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30/03/2018 O Verdadeiro Sentido da Páscoa (Pêssach) | Ensinando de Sião

O Verdadeiro Sentido da Páscoa (Pêssach)

Páscoa  é  a  festa  que  marca  o  início  do  calendário  bíblico  de  Israel  e  delimita  as  datas  de
todas  as  outras  festas  na  Bíblia.  Páscoa  (Pêssarr,  em  hebraico)  significa  literalmente
“passagem”  (pois  o  Senhor  “passou”  sobre  as  casas  dos  filhos  de  Israel,  poupando­os.  Ex
12:27).  É  uma  FESTA  instituída  por  D­us  como  um  memorial  para  que  os  filhos  de  Israel
jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio D­us os libertou com
mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Ex 12). Páscoa fala
de memória, de identidade. O povo de ISRAEL foi liberto do Egito para poder servir a D­us e
ser  luz  para  as  nações.  Páscoa  é  uma  FESTA  instituída  para  que  jamais  ISRAEL  se
esquecesse  quem  foi,  quem  é  e  o  que  deve  ser.  Da  mesma  forma,    todos  os  que  são
discípulos  do  Mashiach  são  co­herdeiros  e  co­participantes  das  promessas  e  das  alianças
dadas  por  D­us  a  Israel,  pois  através  do  Evangelho  foram  enxertados  em  ISRAEL  e  são
parte do mesmo corpo (judeus e não­judeus), a Família de D­us (Ef 3:6). Daí, conforme o
ensino apostólico em I Co 5:8, os discípulos de Yeshua não­judeus podem e devem também
celebrar  este  memorial.  O  simbolismo  da  Páscoa  é  parte  da  mensagem  no  Novo
Testamento,  e  toda  a  obra  da  Cruz  se  baseia  no  evento  da  Páscoa  Judaica.  Yeshua  não
apenas é morto em Páscoa, mas ele simboliza o próprio CORDEIRO pascal (I Co 5:8), que
TIRA o pecado do mundo (Jo 1:29) e cujo sangue nos liberta, nos resgata da escravidão do
pecado e nos SELA como Seus filhos.  Nele (Yeshua), somos feitos NOVAS CRIATURAS sem
o fermento da malícia e da maldade. Como podemos ver, não se pode entender a obra da
cruz sem o conhecimento dessa que é a mais simbólica das Festas de D­us. Páscoa fala de
nossa LIBERTAÇÃO para servirmos a D­us.

Representação de um Sêder (jantar) de Pêssach dos dias de
Yeshua

Como os antigos judeus comemoravam esta data?
Segundo  Ex  capítulo  12,  Páscoa  deveria  ser  celebrada    com  um  jantar  familiar,  onde  um
Cordeiro seria assado e comido por todos. O jantar também deveria ter o pão asmo ou sem
fermento (matzá, em hebraico) e ervas amargas. O pão sem fermento nos ajuda a lembrar
que  na  noite  da  Páscoa  no  Egito,  comemos  às  pressas  e  o  pão  não  teve  tempo  de
fermentar. As ervas amargas nos lembram de como nossa vida era amarga quando éramos
escravos  de  Faraó.  Por  volta  do  ano  550  a.C.,  os  judeus  criaram  uma  seqüência  para  o
jantar  (chamada  de  Hagadá),  que  incluía  o  RELATO  do  Êxodo,  os  4  cálices  de  vinho  e  o
Charosset (pasta doce).  A intenção do mandamento (Ex 12:26) é que TODOS os membros
da  família  participem  das  narrativas  e  da  liturgia,  e  que  a  festa  seja  uma  ferramenta
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DIDÁTICA para se ensinar às crianças sobre como o Senhor nos libertou com mão forte do
Egito.  Yeshua,  quando  celebrou  seu  último  jantar  de  Páscoa  com  os  discípulos,  seguiu
exatamente  a  tradição  judaica  vigente  em  sua  época  e  até  os  dias  de  hoje.  Ele  utilizou
quase  todos  os  elementos  e  a  seqüência  que  temos  hoje  nos  lares  judaicos.  Não  apenas
isso,  mas  ele  utilizou  parte  da  tradição  criada  no  séc  VI  a.C.  para  institucionalizar  a  Santa
Ceia (um Kidush com simbolismo mais rico).

Existem adereços especiais que nos ajudam a ver como a Páscoa era comemorada?
A forma como desde o século VI a.C. os judeus celebram a Festa de Páscoa é praticamente 
a  mesma  de  hoje.  Na  mesa  temos  um  prato  especial  chamado  “Keará”.  Nele  dispomos  os
elementos  do  jantar:    Beitsá  (um  ovo  cozido  que  representa  a  oferta  de  Páscoa  feita  no
Templo – Chaguigá), o Zerôa (um osso de cordeiro que representa o Cordeiro Pascal – nos
lares judaicos tradicionais não se come cordeiro em luto à destruição do Templo), as ERVAS
Amargas (Karpás: batada cozida ou cebola – que representa o duro trabalho dos hebreus no
Egito;    o  Marôr:  gengibre;  e  o  Chazêret:  salsão),  e  o  Charôsset  (uma  pasta  doce  que  se
assemelha  a  um  barro  –  lembrando  do  barro  que  os  filhos  de  Israel  amassavam  no  Egito
para  fazerem  tijolos).  Além  dos  elementos  do  PRATO  KEARÁ,  temos  também  TRÊS  pães
ásmos e 5 cálices de vinho – cada um com um simbolismo diferente.

O Keará (prato de Pêssach) com os elementos do Jantar

Como as famílias devem hoje celebrar esta data?

Os  Judeus  (sejam  eles  crentes  em  Yeshua  ou  não),  celebram  esta  festa  da  forma  descrita
acima  pois  ela  é  um  estatuto  perpétuo  (Ex  12:14).    Para  os  judeus  crentes,  esta  festa  é
ainda mais especial, pois Yeshua é o nosso Cordeiro Pascal. Mas e os cristãos não­judeus?

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Temos  provas  históricas  que  a  Igreja,  até  meados  do  séc  IVd.C.,  celebrava  a  Festa  de
Páscoa  como  os  judeus  (com  pães  asmos  e  no  dia  14  de  Nissan)  –  I  Co  5:8  e  Cl  2:16.
Algumas obras Patrísticas também atestam a mesma coisa (Peri Pascha – Melito de Sardes
– séc II d.C.). Vejam o que escreve Polícrates, então bispo de Éfeso, sobre a celebração de
Pêssach. Ele estava argumentando contrariamente à decisão do Bispo de Roma, Papa Vitor
I, sobre a imposição de mudança da data e do simbolismo da Páscoa:

“Nós  observamos  o  dia  exato,  sem  tirar  nem  por.  Pois  na  Ásia  grandes  luminares  também
caíram no sono [morreram], (…) incluindo João, que foi tanto uma testemunha quanto um
professor,  que  se  deitou  no  peito  do  Senhor  e  (…)    Policarpo,  que  foi  bispo  e  mártir;
e  Tráseas,  bispo  e  mártir  de  Eumênia,  que  dormiu  em  Esmirna.  Por  que  precisaria  eu
mencionar  o  bispo  e  mártir  Sagaris,  que  se  deitou  em  Laodicéia,  ou  o  abençoado  Papirius
ou  Melito  (…)?  Todos  estes  observavam  o  décimo­quarto  dia  da  Páscoa  judaica  de  acordo
com  o  evangelho,  não  desviando  em  nenhum  aspecto,  mas  segundo  a  regra  de  fé.  E  eu
também, Polícrates, o menos importante de todos, faço de acordo com a tradição de meus
pais  (…)  E  meus  parentes  (07  outros  bispos)  sempre  observaram  o  dia  que  as  pessoas
separavam  o  fermento  (…)  Pois  os  que  são  maiores  que  eu  disseram  ‘Nós  devemos
obedecer a Deus ao invés dos homens…‘ (…)”.  Eusébio sobre a Carta de Polícrates de Éfeso
ao Papa Vitor I – História Eclesiástica – Livro V – Cap. 24

A  Pascoa  Judaica  só  foi  proibida  de  ser  celebrada  no  Concílio  de  Antioquia,  em  341  d.C,  e
demorou  quase  400  anos  até  que  as  pessoas  tivessem  deixado  de  vez  esta  tradição  dos
apóstolos.  Assim,  os  cristãos  de  hoje  deveriam  obedecer  ao  apóstolo  Paulo  e  seguir  o
exemplo  dos  primeiros  crentes,  realizando  em  suas  igrejas  e  em  suas  famílias  um  jantar
festivo, com pão sem fermento, o cordeiro assado e ervas amargas, para se lembrarem de
como a vida era amarga antes de conhecermos a Yeshua, e como ele nos RESGATOU com
mão forte das garras do inimigo e da escravidão do pecado, e nos fez NOVA CRIATURA sem
o fermento do pecado. Deveríamos todos celebrar neste dia como o SANGUE do Messias foi
derramado por nós, nos marcando e nos consagrando a D­us.

Um  detalhe  que  também  merece  destaque  é  a  ordenança  na  Torá  para  que  nenhum
ESTRANGEIRO/ESTRANHO (nechár –    )  participasse  da  celebração  de  Pêssach,  uma  vez
que  tal  fato  traria  juízo  sobre  a  vida  daquele  que  fosse  alheio  ao  evento  e  sua  conotação
material  e  principalmente  espiritual.  Se  algum  estrangeiro  ou  peregrino  (
 tosháv),  estivesse presente às vésperas de um jantar de Pêssach na casa de uma família
judaica, este teria que ser circuncidado para poder participar (Ex. 12:43­48). Logicamente,
este mandamento continua ainda em vigor. Porém, é importante lembrar das palavras dos
profetas de ISRAEL que apregoam que haveria um tempo onde o Eterno APROXIMARIA ao
seu  povo  (Israel)  outros  povos  mediante  a  sinceridade  da  escolha  em  se  GUARDAR  a  Sua
aliança. Vejamos:

“Porque  o  SENHOR  se  compadecerá  de  Jacó,  e  ainda  elegerá  a  Israel,  e  os  porá  na  sua
própria  terra;  e  unir­se­ão  a  eles  os  ESTRANGEIROS,  e  estes  se  ACHEGARÃO  à  casa  de
Jacó”. (Is 14:1)

“Aos  ESTRANGEIROS  (   )  que  se  APROXIMAM  ao  SENHOR,  para  o  servirem  e  para
amarem o nome do SENHOR, sendo deste modo servos seus, sim, todos os que guardam o
sábado, não o profanando, e ABRAÇAM A MINHA ALIANÇA, também os levarei ao meu santo
monte  e  os  alegrarei  na  minha  Casa  de  Oração;  os  seus  holocaustos  e  os  seus  sacrifícios
SERÃO  ACEITOS  no  meu  altar,  porque  a  minha  casa  será  chamada  Casa  de  Oração  para
TODOS  os  povos.  Assim  diz  o  SENHOR  Deus,  que  congrega  os  dispersos  de  Israel:  Ainda
CONGREGAREI outros aos que já se acham reunidos”. (Is 56:6­8)

Ou  seja,  o  próprio  ETERNO  aproximaria  e  enxertaria  em  seu  povo  ISRAEL,  OUTROS  povos
que  temem  o  SEU  nome  e  guardam  a  SUA  aliança.  Sabemos  que  a  obra  do  MASHIACH
YESHUA  consiste  exatamente  em  APROXIMAR  os  gentios  das  promessas  e  alianças  feitas
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pelo ETERNO a ISRAEL, fazendo­os CO­HERDEIROS e CO­PARTICIPANTES com ISRAEL. Tais
gentios, servos do D­us altíssimo mediante a OBRA do Messias, NÃO SE TORNAM JUDEUS,
mas  sim,  passam  a  fazer  parte  do  POVO  de  D­us,  juntamente  com  os  Judeus.  Vejamos
como  o  rabino  Shaul  (Ap.  Paulo)  explica  esse  princípio  para  gentios  crentes  no  Messias
Yeshua:

“Portanto, lembrai­vos de que, outrora, vós, gentios na carne, chamados incircuncisão (…),
naquele  tempo,  estáveis  sem  Messias,  SEPARADOS  da  comunidade  de  ISRAEL  e
ESTRANHOS  às  alianças  da  promessa  (…)  Mas,  agora,  no  Messias  Yeshua,  vós,  que  antes
estáveis longe, fostes APROXIMADOS pelo sangue do Messias. (…) E, vindo, evangelizou paz
a  vós  outros  que  estáveis  longe  e  paz  também  aos  que  estavam  perto;  porque,  por  ele,
ambos  temos  acesso  ao  Pai  em  um  Espírito.  Assim,  já  NÃO  SOIS  ESTRANGEIROS  ( 
nechár) ou  PEREGRINOS (   tosháv), mas concidadãos dos santos, e sois da FAMÍLIA de
Deus (…)”. (Ef 2:11­19 );

“…os  gentios  são  co­herdeiros,  membros  do  mesmo  corpo  e  co­participantes  da  promessa
através do Mashiach Yeshua,  por meio do evangelho; (Ef 3:6);

Os  Gentios  que  receberam  a  aproximação  e  remissão  de  suas  iniquidades  através  da  obra
do  Messias,  são  feitos  também  FILHOS  DE  ABRAÃO  e  também  são  HERDEIROS  da
PROMESSA, não mediante a descendência sanguínea ou pela CIRCUNCISÃO DA CARNE, mas
pela  fé:  ”  E,  se  sois  do  MASHIACH,  também  sois  descendentes  de  Abraão  e  herdeiros
segundo a promessa”. (Gl 3:29) Não é a circuncisão que purifica os gentios crentes em D­
us, mas a obra de redenção do Mashiach. Veja uma outra instrução do rabino de Tarso para
GENTIOS servos do Senhor Yeshua:

“Nele  (Yeshua),  também  fostes  circuncidados,  não  por  intermédio  de  mãos,  mas  no
despojamento  do  corpo  da  carne,  que  é  a  circuncisão  de  Cristo,  tendo  sido  sepultados,
juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no
poder  de  Deus  que  o  ressuscitou  dentre  os  mortos.  E    a  vós  outros,  que  estáveis  mortos
pelas  vossas  transgressões  e  pela  incircuncisão  da  vossa  carne,  vos  deu  vida  juntamente
com  ele,  perdoando  todos  os  nossos  delitos;  tendo  cancelado  o  escrito  de  dívida,  que  era
contra  nós  e  que  constava  de  DOGMAS  (δόγμασιν  “dogmas”  –  leis  NÃO­BÍBLICAS    que
desprezavam  o  não­judeu),  o  qual  nos  era  prejudicial,  removeu­o  inteiramente,
encravando­o na cruz;” (Cl 2:11­14).  Ou seja, esses gentios em Cristo não são, DE FORMA
ALGUMA, ESTRANHOS ou ESTRANGEIROS à fé no D­us de Abraão, Isaque e Jacó. Não são
peregrinos  nem  povos  inaptos  a  adorarem  a  D­us.  SÃO  TAMBÉM  FILHOS  DE  ABRAÃO
CONFORME A PALAVRA DOS PROFETAS DE ISRAEL.

Assim, o não­judeu que serve ao D­us de Israel através da obra do Messias Yeshua, não se
encaixa na proibição de Ex cap. 12, pois não é estranho nem estrangeiro em relação à fé e à
aliança de D­us com o seu povo. Ele foi aproximado e feito POVO de D­us juntamente com
os  judeus  (Is  14:1;  56:8).  Por  isso,  o  rabino  Shaul  ORDENA  a  celebração  de  Pêssach
também aos gentios no Messias em I Co 5:8.

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“Coelho” da Páscoa ou Matzá de Pêssach? Qual
é a verdadeira tradição Bíblica e Apostólica?

Ovo de páscoa… pode?

A Páscoa Cristã, oficializada pelos pais da Igreja Católica no séc IV d.C.,  foi instituída com o
intuito  de  substituir  a  Páscoa  celebrada  por  Yeshua  e  pela  Igreja  até  então.  Nos  países  de
língua anglo­saxônica a páscoa cristã é conhecida como “Easter”, mas nos países de língua
latina  a  palavra  “Páscoa”  foi  mantida  como  uma  transliteração  da  palavra  “Pêssach”,  em
hebraico).  O  nome  “Easter”  é  proveniente  de  uma  festividade  de  primavera  celebrada  por
Assírios,  Babilônios  (e  posteriormente  Celtas),  em  adoração  a  deusa  Ishtar  (ou  Oestre  no
mundo  nórdico).  Esta  era  a  deusa  da  fertilidade,  daí  ovos  e  coelhos  eram  usados  como
simbolismos.  Em  outras  palavras,  qualquer  historiador  ou  qualquer  enciclopédia  atestará
que a origem do ovo é pagã. Se temos a verdadeira Páscoa que era celebrada por Yeshua,
pelos apóstolos e pela Igreja até o séc. VI d.C, porque deveríamos adotar costumes pagãos
em  nossas  casas?  Será  que  Yeshua  endossaria  a  troca  de  ovos  enfeitados  e  coelhos  de
chocolates? Que cada discípulo de Cristo verdadeiro saiba discernir a Fé que vive e ensina à
seus filhos.

Shalom e Chag Pêssach Samêach a todos!

P.S Para ter acesso a toda a sequência do jantar (sêder) de Pêssach, bem como a instrução
de celebração com explicações dos  elementos e alimentos utilizados, adquira a Hagadá de
Pêssach. Clique aqui.

Autor: Matheus Zandona Guimarães
Nascido em 1977, Matheus é descendente de Judeus com origem na Itália e em Portugal. É
graduado em Comunicação Social (PUC­MG) tendo também estudado teologia com ênfase em
Estudos Judaicos (EUA) e Hebraico e Cultura Judaica (Israel). Atua como professor na
Sinagoga Har Tzion, em Belo Horizonte, desde 2001. Atualmente, é vice­presidente do
Ministério Ensinando de Sião – Brasil, diretor do CATES (Centro Avançado de Teologia
Ensinando de Sião), da TVSIAO.COM e um dos líderes da Sinagoga Har Tzion. Matheus é
casado com Tatiane e tem dois lindos filhos, Daniel e Benjamin. (facebook.com/mzandonna)

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