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Estou certo de que as tradições e ritos judaicos foram cravados na cruz após nos servir
de aio à Cristo, como disse Paulo em suas afirmações ao renovado povo de Deus, agora
denominados cristãos.
Se, como afirmam os adventistas do sétimo dia, satanás se infiltrou na igreja para
defraudar o dia santo das páginas da Antiga Aliança, o maligno conseguiu, de fato, o
que procurava.
Devo me lembrar de que, para os judeus, os dias da semana eram chamados apenas
pela ordem em que apareciam, tendo apenas o SÉTIMO DIA recebido uma
nomenclatura diferenciada. Ainda assim, este não é o caso em Gênesis 2:2, o texto em
que tal dia ocorre pela primeira vez e onde é tratado apenas como SÉTIMO DIA.
Ainda para provar que os cristãos observavam o PRIMEIRO DIA por ser este o dia em
que seu Salvador havia ressuscitado, vou registrar aqui o relato de Justino, o mártir,
(100-167 d.C) que disse:
Além disso, ao traduzir a palavra KYRIAKE (Dia do Senhor), alguns autores e estudiosos
das sagradas escrituras optaram pela palavra Domingo, por ser esta, a tradução mais
correta a ser aplicada atualmente para PRIMEIRO DIA DA SEMANA, como se lê:
Eu fui arrebatado em espírito num dia de Domingo [...] - Tradução de Antônio Pereira
de Figueiredo.
Num Domingo, caindo em êxtase, ouvi atrás de mim uma voz [...] - Edições Paulinas.
Quando satanás tenta paganizar a igreja, ele tira a glória de Jesus Cristo do primeiro
dia, substituindo o dia de se alegrar pela ressureição de Cristo por um dia de
homenagem ao “deus” Apolo. Com isso, satanás conseguiu transformar o Dia do
Senhor em o dia do Sol.
Mas, se pensarmos que o primeiro dia da semana ou o Dia do Senhor já existia muito
antes dessa mudança na nomenclatura, então o primeiro dia continua sendo o
primeiro dia, porque a ordem de dias não foi mudada apenas os nomes. Portanto,
ainda que essa mudança agradasse os pagãos e facilitasse suas falsas conversões ao
falso cristianismo de Constantino, os cristãos ortodoxos jamais assumiram esse dia
como o dia do Sol, porque eles sabiam o preço da idolatria. Isso nos mostra porque em
todas as épocas houve cristãos verdadeiros que guardaram a sã doutrina de Jesus e
dos apóstolos.
Porém, a mudança na nomenclatura do primeiro dia foi suficiente para que fosse
instaurada uma divisão na igreja e para que, hoje em dia, nós, os cristãos fôssemos
criticados e condenados por não vivermos segundo as tradições judaicas.
Vamos ver a tal mudança:
Como disse antes, a igreja já celebrava seus cultos no domingo muito antes de satanás
infiltrar o paganismo na igreja. Contudo hoje em dia somos acusados de estar vivendo
sob um dogma pagão, sob um dogma da Igreja Católica Apostólica Romana, ou por
estarmos em desobediência às Sagradas Letras. Os adventistas defendem, inclusive,
que a guarda do Domingo é a marca da besta. Mas já sabemos que não guardamos o
domingo, mas o primeiro dia, o dia do Senhor ou, ainda, o dia da ressurreição. E não
importa se o nome foi modificado.
Podemos ser criticados por citar o domingo em nossas bases doutrinárias, mas então,
se estamos vivendo e regendo nossos dias pelo novo calendário, como convidaríamos
as pessoas para as reuniões? Por acaso soaria normal convidar alguém para
comparecer à igreja no primeiro dia da semana à noite? Ou talvez na escola do
primeiro dia? Fica óbvio que, para fins de comunicação, não poderíamos usar tais
termos hoje em dia. Usamos a palavra Domingo não porque estamos fazendo
referência à Apolo, mas porque é esta a palavra utilizada nas línguas latinas. Assim
como os adventistas não o chamam de primeiro dia, ou a quarta feira de quarto dia,
também não chamamos o domingo de primeiro dia.
De qualquer forma, qualquer pessoa que se proponha a guardar o sábado deve fazê-lo
como manda o Senhor e se encontra na obrigatoriedade de guardar todas as outras
613 leis do antigo testamento (Gálatas 5:2-3; Tiago 2:10), já que a divisão de leis criada
pelos adventistas, como eles mesmos afirmam, é puramente didática. Além disse,
para que o sábado seja guardado segundo a lei a pessoa:
1. Não pode sair de casa (Êxodo 16:29)
2. Não ferver ou assar alimentos (Êxodo 16:23)
3. Não acender fogo (Êxodo 35:3)
4. Não fazer viagens (Neemias 10:31)
5. Não carregar peso (Jeremias 10:21)
6. Não fazer transações comerciais (Amós 8:5)
Portanto, é mais que evidente, que nenhum adventista tem guardado o sábado. E
nenhum deles pode usar as explicações de Jesus como um escudo para defender tal
doutrina, porque está escrito em Tiago 2:10 “Porque qualquer que guardar toda a lei, e
tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”. Isso significa que, se não
estiverem guardando o sábado da forma que ele deve ser guardado, eles de fato não o
estão guardando. Também significa que mesmo que estivessem guardando o sábado
da maneira que se deve guardar, nada disso seria contado porque estariam abrindo
mão de cumprir todo o conjunto de leis que existem no antigo testamento. E ainda
que tentassem cumprir todas as 613 leis, ainda sim estariam em maus lençóis, porque
a bíblia afirma com toda propriedade que apenas um homem conseguiu cumprir toda
a lei – O SEU NOME É JESUS CRISTO, E ELE ESTÁ ASSENTADO À DIREITA DO PAI.
Portanto, como Cristo Disse na cruz: ESTÁ CONSUMADO. Naquele momento o véu do
templo se rasgou, rasgando consigo todas as tradições e preceitos judaicos.
Seguindo toda essa linha de raciocínio e analisando a bíblia como um todo, por mais
convincentes que possam parecer os adventistas, a doutrina da guarda do sábado é
tardia no mundo cristão e não encontra sustentação bíblica. Juntos com eles estão os
cristãos da Igreja Batista do Sétimo Dia, bem como as outras denominações que
guardam o sábado.
Apesar disso, guardar o sábado não configura pecado. Pois, ao fazê-lo, cumpre-se o
propósito de Deus que consiste em trabalhar seis dias e ter um dia de descanso a cada
sete. O que configura pecado é denominar-se a IGREJA REMANESCENTE QUE DETÉM A
SALVAÇÃO, ÚNICA E EXCLUSIVAMENTE, acusando as outras igrejas de blasfemadoras e
de possuírem a marca da besta, caracterizando-as como pagãs. Pecado, neste sentido,
é condenar as outras igrejas por estarem guardando o primeiro dia, ensinando a falsa
doutrina de que os gentios precisam guardar o sábado.
Neste sentido, o descanso prometido na bíblia não se trata de um dia, mas o descanso
das obras após a redenção e a salvação por meio de Jesus. João descreve este
descanso no seu relato em Apocalipse 21, a partir do verso 14, onde descreve os novos
céus e nova Terra, onde, como no princípio dos dias, a pureza do homem será
restaurada bem como sua comunhão com o Pai, em novos tempos onde não haverá
mais trabalho, que nada mais é, que o castigo de Deus para os homens após a queda
de Adão.
Considerando também o fato de que Deus criou o homem no sexto dia, então o dia de
descanso seria a sexta-feira e não o sábado, visto que o sexto dia foi o primeiro dia do
homem na Terra.
Com todas essas provas bíblicas além de outras que por questões de tempo e cansaço
não vou registrar, eu Willian Alves dos Santos, afirmo diante de Deus, ter
compreendido o propósito do Sábado e a forma como satanás causar tamanha
desordem na igreja do Senhor Jesus Cristo.