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Módulo 3 – A Cultura do Mosteiro

1. Os espaços do cristianismo
1. Séculos IX – XII, da reorganização cristã da Europa ao
crescimento e afirmação urbanos
2. A Europa dos reinos cristãos; a geografia monástica da
Europa
3. O cristão São Bernardo (1090 -1153)
4. O mosteiro: uma vida própria com domínio do tempo e do
espaço
5. A coroação de Carlos Magno (800)
6. Os guardiães do saber
7. O poder da escrita; a iluminura, outra forma escrita
8. O canto gregoriano

2. Deus a fortaleza da Humanidade: as artes cristãs medievais

1. A arquitectura: dos primórdios paleocristãos à arquitectura


românica
2. A escultura românica: os poderes da imagem
3. As artes da cor: pintura, mosaico e iluminura
4. A Igreja de São Pedro de Rates (século XII); simplicidade,
rudeza e mensagem.
3. A Europa sob o signo de Alá: a arte muçulmana em território
europeu

1. A arquitectura áulica, religiosa e militar


2. A decoração arquitectónica e as artes ornamentais
3. A arte moçárabe

1.1. Séculos IX – XII, da reorganização cristão da Europa ao crescimento e afirmação urbanos

A queda de Roma, no século V, provocou na Europa uma crise em


vários aspectos: demográfico, económico, político, social, cultural,
religioso e artístico, até cerca do século X. Esta situação, levou à
formação do feudalismo e às consequências daí resultantes. A abertura
da Europa fez-se a partir do século XI, que propiciou a afirmação
urbana do século XII.

1.2. A Europa dos reinos cristão; a geografia monástica da Europa

A Europa dos reinos cristãos nasceu devido ao papel religioso,


doutrinal e civilizacional da Igreja que criou a cristandade, através da
sua mensagem espalhada pelas igrejas e mosteiros.

1.3. O cristão São Bernardo (1090 -1153)

São Bernardo representou um tipo de vida (ora et labora) regulado por


São Bento que se opôs à vida mundana.

1.4 O mosteiro: uma vida própria com domínio do tempo e do espaço

O mosteiro representou um tipo de vida (ora et labora) regulado por


São Bento que se opôs à vida mundana.
Exame 2018 2ª Fase
Exame Nacional 2015 2ª fase

o mosteiro como espaço fechado, autónomo do mundo exterior, que


materializa o ideal ascético da fuga
mundi abraçado pelos monges;
• o mosteiro como modelo/paradigma terreno do mundo celestial;
• organização segundo diversos espaços – claustro, scriptoria,
dormitório, refeitório, hortas, pomares,
estábulos, entre outros;
• vida marcada pela devoção a Deus, sendo a oração e o ofício divino
as principais obrigações dos
monges;
• vida monástica simples, frugal, despojada de bens materiais, definida
pela Regra de S. Bento;
• vida comunitária, havendo uma partilha entre os monges das
diversas tarefas inerentes à actividade do
mosteiro;
• aceitação de regras e respeito por valores como a humildade, a
obediência e o silêncio, decorrentes do
serviço a Deus;
• os monges como «guardiães do saber», dedicando-se nos scriptoria à
cópia e à conservação dos textos
antigos;
• igreja com planta basilical (cruz latina), simbolizando a cruz de
Cristo;
• orientação da edificação da igreja no sentido este-oeste.

1.5 A coroação de Carlos Magno (800)

Com a coroação de Carlos Magno ressurgiu o imperador do Ocidente .


conquistador, unificador e cultor das artes e das letras que promoveu o
Renascimento Carolíngio.
Exame Nacional 2014 1ª Fase

1.6 Os guardiães do saber

Com a queda do Império Romano, as estruturas físicas – bibliotecas,


escolas, desapareceram, a posse e o poder do saber passou para as
mãos da Igreja. Esta assimilou as heranças grega, romana e
muçulmana e cristianizou-as.

Exame Nacional 2015 1ª Fase

1.7. O poder da escrita, a iluminura, outra forma de escrita


O poder da escrita estava nas mãos da Igreja, especialmente nos
monges especializados também denominados de monges copistas, nos
seus scriptoria, trabalhavam na manufatura dos livros. Partindo das
iluminuras paleocristãs e das miniaturas árabes, oficinas de diferentes
regiões transformaram a iluminura numa outra formas de escrita.

Exame 2009 2ª Fase

os mosteiros constituíam núcleos de actividade cultural e artística,


principalmente na execução de manuscritos e
iluminuras, produzidos nas suas oficinas ou escritórios conventuais –
scriptoria;
• a iluminura constituiu a arte da cor mais elaborada do período
românico, pois o scriptorium permitiu a
especialização dos monges e uma produção dirigida a um público
mais exigente e culto;
• os monges copistas assumiram o papel de guardiães do saber, ao
serviço da difusão do Evangelho e da
conservação da herança cultural greco-latina;
• a cópia e a ilustração de livros religiosos e dos clássicos permitiu
preservar o conhecimento e o pensamento dos
Antigos;
• as iluminuras tinham como temas mais significativos as cenas
bíblicas, as representações dos apóstolos e dos
seus símbolos ou a representação do Cristo Pantocrator (Todo-
Poderoso).

1.8. O canto gregoriano

O canto gregoriano, resultou da reforma do Papa Gregório Magno, foi


aplicado à liturgia, contribuindo para que o canto a uma só voz se
tornasse mais um elemento místico.

2. Deus, fortaleza da Humanidade: as artes cristãs medievais

2.1. A arquitetura: dos primórdios paleocristão à arquitetura românica

Arte Românica

Arquitetura paleocristã

Arquitetura bizantina

Arte Bizantina e Paleocristã

A arte dos renascimentos carolíngio e otoniano

A arquitetura românica
Exame Nacional 2014 1ª Fase

• planta em cruz latina com três, cinco ou sete naves;


• transepto saliente;
• cabeceira (o lugar do altar) formada pela capela-mor, o
deambulatório e as capelas radiantes;
• edifícios compactos e maciços, construídos em blocos de pedra;
• arco de volta inteira ou perfeita;
• coberturas de madeira substituídas por abóbodas de pedra;
• cobertura em abóboda de berço na nave principal;
• cobertura em abóboda de aresta nas naves laterais;
• pilares robustos e grossas colunas;
• contrafortes adossados e chanfrados;
• luz rasante e difusa obtida através do clerestório, das frestas estreitas
e dos óculos.
A hegemonia da arquitetura religiosa (igrejas e mosteiros)

Os mosteiros

Exame Nacional 2017 1ª Fase

– fachada
• em Saint-Sernin de Toulouse, horizontalidade dominante própria
da arquitetura românica / em
Notre-Dame de Amiens, verticalidade dominante própria
da arquitetura gótica;
• em Saint-Sernin de Toulouse, poucas janelas, apenas frestas nas
paredes e uma rosácea simples
/ em Notre-Dame de Amiens, uma rosácea complexa e múltiplas
aberturas nas paredes;
• em Saint-Sernin de Toulouse, utilização do arco de volta perfeita /
em Notre-Dame de Amiens,
utilização do arco ogival;
• em Saint-Sernin de Toulouse, simplicidade ornamental / em Notre-
Dame de Amiens, excesso
ornamental nos arcos, nas arquivoltas e nas arcarias com esculturas;
• em Saint-Sernin de Toulouse, dois portais simples / em Notre-Dame
de Amiens, três portais
profundos com gabletes.
– planta
• em Saint-Sernin de Toulouse, planta basilical em cruz latina com
cinco naves / em Notre-Dame de
Amiens, planta basilical em cruz latina com três naves;
• em Saint-Sernin de Toulouse, transepto saliente / em Notre-Dame de
Amiens, transepto mais largo
mas menos saliente;
• em Saint-Sernin de Toulouse, cabeceira simples / em Notre-Dame de
Amiens, aumento da área da
cabeceira da igreja;
• em Saint-Sernin de Toulouse, cruzeiro mais próximo da abside / em
Notre-Dame de Amiens,
cruzeiro mais próximo do centro da igreja

A arquitetura civil – O castelo

Românico em Portugal
Exame Nacional 2010 1ª Fase

3.1. C

3.2.

robustez dada por paredes espessas e apoiadas em contrafortes;


• emprego de materiais locais – na zona de Coimbra predomina o
calcário;
• utilização do arco de volta perfeita;
• iluminação das igrejas a partir do janelão superior ou das
rosáceas;
• preponderância da arquitectura religiosa ligada a mosteiros ou a
grandes dioceses, como é o caso da Sé Velha de
Coimbra.

A escultura românica: os poderes da imagem

As artes da cor: pintura, mosaico e iluminura

A igreja de São Pedro de Rates: simplicidade, rudeza e mensagem


Exame Nacional 2019 1ª Fase

Resp.

2.1 C

2.2. A
Exame Nacional 2009 1ª Fase

a representação temática inspira-se, sobretudo, nos Evangelhos, tendo


uma clara intenção pedagógica e doutrinal
(difusão da doutrina cristã);
• o tímpano mostra um relevo de Cristo em Majestade na mandorla
mística;
• as arquivoltas são decoradas com motivos figurativos e
geométricos;
• os colunelos encontram-se esculpidos de alto a baixo com uma
grande variedade de motivos de forte peso
simbólico: relevos vegetalistas, animalistas e representação rígida e
imperfeita da figura humana (pormenor do
portal);
• os capitéis são decorados com figuras de animais míticos

Exame Nacional 2008 1ª Fase


1. O estilo arquitectónico é o Românico
1. C)
3. A Europa sob o signo de Alá: a arte muçulmana em território europeu

3.1. A arquitetura áulica, religiosa e militar

A arte muçulmana, apesar de ter adquirido as características artísticas


das regiões onde se fixou, apresenta uma unidade conceptual, imposta
pela religião e pelo poder político e, por isso, alguns princípios
estruturais e tipologias na arquitetura áulica, religiosa e militar forma
sempre mantidos. A decoração arquitetónica e as artes ornamentais
fizeram a ligação entre Antiguidade e o Ocidente.

Exame Nacional 2012 2ª Fase

R. D)
Arquitetura religiosa – mesquita, madrasah e mausoléu

Arquitetura civil (áulica) – palácio

Arquitetura militar – ribat

3.2. A decoração arquitetónica e as artes ornamentais

A decoração arquitetonica – os arabescos

Artes decorativas ou ornamentais, cerâmicas, azulejos, miniaturas e


tapetes.

3.3. A arte moçárabe

A Arte moçárabe é a arte produzida pelos cristãos que viviam na


Península Ibérica, mas sob a alçada dos muçulmanos. Desenvolveu-se
entre os séculos IX e XI e apresenta influências hispano visigóticas,
asturianas e muçulmanas.
Exame 11 Preparação para o Exame Nacional História da Cultura e das Artes 11º ano –
Porto Editora

grande sala de orações, o haram, como centro da mesquita;


• parede virada para Meca, a qibla, como elemento estruturante do
edifício;
• proliferação de colunas e de arcos (em ferradura ou de outros tipos)
nas mesquitas hipostilas (como é o caso da
mesquita de Córdova);
• pátio interno, ao ar livre;
• minaretes, torres da mesquita a partir das quais os fiéis são
convocados para a oração

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