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Um calcanhar de Aquiles para os Adventistas
“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de
festa, ou de lua nova, ou de sábados que são sombras das coisas vindouras; mas
o corpo é de Cristo.”
Se os ASD aceitassem que a palavra sábados do texto em tela se aplica
corretamente ao sábado semanal, então não haveria prova bíblica de sustentar a
guarda do sábado no Novo Testamento. E eles sabem muito bem disso. Por isso,
quando em polêmicas levantadas sobre o assunto, querendo sustentar a
obrigatoriedade da guarda do sábado, explicam que a palavra sábados de Cl 2.16
se aplica aos por eles intitulados sábados cerimoniais ou anuais de Levítico 23.
É a resposta óbvia que dão quando alguém aponta Colossenses 2:14-17 como
apoio bíblico da abolição do sábado semanal. Dizem, “Então você não sabe que
existem dois sábados nas Escrituras? O sábado semanal, que é de caráter moral
e o sábado cerimonial ou anual? Este – sim – foi abolido na cruz, mas o sábado
semanal continua obrigatório”.
Vejamos se os sabatistas têm razão no seu raciocínio:
A mutação na teologia adventista quanto ao texto em lide é deveras embaraçosa,
pois Paulo só menciona o sábado esta única vez em suas epístolas e mesmo
assim para dizer que ele é apenas uma sombra que já passou. Antigamente
tentavam sair deste embaraço das seguintes maneiras:
1. A palavra sábbaton - Apelando para o fato de que a palavra “sábbaton” estava
no plural e por isto diziam que se referia às muitas festas anuais chamadas de
“sábados cerimoniais”. Mas este sofisma não só não suportava uma análise
gramatical correta como também distorce e ignora versículos bíblicos no original
grego tais como: Mat. 12:5,12 – Mc. 1:21 – Lc. 4:31; 6:2,9 – At. 13:27; 17:2; 18:4
e Col. 2:16 transcritos como o sábado semanal, mas entrementes, flexionados no
plural. Hoje este argumento esfarrapado não é mais usado, salvo pelos mais
incautos. Sabbaton é uma das palavras gregas que são plural na forma, mas às
vezes singular no significado. Nenhum estudante da Bíblia bem informado pode
ainda considerar o argumento de que “sabbaton” de Colossians 2:16 é plural e
então tem que forçosamente recorrer aos sábados sagrados cerimoniais de
Levítico 23. “Várias explicações têm sido apresentadas para esta peculiaridade
da língua grega, porém a que mais nos satisfaz é a do eminente estudioso A. T.
Robertson em A Grammar of the Greek New Testament in the Light of Historical
Research, págs. 95, 105. Sugere ele que as duas formas sábbaton e sábbata,
conquanto aparentemente sejam o singular e o plural da mesma palavra, em
realidade são o singular de palavras diferentes. Defende ele que o termo hebraico
shabbath, “sábado”, é a fonte lógica do termo comum grego sábbaton. Nos
tempos pós-exílicos, porém, o aramaico era generalizadamente usado na
Palestina, e seu termo para “sábado” é shabbethá, palavra que bem poderia
haver sido introduzida no grego como sábbata. Assim sábbaton foi sempre um
termo singular, ao passo que sábbata poderia ser singular ou plural, dependendo
se era usada como derivada do aramaico ou como o plural de sábbaton.”
2. Meus sábados x Vossos sábados - Após terem abandonado este tolo raciocínio
enveredaram em dizer que há uma substancial diferença quando Deus diz “meus
sábados” e “vossos sábados”. Os primeiros são denominados de Deus, o sábado
da criação, semanal, proclamado antes da queda do homem, portanto não tido
como sombra de Cristo e não abolido, pois faz parte da lei moral do decálogo que
foi escrita em pedras. Já o segundo é os denominados sábados cerimoniais ou
anuais, dado no Sinai, depois da queda, escrito em livro, portanto, tido como
sombra e cravado na cruz. Este raciocínio é ensinado no livro “Subtilezas do
Erro…erros de Christianini”. Vejamos se tal raciocínio agüenta um exame das
escrituras. Na verdade, para uma pessoa normal e sensata não há necessidade
de se desgastar com uma exegese profunda para desmascarar argumentos
fraudulentos como estes, basta apelar para o raciocínio tendo como base apenas
uma vista panorâmica dos textos.
Vejamos:
Se Sábado é prescrição moral da lei por ser chamado “meus sábados”, então os
sabatistas têm de admitir situação de igual valor para os sábados dos 7 anos e 50
anos. O Sábado anual era um Sábado do Senhor (Lv.25:1-4,10-12). Para serem
coerentes deveriam guardá-lo por haver sido chamado por Deus de “meus
sábados” (compare: Lv.26:2,43,35). Jo.20:17 – Aquele Pai, mencionado por
Jesus como “meu Pai” é diferente do Pai também chamado por Jesus de “vosso
Pai”? Só por que mudou o pronome possessivo também mudou o Pai? Vejam
outro exemplo: Is.56:7 comparado com Mt.23:38, onde os sacrifícios são
chamados “meus sacrifícios” e “vossos sacrifícios”. Em Is.43:23,24 aparece o
possessivo “teus holocausto”, “teus sacrifícios”. Mais uma vez é infantil e sem
fundamento o argumento adventista. Falta sentido e só revela desespero de
causa.
3. Sábados Cerimoniais - Na malograda busca por apoio em Colossenses 2:16,
os sabatistas pareciam ter encontrado-o no argumento dos chamados sábados
cerimoniais. Dizem que o versículo de Cl.2:16 não refuta a tese adventista pois ali
o que se encontra são os sábados cerimoniais e não semanais (Carlyle B.
Haynes, ‘Do Sábado para o Domingo’, pág.31) . Mais uma vez lançaremos mão
da Bíblia para refutá-los.
a) A expressão de Cl 2.16 “dias de festa’ se relaciona com os feriados anuais ou
sábados cerimoniais que eram denominados dias de festa, “São estas as festas
fixas do Senhor, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao
SENHOR…” (Lv 23.37). Logo os sábados cerimoniais ou anuais já estão
incluídos nessa frase, restando à palavra sábados o sentido diferente de sábados
semanais, “Além dos sábados do Senhor…” (Lv 23.38).
Eram sete as festas anuais judaicas mencionadas em Lv 23:
No. 1:
Em Números 28 encontramos os holocaustos para os dias de sábados
(semanais), para as luas novas (mensais) e dias de festa (anuais) nos seguintes
versículos: “… no dia de sábado dois cordeiros de um ano, sem mancha…
Holocausto é do sábado em cada semana…” (v. 9,10)
“E as suas libações serão a metade dum him de vinho para um bezerro… este é
o holocausto da lua nova de cada mês, segundo os meses do ano.”(v. 14)
“Porém no mês primeiro, aos catorze dias do mês, é a páscoa do Senhor; E aos
quinze dias do mesmo mês haverá festa; sete dias se comerão pães asmos.” (v.
16,17)
Exemplo n. 2:
1 Cr 23.31: “E para cada oferecimento dos holocautos do Senhos, nos sábados
(cada semana), nas luas novas (cada mês) e nas solenidades (cada ano) por
conta, segundo o seu costume, continuamente (o parêntese é nosso).
Exemplo n. 3:
2 Cr 2.4: “Eis que estou para edificar uma casa ao nome do Senhor meu Deus,
para lhe consagrar, para queimar perante ele incenso aromático, e para o pão
contínuo da proposição, e para os holocaustos da manhã e da tarde (cada dia),
nos sábados (cada semana) e nas luas novas (cada mês) e nas festividades do
Senhor nosso Deus… (cada ano).” (o parêntese é nosso)
Exemplo n. 4:
2 Cr 8.13: ” E isto segundo o dever de cada dia, oferecendo segundo o preceito
de Moisés, nos sábados (cada semana) e nas luas novas (cada mês), e nas
solenidades (cada ano), três vezes no ano… (o parêntese é nosso)
Exemplo n. 5:
2 Cr 31.3: “Também estabeleceu a parte da fazenda do rei para os holocaustos,
para os holocaustos da manhã e da tarde, e para os holocaustos dos sábados
(cada semana), e das luas novas (cada mês), e das solenidades (cada ano),
como está escrito na lei do Senhor.”(o parêntese é nosso)
Exemplo n. 6
Ez 45.17: “E estarão a cargo do príncipe os holocaustos, e as ofertas de
manjares, e as libações, nas festas (cada ano), e nas luas novas (cada mês), e
nos sábados (cada semana), em todas as solenidades da casa de Israel.”(o
parêntese é nosso)
Exemplo n. 7
Os 2.11: “E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas e os
seus sábados; e todas as suas festividades.”
Voltemos agora a Cl 2.16 ” Portanto ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo
beber, ou por causa dos dias de festa (cada ano ) , ou da lua nova (cada mês), ou
dos sábados (cada semana), Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é
de Cristo.” para verificarmos que as expressões para a indicação dos dias
sagrados semanais, mensais e anuais ou inversamente, dias sagrados anuais
(dias de festas), mensais (luas novas) e sábados (semanais) estão indicados
sempre pela mesma expressão. O contrário seria incorrer numa enumeração
desprovida de ordem lógica.
Sinomizarem-se ou confundirem-se os “sábados” das perícopes de Oséias 2:11 e
Cl. 2:16 com as solenidades ou festas anuais é incorrer-se num pleonasmo sem
sentido. Um pleonasmo e inconseqüente descabido sintoma de escandaloso
sofisma. Com efeito, os dias de sacrifícios anuais, então, seriam apresentados
duas vezes: uma sob a palavra FESTA e a outra sob o nome de SÁBADOS,
incorrendo-se em desacordo com Levítico 23:3.
4. Julgar – Alguns adventistas ao que parece, passaram a apreciar outros termos
no trecho em pauta e agora apelam para a questão do verbo “julgar”. Dizem que
o apóstolo não está de fato dizendo que o sábado foi abolido, mas que ninguém
deve “julgar” o outro por isso.
Paulo está dizendo para ninguém julgar os cristãos porque não guardam estas
coisas, porque era apenas sombra que apontavam para o corpo, ou seja, isto é
coisa do passado, apontava para Cristo. Mas agora que o original que é Cristo
(metaforicamente chamado de “o corpo”) já veio, não precisamos mais da
sombra, do aio (cf. Gl.3:24,25). A quem você daria mais valor; ao seu pai, ou a
sombra dele? O que passar disso é animus decipiendi. Demais disso, saberia
alguém dizer qual a denominação religiosa que mais julga os cristãos por não
guardar o sábado? Quem disse Igreja Adventista do Sétimo Dia, acertou. São
eles mesmos quem mais julgam os cristãos por causa do sábado, são eles que
afirmam que quem não guarda o sábado está debaixo do juízo de Deus; que a
pessoa que guarda o domingo tem a marca da Besta e outros impropérios mais.
Todavia, Paulo diz para ninguém julgar o seu próximo por causa de coisas que já
passou, que eram apenas sombra.
5. A heresia colossenses – A última novidade apresentada pelos sabatistas vem
da pena de Samuele Bacchiocchi, um teólogo da IASD. Sua concepção sobre CL.
2:16, revolucionou totalmente o debate em torno da questão do sábado. Ele não
só contraria a opinião tradicional do adventismo, como sugere uma nova
interpretação para a polêmica do sábado. Vejamos a opinião de Bacchiocchi
sobre Cl. 2:16:
“O sábado em Colossenses 2.16: O tempo sagrado prescrito por falsos mestres
referem-se como sendo ‘um sábado festival’ ou a lua nova ou um sábado. –
‘eortes e neomnia o sabbaton.’ (2.16). O consenso unânime de comentaristas é
que estas três expressões representam uma lógica e progressiva seqüência
(anual, mensal e semanal). Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses
termos… Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais ou
anuais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras ‘dias de festa…’Esta
indicação positivamente mostra que a palavra SABBATON como é usada em Cl
2.16 não pode se referir aos sábados festivais, anuais ou cerimoniais.”
Determinar o sentido de uma palavra baseando-se exclusivamente em conceitos
teológicos em prejuízo de evidências línguísticas e contextuais é estar contra as
regras de hermenêuticas bíblicas. Ademais, a interpretação que o Comentário
Adventista dá à palavra ‘sábados’ de Cl 2.16 é difícil de ser sustentada, desde
que temos visto que o sábado pode legitimamente ser tido como ‘sombra’ ou
símbolos preparatórios de bênçãos da salvação presente e futura.” ( Samuelle
Bacchiochi – From Sabbath To Sunday, p. 358-360)
Veja que a interpretação de Bacchiochi choca frontalmente com o que ensinou o
adventismo até hoje, qual seja, que o sábado de Colossenses 2:16 se refere ao
sábado cerimonial. Agora compare com as declarações de Arnaldo Christianini,
que gastou cinco páginas inteiras no intuito de provar que os sábados ali
mencionados eram de fato os “sábados cerimoniais”. Pobre coitado! Nem
imaginava ele que mais tarde viria outro adventista e desmantelaria todo o árduo
trabalho do seu castelo de areia! É, parece que tal tese a dos “sábados
cerimoniais” foi juntamente com ele sepultada. Mas vejamos o que afirmavam as
“subtilezas” de Christianini na década de sessenta:
“Estes sábados estão incluídos entre instituições que eram “sombras das coisas
futuras” – prefigurações de fatos que ainda estavam por vir. O sábado do
decálogo é comemorativo de um fato passado: a Criação. Não era sombras de
coisas futuras. Sem dúvida, o texto se refere aos sábados cerimoniais.” e ainda
prossegue afirmando ” Mas – objetará alguém – SE Paulo menciona dias de
festa, não haveria necessidade de acrescentar “sábados” se estes, afinal são os
mesmos dias de festas.” E finalmente dispara uma fulminante asseveração,
“ISTO É UM SUBTERFÚGIO” (ênfase acrescentada) (Subtilezas do Erro, pág.
124,126,127)Bem, parece então que os anátemas de Christianini recaiu sobre o
senhor Bacchiochi. Ao que tudo indica, ele armou um tremendo subterfúgio para
os adventistas!
Contradições
As contradições são gritantes veja como cada intérprete adventistas considera os
´sabados de Colossenses 2.16:
MAIS TESTEMUNHOS
Várias Confissões – Ainda outros comentaristas como é o caso de “O Novo
Comentário da Bíblia”, composto por uma vasta classe de eruditos em teologia,
declara que a interpretação correta sobre os sábados de Cl. 2:16 é que são
sábados semanais. Vejamos o comentário destes eruditos sobre o texto em
pauta:
“… esta regra ascética provavelmente tinha uma intima relação com o judaísmo,
particularmente quando associada como aqui, com a observância de dias santos,
luas novas, dias de sábado, e as cerimônias anuais, mensais e semanais do
judaísmo”.(pág.1292)
Fritz Rienecker – estudioso da língua grega, em sua obra “Chave Lingüística do
Novo Testamento Grego” interpreta Colossenses 2:16 da seguinte maneira: “…
lua nova. Descreve a festa mensal e a palavra seguinte sábado, “sábado”refere-
se ao dia santo semanal (Lightfoot)” (pág. 426)
Lothar Coenen e Colin Brown – em sua obra de peso “Dicionário Internacional de
Teologia do Novo Testamento”, comentando sobre o sábado afirma:
“(c) Cl 2:16. Aqui Paulo argumenta que a lei judaica (as exigências legais) foi
cancelada na morte de Cristo (v.14), e, portanto, que os regulamentos dietéticos e
o calendário religioso dos judeus não eram obrigatório para o cristão. Este ritual
incluía a observância do sábado, Paulo indica que estas observâncias indicavam
uma realidade espiritual cumprida em Cristo”.(pág.2163)
Batistas – “Está claro, no entanto, que o aspecto permanente da lei é o ético, e
não o cerimonial…Assim, ele pode recomendar os entolai theou aos gentios, e
ainda rejeitar inflexivelemnte os entolai cerimoniais, tais como a circuncisão, a
comida, as festas, e até a guarda do sábado (Col. 2.16), pois estes são nada
mais que uma sombra da realidade que chegou com Cristo.” (Teologia
Sistemática – George Eldon Ladd pág. 473-474 ed. Juerp 2ª edição)
Assembléia de Deus – No rodapé da recente “Bíblia de Estudo Aplicação
Pessoal” está escrito, “A frase ‘pelo comer ou pelo beber’ provavelmente refere às
leis judaicas relacionadas aos alimentos. As festas mencionadas são os dias
santos judaicos celebrados anual, mensal (lua nova) e semanalmente (o sábado).
Essas cerimônias distinguiam os judeus de seus vizinhos pagãos.” (Bíblia de
Estudo Aplicação Pessoal, pág. 1678 – 1ª ed. edit. CPAD)
“As leis, os dias santos e as festas do AT apontavam para Cristo. Paulo os chama
de ‘sombras’ da realidade que estava por vir – o próprio Cristo. Quando Cristo
veio, dispensou as sombras. Se temos a Cristo, temos o necessário para
conhecer e agradar a Deus”. (ibdem)
“Mas não há duvida de que pela vinda do Senhor [Jesus] Cristo haja sido abolido
[o] que era aqui cerimonial. Pois Ele é a verdade, pela presença de Quem se
desvanecem todas as figuras; o corpo, a cuja visão são deixadas para trás as
sombras. Ele é, digo [-o] o verdadeiro cumprimento do sábado.”
Calvino – “Ora, como na ressurreição do Senhor esteja, o fim e cumprimento
daquele verdadeiro descanso que o antigo sábado adumbrava, os cristãos são
advertidos pelo próprio dia que pôs termo ás sombras a se não apegarem ao
cerimonial obumbrante.” (Institutas da Religião Cristã – Calvino vol. II livro 2 cap.
VIII p. 33 – CEP)
Pentecostais – “As referências no versículo 16 à manutenção das festas
religiosas, das celebrações da lua nova e dos dias de sábado, sugerem que os
ensinos problemáticos em Colossos tinham uma forte influência judaica”
(Comentário Bíblico Pentecostal – Novo Testamento, pág. 1343 – vários autores
ed. CPAD)
“O primeiro conjunto de preocupações abordado por Paulo, está relacionado à
imposição de leis sobre a alimentação (“pelo comer, ou pelo beber”) e à
observância de certos dias considerados como santificados (“dias de festas, ou
da lua nova, ou dos sábados”). O apóstolo encoraja os colossenses a não deixar
que ninguém os ‘julgue’ com respeito a estas coisas….A razão pela qual os
regulamentos não têm nenhuma relevância é que são apenas ‘sombras’ das
‘coisas futuras’, porém o corpo é de Cristo…”. E conclui finalmente, “Submeter-se
a tais práticas seria sujeitar-se novamente a uma forma de escravidão, o tipo de
escravidão da qual foram libertos…” (ibdem pág. 1347,1348) D. M Canright ex-
pastor adventista em sua obra “O Adventismo Renunciado” discorrendo sobre
Colossenses 2.16 cita várias autoridades teológicas no assunto, que vem
confirmar sem sombra de dúvida que o sábado neste verso é realmente o sábado
semanal que fora ab-rogado. Entre eles está vultos como Johnh Bunyan, o
conhecidíssimo ‘Comentário do Púlpito’, John Wesley, os metodistas: Dr. Scott,
Dr. Lee e muitos outros.
Verso 14
…e havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas
ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na
cruz;
…escrito de dívida …
Quanto a isto o comentarista afirma enfaticamente: “Isto é uma referência ao
Decálogo e à Lei de Moises inteira.”
“Sobre a suposta distinção entre as leis ele assegura: “Distinção entre Lei moral e
cerimonial não tem nenhum significado para Paulo. A Lei é uma unidade….Para
Paulo, o caráter hostil da Lei é peculiarmente associada com seu lado moral.”
ainda diz que a Lei aqui “é representada pelos 10 Mandamentos”
cravando-o na cruz…
“Esses termos indicam o cancelamento absoluto e ab-rogação da Lei de Moises.
Também, não deveríamos perder vista o fato de que a heresia dos Colossenses
estava envolvida fundamentalmente na Lei de Moises…”
Citando outro erudito ele diz: “A aplicação especial deste verso, inclusive da parte
moral da Lei de Moises, foi discutido assim por Macknight:
Os preceitos morais da Lei de Moises são chamados de o Chirograph, ou
manuscrito de ordenanças, porque a maioria essencial destes preceitos foram
escritos pela mão de Deus em duas tábuas de pedra; e Moises foi direcionado a
escrever isto em um livro.”
Verso 16
Comer … beber … dia de festa … lua nova… dia de sábado …
“De importância particular é o aparecimento do mandamento do sábado. Embora
o artigo o não esteja no Grego, isto esclarece o seu significado; Paul estava
resistindo aos Judaizantes que estava insistindo na observância legalística do
sábado.” Como F. F. Bruce expressou, ” Paulo está avisando seus leitores contra
aqueles que estavam tentando impor a observância do sábado Judaico sobre
eles.” E conclui: “A observância do sábado é aqui colocada sobre o mesmo nível
das outras coisas abolidas…”
(James Burton Coffman’s Commentaries: New Testament (Dr. Coffman presents
a verse by verse look at God’s Word.)
“ou “sábados”; significando o sábado do jubileu, que era um ano em cinqüenta; e
o sábado da terra, que era um ano em sete; e o sábado do sétimo dia, em
algumas cópias lê-se o número singular, “ou do sábado”; que era peculiar aos
Judeus, não se relacionava aos gentios…os Gentios não são forçados a guardar
seus sábados…”
Após citar algumas autoridades sobre o assunto conclui: “…o sábado foi
peculiarmente dado aos Filhos de Israel; e que os gentios, estranhos, ou outros,
nunca foram punidos ao negligenciar e quebrar isto…”