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Cristianismo e a Arquitetura

Thomas Woods A arte, a arquitetura e a igreja


A herança artística do Ocidental está de tal maneira identificada com imagens católicas, que
se torna impossível negar a influência da Igreja neste domínio.
Nos séculos VIII e IX assistiu-se ao surgimento e desenvolvimento de uma heresia destrutiva
designada por Iconoclastia.
Iconoclastia era uma heresia que recusava a veneração de imagens, ícones e figuras
religiosas, chegando ao ponto de rejeitar por completo a produção de imagens de Cristo e
dos santos.

Teve origem no Império Bizantino, embora se tenha apresentado como uma doutrina que
todos os crentes em Cristo tinham a obrigação de aderir, sob pena de heresia;
Foi introduzida pelo imperador bizantino Leão III, embora não se saiba a razão, acredita-se
que o encontro dos bizantinos com o islão, tenha sido a principal influência para esta
posição.
Facto de perderem as guerras estava relacionado a um suposto castigo que Deus lhes
estaria a dar por o facto de estes usarem ícones. Pois o islão não tinha fotos de Maomé e
estes venciam todas as guerras.
As imagens artísticas de Cristo eram um reflexo da doutrina católica da Encarnação; com a
Encarnação de Deus em Jesus Cristo, o mundo material, embora continuasse a ser um
mundo decaído, fora elevado a um novo patamar. Este mundo não podia ser desprezado
porque além de ter sido criado por Deus, também tinha sido habituado por Ele.
O mais relevante contributo católico para a arte, é provavelmente a catedral medieval
(arquitetura gótica).
A arquitetura gótica desenvolveu-se no século XII a partir do estilo românico. Esta teve as
suas origens na França e em Inglaterra mas difundiu-se por toda a Europa.
Caracterizada por apresentar dimensões e alcances monumentais, as suas principais
características são: contrafortes, o arco em ogiva e a abóbada estriada.
Deus dispôs todas as coisas com “medida, número e peso”
Diziam haver uma relação entre a matemática - especialmente a geometria - e Deus.
A geometria era um meio de eleição para ligar os seres humanos a Deus.
A matemática era um bom meio para a revelação à humanidade, dos segredos mais
profundos dos céus.
Por isso tinham uma grande atenção às proporções geométricas e atribuíam um
grande significado aos números.
Santo Agostinho dizia que a arquitetura e a música eram as mais nobres de todas artes.
Também era atribuída uma importância à luz, pois Deus tinha inundado de luz a mente
humana - metáfora utilizada para a luz física que tinha o propósito de evocar a respetiva
fonte divina.

Matéria dada nas aulas

O Panteão Romano
Encomendado pelo cônsul, general e arquiteto romano Marcos Vipsânio Agripa, durante o
reinado do imperador Augusto (20 d.C) e reconstruído por Adriano em 126 d.C.
Pantheon vem do latim e é a junção de duas palavras pan + theon de ou comum a todos
os Deuses.
Por baixo tinha escrito Marcos Vipsânio Agripa, filho de Lúcio, fez este edifício enquanto
cônsul pela terceira vez.
Naquela altura a religião em evidência era a pagã politeísta acreditavam em vários
·

Deuses, como Vénus e Marte.


No seu interior contem figuras sepultadas e é algo que ainda é feito hoje em dia.

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Rotunda

parte lateral pórtico estrutura do Panteão

frontão

colince corintias
Basílica Romana
Quando surgiu o cristianismo já a arquitetura grega e romana se encontram bastante
evoluídas.
Os cristãos adotaram o modelo da basílica romana para as suas igrejas.
Grande espaço interior para uma Assembleia;
Não estava conotado com a prática da idolatria.

Os templos pré-românicos/visigóticos
Singularidade da Capela de São Frutuoso:
• Planta em cruz grega
• Mandada construir por São Frutuoso, bispo de Dume e de Braga durante a época
visigótica (Alta Idade Média) e reconstruída no séc. X.

Arquitetura românica
Durante a Idade Média, a arquitetura religiosa foi uma das maiores expressões da
consolidação do poder da Igreja Católica na Europa.
Arquitetura Românica, originária da Itália, predominou na Europa do século IX ao século XII.
Era caracterizada por:
• Paredes grossas, pequenas janelas ambientes escuros
• Uso de arcos redondos ou abóbadas perfeitas
• Modelo da basílica de origem romana

Arquitetura gótica
Marca a evolução da arquitetura românica para uma arquitetura renascentista (séc.XI-XV).
Caracteriza-se por:
• Arco em ogiva
• Abóbada em cruzaria
• Arcobotante
Em relação ao românico, o peso do teto distribui-se melhor, permitindo, mais espaço para
grandes janelas e maior luminosidade interior;
Por isso, o gótico caracteriza-se também pelo desenvolvimento dos vitrais que trazem luz e
cor para o interior da igreja.

Arquitetura renascentista e barroca: Basílica de S.Pedro, Roma


Estrutura basílical clássica:
• A Assembleia forma a Cruz, o corpo de Cristo, e está direcionada para o Oriente - nascer
do sol - Ressurreição todos na direção de Deus, do Céu.
Estruturas mais modernas:
• A Assembleia já “está no Céu “, em comunhão, à volta do altar.
• A igreja-salão.
• A exaltação da ressurreição.
• O contexto cultural e político.
Cristianismo e a Música
Quando o cristianismo se impôs como a religião predominante do império, já os gregos,
romanos e todos os povos tinham as suas tradições musicais estabelecidas.
A tradição cristã integrou e adaptou-se às linguagens musicais que já existiram.
Mas também desenvolveu a tradução musical, marcando profundamente a música no
ocidente até aos nossos dias.
Música Profana
• Festas, danças, etc.
• Óperas sobre mitos gregos ou histórias da vida comum.

Música Sacra
• Música Religiosa.
• Música litúrgica.

George Hegel (1770-1831)


Pensou a arte como manifestação do Absoluto, que no fundo é Deus.
Desmaterialização: sair do espaço e do tempo.

Canto Gregoriano
Ou Cantochão é um género musical de uma só voz acompanhada com o órganum.
Surgiu no século III, no contexto da liturgia católica romana, que herdou o canto judaico dos
salmos, cantados nas antigas Sinagogas, com as tradições locais de outros povos, tal como
os gregos (os “modos gregos”).
O canto gregoriano desenvolveu-se ao longo de toda a Idade Média, até ao surgir da
polifonia (a partir do século IX).
O canto gregoriano está na origem da música tonal.

Sistema de escrita era a notação musical, com a sua origem no canto gregoriano.
A música sacra cristã adaptou-se às tradições dos diferentes povos, a um estilo mais popular
ou erudito, e às evoluções da época.
A música litúrgica cristã desempenhou um papel fundamental na evolução da música no
Ocidente.

Mesmos nos séculos VIII-IX, quando a iconoclastia dominava, a música desenvolveu-se


muito.
• a música como a arte espiritual (desmaterializada).
• no oriente, não foram permitidos instrumentos na liturgia
• no ocidente, foram permitidos os instrumentos a acompanhar as vozes na liturgia.
Destaca-se o órgão (sopro - ligado ao Espírito Santo).

Cristianismo nasce como uma cultura, ou tradição, semítica.

Missa Criolla
É uma obra musical para solistas, coro e orquestra, composta por Ariel Ramírez. O álbum
saiu em 1965, ano no qual o Concílio Vaticano II concluiu os seus trabalhos.
Contém as partes cantadas da Missa solene católica: Kyrie, Gloria, Credo, Sanctus, Agnus
Dei.
O Cristianismo, a literatura e o cinema
Bíblia, narração, enredo literário

Dinamismo pascal, de morte e ressurreição, como fonte de inspirações para enredos


literários;
Histórias onde a fragilidade humana gera frutos de amor e esperança.
Relato da experiência da fé e da moral cristã como ápice da realização humana
Evangelho Segundo São Mateus
I. Evangelho da Infância de Jesus (Lc)
Genealogia de Jesus Cristo (Lc)
Anúncio do nascimento de Jesus (Lc)
Os Magos do oriente
Fuga para o Egito
Martírio dos Inocentes
Jesus em Nazaré

II. Anúncio do Reino do Céu


Pregação de João Baptista (Mc, Lc, Jo)
Apelo de João à conversão (Mc, Lc, Jo)
Baptismo de Jesus (Mc, Lc, Jo)
Jesus tentado no deserto (Mc, Lc)

Ministério da Galileia
Início da pregação (Mc, Lc)
Chamamento dos primeiros discípulos (Mc, Lc, Jo)
Jesus e a multidão (Mc, Lc)

Sermão da Montanha
As Bem-aventuranças (Lc)
Sal da terra, luz do mundo (Mc, Lc)
Jesus e a Lei (Lc)
Homicídio e reconciliação (Lc)
Adultério e escândalo (Mc)
Jesus e o Divórcio (Mc, Lc)
Linguagem e juramentos. Lei de Talião (Ex, Lv, Lc)
Lei de talião
Amor aos inimigos (Lc)
A esmola
A oração
O Pai-nosso (Lc)
O jejum
O tesouro no céu (Lc)
Confiança na Providência (Lc)
Não julgar os outros (Lc)
Responsabilidade da fé
Confiança na oração (Mc, Lc, Jo)
A “regra de ouro” (Lc)
A porta estreita (Lc)
Os falsos profetas (Lc)
O verdadeiro discípulo (Lc)
Edificar sobre a rocha (Lc)
Autoridade de Jesus (Mc, Lc)

Dinamismo do Reino
Cura de um leproso (Mc, Lc)
Cura do servo do centurião (Lc, Jo)
Cura da sogra de Pedro e outros milagres (Mc, Lc)
Condições para seguir Jesus (Lc)
Tempestade acalmada (Mc, Lc)
Possessos de Gádara (Mc, Lc)
Cura de um paralítico (Mc, Lc, Jo)
Chamamento de Mateus (Mc, Lc)
Discussão sobre o jejum (Mc, Lc)
O velho e o novo (Mc, Lc)
A filha de Jairo e a mulher com hemorragia (Mc, Lc)
Cura de dois cegos (Mc, Lc, Jo)
Cura de um possesso (Mc, Lc)

Missionários do Reino
Jesus e as multidões (Mc, Lc)
Eleição dos Doze (Mc, Lc, Jo, Act)
Missão dos Doze (Mc, Lc)
Perseguição dos discípulos (Mc, Lc, Act)
Nada temer (Lc)
Coragem e desprendimento (Lc)
Acolhimento e recompensa (Mc, Lc, Jo)

O Mistério do Reino
A pergunta de João Baptista (Lc)
Louvor de João Baptista (Lc)
Exemplos da falta de fé (Lc)
Lamentação sobre algumas cidades (Lc)
Revelação aos humildes (Lc)
O jugo do Senhor
Jesus e o sábado (Mc, Lc)
Cura da mão paralisada (Mc, Lc)
Jesus, Servo de Javé
Jesus e Belzebu (Mc, Lc)
A árvore e seus frutos (Lc)
Sinal de Jonas (Mc, Lc)
Riscos de recaída (Lc)
A família de Jesus (Mc, Lc)

As Parábolas do Reino
Questões do professor
Qual a diferença entre o canto gregoriano e a polifonia?
R.: O canto gregoriano surgiu no século III e desenvolveu-se ao longo da Idade Média até
surgir a polifonia no século IX. O primeiro é um género musical de uma só voz acompanhada
com o órganum enquanto que a segunda envolve múltiplas linhas melódicas independentes
cantadas simultanemante. O canto gregoriano surgiu no contexto da liturgia católica romana
e a polifonia surgiu após este e introduziu harmonias mais elaboradas e é utilizada em
composições sacras e seculares, permitindo uma riqueza harmónica.

Qual a diferença entre a arquitetura românica e a gótica?


R.: A românica é originária da Itália e predominou na Europa do século IX ao século XII e as
suas principais características são as paredes grossas, pequenas janelas, o que cria um
ambiente escuro; uso de arcos redondos ou abóbadas perfeitas; modelo da basílica de
origem romana.
A arquitetura gótica surge no século XI até ao século XV e é originária da França e da
Inglaterra mas tal como a românica, também se alargou para o restante da Europa. As suas
principais características são o arco em ogiva, a abóbada em cruzaria, o arcobotante e as
janelas já são maiores, o que traz mais luminosidade para o interior e também nesta se dá o
desenvolvimento dos vitrais que alem de luz trazem também cor.

Relacionar o conto de Carver com o relato bíblico de Lucas 24:1-33 (os discípulos de
Emaús)
R.: No conto os pais passam por uma experiência trágica, que é a perda do seu filho no seu
dia de anos, e tentam encontrar consolo que acaba por ser encontrado com a partilha de pão
com o padeiro, tal como aconteceu com os dois discípulos de Emaús.
No relato de Lucas, os dois discípulos encontravam-se a caminho de Emaús e estavam a
falar da sua tristeza e meio que desilusão após a crucificação de Jesus. Durante a viagem
estes encontram um viajante (que era Jesus, mas eles não sabiam), e compartilharam essa
sua tristeza com ele. E, assim como no conto de Carver, há uma espécie de desconexão
inicial entre a dor
Inicial entre a dor pessoal e a presença redentora.
A revelação de Jesus ocorre quando o pão é partido. Tal como no conto, a partilha do pão
símbolo uma busca por consolo e compreensão mútuos. Ambas as histórias destacam a
capacidade de encontrar consolo, significado e até mesmo uma “coisinha boa” em meio à
tristeza, por encontroamos, aparentemente comuns. Ambos mostram que a esperança pode
surgir de maneiras imprevistas nos momentos mais sombrios, como num simples ato de
partilhar o pão.
O semeador (Mc, Lc)
O porqué das parábolas (Mc, Lc)
Explicação da parábola do semeador (Mc, Lc)
O trigo e o joio
O grão de mostarda (Mc, Lc)
O fermento (Lc)
Função das parábolas (Mc)
Explicação das parábola do trigo e do joio
O tesouro e a pérola
A rede
Conclusão
Jesus rejeitado em Nazaré (Mc, Lc, Jo)
Herodes e Jesus (Mc, Lc)
Execução de João Baptista (Mc, Lc)
Jesus alimenta cinco mil pessoas (Mc, Lc, Jo)
Jesus caminha sobre as águas (Mc, Jo)
Curas em Genesaré (Mc)
Puro e impuro: Jesus é as tradições judaicas (Mc, Lc)
A fé de uma cananeia (Mc)
Curas junto do lago (Mc)
Jesus alimenta quatro mil pessoas (Mc, Lc, Jo)
Sinais dos tempos (Mc, Lc)
O fermento dos fariseus (Mc, Lc)
Confissão messiânica de Pedro (Mc, Lc, Jo)
Primeiro anúncio da Paixão (Mc, Lc)
Condições para seguir Jesus (Mc, Lc, Jo)
Transfiguração de Jesus (Mc, Lc, Pe)
A vinda de Elias (Mc)
O jovem epiléptico (Mc, Lc)
Segundo anúncio da Paixão (Mc, Lc)
O tributo do templo
O maior no Reino (Mc, Lc, Jo)
Escândalo (Mc, Lc)
A ovelha tresmalhada (Lc)
Correcção fraterna
Oração comunitária
Perdão na comunidade (Lc)
Subida a Jerusalém (Mc, Lc)
Jesus e o divórcio (Mc, Lc)

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