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Românico e Militar

A arte românica em Portugal tem a ver com a conquista crista em XII e luta pela
independência face a Castela, entrou em Portugal por influência francesa.
O românico português possui dois tipos, construção de grandes catedrais nos centros
urbanos e pequenas igrejas nos espaços rurais, em especial no Norte, pois apareceu
numa comunidade agrícola, também por isso tem dimensões mais reduzidas na sua
arquitetura.
As qualidades da técnica dependiam da religião e da riqueza dos patronos.
Cidades como Porto, Braga, Coimbra e Lisboa tinham técnicas variadas e uma riqueza
da arte comparável com a europa, foram estas cidades e os mosteiros que
asseguraram a arte românica em Portugal. O material usado pela arte românica
dependia do existente em cada região.
A arte românica é caracterizada por paredes grossas, contrafortes salientes, pelo uso
da pedra aparelhada e pela sobriedade formal e decorativo. Uma única nave com
cabeceira redonda ou quadrangular, telhados em duas águas e arcos em volta perfeita,
relevos didáticos e decorativos, esculturas que serviam para transmitir ensinamentos
da vida de Cristo. Interiores escuros pela falta de janelas para o exterior.
A arquitetura militar, castelos e torre fortificados, para proteção da população, tinham
as técnicas românicas das igrejas. Os castelos residenciais, com residências no seu
interior, apareciam com uma construção solida e defensiva. Os castelos refúgio eram
contruídos em locais estratégicos, rochosos e perto das povoações.
Os edifícios religiosos dominam o Românico. Numerosas igrejas são construídas por
toda a Europa Ocidental: espaços maiores, naves com abóbadas, decoração esculpida
a acentuar a simplicidade e a espiritualidade destes monumentos.
O Românico simboliza a forte espiritualidade que marca todo o mundo do ocidente no
tempo das cruzadas e da reconquista.
Deus está no centro das preocupações do homem medieval e, a igreja católica faz da
arte uma inspiração religiosa e mais um braço do seu poder. Para muitos historiadores
o Românico surge em França, começa por ser difundido pelos monges de Cluny, as
ordens monásticas são aliás as grandes responsáveis pela sua propagação.
Constroem-se sobretudo igrejas, capelas e mosteiros com uma nova arquitetura ainda
influenciada pela arte romana: abóbadas de berço e de aresta, paredes grossas,
colunas a terminarem em capitéis cúbicos, decoração austera e janelas pequenas para
manter na penumbra o recolhimento da oração.
Em Portugal, a Sé de Coimbra é considerada o monumento mais expressivo do
Românico.
Gótico
Mais antigos, Mosteiro de Alcobaça e Claustro da Sé Velha de Coimbra, XII, Dimensões
modestas, Estruturas simples, janelas reduzidas em número e em tamanho, decoração simples,
contrafortes comuns,

Com o estilo gótico e a técnica de abóbada de de cruzaria de ogivas, permitiu libertar as


paredes do peso dos telhados e construir monumentos mais altos e com grandes janelas o que
permitiu a entrada de luz. Iniciou-se o uso de Rosáceas e vitrais.

Os edifícios góticos são edifícios de paredes finas e leves, o que representa o fim das
hostilidades e ao desenvolvimento económico, ocorre a construção de grandes igrejas nos
centros urbanos.

reinado de D. Dinis

Igreja do convento de Santa Clara tem estilo gótico, manuelino, barroco e rococó, no interior,
nave única com planta de cruz, transepto longo, no exterior, cabeceira poligonal e grande
rosácea radiante.

Igreja-fortaleza de Leça do Bailio, uma igreja fortaleza do estilo românico restaurada no


tempo do estilo gótico, é uma igreja que representa o religioso e o militar, tendo o seu interior
todo virado para o religioso, já o exterior apresenta muros sólidos, com ameias e contrafortes,
uma varanda para proteção da porta principal. Uma torre de 28 metros com matações e
janelas seteiras.

D. Afonso IV e D Fernando – Reformas Góticas – Sé de Lisboa e Igreja de S. Francisco


Santarém

Planta basilar em cruz latina, Transepto Saliente, Divisão do corpo em três naves, Abóbadas
ogivais com nervuras, exteriores compactos e fechados, austeridade na decoração exterior.

Mosteiro da batalha, composto por diferentes partes, heterogéneo e que teve a intervenção
de vários mestres de diferentes gerações. Tem uma planta convencional, as naves centrais e o
transepto são em abobada divididas por arcadas ogivais suportadas por grossos pilares, de
colunelos ininterruptos da base ao capitel, uso de arcobotantes laterais, construídos sobre os
telhados da cabeceira. Igreja da colegiada da Cossa Senhora da Oliveira, Guimarães, e Igreja
do Convento do Carmo, lisboa, Restauro da Sé da Guarda, Restauro da Sé de Silves.

Pintura Gótica em Portugal, Sec. XV,

Importação de obras de pintores estrangeiros pela nobreza, os artistas portugueses tem


formação no estrangeiro, arte portuguesa aceita as influencias estrangeiras, com vários
artistas estrangeiros a trabalhar em Portugal, aprendendo essas novas técnicas, podoas a uso
de forma própria e original.
A maior influencia da pintura gótica em Portugal veio da escola flamenga, que tinha
preferência na pintura sobre madeira de temas religiosos, no entanto tinham vários erros
técnicos tanto na apresentação das figuras com formas moldadas e cores duras.

S. Vicente atado à coluna, painéis de S. Vicente, painel dos frades, painel dos pescadores,
painel do infante (coroação de D. Afonso V), painel do Arcebispo, painel dos Cavaleiros,
painel das Relíquias

Todas estas obras góticas, representam uma homenagem a S. Vicente feita pela cidade de
Lisboa, representam toda a sociedade e valoriza-se a figura humana, bom detalhe na
composição das obras e cuidado na expressão das figuras, valorização da figura humana,
representa já um gótico tardia a abrir a porta à arte do renascimento.

Escultura gótica em Portugal

O principal centro de escultura gótica em Portugal foi Coimbra, a cidade tinha já experiência
desde a época romana, tinha também perto a pedreira de Ançã, Portunhos e Outil.

O rio mondego era excelente tanto para o transporte de pedra como para a exportação das
peças, tanto para dentro como para fora do país.

Em Coimbra existiam também muitas instituições que encomendavam esculturas, Igrejas,


Colegios, Nobres e membros da família real. Por esses motivos muitos dos artistas estrangeiros
fixaram-se em Coimbra.

Escultura de suporte de templos, Portais, Capiteis, Rosáceas

Tumulária, Sarcófagos, Arcas Tumulares, estatuas jacentes com expressão natural.

Os túmulos de D. Inês de Castro e D Pedro, no transepto da Igreja do Mosteiro de Alcobaça,


são considerados obras belas da arquitetura tumular do sec. XIV

Mestre Pêro, é o escultor de vários túmulos reais, no entanto a sua escultura tem
características próprias, excelente modelação dos corpos, preocupação com os adereços, as
cabeças são grandes em relação ao corpo, são rostos modelados, sem expressão, olhos
rasgados e queixo pequeno.

A mais importante escultura de Coimbra da sec. XIII e XIV é o Cristo Negro.

No final do sec. XIV começou a surgir em Coimbra um novo modelo de escultura, esculturas
maiores, corpo alto e magro, onde as roupas caem de forma natural, rosto com detalhe, este
novo tipo de escultura pode ser obra de um escultor francês ou com formação na arte
francesa.

Diogo Pires o velho – Túmulo de Fernão Teles de Meneses, na igreja do Mosteiro de S.


Marcos, Coimbra, ao gosto italiano, aberto por dois tenentes e modelo vegetalista.

Nos finais do sec. XV as oficinas de Coimbra têm muito trabalho e vários artistas a assinar
obras.

Manuelino
Mosteiro dos Jerónimos, Convento de Cristo, Igreja de Jesus
Ocorreu em Portugal nos finais do sec. CV e início de XVI, nos reinados de D Manuel I e D João
III

O Manuelino é um estilo arquitetónico português, associado às descobertas e expansão


marítima portuguesa, integra-se no estilo do gótico final com elementos decorativos típicos
portugueses, nacionais, marítimos e naturalistas.

Nacionais: Cruz de Cristo, esfera armilar e escudo de D Manuel.

Naturalistas: trocos, cachos de unas, folhas de loureiro.

Marítimo: redes, conchas, cordas, nós, algas.

Diogo Botaica – Igreja de Jesus, Setúbal

– Mosteiro dos Jerónimos

– Mosteiro da Batalha

Política de proteção às artes de D Manuel I – promoveu ativamente o desenvolvimento


Cultural

Mateus Fernandes – Mosteiro da Batalha

Diogo Arruda – Convento de Cristo

Francisco Arruda – Sé de Elvas

– Torre de Belém

Pintura com a política de proteção às artes de D Manuel I

A arte da pintura em Portugal desenvolveu-se no início dos anos quinhentos com a importação
de obras estrangeiras, da Flandres, a chegada a Portugal de pintores vindos da Flandres, com
seus estilos e técnicas e a ida de pintores portugueses ganhar experiencia em oficinas
europeias. Com a criação de escolas de artes em Viseu, Coimbra e Évora.

As Pinturas eram feitas por vários artistas, cada um era especialista num tema, Mestres,
Artistas e aprendizes, uns especializavam-se na figura humana, outros nas paisagens e formas
arquitetónicas, no ambiente interior, nas roupas.

As pinturas eram caracterizadas por tratamento realista de retrato e das paisagens, cores
intensas, representação ao pormenor das roupas, tapetes, peças de ouro, tudo o que pudesse
refletir a elegância da alta sociedade da época. Levar o olhar a ver tudo o que é sensível e
observável.

Pinturas com influência Flamenga que colocavam o ser humano no centro das atenções e no
seu relacionamento com o mundo.

Escultura no Manuelino
Esculturas bem ornamentadas, com bastante diversidade, verificando-se nesta época um
aumento das encomendas.

Renascimento
Enquanto na Europa o estilo renascentista já dominava, em Portugal continuava-se a utilizar o
Gótico com o acrescento Manuelino.

O renascimento em Portugal era formado por simplicidade das nervuras das abobadas de
cruzaria, utilização das abobadas de berço e as modernas, coberturas planas, igreja salão.

Diogo Pires o Moço representa a passagem do gótico ao renascimento em Coimbra, com a


influência da Flandres, nos escudos heráldicos, nos cabelos ondulados, no gosto pelo detalhe,
passou a incluir grotescos e medalhões, trabalhou muito com tempo com Nicolau
Chanterenne do qual foi influenciado.

No início do sec. XVI existem duas correntes de escultura em Coimbra, uma com Diogo Pires o
Moço e seus seguidores, outra com Oliver de Grand e seus seguidores, onde se encontra Jean
de Ypres.

Oliver de Grand terá vindo de Toledo para Coimbra onde fez o retauro da Sé Velha com um
estilo gótico final.

Arquitetura

Quando o renascimento chegou a Portugal, pode-se verificar as características, balaustrada,


arco de roda perfeita, cornija, colunas, decoração naturalista.

Igreja da Graça, Évora e Igreja Nossa Senhora da Conceição, Tomar

Escultura

João de Ruão - Túmulo de D Luís da Silveira

Porta principal do Mosteiro dos Jerónimos

Nicolau Chanterenne – King Manuel I e St. Jerome

– Natibity scene

– Queen Mary and St. John the Baptist

Nicolau Chanterenne artista vindo da Normandia, trouxe para Portugal influencias da arte
espanhola, tinha um gosto pelo naturalista, clássico e italianizado, era detentor de uma grande
capacidade técnica no tratamento da anatomia. Os seus trabalhos demonstram naturalismo,
movimento dos corpos, harmonia das proporções, com poucos relevos nas vestes.
Ordart artista francês, vindo de Toledo, chegou a Portugal em 1529, para fazer e escultura da
última Ceia, grupo dos apóstolos em barro, para o refeitório da Santa Cruz de Coimbra, eram
esculturas com rostos expressivos, muitos realistas, linhas angulares, barbas e cabelos revoltos
e ondulados, maxilares fortes e veias salientes.

João de Ruão instalou-se em Coimbra, era escultor e arquiteto, foi o mais produtor de todos
os artistas, deixando vários discípulos. António Fernandes, António Cordeiro, António Gomes,
Tomé Velho e seus próprios filhos, Simão de Ruão e Jerónimo de Ruão.

As suas imagens eram trabalhos apoiados no naturalismo, posições do corpo reais, vestuário
bem aplicado à escultura, com diferenças entre as várias esculturas mesmo tratando-se do
mesmo tema. Contribuiu para a reforma católica, pois uma imagem era mais elucidativa que o
sermão do padre.

Nicolau Chanterenne, Ordart, João de Ruão, são o grande exemplo das esculturas no inicio do
renascimento em Portugal, procuram estudar o ser humano e a sua vida, e colocar nas suas
esculturas os seus sentimentos e atitudes.

Portugal sendo um país periférico, dificulta uma linha evolutiva ligada à europa, toda a obra
que representa uma quebra com o estilo anterior vem por artistas estrangeiros que trazem o
estilo dos seus países de origem ou de artistas portugueses que estudaram em escolas, oficinas
estrangeiras.

Os mestres atraídos pelo cosmopolitismo que Lisboa oferecia, deslocavam-se para cá e eram
requisitados os seus serviços, tanto por reis, bispos ou mecenas.

Maneirismo
Pintura

Imagens complexas, dinâmicas e curvas, Ilusão de ótica e sentimentalismo, Parte dos objetos
podem sair fora da imagem, objetos mais pequenos que a realidade, contrastes cromáticos
fortes, , expressões e corpos tensos e alterados, sofrimento no rosto.

Arquitetura

Rutura completa com a arquitetura clássica, foram introduzidas irregularidades e consolas


entre as janelas, exagero na decoração, colunas cobertas com pedra almofadada, salas
estreitas e longas, silharia rude. Usado em Palácios, bibliotecas e igrejas.

Escultura

Perca do rigor e do realismo, são privilegiados os sentimentos, a subjetividade, a sensualidade,


os efeitos plásticos e decorativos. A escultura optava por estatuas de grande dimensão com
funções representativas e decorativas dando mais visibilidade ao profano que ao religioso. A
escultura não obteve o mesmo êxito que a pintura e arquitetura.

Arte Barroca
A arte barroca características:

Gosto pelo espetáculo, pela emoção e pelo movimento. Curvas e contra-curvas. Múltiplos
adornos, contrastes de cor, luz e sombra.

Sensualidade das formas, ausência de espaços vazios. Apelo às emoções.

Afastamento do realismo e da simplicidade da arte do renascimento. ~

É uma arte que demonstra a grandeza, o irracional, junta-se à contra-reforma para mostrar a
grandiosidade da igreja.

A arte barroca surgiu em Portugal 1580 quando Portugal esta sob domínio espanhol e durou
ate 1756, teve o seu maior desenvolvimento no reinado de D João V, por isso o barroco em
Portugal é chamado de barroco joanino.

A afluência de ouro do Brasil permitiu que D João V mandasse vir artistas estrangeiros e
pudesse mandar fazer várias obras de arte.

Arquitetura

Johann Friedrich Ludwig Ludovice - Convento de Mafra, com uma biblioteca de 88 metros de
comprimento.

Manuel da Maia, início e Carlos Mardel - Aqueduto das aguas livres

Igreja da nossa Senhora do Carmo, Faro e igreja de Almancil, Loulé

Mas foi no Norte que o barroco mais se destacou:

Nicolau Nasoni - Torre dos Clérigos, porto, Solar de Mateus em Vila Real

Biblioteca da universidade de Coimbra, Palácio do Freixo, igreja e escadaria dos cinco sentidos
do Bom Jesus em Braga e Santuário da nossa Senhora dos remédios em Lamego.

Escultura

As obras mais ricas do barroco foram na escultura com estátuas e talha dourada.
Os artistas portugueses mostraram o seu trabalho em talhas douradas, azulejos e estatuas que
davam uma aparência mais requintada a igrejas, salões, escadarias e jardins.

Pintura e música

Pintura Móvel - Tela e Cavalete

Três tipos - Classicismo, Realismo, Naturalismo

Regras: Religião, Profano/Mitológico, Retrato, Paisagem, cenas de gênero e Natureza morta

Pintura Mural - Frescos utilizados nas paredes e tetos das igrejas e Palácios

Regras: pinturas de frescos em temas religiosos, mitológicos e laicos, com o objetivo de


decorar.

Tipos: Grandiosidade, ilusão e movimento, cenas religiosas, uso da perspetiva para disfarçar a
realidade, ilusão ótica, imitação das pinturas das telas e dos cavaletes para as paredes e tetos.

ARTE ROCOCÓ
Características: Gosto pela liberdade, sentido irreverente, arte intimista, artificial, efeitos
fantasiosos, gosto pelas cenas eróticas e sensuais, relogios de sala, moveis com imbuídos,
cortinados exuberantes e tapetes exóticos.

Temas: luxuosos, arquitetura marcada por exagerada decoração tanto interior como exterior.
Escultura retrata personagens da época.

O Rococó distingue-se do barroco pela sua leveza e delicadeza, os temas do barroco eram
temas religiosos e de estado, no rococó eram temas do dia a dia.

As cores são claras, azul, amarelo, verde, rosa.

A arte rococó entrou em Portugal por um artista alemão, Johann Friedrich Ludwig Ludovice
que construiu o Convento de Mafra, mais precisamente o estaleiro que serviu de escola a
vários escultores portugueses.

Joaquim Machado de Castro - escultura alegórica da estátua equestre de D José na praça do


Comércio.

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