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A páscoa não é um evento bíblico? Não foi ordenado que o povo na Antiga
Aliança a comemorasse anualmente? Não coincide com a morte e ressurreição de
Jesus? Não seria uma boa oportunidade para evangelizar? Que mal há em se
fazer cantatas e representações da paixão de Cristo? É nestas oportunidades que a
igreja enche e muita gente pode ser salva!
Todos esses são argumentos pragmáticos e humanos. Nós não somos mais
inteligentes que Deus, por que Ele não pensou nisso? Por que não está ordenado
no Novo Testamento que comemoremos a Páscoa? Por que os apóstolos nunca
fizeram?
Alguns historiadores sugerem que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa
(especialmente os ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios
culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram
assimilados às celebrações cristãs do Pesach, depois da cristianização dos pagãos
germânicos. Contudo, já os Persas, Romanos, Judeus e Armênios tinham o hábito
de oferecer e receber ovos coloridos por esta época. Ishtar tinha alguns rituais de
caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver
com libações e outras ofertas corporais.
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Nós seguimos o princípio regulador do culto reformado esboçado pela nossa
Confissão de Fé, que não admite, no culto, ou qualquer tipo de celebração que
não tenha sido ordenado, expressa ou claramente inferido, das páginas das
Escrituras. Por isso, não comemoramos a Páscoa como os homens a instituíram,
não ousamos fazer o que Deus não ordenou, mesmo que seja com a melhor das
intenções.