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Semana Santa e

Tríduo Pascal
A Semana Santa, também conhecida como Semana Maior, é um período de
memória, expectativa e ressurreição para os cristãos. Inicia com o Domingo
de Ramos, que celebra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, e culmina
com a Ressurreição de Cristo no Domingo de Páscoa.

by Cayke Hermeson
Significado do Domingo
de Ramos
O Domingo de Ramos é o dia em que os cristãos celebram a entrada triunfal
de Jesus em Jerusalém, acenando com ramos de oliveira. Esta passagem
bíblica simboliza a recepção do Messias esperado pelo povo judeu.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica, o Domingo de Ramos marca o início


da Semana Santa, preparando os fiéis para a Paixão, Morte e Ressurreição de
Cristo.
1 O Jumento
Jesus monta em um jumento quando entra em Jerusalém. Este gesto é uma referência ao
cumprimento da profecia do Antigo Testamento, em Zacarias 9:9, que diz: "Alegre-se muito,
ó filha de Sião! Exulte, ó filha de Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você; ele é justo e traz a
salvação, humilde e montado em jumento, em um jumentinho, cria de jumenta." Isso mostra
Jesus como o Messias esperado e rei pacífico, em contraste com a imagem de um
conquistador montado em um cavalo.

2 Os Ramos
As multidões saúdam Jesus espalhando ramos de palmeira e ramos de árvores pelo
caminho. Esse gesto é um sinal de celebração e honra, como era costume receber um rei ou
uma pessoa de grande importância. O uso de ramos de palmeira tem uma conotação
simbólica de vitória e triunfo, pois as palmeiras eram frequentemente associadas à vitória
em diversas culturas antigas e a Jesus como Rei.

3 Os Tapetes
As pessoas colocavam seus mantos ou roupas no chão como tapetes para que o jumento de
Jesus passasse por cima. Isso também era um gesto de honra e respeito, demonstrando que
reconheciam Jesus como uma figura de autoridade e digna de reverência.

4 O Hosana
Durante a entrada de Jesus em Jerusalém, a multidão O saudava com o clamor "Hosana ao
Filho de Davi! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!" (Mateus 21:9).
"Hosana" é uma palavra hebraica que significa "salva-nos, por favor" ou "salvação, por
favor". Nesse contexto, as pessoas estavam reconhecendo Jesus como o Messias
prometido, o Salvador esperado, que vinha trazer a redenção e a salvação para o povo de
Israel.
Segunda, Terça e Quarta-Santa
Os primeiros dias da Semana Santa, isto é, Segunda, Terça e Quarta Feira fazem memória dos
acontecimentos que antecederam a paixão de Jesus: A unção de Jesus em Betânia (cf. Jo 12,1-11), o anúncio
da traição (cf. Jo 13,21-38) e os preparativos da celebração da Páscoa judaica (cf. Mt 26,14-25).
1 Segunda-Feira Santa
Unção de Jesus em Betânia
Neste texto, Jesus está em Betânia, na casa de Lázaro, a quem Ele havia ressuscitado dos
mortos. Durante um jantar em Sua honra, Maria, irmã de Lázaro, unge os pés de Jesus com
um perfume muito caro e os enxuga com seus cabelos. Esse gesto é interpretado por Jesus
como uma preparação para Sua morte iminente e sepultura. Ele elogia a ação de Maria e
interpreta isso como um sinal do amor dela por Ele.

2 Terça-Feira Santa
Anúncio da Traição
Então, um dos doze, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os principais sacerdotes e lhes
propôs: 'Que me quereis dar, e eu vo-lo entregarei?' E combinaram com ele trinta moedas
de prata. E, desde então, buscava uma oportunidade para o entregar."

Essa passagem mostra como Judas Iscariotes concordou em entregar Jesus às autoridades
religiosas em troca de trinta moedas de prata. Esse evento é crucial na narrativa da traição
de Jesus e desempenha um papel importante na condução dos eventos que levam à Sua
crucificação.

3 Quarta-Feira Santa
Preparativos da Celebração da Páscoa Judaica
Neste texto, Jesus envia dois de Seus discípulos para prepararem a ceia da Páscoa. Ele
instrui os discípulos sobre onde encontrar um lugar para celebrar a Páscoa. Durante a ceia,
Jesus revela que um dos discípulos O trairá e identifica Judas como o traidor. Este episódio
culmina na instituição da Eucaristia, onde Jesus oferece o pão e o vinho como Seu corpo e
sangue, estabelecendo assim um novo pacto com Seus seguidores.
Quinta-feira Santa
A Quinta-feira Santa é o último dia da Quaresma e o primeiro dia do Tríduo Pascal, o período litúrgico mais
curto da Igreja. A Quaresma termina no início da Missa Vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa,
que nos leva a orar e refletir sobre a última noite da vida de Cristo, antes de Sua morte na Sexta-feira
Santa e ressurreição no Domingo de Páscoa.
Instituição da Eucaristia Sacramento do Sacerdócio
Na Quinta-feira Santa, durante a última ceia, Jesus Na Quinta-feira Santa, Jesus também instituiu o
instituiu a Eucaristia, transformando o pão e o sacramento do sacerdócio, ao ordenar seus
vinho no seu corpo e sangue. Isso é relatado na apóstolos como os primeiros sacerdotes da Igreja.
Bíblia, em Lucas 22:19-20: "Tomou o pão, deu O catecismo da Igreja Católica, no parágrafo 1547,
graças, partiu-o e o deu a eles, dizendo: 'Isto é o afirma: "Cristo, ao instituir os Doze como
meu corpo dado por vós. Fazei isto em memória de 'ministros' de seu sacramento, os escolheu e os
mim'. De igual modo, depois de cear, tomou o constituiu em colégio ou 'corpo' hierárquico da
cálice, dizendo: 'Este cálice é a nova aliança no Igreja. Destes, um só, Pedro, foi escolhido para
meu sangue, derramado por vós'". A Eucaristia é presidir".
um sacramento central para os católicos, no qual
eles se unem a Jesus de forma íntima e recebem a
graça da salvação.
Lava os Pés dos Discípulos Mandamento do Amor
O lava-pés dos discípulos por Jesus é um gesto de Na Quinta-feira Santa, Jesus também deu o
humildade e serviço. Ele lavou os pés dos seus mandamento do amor aos seus discípulos. Ele
discípulos para mostrar-lhes o exemplo do amor e disse em João 13:34-35: "Um novo mandamento
do serviço mútuo. Isso é mencionado na Bíblia, em vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como
João 13:14-15: "Ora, se eu, sendo o Senhor e o eu vos amei, que também vos ameis uns aos
Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar outros. Nisto todos conhecerão que sois meus
os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o discípulos, se vos amardes uns aos outros". Esse
exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós mandamento do amor é um dos princípios
também". Esse gesto é uma lembrança de que os fundamentais da fé cristã e deve ser vivido pelos
cristãos devem servir uns aos outros com amor e seguidores de Jesus.
humildade.
Sexta-feira Santa
A Sexta-Feira Santa, formalmente conhecida como Sexta-Feira Santa da Paixão do Cristo, reconhece o dia
da crucificação de Jesus – o dia mais solene do ano para os cristãos. É um dia em que voltamos nosso olhar
para a cruz e reconhecemos o sacrifício mais amoroso de Cristo por nós, depois de termos vivido com ele
durante a Quaresma.

A Sexta-feira Santa é, acima de tudo, o dia em que reconhecemos o sacrifício final e amoroso de Cristo por
cada um de nós: Sua morte na cruz.

Como São Paulo escreve em sua segunda carta aos Coríntios: “E ele morreu por todos, para que os que
vivem não vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”. (2 Cor. 5:15)

Assim como na Quaresma, os católicos reconhecem esse dia por meio de jejum, abstJejum e abstinência

A Igreja Católica convoca seus membros a jejuarem e se absterem de carne na Sexta-feira Santa.

O jejum permite uma refeição completa e duas refeições menores (que combinadas não equivalem a uma
refeição completa), se abstendo de carne na Sexta-feira Santa. Existem isenções disponíveis para pessoas
com necessidades físicas especiais.
Porque ele nos deu a sua vida por
amor.
No Antigo Testamento, o sistema sacrificial hebraico, conforme prescrito na Lei de Moisés, envolvia o
sacrifício de cordeiros e outros animais como uma forma de expiação pelos pecados do povo de Israel. O
ritual era realizado pelos sacerdotes no Templo, onde o sangue dos animais era derramado como uma
oferta a Deus para purificação dos pecados e reconciliação com Ele. O Santo dos Santos, a parte mais
sagrada do Templo, era o lugar onde a presença de Deus residia de maneira especial, e somente o sumo
sacerdote podia entrar lá uma vez por ano, no Dia da Expiação, para oferecer sacrifícios pelos pecados do
povo.

Esses sacrifícios e rituais do Antigo Testamento tinham um propósito simbólico e temporário, apontando
para um sacrifício definitivo e eterno que estava por vir. Esse sacrifício foi realizado por Jesus Cristo na
Cruz, como ensina a doutrina católica.

Jesus é considerado o "Cordeiro de Deus" que tira o pecado do mundo (João 1:29). Sua morte na Cruz é
vista como o sacrifício perfeito e completo que expia os pecados de toda a humanidade. Assim como os
sacerdotes do Antigo Testamento ofereciam os sacrifícios no Templo, Jesus, como sumo sacerdote segundo
a ordem de Melquisedeque, ofereceu a Si mesmo como sacrifício perfeito e eterno. Seu sangue derramado
na Cruz é considerado o preço da redenção e a fonte da reconciliação entre Deus e os seres humanos.

Da mesma forma que o Santo dos Santos no Templo representava a presença especial de Deus, a morte de
Jesus abriu o caminho para a presença de Deus habitar nos corações dos crentes, através do Espírito Santo.
Isso é expresso na doutrina católica da presença de Cristo na Eucaristia, onde os fiéis participam do
sacrifício de Cristo de maneira sacramental.
Antigo e o Novo
1. Sacrifício dos Cordeiros na Páscoa Judaica: No Antigo Testamento, durante a celebração da Páscoa
judaica, cada família sacrificava um cordeiro sem defeito como um ato de obediência a Deus e em
memória da libertação do povo de Israel da escravidão no Egito. O sangue do cordeiro era então
aspergido nos umbrais das portas das casas como sinal de proteção contra a morte dos primogênitos na
décima praga do Egito.
2. Sacerdotes e o Santo dos Santos: Durante o período do Templo em Jerusalém, os sacerdotes
desempenhavam um papel central nos rituais e sacrifícios. O sumo sacerdote, em particular, tinha
permissão de entrar no Santo dos Santos, o lugar mais sagrado do Templo, uma vez por ano no Dia da
Expiação, para fazer expiação pelos pecados do povo de Israel.

Agora, vamos relacionar esses elementos com o sacrifício de Jesus Cristo na Nova Aliança:

1. Sacrifício de Jesus Cristo: Jesus é frequentemente comparado ao cordeiro sacrificado na Páscoa


judaica. Ele é chamado de "Cordeiro de Deus" pelos evangelhos, e Sua morte na cruz é vista como o
sacrifício definitivo que liberta a humanidade do pecado e da morte espiritual. Assim como o sangue do
cordeiro protegeu os primogênitos no Egito, o sangue de Jesus nos liberta da escravidão do pecado e
nos oferece a vida eterna.
2. O Sacerdócio de Jesus: Na doutrina católica, Jesus é considerado o Sumo Sacerdote perfeito, que
ofereceu a Si mesmo como sacrifício pelos pecados da humanidade. Sua entrada no Santo dos Santos
não foi no Templo terreno, mas no Santuário Celestial, onde Ele intercede continuamente por nós diante
do Pai.
Celebração da Sexta-feira Santa
Embora a Sexta-feira Santa não seja um Dia Santo de Preceito, muitos católicos ainda participam de uma
celebração nesse dia solene.

Embora essa celebração seja semelhante a uma missa com liturgia, orações de intercessão e comunhão, a
Eucaristia nunca é consagrada na Sexta-feira Santa. (A consagração da Eucaristia é o que diferencia a missa
da celebração). A Eucaristia é normalmente consagrada no dia anterior, na Quinta-feira Santa, e depois
distribuída na Sexta-feira Santa.

Participar de uma cleberação de Sexta-feira Santa é uma experiência profundamente abençoada. Não há
procissão de entrada, não há música, o altar está vazio e o tabernáculo está aberto e vazio. Muitas
celebrações também incluem a Veneração da Cruz, na qual nos aproximamos do crucifixo um a um e
beijamos os pés de Cristo.
1. Liturgia da Palavra: A celebração começa com a Liturgia da Palavra, onde são lidos e meditados os
textos bíblicos que narram a Paixão de Jesus Cristo. Esses textos geralmente incluem a leitura do
Evangelho que descreve os eventos que levaram à crucificação de Jesus, como Sua prisão, julgamento,
flagelação e crucificação. Esta parte da celebração ajuda os fiéis a refletirem sobre o significado e o
sacrifício de Jesus.
2. Adoração da Cruz: Após a Liturgia da Palavra, segue-se a Adoração da Cruz, um momento solene em
que uma cruz é trazida para dentro da igreja e apresentada aos fiéis para adoração. Os fiéis têm a
oportunidade de se aproximar da cruz, beijá-la ou tocá-la como um gesto de reverência e devoção ao
sacrifício de Jesus. Este é um momento de profunda contemplação e veneração da cruz como símbolo
do amor redentor de Cristo.

3. Comunhão Eucarística: Em seguida, a Celebração da Paixão do Senhor continua com a distribuição da


Comunhão Eucarística. No entanto, ao contrário das outras celebrações litúrgicas, não há uma Missa
propriamente dita. Em vez disso, a Comunhão é distribuída utilizando as hóstias consagradas durante a
Missa da Última Ceia na noite anterior, na Quinta-feira Santa. Isso é feito em memória da Última Ceia e
como um sinal da continuidade da presença de Jesus na Eucaristia, mesmo durante Sua Paixão e morte.

Quanto à razão pela qual não há Missa na Sexta-feira Santa, isso reflete o profundo significado espiritual do
dia. A Sexta-feira Santa é o dia em que a Igreja se une de maneira especial à Paixão e Morte de Jesus Cristo.
É um momento de profundo luto e penitência, onde os fiéis são convidados a refletir sobre o sacrifício de
Jesus pela salvação da humanidade. A ausência da Missa e a distribuição da Comunhão Eucarística de forma
diferente destacam a singularidade e a solenidade desse dia na liturgia católica.
Sábado Santo
O Sábado Santo não é um dia vazio, em que “nada acontece”. Nem uma duplicação da Sexta-feira Santa. A
grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo que pode ir
uma pessoa. O próprio Jesus está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de Seu último grito
na cruz – “Por que me abandonaste?” –, Ele cala no sepulcro agora. Descanse: “tudo está consumado!”

Sim, o Sábado Santo é muitas vezes chamado de "Sábado Santo de Silêncio" na tradição cristã. É um dia de
profundo silêncio e espera entre a crucificação de Jesus na Sexta-feira Santa e Sua ressurreição gloriosa no
Domingo de Páscoa. Durante esse dia, não há celebrações litúrgicas públicas na Igreja Católica e em muitas
outras denominações cristãs.

O Sábado Santo é um momento de reflexão e contemplação sobre o mistério da morte de Jesus e Sua
descida à mansão dos mortos, conforme descrito na crença cristã. Segundo essa crença, durante o tempo
entre Sua morte e ressurreição, Jesus desceu ao mundo dos mortos para libertar as almas dos justos que
haviam morrido antes de Sua vinda.

Durante o Sábado Santo, os fiéis são convidados a entrar no mistério do túmulo vazio e a esperar com
expectativa a ressurreição de Cristo. É um tempo para se interiorizar, orar e meditar sobre o significado da
morte e ressurreição de Jesus, preparando-se para a celebração da Páscoa, que é o ponto culminante do
ano litúrgico cristão.

Em muitas comunidades cristãs, especialmente na Igreja Católica, o Sábado Santo é frequentemente


marcado pela realização de uma Vigília Pascal após o anoitecer, que celebra a ressurreição de Jesus. Esta
Vigília Pascal é uma das mais solenes e importantes celebrações litúrgicas do ano e marca o início das
celebrações da Páscoa. No entanto, durante o dia, é mantido o silêncio e a espera em preparação para esta
grande festa.
Liturgia da Vigilia
1. Bênção do Fogo e Preparação do Círio Pascal: A Vigília Pascal começa do lado de fora da igreja, onde é
abençoado um fogo novo, simbolizando a luz de Cristo que dissipa as trevas do pecado e da morte. A
partir desse fogo, é preparado o Círio Pascal, uma grande vela que representa Cristo ressuscitado. O
Círio Pascal é decorado com símbolos, como a cruz, o alfa e o ômega, e é aceso durante toda a Vigília
como símbolo da presença de Cristo ressuscitado no meio de Seu povo.
2. Liturgia da Luz: Após a preparação do Círio Pascal, a comunidade entra na igreja em procissão,
carregando a vela acesa como símbolo da luz de Cristo. Durante essa parte da Vigília, são proclamadas
as leituras que narram a história da salvação, desde a criação até a ressurreição de Jesus. Isso inclui a
proclamação do hino de louvor conhecido como "Exsultet", que exalta a vitória de Cristo sobre o pecado
e a morte.

3. Liturgia da Palavra: Assim como em outras celebrações litúrgicas, a Vigília Pascal inclui a leitura de
várias passagens das Escrituras que destacam o significado da Páscoa e a vitória de Cristo sobre a
morte. Isso pode incluir leituras do Antigo Testamento, como a história de Abraão e Isaac, a passagem
do Mar Vermelho e profecias messiânicas. Também são lidas passagens dos Evangelhos que narram a
ressurreição de Jesus.
4. Liturgia Batismal: A Vigília Pascal é tradicionalmente o momento em que os catecúmenos são
batizados e os fiéis renovam suas promessas batismais. Isso simboliza a morte para o pecado e o
renascimento para uma nova vida em Cristo, que é o cerne da mensagem da Páscoa. A água benta
utilizada no batismo é abençoada durante essa parte da Vigília, recordando o poder purificador do
sacramento do Batismo.

5. Liturgia Eucarística: A Vigília Pascal culmina na celebração da Eucaristia, onde os fiéis recebem o
Corpo e o Sangue de Cristo na forma do pão e do vinho consagrados. Esta parte da Vigília é uma
celebração da presença viva de Cristo ressuscitado no meio de Sua Igreja e um momento de comunhão
espiritual entre os fiéis.
Domingo de Páscoa
1 Ressurreição de Cristo
Celebra a Ressurreição de Cristo, confirmando a fé na ressurreição e reconhecendo o
Senhor ao partir o pão.
A Páscoa do Senhor

No Domingo de Páscoa, as mulheres seguidoras de Jesus, incluindo Maria Madalena, Maria, mãe de Tiago, e
Salomé, foram ao sepulcro onde Jesus havia sido colocado após Sua crucificação, levando especiarias para
ungir Seu corpo. Ao chegarem, encontraram a pedra que selava o túmulo removida e um anjo sentado lá,
que lhes disse que Jesus havia ressuscitado, como Ele havia predito. As mulheres ficaram atônitas e foram
instruídas a informar aos discípulos sobre o que haviam visto.

Pedro e João foram ao sepulcro e viram que de fato Jesus não estava lá. Mais tarde naquele dia, Jesus
apareceu a Maria Madalena, que O reconheceu após Ele chamá-la pelo nome. Ele também apareceu a
outros discípulos ao longo do dia, mostrando-lhes Suas mãos e Seu lado, que foram feridos durante a
crucificação. Sua ressurreição foi testemunhada por muitos, e isso se tornou a base da pregação dos
apóstolos e do crescimento da fé cristã.

Para os católicos, a ressurreição de Jesus é vista como a confirmação da divindade de Cristo e Sua vitória
sobre o pecado e a morte. Ela oferece esperança de vida eterna para aqueles que creem Nele e seguem
Seus ensinamentos. O Domingo de Páscoa é celebrado com grande alegria e exultação, pois representa a
promessa cumprida de redenção e salvação para toda a humanidade.
O que Sifnigica Páscoa
A palavra "Páscoa" em si tem raízes no hebraico "Pesach", que significa "passagem". Originalmente, na
tradição judaica, a Páscoa era uma festa religiosa que celebrava a libertação do povo de Israel da escravidão
no Egito, conforme descrito no livro do Êxodo. Para os judeus, a Páscoa ainda é celebrada como uma festa
importante, marcada pela Páscoa judaica ou Pessach.

No contexto cristão, a Páscoa é celebrada no domingo seguinte à primeira lua cheia após o equinócio da
primavera no hemisfério norte. Ela marca o fim da Quaresma, um período de preparação espiritual que
inclui jejum, oração e penitência, e coincide com a Semana Santa, que inclui eventos como a Última Ceia, a
crucificação de Jesus e Sua ressurreição.

Para os cristãos, a Páscoa representa a vitória de Jesus sobre o pecado e a morte, oferecendo esperança de
vida eterna para aqueles que creem Nele. Ela é celebrada com alegria, exultação e gratidão pela redenção e
salvação que Jesus trouxe através de Sua morte e ressurreição. A Páscoa é também um momento de
renovação espiritual e um lembrete do amor incondicional de Deus pela humanidade.
Vivendo a Páscoa
1. Celebrar a Ressurreição de Jesus: Participar das celebrações litúrgicas da Semana Santa,
especialmente da Vigília Pascal e da Missa da Ressurreição no Domingo de Páscoa, para celebrar a
vitória de Jesus sobre o pecado e a morte.
2. Refletir sobre o significado da Páscoa: Meditar sobre o significado da ressurreição de Jesus e sua
importância para a fé cristã, lembrando-se da promessa de vida eterna que Ele oferece a todos os que
creem Nele.
3. Viver o espírito de renovação: Usar o período da Quaresma e da Páscoa como uma oportunidade para
renovar a fé, reconciliar-se com Deus e com os outros, e fazer um compromisso de viver uma vida mais
santa e conforme os ensinamentos de Jesus.

4. Participar dos sacramentos: Aproveitar a oportunidade da Páscoa para receber os sacramentos da


reconciliação (confissão) e da Eucaristia, renovando a comunhão com Deus e com a comunidade cristã.

5. Praticar a caridade: Demonstrando amor ao próximo através de obras de caridade e serviço aos
necessitados, seguindo o exemplo de Jesus, que deu Sua vida por todos.
6. Celebrar em família: Participar das celebrações litúrgicas em família e compartilhar refeições festivas,
celebrando o dom da vida e da salvação que Jesus nos oferece.

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