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Por que não comemoramos a Páscoa?

A páscoa não é um evento bíblico? Não foi ordenado que o povo na Antiga
Aliança a comemorasse anualmente? Não coincide com a morte e ressurreição de
Jesus? Não seria uma boa oportunidade para evangelizar? Que mal há em se
fazer cantatas e representações da paixão de Cristo? É nestas oportunidades que a
igreja enche e muita gente pode ser salva!

Todos esses são argumentos pragmáticos e humanos. Nós não somos mais
inteligentes que Deus, por que Ele não pensou nisso? Por que não está ordenado
no Novo Testamento que comemoremos a Páscoa? Por que os apóstolos nunca
fizeram?

Na verdade, a Páscoa quanto festa veterotestamentária, teve seu cumprimento no


advento de Cristo. O cordeiro pascal era tipificado na celebração ordenada por
Moisés desde a saída do Egito e seu cumprimento foi confirmado pelo apóstolo
Paulo em I Cor 5:6, quando diz que “Cristo é a nossa páscoa que foi
sacrificado…” e quando diz para “celebrarmos a festa” (vs7), Ele quer dizer,
participarmos da Santa Ceia, com “os asmos da sinceridade e da pureza”.

Os termos “Easter” (Ishtar) e “Ostern” ( Páscoa em inglês e alemão ,


respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica como o Pesach
(páscoa). A hipótese mais aceita relacionam os termos com Eostremonat, nome
de um antigo mês germânico, ou de Eostre, uma deusa germânica relacionada
com a primavera que era homenageada todos os anos, no mês de Eostremonat, de
acordo com o historiador inglês do século VIII, Beda.

Alguns historiadores sugerem que muitos dos atuais símbolos ligados à Páscoa
(especialmente os ovos coloridos e o coelhinho da Páscoa) são resquícios
culturais da festividade de primavera em honra de Eostre que, depois, foram
assimilados às celebrações cristãs do Pesach, depois da cristianização dos pagãos
germânicos. Contudo, já os Persas, Romanos, Judeus e Armênios tinham o hábito
de oferecer e receber ovos coloridos por esta época. Ishtar tinha alguns rituais de
caráter sexual, uma vez que era a deusa da fertilidade, outros rituais tinham a ver
com libações e outras ofertas corporais.

Um ritual importante ocorria no equinócio da primavera, onde os participantes


pintavam e decoravam ovos (símbolo da fertilidade) e os escondiam e enterravam
em tocas nos campos. Este ritual foi adaptado pela Igreja Católica no principio do
1º milênio depois de cristo, fundindo-a com outra festa popular da altura
chamada de Páscoa. Mesmo assim, o ritual da decoração dos ovos de páscoa
mantém-se por todo o mundo, nesta festa, quando ocorre o equinócio da
primavera. A data cristã foi fixada durante o Concílio de Nicea, em 325 d.C,
como sendo “o primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após ou
no equinócio da primavera boreal”.

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Nós seguimos o princípio regulador do culto reformado esboçado pela nossa
Confissão de Fé, que não admite, no culto, ou qualquer tipo de celebração que
não tenha sido ordenado, expressa ou claramente inferido, das páginas das
Escrituras. Por isso, não comemoramos a Páscoa como os homens a instituíram,
não ousamos fazer o que Deus não ordenou, mesmo que seja com a melhor das
intenções.

Elaboração pelo:- Evangelista Isaias Silva de Jesus


Igreja Evangélica Assembléia de Deus Ministério Belém Em Dourados – MS

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