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Material de revisão – Formação

dos coroinhas
7 sacramentos
Os sacramentos são ritos de fé da Igreja Católica Apostólica Romana. Os
sacramentos simbolizam momentos de comunhão e confirmação da fé em
Deus.

São sete sacramentos: Batismo, Confirmação, Penitência,


Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos enfermos.

Cada um dos sacramentos acontece durante um período da vida das pessoas.


Iniciando com o batismo, logo após o nascimento, e terminando com a Unção
dos enfermos, dada aos doentes no final da vida.

Os sacramentos são importantes para a comunidade católica porque são


ocasiões de relembrar as graças feitas por Deus e confirmar a continuidade e
fortalecimento da fé cristã.

Batismo

O batismo é o primeiro sacramento, geralmente dado ainda durante os


primeiros meses de vida da criança. Os pais e os padrinhos são
simbolicamente responsáveis por iniciar criança nos ensinamentos cristãos.

Ao ser batizada, a criança passa a integrar a comunidade da Igreja, mostra


o desejo de encontrar a salvação e de seguir a Jesus Cristo.

Embora no catolicismo os batismos sejam feitos ainda durante a infância, os


adultos que desejem se batizar também podem assim o fazer. Durante o
batismo, água benta é jogada na cabeça do bebê, enquanto o padre realiza
benções e orações. A água simboliza a purificação do espírito.

Eucaristia

A Eucaristia é considerada o sacramento dos sacramentos. Trata-se do


sacramento em que os cristãos ingerem a hóstia consagrada, o corpo de
Deus, relembrando a Santa Ceia, a Paixão de Cristo e sua ressurreição.

A hóstia consagrada é tida como um alimento espiritual, sendo que para


recebê-la o cristão deve estar livre de seus pecados, ou seja, deve ter se
confessado e recebido o sacramento da Penitência. Por isso, é considerada um
sacramento de estado de graça.
Crisma

A Confirmação, mais conhecida como Crisma, é um sacramento que simboliza


a confirmação da continuidade do cristão em seu caminho de fé. Trata-se de
uma confirmação dos juramentos realizados no Batismo.

Como no batismo os juramentos a Deus são feitos pelos padrinhos e pais (já
que o sacramento é realizado ainda durante a infância), a Crisma é o momento
do próprio indivíduo renovar esses votos.

Durante a cerimônia de Confirmação, o sacerdote unge com óleo


consagrado a testa dos crismando e faz perguntas sobre a permanência da
pessoa na Igreja, que responde perante todos os presentes na Missa.

Penitência

O sacramento da Penitência também é por muitos chamados de Reconciliação.


É através desse sacramento que o cristão, arrependido, confessa os seus
pecados ao sacerdote. O padre dá uma penitência ao confessor e faz a
oração de pedido e remoção dos pecados, reaproximando o cristão de
Deus e absolvendo os seus pecados.

A confissão é realizada somente na presença do cristão e do sacerdote,


geralmente em um confessionário.

Ordem

Esse sacramento é dado somente aos cristãos que desejam ser sacerdotes.


Somente homens, maiores de 25 anos, que desejem livremente abraçar
a missão de orientar e guiar a comunidade católica podem ser ordenados.

Esses homens também devem ter uma grande fé e serem cristão íntegros e
virtuosos. Ao ser ordenado, o sacerdote também assume funções e ministérios
dentro da Igreja.

Existem três graus dentro do ordenado: episcopado (bispo), presbiterado


(padre) e diaconado (diácono).

Matrimônio

Trata-se do sacramento em que um homem e uma mulher recebem a


benção para se unir e iniciar uma família.

O casamento é um sacramento que propõe a fidelidade e a indissolubilidade,


ou seja, não pode ser desfeito. O casamento só perde validade quando um dos
parceiros morre.
Unção dos efermos

Esse sacramento é dado ao cristão que está profundamente doente e corre o


risco de morte. A Unção dos enfermos também pode ser chamada
de Extrema Unção.

Durante o sacramento, o sacerdote unge a testa do doente com óleo


consagrado, lê textos bíblicos e o conforta. A Unção dos enfermos é
considerada o último dos sacramentos e visa aliviar os sofrimentos do fiel e
perdoar os seus pecados.

Quarta Feira de Cinzas

A Quarta-feira de Cinzas representa o primeiro dia da Quaresma no


calendário gregoriano, podendo também ser designada por Dia das Cinzas e é
uma data celebrada por alguns elementos da comunidade cristã.

A data é um símbolo do dever da conversão e da mudança de vida, para


recordar a passageira fragilidade da vida humana, sujeita à morte. Coincide
com o dia seguinte à terça-feira de Carnaval e é o primeiro dos 40 dias
(Quaresma) entre essa terça-feira e a sexta-feira (Santa) anterior ao domingo
de Páscoa.

A origem deste nome é puramente religiosa. Neste dia, é celebrada a


tradicional missa das cinzas. As cinzas utilizadas neste ritual provêm da
queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. A estas
cinzas mistura-se água benta. De acordo com a tradição, o celebrante desta
cerimônia utiliza essas cinzas úmidas para sinalizar uma cruz na fronte de cada
fiel, proferindo a frase “Lembra-te que és pó e que ao pó voltarás” ou a frase
“Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Na Quarta-feira de Cinzas (e na Sexta-feira Santa) a Igreja Católica aconselha


os fiéis a fazerem jejum e a não comerem carne. Esta tradição já existe há
muitos anos e tem como propósito fazer com que os fiéis tomem parte do
sacrifício de Jesus. Assim como Jesus se sacrificou na cruz, aquele que crê
também pode fazer um sacrifício, abstendo-se de uma coisa que gosta, neste
caso, a carne

Quaresma

Quaresma é a designação do período de quarenta dias que antecedem a


principal celebração do cristianismo: a Páscoa, a ressurreição de Jesus
Cristo, comemorada no domingo. É uma prática presente na vida dos cristãos
desde o século IV.

Segundo a Carta Apostólica do Papa Paulo VI, a Quaresma tem seu início na
Quarta-feira de Cinzas e termina antes da Missa Lava-pés, na Quinta-feira
Santa. Em 2023, a quaresma começará no dia 22 de fevereiro e terminará
no dia 6 de abril.

Durante os quarenta dias que precedem a Semana Santa e a Páscoa, os


cristãos dedicam-se à reflexão e a conversão espiritual. Normalmente se
recolhem em oração e penitência para lembrar os 40 dias passados por Jesus
no deserto e os sofrimentos que ele suportou na cruz.

Durante a Quaresma, a Igreja veste seus ministros com vestimentas de cor


roxa, que simboliza tristeza e dor. A quarta-feira de cinzas é um dia usado para
lembrar a própria mortalidade.

É costume serem realizadas missas onde os fiéis são marcados na testa com
cinzas. Essa marca normalmente permanece na testa até o pôr do sol. Esse
simbolismo faz parte da tradição demonstrada na Bíblia, onde vários
personagens jogavam cinzas nas suas cabeças como prova de
arrependimento.

Na Bíblia, o número quarenta é frequentemente citado para representar


períodos de 40 dias ou 40 anos, que antecedem ou marcaram fatos
importantes. Alguns exemplos mais conhecidos são:

 40 dias de dilúvio da Arca de Noé;

 40 dias de Moisés no Monte Sinai;

 40 dias de Jesus no deserto, antes do início do seu ministério;

 40 anos de peregrinação do povo de Israel no deserto.

Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram


a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por
volta do ano 350, a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias
e foi assim que surgiu a Quaresma.

Semana Santa

A Semana Santa é um momento sagrado para os cristãos. Nela se


comemoram os mistérios da salvação a partir da recordação da última
semana da vida de Jesus Cristo. A Semana Santa começa no Domingo de
Ramos, passa pela Sexta-Feira Santa (dia da crucificação e morte de Jesus) e
termina no Domingo de Páscoa, quando se celebra a ressurreição de Cristo.

O Tríduo Pascal é o momento mais importante da Semana Santa, já que


representa a salvação humana e a renovação da vida. Ele começa na Quinta-
Feira Santa e termina no Domingo de Páscoa. O Tríduo estabelece a ligação
entre o fim da Quaresma e a Páscoa.

Durante a Semana Santa, os cristãos relembram as ações e refletem sobre as


mensagens de Jesus Cristo. Também é o tempo em que os cristãos renovam
sua fé e seu compromisso de viver de acordo com os ensinamentos de Cristo.
Em virtude de sua importância, a Semana Santa é marcada por muitos rituais
que fazem referência a eventos importantes dos últimos momentos da vida de
Jesus. A Santa Missa da Ceia do Senhor, que marca o início do Tríduo, a
Encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo e a Procissão do Círio
Pascal são alguns desses rituais tradicionais.

A Semana Santa muda de data todos os anos devido ao fato da Páscoa cristã
estar relacionada com a Páscoa judaica. Eventos como a Última Ceia e a morte
de Cristo aconteceram durante a Páscoa judaica, que é definida de acordo com
as fases da Lua. Como as fases da Lua não acontecem nas mesmas datas em
todos os anos, essas datas também variam de ano para ano.

Domingo de Ramos

O Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, é uma data de


caráter festivo. Nele se celebra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém,
ocasião em que foi recebido com muito entusiasmo pelo povo, que o aclamou
como Senhor e Salvador agitando ramos de palmeira e gritando “Hosana ao
filho de Davi!”.

Nesse dia, a Missa de Ramos, promovida pela Igreja Católica, tem início nas
ruas das cidades com uma procissão. Os fiéis costumam levar à procissão
ramos de palmeira e outras árvores. Durante a procissão e a missa, os ramos
são abençoados.

Segunda Feira Santa

Após dormir em Betânia, Jesus e seus discípulos voltaram à cidade de


Jerusalém. Nesse dia, Jesus expulsou os mascates e os compradores que
faziam negócios dentro do Templo de Jerusalém. Essa passagem ficou
conhecida como limpeza do Templo.

Em Mateus 21:12-22, Jesus diz:

Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração. Mas vós
a tendes convertido em covil de ladrões.

Nesse mesmo dia, Jesus curou coxos e cegos dentro do templo.

A Segunda-Feira Santa precede os momentos mais importantes da Semana e


é caracterizado como uma data de preparação para a Paixão.

Terça-Feira Santa
Segundo a Bíblia, na terça-feira Jesus retornou a Jerusalém e foi confrontado
pelas autoridades religiosas do templo, irritadas com o fato de Jesus se colocar
como uma autoridade espiritual. As conspirações contra Jesus eram cada vez
maiores, e houve até uma tentativa de emboscada para prendê-lo.

No final do dia, Jesus foi com seus discípulos ao Monte das Oliveiras, onde
profetizou sobre o Juízo Final, o fim dos tempos e o seu regresso (Parusia). Em
Mateus 24:36, Jesus diz:

Contudo, ninguém sabe a data e a hora em que o fim virá, nem


mesmo os anjos, nem sequer o Filho de Deus. Só o Pai o sabe.

Quarta-Feira Santa

Não há na Bíblia informações sobre o que fez Jesus nesse dia. Pode ser que
tenha permanecido em Betânia, próximo a seus amigos Lázaro, Maria e Marta.
Lembremos que um dos milagres mais conhecidos de Jesus é a ressurreição
de Lázaro, acontecida tempos atrás.

Quinta-Feira Santa

Quinta-Feira é um dia muito importante na Semana Santa. Nesse dia, ocorreu


a Última Ceia, em que Jesus e seus apóstolos comemoravam a Páscoa
judaica. A quinta-feira marca o início do Tríduo Pascal, o momento mais
importante da Semana Santa. É também nessa data que se encerra
a Quaresma.

Um dos ritos mais tradicionais praticados na Quinta-Feira Santa é o Lava-Pés,


que faz referência a uma passagem bíblica que diz que Jesus lavou os pés de
seus discípulos após o pôr-do-sol da quinta-feira. Esse gesto simboliza
solidariedade e humildade. Com ele, Jesus pôs-se a serviço do outro, a fim de
redimir ou lavar os pecados.

O rito do Lava-Pés ocorre durante a Santa Missa da Ceia do Senhor, que


celebra a instituição da Eucaristia (ou Comunhão) ocorrida durante a Última
Ceia.

Tomando o pão, deu graças, partiu-o e o deu aos discípulos,


dizendo: "Isto é o meu corpo dado em favor de vocês; façam isto
em memória de mim". Da mesma forma, depois da ceia, tomou o
cálice, dizendo: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue,
derramado em favor de vocês." (Lucas 22:19-20).

Nesse mesmo dia, após a ceia, Jesus orou no Getsêmani. Foi preso logo em
seguida, após ser traído por Judas.
Sexta-Feira Santa

Essa data é também chamada de Sexta-Feira da Paixão, já que nesse dia


Jesus foi julgado, condenado e morto. Paixão vem da palavra latina passio,
que significa sofrimento.

Na Sexta-Feira Santa se recordam os momentos mais difíceis dos últimos dias


de Cristo, dos quais fazem parte o caminho para o Calvário (Via Sacra) e a
crucificação. Para os cristãos, essa data é marcada pelo gesto de amor
incondicional de Jesus, que entregou sua vida e nos seus ombros
carregou todos os pecados da humanidade.

A sexta-feira, para os cristãos, é uma data de oração e jejum. Nesse dia ocorre
em muitos lugares a tradicional encenação da Paixão, Morte e Ressurreição de
Jesus Cristo.

Sábado Santo

Entre o pôr-do-sol da sexta-feira e o pôr-do-sol do sábado, não ocorrem


celebrações nem comunhão. O Sábado Santo, também chamado de Sábado
de Aleluia, é o dia em que Jesus Cristo jaz em seu túmulo. Por isso, o sábado
é dedicado à oração e à meditação, à espera da ressurreição.

Só sábado à noite é que ocorre a Vigília Pascal, momento em que os cristãos


celebram a ressurreição de Jesus Cristo. Em Mateus 28:1-10, lê-se que no fim
do sábado o anjo do Senhor que o corpo de Jesus não estava mais no sepulcro
porque havia ressuscitado, tal como ele mesmo havia profetizado.

Na verdade, a Vigília Pascal, embora aconteça na noite de sábado, deve ser


considerada uma celebração do Domingo de Páscoa, já que para os judeus um
dia acaba ao anoitecer.

Domingo de Páscoa

O Domingo da Ressurreição é um dia de alegria para os cristãos. Foi nesse


dia que, segundo a Bíblia, Jesus ressuscitou e fez ao menos cinco aparições,
uma delas para Maria Madalena e outras para seus discípulos.

O domingo é o dia em que os cristãos anunciam a verdade de que Cristo


venceu a morte, indicando que um dia também serão salvos.

Páscoa é uma palavra de origem hebraica que significa “passagem”. A Páscoa


cristã comemora a passagem de Cristo do mundo dos mortos para a vida.
Assim, Cristo venceu a morte e adquiriu a vida eterna a todos que creem
nele.

Discípulos
Diferença entre Discípulos e Apóstolos

Chamando seus doze discípulos, deu-lhes autoridade para expulsar espíritos


imundos e curar todas as doenças e enfermidades. Estes são os nomes dos
doze apóstolos: primeiro, Simão, chamado Pedro, e André, seu irmão; Tiago,
filho de Zebedeu, e João, seu irmão; Filipe e Bartolomeu; Tomé e Mateus, o
publicano; Tiago, filho de Alfeu, e Tadeu; Simão, o zelote, e Judas Iscariotes,
que o traiu.
- Mateus 10:1-4

Numa definição bastante simples: o discípulo é um aprendiz e o apóstolo é


um enviado. Jesus preparou, ensinou e treinou seus 12 discípulos. Depois da
sua morte e ressurreição, Ele os enviou ao mundo para testemunhar Dele.

As palavras "discípulos" e "apóstolos" foram usadas pelo próprio Jesus para


designar, ora aqueles que estavam sendo ensinados e treinados, ora aqueles
que estavam sendo enviados para pregar, respectivamente.

O termo 'apóstolo' significa "mensageiro", "enviado" ou "embaixador". Este é o


termo técnico usado para os primeiros discípulos de Jesus designados para
fundar a igreja no princípio do cristianismo. Esses foram testemunhas oculares
de Cristo ressurreto, sendo enviados pessoalmente por Jesus. Num sentido
mais geral, apóstolos são todos os discípulos enviados a pregar o Evangelho
do Senhor.

Quem foi o 13º discípulo de Jesus que substituiu Judas Iscariotes?

Matias foi o discípulo que substituiu Judas Iscariotes. Quando Jesus escolheu
seus discípulos mais próximos, ele chamou 12 homens. Somados a estes,
muitos outros seguiam e aprendiam com Jesus. Em certa ocasião, por
exemplo, Ele enviou 70 discípulos para uma grande missão de evangelização
(Lucas 10:1).

Judas Iscariotes pertencia ao grupo de discípulos mais chegados de Jesus.


Apesar da proximidade, Judas traiu seu amigo Jesus com um beijo. Jesus foi
preso pelos líderes judeus e sentenciado à morte numa cruz.

Depois da ressurreição de Jesus, o grupo dos apóstolos se reuniram e


concordaram que outro discípulo deveria assumir o lugar que era antes de
Judas Iscariotes. O nome escolhido foi o de Matias.

10 mandamentos

Na Bíblia, existem os Dez Mandamentos, ou Decálogo, que consistem em dez


regras dadas por Deus ao Seu povo, para que tivessem uma vida mais
feliz e próspera. O Senhor deu esses mandamentos a Moisés, que os
escreveu em tábuas de pedra. Os Dez Mandamentos se encontram em Êxodo
20.

A palavra mandamento tem origem no verbo "mandar", que significa ordem ou


regra. Um mandamento é uma voz de comando, preceito ou mandado.

1. Não terás outros deuses além de mim.

2. Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na
terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes
prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo
os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles
que me desprezam, mas trato com bondade até mil gerações aos que me
amam e obedecem aos meus mandamentos.

3. Não tomarás em vão o nome do Senhor, o teu Deus, pois o Senhor não deixará
impune quem tomar o seu nome em vão.

4. Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo. Trabalharás seis dias e neles


farás todos os teus trabalhos, mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao
Senhor, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus
filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os
estrangeiros que morarem em tuas cidades. Pois em seis dias o Senhor fez os
céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou.
Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.

5. Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor,
o teu Deus, te dá.

6. Não matarás.

7. Não adulterarás.

8. Não furtarás.

9. Não darás falso testemunho contra o teu próximo.

10. Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher do teu próximo,
nem seus servos ou servas, nem seu boi ou jumento, nem coisa alguma que
lhe pertença.

Evangelistas

A palavra "Evangelho" vem do grego e significa Boa Notícia. A Igreja Católica


reconhece quatro narrações como inspiradas por Deus e,
portanto, canônicas. Trata-se dos evangelhos segundo Mateus, Marcos,
Lucas e João.
São Mateus

O Evangelho de São Mateus é o primeiro dentre os quatro evangelistas e foi


feito para fortalecer a fé dos cristãos de origem judaica. São Mateus
esclarece a respeito de uma verdade: São os cristãos que constituem o
verdadeiro Israel, pois, em Jesus, a herança de Israel se tornou de todos e
para todos, ou seja, universal.

Principais características do Evangelho de São Mateus:

Depois da infância de Jesus (cap 1-2), são escritos cinco sermões, uma


alusão aos cinco rolos da Lei de Moisés. Por isso, uma característica específica
desse Evangelho é mostrar que ser discípulo de Jesus é a única forma
verdadeira de realizar o objetivo da lei: Viver segundo a vontade de Deus.

Nesse Evangelho, Jesus ensina a compreensão total, plena da lei.

Jesus é visto aqui como o mestre, modelo, instruído no reino de


Deus. Além disso, o Evangelho de Mateus é o que mais percebe Deus como
pai, cuja vontade é a verdadeira justiça, o verdadeiro caminho.

É simbolizado pelo anjo com rosto de homem, porque o seu Evangelho se


preocupa em comprovar a natureza humana de Cristo.

São Marcos

O segundo e mais antigo dos quatro Evangelhos é atribuído a Marcos, que a


tradição chama de primo de Barnabé, discípulo de Pedro e amigo de
Paulo. Esse evangelho foi escrito em grego, entre os anos 65 e 70.
São Marcos é citado em At 15,39 e como "João Marcos", em At 13,5-13. Esses
dualidade acontece hoje com quem tem nome composto (quem já passou por
isso?) e, naquela época, os judeus também se utilizavam dessa duplicidade de
nomes por conta do uso de um nome judeu (João) e outro latino
helenizado (Marcos).

Principais características do Evangelho de São Marcos:

O Evangelho de São Marcos é conhecido como o “evangelho


querigmático”, pois retrata como nenhum outro o primeiro anúncio
(querigma). Esse anúncio é capaz de nos impactar, renovar.

Além disso, se manifesta em Jesus o temor diante da santidade de


Deus (nas expulsões de demônios, na autoridade perante o sepulcro vazio).
Outra característica é a forma como é retratado o “segredo messiânico”. Os
demônios sabem que Jesus é o Messias, mas são proibidos de dizer.

Por fim, Jesus é retratado como o filho do Homem, o servo sofredor, o


enviado por Deus. São 16 capítulos que nos fazem compreender, na
profundidade, o que somos chamados a viver.

É representado pelo leão, porque ele começa o seu Evangelho falando da


pregação de São João Baptista no deserto da Judeia. Ora, o leão vivia no
deserto, e a pregação de João foi como um rugido de leão. Ele quer mostrar
Cristo como soberano, como rei. E o leão é o rei dos animais.

São Lucas

São Lucas escreveu o Evangelho e os Atos dos Apóstolos. O Evangelho


está dentro da “história da salvação”, que alcança três épocas: o tempo da
promessa (Antigo Testamento), o tempo do cumprimento (Jesus) e
o tempo final (o anúncio final pela Igreja).

Principais características do Evangelho de São Lucas:

A graça e misericórdia de Deus que se manifestam na atenção prioritária


dada aos pobres e pecadores. A gratuidade e universalidade da salvação,
que supera o esperado pelo povo judeu.

Jesus é visto aqui como o novo Elias: Venceu o jejum no deserto, era


movido pelo Espírito Santo de Deus, fazia milagres e manifestava a
misericórdia de Deus às viúvas, aos estrangeiros, aos pobres. Além disso, foca
em Jesus com o aspecto profético para que não se pense em Jesus apenas
como alguém como o rei Davi. Na infância de Jesus, São Lucas descreve
maravilhosamente a presença fiel de Maria.

Tem em vista demonstrar o carácter sacerdotal de Cristo. Daí ter como


símbolo o boi, animal sacrificado no Templo.

São João

O Evangelho segundo João foi atribuído pela tradição da Igreja antiga


a João, filho de Zebedeu, um dos doze apóstolos de Jesus. O objetivo
desse Evangelho é fortalecer os fieis na fé que crê e confessa Jesus como
Messias e Filho de Deus

Principais características do Evangelho de São João:


Sinais e símbolos são uma característica desse Evangelho, pois são
muito usados. O Evangelho de São João também nos revela o Espírito
Santo como o Paráclito, que nos auxilia nos momentos mais difíceis.

O caráter de um Deus que é uno e, ao mesmo tempo, trino, se manifesta, a


trindade se revela. Além disso, a mãe de Jesus nunca é chamada pelo seu
próprio nome. Ela é mencionada em duas cenas apenas, mas de uma enorme
profundidade. Maria é referência de Jesus ao entrar e sair da vida
pública. E, na qualidade de referência de Jesus, ela é acolhida pelo discípulo
amado.

É representado pela águia, pois se preocupa em comprovar a natureza divina


de Cristo Jesus.

Santos

Os homens e as mulheres que a Igreja Católica chama de “santos” são


milhares, mais de vinte e sete mil, como afirma René Fullop Muller, em seu
livro “Os Santos que abalaram o mundo”. São de todas as condições de vida,
raças, cores, culturas, países etc. Porém, uma coisa é comum a todos: eles
foram heroicamente bons; basta analisar a vida deles.

A santidade é basicamente a estreita união do homem com Deus; desse


contato resulta a perfeição moral. Deus é santo por natureza; os homens são
santos na medida em que se aproximam d’Ele.

Os santos estão entre nós

Os santos não foram pessoas raras e especiais que viveram numa só terra ou
numa só época particular. Pertencem a todas as épocas e a todas as
nacionalidades. São Policarpo, natural da Ásia Menor, viveu no século II; já
São Pio X foi um italiano e um Papa do século XX. E os quatro homens que
são chamados os Padres do Ocidente, a saber: Santo Agostinho, São
Jerônimo, Santo Ambrósio e São Gregório Magno, eram respectivamente da
África do Norte, da antiga Iugoslávia e da Itália e viveram entre os séculos
quarto e sexto. Santa Francisca Cabrini era uma freira italiana que fundou
hospitais em Nova York e em Chicago. Houve mártires em Nagassaki, no
Japão; e padres, na Rússia, que foram declarados santos pela Igreja Católica.
Talvez, o que seja mais surpreendente é a enorme variedade de
personalidades entre esses santos. Eram reis e rainhas; sapateiros e
agricultores; sacerdotes, bispos, freiras; soldados; juristas; professores; donas
de casa e mulheres profissionais, que se elevaram às alturas da santidade.
Nenhuma classe tem o monopólio da santidade, embora, talvez, bispos e
religiosos, por força da sua profissão, tenham mais frequentemente chegado à
santidade.

Texto do Papa São João Paulo I:

Santidade não está relacionada a realizar fatos homéricos ou viver em


eterna penitência. Santidade é viver a Verdade e o Amor de Cristo no
nosso dia a dia.

“Precisamos de Santos que vão ao cinema, ouvem música e passeiam com os


amigos.

Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se


"lascam" na faculdade.

Precisamos de Santos que tenham tempo todo dia para rezar e que saibam
namorar na pureza e castidade, ou que consagrem sua castidade.

Precisamos de Santos modernos, Santos do século XXI com uma


espiritualidade inserida em nosso tempo.

Precisamos de Santos comprometidos com os pobres e as necessárias


mudanças sociais.

Precisamos de Santos que vivam no mundo se santifiquem no mundo, que não


tenham medo de viver no mundo.

Precisamos de Santos que bebam Coca-Cola e comam hot dog, que usem
jeans, que sejam internautas, que escutem iPod.

Precisamos de Santos que amem a Eucaristia e que não tenham vergonha de


tomar um refrigerante ou comer pizza no fim-de-semana com os amigos.

Precisamos de Santos que gostem de cinema, de teatro, de música, de dança,


de esporte.
Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres,
companheiros.

Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas


puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos".

Objetos litúrgicos

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