Sollicitudini


nostrae, que as imagens da Santíssima Trindade eram temerárias e
contrárias ao costume da Igreja. “Imagens da Santíssima Trindade que
são comumente aprovadas e que podem ser permitidas com
segurança, são aquelas que representam a pessoa de Deus, o Pai,
como um venerável patriarca, figura tomada do ‘ancião de dias’ que
se assentou em Daniel 7:9; e próximo dele Seu Filho unigênito, Jesus
Cristo, Deus e Homem; e entre ambos, o Espírito Santo, o Paracleto,
em forma de uma pomba.” (Bullarium Rom., p. 318) -- Citado em:
"Modernistic Art and Divine Worship"

http://www.petersnet.net/browse/3141.htm

Será que quem desenhou e quem aprovou tal ilustração na Igreja Adventista sabia disto?
Parte 10 - Um ingrediente do Vinho de Babilônia

1) Livro de Alberto Timm Comprova que Andrews Ensinava que a Trindade faz Parte do “Vinho de Babilônia”

As novas gerações de adventistas, talvez, desconheçam a importância


histórica do Pastor John Nevins Andrews, identificado na maioria das vezes
pelas iniciais J. N. Andrews, ou em português por João Nevins Andrews.

J. N. Andrews (1829-1883) nasceu quinze anos antes do grande


desapontamento de 1844, na pequena cidade de Poland, estado do Maine,
EUA. E esteve intimamente ligado com Tiago e Ellen White na liderança e
trabalho evangelístico da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Como intelectual e teólogo autodidata, teve grande participação no


desenvolvimento de nossas doutrinas. Foi ele que identificou a besta de dois
chifres de Apocalipse 13 com os Estados Unidos da América. Em 1855,
depois de uma investigação minuciosa, Andrews adotou o pôr-do-sol de
sexta-feira como o início do sábado (Ver Lev. 23:32).

Andrews também ajudou a organizar a igreja como pessoa jurídica, a fim de


que pudessem adquirir e manter propriedades em nome dela. Nesse período,
exerceu forte influência na elaboração dos primeiros estatutos e regimento
da IASD.

Durante a Guerra Civil, Andrews fez pressão junto às autoridades para que
os soldados adventistas fossem dispensados de lutar. Em 1860, envolveu-se
também na organização da primeira editora adventista. No ano seguinte,
publicou um extenso trabalho de pesquisa, intitulado History of the Sabbath
& the First Day of the Week. Essa obra procurou documentar a guarda do
sábado do sétimo dia ao longo da história.

Andrews foi Presidente da Conferência Geral de 1867 a 1869. Entre 1869-


1870, trabalhou como editor da Review and Herald.

Ele é considerado um dos principais pioneiros do movimento missionário


mundial. Em 1874, tornou-se o primeiro missionário adventista na Suíça,
onde procurou organizar os grupos de guardadores do sábado e unificá-los
doutrinariamente. Enquanto vivia em Basel, contraiu tuberculose e morreu
aos 54 anos.

O livro História do Adventismo conta que a mente de Andrews permaneceu


clara e seu ânimo vivo no Senhor. Embora jazesse no leito como um
esqueleto vivo, permaneceu dando instruções a seus auxiliares quase até o
fim.

Relembrar J. N. Andrews, atribuindo seu nome à nossa principal


Universidade, nos Estados Unidos, justifica-se, portanto, como uma
homenagem mais do que merecida.

Everett Dick, no livro Fundadores da Mensagem, publicado pela Casa


Publicadora Brasileira, em 1995, inclui J. N. Andrews entre os sete principais
personagens da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia, descrevendo-o
nessa biografia como Teólogo-Pioneiro, Defensor do Sábado e Primeiro
Obreiro de Além-Mar.
Note que J. N. Andrews é descrito não apenas como um dos fundadores da
Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas como um fundador da Mensagem
Adventista do Sétimo Dia!

É o peso de sua contribuição no estabelecimento de nossos fundamentos


doutrinários que nos leva destacar o que é dito sobre Andrews e a doutrina
da trindade, pelo diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Brasil, e
do Centro Nacional da Memória Adventista, especialista na teologia e nas
doutrinas adventistas, com título de Ph.D. obtido exatamente na
Universidade Andrews, professor Alberto R. Timm, em seu livro O Santuário
e as Três Mensagens Angélicas - Fatores Integrativos no Desenvolvimento
das Doutrinas Adventistas, págs. 191-192:
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Parte 10 - Um ingrediente do Vinho de Babilônia

1) Livro de Alberto Timm Comprova que Andrews Ensinava que a Trindade faz Parte do “Vinho de Babilônia”

 
As novas gerações de adventistas, talvez, desconheçam a importância
histórica do Pastor John Nevins Andrews, identificado na maioria das vezes
pelas iniciais J. N. Andrews, ou em português por João Nevins Andrews.

J. N. Andrews (1829-1883) nasceu quinze anos antes do grande


desapontamento de 1844, na pequena cidade de Poland, estado do Maine,
EUA. E esteve intimamente ligado com Tiago e Ellen White na liderança e
trabalho evangelístico da Igreja Adventista do Sétimo Dia.

Como intelectual e teólogo autodidata, teve grande participação no


desenvolvimento de nossas doutrinas. Foi ele que identificou a besta de dois
chifres de Apocalipse 13 com os Estados Unidos da América. Em 1855,
depois de uma investigação minuciosa, Andrews adotou o pôr-do-sol de
sexta-feira como o início do sábado (Ver Lev. 23:32).

Andrews também ajudou a organizar a igreja como pessoa jurídica, a fim de


que pudessem adquirir e manter propriedades em nome dela. Nesse período,
exerceu forte influência na elaboração dos primeiros estatutos e regimento
da IASD.

Durante a Guerra Civil, Andrews fez pressão junto às autoridades para que
os soldados adventistas fossem dispensados de lutar. Em 1860, envolveu-se
também na organização da primeira editora adventista. No ano seguinte,
publicou um extenso trabalho de pesquisa, intitulado History of the Sabbath
& the First Day of the Week. Essa obra procurou documentar a guarda do
sábado do sétimo dia ao longo da história.

Andrews foi Presidente da Conferência Geral de 1867 a 1869. Entre 1869-


1870, trabalhou como editor da Review and Herald.

Ele é considerado um dos principais pioneiros do movimento missionário


mundial. Em 1874, tornou-se o primeiro missionário adventista na Suíça,
onde procurou organizar os grupos de guardadores do sábado e unificá-los
doutrinariamente. Enquanto vivia em Basel, contraiu tuberculose e morreu
aos 54 anos.

O livro História do Adventismo conta que a mente de Andrews permaneceu


clara e seu ânimo vivo no Senhor. Embora jazesse no leito como um
esqueleto vivo, permaneceu dando instruções a seus auxiliares quase até o
fim.

Relembrar J. N. Andrews, atribuindo seu nome à nossa principal


Universidade, nos Estados Unidos, justifica-se, portanto, como uma
homenagem mais do que merecida.
Everett Dick, no livro Fundadores da Mensagem, publicado pela Casa
Publicadora Brasileira, em 1995, inclui J. N. Andrews entre os sete principais
personagens da história da Igreja Adventista do Sétimo Dia, descrevendo-o
nessa biografia como Teólogo-Pioneiro, Defensor do Sábado e Primeiro
Obreiro de Além-Mar.

Note que J. N. Andrews é descrito não apenas como um dos fundadores da


Igreja Adventista do Sétimo Dia, mas como um fundador da Mensagem
Adventista do Sétimo Dia!

É o peso de sua contribuição no estabelecimento de nossos fundamentos


doutrinários que nos leva destacar o que é dito sobre Andrews e a doutrina
da trindade, pelo diretor do Centro de Pesquisas Ellen G. White, do Brasil, e
do Centro Nacional da Memória Adventista, especialista na teologia e nas
doutrinas adventistas, com título de Ph.D. obtido exatamente na
Universidade Andrews, professor Alberto R. Timm, em seu livro O Santuário
e as Três Mensagens Angélicas - Fatores Integrativos no Desenvolvimento
das Doutrinas Adventistas, págs. 191-192:
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2- Uma escorregada da literatura adventista oficial?
O pastor Alexandro Búllon em seu livro “Terceiro Milênio” nas páginas 41
e 42, parece dar a entender que a doutrina da trindade foi uma das doutrinas
pagãs que entraram na igreja cristã na época do Imperador Romano
Constantino.

Veja sua surpreendente declaração logo abaixo:


Se lermos com cuidado podemos verificar que ele está dando a informação
de que no tempo de Constantino, muitas doutrinas estranhas pretendiam
misturar-se as verdade bíblicas. Mas após a frase “Doutrinas Estranhas que
Pretendiam Misturar-se às Verdades Bíblicas”, inicia-se uma outra frase:
“Entre as doutrinas em conflito, podemos mencionar: o pecado original, a
Trindade, a natureza de Cristo,...”.

Isto pode nos levar a pensar que, sobre estas doutrinas, o pastor Búllon está
apenas dizendo que havia muita discussão na época, utilizando a expressão
“entre as doutrinas em conflito...”. A trindade estava em discussão, pois
alguns acreditavam na trindade e outros não (a natureza de Cristo também
estava em discussão).

É claro que se algum livro do Bullón insinuasse clara e explicitamente que a


doutrina da trindade não é bíblica, este não passaria assim tão fácil pela
Casa Publicadora Brasileira.
Por outro lado, o Pr.Bullón, talvez, até quisesse dizer outra coisa, mas o
sentido no texto parece ser o de que uma das doutrinas em conflito com as
verdades bíblicas naquele período foi a da doutrina da Trindade.

3) Os Reformistas também já creram como os Pioneiros

Em seu livro Um Novo Mundo, cuja capa reproduzimos abaixo, o conhecido


escritor reformista Alfons Balbach (Igreja Adventista da reforma), às págs.
96 e 97 (também reproduzidas), menciona a doutrina da Trindade, ou pelo
menos parte dela, entre "as inúmeras inovações heréticas que se
introduziram na Igreja", incluindo-a ainda entre as "heresias mais
protuberantes" e "mais salientes" "erros de fé".

Confira:
4) O Ingrediente Básico do Vinho de Babilônia
(Adaptação do Texto de autoria de Marcelo Gomes disponibilizado no site
adventistas.com)

Para começar, analisemos um texto do livro ESTUDOS BÍBLICOS da editora


Casa Publicadora Brasileira, Tatuí-SP, edição de 1987, página  383, artigo A
MUDANÇA DO SÁBADO:

“Foi a Igreja Católica que, por autoridade de Jesus Cristo


transferiu esse descanso para o domingo, em memória da
ressurreição de nosso Senhor Jesus Cristo; de modo que a
observância do domingo pelos protestantes é uma
homenagem que prestam, independentemente de sua
vontade, à autoridade da Igreja.” O Monitor Paroquial de 26
de agosto de 1926, Socorro, Estado de São Paulo.

Como podemos observar através deste documento católico, todo protestante


que observa o domingo em vez do sábado bíblico, presta homenagem a
Igreja de Roma, a Mulher de Apocalipse 18 (a Igreja Católica Apostólica
Romana). Nisto, todo bom adventista concorda.

Esta outra citação de um artigo católico deixará até mesmo bons adventistas
muito surpresos:
“Qualquer pessoa para ser salva, antes de todas as coisas é
necessário que ela celebre a fé católica: A menos que cada
um mantenha esta fé no seu todo, completa e sem mancha,
sem dúvida perecerá eternamente. Mas esta é a fé católica;
Que nós adoramos um Deus em uma Trindade, e a Trindade
em uma unidade, não devemos confundir as pessoas; nem
dividir suas substâncias. ...Assim, o Pai é Deus: o Filho é
Deus: e o Espírito Santo é Deus. De forma que em todas as
coisas, como supracitado, a unidade da Trindade, e a
trindade em sua unidade devem ser adorados. Aquele que
será salvo, tem que pensar desta maneira sobre a trindade.
“Nossos oponentes (protestantes) às vezes reivindicam que
nenhuma crença deveria ser dogmatizada que não é
explicitamente declarada na Bíblia (ignorando que é somente
na autoridade da Igreja que nós conhecemos a certeza dos
evangelhos, e não outros como verdadeiros). Mas as igrejas
protestantes por elas mesmas têm aceitado tais dogmas
como a TRINDADE pela qual não há nenhuma autoridade
precisa nos evangelhos.” Revista Vida, 30 de outubro de
1950.

Exatamente aqui, começa a surgir um grande embaraço para nós. Se de fato concordarmos com a primeira citação
(em relação ao domingo que os protestantes prestam homenagem a Igreja Católica), deveremos também
concordar com a segunda (de que a Igreja Adventista tem dentro do seu credo uma doutrina católica alheia às
Escrituras) como verdadeira. Obviamente, isto só acontecerá se existir um mínimo de honestidade em nosso
coração.

Não digo isso para trazer constrangimento à Igreja, pois quem criou o
embaraço foi a liderança da Igreja que, de forma desonesta, inseriu no seio
adventista um doutrina inteiramente católica e inteiramente alheia às
Escrituras.

Outras citações
Afirmações semelhantes devem conduzir-nos a uma profunda reflexão e
decisão.

“O MISTÉRIO DA TRINDADE é a doutrina central da fé


católica. Sobre essa doutrina estão baseados todos os outros
ensinos da Igreja.” Manual para o Católico de Hoje, pág. 16.

De acordo com o texto acima. Qual é a fonte ou base de todas as doutrinas


católicas, às quais denominamos "vinho de Babilônia"? A doutrina da
TRINDADE! E a Igreja Adventista tem aceitado tal doutrina em seu credo?
Compare por você mesmo o que diz o Catecismo da Igreja Católica
Apostólica Romana com o que é declarado nas Crenças Fundamentais da
Igreja Adventista do Sétimo Dia.

No Catecismo do Católico de Hoje, pág. 12, lemos:

“A Igreja estudou este mistério com grande solicitude e,


depois de quatro séculos de investigações, decidiu expressar
a doutrina deste modo: Na unidade da Divindade há três
pessoas – o Pai, o Filho e o Espírito Santo – realmente
distintas uma da outra. Assim nas palavras do Credo de
Atanásio: ‘O Pai é Deus, o Filho é Deus, e o Espírito Santo é
Deus, e no entanto não são três deuses, mas um só Deus’”
(Número 1248, da Editora Santuário, Edição 28, 2002.)

No Manual da Igreja, pág. 10, lemos:

“2. A TRINDADE
“Há um só Deus. Pai, Filho e Espírito Santo, uma unidade de
Três Pessoas Co-eternas.” 

E o livro Nisto Cremos, pág. 42, acrescenta:

“Embora a Divindade não seja apenas uma Pessoa, Deus é


um em propósito, mente e caráter. Esta unicidade não
oblitera as personalidades distintas do Pai, do Filho e do
Espírito Santo. Tampouco a existência destas personalidades
separadas destrói o conceito monoteísta das Escrituras, de
que Pai, Filho e Espírito Santo são um único Deus.” (CPB,
2000).

Por outro lado, a Bíblia afirma:

“Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós
também, por ele.” I Coríntios 8:6.

“Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo


Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos.” I Timóteo
2:5-6.

Podem mil palavras filosóficas contradizer algo tão claro? Sei que ao ler isto muitos se sentem como os católicos
que descobrem um dia que Maria não está no Céu, mas segundo as Escrituras, descansa em uma sepultura
aguardando a volta de Jesus. Sentem-se tristes, desapontados e enganados.

Foi precisamente assim que me senti quando Deus me revelou esta verdade.
Eu sei, não é fácil aceitar isso. Mas é a VERDADE. Continuaremos amando o
erro fazendo de conta que a verdade não existe?
Leia esta outra citação surpreendente da própria REVISTA ADVENTISTA
AMERICANA (Review and Herald), em um artigo escrito pelo pioneiro Tiago
White, esposo de Ellen White:

“Como erros fundamentais nós poderíamos classificar como


este falso sábado [o domingo], outros erros que os
protestantes trouxeram da Igreja Católica, como o batismo
por aspersão, A TRINDADE, a consciência dos mortos, o
tormento eterno. O grupo que abraçou estes erros
fundamentais fez isso ignorantemente, mas poderia a Igreja
de Cristo levar junto de si estes erros até as cenas do
julgamento que há de vir sobre o mundo? Nós acreditamos
que não.” Review and Herald, 12 de setembro de 1854.
Ênfase acrescentada.

Nós acreditamos no ensino do tormento eterno? Claro que não! Isto não é
bíblico. Nós acreditamos na imortalidade da alma? Não. Então por que
aceitamos a trindade? Como podemos rejeitar os frutos da árvore e aceitar
tomar um chá de sua raiz?

Notem o que diz o livro Estudos Bíblicos:

“No credo do Papa Pio IV, uma autorizada declaração da fé


Católica Romana é encontrada no seguinte asserto:
‘Reconheço a Santa Igreja Católica Apostólica como mãe e
soberana de todas as igrejas.’ – Artigo 10. Quando as
professas igrejas protestantes repudiam o princípio
fundamental do protestantismo, pondo de parte a autoridade
da Palavra de Deus, aceitando em seu lugar a tradição e
especulação humanas, adotaram o princípio fundamental da
moderna Babilônia e exige uma proclamação da queda da
moderna Babilônia...
“Ainda que muitos líderes do moderno protestantismo,
conhecido como altos críticos, não tenham formalmente
adotado o credo da Igreja de Roma, e não se tenham tornado
parte orgânica desta corporação, mesmo assim pertencem à
mesma classe ao rejeitar a autoridade da palavra de Deus,
aceitando em seu lugar o produto de suas próprias
argumentações. Há tanta apostasia num caso como no outro,
e ambos devem ser incluídos, portanto, em Babilônia, e
ambos se acharão envolvidos, afinal em sua queda”. Estudos
Bíblicos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí-SP, págs. 213 e
214, artigo A QUEDA DA MODERNA BABILÔNIA.

Isso é forte. É uma afirmação contundente. Exige uma proclamação da


queda da moderna Babilônia, a qual fazemos prontamente em relação ao
“cisco no olho” dos outros e deixamos de fazê-lo quando o “cisco” está no
nosso.

Com freqüência nós adventistas dizíamos (não pregamos mais): “A igreja


fulano é filha de Babilônia porque aceita a doutrina da guarda do domingo
em seu credo, e cairá com Babilônia e será grande a sua queda!” Assim,
apontávamos o dedo para lá. Só nos esquecemos de uma coisa: "Então,
disse Natã a Davi: Tu és o homem". Esquecemos que o pecado também é
nosso e guardamos durante anos esta capa de Acã em nosso meio.

Em que estão baseadas as doutrinas do tormento eterno, a consciência dos


mortos, a guarda do domingo, a adoração dos mortos e todas as outras
doutrinas da Igreja Católica? Na TRINDADE. Esta doutrina faz parte do vinho.
Na verdade, segundo a própria Igreja Católica, é a doutrina básica, o vinho
mais envelhecido, o mais antigo, ao qual todas as nações pagãs têm bebido
ao longo da história.

Tiago White faz uma importante pergunta que deveria nortear nosso
posicionamento a partir de agora:

“Pode a Igreja de Cristo levar junto de si estes erros até as


cenas do julgamento que há de vir sobre o mundo?”

Ellen White escreveu:

“Triste verdade é que nós, como igreja, temos usado de


complacência e tolerância dentro de nossa organização para
com certas forças que têm literalmente sabotado os 
princípios do adventismo que temos defendido durante anos.”
Testemunhos para Igreja, Vol. 5, pág:13, 14.

Apêndice A
NISTO CREMOS (1): Textos Bíblicos
1º - “Todas as coisas me foram entregues por meu Pai; e ninguém conhece
plenamente o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece plenamente o Pai,
senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” Mat.11:27

2º - “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão


por mim" João 14:6

3º - “Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens,


Cristo Jesus, homem” I Tim. 2:5
4º - “Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis,
alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu”
João 14:28

5º - “Eu e o Pai somos um” João 10:30

6º - “Disse-lhe Jesus: Deixa de me tocar, porque ainda não subi ao Pai; mas
vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu
Deus e vosso Deus” João 20:17

7º - “... o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão  é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo” I João 1:3

8º - “A ele, o único Deus, o nosso Salvador, sejam dados, por meio de Jesus
Cristo, o nosso Senhor, a glória, a grandeza, o poder e a autoridade, desde
todos os tempos, agora e para sempre! Amém!”. Judas 25.

9º - “Então, ouvi que toda criatura que há no céu e sobre a terra, debaixo da
terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, estava dizendo: Àquele que está
sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, e a honra, e a glória, e o
domínio pelos séculos dos séculos”. Apoc. 5:13

10º - “... e clamavam em grande voz, dizendo: Ao nosso Deus, que se


assenta no trono, e ao Cordeiro, pertence à salvação”. Apoc. 7:10

11º - “Olhei, e eis o Cordeiro em pé sobre o monte Sião, e com ele os cento
e quarenta e quatro mil tendo nas frontes escrito o seu nome e o nome de
seu Pai.” Apoc. 14:1

12º - “Então me mostrou o rio da vida, brilhante como cristal, que sai do
trono de Deus e do Cordeiro.” Apoc. 22:1

  

13º - “Nunca mais haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e
do Cordeiro. Os seus servos o servirão.” Apoc. 22:3  

14º - “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo?
Esse mesmo é o anticristo, esse que nega o Pai e o Filho”. I João 2:22.

15º - “E a vida eterna é esta: que te conheçam a ti, o único Deus verdadeiro,
e a Jesus Cristo, a quem enviaste.” - João 17:3

16º - “A fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em
ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.”
João 17:21
17º - “A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para
serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do
Senhor Jesus Cristo.” Rom. 1:7

18º - “para que concordemente e a uma voz glorifiqueis ao Deus e Pai de


nosso Senhor Jesus Cristo.” Rom. 15:6

19º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo.” I Cor. 1:3

20º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo.” II Cor. 1:2

21º - “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai de
misericórdias e Deus de toda consolação!” II Cor. 1:3

22º - “O Deus e Pai do Senhor Jesus, que é eternamente bendito, sabe que
não minto.” II Cor. 11:31

23º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do [nosso]
Senhor Jesus Cristo” Gal. 1:3

24º - “graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo.” Efésios 1:2

25º - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem
abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em
Cristo” Efésios 1:3

26º - “para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos
conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele”
Efésios 1:17

27º - “dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso
Senhor Jesus Cristo” Efésios 5:20

28º - “Paz seja com os irmãos e amor com fé, da parte de Deus Pai e do
Senhor Jesus Cristo” Efésios 6:23

29º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo.” Fil.1:2

 
30º - “Damos sempre graças a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
quando oramos por vós” Col. 1:3

31º - “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e


no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros.” I Tess.1:1

32º - “recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa


fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso
Senhor Jesus Cristo” I Tess. 1:3

33º - “Ora, o nosso mesmo Deus e Pai, e Jesus, nosso Senhor, dirijam-nos o
caminho até vós” I Tess. 3:11

34º - “Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus,


nosso Pai, e no Senhor Jesus Cristo” II Tess. 1:1

35º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus Pai e do Senhor Jesus
Cristo.” II Tess. 1:2

36º - “a Timóteo, verdadeiro filho na fé, graça, misericórdia e paz, da parte


de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.” I Tim. 1:2

37º - “ao amado filho Timóteo, graça, misericórdia e paz, da parte de Deus
Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor.” II Tim. 1:2

38º - “graça e paz a vós outros, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor
Jesus Cristo.” Filemom 1:3

39º - “a Tito, verdadeiro filho, segundo a fé comum, graça e paz, da parte de


Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Salvador.” Tito 1:4

40º - “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a
sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos” I Pedro 1:3

41º - “o que temos visto e ouvido anunciamos também a vós outros, para
que vós, igualmente, mantenhais comunhão conosco. Ora, a nossa
comunhão é com o Pai e com seu Filho, Jesus Cristo.” I João 1:3

42º - “a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus


Cristo, o Filho do Pai, serão conosco em verdade e amor.” II João 1:3

43º - “Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, amados
em Deus Pai e guardados em Jesus Cristo” Judas 1:1

44º - “e da parte de Jesus Cristo, a Fiel Testemunha, o Primogênito dos


mortos e o Soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama, e, pelo seu
sangue, nos libertou dos nossos pecados,  e nos constituiu reino, sacerdotes
para o seu Deus e Pai, a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos.
Amém!” Apoc. 1:5-6

45º - “para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e
debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para
glória de Deus Pai.” Filip. 2:10,11

46º - “ao Deus único e sábio seja dada glória, por meio de Jesus Cristo,
pelos séculos dos séculos.” Rom. 16:27

47º - “Todo aquele que ultrapassa a doutrina de Cristo e nela não permanece
não tem Deus; o que permanece na doutrina, esse tem tanto o Pai como o
Filho.” II João 9:2

48º - “Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade


do seu Cristo.” Apoc. 12:10

49º - “..serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele os mil


anos.” Apoc. 20:6

50º - “Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus


Todo-Poderoso, e o Cordeiro.” Apoc. 21:22

51º - “Mas quero que saibais que Cristo é o cabeça de todo o homem, e o
homem o cabeça da mulher, e Deus o cabeça de Cristo.” I Cor. 11:3

52º - “Perguntou-lhes Ele: E vós, quem dizeis que eu sou? Simão Pedro
respondeu: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Respondeu-lhe Jesus: Bem-
aventurado é tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to
revelou, mas meu Pai que está nos céus.” Mat.16:15-17

53º - “...tem herança no reino de Cristo e de Deus.” Efésios 5:5

54º - “todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas
e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as
coisas, e nós também, por ele.” I Cor. 8:6

Perguntamos

Onde está o Deus, Espírito Santo, a terceira pessoa da trindade? A quem nós
devemos e iremos adorar? A quem estamos adorando hoje? Será os atuais
doutores em divindade da Igreja Adventista irão também acusar os
discípulos de Jesus, e em especial o apóstolo Paulo, de estarem equivocados
em sua concepção da divindade, assim como acusam nossos pioneiros?

Não encontramos na bíblia e nem nos Testemunhos uma única citação que
me diga para adorar uma trindade. Não há um só verso da bíblia ou uma só
citação dos Testemunhos orientando-nos a prestar reverência a uma terceira
pessoa divina. Se Deus é uma trindade, como pode a “terceira pessoa”, o
Espírito Santo, ser desconsiderada nestas citações acima?

Apêndice B
NISTO CREMOS (2): Textos de Ellen G. White
“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em
natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os
conselhos e propósitos de Deus.”   Patriarcas e Profetas, pág. 34

“Único” significa que ninguém a não ser Cristo, o Unigênito de Deus, possui a mesma
natureza divina que o Pai. Se o Espírito Santo fosse uma pessoa divina a semelhança do
Pai e do Filho, a palavra “único” usada por Ellen White estaria errada! Está bem claro pela
palavra “único” que ela escolheu, que a concepção de uma divindade triúna manifesta nas
pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, tal como é admitido na nova teologia
adventista, não passava nem de longe por sua cabeça.

“O Rei do Universo convocou os exércitos celestiais perante Ele, para, em


sua presença, apresentar a verdadeira posição de Seu Filho, e mostrar a
relação que Este mantinha para com todos os seres criados. O Filho de Deus
partilhava do trono do Pai, e a glória do Ser eterno, existente por Si mesmo,
rodeava a ambos. Em redor do trono reuniam-se os santos anjos, em uma
multidão vasta, inumerável – ‘milhões de milhões, e milhares de milhares’
(Apoc. 5:11), estando os mais exaltados anjos, como ministros e súditos, a
regozijar-se na luz que, da presença da Divindade, caía sobre eles. Perante
os habitantes do Céu, reunidos, o Rei declarou que ninguém, a não ser
Cristo, o Unigênito de Deus, poderia penetrar inteiramente em Seus
propósitos, e a Ele foi confiado executar os poderosos conselhos de Sua
vontade. O Filho de Deus executara a vontade do Pai na criação de todos os
exércitos do Céu; e a Ele, bem como a Deus, eram devidas as homenagens e
fidelidade daqueles. Cristo ia ainda exercer o poder divino na criação da
Terra e de seus habitantes. Em tudo isto, porém, não procuraria poder ou
exaltação para Si mesmo, contrários ao plano de Deus, mas exaltaria a glória
do Pai, e executaria Seus propósitos de beneficência e amor.”   Patriarcas e
Profetas, pág. 36

Veja o texto acima na página do próprio livro em uma edição de 1926:


“Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um na
natureza, no caráter e no propósito - o único Ser em todo o Universo que
poderia entrar nos conselhos e propósitos de Deus. Por Cristo, o Pai efetuou
a criação de todos os seres celestiais. ‘NEle foram criadas todas as coisas
que há nos céus ... sejam tronos, sejam dominações, sejam principados,
sejam potestades’ (Col. 1:16); e tanto para com Cristo, como para com o
Pai, todo o Céu mantinha lealdade.”   O Grande Conflito, pág. 493

“Não é aos homens que devemos exaltar e adorar; é a Deus, o único Deus
verdadeiro e vivo, a quem são devidos nosso culto e reverência. ...
Unicamente o Pai e o Filho devem ser exaltados.”   The Youth's Instructor, 7
de julho de 1898. -- Filhos e Filhas de Deus, MM 1956, 21 de fevereiro, pág.
58
“Deus é o Pai de Cristo; Cristo é o Filho de Deus. A
Cristo foi atribuída uma posição exaltada. Foi feito
igual ao Pai. Cristo participa de todos os desígnios de
Deus”. Testemunhos Seletos. Vol. III. 5ª ed. 1985. p.
266

Percebam a ginástica mental que fazem os doutores em


divindade da Andrews para contradizer algo dito de maneira
tão clara, simples e enfática através da Bíblia e dos escritos de
Ellen G. White:

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Compare as explanações acima com este estudo simples e direto ao ponto


preparado por Silas Jakel:

1) O Filho de Deus – Na Bíblia


Apocalipse 3:14

“Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel
e verdadeira, o princípio da criação de Deus:”
Provérbios 8:22-30

“O Senhor me criou como a primeira das suas obras, o princípio dos seus
feitos mais antigos. Desde a eternidade fui constituída, desde o princípio,
antes de existir a terra. Antes de haver abismos, fui gerada, e antes ainda de
haver fontes cheias d'água. Antes que os montes fossem firmados, antes dos
outeiros eu nasci, quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos,
nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí
estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo, quando
estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do
abismo, quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não
traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra, então
eu estava ao seu lado como arquiteto; e era cada dia as suas delícias,
alegrando-me perante ele em todo o tempo;”
Salmos 2:7,12

“Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te


gerei...Beijai o Filho, para que não se ire, e pereçais no caminho; porque em
breve se inflamará a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele
confiam.”
Atos 13:33

“a qual Deus nos tem cumprido, a nós, filhos deles, levantando a Jesus,
como também está escrito no salmo segundo: Tu és meu Filho, hoje te
gerei.”
Hebreus 1:5-6

“Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra
vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho? E outra vez, ao introduzir no
mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.”
Hebreus 5:5

“assim também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo


sacerdote, mas o glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te
gerei;”
João 3:16-18

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito,
para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo,
mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é julgado;
mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito
Filho de Deus.”
Colossenses 1:14-15

“em quem temos a redenção, a saber, a remissão dos pecados; o qual é


imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;”

João 1:14,18 (BLH)

“E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade; e


vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai... Ninguém jamais viu a
Deus. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o deu a conhecer.”
I João 4:9

“Nisto se manifestou o amor de Deus para conosco: em que Deus enviou seu
Filho unigênito ao mundo, para que por meio dele vivamos.”
Miquéias 5:2

“Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de
Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas
são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade.

2) O Filho de Deus – Nos Testemunhos e Escritos dos Pioneiros


a) Antes da Criação da Terra

O grande Criador convocou os exércitos celestiais para, na presença de todos


os anjos, conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no
trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor. O
Pai então fez saber que, por Sua própria decisão, Cristo, Seu Filho, devia ser
considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse presente
Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho devia ser
obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por Ele
investido com autoridade para comandar os exércitos celestiais.
Especialmente devia Seu Filho trabalhar em união com Ele na projetada
criação da Terra e de cada ser vivente que devia existir sobre ela. O Filho
levaria a cabo Sua vontade e Seus propósitos, mas nada faria por Si mesmo.
A vontade do Pai seria realizada nEle.” História da Redenção, pág. 13.

“Disse meu anjo assistente: Pensas que o Pai entregou Seu mui amado Filho
sem esforço? Não, absolutamente. Foi mesmo uma luta, para o Deus do Céu,
decidir se deixaria o homem culpado perecer, ou se daria Seu amado Filho
para morrer por ele. Os anjos estavam tão interessados na salvação do
homem que se podiam encontrar entre eles os que deixariam sua glória e
dariam a vida pelo homem que ia perecer. Mas, disse o anjo, isso nada
adiantaria. A transgressão era tão grande que a vida de um anjo não pagaria
a dívida. Nada, a não ser a morte e intercessão de Seu Filho, pagaria essa
dívida, e salvaria o homem perdido da tristeza e miséria sem esperanças...

Vi que era impossível a Deus alterar ou mudar Sua lei, para salvar o homem
perdido, e que ia perecer; portanto, Ele consentiu em que Seu amado Filho
morresse pela transgressão do homem. Satanás de novo regozijou-se com
seus anjos de que, ocasionando a queda do homem, pudesse ele retirar o
Filho de Deus de Sua exaltada posição. Disse a seus anjos que, quando Jesus
tomasse a natureza do homem decaído, poderia derrotá-Lo, e impedir a
realização do plano da salvação.”  Primeiros Escritos, pág. 151-152

“A dedicação do primogênito teve sua origem nos primitivos tempos. Deus


prometera dar o Primogênito do Céu para salvar os pecadores. Este dom
devia ser reconhecido em todas as famílias pela consagração do
primogênito.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 51.

“O eterno pai, Aquele que é imutável, deu seu único Filho, nascido dEle,
retirado do seu seio, aquele que foi feito a expressa imagem de sua pessoa e
enviado a terra para revelar o quanto Ele amou a raça humana.” Adventist
Review and Sabbath Herald - 07-09-95

“O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha


um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e
participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era
o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no
princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era
um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que
poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. ‘O Seu nome
será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Príncipe da
paz’. Isa. 9:6. Suas ‘saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade’. Miq. 5:2. E o Filho de Deus declara a respeito de Si mesmo: ‘O
Senhor Me possuiu no princípio de Seus caminhos, e antes de Suas obras
mais antigas. ... Quando compunha os fundamentos da Terra, então Eu
estava com Ele e era Seu aluno; e era cada dia as Suas delícias, folgando
perante Ele em todo o tempo’. Prov. 8:22-30.” Patriarcas e Profetas, pág. 34.

“As escrituras em parte alguma falam de Cristo como de um ser criado, mas
claramente afirmam que Ele foi gerado pelo Pai...Mas enquanto, como Filho
gerado, não possuía com o Pai uma co-eternidade de existência pretérita, o
começo da sua existência é anterior a toda obra da criação, em relação a
qual Ele foi criador juntamente com Deus.” As Profecias de Apocalipse - Urias
Smith, pág. 82  (1945 - Publicadora Atlântico)

“As Escrituras declaram que CRISTO é o ‘unigênito de DEUS’. Ele é gerado,


não criado. Quando Ele foi gerado não nos compete indagar, nem nossas
mentes poderiam assimilá-lo se nos fosse indicado. O profeta Miquéias nos
diz tudo quanto podemos saber sobre isto nestas palavras: ‘E tu, Belém
Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti
me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos
antigos, desde os dias da eternidade’. Miquéias 5:2. Houve um tempo em
que CRISTO procedeu e veio de DEUS, do seio do PAI (João 8:42; 1:18),
mas esse tempo está tão recuado nos dias da eternidade que para a
compreensão finita é praticamente sem início.

Mas a questão fundamental é que CRISTO é um Filho gerado, não um súdito


criado. Ele tem por herança um nome mais excelente do que o dos anjos; Ele
é um ‘Filho sobre a Sua casa’. E sendo Ele o Filho unigênito de DEUS, é da
mesma substância e natureza de DEUS e possui por nascimento todas os
atributos de DEUS, pois o PAI agradou-Se de que o Seu filho fosse a
expressa imagem de Sua pessoa, o fulgor de Sua glória, e repleto de toda a
plenitude da Divindade.” Cristo e Sua Justiça, pág. 19 – Ellet J. Waggoner

b) No Jardim do Éden

“Seu irmão Abel procurou acalmar-lhe a ira, mostrando que houve


compaixão de Deus em salvar a vida de seus pais, quando podia ter trazido
sobre eles morte imediata. Disse a Caim que Deus os amava, ou não teria
dado Seu Filho, inocente e santo, para sofrer a ira de que o homem, pela sua
desobediência, era merecedor.” História da Redenção, pág. 54
“Os anjos mantinham comunicação com Adão depois da queda, e
informaram-no do plano da salvação, e que a raça humana não estava além
da redenção. Apesar da terrível separação que tivera lugar entre Deus e o
homem, uma providência tinha sido tomada mediante o oferecimento de Seu
amado Filho, pela qual o homem podia ser salvo.” História da Redenção, pág.
56

c) Na encarnação - Pela Segunda Vez Filho

(Hebreus 1:5-6)

“Fui conduzida ao tempo em que Jesus devia assumir a natureza humana,


humilhar-Se como homem e sofrer as tentações de Satanás.

Seu nascimento foi destituído de grandeza mundana. Ele nasceu em um


estábulo, e teve por berço uma manjedoura; contudo, Seu nascimento foi
muito mais honrado do que o de qualquer dos filhos dos homens. Anjos
celestiais informaram os pastores do advento de Jesus, e luz e glória de Deus
acompanharam seu testemunho. O exército celestial tocou suas harpas e
glorificou a Deus. Triunfantemente anunciaram o advento do Filho de Deus a
um mundo caído a fim de cumprir a obra da redenção e trazer paz, felicidade
e vida eterna ao homem, mediante Sua morte. Deus honrou o advento de
Seu Filho. Os anjos O adoraram.” Primeiros Escritos, pág. 153

“Satanás exultou quando Jesus depôs Seu poder e glória e deixou o Céu.
Achou que o Filho de Deus estava então colocado sob o seu poder. A
tentação fora tão vitoriosa com o santo par no Éden que ele esperou pelo seu
poder e engano satânicos derrotar mesmo o Filho de Deus, salvando por
esse meio sua própria vida e reino. Se ele pudesse tentar Jesus a afastar-Se
da vontade do Pai, seu objetivo estaria ganho. Mas Jesus defrontou o
tentador com a repreensão: "Vai-te, Satanás." Mat. 4:10. Ele deveria curvar-
Se unicamente ante Seu Pai.” Primeiros Escritos, pág. 157

d) Pela Eternidade Afora

“Todas as questões sobre a verdade e o erro no prolongado conflito são


agora esclarecidas. A justiça de Deus acha-se plenamente justificada.
Perante o Universo foi apresentado claramente o grande sacrifício feito pelo
Pai e o Filho em prol do homem.” História da Redenção, pág. 427

3) O AntiCristo
I João 4:15

“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele,
e ele em Deus.”
II João 1:7
“Porque já muitos enganadores saíram pelo mundo, os quais não confessam
que Jesus Cristo veio em carne. Tal é o enganador e o anticristo.”
I João 2:22-26

“Quem é o mentiroso senão aquele que nega que Jesus é Cristo? Este é o
anticristo, o que nega o Pai e o Filho. Todo aquele que nega o Filho, esse não
tem o Pai; aquele que confessa o Filho tem igualmente o Pai. Permaneça em
vós o que ouviste desde o princípio. Se em vós permanecer o que desde o
princípio ouvistes, também permanecereis vós no Filho e no Pai. E esta é a
promessa que ele mesmo nos fez, a vida eterna. Isto que vos acabo de
escrever é acerca dos que vos procuram enganar.”

(Fim do estudo preparado por Silas Jakel em Agosto de 2004)

No grande conflito entre Cristo e Satanás onde está a terceira pessoa da


trindade?

“O pecado originou-se com aquele que, abaixo de Cristo, fora o mais


honrado por Deus, e o mais elevado em poder e glória entre os habitantes do
Céu”. O Grande Conflito, 36ª ed. Tatuí – SP, CPB, 1988. p. 493

“... Cobiçando a honra que o infinito Pai conferira a Seu Filho, este príncipe
dos anjos aspirou ao poder de que era prerrogativa de Cristo, unicamente,
fazer uso”. O Grande Conflito. 33ª ed. 1987. p. 497

 “... A exaltação do Filho de Deus à igualdade com o Pai, foi representada


como sendo uma injustiça a Lúcifer, o qual, pretendia-se tinha também
direito à reverência e à honra. ...”.

“Não tinha havido mudança alguma na posição ou autoridade de Cristo. A


inveja e falsa representação de Lúcifer, bem como sua pretensão à igualdade
com Cristo, tornaram necessária uma declaração a respeito da verdadeira
posição do Filho de Deus; mas esta havia sido a mesma desde o princípio.
Muitos dos anjos, contudo, ficaram cegos pelos enganos de Lúcifer”.

“... Anjos que eram fiéis e verdadeiros sustentavam a sabedoria e justiça do


decreto divino, e se esforçavam por reconciliar este desafeto com a vontade
de Deus. Cristo era o Filho de Deus; tinha sido um com Ele antes que os
anjos fossem chamados à existência. ...”. Patriarcas e Profetas. 12ª ed.
1991. pp. 18-19

“LÚCIFER no Céu, antes de sua rebelião foi um elevado e exaltado anjo, o


primeiro em honra depois do amado Filho de Deus. ...”

“O grande Criador convocou as hostes celestiais, para na presença de todos


os anjos conferir honra especial a Seu Filho. O Filho estava assentado no
trono com o Pai, e a multidão celestial de santos anjos reunida ao redor
dEles. O Pai então fez saber que por Sua própria decisão Cristo, Seu Filho,
devia ser considerado igual a Ele, assim que em qualquer lugar que estivesse
presente Seu Filho, isto valeria pela Sua própria presença. A palavra do Filho
devia ser obedecida tão prontamente como a palavra do Pai. Seu Filho foi por
Ele investido com autoridade para comandar as hostes celestiais. ...”

“Muitos dos simpatizantes de Lúcifer estavam inclinados a ouvir o conselho


dos anjos leais e se arrependeram de sua insatisfação, e de novo receberam
a confiança do Pai e Seu amado Filho. ...”. História da Redenção. 3ª ed.
1981. pp. 13 e 16.

Apêndice C
A ORIGEM DA TRINDADE

   Tertuliano,
sacerdote católico e autor de várias obras, que
viveu entre os séculos 2 e 3,  foi quem criou a filosofia que se denominou de
Trindade: “Tres Personae, una substantia” (texto original em latim).

Hoje, essa filosofia foi incorporada na Crença Fundamental  N° 2 da Igreja


Adventista:  “Há um só Deus, que é uma unidade de três pessoas
coeternas.”

O que mais fez Tertuliano? Basta consultar a Enciclopédia Católica:


(http://www.newadvent.org/cathen/14520c.htm)

1. Foi quem instituiu o “Sinal da Cruz”.

2. Foi quem instituiu a absolvição. (um perdão que vale para os pecados futuros).

3. Foi quem instituiu a penitência.

4. Foi quem instituiu a transubstanciação na eucaristia, que é a crença de que o pão e


vinho se transformam realmente no sangue e na carne de Jesus Cristo.

Enciclopédia Britânica 1974/1979 Volume 10 pg.126


Tradução:

A doutrina se desenvolveu gradualmente através de vários séculos e


passando por  muitas controvérsias.  Inicialmente, por duas razões, a
exigência do monoteísmo herdado do Velho Testamento, e a implicação pela
necessidade de interpretar os ensinamentos da Bíblia para o
paganismo Grego-Romano...

Não foi antes do 4º Século que a distinção dos três em sua individualidade,
foi juntada numa única e ortodoxa doutrina; uma essência e 3 pessoas.

O Concílio de Nicéia em 325 declara a fórmula crucial para esta doutrina


[trindade] que o Filho é da mesma essência (homo ousios) do Pai, embora
tenha dito muito pouco sobre o Espírito Santo.  No decorrer do seguinte meio
século, Anastásio defendeu uma fórmula mais refinada de Nicéia e lá pelo
final do século, sob a liderança de Basil (Basílio) de Cesaréia, Gregório de
Nissa e Gregório Nazianzo (Padres da Capadócia) a doutrina da Trindade
tomou substancialmente a forma que é mantida desde então.

É importante constatar que o aparecimento da doutrina da trindade não foi


antes do 4° Século, e a origem gradual aconteceu em ROMA.
O termo Trindade foi usado pela primeira vez por Teófilo de Antioquia no II
século. A doutrina da Trindade é uma inferência com base bíblica, conforme
é declarado em: José Carlos Ramos, “Santíssima Trindade” (estudo não
duplicado, Instituto Adventista de Ensino - Campus Central, 1996), 1.

Informação contida em literatura adventista:

“Deus existe na forma de uma unidade de três pessoas co-


iguais e coeternas: Pai, Filho e Espírito Santo. Essa ‘família’,
‘pluralidade’ ou ‘comunidade’ divina é conhecida entre os
teólogos como ‘Trindade’ (tri-unidade), palavra primeiro
usada em grego por Teófilo de Antioquia (c. 117-181 d.C.) e
depois cunhada em latim por Tertuliano (c. 160-220 d.C.).”
Revista Sinais, janeiro-fevereiro de 2003, pág. 15

Do Livro Trinity página 150, em nossa tradução:

“É verdade que o Concílio de Nicéia e o Concílio de


Constantinopla fizeram declarações que agora nós devemos
rejeitar porque elas discordam das Escrituras.
Em certos aspectos do entendimento de Athanasius(1) sobre
o Filho, hoje ocasionam mais problemas do que eles
resolvem, inclusive a sua descrição do Filho como
‘eternamente unigênito’.
Mas estas coisas nem são partes e nem necessário para a
fórmula Trinitária de Deus. No entanto como Adventistas, nós
não podemos reconhecer o concílio com autoridade, nós
devemos reconhecer o valor dos argumentos de Basil(2)
sobre as Escrituras e sobre o culto. Nós não aceitamos a
fórmula Trinitariana baseada baseada num dogma da
igreja(3), ou dos concílios da igreja, mas no fato que melhor
representa o que as Escrituras apresentam sobre o Pai, Filho
e o Espírito Santo como um Deus.”

(1) Athanasius estava certo ao repetir o que a Bíblia diz e “unigênito” é uma
condição que só teria mudado se Jesus tivesse um irmão da mesma origem
(Unigênito de Deus).

(2) Padre Católico Basil.

(3) Os “doutores em divindade” da Andrews aceitam a mercadoria de ROMA, apenas não


gostaram da embalagem! (não querem que a “embalagem” venha com o rótulo de
Nicéia). Não aceitam a doutrina da trindade como um dogma imposto pela igreja Católica.
Os próprios teólogos Católicos consideram a doutrina da trindade um dogma, (uma
imposição) por não estar sustentada na Bíblia.
O próprio Papa declara que a Trindade

é uma Doutrina Católica


A Trindade explica a vocação da humanidade a formar
uma só família

Deus não é solidão, mas comunhão perfeita, recorda ao rezar o “Angelus”

CIDADE DO VATICANO, 15 de junho de 2003 (ZENIT.org).- Do mistério


maior do cristianismo, a Trindade, surge a vocação da humanidade “a formar
uma só família”, sem acepção de raças ou culturas, assegura João Paulo II.

Ao celebrar este domingo a solenidade da Santíssima Trindade, o Santo


Padre convidou os crentes a contemplar “o primeiro e último horizonte do
universo e da história: o Amor de Deus, Pai, e Filho e Espírito Santo”.

Antes de rezar a oração mariana do “Angelus”, junto a milhares de


peregrinos reunidos na praça de São Pedro no Vaticano, recordou que “a
Unidade e a Trindade de Deus é o primeiro mistério da fé católica”.

“Chegamos a ele ao final de todo o caminho de revelação que se cumpriu em


Jesus: em sua Encarnação, Paixão, Morte e Ressurreição”, continuou
explicando.

“Deus não é solidão, mas comunhão perfeita --reafirmou--. De Deus


comunhão surge a vocação de toda a humanidade para formar uma só
grande família, na qual as diferentes raças e culturas se encontram e se
enriquecem reciprocamente”.
À luz desta verdade fundamental da fé, concluiu, compreende-se a gravidade
de todas as ofensas contra o ser humano, em particular, mencionou o drama
das pessoas que são obrigadas a fugir de sua própria terra e o “redemoinho
sem fim de violência e represália” que acontece na Terra Santa.

Código: ZP03061505. Data de publicação: 2003-06-15

Fonte: Agência Zenit de Notícias

O Papa: Os refugiados e a violência na Terra Santa, ofensa a Deus


Trindade

Palavras de João Paulo II ao rezar a oração mariana do Angelus

CIDADE DO VATICANO, 15 de junho de 2003 (ZENIT.org).- Publicamos a


seguir as palavras que João Paulo II pronunciou antes e depois de rezar a
oração mariana do “Angelus” junto a milhares de peregrinos
congregados na praça de São Pedro do Vaticano.

Queridos irmãos e irmãs!

1. Neste domingo que segue o Pentecostes celebramos a


solenidade da Santíssima Trindade. A Unidade e a Trindade de Deus é o
primeiro mistério da fé católica. Chegamos a ele no final de todo o caminho
da revelação que se cumpriu em Jesus em sua Encarnação, Paixão, Morte e
Ressurreição. Desde a reunião da “montanha santa”, que é Cristo,
contempla-se o primeiro e último horizonte do universo e da história: o Amor
de Deus, Pai, e Filho e Espírito Santo. Deus não é solidão, mas comunhão
perfeita. Do Deus comunhão surge a vocação de toda a humanidade a
formar uma só grande família, na qual as diferentes raças, culturas se
encontram e se enriquecem reciprocamente (Cf. Atos 17, 6).

2. À luz deste horizonte universal de comunhão, destaca como grave ofensa


a Deus e ao homem toda situação na qual pessoas ou grupos humanos são
obrigados a fugir da própria terra para buscar refúgio em outro lugar.
Recorda-nos a anual Jornada Mundial do Refugiado, que acontecerá no
próximo dia 20 de junho, e que este ano convida a prestar atenção na
realidade dos jovens refugiados. No mundo, quase a metade dos refugiados
são crianças e adolescentes. Muitos deles não vão à escola, carecem de bens
essenciais, vivem em campos de refugiados, ou inclusive, detidos. O drama
dos refugiados exige da comunidade internacional compromisso para
enfrentar não só os sintomas, mas antes de tudo as causas do problema: ou
seja, prevenir os conflitos, promovendo a justiça e a solidariedade em todos
os âmbitos da família humana.

3. Dirigímo-nos agora à Virgem Maria e a contemplamos como admirável


criatura da Santíssima Trindade: “ponto concreto de um conselho eterno”
(“termine fisso d’eterno consiglio”), como canta o sumo poeta Dante Alighieri
(Paraíso XXXII, 3). Pedimos-lhe que ajude a Igreja, mistério de comunhão, a
ser sempre comunidade acolhedora, na qual toda pessoa, em particular se é
pobre e marginalizada, pode encontrar acolhida e apoio.

(Tradução realizada por Zenit)

Código: ZP03061502. Data de publicação: 2003-06-15

Fonte: Agência Zenit de Notícias

A Trindade e o Ecumenismo
Pregador do Papa Faz da Trindade o Novo Símbolo Católico para o
Ecumenismo.
O mistério da Trindade, escola para superar divisões...

O pregador da Casa Pontifícia comenta a questão central da fé cristã

CIDADE DO VATICANO, 17 de junho de 2003 (ZENIT.org - Noticiário oficial


católico).- A contemplação da Trindade poderá impulsionar a superar nossas
divisões aparentemente irreconciliáveis, afirmou o pregador da Casa
Pontifícia comentando o mistério central e mais elevado da vida cristã, que a
igreja celebrou domingo passado.

“O Pai é, como na experiência humana, a origem de tudo”, explicou o padre


Raniero Cantalamessa em uma aproximação à identidade das três pessoas
divinas ante os microfones da Rádio Vaticano.

“Especialmente no pensamento grego, o Pai é visto como a fonte de toda a


Trindade da qual surgem o Filho e o Espírito Santo. O Filho foi interpretado
desde o apóstolo São João, que fala d’Ele como o ‘logos’, a razão, o Verbo”,
continuou.

Por último, continuando o franciscano capuchino, “o Espírito Santo nos foi


revelado através de imagens muito simples: o vento como símbolo de força,
o sopro, o alento que representa a intimidade, a interioridade”.

Para um crente, a Trindade é um mistério próximo, acrescentou o padre


Cantalamessa, visto que a vida cristã --que começa no batismo em nome do
Pai, do Filho e do Espírito Santo-- desenvolve-se imersa na dimensão
Trinitária, seja a confirmação, no sacramento do Matrimônio ou na hora da
morte.

Aproximar o mistério trinitário de um não crente pode-se fazer partindo do


conceito de “Deus-amor”. “Não podemos explicar a Trindade mas ao menos
podemos dizer que Deus não pode não ser Trindade”, comentou o padre
Cantalamessa.

“Deus, desde a eternidade, tem um objeto em si infinito para amar, que é o


Filho, desde o qual é também amado com amor infinito, que é o Espírito
Santo”, observou.

“Às vezes --reconheceu--, quando falo deste mistério, acrescento que teria
compaixão de um Deus que não tivesse ninguém para amar, ninguém com
quem partilhar sua infinita felicidade: seria um Deus muito triste. Como os
homens precisam de alguém com quem se comunicar, Deus necessita em
sua intimidade de uma pessoa para quem possa expressar todo seu amor, e
essa pessoa é o Filho”.

“Contemplar a Trindade, vencer a odiosa divisão do mundo”, é uma frase


que São Sergio de Radonez usava, em certa medida o pai espiritual da
Rússia, recordou o pregador da Casa Pontifícia.
“Nós nos encontramos exatamente ante o mesmo problema --constatou--: a
contemplação da Trindade, que é diversidade no amor e unidade na
diversidade, deveria impulsionar-nos a superar nossas aparências
irreconciliáveis diferenças de raça, de sexo, de cultura, porque a Trindade é
perfeita unidade na diversidade”.

Código: ZP03061702. Data de publicação: 2003-06-17.

Fonte: http://www.zenit.org/portuguese/visualizza.phtml?sid=37344

Constrangedoras Perguntas que os Católicos fazem para os Adventistas


http://www.cathinsight.com/apologetics/adventism/

http://www.angelfire.com/ms/seanie/adventism/sdatrinity.html

Tradução:

Eu estou seguro, que muitos Adventistas estão certos que Ellen G. White
sempre acreditou na doutrina da Trindade. Mesmo que Ellen G. White
sempre tenha acreditado na doutrina da Trindade, surgem muitas perguntas
sobre a sua posição como mensageira do Senhor. Embaixo estão algumas
perguntas que os Adventistas se devem perguntar. Eu convido a todos os
Adventistas que leiam essa página, que descubram a verdade atrás dessas
perguntas, por eles mesmos, e então honestamente se perguntem a sí
mesmos se pertencem a “Igreja Remanescente”.
 
Pergunta 1. Os Adventistas sempre tiveram em suas Doutrinas
Fundamentais a doutrina da Trindade? Senão, quando oficialmente aceitaram
esse ensinamento?

Pergunda 2. Ellen White sempre aceitou a doutrina da Trindade? Ela negou


a deidade de Cristo em alguma época? Se ela negou a deidade de Cristo, em
que ano mudou a sua maneira de pensar?

Pergunta 3. Ellen White foi sempre Trinitariana em seu pensamento, porque


muitos Pioneiros Adventistas, inclusive James White foram não Trinitarianos?

Pergunta 4. Se Ellen G. White defendia a doutrina da Trindade,


especialmente nos primeiros anos do movimento, qual é a sólida prova
disso?
Pergunta 5. Se Ellen White foi Trinitariana e Mensageira do Senhor, porque
não tomou medidas para corrigir os eréticos pontos de vista dos Pioneiros?
Pergunta 6.  Se Ellen White era a Mensageira do Senhor e no controle da
IASD porque permitiu que os Pioneiros publicassem artigos anti-Trinitarianos
na Review and Herald e outras revistas? Com certeza, ela tinha a autoridade
para impedir essas declarações se elas estivessem erradas. Enquanto
existem poucas declarações de Ellen White que dão alguma idéia que ela
acreditava na Trindade (ao menos em algum ponto) não existe explicação
porque ela não tomou medidas para corrigir as declações dos Pioneiros
concernentes à Trindade.

Pergunta 7. O fato de Ellen White nunca ter corrigido os Pioneiros nas suas
declarações anti-Trindade não indica que ela foi não Trinitariana em alguma
época?

Pergunta 8. Você concorda que um grupo que nega a Trindade os torna


eréticos?  Se é assim, a igreja IASD antes de aceitar oficialmente a Trindade
não era um grupo erético e não cristão?
 
Pergunta 9. Para Ellen White, aparentemente foi dada por Deus uma visão
sobre a importância do sábado, porque Deus nunca deu a Ellen White uma
visão sobre a importância da Trindade, que é mais importante que o sábado?

Pergunta 10. Como a igreja Adventista pode proclamar que é a igreja


remanescente, se por mais de 80 anos, ou tanto, o movimento não
acreditava oficialmente na doutrina da Trindade?  Se a igreja IASD era
realmente a igreja remanescente, porque demorou tanto para oficialmente
fazer da Trindade uma  Crença Fundamental, (1932) embora declarem que
Ellen White sempre acreditou na Trindade?

Pergunta 11. Porque Deus apontaria essa mulher e esse movimento como
sendo Seu representante quando não aceitavam a Trindade por 80 anos, ou
tanto?

Pergunta 12. Você concorda que Ellen White deve ser classificada como
profeta falsa se negar a deidade de Cristo?

Pergunta 13. Você considera os grupos como: Testemunhas de Jeová,


Christadelphians, Mórmons, Christian Science, the United Pentecostal Church
etc. como eréticos porque negam a Trindade?
Pergunta 14. Você acredita que Deus deu uma revelação a um povo, ou
grupo que tinham convicções eréticas, como negar a Trindade?

Conclusão: Se a história da origem dos Adventistas do Sétimo-dia mostra


que não eram Trinitarianos em sua crença, como podem reclamar ser a
“igreja remanescente” e várias outras reivindicações que tem hoje?

As Pedras estão clamando: Revista Secular confirma que a


Igreja Cristã Primitiva não adorava a Trindade
Segue abaixo a cópia de página da Revista (Ecumênica) das Religiões, da
Superinteressante (Edição de Março de 2004, pág. 28) em que se afirma que
a Igreja Cristã primitiva NÃO ADORAVA A TRINDADE, e que a “realidade
trinitária de Deus” foi definida “a partir do 4º século”. A matéria fala do
monoteísmo como uma invenção equivocada das tribos de Israel,
posteriormente corrigida pelos “teólogos” católicos com seus argumentos
filosófico-enrolativos (sempre repetidos pelos pastores da IASD!)...

As pedras clamam e “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”!


Como os Evangélicos defendem a Trindade?
O texto que se segue foi tirado da seção de perguntas e respostas
denominada “ICP Responde” do site do “Instituto Cristão de Pesquisa”
(www.icp.com.br), responsável pela revista apologética “Defesa da Fé”:

Gostaria de saber quem é o autor da expressão Trindade,


uma vez que esta expressão não consta na Bíblia?
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a
comunhão do Espírito Santo seja com todos vós. Amém” (2Co
13.14).
Devido à popularidade do assunto nos círculos estudantis e
teológicos, e a abrangência de sua defesa bíblica, nos
ateremos apenas ao seu aspecto histórico para que possamos
conhecer a origem do termo. Alguns grupos sectários que
zombam dos trinitarianos afirmam que a Trindade foi um
conceito forjado (manipulado) por “homens”. Por exemplo: a
Sociedade Torre de Vigia, organização das Testemunhas de
Jeová, assevera que os primitivos cristãos não tinham
consciência nem instruíam seus adeptos acerca da doutrina
da Trindade. Querem afirmar, com isso, que a fé na doutrina
da Trindade, advogada pelos cristãos, ocorreu por conta de
uma heresia doutrinária por volta do século 3 o. Se assim
fosse, e se a Bíblia não comentasse nada sobre a Trindade,
uma pergunta ficaria sem resposta: quem foi o “inventor”
dessa doutrina?
Uma coisa é certa: não foi inventada por homens. A bem da
verdade, se os cristãos quisessem minimizar o suposto
“problema” que permeia a compreensão genuína dessa
doutrina, seria muito mais fácil alterá-la, manipulá-la ou,
então, não reconhecê-la como bíblica.
Antes de qualquer coisa, é necessário afirmar que a doutrina
da Trindade não tem sua origem nas definições e escritos dos
chamados “pais da igreja”. Ao contrário. Sempre esteve
esposada nas Sagradas Escrituras. Conforme a obra
Introdução à teologia sistemática, de Millard Erickson, “a
doutrina ortodoxa da Trindade foi enunciada em uma série de
debates e concílios, em grande parte, causada por
movimentos tais como monarquianismo e arianismo. Foi no
Concílio de Constantinopla (381 d.C.) que emergiu uma
formulação definitiva em que a igreja explicitou as crenças
que estavam implícitas. A concepção que prevaleceu foi
basicamente a de Atanásio (293-373 d.C.), conforme
elaborada e aperfeiçoada pelos teólogos capadócios: Basílio,
Gregório de Nazianzo e Gregório de Nissa”.
Analisando as informações históricas referentes ao assunto,
podemos afirmar que o termo Trindade foi uma expressão de
caráter teológico conferida a Deus por Tertuliano, no final do
século 2o. Obviamente que recebeu esta designação porque
seus ensinos se encontram em várias partes da Bíblia. Não
necessitamos dos chamados “pais da igreja” para justificar a
doutrina da Trindade, mas os documentos ou os escritos
desses “pais” provam, sem deixar nenhuma sombra de
dúvida, que a doutrina da Trindade era ensinada e difundida
pelos cristãos da antiguidade.
Fonte: www.icp.com.br/responde68.asp

A História da Trindade nas Esculturas através dos tempos

 
 

     Brahma – Vishnu - Shiva


  

  
  

(Ilustrações extraídas de publicação dos Testemunhas de Jeová: “Deve-se C

A própria Revista Adventista em uma edição especial em 1983 admitiu o fato


de a crença numa trindade já era uma realidade nas antigas religiões pagãs.

“Enquanto outras religiões incluíam uma ‘trindade’ em seu


panteão, somente o cristianismo se distingue pela crença
geral num Deus triúno - um só Deus verdadeiro e vivente
(Deut. 6:4) existindo numa unidade de três Pessoas distintas
e coeternas: Pai, Filho e Espírito Santo. As Pessoas divinas
nessa Divindade trina e una são imortais, onipotentes e
oniscientes.”

Apendice D

Analisando o “dogma” da Trindade


 

Existem várias concepções da Trindade. Parte dos trinitarianos crêem em


três pessoas divinas co-iguais e co-eternas, outros admitem diferentes níveis
hierárquicos e de natureza entre Deus Pai, Deus Filho e o Deus Espírito
Santo. Mas todos dizem ter razões bíblicas para acreditar que existem
realmente três pessoas divinas e que esses três seres representariam um
único Deus. Desse modo, tentam livrar-se da acusação de politeísmo, isto é,
o pecado da adoração de mais de um Deus.

Tendo a Bíblia como critério de avaliação, consideremos todas essas


afirmações no Tribunal da Verdade:

1. Para serem co-iguais, as três diferentes pessoas da Trindade


deveriam possuir idêntica autoridade e plena igualdade de poder. Mas
as Escrituras Sagradas são muito claras quanto ao fato de que Deus, o Pai, é
evidentemente superior a Seu Filho.

Prova 1: O próprio Senhor Jesus refere-Se a Deus como o "Altíssimo" (Lucas


6:35), isto é, Aquele que ocupa a posição mais elevada, que está isolado em
nível máximo, numa condição inatingível por qualquer outro ser.

Prova 2: Jesus Cristo afirma explicitamente em João 14:28: "Ouvistes que


eu vos disse: vou e volto para junto de vós. Se me amásseis, alegrar-vos-
íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu."

Prova 3: Jesus também afirma categoricamente em João 13:16: "Em


verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor,
nem o enviado, maior do que aquele que o enviou."

Deus, o Pai, que nos enviou Seu Filho é, portanto, obviamente, maior do que
Ele, que, repetidas vezes, como em João 5:37, afirmou: "O Pai, que me
enviou, esse mesmo é que tem dado testemunho de mim. Jamais tendes
ouvido a sua voz, nem visto a sua forma."

Também o Espírito Consolador é inferior ao Pai, uma vez que também seria
enviado por Ele, segundo informa Jesus Cristo em João 14:26: "Mas o
Consolador, o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo o que vos tenho dito."

Prova 4: Jesus afirma e o apóstolo Paulo inspiradamente confirma, que


Deus, o Pai, é maior do que tudo e todos: "Meu Pai, que mas deu, é maior do
que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai." João 13:29,
Versão Revista e Corrigida.

I Coríntios 15:27-28: "Porque todas as coisas sujeitou debaixo dos pés. E,


quando diz que todas as coisas lhe estão sujeitas, certamente, exclui aquele
que tudo lhe subordinou. Quando, porém, todas as coisas lhe estiverem
sujeitas, então, o próprio Filho também se sujeitará àquele que todas as
coisas lhe sujeitou, para que Deus seja tudo em todos.

2. Se o Espírito Santo fosse realmente uma terceira e distinta pessoa divina, nada poderia justificar Sua omissão e
ausência em textos bíblicos como estes:

Prova 1 - I Coríntios 8:6: "Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de


quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus
Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele." Quando Paulo
define o único Deus, ele omite qualquer referência ao Espírito Santo.

Prova 2 - Marcos 13:32: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém


sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão o Pai." Quando Jesus cristo,
no Evangelho de Marcos, menciona aqueles que poderiam conhecer a data
de Sua volta, omite qualquer referência ao Espírito Santo.

Prova 3 - João 16:32: "Eis que vem a hora e já é chegada, em que sereis
dispersos, cada um para sua casa, e me deixareis só; contudo, não estou só,
porque o Pai está comigo." Se o Espírito Santo fosse uma terceira pessoa
divina, não poderia "Ele" fazer companhia para Jesus em lugar do Pai?
Contudo, Jesus nem sequer o mencionou nessa ocasião.

3. Jesus Cristo nunca é chamado "Deus Filho" no relato bíblico.

Prova 1:

Tudo que fez e disse foi realizado por ordem e permissão do Pai, a quem Ele
próprio se referia como "Meu Deus" (confira em Mateus 27:46; João 20:17;
Apocalipse 3:2 e 3:12).

Prova 2:

Jesus nos afirma que "o Filho nada pode fazer de si mesmo". João 5:19. Essa
idéia se repete no verso 30. "Eu nada posso fazer de mim mesmo." E o
mesmo pensamento aparece em João 5:17, 19, 30, 36; 8:28, 29; 9:4;
10:25, 32, 37; 14:10,11, 31; 17:4. João registra 14 vezes em seu
Evangelho, que as obras de Jesus não foram feitas por Ele próprio, mas
realizadas pelo poder de Seu Pai.

Prova 3:

Jesus nos diz que até as palavras que proferia não eram suas próprias. Em
João 12:49, Jesus afirma: "O meu ensino não é meu, e sim daquele que me
enviou." Esse pensamento é novamente expresso em  João 7:16-18; 8:28,
29, 38; 12:49, 50; 14:24,31; 16:15. Em nove ocasiões, João retrata Jesus
revelando que as palavras que proferia eram de Seu Pai!

Prova 4:

Em João 12:44, Jesus afirma: "Quem crê em mim crê, não em mim, mas
naquele que me enviou."

4. Se o Espírito Santo fosse uma terceira e distinta pessoa divina, o Pai não seria o pai!

Prova 1:

"Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe,
desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida
pelo Espírito Santo." Mateus 1:18.

Prova 2:

"Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um


anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua
mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo." Mateus 1:20.

Prova 3:

"Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do


Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que
há de nascer será chamado Filho de Deus." Lucas 1:35.

5. A ausência de terminologia bíblica apropriada impede o entendimento e aceitação da doutrina da Trindade.

Prova 1:

Exemplos de expressões-chave ausentes da Bíblia, mas encontradas apenas


nos credos: "Deus Filho", "Deus Espírito", "Deus triúno", "Filho eterno", "Co-
igual", "Co-eterno", "triunidade divina", "Trindade", "substância" (divina) e
"essência" (divina).

 
6. As pessoas que, inspiradas por Deus, escreveram a Bíblia em sua linguagem original, não criam na Trindade!

Prova 1:

Os judeus eram uma nação estritamente monoteísta. Eles jamais poderiam


sequer imaginar "um Deus em três pessoas". E Jesus disse que eles estavam
corretos em seu culto a Deus! João 4:22: "Vós adorais o que não conheceis;
nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus."

7. Além de tudo isso, há vários textos bíblicos em que forçosamente a "Trindade" deveria ter sido mencionada,
caso fosse uma doutrina verdadeira.

Prova 1:

A oração-modelo, ensinada por Jesus Cristo, não menciona a Trindade, nem


dois de seus supostos componentes ("Deus Filho" e "Deus Espírito"), como
destinatária(os) de nossas mensagens de comunhão com o Céu. (Veja
Mateus 6:9-13.)

Se você ora unicamente ao Pai e pede que o atenda em nome de Jesus,


como seu mediador, é porque, na prática, não crê na doutrina da Trindade!

Prova 2:

Quando Jesus foi transfigurado diante de Pedro, Tiago e João, e Moisés e


Elias vieram ter com Ele, não seria mais lógico que o Pai e o Espírito viessem
confortá-Lo? Por que apenas o Pai Se manifestou naquela nuvem, dizendo
"este é o Meu Filho amado, a Ele ouvi". Veja Marcos 9:2-10.

Prova 3:

Jesus descreve o Pai como o único e verdadeiro Deus. Não deveria Ele ter
incluído também o "Deus Filho" e o "Deus Espírito", isto é, a Trindade" em
João 17:1-3?

"Tendo Jesus falado estas coisas, levantou os olhos ao céu e disse: Pai, é
chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que o Filho te glorifique a ti, assim
como lhe conferiste autoridade sobre toda a carne, a fim de que ele conceda
a vida eterna a todos os que lhe deste. E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste."

Seu veredito

E então, qual é o seu veredito? A doutrina da Trindade está no banco dos


réus e o juiz é você! Uma variedade de provas já lhe foram apresentadas,
embora existam muitas outras. Qual será sua decisão?
Em sua avaliação, a doutrina da Trindade subsiste ao crivo das Escrituras
Sagradas? Ou está na hora de você rever suas crenças? Um dia, todos nós
estaremos em pé diante do trono do Deus único e verdadeiro, em cuja direita
assenta-Se Seu Filho. Ele é Deus zeloso, que exige adoração exclusiva e não
admite a idolatria.

Estamos nós preparados para encontrá-Lo face a face? Ou tentaremos nos justificar, pedindo-Lhe que nos perdoe
por ter confiado nos ensinos líderes da igreja que freqüentávamos?

Randall D. Rughes (Traduzido e adaptado por Robson Ramos.)

Apêndice E

Uma Análise dos Artigos Denominacionais em Defesa da Trindade

Por Robson Ramos


O debate acerca da impropriedade da inclusão da doutrina da
trindade entre as crenças fundamentais adventistas, iniciado na
internet, em pouco mais de um ano deixou aquele espaço virtual
para transformar-se em discussão real nas igrejas, classes da
Escola Sabatina e reuniões de pequenos grupos de estudo da
Bíblia em todo o Brasil.

Sempre atenta às demandas do mercado, a Casa Publicadora


Brasileira aproveita o atual momento para lançar a tradução em
português do livro The Trinity, da autoria de doutores adventistas
de teologia e publicado nos Estados Unidos em 2002.

Antes do lançamento oficial, administradores e departamentais


de alguns Campos já haviam se apossado de alguns dos
argumentos do tal livro e preparado folhetos e apostilas para
tentar conter o avanço do escândalo do abandono pela
Administração da crença original adventista acerca de Deus, após
a morte dos pioneiros.

A denúncia fechou com impacto uma série de divulgações acerca


da corrupção administrativa denominacional, demonstrando de
forma inequívoca que a liderança distanciou-se
irremediavelmente de Deus e de Seu propósito para com a igreja,
a ponto de mudar até o que cria e ensinava anteriormente sobre
a Divindade.

Essa é a prova maior da corrupção administrativa da IASD, pois


nossa liderança não viu problema algum em alterar esta que é
principal doutrina de qualquer grupo religioso (sua crença acerca
de Deus), para substituí-la por outra de cunho ecumênico e anti-
bíblico. Em troca, deixaria de ser considerada seita e poderia
receber com mais facilidade recursos dos governos.

Houve também vários artigos de teólogos brasileiros sobre o


tema da Divindade, nas últimas edições das revistas Sinais,
Adventista, Ministério e do Ancião. Nas igrejas, pastores da ativa
e encostados levantaram-se em defesa do trinitarianismo, todos
eles armados com suas escopetas filosófico-teológicas, apontadas
em vão contra a Rocha da Verdade, que é a Palavra de Deus.

No texto a seguir, você encontrará alguns dos principais


"Chumbinhos Teológicos" disparados em defesa da Trindade por
esses pseudos-teólogos adventistas, confrontando-se com as
potentes e certeiras balas do "Canhão da Verdade Bíblica".

Chumbinhos Teológicos X Canhão da Verdade Bíblica

1. A doutrina da Trindade é bíblica. 1. A doutrina da Trindade NÃO é Bíblica.

   

Quando proferem suas palestras ou Centenas de textos bíblicos deixam


inflamados discursos à Igreja, os muito claro que o Deus soberano do
teólogos adventistas de plantão não Universo é uma única pessoa, a quem
apresentam qualquer prova bíblica Seu Filho nos ensinou a designar
de que exista uma Trindade divina, como Pai. Estes são apenas alguns
que seria formada por três pessoas exemplos:
co-iguais e co-eternas, as quais,
embora existindo isoladamente, Deuteronômio 6:4-5:
formariam um único Deus. Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus,
é o único SENHOR. Amarás, pois, o
Eles simplesmente afirmam a SENHOR, teu Deus, de todo o teu
existência da Trindade do alto de sua coração, de toda a tua alma e de toda
própria autoridade, eloqüência e a tua força.
erudição. Confiam na passividade e
ignorância dos membros presentes,  
os quais não ousariam questionar
publicamente ao pastor, uma vez Marcos 12:28-30:
que estão despreparados para Chegando um dos escribas, tendo
defender biblicamente aquilo em que ouvido a discussão entre eles, vendo
acreditam. como Jesus lhes houvera respondido
bem, perguntou-lhe: Qual é o
Entre as ferramentas utilizadas por principal de todos os
esses supostos "teólogos" para mandamentos? Respondeu Jesus: O
assegurar credibilidade junto aos principal é: Ouve, ó Israel, o Senhor,
membros, conferindo-se status nosso Deus, é o único
teológico superior para garantir a Senhor! Amarás, pois, o Senhor, teu
não-contestação, figuram Deus, de todo o teu coração, de toda
freqüentemente as citações a a tua alma, de todo o teu
vocábulos das línguas bíblicas entendimento e de toda a tua força.
originais. E argumentos
inconsistentes como: "A palavra I Coríntios 8:5-6:
Trindade não aparece na Bíblia, mas
a palavra 'milênio' também não Porque, ainda que há também alguns
consta. E isso prova que um termo que se chamem deuses, quer no céu
não precisa estar na Bíblia para ou sobre a terra, como há muitos
identificar uma doutrina correta." deuses e muitos senhores, todavia,
para nós há um só Deus, o Pai, de
O pior é que jogos infantis de quem são todas as coisas e para
palavras como esse ainda quem existimos; e um só Senhor,
convencem o raciocínio pouco Jesus Cristo, pelo qual são todas as
desenvolvido de boa parte de nossos coisas, e nós também, por ele.
irmãos, que estarão sempre
receptivos a qualquer tolice desde I Timóteo 2:3-6:
que seja dita por seu pastor Isto é bom e aceitável diante de
preferido, em quem foram treinados Deus, nosso Salvador, o qual deseja
para confiar. Ora, a palavra "milênio" que todos os homens sejam salvos e
não existe na Bíblia, mas há cheguem ao pleno conhecimento da
informações de sobra sobre o verdade. Porquanto há um só Deus e
período de mil anos em que a Terra um só Mediador entre Deus e os
permanecerá desolada entre a homens, Cristo Jesus, homem,  o qual
segunda e a terceira vinda de Cristo! a si mesmo se deu em resgate por
O mesmo não acontece com a todos: testemunho que se deve
doutrina da Trindade. prestar em tempos oportunos.
2. A doutrina da Trindade deve ser 2. A doutrina da Trindade não deve ser aceita
aceita pela fé e não questionada. pela fé sem questionamentos, por não ter
origem bíblica.
 
 
Primeiro, como dissemos acima, os
Não estamos afirmando que o
pseudo-teólogos adventistas tentam
conhecimento do grego e do hebraico
impor sua autoridade teológica e
não sejam importantes para uma
eclesiástica, arrotando vocábulos em
melhor compreensão da Bíblia. Há
hebraico e argumentos retóricos em
lugar, sim, para palavras dos textos
lugar de textos bíblicos que
originais bíblicos na defesa de nossas
representem um claro "Assim diz o
convicções doutrinárias, desde que o
Senhor" sobre o assunto.
significado destas sejam apresentado
para esclarecer pontos obscuros na
Quando percebem, porém, que o
linguagem que utilizamos e não para
discurso não está funcionando, numa
forçar um entendimento contrário ou
atitude que revela completo
diferenciado daquilo que, de fato, está
desespero de causa, apelam para a
escrito no contexto bíblico.
substituição da razão pela fé,
impondo a crença cega na Trindade
Por exemplo, é exatamente por
como se entre nós adventistas
conhecer o significado das palavras
houvesse lugar para dogmas, ou
ruach em hebraico e pneuma em
doutrinas empurradas goela abaixo
grego, que afirmamos que a
pela autoridade do magistério e da
expressão bíblica "Espírito Santo"
tradição da Igreja.
significa apenas "vento, brisa, fôlego,
hálito" e por extensão "força vital,
Assim, transferem para o ouvinte a
poder invisível, energia" de origem
culpa por sua própria incapacidade e
divina, isto é, santo.
impossibilidade de apresentar provas
bíblicas da existência da Trindade. É
Observe que a palavra em hebraico é
como se nos dissessem: "Não é que
uma onomatopéia, que reproduz
eu não saiba explicar. É você que
exatamente o som do ar em
não está entendendo, por causa de
movimento, enquanto o vocábulo
suas limitações culturais, cerebrais
grego é bem conhecido entre nós por
e, acima de tudo, espirituais. Você
ajudar a identificar o estudo de
não aceita a doutrina da Trindade,
problemas respiratórios
porque não tem fé!"
(pneumatologia), doença do pulmão
(pneumonia) e até os pneus cheios de
É o mesmíssimo argumento daqueles
ar de nosso carro (pneumáticos).
pastores pentecostais que, quando o
milagre prometido não se realiza,
Por isso, são raros os teólogos
atribuem a razão do fracasso à falta
capazes de afirmar com sinceridade,
de fé do interessado na graça. Mas a
como fez o Dr. José Carlos Ramos: "O
fé de que necessitamos como
termo Trindade foi usado pela
cristãos não visa a levar-nos a
primeira vez por Teófilo de Antioquia
aceitar o que não está escrito na
no II século. A doutrina da Trindade é
Bíblia, como uma verdade
uma inferência com base bíblica."1
posteriormente revelada. Nossa fé se
Inferência não é doutrina!
limita a aceitar que aquilo que está
escrito na Bíblia é a Palavra de Deus.
3. O homem não pode conhecer nem entender 3. O homem pode e deve conhecer a Deus
a Deus. Caso contrário, Este deixaria de ser porque Este Se revela à humanidade, através
Deus. dos ensinos do profetas, apóstolos e de Seu
Filho unigênito.
Em defesa da doutrina católica da
Trindade, são capazes de negar a Obviamente, melhor seria adotar um
própria teologia, cuja proposta é outro termo em lugar de teologia,
exatamente o "estudo de Deus" "bibliologia" (estudo da Bíblia) talvez.
(Theos + Logia)! Não são capazes, De qualquer modo, se existem
porém, de perceber esse lado "teólogos" é porque é possível,
absurdo e ridículo de suas através das Escrituras Sagradas,
afirmações. estudarmos e até nos aprofundarmos
no estudo da Revelação de Deus,
Depois de verem falhar o argumento acerca de Si mesmo.
da autoridade intelectual e o da
autoridade teológica, na tentativa de Aliás, isto não é apenas possível, mas
acrescentar algum conteúdo bíblico à insistentemente sugerido pelo próprio
sua argumentação pró-trindade, um Senhor Jesus, que disse que nossa
versículo que os pseudo-teólogos vida eterna depende exatamente
adventistas costumam citar é desse conhecimento correto acerca de
Romanos 11:33: Deus: "E a vida eterna é esta: que te
conheçam a ti, o único Deus
"Ó profundidade da riqueza, tanto da verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
sabedoria como do conhecimento de enviaste." João 17:3.
Deus! Quão insondáveis são os seus
juízos, e quão inescrutáveis, os seus Em relação às passagens citadas ao
caminhos!" lado, Romanos 11:25 esclarece que o
mistério a que Paulo se refere nesse
Apresentam essa passagem para capítulo não é a Trindade:
tentar provar que é impossível ao
homem conhecer a Deus em Sua "Porque não quero, irmãos, que
plenitude. E acrescentam 1 Timóteo ignoreis este mistério (para que não
3:16: sejais presumidos em vós mesmos):
que veio endurecimento em parte
"Evidentemente, grande é o a Israel, até que haja entrado a
mistério da piedade: Aquele que plenitude dos gentios." Esse é o
foi manifestado na carne foi mistério!
justificado em espírito, contemplado
por anjos, pregado entre os gentios, Entenda melhor Romanos 11:33,
crido no mundo, recebido na glória." através desta versão da Bíblia na
Linguagem de Hoje: "Como são
A ênfase, a partir de então, recai grandes as riquezas de Deus! Como
sobre os adjetivos "insondáveis" e são profundos o seu conhecimento e
"inescrutáveis", além do substantivo a sua sabedoria! Quem pode
"mistério", deixando completamente explicar as suas decisões? Quem
de lado outras informações do pode entender os seus planos?"
contexto em que esses versículos
estão inseridos. Pretendem provar O texto de 1 Timóteo 3:16 refere-se
que a Trindade seja um mistério ao mistério da encarnação de Jesus
insondável e inescrutável, embora os Cristo, sem qualquer ligação com a
assuntos de que o apóstolo trata Trindade.
nada tenham a ver com a natureza
de Deus.

4. A fé transcende a razão. 4. A fé depende da Revelação e não a pode


ultrapassar.
 
 
Toda vez que você contradisser a um
teólogo trinitariano, insurgindo-se O único parâmetro para a fé cristã é a
contra sua pretensa autoridade Revelação e não, a razão. A fé não se
teológica e eclesiástica para mostrar- contrapõe à razão, não se compara a
lhe que está equivocado e não tem ela, nem procura acompanhar a razão
razão por estar citando passagens até certo ponto. Portanto, não cabe
bíblicas fora do contexto, ele apelará julgar se a fé é racional, irracional ou
para frases filosóficas, como: "A fé extra-racional.
transcende a razão".
O foco da fé é sempre e
Através desse subterfúgio ou saída exclusivamente a Revelação.
estratégica, procuram conduzir o Fundamenta-se unicamente na
debate acerca da natureza de Deus Palavra de Deus, que a define e
para um outro ambiente, o da mera exemplifica em Hebreus 11:
disputa intelectual, em que toda
argumentação é válida, sem que a "Ora, a fé é a certeza de coisas que
Bíblia seja considerada como único se esperam, a convicção de fatos que
se não vêem. ...Pela fé,
critério de avaliação. entendemos que foi o universo
formado pela palavra de Deus, de
Isto é, afirmam que a fé transcende maneira que o visível veio a existir
a razão para tentar provar das coisas que não aparecem."
exatamente o contrário, que a razão
transcende a fé, que a mente O cristão entende os assuntos
humana é capaz de chegar à espirituais pela fé, não pela razão. Fé
verdade sobre Deus, sem que esta não é a certeza de coisas que se
provenha totalmente da Bíblia ou deduzem, nem a convicção de fatos
ainda que não conste inteiramente que se não vêem, mas parecem
dela. lógicos...

Esse é o momento em que entra em Por isso, quando o teólogo trinitariano


ação o velho estilo satânico de honra aparentemente a Bíblia com a
interpretar convenientemente o que sua citação para em seguida
diz a Palavra de Deus, insinuando contradizê-la, mencionando o
que sua aplicação literal não faz conceito bíblico apenas como uma das
sentido. "É assim que Deus disse?" premissas do raciocínio, nós nos
perguntou a serpente no Paraíso. E desvencilhamos dele com a afirmação
no deserto, o Diabo contra- de nossa ignorância e total confiança
argumentou: "Mas também está apenas naquilo que está escrito. Não
escrito..." seguiremos o seu raciocínio, porque
oculta a astúcia da antiga serpente.
Esse é o momento das "inferências
com base bíblica", em que o Um recente número da Revista do
raciocínio humano contradiz o Ancião2 trouxe várias perguntas
enunciado bíblico, alterando-lhe o capciosas desse estilo: Poderia o
significado. Equivale a substituir o Eterno ser chamado de amor se
"está escrito" pelo "está implícito". existisse como ser solitário? Seria
possível o amor divino se Deus não
A Bíblia diz que Deus é único e está fosse múltiplo para exercitá-lo entre
unido plenamente a Seu Filho em Si? Dependeria Deus dos seres
ideais e propósitos, mas a sabedoria criados para exercitar Seu amor? A
e tradição humanas entram em ação todas elas nem nos atrevemos a
para explicar que a unicidade de considerar. Apenas respondemos:
Deus é composta por três, que Sua "Não sabemos, mas está escrito que o
singularidade é plural e que Sua Deus Eterno é um só."
unidade com o Filho é dividida
também com um terceiro elemento,
o Espírito...
5. Na matemática divina: 1 + 1+ 1 = 1. 5. Na linguagem bíblica, vale o que está escrito.

  O princípio, segundo o qual "na


matemática divina, 1+1+1=1", é
A frase freqüentemente repetida -- apenas frase de efeito, filosofia
"Na matemática divina, 1+1+1=1" -- barata. Mesmo assim, o adventista-
é só um exemplo dos princípios padrão confia tanto em seus teólogos
casuísticos, criados pelos teólogos que não percebe que está sendo
adventistas para interpretar textos enrolado e desencaminhado por eles.
bíblicos de modo que favoreçam à
doutrina da Trindade. Alguns chegam a tomar nota de
enunciados tolos como esse e repeti-
O triste é que um recurso absurdo los por aí, sem sequer atentar para o
como esse funciona, quanto usado risco de Deus modificar as regras
para convencer aqueles que aceitam matemáticas por Ele criadas e que
definir a veracidade da crença regem o Universo, para atender a um
trinitariana pela lógica, caso específico como a formulação de
aparentemente fundamentada na uma doutrina sobre Si mesmo.
Bíblia.
Com base na criação de Adão e Eva à
E no arsenal dos teólogos, não imagem e semelhança de Deus, os
faltam chumbinhos filosóficos, quais formaram "uma só carne",
compostos de verdade e erro, embora fossem duas pessoas
através dos quais tentam desdizer (Gênesis 2:24); e também com base
aquilo que é explicitamente afirmado na afirmação de Cristo de que Ele e o
nas Escrituras. Pai (apenas!) são um (João 10:30);
poderíamos no máximo dizer que, no
Um exemplo é a manipulação que relato da Criação e na revelação feita
fazem do hebraico para concluir que por Jesus, a Divindade é dual,
o "Santo Shemá", encontrado em composta por duas Pessoas. Mas sem
Deuteronômio 6:4, onde lemos: nos esquecer de que Cristo também
"Ouve, ó Israel, o Senhor nosso disse: "O Pai é maior do que eu."
Deus é o único Senhor", significa em (João 14:28.)
realidade: "Ouve, ó Israel, o Senhor
nosso Deus é um entre outros em Se Deus fosse trindade composta por
uma unidade conjunta ou três pessoas, por que criaria uma
partilhada." unidade à Sua imagem e semelhança
composta de apenas duas pessoas? E
Esse é o argumentado apresentado note que do mesmo modo que Deus é
por um dos autores do livro The o cabeça de Cristo, Adão foi posto
Trinity, no artigo "A Trindade" como o cabeça de Eva. (Veja I
publicado na edição de julho- Coríntios 11:3.) A unidade de
setembro de 2003, da Revista do propósito não anula a desigualdade
Ancião, pág. 29: hierárquica. 

"A leitura superficial desse texto Felizmente, o mesmo poder que


poderia apontar para o inspirou a redação das Escrituras,
unitarianismo, mas quando o ilumina-nos hoje o entendimento para
significado da palavra hebraica que encontremos na própria Bíblia as
traduzida como 'único' ('echad) é respostas de que necessitamos, sem
explorado em profundidade e que haja necessidade de recorrermos
comparado com a palavra yachid, aos sinuosos raciocínios da Teologia.
os resultados são reveladores: Aliás, a irmã White ensina que regras
'echad na verdade significa 'um de interpretação bíblica inventadas
(entre outros)'. ...A possibilidade de por teólogos, só atrapalham!
haver outros é inerente em 'echad,
mas yachid impede essa "As verdades mais claramente
possibilidade.' reveladas na Escritura Sagrada têm
sido envoltas em dúvida e trevas
"A diferença entre 'echad e yachid pelos homens doutos que, com
pode ser explicada melhor: 'echad pretensão de grande sabedoria,
refere-se à unidade que resulta da ensinam que as Escrituras têm um
união de várias pessoas, enquanto sentido místico, secreto, espiritual,
que yachid é usada, no hebraico, que não transparece na linguagem
para referir-se a um ser empregada. Estes homens são falsos
exclusivamente único. Contrastando ensinadores. Foi a essa classe que
com 'echad, yachid "significa 'um' no Jesus declarou: 'Errais vós em razão
sentido de 'único' ou 'sozinho'." de não saberdes as Escrituras nem o
Contudo, Moisés preferiu empregar a poder de Deus.' Mar. 12:24. A
palavra 'echad para expressar a idéia linguagem da Bíblia deve ser
de um entre outros em uma unidade explicada de acordo com o seu
conjunta ou partilhada." óbvio sentido, a menos que seja
empregado um símbolo ou figura." O
Não encontrei exemplo melhor da Grande Conflito, págs. 598-599.
desonestidade e habilidade em
distorcer o sentido das Escrituras dos O próprio contexto de Deuteronômio
teólogos adventistas do que esse! 6, por exemplo, mostra que o Deus
Isso deve ser um dom de origem de Israel tanto é 'echad por ser um
satânica. só, quanto por ser singular, ou sem
igual, entre os deuses, mas isso não
Através de Moisés, Deus está significa que seja uma Trindade.
ordenando ao povo de Israel que O
sirva com exclusividade e ame com Veja o que dizem os versos 13-14: "O
inteireza de coração: "Ouve, Israel, o SENHOR, teu Deus, temerás, a ele
SENHOR, nosso Deus, é o único servirás, e, pelo seu nome, jurarás.
SENHOR. Amarás, pois, o SENHOR, Não seguirás outros deuses, nenhum
teu Deus, de todo o teu coração, de dos deuses dos povos que houver à
toda a tua alma e de toda a tua roda de ti, porque o SENHOR, teu
força..." Deus, é Deus zeloso no meio de ti,
para que a ira do SENHOR, teu Deus,
Ou seja, porque Deus é único não se não acenda contra ti e te destrua
aceitará um coração dividido com de sobre a face da terra."
outro deus ou por mais de um. Mas
eis que surge o teólogo adventista e,
assentado na cadeira de Moisés, diz
que não é bem assim, que a unidade
divina é composta, que numa leitura
superficial o unitarista teria razão,
mas explorado com profundidade,
comparado e explicado melhor é
inerente que Moisés queria dizer que
Deus não é um, mas três-em-um...
Deuteronômio 6:4-5:
"Ouve, Israel, o SENHOR, nosso
Deus, é o único SENHOR. Amarás,
pois, o SENHOR, teu Deus, de todo o
teu coração, de toda a tua alma e de
toda a tua força."

I Coríntios 8:5-6:
Porque, ainda que há também alguns
que se chamem deuses, quer no céu
ou sobre a terra, como há muitos
deuses e muitos senhores, todavia,
para nós há um só Deus, o Pai, de
quem são todas as coisas e para
quem existimos; e um só Senhor,
Jesus Cristo, pelo qual são todas as
coisas, e nós também, por ele.
Referências:

1. Dr. José Carlos Ramos em: "Santíssima Trindade" (estudo não duplicado,
Instituto Adventista de Ensino - Campus Central, 1996), pág. 1.

2. Woodrow W. Whidden, no artigo "A Trindade", publicado na Revista do


Ancião, edição de julho-setembro de 2003, págs. 28-30.

Apêndice F

Uma Análise Inteligente e Bem Humorada do Livro “A Trindade”

Por Tales Fonseca

1) "Os Teólogos, Autores do Livro A Trindade, Só Podem Estar Brincando"


Antônio Rodrigues estudava Química na UFRJ. Muito inteligente, mente científica, era ateu. Além de não
acreditar em Deus, considerava os religiosos ignorantes e merecedores de um tipo de piedade intelectual. A
convite do Ner, seu colega de turma na faculdade, foi visitar o IPAE, em Petrópolis-RJ.

Após o almoço (na minha casa), o assunto convergiu para a crença em Deus. Eu era menino, e assistia com
interesse o debate. Estavam presentes, além do seu colega, dois Pastores, sendo que um também era formado em
Latim e Grego, e o outro, estudava Filosofia. O cético Antônio encontrou-se, pois, entre pessoas cultas – porém,
crentes. Aproveitando que não precisava ter pena de ninguém ali, lançou o desafio:

-- As pessoas que crêem em Deus não examinam o assunto corretamente. Crer em Deus é um tipo de ignorância –
isto é, desconhecimento de causa e falta de lógica. Se estudarmos o tema sem preconceitos, não há como
continuar crendo em Deus.

O desafio foi aceito. Assim, durante várias tardes de Sábado, ele subia a serra para tentar convencer os amigos
que a crença em Deus é incompatível com a razão e a lógica.

Alguns meses depois, foi batizado. Mais tarde, tornou-se obreiro, professor de Química no IPAE. Um ótimo
professor e autêntico cristão.

No século XVI, o doutor Michael Bajus, eminentíssimo teólogo da antiga e famosa Universidade de Lovaina,
resolveu fazer uma refutação bem fundamentada contra as idéias reformistas de Calvino. Só que o doutor tanto
estudou, que acabou defendendo o ponto de vista dos reformistas, recebendo do Papa uma bula de condenação.

Já ouvi relatos sobre pessoas que se dispuseram a esquadrinhar os escritos de Ellen White para atacar a IASD, e
acabaram se tornando adventistas.

Estes exemplos são para chamar a atenção sobre os autores do livro “A Trindade”. Os três, teólogos e doutores da
Universidade de Andrews, receberam a incumbência de “responder ao desafio” da “crescente minoria” que
“defende uma volta à posição antitrinitariana de muitos pioneiros”, conforme diz a contracapa do livro.

Crescente minoria

A primeira vez que vi as idéias desta “crescente minoria” foi no site do Ennis Méier. Não faltou quem o
aconselhasse a parar com isso, pois discutir doutrina é coisa para Ph.D. Mas a idéia se espalhou, e logo o Robson
começou com esta heresia aqui no “adventistas.com”. Na ocasião, trocamos alguns e-mails raivosos, pois
ninguém vai tirar minhas crenças assim de qualquer jeito, sem pedir licença.

No lado da esmagadora maioria há centenas de teólogos inteligentes e dezenas de saudáveis PhDs. No grupo da
minoria, só alguns PHDs (Pobres, Humildes e Desnutridos). Vejam o Ricardo Nicotra: magro, cara de menino,
sem curso teológico, quer desafiar os doutores da Andrews com seu pequeno livro. Parece até falta de respeito. O
Nicotra jamais seria um eminente teólogo, pois lhe falta a principal característica: saber falar as coisas simples de
forma complicada. Lendo o que ele escreve, é fácil entender o que está dizendo. Há poucos dias, ouvi uma
senhora adventista de 91 anos (nasceu quando Ellen White ainda vivia), ao ler o livro “Eu e o Pai Somos Um”,
confidenciar: “até que enfim alguém conseguiu explicar isso de forma clara”.

Os teólogos Woodrow Whidden, Jerry Moon e John Reeve, todos da Universidade Andrews, devem ter
pesquisado muito, consultado muitas fontes, meditado. Sua missão era defender a doutrina da Trindade. A
questão é: estudando, lendo, pensando... será que eles, como tantas vezes já aconteceu, também não passaram a
ter dúvidas, talvez até a descrer?

Eles sabem que discordar da doutrina oficial, no mínimo custaria o emprego. Mas isto não seria nada, comparado
ao desdém, o ostracismo, o risco de ser comparado às “ardorosas” e “zelosas” Testemunhas de Jeová, conforme
deixam claro na introdução do livro (pág. 9). Por outro lado, é normal querer compartilhar suas descobertas. Diz a
lenda que Galileu, já condenado por questionar a verdade teológica que o sol gira ao redor da terra, descobriu as
fases de Vênus, mas colocou tal descoberta em um poema, driblando a censura e garantindo seu lugar na história.

Mas, de que forma eles, ou ao menos um deles, colocaria no livro evidências de que não crêem? Teriam deixado
pistas? Mensagens escondidas? Teriam de escrever de tal modo que os editores não percebessem...

Pois então. Creio ter encontrado várias pistas, que, se não provam, sugerem fortemente tal idéia.

O livro é muito bom. É preciso reconhecer o mérito dos autores. Há uma parte histórica, muito agradável de se
ler, onde além da narrativa de fatos históricos são feitas correlações interessantes. Por exemplo, na pág. 204,
ficamos sabendo que na Transilvânia, hoje parte da Romênia, há mais adventistas que nos outros países da Europa
Oriental. Isto, “graças à herança” do grande número de guardadores do Sábado que não criam na Trindade que
viviam lá há séculos. Isto facilitou muito a entrada da mensagem adventista, na época que nossa igreja não
defendia a doutrina da Trindade.

Outra importante herança da Transilvânia absorvida pela igreja (não citada no livro) foi a conduta estranha de um
famoso conde local, de hábitos noturnos, que é imitado por alguns administradores na forma como sugam as
doações dos irmãos mais pobres.

A primeira pista

Uma das maiores dificuldades para fazer alguém crer na doutrina da Trindade, é que ela não é lógica. Três é três,
um é um. Não dá para mudar isso, nem espremendo a matemática até sangrar. A doutrina diz: “Há um só Deus.
Esse Deus consiste de três Pessoas divinas: o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

Pronto. Como aceitar isto? Se há um só Deus, não podem ser três, se são três, não há só um. Mas os teólogos são
bonzinhos. Eles tentam ajudar:

“Não são três deuses, e sim três Pessoas divinas”, garante o livro {pág. 273).

Se a questão parasse aí, um Deus composto por três pessoas, até daria para conversar. Deus não seria uma pessoa,
mas uma entidade, uma empresa, algo assim. Mas, lamentavelmente, após afirmar que não são três Deuses, eles
passarão a metade do livro tentando provar que os outros dois, (além do Pai, que ninguém discorda que é Deus)
também são Deus. Isto é, são três Deuses.

Se um é Deus, o outro é Deus, e o outro também é Deus, são três. Parem de querer fazer os outros de bobo. E a
outra metade do livro, eles gastam tentando provar que o terceiro Deus é uma Pessoa, já que os dois primeiros
ninguém questiona que são pessoas. Quer dizer, cada um é Deus, e cada um é uma Pessoa. E são três. Portanto, se
são três, não são um.

O triângulo é um triângulo, mas tem três lados. Uma centopéia tem cem pernas, mas é uma centopéia, uma boiada
tem mil bois, mas é uma boiada. Mas uma centopéia é uma centopéia, não uma perna. E cada lado do triângulo é
um lado, não um triângulo. E não há triângulo de um lado só. Sinto-me ridículo, depois de tantos séculos com
milhares de pessoas argumentando este mesmo tema, estar aqui repisando idéias. Mas há uma possibilidade
prática de usar este conceito de que não se respeitam mais os números.

Se três e um é a mesma coisa, um time formado por onze jogadores é apenas um time, portanto, se
acrescentarmos mais jogadores, vinte, duzentos, dez mil, continua sendo um time. Assim, os técnicos iriam
acrescentando tantos jogadores quanto disponíveis. Como os profissionais são poucos, apelar-se-ia para a torcida.
Qual time levaria vantagem? O de maior torcida. Quem sabe, então, o Flamengo voltaria a ganhar, poupando-nos
de tanto sofrimento...

Matemática extravagante
Alguém questionou neste site que às vezes brinco um pouco, o que poderia ser encarado como desrespeito. Não é
desrespeito. O humor pode ser usado como forma de argumentar, assim como o xingamento. O doutor José
Carlos Ramos chama os que não crêem como ele de “ignorantes”. O Pastor Lessa trata o movimento leigo de
“grupo de amargurados”.

Prefiro o bom humor. E não fui eu quem começou a falar de futebol: no livro da Trindade, os autores citam times
como exemplo da unidade entre personalidades distintas, já preparando-nos para aceitar a doutrina (pág. 37), e
citam Pelé como o representante maior do futebol. (pág. 113). (Dizem que houve protestos em Buenos Aires, aos
gritos de “Maradona es el único!)”. Desrespeito é querer enfiar goela abaixo nos outros aquilo que acreditamos,
ou querer definir, catalogar e explicar um mistério e depois perseguir os que não concordam.

Mas o problema continua. Para os trinitarianos conseguirem que sua doutrina seja aceita, é absolutamente
necessário que provem que sua teoria é lógica. Deus criou o universo com leis inteligentes e lógicas. No livro, há
um capítulo (7) chamado “Objeções lógicas à Trindade”. O autor, honesto, admite:

“Os trinitarianos precisam apresentar uma explicação factível e coerente de como podemos logicamente conceber
três como um”

“na vida real e prática, onde vivemos, não toleraríamos tal matemática extravagante: 3=1”.

“assim, é bastante aceitável que os trinitarianos apresentem alguma descrição coerente para tentar explicar como
três são um e um é três na vida da Divindade”.

Enfim, chegamos à parte fundamental do livro, onde será demonstrado que 1+1+1=1. Os doutores nos
demonstrarão que esta não foi uma teoria arranjada só para conciliar a existência de mais dois à enorme
quantidade de textos afirmando categoricamente que só há um Deus. Aqui, não dá para nos esnobar usando regras
de gramática hebraica ou pergaminhos antigos. É explicar que três é igual a um e pronto. Com a palavra, os
doutores:

“A primeira resposta à questão da lógica inerente ao pensamento trinitariano” (pausa para um suspense...) “é
admitir que estamos lidando com um mistério extremamente profundo”!

Ah, sim! O velho truque do mistério extremamente profundo. Quando não dá para explicar, vira mistério. Mas,
apesar da decepção inicial, o capítulo prossegue, longo, complexo, enrolado. Que saudade do livro do Nicotra.
Mas darão uma explicação, sim.

E esta começa com I João 4:8. Deus é amor.

Até aqui, tudo bem.

Depois, o argumento virá na forma de que, se Deus é amor, “o perfeito amor somente é possível entre iguais”
(parece slogan daquela gente colorida e alegre). Mas a parte que será usada para nos convencer definitivamente
de que três é igual a um, é que Deus, antes de criar o mundo, não tinha ninguém para amar, portanto, precisava
haver mais de um para que o amor existisse. “Houve um tempo em que o universo não existia”, e, tentando
traduzir o complicado teologuês usado neste capítulo, a seqüência do raciocínio, é que Deus, para ser amor, teria
que amar alguém, mas como o universo não havia sido criado, não havia ninguém para ser amado, nem nada para
se fazer... então, Deus precisaria... amar a outro Deus!

Agora, vamos tentar entender de novo. Deus é amor. Isto não se discute. Mas, antes de criar o universo, o que Ele
fazia? Amava, pois Ele é amor. Amava a quem, se ninguém existia? Amava a si próprio? Não, isto não é possível.
Então, “tanto a inspiração quanto a razão demandam a existência de um Deus triúno, composto de Pai, Filho e
Espírito Santo”.

Quando ficamos em um mesmo ambiente por muito tempo, nos acostumamos e passamos a considerar todas as
coisas ali como normais. Médicos arrancam tripas e pedaços do fígado com naturalidade, pensando na pizza que
comerão ao sair do hospital. Um advogado presente no centro cirúrgico, ao ver tanto sangue espirrando, fica
horrorizado, pode até desmaiar. Entretanto, quando é a vez do médico ir à audiência com o juiz, morre de medo,
enquanto o advogado conversa com o promotor sobre o jogo de futebol à noite.

Portanto, quando ficamos envolvidos por horas e horas em questões teológicas, também perdemos um pouco da
“normalidade”. Assim, podemos deixar passar coisas importantes. No caso, os autores nos induzem a raciocinar
em teologuês. A linguagem é pesada, truncada. Mas, o argumento é simples: Deus, antes de criar o universo, não
tendo nada para fazer ou ninguém para amar, para ser amor teria que amar outro, ou outros, iguais a si, o que O
torna plural, portanto, Ele é três.

A maior bobagem

E aqui está, finalmente, a primeira pista de que os autores não estão convictos da doutrina que defendem. Pois, se
querem convencer a outros, como usariam um argumento tão absurdo, tão absolutamente ridículo? Isto é uma
total falta de senso. É a maior bobagem já publicada neste milênio. É para achar engraçado. Eles não podem estar
falando sério!

Falei deste argumento para oito pessoas, quatro cultas e quatro menos instruídas, mas todos cem por cento
trinitarianos. Não disse que era um argumento para provar a Trindade, pois o medo influi muito no raciocínio.
Todos usaram estes adjetivos: “ridículo”, “absurdo”.

Apesar de atordoados com esta suprema bobagem, é preciso respirar fundo e voltar a pensar como gente normal.
Escuta aqui. Eles não iam provar que três é igual a um? Pois é, nem tocaram no assunto. Provar que Deus, para
ser amor, precisa ser plural, não tem absolutamente nada, absolutamente nada mesmo, a ver com a questão lógica
de três ser igual a um. Aqui, é uma questão matemática. O que eles tentaram provar, com este argumento absurdo,
é que há mais de um Deus. Pois bem, se forem dois, serão dois, não um. Se forem três, serão três, não um. Se
forem nove, serão nove, não um.

Assim, tivemos nossos melhores teólogos usando seus melhores argumentos, e nem mesmo tocaram na questão
lógica. Falaram uma bobagem de forma tão grandiloqüente que ninguém percebeu que se negaram a responder
como três pode ser igual a um. E foram além. Criaram uma fantástica fantasia cósmica em cima de um único
verso da Bíblia!

Entrando neste mundo encantado, poderíamos perguntar: Deus é poder, Deus é onipotente. Mas, como exercia
este poder se nada existia? Um mandava no outro? Deus é misericordioso. Mas, como usaria sua misericórdia, se
ainda não existia ninguém para ser perdoado? Um deles, então, erraria só para o outro perdoar?

Deus é onipresente. Mas onde estaria presente se não havia lugar nenhum ainda criado? Deus é justo. Mas, como
exercitaria sua justiça, se nada existia para julgar?

É muita loucura tirar conclusões, definir, medir e explicar Deus, usando apenas um verso fora do contexto! Foi
Deus quem disse que “o perfeito amor só existe entre iguais?” Não, foi um homem, Bruce M. Metzger. E o
respeitável sr. Bruce é Deus? Não. Foi Deus que disse que antes de criar o universo, não tendo nada para fazer,
ficava amando outros Deuses? Não. Foram homens, que, embora importantes, não são Deus. Mas querem dizer
mais, ir além do que o próprio Deus disse.

E, se estivessem apenas filosofando, isto seria saudável. Mas, a função prática do livro da Trindade tem sido dar
aos líderes da igreja um instrumento para perseguir, humilhar e finalmente, excluir pessoas sinceras, simples, que
apenas discordam de uma doutrina. Era obrigação deles dar uma explicação lógica para o 3=1, não criar uma
fantasia absurda. Por que teriam feito isso? Ora, eles não estão falando sério. Colocaram esta brincadeira ali para
alguém notar que eles não estão assim tão convencidos daquilo que defendem.

O que há de mais insano neste argumento, é que pressupõe um Deus ocioso. Sim, porque, antes de criar o
Universo, nada havia para ser feito. E isso não foram apenas duzentos anos, um bilhão de anos, mas eternidade e
eternidade e eternidade e eternidade e eternidade para trás...

Interessante é que, na página 110, eles citam João 5:17 e 18: “Mas Ele lhes disse: ‘Meu Pai trabalha até agora, e
Eu trabalho também’”.

Embora se diga que “Deus é Brasileiro” – os autores, americanos, não devem conhecer este ditado. E este seria o
único argumento que justificaria pensar em um Deus ocioso. Três Deuses, ou dois, ou vários, que ficariam por
incontáveis absurdilhões de anos sem nada para fazer, a não ser um amando o outro...

Não consigo conceber a idéia de um Deus que não trabalha. João disse que Deus é amor. Jesus disse que Deus
trabalha. João não disse que Deus é amor para provar que Deus é múltiplo, mas para dizer que quem não ama não
pode conhecê-lo. Jesus disse que Deus trabalha até agora... isto é, já vinha trabalhando antes. Quando começou?
Teria, começado a trabalhar só depois do “Big-Bang?” Só começou a trabalhar depois de criar isso que nós,
meros mortais, chamamos de universo?

A eternidade ociosa para trás seria eternamente extensa! Muito recentemente, Ele, com seu Filho, esteve ocupado
em um pequeno planeta desta galáxia. Trabalhou seis dias e descansou no Sétimo. E o abençoou e o santificou,
mas a grande maioria dos renomados e brilhantes teólogos trinitarianos acha que o correto é descansar no
primeiro, o dia do Sol, embora já não queimem os que não crêem que é o Sol que gira ao redor da terra.

Fantasia de teólogos

O tema é a Trindade, mas esta fantasia dos teólogos sobre o que Deus fazia ou como Ele era antes de criar o
universo nos desperta a vontade de também sonhar. Porém, este assunto tem sido encarado por ambos os lados
como uma guerra, com muita gente sofrendo, muita injustiça, acho melhor não dar minha opinião, pois ela jamais
seria outra coisa além de uma opinião.

Tenho respostas razoáveis para as perguntas que formulei. Mas, seria apenas a minha concepção do universo, não
sou autoridade. Entretanto, não vejo razão para aceitar como divinas meras opiniões de outros homens, que,
embora doutores em divindade, formulam uma explicação dessas sem nem mesmo estarem bêbados. Sim, eles só
podem estar brincando.

Há outras pistas de que eles não crêem na Trindade, a mais evidente delas, no capítulo 5. E, há também um pastor
brasileiro com grande importância nacional, figura chave para a manutenção da sã doutrina, que deu pista que está
mudando de lado. Mas isto fica para a próxima.

2) Tá Explicado! A Doutrina da Trindade se Localiza Antes do Gênesis e Depois do Apocalipse

(Ou Mais Evidências de que os Teólogos da Andrews Não Crêem na Trindade!)

Astrônomos, biólogos, físicos e outros cientistas costumam trabalhar em equipe, e com aparelhos sofisticados e
caros. Grandes avanços da ciência em geral envolvem muitos estudiosos e anos de pesquisas. Mesmo assim,
pouco se sabe sobre a nossa Terra.
Por isso, é emocionante ver como os doutores em Divindade fazem suas descobertas. Enquanto os cientistas usam
aparelhos que custam milhões de dólares para estudar pequena parte do universo, os teólogos da Universidade
Andrews vão muito mais longe, sabendo como eram as coisas “antes” da formação do mundo e do universo e
como será “depois” que tudo acabar. E o mais assombroso são os instrumentos que usam!

No livro A Trindade, na pág.312, os autores afirmam que “a evidência escriturística é de que a subordinação de
Cristo ao Pai e do Espírito Santo a ambos ocorre meramente para propósitos práticos de criação e redenção entre
aqueles que, de outra maneira, são iguais em sua natureza divina compartilhada”.

Traduzindo: Jesus é obediente ao Pai e o Espírito Santo obedece aos Dois apenas do Gênesis ao Apocalipse.
Antes da criação do Universo, e depois, quando tudo terminar, as coisas seriam diferentes, isto é, o Líder-Chefe
(pág.309), o Leão/Cordeiro (págs. 94-96) e o Rio (págs 100-102), seriam absolutamente iguais, sem hierarquia.
Vamos explicar de novo.

Segundo os teólogos, de acordo com suas descobertas, esta convenção de primeira, segunda e terceira pessoas da
Trindade, esta hierarquia aonde o Pai vem primeiro, depois o Filho e depois o Espírito Santo, isto foi meramente
para a história desta Terra. “Meramente”. Antes da criação e depois da última cerimônia do Apocalipse, os três
são absolutamente iguais, sem hierarquia. Não será mais preciso dizer sempre que o Pai é o primeiro, podemos
começar a contar de qualquer um.

E como é que os teólogos descobriram isso?

Os astrônomos não conseguem investigar nada “antes” do “big-bang”, teoria inventada para explicar como tudo
começou. Seus magníficos telescópios, naves e aceleradores de elétrons mal vislumbram coisas envolvendo nossa
própria terra. Entretanto, os teólogos da Andrews conseguiram ir muito, muito mais além. E usando o quê, qual
sofisticadíssimo aparelho? Ora, apenas um par de meias!

Foi assim. Estando o Dr. Woodrow Whidden imerso em seus pensamentos para finalizar o livro A Trindade, em
uma tarde quente em seu escritório, ele aproveitou que estava sozinho e, seguindo a recomendação de seu médico,
tirou os sapatos e colocou os pés sobre a mesa. (Aqui é preciso observar que o médico do Dr. Whidden é um
profissional dedicado e humano, nada a ver com a medicina fria e impessoal, criticada por ele na pág. 312.).

Elevar as pernas ajuda o retorno do sangue, o que dá uma sensação de alívio para quem está muito tempo sentado.
E assim, com os pés no alto, olhando para as suas meias, ele teve esta idéia assombrosa. Sim, a teoria da Trindade
diz que os Três são iguais, mas só o fato de se começar a contar sempre a partir do Pai, e de se estabelecer a
ordem “primeiro, segundo e terceiro”, já mostra que não são iguais. Qual o primeiro lado do triângulo? Então,
antes que esses antitrinitarianos insolentes usem este argumento, já fica aí o antídoto. Os Três são absolutamente
iguais, e o “líder-chefe” (pág. 309) não será mais líder nem chefe, assim como nunca foi Pai.

O problema é que isto não está escrito em absolutamente lugar nenhum!

O problema é que, do Gênesis ao Apocalipse, nenhum verso diz isso, ou algo parecido com isso! Ele diz que é a
“evidência escriturística”, que lhe deu tal informação. Não foi. Não há absolutamente verso nenhum na Bíblia,
nem no Alcorão, nem no Talmude, nem no manual do escoteiro, que diga isso ou algo que passe perto disso. É
uma fantasia exclusiva do Dr. Whidden, ao olhar para suas meias.

Está bem. Para fins científicos, não posso afirmar que ele teve esta idéia ao olhar para as meias. Mas pode ter
sido, pois quando estamos pelados no banheiro, em geral não pensamos em metafísica, pois a visão do nosso
corpo ridículo nos inibe pensamentos tão grandiosos. E a mente humana, para criar bobagem desta magnitude,
precisaria estar sossegada, em ambiente tranqüilo. Poderia ser em uma pescaria, também. Mas é mais fácil provar
aqui que foi olhando para as meias do que ele provar o que afirmou sobre a Trindade.

Não é preciso abrir a Bíblia para ver a incoerência. O primeiro verso da Bíblia já começa com a criação, e o final
do livro do Apocalipse, é onde termina a história da Redenção. A evidência escriturística do Dr. Whidden deve
ser procurada, portanto, antes do Gênesis e depois do Apocalipse. Bom, vai ver ele possui uma Bíblia especial, ou
algumas tabuinhas de ouro trazidas por um anjo.

Pegadinha celestial: Jesus se disfarça de anjo!

O pastor Ruben Schaeffel em artigo na Revista Ministério também exerceu seu direito a teorizar, e afirmou que
Jesus, no “antes”, andava disfarçado de anjo. Observe que a teoria dele e a teoria do Dr. Whidden são um tanto
antagônicas, pois se os “Três Deuses” fossem realmente absolutamente iguais, não faria sentido um deles andar
disfarçado de anjo. A igreja terá que optar por uma dessas duas fantasias.

Se for na base do voto, votarei no pastor Schaeffel, pois ao menos há alguma base escriturística para sua teoria. É
mais fácil acreditar em um Jesus humilde que em um trio absolutamente igual onde o Pai não é pai e o Filho não é
filho. Outra razão para apoiá-lo é que temos que valorizar a teologia nacional.

No artigo anterior, afirmei haver encontrado evidências de que os autores do livro “A Trindade” poderiam não
crer mais na Trindade, e teriam deixado pistas, que a censura não poderia perceber. Teriam que ser lidos por
outros teólogos, inclusive, sem que os mesmos notassem. Assim, o Dr. José Carlos Ramos e o Dr. Amin Rodor
leram, mas não viram nada de anormal.

Pensando bem, enganar o Dr. Rodor não deve ser difícil, mas enganar a todos, seria possível? É difícil precisar até
onde pode ir a imaginação de um professor da Andrews ao observar seu dedão do pé mexendo dentro da meia.
Mas qual sua intenção ao afirmar uma absurdidade dessas? Não seria para que, após o livro ter cumprido sua
função de combater os hereges, alguém observasse que eles estão só brincando?

Encerramento: E o vento sagrado vira água da vida...

Há poucos dias houve o encerramento das olimpíadas. Na festa de encerramento, ficamos sabendo oficialmente
quem foram os melhores. Nas formaturas da Universidade Andrews, o professor Whidden deve compor a mesa ao
entregar os diplomas. São ocasiões de muita importância.

Quando acabar “o grande conflito”, no “final e glorioso triunfo”, haverá também uma cerimônia para todo o
universo assistir. A Nova Jerusalém será apresentada aos futuros habitantes da Terra e do Universo. Tudo o que
era escondido será revelado. Satanás e seus enganos e mentiras não mais existirão.

Deus Pai e seu Filho compartilharão o trono, e os autores, defendendo a teoria da Trindade, mostram que isto é
uma prova final e inquestionável que ambos são Deus. Aqui, os que dizem que Jesus não é Deus ficam sem ter o
que falar. Bem feito!

Assim, estaria provada a Trindade, mas, calma aí, até agora só há dois. E o livro de Apocalipse vai acabar,
estamos na última página. É a cerimônia final, é o encerramento, é o clímax glorioso da história da criação e da
redenção. Ali todos estão presentes. Os anjos, os 144.000, a grande multidão, a cidade, a árvore da vida... e o mais
importante de tudo, o trono onde Deus reinará pelos séculos dos séculos. E, ao seu lado, do lado direito para ser
mais exato, está seu Filho. Ele também reinará para sempre e sempre.
E do lado esquerdo, podemos ver, está o... não, ainda não está. Bom, a história da redenção acabou, agora,
segundo o Dr. Whidden começa uma nova história, onde os três serão novamente absolutamente iguais. Se forem
absolutamente iguais, sem privilégio ou favoritismo ou hierarquia, não deveria já começar nesta cerimônia? E,
vejam, sentados ao trono, Pai e Filho. Só o Pai e o Filho. Talvez, em uma nova visão, apareçam os três...

Mas o livro do Apocalipse acaba, a Bíblia acaba, os escritos de Ellen White, incluindo os acréscimos com caneta
esferográfica, acabam, e só há dois, mesmo, no trono.

Os autores poderiam aqui, num acesso súbito de humildade, continuar afirmando que crêem na Trindade, mas
admitir que o Espírito é espírito. Eles diriam simplesmente que o Espírito Santo estaria lá pessoalmente em
pessoa, mas, como crê a maioria do povo, espírito que se preza não pode ser visto. Não se pode ver o vento.

Mas não. Novamente, eles nos deixam uma pista de que não crêem na lógica da Trindade, pois, nas páginas 100,
101 e 102, em teologuês intrincado, eles tentarão nos convencer que o rio que sai do trono é o Espírito Santo.
Quer dizer, na cerimônia de encerramento, na formatura final, a terceira Pessoa, que jamais teve o privilégio de
ser adorado em toda a Bíblia, novamente comparece dissimulado, sob forma de rio. Todos estão presentes,
cantam hinos, louvam ao Pai e ao Filho, mas a terceira Pessoa Divina, permanece disfarçada. Porquê? E logo de
rio! O vento (ruach, pneuma), agora vira líquido.

Os teólogos da Andrews só podem mesmo estar brincando!

Assim como no caso do Deus que para ser amor precisa ser três, este é outro argumento dolorosamente difícil de
ser engolido. Assim que o livro foi lançado no Brasil, esta absurdidade foi comentada neste site. Quer dizer, os
três são iguais, mas o terceiro seguirá sendo o menos importante, e permanecerá todo o futuro disfarçado de rio.
Por que não está sentado no trono?

Os autores buscam vários versos para identificar o Espírito Santo com a água, mas só pioram as coisas. Melhor se
apelassem para a homeopatia. A homeopatia é defendida por doutores importantes, sérios, que escrevem cartas
indignadas quando se questiona sua ciência. A homeopatia diz que uma substância dissolvida várias vezes na
água, “impressiona” as moléculas da água, e, mesmo depois de a substância já não estar presente, a água mantém
as propriedades desta substância. É como se a água retivesse “o espírito” da substância.

Muitas pessoas importantes crêem na homeopatia, muitos artistas famosos já foram curados por ela, é uma
especialidade médica reconhecida por lei e com diversos profissionais sérios e honestos atendendo ao povo, e que
merece todo respeito. Só não funciona. Água não tem espírito. Mas, conforme os nossos doutores teólogos, pode
ser que sim, pode ser que a água seja espírito.

Talvez os índios, em seus rituais, ou os antigos egípcios, que adoravam o Nilo, tenham lá suas razões. (Há quem
adore o Rio Ganges ainda hoje). O espírito da água. O rio espírito. Gente, eles não podem estar falando sério! É
mais uma coisa engraçada dita em linguagem complexa para o resto da turma não perceber.

A linguagem “vento”, “Ruach”, “Pneuma”, era fácil de ser entendida pelas pessoas de antigamente, que mesmo
sem saber o que é Oxigênio e Nitrogênio, sabiam que o vento existia, estava em todos os lugares, e só. O símbolo
era de fácil compreensão. Agora, o vento vira água. Como, então, o Espírito estará em todos os lugares ao mesmo
tempo? Só com uma enchente, um dilúvio!

A fé dos nossos pais: Quanta emoção, prazer, nos traz!

Desde que foi implantada esta doutrina têm se mantido, conforme vemos na História, à força. Todos os que
discordam são perseguidos e mortos. Era uma boa forma de argumentar. Hoje, com leis nos países cristãos que
impedem tal forma de convencimento, os argumentos usados são o desprezo, o opróbrio, a perseguição e a
exclusão. Quem está “bem” em seu ambiente social na igreja, não vai querer se arriscar. Mas,... e se...

Ora, e não é que o pastor Rubens Lessa, responsável pela defesa da Trindade na Revista Adventista, faz algumas
emotivas considerações no editorial de Julho sobre os tempos de antigamente?... Não dá para discordar dele. A fé
dos nossos pais, a religião dos antigos obreiros, era muito mais sincera, havia mais dedicação. O mundo estava
menos corrompido. Houve um tempo que cinema era pecado. Hoje, as crianças vêem os programas do João
Kleber...

Quanto mais para trás, mais obreiros fiéis encontramos. Sigamos o caminho que o pastor Lessa indicou. E não é
que, se voltarmos mesmo, chegaremos aos pioneiros? Ali sim, tínhamos fé e dedicação total! Que bom, se
tivéssemos pastores com a garra e a fé de um Tiago White ou Uriah Smith! Levando o raciocínio do pastor Lessa
adiante, com certeza chegamos aos pioneiros. Só que eles não criam na Trindade!... Pastor Lessa, pastor Lessa!
Olha o emprego! (Não, dr. Rodor, o pastor Lessa não está mudando de lado, é só uma brincadeira...)

Convido a todos os que crêem nos teólogos para um banho de rio na Nova Terra, (se eu for, claro). Rio é formado
de água, não de vento. Não tomaremos banho dentro de um Deus. Alguém que fale inglês poderia convidar o Dr.
Whidden para entrar conosco na água (sem as meias, claro).

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