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Arte da Idade Média

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A arte da Idade Média insere-se no período que, convencionalmente, se chama de Idade Média. A Igreja
Católica assume neste período um papel de extrema importância filtrando todas as produções científicas e
culturais, fazendo com que muitas obras artísticas tivessem temática religiosa.

Estilos
'Periodização'
- Arte cristã do Império Romano do oriente, desde a transição da
capital para Constantinopla à sua conquista em 1453 pelos turcos.
Arte
- Influência da arte romana e da arte oriental.
bizantina
- Arquitectura religiosa (cúpula), pintura e mosaico de carácter
bidimensional e simbólico (ícones).
Período pré-românico
- Arte religiosa islâmica, extenso território (Pérsia, Síria, Turquia,
Egito, Norte de África, Sicília, Península Ibérica). Diversas
influências.
Palácios, mesquitas, arquitectura com base na geometria e
Arte
matemática, mármore, mosaico, azulejo, cerâmica, metal, iluminura.
islâmica
- Ornamentos com base em citações do Corão (arabescos),
espiritualismo, ausência da figura humana, abstraccionismo,
geometrização, padrões, motivos florais e vegetais.
Ver também: Arte mourisca
- Arte visigótica - Período da invasão pelos Visigodos da Península
Ibérica entre 415 e 711 d.C..
- Arte hibérnico-saxónica e Arte anglo-saxónica - Irlanda e Grã-
Bretanha, do século V ao século XII.
- Fusão artística céltico-germânica pela influência de tribos
Arte dos germânicas (estilo Hibérnico-Saxão de 600 a 800 d.C.) - Mosteiros,
povos joalharia, artefactos em metal, madeira, pedra de estilo animalista
germânicos imaginativo (abstraccionismo e organicismo). - Iluminura de carácter
ornamental, ausência de representação humana, geometrização e
elementos zoomórficos.

Ver também: Arte celta

Maior proximidade formal ao românico

Arte
- Período da dinastia franca dos merovíngios de c. 500 a 750.
merovíngia
- Período de Carlos Magno e seus sucessores.
- Arquitectura religiosa com pinturas murais, mosaicos, baixos-
relevos (Catedral de Aachen - capela palatina), surge a cripta com
Arte deambulatório, mosteiros.
carolíngia - Artes decorativas, marfins, joalharia, iluminura de forte dinamismo
de traço, energia ritmica.
- Herança céltico-germânica, inspiração na arte romana clássica,
espírito medieval, emocional.
- Alemanha, meados do século X a inícios do século XI. Sacro
Império Romano-Germânico: Otão I e seus sucessores. Estilo que
sucede ao carolíngio, do qual recebe grande influência, e que
antecipa formalemente o românico.
Arte
- Arquitectura vigorosa, maciça e de equilibradas proporções, portas
otoniana
de bronze em relevo.
- Escultura realista e expressiva. Iluminura de grande força e
intensidade, variedade de matizes, clarificação da mensagem,
hierarquia pela escala das figuras.
Românico e Gótico
-Alta Idade Média, Europa, entre século XI a século XIII.
- Arquitectura com influências romanas, arco de volta-perfeita,
abóbada, planta basílical, mosteiros (Ordem de Cluny), castelos,
estilo defensivo. Tectos em abóbada que substituíram os tectos de
madeira; Paredes muito espessas e por muito poucas janelas, todas
Arte
elas de pequeno tamanho; Paredes suportadas e consolidadas por
românica
contrafortes gigantes para dar sustentação ao edifício; A
consolidação dos arcos ser feita por meio de abóbadas de
cruzamento.
Ver também: Arquitectura românica | Escultura românica | Pintura
românica
- Baixa Idade Média, Europa, entre finais de século XII a finais de
século XV com diferenças locais e temporais.
- Catedrais, arco quebrado, abóbada de cruzaria, arcobotante, vitrais,
verticalismo, complexidade decorativa. O horizontalismo dos
edifícios de Artes, Gizelleter sido substituído pelo verticalismo; As
paredes serem mais leves e finas; Os contrafortes serem em menor
Arte gótica número; As janelas serem predominantes; A utilização do arco de
volta quebrada; A consolidação dos arcos ser feita por abóbadas de
arcos cruzados ou de ogivas; Nas torres (principalmente nas torres
sineiras) os telhados serem em forma de pirâmide.
- Arte religiosa citadina de ensinamento ao fiel, possibilitar ascensão
ao divino.
Ver também: Arquitectura gótica | Escultura gótica | Pintura gótica

- Portugal, estilo arquitectónico simultâneo a gótico final.


- Influência estilistica dos Descobrimentos, grande importância da
Arte
decoração; esfera armilar, motivos marítimos, cordas, elementos
manuelina
florais e vegetais.
Ver também: Mosteiro dos Jerónimos | Torre de Belém

Expressões artísticas
Arquitetura
Durante a Idade Média, os templos (igrejas, catedrais) e outros edifícios tinham planta de cruz latina ou em
basílica.

No estilo Românico os principais materiais utilizados para a construção de edifícios eram a pedra e o tijolo.
Na altura os tetos dos edifícios eram de madeira e, por causa disso, havia muitos incêndios. Por esta razão,
esses tetos de madeira foram substituídos por abóbadas. Devido a estas abóbadas (de estilo bizantino) as
paredes tiveram de se tornar espessas para sustentar tanto peso. Para as sustentar era necessário o uso de
contrafortes em abundância. Para que os edifícios não se desmoronassem, o uso de janelas e vitrais passou a
ser tão reduzido que quase não se notava os detalhes do interior dos edifícios, pelo facto de haver pouca
luminosidade.

No estilo Gótico os edifícios passaram a ser mais altos, mas menos extensos. Com o surgimento das
abóbadas de nervuras, através dos arcos ogivais, foi possível a construção de igrejas mais altas, com longas
torres. Esses arcos, aparentes no seu interior, ressaltaram a impressão de altura e verticalidade.

Outra novidade foram os pilares, que dispensaram as grossas paredes com janelas estreitas e permitiram a
construção de paredes com grandes áreas de vitrais coloridos.

Esses vitrais deixaram passar a luz do sol e criaram um ambiente interno cheio de cores, transmitindo
intensa espiritualidade.

A fachada gótica era feita com três portais, e cada um levava a uma nave diferente. Sobre o portal central,
era construída uma janela redonda chamada rosácea, uma marca do estilo gótico.

Literatura
Os Jograis passam a cantar históricos poemas dos Trovadores, descrevendo romances, duelos e brigas dos
Cavaleiros. Surgem então as Novelas de Cavalarias cujo texto feito pelo Trovador cantava os combates
entre vilões e heróis, raptos de donzelas e final feliz. As novelas de cavalaria constituem exemplo
expressivo da influência dos povos ibéricos na formação da cultura brasileira. Trazidas pelos Colonizadores,
essas narrativas acabaram se incorporando à cultura popular, principalmente a da Região Nordestina, onde a
literatura de cordel até hoje reflete essa influência.[1]

Dentre os vários tipos de Cordel, destacam-se os romances, lendas e folclore do Brasil.

Romance de cavalaria
Trovadorismo

Música
Música medieval é o termo dado à música típica do período da Idade Média durante a História da Música
ocidental européia. Esse período iniciou com a queda do Império Romano e terminou aproximadamente no
meio do Século XV. Determinar o fim da Era medieval e o início da Renascença pode ser arbitrário; aqui,
para fins do estudo de Música, vamos considerar o ano de 1401, o início do Século XV.
Melodia gregoriana - A rápida expansão do cristianismo exige um maior rigor do Vaticano, que unifica a
prática litúrgica romana no século VI. O papa Gregório I (São Gregório, o Magno) institucionalizou o canto
gregoriano, através de uma reforma litúrgica, que se tornou modelo para a Europa católica. A notação
musical sofre transformações, e os neumas são substituídos pelo sistema de notação com linhas a partir do
trabalho de vários sacerdotes cristãos, sobretudo, Guido D'Arezzo (992-1050); que foi o responsável pelo
estabelecimento de um sistema de notação musical com quatro linha, o tetragrama,[2] de onde se originou a
atual pauta musical de cinco linhas, o pentagrama. Foi ele, que no século XI designou as notas musicais
como são conhecidas atualmente, usando o texto de um hino a São João Batista (originalmente em latim),
onde cada estrofe inicia com uma nota musical: anteriormente, as notas eram designadas pelas sete primeiras
letras do alfabeto latino. Desse modo, as notas musicais passaram a ser chamadas UT, RE, MI, FA, SOL,
LA e SI. Posteriormente o nome DO substituiu o UT. O nome da nota SI formou-se das letras iniciais do
último verso do hino como pode ser visto a seguir:

Ut queant laxis Resonare fibris Mira gestorum Famuli tuorum Solve polluti Labii reatum Sancte Ioannes

Que significa:

"Para que teus servos, possam ressoar claramente a maravilha dos teus feitos, limpe nossos lábios impuros,
ó São João."

Referências
1. Luzdalva S. Magi (2014). «Das cantigas trovadorescas ao cordel» (https://conhecimentoliter
atura.com.br/as-origens-do-cordel/). Editora Escala. Conhecimento Prático Literatura (54):
44-49. ISSN 1984-3674 (https://www.worldcat.org/issn/1984-3674)
2. La ideia del norte (13 de dezembro de 2007). «Neumas» (http://www.laideadelnorte.com/200
7/12/13/neumas/) (em espanhol). Consultado em 18 de setembro de 2012

Bibliografia
BERING, Kunibert, Kunst-Epochen – Kunst des frühen Mittelalters, Reclam, Stuttgart, 2002,
ISBN 3-15-018169-0
CALADO, Margarida, PAIS DA SILVA, Jorge Henrique, Dicionário de Termos da Arte e
Arquitectura, Editorial Presença, Lisboa, 2005, ISBN 20130007
HINDLEY, Geoffrey, O Grande Livro da Arte - Tesouros artísticos dos Mundo, Verbo,
Lisboa/São Paulo, 1982
JANSON, H. W., História da Arte, Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, 1992, ISBN 972-
31-0498-9

Ver também
Perspectiva espinha de peixe

Ligações externas
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