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História A- A produção cultural

-Distinção social e mecenato


Crente na superioridade do ser humano e no
poder do indivíduo, o tempo do Renascimento viu
nascer uma atitude otimista de exaltação da vida,
pouco habitual na Idade Média. A alegria pela
existência foi particularmente notória nas elites
sociais, cortesãs, que reuniam nobres e burgueses
em busca de ascensão.
Eram rodeados de luxo, conforto, beleza e
sabedoria, as elites ostentavam vestes
sumptuosas, ricos palácios, consumiam requintadas
iguarias e investiam em obras de arte e nas suas
bibliotecas, pelo que se converteram em focos de
mecenato. Os intelectuais e artistas, que recebiam proteção e encomendas
dos soberanos e das elites, chamada de mecenato, esta prática testemunha
o alto apreço pela criação intelectual e artística. Simultaneamente, os
mecenas, movidos pela vaidade pessoal, procuravam com as obras que
patrocinavam, deixar o seu nome imortalizado. Encomendavam:
● manuscritos antigos, obras literárias;
● projetos arquitetônicos, estátuas, túmulos,
retratos, pinturas a fresco…
O elevado apreço e prestigio que o
Renascimento sentia pelos seus intelectuais e
artistas ,considerados seres superiores
porque criadores.
-Os caminhos abertos pelos humanistas
Os humanistas foram os intelectuais do
Renascimento, destacando, por exemplo, na
poesia, na retórica, na filosofia, no teatro. Nestes ramos defenderam a
excelência do ser humano , que consideravam um ser bom, perfeito e
responsável. Transmitiram, portanto, o ideal do antropocentrismo.
Antropocentrismo
● nova atitude intelectual que considera o Homem no centro do que
acontecer. Sendo criado por Deus, o Homem fará, com as suas
capacidades, o que entender. Responsabilizando assim o ser humano
pelas suas próprias ações, coisa que não acontecia no teocentrismo.
-Valorização da Antiguidade Clássica
Os humanistas alimentaram uma paixão pela Antiguidade Clássica ao
considerarem que as suas obras literárias continham as verdadeiras
sabedorias e beleza. Ao acreditarem que os copistas medievais adulteraram
os textos e o pensamento dos clássicos, os humanistas aprenderam as
línguas clássicas (latim e grego), além disso aprenderam o hebraico que
facilitou o conhecimento do Antigo Testamento. Com um grande rigor
linguístico, os humanistas fizeram renascer as letras antigas e a mensagem
bíblica. A imprensa e o mecenato auxiliaram na expansão da cultura
antiga.
Classicismo
- tendência estética que busca inspiração nos modelos da Antiguidade
Clássica (greco-romana).
Individualismo
- valorização das características únicas de cada indivíduo (pessoa).
● Os “pensadores” trocam informações por cartas, mas todos eles
tinham como principal preocupação o Homem, ou seja os
humanistas, que ao contrário da Idade Média que os pensadores
estavam concentrados nos assuntos religiosos.

A arte do renascimento
-Escultura renascentista
❖ Estudo+ Planeamento+ Técnica
❖ Estudo da Antiguidade Clássica
- Libertação da escultura em relação à arquitetura, ou seja a
Autonomização da escultura é quando, diferente da idade
média , a escultura passa de um elemento de decoração e
começa a valer por si própria.
❖ Domínio técnico- formas, proporções, geometria,
perspectiva e leis matemáticas.
Caracteriza-se por:
- Realismo - Simetria
- Expressividade - Rigor
- Naturalismo - Harmonia

Escultores:
Miguel Ângelo
Donatello
Verrochio
Ghiberti
Della Robbia
-A pintura renascentista
Classicismo→ gosto e inspiração nos modelos clássicos
- Naturalismo- o gosto pela representação da Natureza (montanhas,
árvores, animais, pessoas…)
- Idealismo ( Inspiração nos gregos)
- Realismo ( Inspiração nos romanos)
Rigor anatómico→ constante na pintura e na escultura

-Inovações técnicas
➔ novos materiais, ex.: a pintura a óleo que conheceu grande
aceitação pela durabilidade, possibilidade de retoque e variedade de
matizes e gradações de cor que permitiam ver pormenores e efeitos de
luz e sombras jamais conseguidos.
➔ novas técnicas
➢ representação da 3º dimensão =profundidade, a
perspetiva representa uma autêntica desmontagem do
conceito medieval de espaço.
- perspetiva linear→ “ponto de fuga”
- perspetiva aérea→"sfumato"(graduação de cores)
➔ proporção, projetar a pintura a partir de uma medida-padrão (módulo)
-Inovações temáticas
Além dos temas tradicionais (religiosos, personagens importantes)
➔ temas do classicismo (deuses e figuras mitológicas; pensadores e
filósofos).
➔ temas da Natureza (naturalismo)
➔ pessoas (individualismo)
Pintores:
Leonardo da Vinci
Miguel Ângelo
Ticiano
Bellini
Rafael
Jan Van Eyck
-A arquitetura renascentista
Características gerais :
➢ Simetria absoluta
➢ Matematização/Geometrização rigorosa de espaço arquitetônico a
partir de uma medida-padrão. As relações proporcionais,
estabelecidas entre as várias partes do edifício ( nave central e lateral,
transepto, cruzeiro…) estenderam-se, igualmente, às suas medidas
principais, altura, largura e profundidade (comprimento). Cubos e
paralelepípedos eram as formas ideais para a integração das estruturas
arquitetônicas.
➢ Classicismo
➢ Retornaram as linhas e os ângulos retos, tal como o predomínio da
horizontalidade do edifícios,
Elementos arquitetônicos
A arquitetura é moldada pela concessão
antropocêntrica.
❖ arcos de volta perfeita
❖ colunas e pilastras clássicos (ordens)
❖ abóbadas de berço e de arestas
❖ cúpulas
❖ frontões triangulares
❖ medalhões e os grotescos
Elementos decorativos
➔ frisos
➔ cornija
➔ balaústres

Arquitetura civil- Palácios e


villae, habitações
destinadas ao conforto
terreno dos privilegiados.
A arte em Portugal: o gótico manuelino
Manuelino
- Arquitetura e decoração arquitetônica/escultórica do gótico final.
Caracteriza-se pela mescla de vários subestilos e elementos decorativos:
★ gótico flamejante, o plateresco e o mudéjar hispánicos;
★ Naturalismo (troncos, ramagens, flores, conchas, algas, corais,
bolas,cordas);
★ símbolos régios, escudo real, esfera armilar cruz da Ordem de Cristo;
★ o exotismo de colunas e colunelos torsos ou espiralados;
★ a simbólica cristã (martelo, pregos)
Arcos Manuelinos:

Na decoração, o Manuelino caracteriza-se pela exuberância das formas


naturalistas, em que os motivos marinhos se conjugam com a vegetação
terrestre.

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