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O Ano

Litúrgico
PARÓQUIA SÃO JOSE
05/11/2023
O Ano Litúrgico

Chama-se Ano Litúrgico o tempo em que a Igreja celebra


todos os feitos salvíficos operados por Deus em Jesus Cristo.
“Através do ciclo anual, a Igreja comemora o mistério de
Cristo, desde a Encarnação ao dia de Pentecostes e à espera
da vinda do Senhor" (NUALC nº 43 e SC nº 102)
O Ano Litúrgico

As etapas do ano litúrgico são, assim, a memória das


passagens mais importantes da vida de Cristo. E na vida
cristã está o próprio mistério de Jesus: ele foi crucificado,
ressuscitou e continua vivo nas palavras do Evangelho,
estando presente no altar, durante a missa, e entre as pessoas
reunidas em nome Dele.
O Ano Litúrgico
Mesmo sem uma data fixa de início, qualquer pessoa pode saber quando vai ter
início o Ano Litúrgico.
Ele se inicia sempre no domingo mais próximo de 30 de novembro. Na prática, o
domingo que cai entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro.
A data de 30 de novembro é colocada também como referencial porque nela a
Igreja celebra a festa de Santo André, apóstolo, irmão de São Pedro, e Santo
André foi, ao que tudo indica, um dos primeiros discípulos a seguir Cristo (Cf. Jo
1,40)
O Ano Litúrgico

Cada Ano Litúrgico constitui uma vivência do Mistério total


de Cristo, ressaltando em cada tempo ou em cada festa um
aspecto do mesmo, Mistério que é celebrado. O Mistério
Pascal é o cerne, o coração de toda a liturgia e,
consequentemente, de todo o ano litúrgico, que é
determinado pelas celebrações dos mistérios da redenção
O Ano Litúrgico

O Concílio Vaticano II (SC nº 6), fiel à tradição cristã e


apostólica, afirma que o domingo, "Dia do Senhor", é o
fundamento do Ano Litúrgico, pois nele a Igreja celebra o
mistério central de nossa fé, na páscoa semanal que, devido
à tradição apostólica, se celebra a cada oitavo dia.
As Divisões do Ano Litúrgico

Ele se divide em dois grandes ciclos: o ciclo do Natal, em


que se celebra o mistério da Encarnação do Filho de Deus, e
o ciclo da Páscoa, em que celebramos o mistério da Paixão,
Morte e Ressurreição do Senhor, como também sua ascensão
ao céu e a vinda do Espírito Santo sobre a Igreja, na
solenidade de Pentecostes
As Divisões do Ano Litúrgico
Ciclo do Natal

O ciclo do Natal se inicia no primeiro domingo do Advento e


se encerra na Festa do Batismo do Senhor, tendo seu centro,
isto é, sua culminância, na solenidade do Natal.
As Divisões do Ano Litúrgico
Ciclo da Páscoa

Já o ciclo da Páscoa tem início na Quarta-Feira de Cinzas,


início também da Quaresma, tendo o seu centro no Tríduo
Pascal, encerrando- se no Domingo de Pentecostes. A
solenidade de Pentecostes é o coroamento de todo o ciclo da
Páscoa.
As Divisões do Ano Litúrgico
O “Santoral” ou o “Próprio dos Santos”

Em todo o Ano Litúrgico, exceto nos chamados tempos


privilegiados (segunda parte do Advento, Oitava do Natal,
Quaresma, Semana Santa e Oitava da Páscoa), a Igreja
celebra a memória dos santos.
As Divisões do Ano Litúrgico
O “Santoral” ou o “Próprio dos Santos”

Se no Natal e na Páscoa, Deus apresenta à Igreja o seu projeto de


amor em Cristo Jesus, para a salvação de toda a humanidade, no
Santoral a Igreja apresenta a Deus os copiosos frutos da redenção,
colhidos na plantação de esperança do próprio Filho de Deus.
São os filhos da Igreja, que seguiram fielmente o Cristo Senhor
na estrada salvífica do Evangelho. Em outras palavras, o Santoral
é a resposta solene da Igreja ao convite de Deus para a santidade
As Divisões do Ano Litúrgico
As Cores do Ano Litúrgico

Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela


exercem um papel de vital importância, respeitada a cultura
de nosso povo, os costumes e a tradição.
As Divisões do Ano Litúrgico
As Cores do Ano Litúrgico

Roxo: Usa-se no Advento, na Quaresma, na Semana Santa (até Quinta-Feira


Santa de manhã), na celebração de Finados, como também nas exéquias.
Branco: Usa-se na solenidade do Natal, no Tempo do Natal, na Quinta-Feira
Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, nas festas do Senhor e na celebração
dos santos. Também no Tempo Pascal é predominante a cor branca.
Vermelho: Usa-se no Domingo da Paixão e de Ramos, na Sexta-Feira da
Paixão, no Domingo de Pentecostes e na celebração dos mártires, apóstolos e
evangelistas.
As Divisões do Ano Litúrgico
As Cores do Ano Litúrgico

Róseo: É usado no terceiro Domingo do Advento, chamado


“Gaudete”, e no quarto Domingo da Quaresma chamado “Laetare”.
Esses dois domingos são classificados, na liturgia, de “domingos da
alegria”, por causa do tom jubiloso de seus textos.

Verde: Usa-se em todo o Tempo Comum.


Azul, preto?
Os três ciclos do Ano Litúrgico

Cada ano litúrgico tem um ciclo próprio de leituras do Antigo e


do Novo Testamento. Há três ciclos diferentes, chamados de
anos A, B e C.
Quando termina um ano C, volta a começar um ano A, e assim
sucessivamente. Durante esses anos a distribuição dos textos
bíblicos permita aos fiéis católicos uma visão abrangente de
toda a História da Salvação.
Os três ciclos do Ano Litúrgico

Para saber qual o ano litúrgico que a Igreja está celebrando (A, B ou C), basta somar os
algarismos do ano.
A referência é o ciclo C, que se aplica aos anos cuja soma de algarismos é divisível por 3.
Por exemplo, o ano de 2019: 2 + 0 + 1 + 9 = 12. Como o 12 é divisível por 3, temos aqui
um ano do ciclo C. Já os algarismos do ano 2020 somam 4, ou seja, 3 + 1.
Logo, aplica-se o ciclo imediatamente posterior ao C, que é o retorno ao ciclo A. Da
mesma forma, a soma dos algarismos de 2021 é 5, ou seja, 3 + 2.
Logo, aplica-se o ciclo B. E 2022 volta a ser ciclo C porque a soma dos seus algarismos é
6, que é múltiplo de 3.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Advento: O Advento é um período de expectativa e


preparação espiritual. Os fiéis são convidados a refletir sobre
a vinda de Jesus Cristo, tanto o seu nascimento em Belém
(Primeira Vinda) quanto a sua segunda vinda no futuro
(Segunda Vinda). É um tempo de esperança e vigilância
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

O Tempo do Advento
O tempo do Advento começa com as primeiras vésperas do domingo que cai
no dia 30 de novembro ou no domingo que lhe fica mais próximo,
terminando antes das primeiras vésperas do Natal do Senhor.
Os domingos deste tempo são chamados I, II, III e IV domingos do Advento.
As férias dos dias 17 a 24 de dezembro inclusive, visam de modo mais direto
à preparação do Natal do Senhor.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Natal: O Natal celebra o nascimento de Jesus, e sua


espiritualidade é centrada na alegria, na celebração da
encarnação de Deus e na mensagem de paz e amor. É um
tempo para contemplar o mistério do Verbo Divino que se fez
carne e habitou entre nós
Espiritualidade dos tempos litúrgicos
O Natal do Senhor tem a sua oitava organizada do seguinte modo:

No domingo dentro da oitava, ou na falta dele, no dia 30 de dezembro, celebra-se a festa da Sagrada
Família de Jesus, Maria e José.

No dia 26 de dezembro, celebra-se a festa de Santo Estevão.

No dia 27 de dezembro, celebra-se a São João, Apóstolo e Evangelista.

No dia 28 de dezembro, celebra-se a festa dos Santos Inocentes.

Nos dias 29, 30 e 31 são dias dentro da oitava.

No dia 1º de janeiro, oitavo dia do Natal, celebra-se a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, na qual se
comemora também a imposição do nome de Jesus.

A Epifania do Senhor é celebrada no dia 6 de janeiro. No Brasil esse dia é celebrada no domingo entre 2 e
8 de janeiro.

No domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se a festa do Batismo do Senhor.


Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Quaresma: A Quaresma é um período de reflexão,


conversão em preparação espiritual para a Páscoa.
A espiritualidade quaresmal é caracterizada pela penitência,
jejum, oração e caridade. Os fiéis são chamados a se
aproximar de Deus com um coração contrito e a renovar seu
compromisso com a fé.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

O tempo da Quaresma vai da Quarta-feira de cinzas até à Missa da


Ceia do Senhor. São 40 dias de preparação às festas pascais. Do início
da Quaresma até a Vigília Pascal não se canta o Aleluia.
Na quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda parte dia de
jejum, faz-se a imposição das cinzas.
Os domingos deste tempo são chamados de I, II, III, IV e V domingos
da Quaresma. O VI domingo, com o qual se inicia a Semana Santa, é
chamado “Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Páscoa: A Páscoa é o auge da espiritualidade cristã,


celebrando a ressurreição de Jesus e a vitória sobre o pecado
e a morte.
A espiritualidade pascal é marcada pela alegria, esperança e
renovação da fé. É um tempo de celebração da vida e da
promessa da salvação.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Tempo Pascal: O Tempo Pascal é uma extensão da


espiritualidade da Páscoa, enfatizando a alegria contínua da
ressurreição. Os fiéis são chamados a viver suas vidas à luz
da vitória de Cristo sobre a morte e a participar da graça e do
poder da ressurreição.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

50 dias entre o domingo da Ressurreição e o domingo de


Pentecostes sejam celebrados com alegria, como se fossem um
só dia de festa, ou melhor, “como um grande domingo”.
Os domingos deste tempo são chamados, depois do domingo
da Ressurreição, de II, III, IV, V, VI e VII domingos da Páscoa.
O domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de
cinqüenta dias.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Os oito primeiros dias do tempo pascal formam a Oitava da Páscoa e são


celebrados como solenidades do Senhor.
No quadragésimo dia depois da Páscoa celebra-se a Ascensão do Senhor.
No entanto, no Brasil ela é transferida para o domingo seguinte, ocupando
assim o VII domingo de Páscoa
As férias depois da Ascensão, até o sábado antes de Pentecostes inclusive,
constituem uma preparação para a vinda do Espírito Santo Paráclito
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Pentecostes: Pentecostes é a celebração da descida do


Espírito Santo sobre os apóstolos.
Sua espiritualidade está focada no dom do Espírito e no
papel do Espírito na vida da igreja. Os fiéis são inspirados a
buscar a orientação e o poder do Espírito Santo em suas
vidas.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Tempo Comum: O Tempo Comum é uma oportunidade para


o crescimento espiritual contínuo e o aprendizado. Durante
esse período, os fiéis são convidados a crescer na fé,
aprofundar sua compreensão das Escrituras e viver de acordo
com os ensinamentos de Jesus Cristo.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

Na ‘mesa’ da Palavra nos é servida um rico cardápio de


leituras bíblicas, percorrendo um ciclo de três anos:
MATEUS A
MARCOS B
LUCAS C
Espiritualidade dos tempos litúrgicos

O evangelho de João é lido nos tempos fortes do ano


litúrgico, e a leitura do capítulo 6 sobre o pão da vida, vem
completar a leitura do evangelho de Marcos, no ano B.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos
1ª Leitura nas Missas feriais
Nas Missas feriais, as 1ª Leituras obedecem a organização do Lecionário Ferial,
dividido em “anos pares” e “anos impares”. Os anos que tem um final par, são
pares e aqueles com final impar, são os anos impares. Enquanto que o
Evangelho permanece inalterado, as 1as leituras seguem a divisão dos anos
pares e impares.
Isto vale para o Tempo Comum. Já para os tempos fortes, Tempo Pascal e
Tempo Natalino, as 1ª Leituras obedecem o diretório de cada um desses tempos.
As 1ª Leituras feriais nem sempre mantêm uma ligação direta com o Evangelho,
mas mantêm sim com o salmo responsorial.
Espiritualidade dos tempos litúrgicos
1ª Leitura nas Missas Dominicais
Nas Missas dominicais do Tempo Comum, as 1ª Leituras sempre são feitas do
Antigo Testamento e mantêm uma relação direta com o Evangelho e com o salmo
responsorial. Estabelecem assim uma relação ente aquilo que era figura, no Antigo
Testamento, com a realidade que é ou que se realiza na pessoa de Jesus Cristo.
As 1ª Leituras do Tempo Pascal são propostas a partir dos Atos dos Apóstolos e
mantêm relação com as demais leituras da Missa e com o salmo responsorial.
As 1ª Leituras do Tempo Natalino, no Advento, são propostas a partir do grande
profeta do Advento: Isaias. Depois, no Natal e no Tempo do Natal seguem o
diretório deste tempo, baseados no Ano Litúrgico em curso. Juntamente com o
salmo responsorial e a 2a leitura constituem unidade temáticas.

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