Você está na página 1de 14

A verdade histórica e Teologica sobre a mudança do sábado para o domingo

Marcelo Santana
Dr em teologia
Introdução
Um grande número de pessoas sinceras têm dúvidas a respeito da
controvérsia sábado,/domingo. Vários intérpretes argumentam que
a ressurreição de Jesus provê o fundamento necessário para a
aceitação do domingo como um novo paradigma da fé cristã
Será que existe algum fundamento bíblico defensável para a
aceitação do domingo em lugar do sábado ou isso séria proveniente
apenas da tradição cristã?
Nesse estudo vamos examinar as referências bíblicas no novo
testamento que são geralmente utilizadas como evidências da
mudança do sábado para o domingo e verificar se há fundamento
bíblico para isso ou de tal concepção de baseia na tradição.
Mateus 28:1 com certeza não é possível afirmar com base neste
texto que o domingo teria se tornado o sábado cristão em lugar do
sábado do sétimo dia Mateus apenas diz que passando o sábado, no
começo do primeiro dia da semana, María Madalena e a outra María
foram ver o túmulo
Marcos 16:1-2-9
Assim como referência anterior Marcos emprega a expressão
primeiro dia da semana simplesmente para localizar no tempo o que
aquelas mulheres foram fazer. Note que o texto é uma descrição
histórica de um acontecimento, não havendo indício algum de que o
sábado tinha sido substituído pelo Primeiro dia da semana.
Lucas 23:56 e 24:1
Neste texto Lucas também utiliza a expressão primeiro dia da
semana para narrar um acontecimento histórico e não para
transmitir o ensinamento de que a ressurreição de Jesus no
domingo tinha feito neste dia o novo sábado em substituição ao
sábado do sétimo dia
João 20:1 e 19
As últimas duas referências ao primeiro dia da semana nos
evangelhos tampouco oferecem qualquer explicação instrução ou
ordenança para observação do domingo.
Embora algumas pessoas utilizem este texto como fundamentação
para a observância do domingo, essa reunião dos discípulos não
provê nenhum apoio para isso, pois em primeiro lugar jesus
apareceu aos discípulos ao cair da tarde (grego Ouses ou ophias),
após o diálogo no caminho de Emaús (Lucas 24:13-43), quando já
corria o domingo a noite. Levando-se em consideração o cômputo
bíblico que define os dias de por sol a por do sol (genesis 1:5 8, 13,
19, 23:31 levítico 23:32 deuteronômio 16:6) Cristo deve ter
aparecido aos discípulos após o por do sol de domingo, quando já
era segunda feira para eles. Além disso os discípulos que ainda não
criam plenamente na ressurreição de Jesus não estavam reunidos
como propósito de celebrar esse dia. Na realidade, eles estavam
escondidos com medo dos judeus (João 20:19). No novo testamento
o primeiro dia da semana nunca é chamado de o dia da
ressurreição.
Primeiro dia da semana
Considerando que foi uma reunião noturna, precisamos saber se a
expressão primeiro dia da semana (mia Ton sabbaton) indica
sábado a noite ou domingo a noite. Segundo o costume judaico, os
dias eram contados de pôr do sol a pôr do sol, e o modo romano, de
meia a noite a meia noite. No evangelho, Lucas usou o modo judaico
de contagem dos dias para relatar o sepultamento de jesus: Era o
dia da preparação (sexta feira), e começava o sábado (Lucas
23:54). Embora fosse de origem gentilica, Lucas também demostra
profundo respeito no livro de Atos pelo calendário judaico e
costumes religiosos. Lucas usa o sistema judaico de contagem dos
dias e que a reunião muito provavelmente teria ocorrido na noite de
sábado para domingo. Portanto muito provavelmente,
Aquele encontro noturno foi motivado pela partida do apóstolo e
não tinha qualquer relação com a celebração dominical regular.
Partir do pão
A expressão partir do pão era apenas uma forma de indicar o
costumeiro preparativo para uma refeição conjunta. De acordo com
o costume da época, o ato de o anfitrião cortar o pão em fatias
assinalava o início da refeição. Tratando da expressão partir do pão.
Embora deva ser admitido que tal uso ocorre na literatura pós
apostólica, este dificilmente parece ser seu significado ou uso
exclusivo no novo testamento. Na verdade, o verbo quebrar (klao)
seguifo do substantivo pão (artos) ocorre quinze vezes no novo
testamento. Nove vezes se refere ao ato de Cristo partir o pão ao
alimentar a multidão, ao participar da Última Ceia e ao comer com
seus discípulos após sua ressurreição; duas vezes descreve o início
e participação de Paulo em uma refeição; duas vezes descreve
realmente o partir do pão da ceia e duas vezes é usado como
referência geral para os discípulos ou crentes partirem o pão juntos.
Deve-se notar que em nenhum desses casos a ceia é explicitamente
ou tecnicamente designada como partir do pão além disso, o partir
do pão foi seguido por uma refeição e comeu (geusamenos – atos
20:11). O mesmo verbo é usado por Lucas em três outras instâncias
com significado explícito de saciar a fome (Atos 10:10;23:14, Lucas
14:24). Outro detalhe digno de ser mencionado é que não há no
novo testamento nenhuma estipulação de um dia específico em que
a ceia devia ser realizada, até porque a igreja naquele tempo estava
proibida pelo império Romano de realizar reuniões noturnas, pois o
imperador temia algum tipo de agito revolucionário. Portanto, o
peso da evidência demostra que a reunião noturna que ocorreu em
troade foi algo extraordinário em função da despedida do apóstolo
que viajaria logo ao amanhecer; não há ninguém indício de que se
tratava de um culto dominical regular. Vimos que não há apoio
bíblico para o culto dominical com base nas referências do novo
testemunho que usam a exple primeiro dia da semana para se
referir a ressurreição, a reunião de despedida em troade e só plano
de arrecadar fundos financeiros para a igreja de Jerusalém.
Análise histórico Teologica
Já no séc. II, o domingo era guardado em lugar do sábado pelos
cristãos de Alexandria. Esta apostasia local fora evidentemente
derivada do gnosticismo, um sistema teológico e filosófico que ali
se estabelecera. Mas não tardou em estender suas raízes a outras
partes, de maneira que, no século terceiro, já se guardavam, em
diversos lugares, ambos os dias. O domingo, porém, ia tomando
ascendência sobre o sábado, até suplantá-lo por completo.
Os pagãos do império romano guardavam o atual domingo, o
primeiro dia da semana, ao qual honravam como “Dies Solis” (dia
do Sol). Esta prática foi aceita pelo gnosticismo, passando daí para
a igreja em Alexandria, como acabamos de referir. E, no século
quarto, grande parte da cristandade já guardava o dia do Sol dos
pagãos como sendo o dia do SENHOR.
Constantino Magno, imperador pagão, via que a linha demarcatória
entre o cristianismo e o paganismo se desvanecia mais e mais. Via
que, com um pouco de esforço, podia ganhar o apoio não só dos
seus súditos pagãos, mas também dos cristãos. Todavia, para tanto
era necessário que os dois credos se aproximassem ainda mais.
Pois a fusão entre o cristianismo e o paganismo ainda não era
completa. Havia muitos cristãos fieis que ainda guardavam o
verdadeiro dia de descanso do ALTÍSSIMO, o sábado, que é o quarto
mandamento da lei original de DEUS, e rejeitavam, como fruto do
paganismo, a observância do primeiro dia da semana (domingo), o
dia do Sol. Visando salvaguardar a suposta santidade do primeiro
dia da semana e favorecer a aproximação das duas classes,
Constantino, a 7 de março de 321 d.C., promulgou o seguinte
decreto:
“Que todos os juízes, e todos os habitantes da cidade, e todos os
mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. Não
obstante, atendam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos
campos, visto acontecer amiúde que nenhum outro dia é tão
adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se
dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo Céu”.
Esta lei foi acatada de bom grado pelos dirigentes da igreja em
Roma, pois, esforçando-se o maligno para atacar especialmente a
sede do cristianismo, já se vinha, ali, de há algum tempo, exaltando
mais e mais o primeiro dia da semana, e desprezando o sábado do
SENHOR. “Em quase todos os concílios, o sábado, que DEUS havia
instituído, era rebaixado um pouco mais, enquanto o domingo era
em idêntica proporção exaltado. Destarte a festividade pagã veio
finalmente a ser honrada como instituição divina, ao mesmo tempo
em que se declarava ser o sábado bíblico relíquia do judaísmo,
amaldiçoando-se os seus observadores.”
Foi este um dos expedientes de que a igreja, subserviente ao
imperador Constantino, lançou mão para conciliar o paganismo ao
cristianismo. Em 313, o próprio Constantino, para obter maior apoio
dos cristãos, se converteu formalmente ao cristianismo, e os seus
súditos pagãos não tardaram em seguir-lhe o exemplo. E assim o
paganismo se introduziu na igreja de CRISTO!
Mas ainda havia muitos cristãos fieis, que não se submetiam à
apostasia reinante. Guardavam o sábado e rejeitavam a observância
do dia do Sol. Diante disto, em 364 d.C., o Concílio de Laodicéia
resolveu promulgar o seguinte edito:
“Os cristãos não devem descansar no sábado, mas sim trabalhar
neste dia; porém, ao domingo honrar de maneira especial, como
cristãos. Se, entretanto, forem encontrados descansando no
sábado, sejam então excomungados (amaldiçoados) por CRISTO.”
DEUS disse: “Lembra-te de santificar o dia de sábado” (Êxodo c.20
v.8). Mas os homens disseram: “Não! Não façais isto! Guarda o
domingo, o primeiro dia da semana!” Os protestantes herdaram a
observância do domingo inadvertidamente da igreja romana, e esta
a herdou do paganismo.
Mas, que disse CRISTO do valor da tradição substituindo os
mandamentos de DEUS? “Por que transgredis vós também o
mandamento de DEUS pela vossa tradição…? Mas em vão me
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos dos homens”
(Mateus c.15 v.3 a 9). CRISTO disse que “nem um jota ou um til se
omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido”. Reafirmando o dever
de cumprirmos, sem a menor omissão, todos os mandamentos da
lei, o Salvador acrescentou: “Qualquer, pois, que violar um destes
mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será
chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir
e ensinar será chamado grande no reino dos céus” (Mateus c.5
v.18-19).
O Sábado Bíblico Foi Mudado Para o Domingo?
A maior parte do cristianismo de hoje observa o domingo como se fosse o Sábado ou acha
que esse mandamento não tem mais importância.
A ordem de Deus a respeito do Seu dia de sábado é bastante clara:
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e
farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus;
não farás nenhuma obra...Porque em seis dias fez o SENHOR os céus e a
terra, o mar e tudo que neles há e ao sétimo dia descansou; portanto,
abençoou o SENHOR o dia do sábado e o santificou” (Êxodo 20:8-11).
Deus repetiu os princípios básicos dessa ordem em Deuteronômio 5:12-15.
E Ele fez isso novamente em Levítico 23:2, introduzindo o Sábado
semanal como uma das “festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão
santas convocações; são estas as Minhas festas” (ARA, grifo nosso). Aqui
Deus explica que o Sábado é uma das festas dEle, não apenas para o povo
judeu da antiga Israel, como muitos supõem. Ele afirma ainda que se
trata de uma “santa convocação” — ou, como traduz a Bíblia Viva, uma
“assembleia convocada”.
Essas são declarações inequívocas de que o sábado é santo — separado —
conforme o próprio Deus declarou várias vezes. Esse é um dia para
descansar de nosso trabalho rotineiro e nos reunir para adorá-Lo.
Entretanto, apesar dessas instruções serem claras — além do fato de
Jesus Cristo ter declarado que Ele é “Senhor do Sábado” (Mateus 12:8;
Marcos 2:28) — a maior parte do cristianismo de hoje observa o domingo
como se fosse o Sábado ou acha que esse mandamento não tem mais
importância. Porém, para ficar bem claro, o domingo é o primeiro dia da
semana, como há muito tempo mostram os calendários (embora
recentemente tenham surgido alguns calendários comerciais que
mostram o domingo como último dia da semana). O sábado bíblico dura
do pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado, pois a Bíblia conta
os dias a partir do pôr do sol (ver Gênesis 1:5, 8, 13, 19, 23, 31; Levítico
23:32).
Como e quando ocorreu essa mudança? Quem autorizou essa substituição
antibíblica e por quê?
Uma história com um passado obscuro
Para compreender essa história, devemos viajar até ao primeiro século e
compreender as poderosas forças que impactaram a Igreja.
Norbert Brox, professor de história da igreja primitiva da Universidade
de Regensburg da Alemanha, descreve a perspectiva da Igreja primitiva
antes dessa mudança: “As primeiras comunidades [cristãs] eram grupos
que se formaram dentro do judaísmo...Os cristãos acreditavam no Deus
de Israel e a Bíblia deles era a mesma dos judeus...Eles continuaram a
observar a lei (como fez Jesus) e o costume judaico de adorar no templo
(Atos 2.46; 10.14), e isso passava aos estrangeiros a impressão de serem
uma seita judaica (Atos 24.5, 14; 28.22) e não uma nova religião.
Provavelmente, até eles mesmos se consideravam judeus” (A Concise
History of the Early Church [Uma breve história da igreja primitiva, em
tradução livre], 1996, p. 4).
Isso fica evidente na leitura do livro de Atos. (Ver também “Como
Encontrar A Verdadeira Igreja de Deus?” na página 16). Os primeiros
membros da Igreja seguiram as práticas que conheciam há muito tempo,
seguindo o exemplo de Jesus Cristo de adoração e observância do santo
sábado de Deus (Mateus 12:8; 24:20; Marcos 1:21; 2:27-28; 6:2 ; 16:1;
Lucas 4:16; 13:10; 23:56; Atos 13:14, 42, 44; 16:13; 17:1-3; 18:4).
Entretanto, poucas décadas depois, as coisas começaram a mudar.
Durante a época dos apóstolos, alguns, alegando serem fiéis ministros de
Cristo, começaram a introduzir ensinamentos heréticos. O apóstolo Paulo
descreveu esses homens e seus métodos: “Porque tais falsos apóstolos são
obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é
maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é
muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da
justiça” (2 Coríntios 11:13-15).
Os danos causados por esses falsos ensinamentos se alastraram por toda
parte. Quase no fim do primeiro século, o apóstolo João escreveu sobre
um falso ministro que rejeitava ousadamente os mensageiros dele e
excomungava os membros fiéis da Igreja! (3 João 9-10).
Quando João terminou seus escritos no fim do primeiro século, os livros e
as cartas que formariam o chamado Novo Testamento estavam
completos. Contudo, após sua morte, grande parte dos relatos de
fidedignas testemunhas oculares dos eventos e das mudanças na Igreja
cessaram. Então, ficamos com poucas informações confiáveis nos séculos
seguintes.
Uma perseguição que trouxe mudanças
Parte dessa falta de informação sobre essa época decorre da perseguição
à Igreja. Sob o governo do imperador Nero (54-68 d.C.), os cristãos de
Roma foram acusados de incendiar a cidade e muitos foram
martirizados. Mais tarde, o imperador romano Domiciano (81-96 d.C.)
exigiu que todos os cidadãos do império o adorassem como um deus. Em
obediência aos mandamentos de Deus, os cristãos e os judeus se
recusaram a cumprir esse decreto, então foram cruelmente perseguidos.
Nas décadas e séculos seguintes, sangrentas ondas de perseguição
atingiram o cristianismo e o judaísmo.
No primeiro e segundo séculos, os judeus da Terra Santa revoltaram-se
contra o governo romano. Essa segunda rebelião, em particular, levou à
perseguição dos judeus e também do judaísmo. Após conquistar e
destruir Jerusalém, o imperador romano Adriano (117-138 d.C.) construiu
uma nova cidade e proibiu que os judeus entrassem nela. Ele também
proibiu a circuncisão e a observância do sábado.
O professor Brox descreve o efeito disso sobre a Igreja: "Os judeus
cristãos da Palestina foram expulsos na Primeira Guerra Judaico-
Romana (66-70 d.C.), mas depois voltaram para Jerusalém; entretanto,
após a revolta do Bar Kokhba, na Segunda Guerra Judaico-Romana (132-
135 d.C.), eles tiveram que deixar aquela terra porque, como eram judeus
circuncidados, todos foram banidos sob pena de morte. Então, nessa
época, isso significou o fim da igreja [em Jerusalém]” (Brox, p. 19).
Segundo os escassos registros históricos, parece que, durante esse
período de ferrenha perseguição aos judeus, um número significativo de
cristãos começou a evitar identificar-se com o judaísmo. A parte mais
visível do cristianismo começou uma transição significativa dos
ensinamentos dos apóstolos para uma filosofia religiosa antissemita.
As antigas práticas em comum com o judaísmo — como o descanso e o
culto no dia de sábado e observância das festas ordenadas por Deus na
Bíblia — começaram rapidamente a desaparecer enquanto novos
costumes se infiltravam na Igreja. Poucos tiveram coragem de enfrentar
essas contínuas perseguições e permanecer fiel aos costumes ensinados
pelos apóstolos de Cristo.
Então, durante esse período obscuro, surgiu uma versão muito diferente
do cristianismo, que estava estabelecido em Roma e tinha práticas de
adoração completamente distintas. No final do segundo século, o bispo de
Roma, Vítor I (189-199 d.C.), deu um ultimato para que todos “seguissem
a prática [de adoração] dominical da igreja romana” (Brox, p. 124).
Constantino apoia um “cristianismo” diferente
O reinado do imperador Constantino (309-337 d.C.) mudou
dramaticamente o rumo do cristianismo. Embora ele tenha sido um
adorador do sol durante toda a vida, sob seu governo o cristianismo
tornou-se a religião oficial do Império Romano e ele foi batizado — ainda
que em seu leito de morte.
E, sob a influente supervisão dele, no Concílio de Nicéia (325 d.C.) a
observância da Páscoa bíblica foi rejeitada em favor do Domingo de
Páscoa, um feriado religioso com raízes em costumes pagãos.
Constantino declarou que aqueles que se recusassem a seguir a liderança
da igreja romana seriam excomungados e considerados hereges. E sua
carta com essa decisão mostrava o profundo desgosto dele pelas práticas
que considerava “judaicas” — mas que, na verdade, eram mandamentos
bíblicos.
“Parecia algo indigno”, decretou ele, “que na celebração dessa santíssima
festa [Domingo de Páscoa] seguíssemos a prática dos judeus, que
impiamente contaminaram suas mãos com enormes pecados e, portanto,
estão devidamente afligidos com a cegueira da alma...Não devemos ter
nada em comum com essa detestável comunidade judaica...”.
“Esforce-se e ore continuamente para que a pureza de sua alma nunca
seja maculada pela comunhão com os costumes desses homens
iníquos...Todos deveriam se unir...evitando qualquer participação na
conduta apóstata dos judeus” (Vida de Constantino, Eusébio, p. 3, 18-19,
Nicene and Post-Nicene Fathers: Second Series [Padres ante-nicenos e
pós-nicenos, em tradução livre], 1979, Vol. 1, pp. 524-525).
O historiador britânico Paul Johnson resume como essa ideia de
Constantino de fundir práticas religiosas resultou num cristianismo
corrompido, que mesclava paganismo com elementos bíblicos: “Muitos
cristãos não faziam uma distinção clara entre seu próprio culto e esse
culto ao sol [mitraísmo]. Eles...realizavam seus serviços religiosos no
domingo, ajoelhavam-se em direção ao Oriente e celebravam sua festa de
Natal em 25 de dezembro, dia do nascimento do sol no solstício de
inverno...Será que o império se rendeu ao cristianismo ou este se
prostituiu ao império?” (História do Cristianismo, 1976, pp. 67-69).
Do sábado ao domingo
O antigo costume de Constantino de adoração ao sol o levou a impor uma
mudança no dia de descanso semanal do cristianismo para o domingo,
dia de adoração ao sol. “No ano 321, Constantino impôs o domingo como
dia de descanso semanal...e nenhum trabalho poderia ser feito nele...O
descanso laboral no domingo cristão derivava do mandamento do sábado
judaico, com o qual o domingo não tinha absolutamente nenhuma
conexão” (Brox, p. 105).
Durante um tempo, nesse cristianismo profundamente modificado,
alguns continuaram a observar o Sábado e outras festas celebradas por
Jesus e os apóstolos. Mas isso não durou muito tempo. O professor de
história antiga da Universidade de Oxford, Robin Fox, declara: “No ano
430, o Concílio de Laodiceia pronunciou-se contra a observância cristã
do sábado judaico...e da celebração das festas judaicas” (Pagans and
Christians [Pagãos e cristãos, em tradução livre], 1987, p. 482).
Esse decreto desse concílio sobre o sábado afirmava: “Os cristãos não
devem judaizar-se descansando no sábado, mas devem trabalhar nesse
dia, antes honrando [o domingo]; e, se puderem, descansando como
cristãos. Mas se alguém for considerado judaizante, que seja anátema
[afastado] de Cristo”.
O que se seguiu foram séculos de perseguição por parte de um poder
compartilhado entre a Igreja e o Estado. A observância do sábado do
sétimo dia foi praticamente erradicada — exceto por uma pequena e
dispersa minoria que continuou seguindo fielmente os mandamentos de
Deus.
Então, quando e como foi mudado o dia de descanso e adoração do
cristianismo?
A verdade sobre a mudança no mandamento de Deus
O cardeal James Gibbons, arcebispo de Baltimore no início do século
vinte, admite a verdade sobre a substituição do sábado bíblico do sétimo
dia pelo domingo: “Você pode ler a Bíblia de Gênesis a Apocalipse e nunca
encontrará uma única linha autorizando a santificação do domingo. As
Escrituras impõem a observância religiosa do sábado, um dia que nunca
santificamos” (The Faith of our Fathers [A fé de nossos pais, em tradução
livre], 1917, p. 89).
E o livro The Convert’s Catechism of Catholic Doctrine (O catecismo da
doutrina católica do convertido, em tradução livre) oferece em sua seção
de perguntas e respostas essa explicação resumida acerca da história que
abordamos acima:
P: “Qual é o dia de descanso?”
R: “O sábado é o dia de descanso”.
P: “Por que observamos o domingo em vez do sábado?”
R: “Observamos o domingo em vez do sábado porque a Igreja Católica, no
Concílio de Laodiceia, transferiu a solenidade do sábado para o
domingo” (Peter Geiermann, 1957, p. 50).
Muitas denominações protestantes também admitem que o sábado é o dia
de descanso bíblico e que a Igreja Católica Romana fez a mudança desse
dia para o domingo, apesar de saberem que não há base bíblica para isso
(ver lista dessas declarações em nosso guia de estudo bíblico gratuito
mencionado abaixo).
Contudo, ainda existem cristãos que seguem fielmente a Deus e desfrutam
das bênçãos de obedecer aos mandamentos dEle. Eles descobriram o
caminho de vida “apertado” que poucos encontram (Mateus 7:14). Mas
com a ajuda divina, você pode buscar e seguir a vontade de Deus também!
Quem mudou o mandamento do sábado para o Domingo?
O mundo cristão tem observado dois dias diferentes. De um lado, a maioria dos cristãos
observa com sinceridade o domingo, o primeiro dia da semana, acreditando que é um
memorial da ressurreição de Cristo. De outro lado, um grupo de cristãos, igualmente
sinceros, crêem que a Bíblia honra apenas o sétimo dia como o sábado do Senhor. Bem,
então em algum momento da história alguém fez a mudança do dia de guarda.
Como isto aconteceu?
Quem mudou o descanso do sábado, o sétimo dia da semana, para o domingo, o primeiro dia
da semana? Será que Deus, Cristo, ou talvez os apóstolos fizeram essa mudança? Será que a
Bíblia autoriza essa mudança?
1- Quando Deus deu os Dez Mandamentos a Seu povo, Ele também deixou claro que
nenhum ser humano deveria mudar suas ordens.
“NADA ACRESCENTEM às palavras que eu lhes ordeno e delas NADA RETIREM, mas
obedeçam aos mandamentos do Senhor, o Seu Deus, que eu lhes ordeno”. Deuteronômio 4:2
2- O próprio Deus prometeu não alterar Seus mandamentos:
“NÃO violarei a minha aliança NEM MODIFICAREI AS PROMESSAS DOS MEUS
LÁBIOS”. Salmo 89:34
“Porque eu, o SENHOR, NÃO MUDO…” Malaquias 3:6
“Toda boa dádiva e todo dom perfeito são lá do alto, descendo do Pai das luzes, em quem
NÃO PODE EXISTIR VARIAÇÃO OU SOMBRA DE MUDANÇA”. Tiago 1:17
3- Jesus não mudou o sábado nem anulou. Ele o confirmou em sua vida e até declarou:
“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir. Digo-lhes a
verdade: Enquanto existirem céus e terra, de forma alguma desaparecerá da Lei a menor
letra ou o menor traço, até que tudo se cumpra”. Mateus 5:17 e 18.
4- Os discípulos e apóstolos continuaram guardando o sábado
Tiago, o primeiro líder da igreja cristã primitiva, escreveu o seguinte sobre os Dez
Mandamentos:
“Pois quem obedece a toda Lei, mas tropeça em apenas um ponto, torna-se culpado de todos.
Pois aquele que disse: Não adulterarás, também disse: Não matarás”. Tiago 2:10, 11
5- Lucas, o médico e evangelista da igreja primitiva, relatou:
“No sábado, saímos da cidade e fomos para a beira do rio, onde esperávamos encontrar um
lugar de oração.” Atos 16:13
6- No livro de Atos no Novo Testamento Lucas menciona 84 vezes que o sábado era
observado pelos seguidores de Cristo, todos abrangendo um período de 14 anos depois da
ressurreição de Jesus:
– 2 sábados em Antioquia (Atos 13:14, 42, 44);
– 1 em Filipos (Atos 16:13);
– 3 em Tessalônica (Atos 17:2, 3);
– 78 sábados em Corinto (Atos 18:4, 11).
7- João, o último dos doze apóstolos a morrer, guardou o sábado. Ele escreveu:
“No dia do Senhor achei-me no Espírito”. Apocalipse 1:10
8- De acordo com Jesus, o dia do Senhor é o sábado:
“Pois o Filho do Homem é Senhor do sábado”. Mateus 12:8
ENTÃO, DE ONDE VEIO O DOMINGO?
Na Bíblia o primeiro dia da semana nunca é chamado de domingo! Nem é chamado de dia
santo, nem existe qualquer indicação de que deveria ser separado como um dia de adoração.
Só existem oito textos nas Escrituras que falam do primeiro dia da semana; Se na Bíblia
existe alguma ordem ou permissão para a troca do sétimo para o primeiro dia da semana,
tem que estar nestes oito textos. Vamos fazer um exame crítico dos oito textos que
mencionam o primeiro dia da semana e ver se existe uma autorização Bíblica para a
mudança?
1º – Mateus 28:1. “E, no fim do Sábado, quando já despontava o primeiro dia da semana,
Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro.”
Você achou que aqui existe alguma coisa indicando que Deus mudou o dia de adoração do
sábado para o domingo? Está claro que não!
Este texto foi escrito no ano 62 d.C., 31 anos depois da ressurreição de Jesus. Ele só descreve
que Maria Madalena e Maria a Mãe de Jesus, estão esperando terminar o sábado de
descanso para irem ver o corpo de Jesus. Ao contrário este é mais um texto que prova que,
após a morte de Jesus, o dia que se guardava era o Sábado.
2º – Marcos 16:2. “E, no primeiro dia da semana, foram ao sepulcro, de manhã cedo, ao
nascer do Sol.”
No verso 1, fala que elas esperaram passar o Sábado. Este texto também foi escrito 31 anos
após a morte de Jesus, em Mar. 2:28, Marcos menciona que o Sábado é o Dia do Senhor e
desconhece completamente o domingo.

3º – Marcos 16:9. “E Jesus, tendo ressuscitado na manhã do primeiro dia da semana,


apareceu primeiramente a Maria Madalena…”
Este texto também foi escrito 31 anos após a ressurreição de Jesus. Também não fala nada
sobre guardar o domingo. Dá pra notar, que Jesus teve todo o cuidado de não violar o sábado
nem na sua morte. Seus trabalhos de criação e redenção foram realizados honrando o
Sábado.

4º – Lucas 24:1. “E no primeiro dia da semana, muito de madrugada, foram ao sepulcro,


levando as especiarias que tinham preparado.”
Lucas escreveu isso no ano 64 D.C., 33 anos depois da ressurreição do Senhor,. Não vemos
nada nem ninguém dizendo sobre guardar o domingo. Pelo contrário, Lucas faz questão de
deixar claro no capítulo 23, no verso 56 seu conceito sobre o sábado.. . veja: “E voltando
elas, no Sábado repousaram, conforme o mandamento.”

5º – João 20:1. “E no primeiro dia da semana Maria Madalena foi ao sepulcro de


madrugada, sendo ainda escuro, e viu a pedra tirada do sepulcro.”
Este texto foi escrito no ano 97 d.C., 66 anos depois de Jesus ressuscitar, e também não diz
nada a favor do domingo.

6º – João 20:19. “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e trancadas as
portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus… e disse-
lhes: Paz seja convosco.”
Este texto não fala nem sequer que os discípulos se reuniram para um culto. Pelo contrario,
só estavam ali escondidos por causa do medo! Apenas isso!
7º – Atos 20:7. “E, no primeiro dia da semana, ajuntando-se os discípulos para partir o pão,
Paulo que havia de viajar no dia seguinte, falava com eles; e prolongou o discurso até à meia
noite.”
Esta era à noite de sábado. Eles haviam passado o sábado todo, juntos, como era seu costume
(Atos 17:2); e, ao terminar o dia, no pôr-do-Sol, e começar o primeiro dia (início da noite de
Sábado), Paulo que teria de partir no dia seguinte, desejou usufruir da presença dos
discípulos, e isso foi até à meia noite. Você notou que Paulo, evitou iniciar uma viagem no
Sábado?
8º “No primeiro dia da semana cada um de vós ponha de parte, em casa, conforme a sua
prosperidade, e vá ajuntando para que se não façam coletas quando eu for.” 1ª Coríntios
16:2.
• Paulo soube que os crentes de Jerusalém (Atos 11:28 e 29) estavam em grandes
necessidades, e os discípulos decidiram socorrê-los.
Paulo então pediu aos irmãos que todas as semanas, em casa, e não na igreja, no primeiro
dia da semana, fossem ajuntando alguma coisa; dinheiro, alimento, roupa, sandálias…
Paulo estava organizando o trabalho de assistência social, apenas isso.
Bem, aqui foram os únicos oito versos da Bíblia onde aparece o primeiro dia da semana
citado. Você achou que em alguns destes textos Deus mandou mudar o dia de guarda para o
domingo? Achou que em algum deles há provas de que os discípulos guardavam o domingo?
Então voltamos à pergunta:
Quem mudou o dia de guarda, e quando isto aconteceu?
Bem logo depois que Jesus subiu ao céu, o cristianismo começou a ser perseguido
terrivelmente! Os grandes e terríveis shows de crueldade no Coliseu são muito famosos.
Eram espetáculos de morte!
Durante muitos anos os cristãos foram perseguidos até a morte. Morriam homens, mulheres
e crianças. O problema para Roma, era que apesar de perseguir e matar muitos cristãos, eles
não conseguiam matar o cristianismo! O sangue dos cristãos na terra era como semente que
fazia com que aparecessem mais e mais cristãos!
Nenhum imperador Romano, por mais poderoso que tenha sido, conseguiu vencer o
cristianismo pelo medo! A perseguição foi em vão!
Mas você conhece aquele velho ditado: Se você não pode com eles, então junte-se a eles!
Se alguém quer falsificar dinheiro, vai ter que tentar fazer um dinheiro muito parecido com o
verdadeiro!
Assim, um imperador, muito esperto, decidiu que não iria mais lutar contra o cristianismo,
ao contrário iria unir-se aos cristãos. Ele resolveu se declarar cristão, e agora fez com que o
cristianismo passasse a ser a religião oficial do Estado. O nome deste imperador era
Constantino. Só que Constantino era pagão, amava a outros deuses, guardava outro dia, a
Bíblia para ele não valia nada!
NA sua disputa pelo poder contra seu oponente Magêncio.
A Batalha da Ponte Mílvia ou Batalha da Ponte Mílvio (em latim: Pons Milvius;
em italiano: Ponte Milvio) foi o último confronto travado no verão de 312, durante a Guerra
Civil entre os imperadores romanos Constantino, o Grande (r. 306–337) e Magêncio (r.
306–312) próximo à ponte Mílvia, uma das várias sobre o rio Tibre, em Roma. Precisamente
teria ocorrido em 28 de outubro. Constantino seria o vencedor da batalha e passaria desde
então a trilhar o caminho que levou-o a extinguir a Tetrarquia vigente e tornar-se o
governante único do Império Romano. Magêncio, por outro lado, morreria afogado no Tibre
durante o combate.
Num claro intento de apagar a memória de Magêncio (damnatio memoriae), Constantino
revogou sua legislação e deliberadamente apropriou-se dos projetos de construção realizados
por ele, notadamente a Basílica de Magêncio e o Templo de Rômulo, que fora dedicado a
seu filho Valério Rômulo. Constantino adotou uma postura de conciliação e não perseguiu
os apoiantes de Magêncio que pertenciam ao senado; os senadores, por sua vez, concederam-
lhe um título especial de “título do primeiro nome” e erigiram o arco triunfal que levaria seu
nome. Além disso, ele desmantelou a guarda pretoriana e a cavalaria imperial e estabeleceu
as escolas palatinas.
Segundo os cronistas do século IV Eusébio de Cesareia e Lactâncio, a batalha marcou o
começo da conversão de Constantino ao Cristianismo. Eusébio de Cesareia relata que
Constantino e seus soldados tiveram uma visão do Deus cristão prometendo-lhes a vitória
caso eles exibissem o sinal do Qui-Rô, as duas primeiras letras do nome de Cristo em grego,
em seus escudos. O Arco de Constantino, erigido para celebrar esta vitória, atribui em seus
relevos e inscrições à intervenção divina.
Assim, Constantino parou com a perseguição, e o que muitos pensaram que era uma bênção,
foi uma maldição! Isto porque Constantino começou a introduzir dentro do cristianismo as
coisas nas quais ele acreditava! Aos poucos ele foi fabricando um cristianismo que era a sua
própria cara!
Constantino, que adorava a ídolos, era mitraista ou seja , adorava o Sol e introduziu dentro
do cristianismo a adoração de imagens. E depois que o Novo Testamento já tinha sido
completado e que todos os apóstolos já tinham morrido, no dia 7 de março de 321 AD,
Constantino o Grande promulgou a primeira lei civil acerca do domingo, ordenando que
todas as pessoas do império romano, exceto os fazendeiros, deveriam descansar no domingo.
Foi o primeiro Decreto Dominical. De 07/03/321, e dizia o seguinte:
“Devem os magistrado e as pessoas residentes nas cidades repousar, e todas as oficinas serem
fechadas no venerável dia do Sol…[1]”
QUEM ASSUMIU A MUDANÇA?
Quem oficialmente ASSUMIU A MUDANÇA do dia de descanso do sétimo dia para o
primeiro dia da semana foi a Igreja Católica.
Um catecismo da Igreja Católica Romana, de Peter Geiermann diz:
“Pergunta: Qual é o dia de descanso?
Resposta:O sábado é o dia de descanso.
Pergunta: Por que guardamos o domingo e não o sábado?
Resposta: Guardamos o domingo ao invés do sábado porque a Igreja Católica… transferiu a
solenidade do sábado para o domingo”. [2]
O profeta Daniel manda um aviso a toda a humanidade. Ele diz que haveriam poderes na
terra mudando a Lei de Deus!
DANIEL 7:25 “Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e
cuidará m mudar os tempos e a lei;”
E assim o dia que era contado de por do sol a por do sol, conforme Levíticos 23:32 “Sábado
de descanso solene vos será; de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado” passou
a ser contado de meia a meia noite, e o mandamento “Lembra-te do dia de sábado para o
santificar” passou para o “guardar domingos e festas…”
Mas Paulo, o grande missionário e personagem principal da nossa série, que estabeleceu
várias igrejas, ungiu diversos presbíteros e diáconos, empossou líderes na igreja, Ele fez tudo
isso, mas nunca falou ou fez nada que apoiasse a mudança do sábado para o domingo. Pelo
contrário, em Éfeso e Corinto guardou e pregou em 194 Sábados, durante três anos e nove
meses.
Só no Novo Testamento há 59 referências ao Sábado. Lucas, escreveu sobre os Atos dos
Apóstolos, especialmente os de Paulo, ele também não falou nada da mudança do Sábado
para o domingo. Bem se Paulo não falou em nenhuma oportunidade que o domingo ocupou
o lugar do Sábado, é porque ele não pensava assim.
ISTO É PARA VOCÊ PENSAR – Depois da ressurreição, Cristo passou 40 dias instruindo
Seus discípulos sobre o estabelecimento de Sua igreja e, no entanto, não disse que o Sábado
foi transferido para o domingo por causa de Sua ressurreição. Se realmente o Sábado tivesse
sido abolido, você não acha que Jesus diria abertamente?
Ao contrário, preste atenção no que Cristo disse ao ver de uma maneira profética a
destruição de Jerusalém, que aconteceria ainda uns 40 anos depois de Ele subir ao céu:
Mateus 24: 20 “…Orai para que a vossa fuga não aconteça no inverno nem no Sábado.”
Jesus disse isso porque para fugir no inverno é muito mais difícil e no sábado é dia de adorar
e não de viajar.
E você sabe que dia Jerusalém foi destruída? Numa quarta-feira.
AGORA, PRESTE BASTANTE ATENÇÃO EM DECLARAÇÕES DE DIVERSAS
RELIGIÕES A RESPEITO DO SÁBADO E DA LEI DE DEUS.
CONGREGACIONALISTAS: “Não existe na Bíblia mandamento que requeira de nós a
observância do primeiro dia da semana como sendo o Sábado cristão.” – Mode and Subjects
of Baptism, por Fowler.
METODISTAS: “É certo não haver mandamento para o batismo infantil… Tampouco o há
para santificar o primeiro dia da semana.” – Theological Compend (1902), Rev. Amós
Binneyas, 180 e 181.
LUTERANOS: “A observância do domingo não se baseia em nenhum mandamento de Deus,
mas sim na autoridade da igreja.” – Augsburg Confession of Faith citado em Cox’s Sabbath
Manual, pág. 287.
PRESBITERIANOS: “Deus instituiu o Sábado na criação do mundo separando para este
fim o sétimo dia, e impôs sua observância como obrigação universal, moral e perpétua.” –
Dr. Archibaldo A. Hodge, da Comissão Presbiteriana de Publicidade.
PENTECOSTAIS: “A Bíblia nos mostra a sagrada Lei de Deus: ‘faça isto’, ‘não farás!’.
ÊXODO CAPITULO 20. E essa Lei deveria ser observada, cumprida rigorosamente… –
Lições Bíblicas, 7-12/1966, Dir. Respons. Pastor Emílio Conde, pág. 12.
BATISTAS: “Cremos que a Lei de Deus é a base ETERNA E IMUTÁVEL do Seu governo
moral (Rom. 3: 31. Mat. 5: 17. Luc. 16:17. Rom. 3:20); que essa Lei é santa, justa e boa
(Rom. 7: 12. Sal. 119);… que um dos principais objetivos do evangelho é o de libertar os
homens do pecado e restaurá-los em Cristo a uma obediência sincera dessa santa lei, …
(Rom. 8:2-4. Heb. 8: 10. Heb. 12.22-25).” – Manual das Igrejas Batista, por Willian Carey
Taylor, 4a. Edição, 1949, pág. 178, Artigo XII – Casa Publicadora Batista.
MÓRMONS – “Há aqueles que gostariam de destruir o DECÁLOGO, OU OS DEZ
MANDAMENTOS… Tais mandamentos não foram ab-rogados, nem anulados e estão em
vigor hoje da mesma forma como estiveram quando pronunciados em meio aos trovões no
Monte Sinai, embora não sejam observados.” – Joseph Fielding Smith, The Heed to
Yourselves, pág. 133.
CATÓLICOS – “Nós, católicos romanos, guardamos o domingo, em lembrança da
ressurreição de Cristo, e por ordem do chefe de nossa igreja…” – Pe. Júlio Maria, em
Ataques Protestantes, p. 81.
E então? O que você acha? Estava aí sua religião?
Se sua religião acredita nisto, o que você está fazendo? O que você irá fazer?
Mas pense bem: A palavra de Deus não seria o suficiente para que você obedecesse?
O SÁBADO HOJE É O MESMO SETIMO DIA DA SEMANA DESDE O ÉDEN?
Podemos afirmar sem qualquer medo de errar que a semana de sete dias ficou inalterada
desde a primeira semana no Éden?
De Adão (Gênesis 2:1 a 3) a Moisés não mudou (Êxodo 20:8 a 11) 2.500 Anos
De Moisés a Jesus não mudou (Lucas 4:16) 1.500 Anos
De Jesus até Hoje também não mudou, o ciclo semanal junca foi alterado! 2000 anos, total
mais de 6000 anos.
Veja mais uma coisa intrigante:
Você sabia que não existe nada na natureza que determine um ciclo semanal de sete dias? E
o mais incrível é que a semana de 7 dias é aceita em TODO O MUNDO e desde A
ANTIGUIDADE?
Ninguém neste mundo poderia dizer que isto aconteceu por acaso. Mesmo os paises que não
acreditam na Bíblia e no relato de Moisés no Gênesis.
Se você tem dúvida sobre o que estou dizendo, então veja o que a Enciclopédia Britânica diz:
A semana é um período de sete dias , não possuindo nenhuma relação com os movimentos
celestes, mas foi ela empregada desde os tempos mais remotos, até sem registro a não ser na
memória, em quase todos os países do Oriente…aqueles que rejeitam a narrativa mosaica se
sentirão embaraçados, ao atribuir-lhe a origem a probablilidade” 11ª Edição, vol IV, pág.
988, art “Calendário”
Isto faz sentido porque o dia é determinado pela rotação da terra em torno do seu próprio
eixo ( aproximadamente 24 horas)
O mês é determinado pela trajetória da Lua em torno da terra (aproximadamente 30 dias)
O ano é determinado pelo tempo que a terra gasta para dar a volta em torno do Sol
(Aproximadamente 365 dias)
Mas e a Semana? Qual é o acontecimento da natureza que determina o ciclo semanal? De
onde nações que não tem Bíblia, ou cristãos tiraram a idéia de contar a semana em 7 dias?
O que você achou disto?
SE você ficou pasmo, veja estas últimas declarações:
1- “Uma das mais notáveis confirmações, paralela a narrativa mosaica da criação, é
aceitação geral da divisão do tempo em semanas, aceitação esta que vai desde os estados
cristãos da Europa ás remotas praias do Hindustão, e prevaleceu igualmente entre os
hebreus, egípcios, chineses, gregos, romanos, e bárbaros do norte, algumas destas nações
tiveram pouca ou nenhuma relação com outras, e que jamais os hebreus conhecerão pelo
nome.” THOMAS HARTWELL HORNE, Introduction to theCritical Study and Knowlege of
the Holy Scriptures – Edição de 1825, vol.I pag. 183
2- ” A divisão do tempo em semanas não só não é natural, mas é em certo sentido antinatural
visto que sete não é uma divisão exata, quer do mês quer do ano. Entre os sábios do Egito, os
sábios Indianos, os Árabes, os Assírios…, entre as tribos adoradoras dos espíritos maus da
África, entre os índios do continente americano. Que outra teoria poderia se explicar a não
ser a suposição da instituição divina de um sábado no surgimento da raça humana? “
Folheto Presbiteriano número 271 – Bounds Tracts, Vol. XII pg 5 e 7
Eu acho que a grande pergunta é: O que você faz com a verdade quando você a encontra? Se
o que você queria eram provas bíblicas, históricas. Se você só precisava que alguém lhe
mostrasse evidências, então elas estão todas aí! Em seis programas procurei deixar bem claro
o assunto.
Tenho certeza que a palavra de Deus não deixa sombra de dúvidas!
Agora, a única pergunta que ainda fica no ar é: O QUE VOCÊ VAI FAZER COM A
VERDADE?
Infelizmente esta é uma pergunta que nem eu nem Deus podemos responder.
Cada um é dono da sua liberdade de escolha. Deus nos fez assim!
Muito mais do que provas, do que uma obrigação de cumprir algo estabelecido por Deus, o
que a gente vê em todos os programas é a grande preocupação que Deus tem conosco. O seu
amor em tentar nos proteger num mundo cheio de stress e depressão. O que nós vemos acima
de tudo é um Deus tão amoroso, que para tudo e proporciona para nós 24 horas DE
DESCANSO!

Quero terminar falando a maior de todas as verdades aqui ditas em toda esta série: Se ao
aprender tudo isto sobre o sábado, você pensar que deve guardar o sábado para se salvar, eu
terei falhado completamente em meu papel de mensageiro!
Nunca se esqueça de que somos salvos unicamente pela graça! Nunca por obras da lei!
Mas , se você entendeu que ser salvo por Jesus é tão maravilhoso que eu, ao ser
transformado por Ele, passo a desejar fazer a vontade dele, então você está no caminho
certo! Que tal orarmos juntos ao Senhor pra ele abrir a nossa mente, o nosso coração e
ilumine o caminho por onde devemos passar?
Está Escrito: Nem só de pão viverá o homem mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
Mateus 4:4

Autor: Marcelo Santana


Dr em teologia pela Fatesp Faculdade de teologia do estado de São Paulo
Bacharel em teologia pela Fatin Faculdade de teologia integrada do Recife
Mestrado em teologia pela Fatin Faculdade de teologia integrada do Recife
Bacharelando em Direito pela Unibra
Parte inferior do formulário

Você também pode gostar