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Páscoa

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No cristianismo, a Páscoa ou Domingo da


Ressurreição[1][2] é uma festividade religiosa e
um feriado que celebra a ressurreição de Jesus
ocorrida no terceiro dia após sua crucificação no
Calvário, conforme o relato do Novo
Testamento.[3][4] É a principal celebração do ano
litúrgico cristão e também a mais antiga e
importante festa cristã.[5][6]

A data da Páscoa determina todas as demais datas


das festas móveis cristãs, exceto as relacionadas ao
Advento.[3] O domingo de Páscoa marca o ápice da
Paixão de Cristo e é precedido pela Quaresma, um
período de quarenta dias de jejum, orações e
penitências.

O termo "Páscoa" deriva, através do latim Pascha e


do grego bíblico Πάσχα Paskha, do hebraico ‫ֶּפַס ח‬
(Pesaḥ ou Pesach), a Páscoa judaica.[7][8]

A última semana da Quaresma é chamada de Ressurreição de Cristo, por Rafael Sanzio (1499-
Semana Santa, que contém o chamado Tríduo 1502). A Páscoa é a comemoração do
Pascal, incluindo a Quinta-Feira Santa, que fundamento da fé cristã - a crença de que Jesus
comemora a Última Ceia e a cerimônia do Lava pés morreu e ressuscitou no terceiro dia.
que a precedeu[9][10] e também a Sexta-Feira Santa,
que relembra a crucificação e morte de Jesus.[11] A Páscoa é seguida por um período de cinquenta
dias chamado Tempo Pascal que se estende até o Domingo de Pentecostes.

A Páscoa é uma festa móvel, o que significa que sua data não é fixa em relação ao calendário civil.
O Primeiro Concílio de Niceia (325) estabeleceu a data da Páscoa como sendo o primeiro domingo
depois da lua cheia após o início do equinócio vernal (a chamada lua cheia pascal).[12] Do ponto de
vista eclesiástico, o equinócio vernal acontece em 21 de março (embora ocorra no dia 20 de março
na maioria dos anos do ponto de vista astronômico) e a "lua cheia" não ocorre necessariamente na
data correta astronômica. Por isso, a data da Páscoa varia desde 22 de março até 25 de abril. Os
cristãos orientais baseiam seus cálculos no calendário juliano, cuja data de 21 de março
corresponde, no século XXI, ao dia 3 de abril no calendário gregoriano utilizado no ocidente. Por
conseguinte, a Páscoa no oriente varia entre 4 de abril e 8 de maio, inclusive.

Ao contrário do inglês, que tem duas palavras distintas para as duas festas (Easter e Passover
respectivamente), em português e em muitas outras línguas as duas são chamadas pelo mesmo
nome ou nomes muito similares.[13] Os costumes pascais variam bastante entre os cristãos do
mundo inteiro e incluem missas matinais, a troca do cumprimento pascal e de ovos de Páscoa, que
eram, originalmente, um símbolo do túmulo vazio.[14][15][16] Muitos outros costumes passaram a
ser associados à Páscoa e são observados por cristãos e não cristãos, como os ovos de Páscoa e o
coelho da Páscoa.[17][18][19] Há também uma grande quantidade de pratos típicos ligados à Pascoa
e que variam de região para região.
A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica pela data (segundo a Bíblia, a Última Ceia era
originalmente um jantar de Páscoa judaica)[20][21] e também por muitos dos seus simbolismos
centrais.

Etimologia
A palavra "páscoa" provém do latim pascha,ae, um
decalque do grego Πάσχα (transl. paskha), e este
(através do aramaico pascha) também decalque do
hebraico ‫( ֶּפַס ח‬Pesach ou Pesaḥ), termo que designa
a Páscoa judaica.[22][23]

O termo em inglês é Easter, cognato com o alemão


moderno Ostern, derivado do inglês antigo Ēastre
ou Ēostre. A teoria geralmente aceita defende que
ele era originalmente o nome de uma deusa anglo-
saxônica, Ēostre, uma forma do termo indo- A Última Ceia, por Teresa Peña.
europeu encontrado em muitos lugares para a
deusa do amanhecer.[a]

As raízes hebraicas

A Pesach - a Páscoa judaica -, a celebração da saída


dos hebreus do Egito, graças a Moisés, constitui-se
de dois ritos: a imolação do cordeiro e o pão
ázimo.[5]

A palavra hebraica pesach significa 'passar adiante',


'deixar de fora', e deriva da narrativa da décima
praga, segundo a qual Deus ordenou aos hebreus
que assinalassem, com o sangue do cordeiro, as
portas das casas de Israel, permitindo, ao anjo
exterminador, que passasse adiante, atingindo
somente as casas dos egípcios e, de modo particular,
os primogênitos dos egípcios, inclusive o filho do
faraó (Êxodo, 12,21-34).[24] A Pesach indica A travessia do Mar Vermelho, em ilustração do
portanto a libertação do povo de Israel do domínio século XIX.
egípcio e o início do seu percurso em direção à terra
prometida.

Com o advento do cristianismo, a Páscoa adquiriu um novo significado, indicando a passagem da


morte à vida por Jesus e a passagem a uma vida nova para os cristãos, libertados do pecado, graças
ao sacrifício de Jesus.[5] Por isso, a Páscoa cristã é dita Páscoa da ressurreição, enquanto a Páscoa
judaica é a Páscoa da libertação.
Já nos primeiros anos da década de 50 do século I, Paulo, escrevendo de Éfeso aos cristãos de
Corinto,[25] utilizou o termo para fazer referência a Cristo e é improvável que os efésios e coríntios
tenham sido os primeiros a ouvir o Êxodo 12 interpretado como uma referência à morte de Jesus e
não a um ritual de passagem judaico.[26] Quase todos os países falantes de línguas não inglesas
utilizam nomes derivados de Pascha para a festa.[7][27]

Importância teológica
O Evangelho ensina que a ressurreição de Jesus, celebrada pela Páscoa, é o fundamento da fé
cristã.[28] A ressurreição estabeleceu Jesus como sendo Filho de Deus[29] e é citada como prova de
que Deus irá julgar o mundo com justiça.[30][31] Deus «regenerou os cristãos para uma viva
esperança pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos» (I Pedro 1:3). Estes, pela fé na obra
de Deus, são espiritualmente ressuscitados com Jesus para que possam seguir para uma nova vida
eterna.[31][32]

A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica e ao Êxodo, relatado no Antigo Testamento, através da
Última Ceia e a crucificação que precederam a ressurreição.[27] De acordo com o Novo Testamento,
Jesus deu à última ceia, originalmente um jantar da Páscoa judaica, um novo significado, pois ele
preparava a si e aos seus discípulos para a morte durante a ceia no cenáculo.[27] Ele identificou o
pão (matzah judaico) e o vinho como sendo seu corpo, que logo seria sacrificado, e seu sangue, que
seria derramado (veja instituição da Eucaristia). Diz Paulo, "Purificai o velho fermento, para que
sejais uma nova massa, assim como sois sem fermento. Pois, na verdade, Cristo, que é nossa
Páscoa, foi imolado.",[33] fazendo referências aos requisitos judaicos de que não haja fermento na
casa e do sacrifício do cordeiro pascal (korban), alegoricamente identificado como Jesus.[34]

Uma interpretação do Evangelho de João é que Jesus, como cordeiro pascal, foi crucificado, grosso
modo, no mesmo horário em que os cordeiros estavam sendo sacrificados no Templo, a tarde de 14
Nisan. As instruções na Bíblia especificam que ele deve ser imolado «a tardinha» (Êxodo 12:6), ou
seja, no crepúsculo. No período romano, porém, os sacrifícios eram realizados no meio da
tarde.[35]

Esta interpretação, porém, é inconsistente com a cronologia nos evangelhos sinóticos. Ela assume
que o texto de João 19:14 ("Era a parasceve e cerca da hora sexta"), literalmente traduzido, é
obrigatoriamente uma referência ao 14 de Nisan (o dia de preparação para a Páscoa judaica) e não
ao Yom Shishi (a sexta-feira seguinte, dia de preparação para o sabá da semana do festival da
Páscoa judaica),[36] e que o desejo dos sacerdotes de estarem puros para «...poderem comer a
páscoa» (João 18:28) era uma referência obrigatória à refeição do cordeiro de Páscoa e não às
demais feitas durante as oferendas públicas do festival da Páscoa (chamado também de "Festival
do Pão sem Fermento"), como comanda Levítico 23:8.

Cristianismo primitivo
Os primeiros cristãos, judeus cristãos e gentios certamente conheciam o calendário hebraico[37] e
não existem evidências diretas de que eles celebrassem nenhum tipo específico de festival anual
cristão.[38] A Páscoa era provavelmente um aspecto da Páscoa judaica na qual os judeo-cristãos, os
primeiros a comemorarem-na, celebravam a ressurreição de Jesus.[22]

Evidências diretas começaram a aparecer na metade do século II. Talvez a mais antiga fonte
primária sobrevivente a fazer referência à Páscoa seja uma homilia pascal do meio do século II
atribuída a Melito de Sardis, que apresenta o evento como uma festa já consolidada (e não uma
"novidade").[38] Evidências de um outro tipo de festival anual cristão, a comemoração dos
mártires, começam a aparecer mais ou menos na mesma época.[39]
Enquanto os dias reservados aos mártires (em geral
as datas de seus respectivos martírios) eram
celebrados em datas fixas utilizando o calendário
solar local, a data da Páscoa era determinada
através do calendário lunissolar judaico, o que é
consistente com o fato de a festa da Páscoa ter sido
incorporada ao cristianismo durante seus primeiros
anos, o chamado período judaico, mas mesmo
assim a questão não está livre de controvérsias.[40]

O historiador eclesiástico Sócrates Escolástico


atribui a observância da Páscoa pela igreja à
perpetuação de seu costume, "da mesma forma que A Última Ceia, celebrada por Jesus e seus
outros costumes foram criados", afirmando que discípulos, era uma "sêder de Pessach" ("ceia de
nem Jesus e nem seus apóstolos desejavam manter Páscoa"). Os primeiros cristãos também
este ou qualquer outro festival. Embora ele descreva celebravam esta refeição para comemorar a
em detalhes a celebração da Páscoa como sendo morte e ressurreição de Jesus.
derivada de costumes locais, ele insiste, por outro
lado, que a festa era de fato universalmente
observada.[41]

Data
ANO DATA[42]
2023 9 de abril

2024 31 de março
2025 20 de abril

2026 5 de abril

2027 28 de março Cordeiro Pascal, uma das refeições tradicionais


judaicas durante a Páscoa. Ao reinterpretar o
2028 16 de abril significado desta celebração, os cristãos
identificaram Jesus como sendo o cordeiro
imolado, criando o símbolo do Cordeiro de Deus.
Posição no ano litúrgico 1660-1670. Pela artista portuguesa Josefa de Óbidos,
atualmente no Museu de Évora, em Portugal.

Cristianismo ocidental

No rito latino, a Páscoa é precedida pela Quaresma, um período preparatório de jejuns e


penitências que começa na Quarta-Feira de Cinzas e dura quarenta dias (sem contar os domingos).
A semana antes da Páscoa, conhecida como Semana Santa, é muito especial na tradição cristã. O
domingo anterior é o Domingo de Ramos. Os três dias antes da Páscoa, conhecidos como Tríduo
Pascal, são a Quinta e a Sexta-Feira Santa mais o Sábado de Aleluia.

Muitas igrejas começam a celebrar a Páscoa no fim da noite do Sábado de Aleluia na chamada
Vigília Pascal. Em alguns países, a Páscoa dura dois dias, com a adição da chamada "Segunda-Feira
de Páscoa".
A semana começando com o Domingo de Páscoa é chamada de Semana de Páscoa (ou Oitava da
Páscoa) e cada dia é sucedido pelo sufixo "pascal" (ou "da Páscoa"). O Sábado de Páscoa é,
portanto, o sábado depois do Domingo de Páscoa (e não o Sábado de Aleluia, antes dele). O Tempo
Pascal começa no domingo e vai até o Domingo de Pentecostes, sete semanas depois.

Cristianismo oriental

No rito bizantino, a preparação espiritual para a Páscoa começa com a Grande Quaresma, que
começa na Segunda-Feira Limpa e dura quarenta dias seguidos (inclusive os domingos). A última
semana da Grande Quaresma (depois do quinto domingo da Grande Quaresma) é chamada de
Semana de Ramos e termina com o Sábado de Lázaro. As vésperas deste dia encerram oficialmente
a Grande Quaresma, embora o jejum continue ainda na semana seguinte. Depois vêm o Domingo
de Ramos, a Semana Santa e, finalmente, a Páscoa. O período de jejuns se encerra imediatamente
depois da Divina Liturgia da Páscoa.

A Vigília Pascal começa com o Serviço da Meia-Noite, que é o último do Triodion da Quaresma e é
sincronizado para acabar pouco antes da meia-noite do Sábado de Aleluia. Quando o relógio marca
a meia-noite, a celebração da Páscoa começa, que abrange as matinas pascais, as horas pascais e a
Divina Liturgia Pascal.[43] Este sincronismo garante que a liturgia da Páscoa ocorrerá mais cedo
que qualquer outra liturgia matinal no ano litúrgico, garantindo assim sua preeminência entre as
Festas das Festas.

A época litúrgica que vai da Páscoa até o domingo de Todos os Santos (o domingo depois do
Pentecostes) é conhecido como Pentecostarion (os "cinquenta dias"). A semana que começa no
Domingo de Páscoa é chamada de Semana Brilhante, durante a qual não se jejua (mesmo às
quartas e sextas-feiras).

Observância

Cristianismo ocidental

O festival da Páscoa é observado de diferentes formas entre os cristãos ocidentais. A observância


litúrgica tradicional, praticada por católicos, luteranos e alguns anglicanos, começa na noite do
Sábado de Aleluia com a Vigília Pascal. Esta, considerada a mais importante liturgia do ano,
começa numa escuridão total com o fogo pascal e o acendimento do Círio Pascal (símbolo do Cristo
ressuscitado) e o canto do Exultet, uma proclamação de Páscoa atribuída a Santo Ambrósio.

Depois deste serviço de luz, seguem-se diversas leituras do Antigo Testamento. Elas contam as
histórias da criação, o sacrifício de Isaac, a travessia do Mar Vermelho e a profecia da vinda do
Messias. Esta parte do serviço litúrgico culmina com o canto do Gloria, do Alleluia e finalmente
com a proclamação da "boa nova" (evangelion) da ressurreição. Neste ponto, as luzes são
novamente acesas e os sinos bradam (de acordo com os costumes locais).

O foco então se volta do púlpito para a pia batismal. Nos tempos antigos, a Páscoa era considerada
o período ideal para que os convertidos recebessem o batismo e esta prática continua entre os
católicos romanos e na Comunhão Anglicana. Havendo ou não batismos neste momento, é
tradicional que a congregação renove seus votos batismais, um ato que é geralmente selado com o
aspergimento da água benta da fonte. O sacramento da Confirmação é também celebrado durante
a Vigília.

A Vigília de Páscoa termina com a Eucaristia (conhecida também como "Comunhão" em algumas
tradições).
Algumas igrejas preferem realizar a vigília bem cedo
no domingo em vez de na noite de sábado para
refletir o relato evangélico das mulheres chegando
ao túmulo na manhã do primeiro dia da semana (o
domingo). Estes serviços, conhecidos como
"Serviços do Amanhecer", geralmente ocorrem ao ar
livre (o cemitério, jardim ou estacionamento da
igreja em geral). O primeiro deles ocorreu em 1732
entre os irmãos singulares da Igreja Morávia em
Herrnhut, Saxônia. O costume foi depois exportado
por missionários para diversas cidades no mundo.

Outras celebrações ocorrem também no próprio


Domingo de Páscoa. Tipicamente, estes serviços
seguem a ordem de um domingo normal de cada
congregação, incorporando elementos mais festivos.
A música, em particular, geralmente é mais alegre;
a incorporação dos metais na orquestra para
incrementar os instrumentos habituais dos músicos
da congregação é bastante comum. Além disso, é
bastante comum que toda a igreja seja decorada
com faixas e flores.

Cristianismo oriental

Para os cristãos orientais, todas as demais festas do Uma tradição ocidental de origem não religiosa, o
calendário são secundárias em relação à Páscoa, Coelho da Páscoa, assim como o Papai Noel,
inclusive o Natal, o que se reflete na gama de representa a tradição de trocar presentes em
costumes pascais na cultura de países datas festivas. Para algumas denominações, é o
tradicionalmente de maioria ortodoxa. Os católicos retrato da secularização e comercialização da
orientais também enfatizam a Páscoa em seu festa da Páscoa.[44]
calendário e têm costumes muitos similares. Cartão postal de 1915.

Isto não quer dizer que os demais elementos do ano


litúrgico cristão sejam ignorados, mas que, ao invés
disso, eles são vistos não apenas como sendo
preliminares mas também como sendo iluminados
pelo clímax da ressurreição, um evento que realiza e
frutifica tudo o que veio antes. A Páscoa é o ato
primário que completa o objetivo do ministério de
Jesus na Terra - derrotar a morte com sua morte e
exaltar e purificar a humanidade assumindo
voluntariamente suas fragilidades e depois
superando-as. Este credo é resumido pelo Tropário
Pascal, cantado repetidamente durante a Páscoa até
a Apodosis da Páscoa, que é a véspera do dia da
Velas pascais acesas durante a Liturgia da
Ascensão. Ressurreição, que comemora o milagre anual do
Fogo Sagrado que ocorre na Igreja do Santo
A preparação para a Páscoa começa com a Grande
Sepulcro em Jerusalém no Grande e Santo
Quaresma. Além dos jejuns, da distribuição de
Sábado.
esmolas e da oração, os cristãos ortodoxos se
Catedral Ortodoxa Grega da Anunciação da Virgem Maria,
privam de toda forma de entretenimento e
Toronto, Canadá.
atividades mundanas não essenciais, gradualmente
eliminando-as até a Grande e Santa Sexta-Feira, o mais austero dia do ano. Tradicionalmente, na
noite do Grande e Santo Sábado celebra-se o o Ofício da Meia-Noite (vide Vigília Pascal).

Quando ele termina, todas as luzes da igreja são apagadas e todos esperam no escuro e em silêncio
a chegada da meia-noite. Então, uma nova chama é acesa no altar (ou o sacerdote acende sua vela a
partir da lâmpada perpétua que fica acesa lá) e acende as velas acesas pelos diáconos e outros
assistentes, que então acendem as velas trazidas pelos fiéis (uma prática que se originou no antigo
ritual do recebimento do Fogo Sagrado na Igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém). Então, o padre
e a congregação seguem em procissão com a cruz circundando (por fora) a igreja, segurando as
velas e cantando. Ela tem por objetivo simbolizar o trajeto das Portadoras de mirra ao túmulo de
Jesus «muito cedo» (Lucas 24:1). Depois de rodear o templo de uma a três vezes, a procissão para
em frente às portas fechadas. Na tradição grega, o padre faz uma leitura dos evangelhos (Marcos
16:1–8). Nas demais tradições e depois da leitura na grega, ele faz o sinal da cruz com o turíbulo ali
(as portas fechadas simbolizam o túmulo ainda fechado).

Ele e os fiéis cantam o Tropário Pascal e todos os sinos e semantra tocam. Todos entram no
edifício e as matinas pascais começam imediatamente, seguidas pelas horas pascais, culminando
depois na Divina Liturgia de Páscoa. O ponto alto da liturgia é a homilia pascal de São João
Crisóstomo, que a congregação escuta de pé.

Logo depois da dispensa, o padre geralmente abençoa cestos e ovos de Páscoa trazidos pelos fiéis e
que geralmente contêm alimentos que eles não podiam comer durante o jejum da Grande
Quaresma. Logo depois da liturgia, é tradicional em algumas regiões que a congregação faça uma
refeição coletiva, essencialmente uma forma de Ágape, apesar de ocorrer às duas da manhã ou
ainda mais tarde.

Na manhã seguinte, o Domingo de Páscoa, não há Divina Liturgia, uma vez que ela já foi celebrada
durante a madrugada. Em vez disso, à tarde, é geralmente o costume celebrar-se um "Ágape
Vespertino". Neste serviço, vem se tornando tradicional nos últimos séculos que o padre e alguns
membros da congregação leiam uma parte do Evangelho de João (João 20:19–25 e, em alguns
lugares, também João 20:26–31) no maior número de línguas que os fiéis conseguirem, um
símbolo da universalidade da ressurreição.

Durante o resto da semana, conhecida como "Semana Brilhante", é proibido jejuar e o habitual
cumprimento pascal é "Cristo ressuscitou!", para o qual a resposta é "Verdadeiramente Ele
ressuscitou!". Os serviços litúrgicos nesta semana são idênticos aos da Páscoa, exceto que ocorrem
nos horários normais e não à meia-noite. As procissões ocorrem ou depois das matinas ou depois
da Divina Liturgia.

Grupos não observantes


Juntamente com as comemorações do Natal e do Advento, muitas tradições pascais foram
alteradas ou até mesmo abandonadas completamente pelas diversas denominações surgidas no
decorrer da Reforma Protestante, geralmente sob o argumento de serem "pagãs" ou "papistas" (e,
portanto, maculadas) por muitos movimentos puritanos.[45] Porém, algumas das igrejas e
movimentos da Reforma (luteranos, metodistas e anglicanos, por exemplo) preferiram manter
grande parte das observâncias do já estabelecido ano litúrgico juntamente com diversas tradições
associadas. Nas igrejas luteranas, por exemplo, não apenas as datas da Semana Santa são
observadas, mas também o Natal, a Páscoa e o Pentecostes são comemorados com festivais de três
dias (o próprio e os dois seguintes).

Entre muitas outras tradições reformistas e contrarreformistas, porém, a situação foi bastante
diferente, resultando que anabatistas, quacres e puritanos congregacionistas e presbiterianos
passaram a considerar estes festivais como uma abominação.[46] A rejeição puritana das tradições
pascais está fundamentada parcialmente na
interpretação de II Coríntios 6:14–16 e
parcialmente na crença de que se uma prática ou
festa religiosa não está diretamente na Bíblia então
ela deve ser um desenvolvimento posterior e não
deve ser considerada parte da prática cristã
autêntica, sendo desnecessária no mínimo e
pecadora no limite.

Alguns grupos cristãos rejeitam a celebração da


Páscoa por causa de suas raízes pagãs (reais ou
percebidas) e ligações históricas com as práticas e
autorizações derivadas da Igreja Católica
[47]
"Romana". Finalmente, vários grupos cristãos
não conformistas que ainda celebram o evento
preferem chamá-lo de "Dia da Ressurreição" (ou
"Domingo da Ressurreição") pelos mesmos motivos
e também como uma forma de rejeitar os aspectos
seculares e comerciais que o feriado adquiriu nos
séculos XX e XXI.[44]

As Testemunhas de Jeová defendem um ponto de


vista similar, realizando um serviço anual Cruzes simples (e não crucifixos) são preferidas
pelos protestantes não conformistas para
comemorando a Última Ceia e a subsequente
representar o milagre da ressurreição.
execução de Cristo na noite do 14 de Nisan (veja
Quartodecimanismo).[48] As Testemunhas de Jeová
acreditam que versículos como Lucas 22:19–20 e I Coríntios 11:26 são mandamentos para que se
relembre a morte de Cristo e não a sua ressurreição,[48] o que eles fazem anualmente.

Os quacres, como parte de seu histórico "testemunho contra o tempo e as épocas", não celebram a
Páscoa e nem nenhum outro feriado cristão, acreditando em vez disso que "todos os dias são dias
do Senhor".[49] Mais do que isso, eles acreditam que a elevação de um dia acima dos outros sugere
que atitudes não cristãs sejam aceitáveis nos demais dias.[50] Nos século XVII e XVIII, ele foram
perseguidos justamente por isso.[51]

Alguns grupos cristãos acreditam que a Páscoa seja um evento a ser comemorado com grande
alegria, mas dando menos ênfase ao dia propriamente dito, e mais à lembrança da alegria no
evento que ela comemora. Neste contexto, estes movimentos ensinam que todos os dias e todos os
sabás devem ser santificados de acordo com os ensinamentos de Jesus. Judeus cristãos, membros
do Nome Sagrado e armstrongistas (como a Igreja Viva de Deus) geralmente rejeitam a Páscoa em
prol da observância do 14 de Nisan e a celebração da chamada Pessach cristã. Isto é especialmente
verdadeiro para grupos que celebram a lua nova ou os altos sabás anuais além do Sabá no sétimo
dia. Eles defendem estes costumes textualmente fazendo uma referência ao trecho «Ninguém,
portanto, vos julgue pelo comer, nem pelo beber, nem a respeito de um dia de festa, ou de lua
nova ou de sábado, as quais coisas são sombras das vindouras, mas o corpo é de Cristo.»
(Colossenses 2:16–17) de Colossenses.

Celebrações pelo mundo


Em países onde o cristianismo é uma religião estatal ou nos quais há uma grande população cristã,
a Páscoa é geralmente um feriado nacional. Como ela cai sempre num domingo, muitos países
também fazem da segunda-feira seguinte um feriado também. Algumas lojas, shopping centers e
restaurantes também fecham neste dia. A Sexta-Feira Santa, que ocorre dois dias antes do
Domingo de Páscoa, é também um feriado em muitos países. É também feriado em doze estados
norte-americanos e, naqueles onde não é, muitas
instituições financeiras, as bolsas de valores e as
escolas públicas fecham. Os poucos bancos nos
Estados Unidos que normalmente abrem aos
domingos não funcionam na Páscoa. A data é
comemorada em muitos lugares com paradas e
procissões, sendo a Parada de Nova Iorque a mais
conhecida.[52]

Na Escandinávia, a Sexta-Feira Santa, o Domingo e


a Segunda de Páscoa são feriados,[53] e os dois
primeiros são também feriados bancários.[54] Para a
maior parte do comércio, são dias de folga também,
exceção feita apenas aos shopping centers, que
geralmente abrem por meio período. Muitos
empresários dão aos funcionários quase uma
semana de folga, a chamada "Folga de Páscoa".[55]

Nos países da Comunidade das Nações, a Páscoa


raramente é considerada um feriado, assim como
todas as demais celebrações que caem num
domingo. No Reino Unido, tanto a sexta quanto a
segunda-feira são feriados bancários.[56] Contudo, Caça aos ovos numa gravura de 1889. Diversas
no Canadá, o Domingo de Páscoa é feriado, assim tradições não cristãs sobre a Páscoa foram
como a segunda-feira seguinte. Na província de adotadas por cristãos durante os séculos,
Quebec, tanto a sexta quanto a segunda-feira são inclusive as caçadas, a história do coelho da
feriados facultativos, mas a maior parte das Páscoa e os ovos de chocolate.
empresas concede os dois dias aos funcionários.

Ovos de Páscoa

Ovos de Páscoa são ovos especialmente decorados trocados como presentes para celebrar o feriado
da Páscoa. A tradição mais antiga consiste em utilizar ovos de galinha tingidos e depois pintados,
mas o costume moderno consiste em trocar ovos de chocolate.

O coelho da Páscoa é um popular personagem lendário de características antropomórficas que


distribui presentes, análogo ao Papai Noel em muitas culturas. Nos Estados Unidos, o presidente
realiza uma caça aos ovos anual nos jardins da Casa Branca para crianças pequenas.[57]

Notas

[a] ^Veja por exemplo o termo Eastre do inglês antigo, o nome da deusa do amanhecer e
correspondente à deusa romana Aurora e grega Eōs.[58] "O exemplo mais simples da deusa
do amanhecer acabando ligada a um único festival, o da primavera, é da deusa Eostre
anglo-saxônica e sua suposta contraparte germânica Ôstara, que deram-nos [os anglófonos]
"Easter" e "Ostertage". Nossa fontes não ligam Eostre com o amanhecer, mas é sem dúvida
este o significado de seu nome".[59] Finalmente, material comparativo, como o inglês antigo
Eostre "nos permitem propor um termo PIE para a ... 'deusa do amanhecer', caracterizada
como a que traz a luz de forma 'relutante', um ato pelo qual ela é punida. Em três grupos
[linguísticos] indo-europeus, báltico, grego e indo-iraniano, a existência de um termo PIE
para 'deusa do amanhecer' tem ainda mais apoio linguístico por neles ela ser designada
como 'filha do céu'. Todos [os termos correspondentes em lituano, grego e hindu antigo]
derivados de um termo PIE ...'filha do céu'. O correspondente 'filho do céu' é impossível de
ser reconstruído lexicamente, mas é, semântica e mitologicamente, associado com os
'Gêmeos Divinos'".[60]

Referências
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2. Boda, Mark J.; Smith, Gordon T. (2006). Repentance in Christian Theology (http://books.googl
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ISBN 9780814651759. Consultado em 19 de abril de 2014. "É importante notar que as igrejas
ortodoxas, católicas orientais e reformadas no Oriente Médio celebram a Páscoa utilizando um
calendário diferente e chamam a data de "Domingo da Ressurreição" e não Páscoa."
3. Bernard Trawicky, Ruth Wilhelme Gregory (2000). Anniversaries and Holidays (http://books.goo
gle.com/books?id=gDbKexa1jfcC&pg=PA224&dq=easter+central+feast&hl=en&sa=X&ei=ZwaA
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f=false). [S.l.]: American Library Association
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