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Resumos- teste de arte medieval

1. Arquitetura carolíngia - tipologias:

Na escultura ou arquitetura monumental a escala tem um valor simbólico. Aquilo que é


maior, é mais importante.

Carlos Magno- imperador em 800; promove o Renascimento Carolíngio (representa o 1º


Renascimento na Europa). A primeira coisa essencial para que o seu império funcionasse
era ter funcionários que soubessem ler e escrever.

A partir do edifício Aix-La-Chapelle, os edifícios seguiram a planta centralizada como


privilegiada para os espaços funerários.
Nesta arquitetura aparecem os capitéis corintizantes, que eram uma tentativa de imitação
de um capitel coríntio.

Arquitetura monástica- segue a Regra Monástica

Sala do Capítulo- sala onde a comunidade dos monges se reúne para resolver todos os
problemas.

Tonsura- corte arredondado dos cabelos no topo da cabeça, usado pelos clérigos.
Arquitetura carolíngia- O termo refere-se assim à arquitetura nos séculos VIII e IX no
império carolíngio, que abrangeu na sua máxima extensão grande parte da Europa
Ocidental durante o reinado de Carlos Magno. Influenciada na tradição romana e nas
influências bizantinas, a arte carolíngia foi humana, realista, figurativa e monumental. As
construções possuíam exteriores maciços, pesados e severos e interiores ricamente
decorados com pinturas murais, mosaicos e baixos-relevos. Algumas igrejas
apresentavam uma construção acoplada que abria em tribuna para o interior (local onde
o imperador assistia aos ofícios) e, exteriormente, funcionava como um pórtico, ladeado
por duas torres.

2. A Arte dos metais preciosos e do marfim:

Tesouro- Para Michel Pastoureau, o tesouro é um conjunto de bens móveis, preciosos,


possuídos pelo detentor de um poder importante, ou seja, uma expressão simbólica do
poder. Para os reis, nobres, catedrais, abadias, mostrar o tesouro era um ritual.

-Valioso/importante; “valor simbólico”; guardado (entesourar); posse limitada;


“história”; conjunto de bens; busca de enriquecer, etc.

Bens que constituíam tesouros na Idade Média:

• Relíquias;
• Objetos de culto;
• Metais preciosos;
• Jóias;
• Pedras preciosas;
• Armas militares;
• Vestuário de luxo;
• Peles de animais;
• bric a brac;
• Livros;
• Cartas;
• Instrumentos musicais;
• Objetos mecânicos;
• Animais (mortos ou vivos, selvagens ou domésticos).
Por um lado, entesouravam-se os tesouros, mas por outro lado, oferecer um tesouro era
algo recorrente e importante a fazer. Ontológico- a realidade do tesouro muda consoante
a quem já pertenceu.

Relicários- locais onde se guardavam relíquias de santos.

Marfins: eram retirados de diversos animais (elefante, rinoceronte, etc.). O elefante era o
animal favorito porque era considerado o grande inimigo do dragão.

As molduras serviam para prestigiar o que estava contido na imagem – imagens narrativas
(contêm uma história ou uma série de acontecimentos). Normalmente as imagens
medievais apresentam-se como contíguas, umas a seguir às outras.

3. A escultura românica:

Românico: Aparecimento e desenvolvimento da escultura monumental ou arquitetónica,


nomeadamente, no portal, na fachada, nos capitéis e nos claustros.

Arte românica é o estilo artístico vigente na Europa entre os séculos XI e XIII, durante o
período da história da arte comumente conhecido como "românico".

A pedra era, geralmente, policromática.

Criptas- eram espaços subterrâneos que serviam para guardar relíquias.


A fantasia decorativa afirma-se sobretudo nas arquivoltas, colunas e consolas dos portais
ou janelas, frestas e rosáceas, atingindo a maior diversidade nos capitéis dos claustros,
naves e frontarias.

Também poderiam decorar escultoricamente túmulos ou sarcófagos.

Figuras introduzidas nos capitéis corintizantes: humana e animal (bestiários).

Desenvolvimento do monaquismo (relacionado com os conventos) - Regra de São Bento.

Peregrinação (implica a existência de igrejas de peregrinação): Jerusalém; Santiago de


Compostela; Roma.

Chartres: (casa em frente à catedral, século XII):

• A principal arquitetura que nos chegou até hoje foi a arquitetura religiosa.
• Trabalho escultórico nas janelas/molduras.

Igreja de Saint Trophine:

• A fachada faz lembrar um arco do triunfo.

La Madeleine de Vézelay:

• Foi das primeiras igrejas restauradas por Viollet le Duc.

Fachada Harmónica- Organização do espaço: melhoria na construção; abobadamento


com bons suportes.

-A figuração humana e animal nos capitéis é importante porque dá para representar uma
série de histórias – diversidade de imagens nos capitéis românicos.

Claustro Moi Ssac:

• Claustro adossado à igreja;


• Espaço de visitações (os abades);
• Espaço de liturgia, de procissões e de leitura;
• Ao centro existia uma fonte com água – a comunidade monástica dominava a rede
hidráulica;
• Aproveitamento da botânica para fins medicinais.
No fundo, o claustro era um espaço multifuncional. A água que chegava ao mosteiro fazia
um percurso: igreja, fonte do claustro, cozinha e latrinas. O claustro é um sítio
privilegiado para receber escultura porque era um sítio iluminado e porque as colunas não
eram muito elevadas, o que permitia às pessoas uma fácil visibilidade.

Os capitéis que eram esculpidos tinham os seus elementos contidos e concentrados numa
superfície, sem que nada fosse para além desse espaço – Lei do Quarto.

A arte românica tem a presença de simetrias e de composição entre os diferentes


elementos.

As imagens (esculturas) de vulto eram desenhadas de modo naturalista. O naturalismo é


uma atitude que se verifica em diferentes épocas e períodos.
Elementos arquitetónicos em miniatura- microarquitetura

A escultura românica apresenta tipos e não corpos reais. Não estavam interessados na
individualidade.

Quando as figuras estão representadas frontalmente, isso demonstra uma atitude de força.
Capitéis corintizantes:

Escultura:
Bestiário:

Relicário:

Caraterísticas da arquitetura românica: construções sólidas, paredes grossas, com


contrafortes ao estilo de fortificações com recurso a ameias; fachadas lisas e simples,
poucas janelas; interiores escuros, sombrios e simples; uso de arcos redondos ou abóbadas
perfeitas (também designadas abóbadas de berço); uso da cruz latina como planta,
geralmente com três naves (central e duas laterais mais escritas).
Escultura românica: A escultura românica está ao serviço da arquitetura. Por exemplo, na
porta das igrejas a área mais ocupada pelas esculturas era o tímpano. As esculturas eram
imitação de formas rudes, curtas ou alongadas, ausência de movimentos naturais. A
escultura românica tinha sempre muito presente o tema religioso, com cenas da vida de
Cristo ou passagens da Bíblia.

4. A Arquitetura dos cistercienses:

Citeaux Cister: 1098 – Robert de Moleme – queriam seguir a regra de São Bento.

“Casas filhas” de Cister: La Ferté; Claraval; Pontigny; Morimond. Tudo entre 1112-1115.

Sob o ponto de vista da arquitetura as coisas mudam em cerca de 1123/1125, com a carta
a Guilherme de Saint Thierry – critica a inclusão da escultura na arquitetura; é um
documento de ordem ética.

Também pode ser chamada arquitetura Bernardina, relativa a Bernardo de Claraval.

Abadia de Fonteney:

• Ausência de escultura arquitetónica;


• É uma arquitetura austera, mas não pobre;
• A beleza da arquitetura é dada pelas proporções, pela simplicidade.
Varietas- variedade / curiosidade

Os cistercienses tinham bem assente a noção de ritmo e de módulo.

Para os cistercienses a sua arquitetura não se reduzia a um único tipo de planta.

Plano Bernardino- um tipo de planta que seguia um módulo que era repetido, que definia
toda a vida de um monge.

Planta unicom – planta quadrada (cistercienses).

Irmãos Conversos- tipo de monges com uma vida diferente. Mais trabalho manual. Uma
das novidades que aparece na arquitetura das plantas dos cistercienses é a “ruela” dos
conversos numa das galerias do claustro. A outra é a colocação do refeitório perpendicular
à galeria do claustro.
Os cistercienses não eram muito interessados nas casas femininas, por isso não existiam
muitas.

Uma das atividades dos monges era arranjar lenha/madeira, para diversas coisas.

Os mosteiros cistercienses são apenas e só para os monges. Exceção feita a algumas


visitas especiais.

Os séculos XIII e XIV constituem, em Portugal, séculos de expansão da arquitetura


monástica e conventual femininas que, partindo de modelos da arquitetura realizada para
homens, acabam por exibir várias especificidades, nomeadamente – e fruto da procura
contemporânea da institucionalização da clausura nas comunidades religiosas femininas
– a criação de dispositivos arquitetónicos de separação das comunidades do mundo
exterior.

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A corrente beneditina, apesar do vigor, conhecerá duas reformas na Idade Média: em 910,
com Cluny, e em 1098, com Cister, os dois polos irradiadores do monaquismo medieval.
A primeira era eminentemente litúrgica e rica, a segunda humilde e agrária. Ambas,
porém, ajudaram a "construir" a Europa e a sua identidade.
-Ordem de Cister: Ordem de Cister, ou Ordem Cisterciense, é uma ordem religiosa
monástica católica beneditina reformada. Aos seus membros religiosos de clausura
monástica dá-se o nome de monges (ou monjas) cistercienses, ou monges brancos, como
ficaram conhecidos devido à cor do hábito.

-Ordem de Cluny: A Ordem de Cluny é uma ordem religiosa monástica católica que se
originou dentro da Ordem de São Bento, na cidade francesa de Cluny, no chamado
movimento monacal. Baseava-se na Regra de São Bento.

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