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Essa apostila é totalmente gratuita!

Não deixe de prestigiar meu blog! Há 5 anos falando sobre mixagem, gravação e produção
independente!!!
www.palcokh.blogspot.com

Olá! Meu nome é Rafael “O KH” Dantas, trabalho com música desde os 15 anos. Criei essa
“apostila” justamente para ajudar você que está iniciando ou pra
você que sempre busca se aprimorar. Aqui serão sanadas muitas
dúvidas sobre o maravilhoso mundo da gravação digital totalmente
voltada para “home Studio” Não vou perder tempo explicando
“origens das coisas” fiz esse curso justamente com um propósito:
você aprender a gravar, mixar e finalizar o cd em casa. Há
muitos livros por aí , cursos em vídeo e outras apostilas, mas são
poucas que detalham o “básico” para se gravar “usando o que tem
por enquanto”. O básico você aprenderá aqui, já o intermediário e profissionalização depende
de muito estudo. A música é sempre um batalha incansável! Essa é a Segunda Versão da
Apostila com maiss conteúdo e até tirei algumas coisas por serem “desnecessárias” para você
que está começando a gravar! Por isso não abordo coisa do tipo grave com equipamento X! O
que mostro é como gravar usando do equipamento mais simples ao mais profissional.
Como ela se trata de gravação independente em casa eu abordo mais coisas “do que há para
gravar em casa” como violão e voz, guitarra, teclado, baixo, loops e samples. Essa apostila é
totalmente dedicada a gravação em casa independente e pra quem começar a pensar em
montar um estúdio!

Capítulo Título Assunto


01 Monitoração e gravação. Antes de começar a gravar, você tem que
saber conectar e ouvir!
02 Equipamentos e Ambiente O que há no seu quarto? O que você tem
disponível para gravar?
03 Programas DAW e plug-ins Saiba o que é um programa de gravação
Master, pistas e auxiliares (buss) (Digital Audio Workstation) e o que são
plug-ins (todos os tipos) e o que é master,
tracks e buss..
04 Midi, Loop, Samples e VSTi Crie sua própria banda virtual
05 Gravando! Faça sua primeira experiência de gravação

06 Compressão Como funciona o efeito de compressão.

07 Equalização O que é equalizador e seus tipos além de


exemplos de frequências.
Efeitos Efeitos básicos de áudio
08 Começando a mixar Como fazer uma mixagem bacana e rápida!
(inclue a análise da equalização da música
The Entersadman – Metallica)
09 Finalizando a música Pequenos detalhes fazem a diferença
10 Mas o que é masterização? Como deixar sua música comercial.
11 Dicas de informática Aprenda como fazer seu computador virar
um verdadeiro estúdio.
12 Auto Produção Saiba como divulgar sua(s) música(s)
Como usar melhor essa apostila

1)Para melhor proveito, procure estar conectado a internet: pelo simples motivo de se
aparecer alguma palavra que não esteja explicada aqui, procurar saber o que é.

2)Todas as fotos pode ser ampliadas: basta apenas clicar nas bordas e aumentar.

3) Estude muito e pratique.... E tenha calma! Ame fazer isso!


Hoje em dia com a internet tudo está mais fácil em saber e conhecer porém o que falta mesmo é
a prática. Se você quer gravar "para divulgar" não é necessário muita pressão basta gravar
mesmo que seja com uma câmera digital!
Agora se você quer gravar para ter qualidade ou trabalhar com isso vai ter que "ralar peito"
pois não tem jeito! Você sempre terá que gravar e mixar para ganhar experiência, sempre vai ter
que estar lendo, sempre terá que fazer um curso de vez em quando, sempre terá que ficar
antenado com o mercado.... E já te digo: não é tão simples como parece! De cada 10 pessoas
que iniciam um "projeto de estúdio" apenas 1 vinga devido a vários fatores "psicológicos" mais
do que "financeiros"! Por outro lado "não é nada difícil" pois quem gosta da coisa vai superar
os obstáculos numa boa, pois na música é assim: praticar, estudar, praticar, estudar....

4)Tem dinheiro? Pesquise onde no que investir!


O pior erro de quem começa a gravar é gastar no computador! Por quê? Por que um Pentium 4
2.8 com 1 GB de memória grava a mesma coisa que um I7 com 8 Gb de memória!!! A diferença
está no processamento. (eu por exemplo uso um AMD Duron, um Dual Core e um I5 e
consigo gravar em todos) Quanto mais rápido e mais avançado o computador, melhor ele faz os
processos de plug-ins e automatizações. Mas o que adianta ter um I7 se você vai usar a placa
de som on board dele? Para quem grava pode ser um pesadelo! É por isso que o capitulo 2
tem uma parte sobre isso justamente para você não investir seu dinheiro errado! Você deve
“investir” o dinheiro para gravar e mixar. Sugiro também procurar em fóruns, pesquisar e pedir
opiniões de quem já grava para comprar o equipamento certo e não cair em cilada! Se você já
tem então basta agora estudar!
Capítulo 01
monitoração e gravação

Quando se fala em “gravar” a primeira coisa que se vem a cabeça é pegar um microfone, uma
programa de gravação e ver se ficou bom nas “caixinhas do computador” e isso é coisa mais
normal do mundo pois é a ingenuidade. Quando comecei a gravar tive com o primeiro e único
objetivo as minhas músicas e por isso fiz isso também! Com o tempo a medida que se
aperfeiçoamos vamos aprendendo entender melhor a coisa. Quando comecei a gravar não tinha
“o volume” de informações na internet que há hoje e por isso acho que começar a aprender “a
gravar e mixar” hoje em dia está bem mais fácil. Claro que poder fazer um “curso” é bem
melhor pois nada substitui a performance de um “engenheiro ou produtor” ao vivo lhe
explicando! Porém pra começar a gravar você deve primeiro saber como “ligar cada coisa no
computador” além de saber como “ouvir” o que você está fazendo.

Monitoração
Em informática é muito comum confundir termos iguais. “Monitor de vídeo” é o que mostra o
que estamos fazendo “dentro do computador” e o “Monitor de áudio” reproduz o som que
estamos ouvindo dentro do computador. Podemos chamar o “monitor de áudio” de “caixas”,
“falantes”, “speakers” ou seja tudo que a se refere a “saída do som” vindo do computador. Os
“gamers” por exemplo, geralmente colocam em seu computador um sistema “surround”
completo para “sentir a emoção” de estar dentro do jogo (eu por exemplo, jogo a série
Battlefield com todo som que possuo) e sem querer eles compram muitas vezes “ótimos sistema
de reprodução de som” que poderiam perfeitamente servi para “monitorar” uma mixagem e isso
praticamente sem querer, tudo porque ele quer “mais realismo” possível.
O certo é pra quem começa a gravar era comprar um monitor ativo como esse:

Figura:Monitor Behinger MS20

Claro que aí temos um problema: monitores profissionais custam de R$800 a R$ 1200 o par!
Por isso muitas vezes se você tiver em casa um aparelho de som, com caixas com uma resposta
de 20 Hz a 20 kHz (porém geralmente a resposta fica entre 120Hz a 18 kHz) pode substituir o
monitor por algum tempo (pois eles não mostram o som real e você terá que testar em vários
aparelhos até achar o som ideal)
Figura:Aparelho de som Radio, CD, AUX e MP3

Porém se você tem 1000 reais na mão e que quer gravar ou melhorar seu equipamento esqueça
essa história de comprar microfone, ou um equipamento externo (como um compressor) ou um
mixer. Você tem que ter o básico: uma placa de som para gravar e um monitor de referência
real! Esse é o ponto de partida para gravar! O resto você pode comprar com calma.... Tenha o
básico primeiro!

O que são caixas ativas e passivas?


Ativas: tem amplificação própria dispensando assim a potência. Algumas possuem saída
auxiliar própria, controle de graves, volume e freqüências próprias.

Passivas: são alimentadas por algum amplificador (potência ou aparelho de som). Algumas
precisam ligar alguma fonte de “reprodução” (como um aparelho de som somente para gerar a
saída auxiliar) e outras basta apenas “ligar direto” nelas.

Monitorando através de “aparelho de som”


A maioria dos aparelhos de som vem com uma entrada auxiliar, o famoso “AUX IN” e daí você
poderá ouvir o que está fazendo na sua mixagem além de ter uma referência.

foto saída auxiliar de um aparelho de som.


Figura: Aparelho de som ligado ao computador

Basta você colocar a saída da sua placa de som no AUX do aparelho de som.
É obvio que esses aparelhos são feitos para reproduzir o som porém as caixas do aparelho
geralmente “enganam nosso ouvido”. Por isso entenda que suas caixas foram feitas somente
para escutarmos nossa música no dia.

Monitorando através de “caixas passivas”


O problema de um monitor “passivo” é que o mesmo precisa de uma “potência”. Esse
amplificador vai para o computador, como mostra a foto abaixo:

Figura: Caixa Passiva Behringer B2030 com potência Europower

O problema é que dependendo o “tipo de potência” da caixa você pode desembolsar de R$650 a
R$1800 numa potência!!! Por isso se você comprar um monitor passivo procure saber a melhor
potência “custo x benefício”.
Monitorando através de “caixas ativas”
Apesar de serem “caras” são mais baratas do que você comprar “um monitor passivo e uma
potência.

Figura:monitor ativo Alesis Elevate 3

A diferença é só plugar e usar!!!

Montando um monitor de áudio


Você sabia que o melhor sistema de teste de som para qualquer estúdio é o um bom “som de
carro”? Isso porque sem querer as “competições de carro” (ou pancadões) possuem geralmente
todos os falantes em “flat” e justamente por ter “um falante para cada frequência”.
Teoricamente podemos monitor um “par de monitor de áudio” basta apenas seguir esse projeto:

Figura:sistema padrão de som de carro

1)Tweeter: é o falante feito para freqüências agudas. Geralmente seu padrão de freqüência é 3 –
20 kHz ou ainda 6 – 20 kHz porém ainda depende muito do tipo e do fabricante. Possuem o
tamanho de 4 a 6 polegadas.

2)Speaker: o falante normal geralmente fica em torno de 100 Hz – 10 kHz ou talvez menos.
Novamente depende do tipo e do fabricante, porém geralmente ela feita para tocar as
freqüências “principais”. Geralmente possuem o tamanho entre 8 – 12 polegadas.

3)Woofer: é um falante suspenso feito para gerar os graves. Geralmente ele é feito para gerar
entre 20 – 120 Hz, porém isso seria um “imenso falante de 15 ou 18 polegadas”. Os Woofer
usados em monitores de áudio são menores, geralmente do tamanho de um “speaker’.
O Crossover é feito para tocar todas as freqüências de uma vez. Num carro ele é apenas “um
módulo de divisão” em estúdios e sonorização é usado o “rack” mesmo como esse:

Figura:Crossover

Claro que se você monta um “par de monitores” não vai colocar um “crossover” (a menos que
que queira) e daí vem 3 problemas:

A) As caixas de som tem que ser “construídas” de acordo para que tudo fique flat.
B)Você precisa calcular a “saídas dos falantes” e comprar uma potência de acordo com as
caixas.
C)Não é qualquer caixa que funciona. Você tem que projetar a mesma. As frequências precisam
casar em flat (ou seja tudo igual).
D)Os falantes podem custar de R$80 a R$400 dependendo a marca.

Então é por isso que meu conselho é que você compre ao menos que entenda de eletrônica ou
tenha alguém para fazer esses monitores.

Gravação
Agora que você sabe um pouco sobre a “monitoração e a reprodução” do som chegou a hora de
entendermos o que é necessário para gravamos com qualidade em casa ou pelos com o
“mínimo de qualidade”. Claro assim como anteriormente teremos que ver primeiramente alguns
“termos técnicos.

I/O (Input / Output)


Esse é o termo técnico para informar que um equipamento possue conexão I/O (input para
“entrada” e output para “saída) de som. Esse tipo de equipamento é o que usamos para gravar e
reproduzir. Você verá esse termo técnico em vários lugares, incluindo plugins de som.

Qual o computador que preciso para gravar?


Basicamente, computadores antigos como: Pentium (2,3,4), K2, Atlhon, Celerons antigos
podem ser usados para gravação desde que tenham 450 MHz de, 40 gb de HD e 64 MB de
memória. Porém esqueça de usar programas e novos nessas máquinas! Os plugins DX e
VST a maioria rodam sem dificuldades em máquinas como Pentium 3 e 4, mas hoje em dia
muitos podem não rodar. Assim como uma placa de vídeo 3D o que irá “poupar” e
“processar” melhor o áudio será uma placa de som profissional porém se você tem capital para
comprar computador melhor, agora chegou a hora! Pois muita coisa vem do processador do
mesmo! E por isso a dica: compre o melhor computador que der! Claro você não precisa sair
comprando um I8 (com 8 núcleos) mas por enquanto um I3 ou I5 (ou seu equivalente AMD) dá
para gravar muita coisa por muito tempo.

O básico para ter uma gravação interessante...


Quando a pessoa quer começar a gravar geralmente já tem “algo” envolvido com música por
isso pega o aparelho de som pra retorno, o microfone do amigo, o violão elétrico do tio, etc...
Porém pra quem não sabe nada, vou dar uma luz. Primeiramente você tem algo que grave o som
via USB justamente para “fugir dos problemas elétricos” abaixo veja fotos de aparelhos que
gravam em USB até R$600 reais (preços do mês de setembro de 2013)
Behringer UCA222 (interface de audio usb) R$ 142 a R$160.

Behringer Xeny302 (mesa de som de um canal) R$210 a R$260. Varia o preço dependendo a
quantidade de canais.

M-Audio Fast Track (placa de som com 2 canais) R$410 a R$600.


M icrofone USB CAD U37 de R$250 a R4300

Microfone Behringer C1 USB de R$350 a R$500

Guitar Link USB de R$70 a R$100.


Pedaleira de Guitarra Zoom G2.1Nu (com USB) de R$480 a R$630.

Hoje em dia muitas coisas gravam e geram som via USB. Basta apenas pesquisar! A para todos
os gostos e bolsos!

Cabos
as placas on board (vem junto com a placa mãe) e as off boards (as que colocamos na placa mãe
estilo Creative SB Audigy) aceitam somente I/O no formato P2 o chamados “plugs pequenos”.
A maioria dos instrumentos e mesas de som possuem somente a entra P10 (plug grande ou plug
banana). Os microfones usam o plugin XLR (balanceados) e os plugins RCA (que são de
entradas auxiliares como CD/DVD) quase não usados em instrumentos. A minha sugestão é que
você tenha os cabos abaixo:

1) Cabo P2

2) Cabo P10

3) P2 com P10
4) P2 com P1 em Y

5) XLR com P10 (Cabo de microfone)

6) RCA com P1 em Y (para colocar na saída da placa de som para um aparelho)

7)Cabo RCA

Você pode fazer isso, desde que tenha um ferro de solda, mas aconselho como você vai usar
para gravar, para evitar “ruídos” compre os prontos de fábrica ou peça para uma eletrônica fazer
de confiança.

Ligando ao computador
Existem 4 tipos de placas de som:

1)Onboard: essa é a “placa de som” presente no seu computador quando você o compra.
Apesar de “todo avanço” que temos hoje em dia sua função continua basicamente em
“reproduzir” o som e não é muito aconselháveis para gravação, pois primeiramente como você
irá conectar “alguns equipamentos” se alguns deles “ter uma sobre carga” a chance de mandar
sua “placa mãe” pro espaço é bem grande! Já vi muito disso acontecer...
2)Off board ou “padrão Sound Blaster”: por muitos anos as placas de som Creative SB
(Sound Blaster) foram o “padrão de placas de som” do mercado (ainda hoje sua versão
avançada Audigy é uma das mais vendidas) e assim como a “Xerox’ empresta seu nome para
gente saber o que é uma “fotocópia” ou a “OMO” empresta seu nome para sabermos o que é
“sabão em pó” a “Sound Blaster” é o nome mais difundido quando queremos dizer que uma
placa de som “não profissional” é offboard ou seja que se “coloca a parte” no computador como
uma placa de vídeo. Existem vários tipos elas reproduzem com ótima qualidade (Audigy por
exemplo tem até saídas para surround) e você tiver um “bom equipamento” externo de
gravação terá ótimos resultados porém na hora de usar os “plugins” a coisa complica pois
geralmente eles nunca “soam” depois de passados como “ouvimos” antes de passar os mesmo.
A figura abaixo (clique para ampliar) mostra em detalhes como é I/0 (saídas e entradas) de uma
placa de som. Esquema é padrão e pode variar de placa para placa.

Foto: ligações de uma placa de som estilo Off Board (Sound Blaster) ou Onboard

Line In – Nessa entrada você pode colocar quase todos os equipamentos: amplificadores,
guitarra, rack de efeito, mesa de som. Porém como as placas amadoras são muito frágeis em
volumes altos aconselho a comprar um Direct Box: O preço varia de R$ 30 a R$200. Uma de
suas vantagens é que ele também cria um “aterramento artificial” assim podendo eliminar ruídos
que te atrapalha.

Foto: Behringer DI direct Box


Mic In – Nessa entrada você coloca o microfone. Não aconselho a botar outro equipamento,
pois a mesma possue “ganho” e pode distorcer o som.

Line out – Essa saída (sua placa de som tiver) serve para colocar um amplificador de entrada
com maior potência, é a saída de som da placa mãe “não amplificada”. Por exemplo uma mesa
de som para tocar o som que sai do computador ou amplificador para fazer a mesma potência.
Não ligue a caixa de som ou um aparelho de som com entrada “aux in” que o volume saíra
baixo.

Speker out – Essa saída serve para ligar as caixas de som ou para fazer o som sair em um
aparelho de som. Não use nada amplificador, deixe isso para o line out pois essa é saída é
amplificada e causa danos ao amplificador e a placa de som

Midi in/Joystick In - Essa entrada/Saída serve para você colocar um cabo midi para teclados ou
periféricos que se comunicam via MIDI. Porém devido a entrada USB muita gente usa “cabos
midis” adaptados pelo fato que “comunica” com o computador em tempo real.

3)Placas de som Offboard profissionais: são mais caras que as placas de som normais porém
além de reproduzir com fidelidade, gravam da mesma maneira e passam os plugins também.
Existem vários modelos tipos como mostra a tabela abaixo (preços de agosto de 2013)

Nome Preço Conversão Saídas Entradas


M-Audio Audio R$ 350 24 bits 2, MIDI 2 expansíveis
Phile 2496 A R$430 96 kHz MIDI
E-Mu 1212 R$250 24 bits 2, MIDI 4, MIDI
a R$380 96 kHz
M-Audio Delta R$ 600 a 24 bits 8, 1 XLR,1 Pdif, 8, 1 XLR, 1Pdif.
1010 R$ 1000 96 kHz 1 WNC, 1 WNC,
RME multiface R$1700 a 24 bits 8, 1 Adat,1 Pdif, 8, 1 Adat, 1Pdif.
R$2300 96 kHz 1 WNC, 1 WNC,
M-Audio Profire R$2100 24 bits 16 , 1 XLR,1 16, 1 XLR,1
2626 a R$2700 96 kHz Pdif, 1 WNC, Pdif, 1 WNC,

Como você pode ver quanto mais coisa precisa mais cara a placa se torna!Porém a uma dica: a
conversão por exemplo da M-Audio 2496, Delta1010, Profire 2626 praticamente é a mesma
com a mesma qualidade! O que difere elas é o “processamento simultâneo” e as “saídas e
entradas” e por isso muitas vezes se você compra uma placa do mesmo fabricante cujo o mesmo
possua mais linhas “placas de som profissionais” com mais “custo beníficio” terá no final o
resultado bem próximo de uma placa do mesmo fabricante mais cara! Particularmente nunca vi
diferença numa gravação de uma M-Audio 2496 a uma Delta 1010. O que diferencia mesmo é a
qualidade de “equipamentos de entrada”.
Foto: placa de som profissional com entrada RCA

Foto: placa de som profissional com alimentação firewire e ADAT


4)Placas de som USB: as mais corretas para um estúdio caseiro
Não falo daquelas “placas” de R$20 que você acha por aí e sim dessas:

Foto:M-Audio Fast Track Pro (R$ 600,00)

Foto: Focusrite Siffire 6 (R$ 600,00)

Placa USB são a mais usadas em home studios atualmente justamente por esse 3 motivos:

A)São alimentadas por USB dispensando assim fontes. Como a placa é “externa” você não terá
problema com ruídos vindo de um “computador mal aterrado” e como ela já tem “phantom
power” 48V embutido basta colocar qualquer microfone ou D.I (sem precisar de bateria) sem se
preocupar.

B)Tendo um bom notebook pode levar a mesma e gravar em qualquer lugar.

C)Custo e benefício: elas tem o mesmo som de uma placa profissional on board. A única
desvantagem é que quanto mais canais, mais cara ela custa. Por exemplo, a Focusritte Siffire 6
tem 2 entradas custa R$600. Já a Focusritte Siffire 56 de 8 entradas custa R$4000!

Porém há um problema: a conversão de um modelo para outro pode variar. Pro exemplo, a M-
Audio “Fast Track” tem conversão 24/48 kHz e já a “Fast Track Pro” tem 24/96 kHz e essa é
única desvantagem em relação as “placas de som profissionais off board” pois seu chipset não
muda (é só comparar a tabela no item 3).

Quanto mais qualidade melhor?


Existe muita confusão quanto a isso até mesmo entre os profissionais!Uns dizem pra ter uma
placa de 24/96 kHz e gravar tudo a 192 kHz. Outros dizem que não é necessário pois o CD e o
MP3 só suportam 16/44 kHz Voltaremos no assunto no “capítulo 5” no item “bits & samples”.
Minha dica é que você tenha pelo menos uma “placa de som profissional” de marcas confiáveis
no mercado de gravação como M-Audio, Presonus, Focusrite, Yamaha, Line 6 ou Roland .
Capítulo 02
Equipamentos e Ambientes

Se você tem o equipamento agora tem que saber onde colocar o mesmo!Para um estúdio
existem algumas “regras” para ter um bom ambiente para gravar e mixar.

Montando um ambiente
Montar um ambiente para gravar não é fácil pois requer alguém com conhecimento, materiais
de isolamento e espaço vital. Por isso, vamos fazer o seguinte: vamos ver como transformar o
seu quarto “num pequeno ambiente” de gravação!

1)Conheça seu espaço.


Primeiramente esqueça o "conceito" de estúdio que você está acostumado a ver em vídeos ou ler
em livros e revistas pois se você der "bola" para os mesmos você nem irá começar a gravar!
Claro que para gravar "bem" você precisa de um ambiente bem planejado, isolado, com cálculos
de controle de "médios", anti reverberação, isolamento, blá, blá, blá....
Para fazer um ambiente desses você gastar (pelo menos) uns R$50.000 sem contar que vai ter
que chamar um "engenheiro de som" que irá te cobrar pelo menos uns R5.000 pela visita! O
que você tem que fazer é ser "criativo" e tentar fazer o "som mais seco" possível e para isso
pode por exemplo colocar um colchão naquela quina da parede, um cobertor em cima do
gabinete do computador para evitar ruído (nesse ponto os notebook são melhores) e ver qual
horário onde há menos barulho, e até fazer uma coisas "bizarras" como gravar no banheiro ou
dentro do armário! Enfim, você precisa conhecer seu espaço para determinar o que se pode ou
não fazer. Possivelmente você terá que fazer "muitos" testes até achar o ponto ideal do seu
quarto onde as "freqüências se casam" e não há reverberação.

2)Observando o espaço.
Imagine que a figura abaixo seja o seu quarto ou sala onde você vai instalar o seu “estúdio
caseiro” . Se você já imaginou, pense no que “há dentro desse quadrado” e o que você pode tirar
para ganhar mais espaço. Geralmente quando se monta a “sala” se parte do princípio
primeiramente onde irá ficar o computador e onde você posicionará para gravar.

Figura: posicionando o computador


3)Isolando o ambiente
Primeiramente quando você pergunta “pra qualquer um” que material usar todo mundo vai
direto: caixa de ovos! Porém hoje em dia há métodos mais baratos e eficazes que este.
Particularmente não gosto dessa história de “caixa de ovos” pois toda gravação que fiz ou ouvi
onde usaram uma sala com isso sempre “sobra médios”. Eu li não me lembro em que livro que
as “caixas de ovos” tem mania de devolver som através da sua curvatura deixando ele
embolado. Podem ser muito boas para ensaiar mais para gravar? Só testando mesmo.
Oberseve abaixo a foto de um “home Studio” de uso pessoal e profissional:

Figura:Home Studio

A)Logo em cima do computador a uma “caixa de madeira” semelhante a “uma colméia de


abelha”. Como os agudos “passam por nossas cabeças” essa peça faz com os mesmo desçam.

B)Essas 4 placas separadas “igualmente” são de espuma ou fibra com uma camada de pano por
cima. Isso garante que as freqüências na hora mixagem “venham pra frente” e não fujam pra
trás.

C)O chão é de carpet pois madeira puxa agudos e pedra puxa graves!
Mais alguns exemplos (tirados da internet)
4)Mas não tenho dinheiro para isso....
Quem não tem cão, “caça com gato” como diz o ditado popular...E por isso que a figura abaixo
mostra alguns truques úteis pra quem gravar e não tem ambiente...

Figura: truques da gravação caseira

1)as setas vermelhas indicam a “ação da reverberação” dentro do quarto/sala. Como não há uma
redução da mesma muitas você fica a mercê da sorte mesmo: seu ambiente pode ter um reverb
muito bom ou muito ruim!

2)Para amenizar o efeito desse “reverb natural” existe alguns truques: coloca-se um tapete no
chão (cobertor vale também) e um colchão no canto do quarto. Na hora de gravar a voz, guitarra
ou violão (se forem microfonados) ele reduzirá o efeito do reverb nessa área.

3)Como mostra a figura da cantora, para diminuir a ação do reverb pode se fazer essa “parede
móvel” de várias maneiras, porém o melhor mesmo ainda é aqueles “separadores de ambiente”
como mostra a figura 3B ou ainda o chamado “Box Voice” (figura 3C) porém é necessário fazer
um teste pois não é todo microfone que funciona isso. Outro equipamento bem importante é o
“anti puff” que filtra dos os “sss” e puf´s do microfone.
4)Muitas vezes lugares inesperados podem oferecer timbres interessantes como mostra as
figuras 4A e 4B: o amplificador entre a geladeira e a porta ou cantar dentro do armário. E não é
só coisa de amador: muito estúdio usa esses métodos para conseguir novos timbres.

5)Por último o melhor lugar (que eu considerado) para gravar back vocal (por misturar reverb
natural com um chorus natural) o banheiro! Isso quando ele é de azulejo (outro material pode
ser ótimo para gravar voz). Guitarras também são uma boa pedida.

5)Como vai ficar a gravação?


Depende como você quer o resultado. Se você quiser uma “demo” ou quiser fazer um CD
para vender para os amigos, o resultado será satisfatório. Mas agora se você espera que o
som fique “profissional” vai depender do seu ouvido e principalmente do equipamento
disponível!Como sempre digo: não espere que o resultado final de um equipamentos que custam
ao todo R$ 1000,00 o mesmo que um custa ao todo R$ 1000.000,00. Seu “Fusca” não terá o
mesmo glamour e potência de uma “Ferrari”! Além disso, há plugins que não foram
projetados para placas de som não profissionais. Minha dica é você começar a gravar, se
gostar vá a medida do tempo melhorando o equipamento.

Na internet há vários projetos e vídeos sobre isso. Procure e estude!

Equipamentos

Você já deve ter lido em um monte de site ou revistas que produtores e músicos preferem
valvulados ou preferem transistorizados (na verdade aparelhos com C.I ou seja circuito
integrados), mas qual diferença profunda entre os dois?
A válvula toda vez que recebe uma “carga de volume” distorce porém ao mesmo tempo
expande o som por isso não se nota sua distorção em sons altos mantendo o som natural isso
estamos falando em equipamentos de gravação tais como compressores e equalizadores.
Quando se fala em Guitarra, baixo ou teclado daí é outra questão. Na verdade em qualquer
equipamento valvulado a válvula funciona em “estágios”, todo equipamento valvulado tem
umas 8 válvulas com estágios divididos até chegar na distorção.

Foto: Válvula.

Já os Circuito integrado (C.I) (alguns com chip) também chamados de “transistorizados” toda
vez que você aumenta o volume do som ele irá depender do seu C.I para manter o som natural
passando disso ele distorce e fica incompreensível, isso porque não há nenhuma válvula para
expandir o som quando chega ao máximo. Porém os que possuem CHIP conseguem manter o
som natural devido a vários processo “matematicamente” elaborados e muitos já não devem
nada ao som de válvula. Ainda existem os transistorizados com estágios de válvula, como a
maioria dos pré amplificadores hoje em dia, o som depois de um certo estágio passa as válvulas.
O preço varia, mas os valvulados chegam a ser 60% mais caros.
Foto: C.I

B)Vintage X Atual
Vintage é o termo usado para identificar quando um equipamento ou instrumento é “antigo com
qualidade”. Muitas vezes um equipamento vintage tem um som bem melhor do que um
equipamento moderno, porém esses vintage costumam serem raros e caros. Os atuais além de
serem melhor com custo x benefício possuem saídas importantes como as “digitais” além de
entradas USB. Com avanço dos plugins cada vez mais realistas, possivelmente categoria
equipamento+software irá dominar o mercado.

C)Instrumentos.
Infelizmente aqui e única regra é: instrumentos caros de primeira linha sempre são
melhores!Porém muitos de linha inferior devem muito pouco aos de primeira, isso é uma
questão de erro e acerto. Por exemplo, muitas guitarras e baixos podem ter seu som totalmente
modificado mudando apenas seus captadores, amplificadores podem ser simulados com plugins
stand alone ou pedaleiras, teclado simples com entrada/saída MIDI podem controlar plugins
VSTi, enfim, uma série truques que estão espalhados pela net.

D)Microfones
Procure um microfone que seja compatível com seu ambiente. A maioria dos estúdios
caseirosse usam os cardióides (Shure SM58, R$ 300) e Hipercardióides (Behringer C1U, R$
300). Da mesma forma ter um “filtro anti pop” ajuda bastante também. Meu conselho é que
você compre um Beringer B2 (R$ 400) que possue 3 formas de núcleo (Cardiod, Omni e
Bidirectional). Pra quem está com pouca grana o Behringer XM8500 (R$ 140) é uma boa
pedida.

Figura: microfones
Os microfones mudam de “cardióide” (a parte onde o som é captado) depende o modelo que
comprar cada um tem uma função específica. Procure saber baixando ou pegando informações
do modelo na internet ou direto de uma loja de instrumentos musicais.

Equipamentos para aumentar o volume da gravação


A entrada é o fator mais determinante da gravação. Um bom volume de entrada vai evitar que
você faz muitas “manobras” com plug-ins para tentar deixar a música num “volume comercial”
para isso a velha fórmula que se usa em P.A ainda é muita válida como a figura abaixo:

Figura: rack de efeito

Isso contém um compressor, crossover digital, um rack de reverb/delay, 2 potências, entrada


para fones... Ou seja aí a equipamento suficiente para gastar R$5000 brincando!
Mas pra nossa sorte muitos pré-amplificadores não são mais aqueles “enormes trambolhos de
rack” pois graças a gravação digital muito deles diminuíram e há vários tipos muitos bons que
valem a pena olhar. O meu conselho para quem está começando a gravar em sem dúvida
comprar o Behringer Mic 200/300/800 pois além de ser valvulado (trabalha com 1 AX7), tem
phantom Power e pode ser usado em todos os instrumentos. Claro que existem outras marcas
vai de você pesquisar.
Por que precisamos do Pré-Amplificador? Para deixar nosso sinal de saída em pelo menos –
3db para entrar na placa de som. As “mesas de som” também consegue deixar o volume alto de
saída, porém se elas forem baratas você terá que forçar “todas as freqüências” (low,mid,high)
para conseguir um bom resultado. Outros equipamentos que aumentam o volume de saída:
equalizadores, compressor, pedais de boost, crossover. Abaixo temos um esquema bem
“comum” nos home estúdios, que garante um som “brilhante” sem distorções ou ruídos.

Foto: Microfone B-1, violão com Pré amp – Behringer Mic 200 e Direct Box

Lógico que o “microfone e o violão” podem ser substituídos por demais instrumentos.
Capítulo 03
Programas DAW e Plugins

Pra começa, DAW (Digitação Audio Workstation) aqui no Brasil tem vários significados:
programa multipista (que era o que eu conhecia até saber que o termo correto era DAW),
programa de gravação, programa de gravação de estúdio, etc....
Essa postagem vou fazer justamente para os que me perguntam como funciona uma DAW,
porém vou lembrar você que você deve escolher seu(s) programa(s) e estuda - ló bem.

1) O que é multi track?


Provavelmente fosse já viu uma mesa de som (também conhecido como mixer). Já notou que
ela tem vários botões e separados pelo número 1, 2, 3 e assim por diante? Isso é porque uma
mesa de som é multitrack ou seja, “multi pistas”..

2) Posso fazer numa DAW o que faço com uma mesa de som?
Sim. Basicamente tudo. O rack de uma mesa (onde contém o compressor, crossover,
equalizador, etc..) pode ser substituído por plugins.

3)O que devo ter para rodar um DAW?


Um computador e uma placa de som. O equipamento que você tem depende de você (mesa de
som, microfone, placa de som, etc...), porém lembre-se que quanto melhor o computador,
melhor ela irá rodar assim como quanto melhor a placa de som mais “clareza” você irá ter.

4)Qual programa escolher?


Depende do seu gosto e bolso. Hoje em dia a DAW gratuitas que não devem aos programas
pagos porém nenhum programa é igual o outro principalmente na parte dos plugins. Algumas
são fáceis de aprender, outras complicadas porém uma coisa digo: quando se aprende uma bem,
nas outras só mudam as posições dos comandos que você já conhece.

5)Quais as DAW mais usadas?


Segundo o site http://www.musicradar.com essas são as DAWS mais usadas nos EUA em
2013 (acho que muda a posição um pouco no Brasil, mas são essas também):

1.FL Studio (Fruty Loops)


2.Abelton Live
3.Presonus Studio One
4.Cubase
5.Reason
6.Apple Logic Studio
7.Cockos Reaper
8.Pro Tools
9.Cakewalk Sonar
10.Magix Sampletube
11.Mutools Mix Lab
12.Motu Digital Performer
13.Mixcraft Pro Audio
14.Sony Acid 7
15.Apple Garage Band
7)Quantas coisas dá pra fazer ao mesmo tempo com uma DAW?
Dá pra gravar, reproduzir, reproduzir enquanto grava, da para colocar um plugin em tempo real,
passar o mesmo antes, da pra usar midi, metrônomo, dá para o midi usar Vsti ou DXi como
sistema de timbres, algumas você pode fazer surround ou mexer com filmes, dá para usar umas
200 pistas de uma vez, etc... Se não fosse por um detalhe: isso é um programa de computador.
Podem falar mal daqueles grandes estúdios onde há “milhares” investidos em equipamentos
analógicos como: DAT, compressores, câmaras de reverb/delay, Mesa de som de 64 canais,
crossover, equalizadores, estágios... Você pode acionar tudo isso ao mesmo tempo em tempo
real que o som irá gravar ou reproduzir normalmente. Num computador tudo se limita ao
desempenho do mesmo (Desde a CPU até a placa de som que está usando) pois todos
periféricos são substituídos por plugins. Você pode ter até equipamentos para gravação porém a
reprodução irá sempre depender do desempenho do computador e do estiver instalado nele. A
matemática no som ainda tem que evoluir e muito.

8) Master e Buss
Você irá ouvir muito sobre isso... Master é seção principal de plugins, bus são alguns pistas que
usam um plugin em comum. Por exemplo, no master vai um limiter no bus vai um reverb.

9) Qualidade de som.
A qualidade de som nada tem haver com o programa ou com os plugins. A qualidade som vem
da placa de som.

10) Programas de masterização e edição


São chamados assim pra você fazer a “finalização” da sua música, e por também usa-lo para
trabalhar com uma pista em particular quando necessário.
Eu uso somente 2 (assim como a maioria) por isso vou falar deles que soa bastante populares:

Sony Sound Forge: o mais usado do mundo, muito fácil de aprender e manipular.
Prós: rápido de entender e sair trabalhando.
Contras: não roda todos os plugins VST, não possue analisador de espectro próprio, não há
como colocar plugins em cadear (um atrás do outro) sem que você faça um parâmetro para isso
sendo que a maioria das vezes dão algum tipo de problema.

Figura: Sound Forge 11


Wavelab: programa famoso da Steinberg fabricante do Nuendo e Cubase.
Prós: roda todos os plugins, plugins pode ser feito em cadea, masteriza CD usando 32 bits float,
analisadores próprios.
Contra: complicado de entender no início.

Figura: Wavelab 8

master tracks (pistas) e auxiliares (buss)

A I/O(input e output ou seja entrada e saída) auxiliares são como “racks” de plugins. O nome
disso vária de programa para programa:

No Vegas/Acid são conhecidas como “Aux Bus”, assim como no Cubase aparecem abaixo da
tela, porém o Vegas/Sonar há opção de plugin padrão na própria pista (geralmente são Noise
Gate, Eq, Compressor). No Sonar seu nome é “buss” aparecem do lado da trilha e no mixer, e
no Fruit Loops, aparecem do lado mixer com números (1,2,3,4). Geralmente um Plugin de EQ
é padrão nos auxiliares.
Foto DAW Acid 6.0 (Note que o master está em vermelho e o AUX em azul e as pistas em rosa)

Foto DAW Sonar XL (Note que o master está em vermelho e o BUSS em azul e as pistas em rosa)
Pistas (track)
Como numa mesa de som , em uma DAW nós especificamos onde iremos gravar/tocar um
instrumentos. Na pista podemos colocar efeitos, mas geralmente aqui só deixamos um
equalizador paramétrico e algum efeito (colocar reverb aqui não é muito bom somente se
auxiliar não tiver um).

Buss ou Aux (auxiliar)


Se gravamos uma seção de bateria, uma seção rítmica, uma seção de solo e uma seção de voz,
para facilitar o controle de volume e ambiências da mesma, montamos um AUX. No auxiliar
colocaremos as pistas da seção. Geralmente aqui colocamos o compressor e um algum efeito de
ambiente (reverb ou delay).

Master
O master é a seção que controla todo som. Geralmente não colocamos nada nele, ou apenas
algum plugin de limiter.
A tabela abaixo explica melhor o que é pista, auxiliar e master.

Note que o master controla tudo, e os auxiliares as pistas.

Assim como os efeitos em racks, pedais e gabinetes os plugins foram criado justamente para
fazer o mesmo processo porém digitalmente. A diferença brutal entre um plugin e uma unidade
de efeito é que quando usamos um “rack de reverb” por exemplo, ficamos dependente apenas da
conversão A/D (Analógico/Digital) onde esses valores já definidos manualmente pelo mesmo,
já um “plugin de reverb” irá acrescentar o efeito na nossa trilha “matematicamente” ou seja,
usará dados programados para processa-lo por isso ficará totalmente dependente do computador
e placa de som que você possue. Uma desvantagem é que por mais que aperfeiçoem os plugins,
eles ainda não conseguem imitar uma válvula. Vou detalhar melhor cada um deles.
Os plugins DX foram desenvolvidos pela Microsoft para dar suporte aos programas de áudio
com o auxílio do Direct X. A vantagem deles que os mesmos são mais leves de rodar que o
VST e o RTAS em tempo real, mas a desvantagem é que sua conversão não é exata. Muitas
vezes o som que fica na trilha não é o mesmo que você ouviu no Aux em tempo real.

Os Plugins VST/VST2/VST3 foram desenvolvidos pela Steinberg são superiores aos plugins
DX, pois usam a partes do computador para processá-lo. A vantagem é que sua conversão é
exata, a desvantagem dependo o computador que está usando ele irá “travar” quando você rodar
a trilha em tempo real (dependendo o número de plugins)

Os Plugins RTAS foram também desenvolvidos pela Steinberg e são considerados os melhores
por fazer tudo em tempo real, porém só funcionam em Pro tools.

Os plugins DXi foram desenvolvidos pela Microsoft. São instrumentos sampleados para deixar
a trilha MIDI com ar de instrumentos real. Sua desvantagem é que poucas plataformas aceitam
roda-los e os timbres ficam inferiores ao VSTi.

Os Plugins VSTi foram desenvolvidos pela Steinberg. São instrumentos sampleados para
deixar a trilha MIDI com ar de instrumentos real. Sua vantagem em relação ao Dxi é mesma
coisa que o plugin VST em relação DX, incluindo suas desvantagens.

Vale a pena lembrar que geralmente quando se instala um plugin, o mesmo tem a opção para
roda-lo em todos esses formatos.

Plugins comprados ou gratuitos?


Isso é uma questão de testes. O meu plugin de “compressão” oficial é um gratuito, que é o
Classic Compressor (disponível em qualquer site de VST de graça). Pra outras coisas uso um
“pacote” de plugins da Waves ($100,00). Na minha opinião muitos plugins gratuitos já não
devem nada aos pagos.

Desde 2003 a Steinberg disponibiliza o Driver Asio gratuitamente nesse link


http://www.asio4all.com/ . Esse driver foi inventado para tirar maior proveito do driver WDM
(Windows Driver Model) na parte de áudio. Obrigatório seu uso hoje em dia.

Importante!!
Essa apostila não ensina você a mexer numa DAW específica! Apenas mostra como todas
funcionam no básico!!!
Escolha sua DAW e estude ela bem. Pra quem não sabe o que escolher eis uma classificação
que fiz por “grau de dificuldade”.

Fáceis: Sony Vegas, Sony Acid, Studio One (é gratuita),

Médias: Sonar, Cubase, Ableton Live, FL Studio.

Díficeis: Garage Band, Pro Tools.


Capitulo 04
Samples e Loops, Midi, VSTi

Instrumentos reais vs sintetizadores vs VSTi vs Samples


Desde que o Moogie foi lançado nos anos 70, o General Midi criado nos anos 80 e gravação
caseira digital nos anos 90. Quando começou a juntar tudo isso começou a acontecer certas
inovações no campo da gravação e uma delas, foi o simplificamento dos instrumentos.
Produtores e artistas para poupar “tempo e dinheiro” resolveram gravar certas trilhas como
bateria, baixo, teclado usando sintetizadores, depois com samples (pequenos arquivos waves
feitos para loop) e depois com VSTi (plugin de instrumento virtual) e para aqueles que
gravavam sozinho e tocavam apenas (ou nenhum) instrumento foi uma benção, pois já não
precisavam contratar uma banda para fazer sua pré-idéia ou a pré-produção. Hoje muita gente se
faz apenas com um laptop e um playback! Porém quando a MIDI ou Sample não é bem feito
a coisa soa muito artificial, por isso que apesar da perfeição dos timbres, eles nunca vão
conseguir substituir o músico. Além disso, surgiu outra polêmica: como equalizar instrumentos
que já são pré gravados? A resposta é que não existe um “método” eficaz para equalizar General
Midi, Samples ou VSTi e isso depende muito do ouvido. Alguns equalizam tudo, outros uma
parte e outros nenhuma parte, apenas compressam. Loop também é um arquivo wave. Vamos
ver em seguida os 4 separados

Samples & Loops


Samples são waves, AIFF ou MP3 com até um compasso de duração. Da repetição desse áudio
surgi o Loop. Eles são usados em todo tipo de música mas principalmente nas eletrônicas. O
arquivos em samples tabém são a base dos plugins VSTi.

Figura: sample wav

Midi
Midi é um meio de “comunicação” digital em tempo real que pode ser desde um teclado, um
mixer, um painel de luzes ou uma pedaleira. Em meados dos anos 80 a Roland inventou o
padrão GM (General Midi) onde e o primeiro sintetizador Jupiter -6 (lendário por ter sido usado
por Vangelis e várias bandas de synthpop). Em meados de 1991 a Roland fez novamente um
revolução, criando o padrão GM/GS e assim nascia o “rack” Sound Canvas com 128 timbres
(desde piano,órgão, sopros, guitarra, baixo, cordas) e 4 kits de bateria. Depois a maioria dos
teclados começou a ser fabricado seguindo a mesma regra porém alguns “timbres” mudavam de
teclado para teclado. Hoje em dia temos o padrão GM2 ( a evolução da general midi) e o XG
(inventado pela Yamaha, totalmente compatível com GM/GS).
A eficiência da produção
Assim que os teclados Roland, Korg, Yamaha, Ensoniq e Cassio começaram a oferecer o padrão
GM em meados da década de 1992, os fabricantes pegaram a tecnologia das “baterias
eletrônicas” e dos “sintetizadores” e reuniram num único instrumento. Para os estúdios foi uma
“mão na roda” pois partes antes que demoravam 3 dias pra gravar, muito processos já podiam
ser encurtados. Por exemplo, a bateria, o baixo, órgão, pianos e orquestra. Muitas vezes todo
processo era feito no teclado e cabia somente ao vocalista colocar a voz e ainda hoje em dia é
muito usado quando se precisa de um resultado rápido e eficiente.

Figura:3 teclados e suas compatibilidades MIDI


VSTi e Dxi
Quando a Steinberg lançou os plugins VST em 1996 logo muita gente tentou de reproduzir o
“sons famosos” de sintetizadores em plugin. O Problema é que se esses plugins fossem feitos
em VST na hora da DAW reconhecer a mesma não saberia o que é “um plugin de áudio” ou
que é “um sample de um instrumento” e assim nasceu o VSTi e o Dxi.
O VSTi não passa de um “sample de áudio” ajustável (dependendo a função do plugin) porém
capaz de reproduzir com fidelidade um timbre como um teclado (dependendo da placa de som)
e assim transforma os sons midi da DAW em timbres mais fiéis.

Figura: Plugins VSTi

Podemos usar um teclado GM com cabo MIDI para controlar em “tempo real” um VSTi ou
ainda podemos usar um “Midi Controller” que é um teclado “escravo” somente com a finalidade
de reproduzir o som do plugin.
Figura: M-Audio Axiom

Como montar sua música com MIDI ou VSTi

Definindo os instrumentos
Quem grava em casa geralmente faz com loops, MIDI ou VSTi a bateria e os teclados,
preferindo colocar o baixo, a guitarra e o violão com instrumento real. Claro se a pessoa for um
tecladista irá preferir fazer tudo no teclado. Um outro processo interessante seria gravar a
bateria real como metrônomo e depois “reforçar” o bumbo e a caixa com “samples” embora
esse um processo mais usado em grandes estúdios. A seguir vamos ver os tipos de gravação que
se pode fazer com MIDI, VSTi e Loop.

1)Direto do teclado
Lógico que pra isso ou você é um “tecladista”, ou tem nação de teclado. A maioria dos músicos
preferem fazer primeiramente a música com o “seqüenciador do teclado” e depois passar “pista
por pista” na DAW, assim ele imitará a gravação “padrão” de uma banda. Após isso os mesmo
irá definir se haverá ou não processos de equalização, compressão ou efeitos.

Figura:midi gravada direto de teclado para DAW

2)Usando Piano Roll


Provavelmente essa é a forma mais usada para gravação em casa de pads, synths e bateria
principalmente se for usar a DAW Fruit Loops (embora todas as DAW possuam essa função).
Figura: Piano Roll da DAW Fruit loops

A principal vantagem do piano roll é que você não precisa saber “teoria para desenhar” as notas
(claro que você terá que ter ouvido) pois todos os desenhos são “matemáticos” e na própria
planilha mostra a duração das notas. Vamos entender melhor:

A figura acima mostra o piano roll completo. Temos “tempo de duração” de A a F. 1, 2, 3 e 4


são os compassos. Esses tempos seguem o padrão “mundial” de partitura. porém muita gente
domina o Fruit Loops profissionalmente e mal sabe o que é a “clave de Sol”. Bom já que essa
apostila trata sobre “aprender” vamos ver os tempos do piano roll. Antes disso uma “aula
rápida de solfejo”:

1)Para fazer um “tempo completo” apenas bata na mesa desse jeito: Com a mão erguida você
diz “1”, ao bater na mesa você diz “É” e volte (deixando a mão erguida Pronto! Você tem um
tempo!
Para contar 4 tempos é só fazer a mesma coisa:

A semi breve é a maior das durações. Ela dura os 4 compassos inteiros do som.

Solfejando (estenda o som do “um” nós próximos tempos)


A mínima dura 2 tempos por compasso. Tente Solfejar.

A semínima dura apenas 1tempo por compasso. Veja o solfejo.


A Colcheia é a nota tocada 2 vezes num compasso. No caso você ao invés de você falar 1 É é
mais fácil dizer TA –DÁ. Mas sempre continuando o movimento da mão.

Figura: colcheia solfejo com a mão

A partir da Semi Colcheia seu solfejo pode começar a complicar. Aconselho fazer o movimento
bem devagar.
E por último a FUSA. Que são 8 notas num compasso só.

Claro, aqui só mostrei o “básico”. Ainda há outras figuras de tempo como você pode ver na
tabela abaixo:
Agora tente “desenhar a introdução” da famosa “Smoke on the Water” em um Piano Roll
(fazer no fruit loops e colar aqui)
3)Partituras
Pra quem conhece será fácil assimilar e se você não conhece.... Sugiro estudar sobre o assunto!
(Afinal, no mundo da música quem não sabe ler partitura é analfabeto e quem não sabe seguir
metrônomo é manco). A verdade é que as partituras te dão “um novo leque” para fazer música.
Muitas quando não consigo executar um coisa “manual” sempre ocorro a elas! E sempre
funciona. Guitarristas e baixista também podem apelar para um programa que leia “tabulatura”
como o Guitar Pro para “acertar a música” ou colocar um instrumento que não toca, como piano
ou sopro.

Figura: introdução de Smoke on the Water em partirura e tabulatura.


4)Sequenciadores
São programas que fazem músicas “automático”. Neles não é necessário gastas “horas” fazendo
um música. Basta apenas colocar as notas e o tipo de ritmo (como num teclado), definir o
tempo, as divisões e o tom e pronto!!!A música está feita!!! Particularmente não conheço
nenhuma música comercial (mas provavelmente deve ter) feito com seqüenciadores, mas
“jingles” tem aos montes! O mais famoso deles é o “Band-in-a-Box”. Muito útil pra imprimir
“uma idéia” rapidamente.

Figura:tela do Band-In-A-Box

As diferenças “brutas” entre o som sintetizado e o analógico


Hoje em dias podemos nos arriscar a dizer que de 30% a 40% das músicas são feitas com uso de
loops, samples, sintetizadores e VSTi. Se não é toda a música, pelo menos nela haverá alguma
“coisa” para engrossar a mesma. Por exemplo, no hit do Metallica “Nothing Else Metter” há
uma sessão de “strings” que ajudam a destacar a clareza das guitarras. Me lembro que vi isso
num documentário que a banda fez sobre o “Black Albúm”. Pois bem, devido a essa facilidade
muita gente grava em casa desde os amadores aos profissionais, dos famosos aos desconhecidos
e principalmente por causa da internet. Não há como negar a influência do MIDI, Samples e
Loops na música atual, afinal sem isso praticamente nunca iria existir “Home Studio”.
Capítulo 05
Gravando!

Agora essa a parte da nossa apostila em que você junta tudo do outros capítulos para tentar
gravar e reproduzir uma música. Primeiramente suas primeiras gravações nunca saem boas e
daqui há um ano possivelmente você a achará um lixo (mesmo os outros tendo gostado) e isso
deve ao fato que seu ouvido aprimora, você se torna mais perito em diferenciar sons “bons e
ruins” e claro devido a troca de equipamento mas por enquanto agora só grave e veja o
resultado que vai sair! Em gravação a prática e o ouvido são os dois fatores principais!
Importante: tenha pelo menos o domínio “básico” da DAW que escolheu! Como por
exemplo colocar as pistas, o buss e o master!!!

AD & DD
Muitas vezes você está lendo uma matéria numa revista/site, ou está olhando as especificações
de um novo produto de áudio e dá de cara com esses dois termos “AD e DD” e afinal o que é
isso?

Vamos tomar por exemplo uma gravação “básica” de guitarra:

A guitarra vai nos pedais que vai no amplificador que o som do mesmo sai no microfone que
grava no seu computador que vai para sua DAW.

Até aí uma coisa bem básica mas até agora não foi explicado o porque da sigla “AD”. Para você
entender melhor vamos ver a figura abaixo:

1) Essa é onde de som formada pela guitarra, os pedais e o amplificador ou seja um som
“análogo”. A onda som naturalmente que você ouve em seu quarto, no palco ou no estúdio será
sempre assim.

2)Já essa onda é A/D (analog to digital). Essa é a onda formada do som captado pelo microfone
e convertendo no seu gravado em sua DAW. As onda digitais “deixam quadradas” as ondas
análogos na conversão para bits/samples.
A principal diferença entre uma “placa estilo off board ou onboard” e uma profissional é
justamente essa conversão. Quanto melhor, mais o som saíra “redondo” (sem precisar de um
conversor A/D).Até aí seria fácil pois bastava comprar uma placa de som boa e que o problema
estaria resolvido. Porém estúdios de gravações usam muitos equipamentos de conversão para
“D/D” (digtal to digital) que deixam as ondas assim:

Os “pontos” indicam a conversão do digital novamente em uma onda com formato


“análoga” porém usando processos de cálculos matemáticos de bits/samples.
Essa é uma das principais diferenças da gravação feita no seu computador de R$1000 e
de um Mac com uma estação Pro Tools completa (cujo o preço passa de R$100.000) e
por isso novamente pra quem vai entrar (ou está) nesse negócio: estude e invista
muito!Claro que tudo sem seu limite, você tem que descobrir qual o seu.
Geralmente quando a conversão é mal feita a onda aparece com várias “quebras” como
o exemplo abaixo:

Bits & Samples (Rating)

Todo som análogo gravado em um computador ou mesa digital é transformado em bits. Toda a
qualidade e a “fidelidade” do mesmo é transformado em Sample Rating.
Normalmente o “nascimento” da gravação digital está filiado ao nascimento do CD em meados
de 1983. O som do CD se ao mesmo tempo “tornou a gravação mais barata” por outro lado tirou
muita fidelidade de sons análogos que se ouvia nos LP (discos de vinil). Já com a chegada do
DVD (em meados de 2000) e do seu substituto “que-não-emplaca” Blue Ray (2005) ouve um
acréscimo de fidelidade graças ao aumentos dos bits e dos samples.
Se ficarmos explicando desde o princípio essa história teríamos que resumir um “capítulo
inteiro” por algo que não é nosso objetivo. Por isso olhe a tabela e compare os bits/sample de
cada tipo de mídia:

Mídia Bits Samples (kHz)


CD 16 44
DVD 24 96
HD DVD 24 96 – 192
BLUE RAY 24 192 para mais

A questão aqui é sobre gravação. Quantos bits/samples devo gravar o som?


Como sempre se você pesquisar na internet verá que muitos produtores tem opiniões adversas.
Na minha opinião a a gente deve gravar de acordo com que cada equipamento disponibiliza. A
maioria das minhas gravações (como de todo mundo) é gravado em 24 bits e 48 kHz (samples)
pois é o que tenho disponível para gravar e sinceramente nunca percebi muita diferença de uma
gravação em 48 kHz e outra em 192 kHz pois não adianta você gravar em 96 kHz se seu
equipamento só suporta 44 kHz. A medida que você grava você verá que os equipamentos de
entrada e fatores de ambiente são mais importantes que qualquer bits/sample que se comente.
Quanto mais alta a taxa maior a resposta ao sinal digital e maior a capacidade com as
frequencias altas. quanto mais bits, mais qualidade sonora. para resolver o problema de
“perdas de bits”e na conversão ad, quanto maior o volume do sinal, melhor a qualidade.

Preparando sua DAW para gravar.

Depois dessa teoria vamos para prática! Primeiramente aqui fiz uma introdução como
“configurar" sua DAW para gravar. Aqui uso como exemplo o Sony Acid e o Cakewalk
Sonar. Normalmente as outras DAW não fogem a essa regra.

Latência e dropout
Antes continuar, você deve saber das 3 coisas que enchem o saco de quem grava com uma
DAW:

Latência: Lembra do famoso vídeo do “Sanduíche” que aconteceu com uma nutricionista
cearense em 2005 e virou hit no You Tube? Foi ocasionado por erro de latência. Isso é como
um delay: se cria através do tempo de atraso de um sinal. Para resolver isso você deverá ter um
domínio da sua DAW na parte de “configuração” para saber onde é o menu de “latency”.
Geralmente deixa-lá em “auto” ou 128 ms resolve o problema. Porém há um detalhe: a
maioria das DAW se configura automático a latência da placa de som e muitas vezes você
precisará mudar manualmente.

Dropout: para que vai começar não se preocupe que esse é o pesadelo mais comum de quem
trabalha com áudio. Todo mundo dá uma explicação “super detalhada” sobre dropout mas a
verdade é que: dropout é quando a DAW não consegue tocar e gravar ao mesmo tempo porque a
memória estendida e a CPU do computador estão esgotados! Você perceberá isso quando o
campo “CPU” da sua DAW (procure se localizar onde é) chegar em 90% ou 100% que dizer
que o computador está “estagnado” (devido a várias coisas que você está fazendo ao mesmo
tempo) ou plugin é tão “pesado” que seu computador não tem como roda-lo. E novamente por
isso digo quanto melhor a placa de som, menos consumo de CPU você terá!
Para mostrar como vou mostrar com várias placas de som, vou demonstrar aqui usando a
DAW Sony Acid 7.0, uma Focusrite Saffire, uma M-Audio Jamlab (ambas USB), uma antiga
Criative PCI (ainda com chipset Ensoniq) e uma SoundBlaster Audigy 2.7 (PCI). A partir desse
exemplo, você deve achar na sua DAW algo parecido. Geralmente não há segredo, basta apertar
o "record" e determinar para qual placa vai o som como no Acid. Primeiramente você deve
procurar como está programada as placas na DAW para isso vá em
OPTIONS - PREFERENCES - AUDIO DEVICES

Importante!
No caso de usar o Acid ou Vegas tenha certeza que na opção "Audio Device" esta selecionado a
opção "Windows Classic Driver" pois senão na hora de gravar não irá aparecer todas as placas
de som disponíveis!

Como você pode ver aqui irá aparecer as placas e os ajustes de latência. A maioria das DAW
tem a função "ajustar automático a latência" porém muitas também usam direto os ajustes do
driver de som ASIO como o caso do Fruit Loops. Note que no caso do meu computador a
DAW está me informando que tenho disponíveis as placas de som que já mencionei além do
driver ASIO.
Assim quando está tudo configurado basta ajustar numa nova pista:
1)Aqui iniciamos uma nova pista chamada "teste".

2)Logo depois clicamos no botão "record" (gravar)

3)Para selecionar a placa que você gravar basta apertas no Nº1 da pista. Na verdade ele se
refere que ela está pronta para gravar na 1ºPlaca (no caso a Audigy).

4)Para direcionar aonde você que o playback seja reproduzido, basta fazer mesma coisa
no "master" da DAW.
Agora vamos ver o mesmo caso, porém na DAW Sonar (que serve de base também para o
Cubase, Encore, Reaper e Pro Tools) que nesse caso é muito mais simples que as
DAW da Sony. É só ir no menu
AUDIO - OPTIONS

Se estiver faltando alguma placa, aperte o botão "Wave Profile" (na general) para ele tentar
escanear a placa, Caso o problemas permaneça vá no menu "Drivers" e veja se a placa não está
desabilitada! Após isso reinicie o programa.
No caso do Sonar é bem mais simples que o Acid/Vegas:

1) Você irá dar "2 cliques" na figura do som


2)
2) Depois irá abrir este menu onde aparecerá os "inputs" (entradas) que você quer
direcionar a pistas. Se você estiver usando o "mixer você também pode direcionar
o "output" (saídas) da pista.

Ruídos e outros problemas


Antes de começar a gravar é necessário revisar o “básico”. Esses tópicos abaixo falam de
problemas comuns e fáceis de resolver que podem destruir uma gravação.

1.Fonte de ruídos
Ruídos podem vir de vários lugares: o microfone do bumbo que está pegando o “click” do
pedal, a guitarra que está mal aterrada e o músico ainda acrescenta “distorção” na mesma, o
amplificador do baixo que está com algum transistor queimado, o ambiente mal isolado ou
isolado demais, o vocalista que inventou de gravar com o microfone em punho, a tecladista que
deixou as unhas comprimidas demais e agora toda as notas saem “pianíssimo”, o computador da
gravação que não está aterrado, o horário (uso excessivo de coisas ligadas), a mesa de som que
está com “knobs” velhos demais (o fósforo dentro deles está gasto e qualquer “fade” faz ruído e
pode acontecer com todos os equipamentos), violão que está trastejando, e mais um monte de
fatores. Porém de todos eles o maior causador de ruídos são os cabos. Quando um cabo de
som está com defeito, é impossível fazer alguma coisa (muitas vezes locais mal aterrados
podem se salvar usando corretamente o noise gate) pois o problema está na origem do som. A
maioria das gravações são “vítimas” desse mal.
Sempre é bom revisar todos os cabos, pelo menos a cada 3 meses.
2. Som branco
Você já deve ter falado em “som branco” (white noise) e “som rosa” (pink noise) e qual a
diferença entre os dois? Nenhuma.
Os dois significam um “ganho de amplitude” indetectável para o ouvido humano (somente
osciladores e plugins analyser enxergamos os mesmos). Na prática, toda vez que gravamos
uma pista, e acrescentamos outra para continuar gravando, geramos um som branco. (ou seja o
acréscimo de pistas: bateria, baixo, guitarra, teclado, voz) e dependendo como está a qualidade
da gravação ele amplia para um som positivo (muitos plug-ins como o Waves Noise é usado
para esse princípio) dando um aumento significativo no som porém também pode ser negativo
(gravação com ruídos). Você não perceberá na hora, mas quando finalizar o seu CD será toda a
diferença entre ele ficar “transparente” ou “abafado”. O processo que o CD usa para tentar
“reproduzir” digitalmente esse ruído chama-se Dither.

3.Ambiente
Durante muito tempo, engenheiros de som defendiam ambientes abertos. Depois mudaram para
defesa de ambiente fechados e agora, todos chegaram num consenso:
O ambiente pode inferir em gravações de microfone (por exemplo adicionar um reverb extra)
porém quando temos ruídos nas gravações o maior fator é o ambiente externo. Eu não lembro
qual o artista, mas eu sei que eu estava ouvindo um CD dele e numa determinada música você
escuta um “vrumm” numa parte que só toca o baixo e a bateria. Fui pesquisar na internet e li um
artigo que no estúdio onde eles gravaram fica do lado de uma highway (alto estrada) e
possivelmente esse era o ruído de algum carro ou caminhão. Possivelmente não mexeram
porque o ruído casou com a música.
Também é sempre bom checar como está a parte física da máquina, verificar se o computador
está bem aterrado e se não ruídos elétricos na rede. Meu conselho é sempre colocar um filtro
de linha entre o estabilizador e a tomada. Procure ver quais são os horários que possuem
maior consumo de energia em seu bairro, pois ruídos elétricos não há como limpar numa
gravação (voltarei a esse assunto adiante).

Foto: filtro de linha.

4.Noise Gate
Sem duvida, uma das maiores invenções de estúdio. O popular NS ou Gate faz com que o ruído
do instrumento seja “neutralizado” quando o mesmo está em repouso. A maneira mais simples
de detectar se um cabo está corrompido ou se sua energia está com problemas é usar um gate
fazendo o seguinte. O gate padrão é - 32 “threshold” e uns 10 de “decay”. Se você continuar
ouvido ruídos em repouso vá aumentando de 5 e 5 (39, 25, 20) o “threshold” . Se chegar em –
10 dB e há ainda algum “ruído” você pode ter a certeza que algo está errado no cabeamento,
energia ou instrumento.
5.Ajuda do equalizador
Você já deve ter visto em plugins de equalizador paramétrico um “preset” chamado “cut hum in
50 - 60 Hz” mas você sabe o por quê? Pois aqui está a maioria dos ruídos elétricos da música.
Cortando aqui, você tem a garantia que ruídos elétricos não apareçam no master depois entre 10
– 16 kHz, claro que isso resolve o que for “bem leve”.

6.Horários
Você já notou que em entrevistas os músicos famosos sempre falam em gravar mais na parte da
noite depois das 22:00, madrugada ou ainda em períodos pela manhã das 04:00 às 09:00?
Coincidência? Será por que todos são madrugadores de tanto fazer show? Na verdade que
determina isso é o produtor por um simples motivo. Nesses horários as pessoas estão dormindo
ou acordando, e assim além do barulho externo não existir as quase não há uso de aparelhos
eletrônicos que podem poluir com ruídos elétricos (o chamado tráfego de eletricidade). Faça um
teste: tente gravar das 10:00 às 14:00 e das 18:00 às 20:00 para você ver como a rede elétrica
por mais filtrada que seja sempre fica com ruídos.

7.Nobreak ou estabilizador?
Outro item bem discutido. Alguns acham que é melhor o “estabilizador” porque o mesmo não
tem bateria e não “gera” harmônicos nas gravações. Outros preferem “No break” justamente
para garantir segurança ao seus equipamentos. Na minha opinião você tem que testar para
descobrir. O importante é não gerar ruídos.

8.Equipamentos problemáticos, coloração diferencial


Em muitos casos aparelhos e cabos problemáticos podem se tornar um “tempero” na música.
Quando Robby Kriegger do The Doors fez a introdução da música “The End” aquele efeito
demoníaco do início (que lembra um ventilador) nada mais é que o mesmo tocando numa
guitarra com os captadores com fase invertida. Em algum ponto da gravação houve um acidente
com uma das guitarras (provavelmente caiu no chão) e o captador ficou fora de fase. Ele achou
interessante o barulho que a guitarra fazia e decidiu gravar. Tom Morello disse em que muitos
efeitos de percussão usado no Rage Against Machine o seu preferido é pegar um cabo, bater na
ponta do plug e controlar o ruído que ele emana com um wah ou whammy. Por isso muitas
vezes, aquele “ruído” ou barulho que pode ser uma sujeira, também pode ser uma cartada,
quando colocada em outro local.
Mono ou Estéreo?
Novamente será outra briga parecida com sample/rate que você irá encontrar por aí.

Gravação Prós Contras


Mono Consome metade dos bytes de uma Deixa o som sem corpo e fraco,
gravação em estéreo e reduz o uso de principalmente em efeitos como
CPU; delay;
Preferido para dobras pois dá para Não responde corretamente em
colocar ambos os sons em cada lado conversão de mono para estéreo
formando um “estéreo natural”;
Não mascará o som e nem causa
“inversão de fase”;
Define melhor as peças de baterias,
naipes ou sintetizadores;
Melhor para fazer camadas de sons
com efeitos diferentes.

Estéreo Aumenta o campo de som; Não funciona 100% para um lado:ou


Consome menos tempo definindo vaza ou cancela fase;
posições de pan; Fácil de gravar com fase invertida;

Responde corretamente em Dependendo a quantidade de efeitos e


conversão de estéreo para mono; canais consome até 100% de CPU;
Responde melhor os efeitos
principalmente delay;

E novamente para “minimizar” a polêmica a tabela abaixo mostra como geralmente gravo
minhas músicas. Porém essa é minha maneira de gravar. Deixe seu ouvido encontrar a sua.

Nome da pista (track) Gravado em Por quê?Qual o motivo


Bumbo Estéreo Pan no centro, então pega os dois lados do som.
Caixa Estéreo Idem ao bumbo.
Tons Mono Para posicionar no pan onde vai cada tom
Hit Hat (xipo) Indefinido Ser for no centro estéreo, se for em um dos lados
mono.
Pratos Mono Para posicionar no pan onde vai cada prato (ride,
crash, china, cowbell)
Baixo Indefinido Ser for no centro estéreo, se for em um dos lados
mono.
Baixo duplicado Mono Ser for no centro estéreo, se for em um dos lados
mono.
Teclado (piano) Indefinido Se tiver que definir os lados do piano (esquerdo
baixo direito agudo) mono. Senão estéreo.
Teclado (synth) Estéreo Devido aos efeitos encorpados.
Guitarra Drive Indefinido Se dobrar faça em mono. Senão pode ser em estéreo
Guitarra Clean Indefinido Se dobrar faça em mono. Senão pode ser em estéreo
Voz Principal Mono Fica melhor de colocar em 100% dos lados. Lógico
que a mesma tem que ser dobrada pelo menos 3
vezes.
Back Vocal Estéreo Se ficar num dos lados, pode aparecer um pouco no
outro.
Antes de gravar verifique

A)Energia elétrica
É a causa mais comum de "ruídos" quando usamos o compressor e não adianta tentar reduzir
com plugins. O bom é deixar tudo em 110 Volts (pois é difícil baixar disso), todos os
equipamentos bem aterrados, usar filtros e estabilizadores e claro gravar num horário fora de
pico (como das 18:30 às 21:00).

B)posições dos equipamentos


Evite "colocar os equipamentos" na loca, principalmente microfones. Tente deixar tudo em suas
próprias posições como se fosse um "time de futebol". Por exemplo, onde você vai gravar a voz,
onde fica melhor gravar os instrumentos, o computador fora do alcance do microfone. Se não é
possível fazer isso faça uma "mapa" para lembrar onde vai cada coisa no seu lugar na hora de
grava ou até mesmo tirar fotos...

C) O desempenho do computador
Consumo de "memória" pode acabar com suas gravações e mixagem. Tenha seu computador
sempre "limpo" para usar nos seus trabalhos. Aprenda a “otimizar” o sistema!

D) Seus cabos e suas conexões


Evite 3 coisas: cabos com baixa qualidade, cabos "mal montados" e acúmulo de conexões. O
certo é ter sempre cabos comprados de "marcas confiáveis" (como Santo Angelo, Sparflex) ou
até mesmo feitos por uma eletrônica ou por você mesmo (desde que saiba fazer usando material
de qualidade falo do estanho, cabo e plugs).

Copie sua música preferida e a tenha como referência.

Eu não sei o que você quer fazer mas sei por onde você pode começar. Quando se faz uma
música a maioria das pessoas baseia-se em

introdução-parte1-refrão-parte2-refrão-fim

não porque é uma regra e sim porque esse é o princípio da música contemporânea e é o que
você ouve desde que nasceu. A maioria dos trabalhos mesmos com músicos bons soam como
"amador" não por causa da gravação em si e sim por falta de estrutura e é por isso que o
produtor se encarrega dessa parte. Mas quem não tem produtor e quer fazer seu som soar legal,
basta pegar uma música que você goste e copiar sua "estrutura de gravação" (não estou falando
em cover ou plágio e sim de quantas estrofes e refrãos ela tem, aonde é posicionado seus
arranjos, onde vai aquele riff chamativo).

Deixe o som pronto


Apesar da facilidade da tecnologia tem coisas que não se corrigem sozinhas e uma delas é essa
história de "grave assim depois a gente corrige" principalmente quando o critério é uso do
equalizador. Se você quer fazer uma mixagem "rápida e limpa" a melhor coisa a se fazer é
deixar o som pronto! Ou seja, pesquisar e testar o timbre da guitarra antes de gravar, dos outros
instrumentos também! Teste a voz (deixe ela mais perto do natural), evite ruídos (eles serão
fatais na hora da compressão) e sempre tenha mão bom um bom equipamento de entrada e
quando puder tente montar um "micro rack" contendo pré amp, compressor, mixer e equalizador
ou pesquise as opções que você pode ter para amplificar melhor seu som.
Grave Quente!!

você perguntar a um engenheiro de som como começar a gravar, possivelmente ele irá dizer
"deixe tudo quente"! Em outras palavras é gravar na "faixa - amarela" do meter, entre a verde e
a vermelha ou seja, mais ou menos entre - 3dB ou - 2.5 dB.

Usando controle de Gain na prática


Para todos os efeitos provavelmente você vai ver um controle de ganho em dois lugares. Uma
delas é na placa do mixer (mesa de som) do PA (Public Adress), e o outro é em um amplificador
de guitarra. Ambas significam a mesma coisa, tanto quanto eletrônicos vão, mas servem a
propósitos diferentes. Na placa do mixer, você verá o ganho na parte superior (geralmente em
cima dos controles da equalização). É o primeiro controle que o sinal bruto e quando colocado
um microfone ou outro instrumento, vai aumentar esse sinal para um nível suficiente para que o
resto dos controles de equalização funcionem corretamente. Você terá como definir este nível de
ganho o suficiente para trazer o nível do sinal, porém longe de causar corte ou distorção no
sinal. Para este efeito, muitas placas vêm com um botão PFL (Pre-Fader Listen). Este botão
permitirá que você veja o sinal real, olhando para os LEDs na placa. Use o microfone em níveis
de som normal, regulando para que não haja picos no mixer.

Em um amplificador de guitarra, a intenção principal, do ganho é de criar uma distorção Você já


sabe o que faz, então não há razão em dizer, mas eu tenho uma pequena dica. Deixe seu ganho
baixo! Eu também adoro as melodias de solos cara, power chords que explodem o cérebro, mas
num estúdio de gravação você geralmente vai pensando que o seu som é impressionante, só para
ver o engenheiro de som ter que pegar suas distorções e abaixa-las para - 5 ou - 6 porque o som
delas está terrível. A distorção não deve esconder suas habilidades, mas acentua-las.

Controles de volume padrão


Além de definir o espaço tridimensional, volume também pode ser usado para descrever o nível
de potência de um sinal. Então, quando você aumenta o botão de "master volume" no seu
amplificador, ele simplesmente significa que você está aumentando a quantidade de energia
usada pelo amplificador para aumentar o sinal. Este termo é muito ambíguo, uma vez que é
usado em tantos equipamentos diferentes, principalmente para significar o real, porém o seus
ouvidos saberão o que não é exatamente verdade. Use com cuidado.

Notas:
A) A maioria dos equipamentos de gravação/reprodução profissional trabalham com “Master
Volume” e “Gain”. Muitas vezes para obtermos um som real é necessários “dosar” os dois sem
criar “clip” (passar de 0 dB).Normalmente o volume passa primeiro para "power amp" então o
gain passado para o "pré-amp".

B) Nos amplificadores de guitarra para obter um ótimo som limpo, basta deixar o ganho baixo e
aumentar o "master". Para obter uma ótima Distorção, abaixe o master e aumente o "Gain".

Level
Este termo é usado para descrever a magnitude do som em referência a algo arbitrário. Mais
especificamente, o uso de SPL (nível de pressão sonora) para descrever as ondas sonoras. SPL é
um termo calculado a partir do registro da pressão de som em RMS de uma boa medida
relacionada a um valor de referência. Basicamente, o que significa que criar uma escala de
medida com zero de partida com o menor limite da audição humana. A escala de SPL é
mostrada em dB e vai até 130 dB (bem, o infinito, mas o que for), que é o limite da dor para o
ouvido humano.
Loudness
Loudness, embora semelhante ao volume e nível, é o que uma função que faz um “super
volume” ( muito comum em aparelhos de carro). Este é o primeiro dos nossos termos de
terminologia que realmente envolve sons que não somos capazes de ouvir em uma frequência
do mesmo nível.O “loudness” é diferente porque é só percebido quando nós nos movemos essa
frequência para cima ou para baixo. O gráfico seguinte mostra o nível que o ouvido humano
"pensa" (sua audição) e como vocês podem ver, não é correto, na maioria das vezes. As
freqüências mais baixas, como o baixo em 40-220 Hz, precisa de mais pressão do som para nós
acreditarmos que é igualmente o mais alto que o som em 1 kHz.

Equal Loudness Contours ou Contour


Aqui nós introduzimos um termo chamado de "phon", que é usado para descrever a sonoridade.
Você pode ver no gráfico que o contorno phon é diferente para cada nível de dB. O contorno de
120 phon requer menos impulso nas freqüências baixas do que o contorno phon 10.
Principalmente por causa da audição. Você também pode ver no gráfico que ouvimos a faixa de
3-4 kHz melhor (por isso um telefone trabalha nessa faixa) pois essa é frequência da fala.
Notas: Num amplificador, processador de efeito ou pedal (stomp box) se o mesmo tiver a
função “countour” é justamente pra isso, para dar “firmeza” (girando no sentido horário) ou
“fraqueza” (girando no sentido anti horário) nas regiões médias como de 2 kHz – 4 kHz.

Faça as coisas sem pressa!!!


Você está gravando em casa certo? Você não está pagando "horas de estúdio", então pra que se
apressar? Grave e escute, veja se tudo está de acordo!
Abre uma nova trilha e faça uma nova gravação!

Faça como um "grande produtor" escolha o melhor take! Sabe o que é "Overdub" ou Dobra?
Esse é o maior segredo dos grandes estúdios, usado há anos.
Você já notou porque antigamente uma gravação brasileira era tão diferente de uma estrangeira?
Isso porque o brasileiro como gosta de fazer "tudo rápido e barato" não dobrava! Hoje em dia
onde um som pode ser "copiado e colado" as dobras rolam soltas porém o melhor ainda é
"gravar tudo manualmente" e é necessário um cuidado na hora de dobrar: suas frequências e as
fases tem que ser diferentes a cada dobra para não entrar em conflito! Aprenda a usar o
“metrônomo” para isso!
Capítulo 06
Compressão

Nesse capitulo vamos ver os tipos de compressão que existe. Compressor ou Compressão é
ação de “comprimir o som” afim que o mesmo se torne mais “audível”. Porém existe nesse
efeito os “prós” e “contras”.

Onde encontramos efeitos de compressão?


Estão presentes em pedais, racks, plugins e às vezes em amplificadores.

Figura: periféricos de compressão (pedal, rack, amplificador e plugin de áudio)

Tipos de compressores
Noise Gate – O Noise gate ou NS é um efeito criado na década de 80 para resolver um dos
pesadelos dos produtores de gravação: ruídos antes e após a trilha. Usado para tudo porém ele
“não elimina ruídos onde a trilha está gravada” apenas deixa em silêncio um instrumento
quando não estiver sendo usado e as pausas da mesma.

Prós – É obrigatório seu uso para deixar em silêncio tudo que não estiver sendo usado.
Contras – Pode causar “pump” (efeito de ficar pulando o som como um cd riscado), mal usado
tira completamente um som de fase além de atrasar o mesmo.

Compressor – Os compressores são usados para deixar picos forte e fracos todos no mesmo
volume.

Prós - Abre o som e o deixa audível.


Contras – Mal usado “destrói” a música!

Limiter – São considerados “super compressores” pois tem a função de “normalizar”o volume
da música.
Prós - Abre o som e o deixa audível.
Contras – Mal usado “destrói” a música!

1)Entendo o efeito
Como você já deve ter "lido e visto" por aí:

A) compressor “comprimi e reduz a dinâmica” e os expansores “fazem ao


inverso”.
B)já o limiter é um compressor “super exagerado”.
C)em áudio digital quando todos os bits estão em 1, começa a distorção.
D) Muitas vezes muitas vezes certas gravações é desnecessário a compressão, como
por exemplo de guitarras, synthpads, samples, loops.
E)Compressar ao menos que tenha certeza.
Daí começa outra confusão: quando devo ou não passar um compressor? Então para
isso há uma dica bem simples:bypass! Simples: coloque numa trilha o compressor no
parâmetro "hard" (vamos supor threshold - 10 dB e output - 1.0 dB (10:1), release 50
ms ,attack 1) e veja se o som melhora (não falo em "aumentar o volume" e sim em
timbre) e fica mais estável. Se ficar começe com uma compressão bem fraca 1:1.

2)A confusão de comandos


Antigamente os compressores tinham como padrão os seguintes comandos:

Clique para ampliar

Input: o volume de entrada


Output: que era o volume de saída
Attack: que define em "ms" o ataque do som após iniciar o efeito.

Release:o inverso o tempo compressor ou seja o tempo que ele leva pra deixar de
comprimir. se o release for lonog, haverá redução de ganho mesmo após o volume
estar abaixo do threshold.

Ratio:define em quanto "dB" será aplicado ao compressor. Por exemplo: 6:1 quer
dizer que se há entrada (input) for igual a -6 db a saída (output) será
acrescentando com +1 db.

porém hoje em dia muitos periféricos e plugins tem um monte de coisas a mais! Não é
toa que nos livros de mixagem que leio o autor sempre recomenda procurar pra começar
"um compressor com essas características descritas acima". Muitos comandos hoje em
dia são assim:
1)Threshold (limite) ativa o efeito após determinado dB. O efeito é sempre iniciado
quando baixamos ele para -2 dB. Antes disso o efeito é quase imperceptível.

2)Attack time (tempo de ataque)


Define quanto em quanto tempo o threshold começa a fazer efeito. Quanto “mais”
menos efeito, quanto “menos” mais efeito.

3)Realease time (soltar em quanto tempo)


Define em quantos “MS” o som será processado no efeito. Quanto “mais” menos
volume final, quanto “menos” mais volume final

4)Ratio (tamanho)
Determina o tamanho do som do efeito sobre o som natural. Ele calcula o valor que o
“threshold” terá no som final. Por exemplo, se o ratio for 2:1 quer dizer que o
‘threshold” irá acrescentar +1 dB no som final. Voltaremos nisso quando estudarmos
“cálculos de compressão” nesse capítulo.

5)Gain (ganho)
Define o ganho total do volume.

Outros controles que podemos achar em compressão

Stereo link: define se o compressor irá agir em mono ou estéreo.


Output Gain: idem ao “gain” porém controla a saída.
Make up: idem ao”output gain”
Side Chain: distribuí os efeitos de um compressor para mais instrumentos.
Usado para criar efeitos como na música eletrônica e ajustar tempos de gravação
Bypass: pausa o efeito.

3)Visualizando o efeito da compressão.


Nosso pior problema é que "ouvimos a compressão" mas não entendemos como ela
funciona.Para entender melhor veja alguns gráficos que mostram como age o efeito no
som:
Nesse gráfico repare que o som natural (que está verde) recebe o som processado
pelo compressor (que está em cinza). A media que "baixamos" o threshold (a linha
vermelha) aumentamos o som processado pelo compresso. O Ratio(aqui visto pela
“linha vermelha”) determina o tamanho do som do efeito (em cinza) sobre o som natural
(em verde). Se pegarmos o "threshold" em 0 não teremos aplicação nenhum som
natural. Quanto menos for o valor do teto "threshold" (-1, -2, -3) mais teremos "saída"
no som natural do efeito da compressão. Como mostra as figuras abaixo:
Agora veja outro exemplo do acréscimo da compressão, agora usando "gráficos de
barra"
Knee
Como próprio nome já diz Knee (joelho) é a curva que se forma entre o “ratio” e o
“threshold”.

Figura: comando Kness.

Normalmente ele vem num “comando separado” e quanto mais “curva” for a forma dele
chamamos de soft kness que quer dizer que o som não saíra tão “aspero”. Quanto mais
“quadrado” for a forma chamamos de hard kness e pode causar algum “desagrado” no
som.

Fórmulas

Para saber o valor final num limiter basta usar a fórmula (threshold + out x 0,18).
Essa fórmula eu fiz para saber quanto estava saindo na minha compressão. No caso da
figura acima (que é um pluginWaves Ll2):
- 10 (threshold) + (-0,2) out X 0,18 = + 1.7 dB
Isso quer dizer que nosso "som final" terá somado ao "som sem compressão" +1.7 dB.
Porém dependo o valor de "release" e "atenuação" ou "ratio" que você use essa variação
pode ser pra mais ou pra menos.
Quando trabalhos com compressores que contenham "ratio" a fórmula é bem simples:
se o valor for 2:1 quer dizer que a cada - 2 dB na entrada (input) irá acrescentar +1 dB
na saída (output). o valor for 4:1 teremos - 4 dB na entrada e +2 de saída, ou podemos
usar a seguinte fórmula: valor de entrada X 1 (ou ratio que você escolher) / 2 =
resultado do som do efeito na saída.
Nesse caso o ratio (da figura acima) está ajustado em 2:1 isso quer dizer que na saída
final teremos:
2 X 1 /2 = + 2db

A figura abaixo mostra a ação do compressor no som:


Figura: ação do compressor no som

Quando compressar?
O problema de compressar é justamente saber quando. A maioria dos artigos que leio
sobre assunto deixam claro uma coisa. Quanto menos compressar melhor. Isso deve-se
ao fato que como ainda vamos usar a compressão no "aux/buss" e ainda ao finalizar a
música (afinal o limiter é o "rei" dos compressores) o melhor mesmo é compressar se
for necessário.
Abaixo vamos ver alguns instrumentos:

Voz
A)Tenha certeza que a trilha está limpa. Para isso é bom passar o “noise gate” num
valor perto de – 20 dB para o mesmo “limpar” pontos de respiração e ruídos gravados.
Vamos ver a figura abaixo:

Essa linha “vermelha” simula o ruídos de uma gravação de voz. As formas em “azul”
significa um som (vamos supor o canto). Se não houve limpeza ou não gravar limpo o
som com a compressão ficará “mais denso” junto com os ruídos:
Esse “ruído” poderá não ser audível com os outros instrumentos, mas irá atrapalhar toda
mixagem!!!Isso vale também para os demais instrumentos da música.

b)Quanto mais for a compressão na gravação, mais o cantor deve se afastar do


microfone (entre 10 e 15 centímetros).

c)na mixagem sempre comece com um parâmetro “leve” como 3:1 e vá aumentando
conforme a necessadidade. O attack pode ser rápido (como 0.5 ms) e o release pode ser
em torno de 0.4 ms.

Trilha de Guitarra, violão e baixo


A)Guitarras drives ou limpas palhetadas já são bem compressadas naturalmente. Porém
se ao gravar você ver que a sua forma sonora está “inconsistente” (um pico alto e outro
baixo) podemos compressar. Isso acontece mais em dedilhados e solos rápidos.
B)O uso de compressão em violão é quase desnecessário, por causa do excesso de
graves.
C)Guitarras solos: a compressão aqui é necessária pois senão as notas do solo saírão
desiguais e mortas.
D)guitarras e violões dedilhados: necessário compressão pois as cordas graves soam
mais altas que cordas agudas.
E)Baixo geralmente não precisa de compressão, mas uma compressão leve ajuda a dar
mais corpo.
F)Geralmente o padrão de compressão aqui é 4:1 ou ainda 6:1 no caso dos solos. Muitos
baixistas preferem uma compressão pesada algo em torno de 10:1. O atack e o release
podem ser o mesmo da voz. Caso o baixista use “slap” pode se aumentar um pouco o
atack e release pode ser até em torno de 250 ms.

Teclado, samples e loops


Geralmente eles já estão com uma grande dinâmica e não necessitam compressão. Se
for comprimir comece em torno de 4:1.

Bateria
A)Em batidas leves pode se usar um “soft kness” nas bruscas e com muita variação um
“hard kness”.
B)Também pode se começar em torno de 4:1.
C)Para o bumbo e a caixa é interessante usar junto um “noise gate” pesado (em torno de
-10 dB) pois asssim destaca bem as batidas.
D)O attack pode ser em 20 ms e release pode ser até em torno de 250 ms.
E)Sempre é necessário dar um checada nos microfones, lembrando que são os mesmo
que captam o som da bateria.

Instrumento em geral
Pode deixar o release e o attack no “modo automático” se não tiver, colocar ambos em
0.5 ms. Comece com 5:1.
Capítulo 07
Equalização

Como já disse a equalização de todos os assuntos sobre gravação é o mais complicado. Se


você ler um livro sobre gravação, visitar sites de gravação falar com professores sobre o assunto
ou fazer um curso sobre o assunto, verá que mais da metade dele será dedicada somente a
equalização, mas por quê?
Pra começar ainda não há como gravar um som 100% natural, ou seja o que “você ouve
gravando não é o mesmo som que ouvirá na gravação”, com ótimos equipamentos pode-se
chegar até 99% mas não é a mesma coisa devido ao fator: o que ouvimos diariamente é muito
mais “limpo” do que ouvimos num aparelho de som, pois nossos ouvidos não dependem de
angulação, madeiras, tipo de falantes, potência, etc... Além do fato que hoje em dia com tanta
formas de “mudar som” o som natural se perdeu no meio do caminho....
Pra entender devemos saber mais sobre a matemática do som (como o mesmo chega ao nosso
ouvido). Quando você fala no celular com uma pessoa que está numa rodovia e se você estiver
num ambiente fechado vai ouvir a pessoa com clareza, mas a pessoa não te ouve por que o
barulho externo da rodovia é muito mais alto que o ambiente do carro que ela se encontra. O
nome disso é “mascaramento acústico” um dos pesadelos da mixagem e ainda há a famosa
guerra dos picos onde cada instrumento gravado tenta encontrar seu “espaço”. Pra isso uso
uma teoria bem simples: imagine uma porta projetada para passar uma pessoa por vez, o que
acontece se vinte passarem ao mesmo tempo? Obviamente ficarão trancadas! Com o som é a
mesma coisa, temos somente 2 canais mono que formam o estéreo (em alguns aparelhos temo 8
mono que formam o surround) como uma música geralmente é composta de uma bateria com no
mínimo 7 peças, baixo, guitarra e vocal imagine tudo isso tentando passar somente em 2 canais
e separadamente!Por isso numa gravação um som separado é ótimo e quando junta com outro
embola por isso usamos o volume, pan, equalizador e efeitos para separa-los. Veremos mais
adiante sobre assunto.

Tipos principais de equalizadores

Os 4 tipos de equalizadores mais conhecidos são:

Gráficos – Os equalizadores Gráficos (Graphic EQ) foram projetados para desenharmos o


“formato de onda” que queremos que nosso som assuma. São mais usados para o sons de casa,
ao vivo em P.A e no carro. Numa gravação é pouco usado por causa de um detalhe: não puxa as
freqüências exatas. Em detalhes: Um equalizador de gráficos de 31 bandas, quando subirmos ou
descermos por exemplo a freqüência 115K, ele também puxará junto a freqüência se descer
114K e se subir 116K. Quanto menos bandas mais bandas são puxadas, um de 15 bandas em
115K se descer puxará as freqüências 110K, 111K,112K,113K,114K e se subir
116K,117K,118K,119K,120K um de somente 10 bandas partindo de 1 15K puxará tudo se
baixar entre 105K a 115K e se subir de 125K a 115K. Porém muitas vezes para resolver
problemas de mascaramento e limpeza de som justamente por puxar várias bandas ao mesmo
tempo pode de ser muito útil.
Foto: plugin equalizador gráfico de 16 bandas

Paramétricos Q – Os equalizadores Paramétricos (parametric Q) foram projetados para as


gravações. Como ele é possível puxar várias freqüências altas (high self) ou baixas (low self) ao
mesmo tempo, além podemos fechar o Q (oitava de banda) numa exata freqüência. Sendo o
mais usado também o mais ruim de trabalhar e é o que mais abordaremos.

Foto: Plugin PSP Xenon equalizador paramétrico.

Tradicionais ou Fixed EQ: Os equalizadores tradicionais (fixed eq) altera o som pelos botões
low (grave) mid (médio) e high (agudo) encontrados nas mesas de som, amplificadores (baixo e
guitarra), stacks, racks e nos aparelhos de som caseiros mais caros. Sua melhor vantagem é que
você consegue chegar no som que quer apenas girando o botão (knob), mas assim como o
equalizador gráfico puxa várias freqüências juntos.

Foto: Fixed EQ

Compressor multibanda - É a junção de um equalizador paramétrico com um compressor. É o


preferido dos produtores para corrigir freqüências, pois além de aumentar ou baixar a freqüência
comprime a mesma deixando com volume alto.
Foto: plugin Waves C4 compressor multibanda

Atenção!!!
Não caia nessa de ficar aumentando as freqüências numa mixagem! Você aumenta o volume da
gravação, mas mata a dinâmica! Muitas vezes é melhor gravar um pista no volume perto de pico
(tipo – 0,2 dB) e com as freqüências aumentadas (tipo 200 Hz + 1 dB, 1 kHz + 2 dB, 5 kHz +6
dB) e depois diminuir o que precisa na mixagem. Em mixagem é sempre melhor cortar do
que aumentar! Porém... Há casos que só aumentando resolve certos conflitos.

A qualidade do equipamento interfere muito no resultado final do som mais do que a


equalização. Há equipamentos que só basta “tocar e gravar” e depois mixar e música está
pronta. Porém não espere isso se estiver usando um computador com “placa de som amadora” e
uma mesa de som, aliás, muitas vezes o resultado pode ser o oposto. Todas as tabelas de
freqüências que encontramos ao longo da internet foram feitas para “equipamentos bons” e não
para equipamento bom interligado com um “mais ou menos”, por isso a equalização vai exigir
você pensar bastante sobre o assunto e infelizmente mixar em seu simples equipamento é bem
mais complicado do que com equipamentos de qualidade. Mas não desanime! Lembre-se que
quando você conseguir “tirar água da pedra” vai estar pronto para qualquer equipamento
superior que comprar e ainda em muitos livros que leio os autores falam que muitas vezes
o que difere uma gravação amadora (com bons equipamentos) de uma profissional é mais
equalização, controle de volume e pan do que outra coisa. Alguns passos para se seguir:

1.Tenha sempre músicas como referência. Procure ouvir várias e tomar como ponto de partida
de seu som.

2.As formas mais comuns num equalizador paramétrico.


LOW SELF – Puxa todas as freqüências para cima ou para baixo partindo do grave.
HIGH SELF - Puxa todas as freqüências para cima ou para baixo partindo do agudo.
NOTCH (OU PARAMETRIC)- Permite você manipular uma freqüência, aumentado ou
diminuindo a largura do Q. A figura abaixo explica melhor.

3.Regiões
São onde se original as freqüências. De 20 Hz a 20 kHz.

Região Efeito FREQUENCIA


Sub graves Ambiente, estrondos, subwoofer 20 A 60 Hz
Graves Baixo e bumbo 60 A 250
Medias baixas Atenuações diferentes 250 A 2000K
Media altas Presença e irritação 2000 A 6000
Agudos Ar 6000 A 20000
veja o que elas contém

8ª Hz Região O que faz no Se há demais o Se há de menos o


som fica... som fica...
1 20-40 subgraves fundação flácido raramente
percebido
2 40-80 graves profundidade sobrando/frouxo leve/duro
profundos
3 80 – graves base gordo/pesado/u magro/frio
160
4 160- graves/ densidade cavernoso/u apertado
320 médias
baixas
5 640-1K médias força buzina/telefone/o distante/oco
baixas
7 1 – 2K médias projeção lata/metalico/é velado
altas
8 5 – 10K agudos brilho silabante/magro/s abafado/fosco
9 10-20K super ar zunido/soprado pouco percebido
agudos

Tabela de freqüências. Essas tirei do livro “Enginners Book Manual”

INSTRUMENTO FREQUENCIAS MÁGICAS


BAIXO (BASS) Básico 50 – 80 Hz, ataque em 700 Hz, timbre 2.5 kHz
BUMBO (KICK) Básico 80 – 100 Hz, corte total a partir de 400 Hz, aumentar entre 3 –
5 kHz
CAIXA (SNARE) Som seco 120 – 240 Hz, esteira 900 Hz, Brilho 5khz, estalo 10 kHz
TONS Som cheio 240 – 500 Hz, ataque 5 – 7khz
SURDO (FLOOR Som cheio 80 – 120 Hz, ataque 5 kHz
TOM)
XIPO (HIT HAT) Ruídos 200 hz, ruídos de vibração 8 a 10 kHz
PRATOS
(CYMBALS)
GUITARRA Som cheio 240 – 500 Hz, Presença 1.5 a 2.5 kHz, 1 kHz controle de
cabinete 4x12.
VIOLÃO Som cheio 80 Hz, corpo 240 Hz, presença 2 – 5 kHz

ORGAO Som cheio 80 Hz, corpo 240 Hz, presença 2 – 5 kHz


PIANO SM cheio 80 Hz, presença em 2.5 – 5 Hz, som honk tonk 2.5 khz
SOPRO Som cheio 120 a 240 Hz, sons agudos 5 kHz
VOZ Som cheio 120 Hz, estrondo 240 Hz, presença 5 kHz, silabas em 5
kHz, ar em 10 kHz.
STRINGS Som cheio 240 Hz, sons de arco 7 – 10 kHz
CONGA Vibração 200 Hz, batida 5 khz
Uma das táticas de um produtor ao mixar é se basear no nosso “corpo” para prever onde há
excesso ou faltas de freqüências:

Acima da cabeça: sentimos as freqüências muitas altas (10 – 20 kHz) como se fossem um
“enxame de abelhas”.

Na cabeça: sentimos as freqüências mais agudas (6 – 10 kHz) como se um “ranger de dentes”

No peito: sentimos os médios (1 – 5 kHz) como se alguém nos fizesse “massagem


cardíaca”.

Entre o abdome e as partes intímas: sentimos os médios graves (300 – 800 Hz) como
se fizéssemos “abdominais”

Abaixo dos joelhos: sentimos os graves (40 – 300 Hz) como se “pisássemos em piso de
madeira”

Abaixo dos pés: sentimos os sub graves (20 – 40 Hz) como se estivéssemos num meio
de um “terremoto”
A figura abaixo onde atinge cada instrumento na região de um equalizador de 20 Hz a
20 Khz.
Capítulo 08
Efeitos

Agora iremos falar um pouco sobre efeitos.


Existem vários plugins e vários processadores de efeito no mercado, mas o que faz cada um
deles? Como deixar sua música bonita com os mesmos? Porém a primeira dica antes de colocar
efeitos é não colocar efeitos!
Hoje em dia a maioria dos efeitos é colocado "após" a gravação ou seja na mixagem e
antigamente não era diferente. O que acontece como queremos "ver resultados rápidos"
perdemos um tempo precioso em colocar efeitos principalmente os que podem "embolar o som"
como o reverb e o delay que são dois sons “lindos” individualmente mas que quando mal
aplicados dão a sensação de “afastar o som” ao invés de aproximar.
Efeitos de modulação (chorus, phaser, flanger) em "dose mínimas" até ajudarão trazer o som
para frente mas de resto é preciso cuidar. Se caso realmente quiser gravar o delay é bom ter a
mão um software de cálculo de delay pois se não ele pode embolar.
Vamos a descrição dos principais efeitos encontrados em plugins:

Efeitos de Ambiente

Reverb
O mais famoso dos efeitos e primeiro a ser criado. Usado para simular ambientes.
Prós – Corrige a maioria dos defeitos de gravação como distância entre um instrumento e outro,
brilho no vocal, aumenta o campo estéreo.
Contras – Afasta o som original do falante (o famoso cantando no banheiro), tira o som de sua
fase.

Controle O que faz Descrição


Dry out Controla a mistura do som seco Quanto mais, mais o som em
sem efeito. “seco” aparece
Reverb out Controla a mistura do reverb no Quanto mais, mais o som com
som “reverb” aparece
Cut low Anula o reverb a partir de uma Exemplo: se ajustar em 100 Hz o
freqüência grave pré definida. reverb não aparecerá abaixo
disso.
Cut High Anula o reverb a partir de uma Exemplo: se ajustar em 1000
freqüência aguda pré definida. kHz o reverb não aparecerá
acima disso.
Size ou Type Define o tamanho do reverb Clássicos: room (quarto), hall
(sala), plate (placa), large (largo)
e small (pequeno)
Decay Define em quantos milisegundos É aquele eco/ar que sobra depois
o som do reverb irá acabar do fim do som com reverb.
depois do som.
Dry/Mix Mistura o som Mistura o som seco com o som
do reverb. Substitue o dry
out/reverb out.
Time Delay do efeito Define quanto tempo o reverb
deve atuar no som.
Delay – Surgido para simular um eco. Existem 3 tipo mais conhecidos: analógico, digital e fita
(tape echo), faz com que o som seja dobrado, ampliado ou simplesmente “passear” pelo campo
estéreo.
Prós – Corrige defeitos de afinação, faz com som fique mais na cara (o mesmo se aproxima do
falante) dá para criar belas camadas de voz e instrumentos. Dobra o som.
Contras – Pode desafinar instrumentos de corda (violão, baixo, guitarra) e em exagero embola o
som. Todo tempo tem que ser calculado, para fechar com a música.

Controle O que faz Descrição


Dry/Mix Mistura o som Mistura o som seco com o som
do delay.
Delay Time Tempo de atraso Define quanto tempo o som
deverá ficar atrasado ou
adiantado.
Feedback Multiplica o som Define quantas vezes o mesmo
som será multiplicado no tempo
do delay.
Level Volume do efeito Define a quantidade de delay no
som. Similar a Dry/Mix

Efeitos de Modulação
Chorus – Muito usado nos anos 80, para simular duas linhas de sons atuando em conjunto, Cria
sons até de 90º.
Prós – Ótimos para reforçar o sinal de quase todos os instrumentos e a voz. Ótimo resultados
quando combinado com reverb ou delay.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.

Trêmulo – Muito usado na Surf Music justamente para imitar a ação da alavanca de uma
guitarra. Primeiro efeito de modulação criado, pai do chorus sendo uma variação do mesmo,
porém é somente usado em instrumentos, na voz é muito pouco usado.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons.

Phaser – Nasceu a partir do Chorus cria sons até 180º. Muito usado no funky e nas músicas do
rock progressivo. Na voz um de seus maiores usuários foi Ozzy Osbourne.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.

Flanger – Nasceu a partir do phaser e cria sons até 360º (dá até pra criar efeito de helicóptero).
Muito usado por vários músicos do metal, rock e baixistas. Na voz é usado para criar camadas e
um dos lados.
Prós – Ótimo pra criar sons exóticos.
Contras – Deixa o som fora de fase. O exagero pode embolar os sons e incompreensível.

Efeitos de harmonia
Auto tune – O mais famosos efeito de voz, foi criado como “rack” pela Antares e logo virou
plugin. Alem de ser um efeito muito para corrigir imperfeições na voz serve também para alterar
a mesma.
Prós – Corrige imperfeições, ótimo para criar frases finais com vibrato tanto para voz como para
instrumentos.
Contras – Em exagero fica ridículo, não corrige desafinações intensas como a maioria das
pessoas pensam.
Harmonist – Criado primeiramente em sintetizadores, depois em racks de efeito para guitarra e
depois para voz. Harmonist tem a função de fazer um escala “soar em acordes, tríades ou
tretades”, ou seja quando você toca uma nota na verdade está tocando um acorde. Em
instrumentos é muito usado em solos rock e nos solos sertanejos, na voz conseguimos criar um
“corô” apenas partindo de uma única voz, som foi usado na voz de no megahit Believe e hoje
em dia é muito usado em todos os tipos de estilos.
Prós – Rápido para criar 2º e 5º voz partindo da original e incrementar solos.
Contras – Mal usado deixa o som cafona

Pitch Shifter – Assim como o harmonist primeiramente apareceu em sintetizadores, depois em


racks de efeito para guitarra e depois para voz. O termo técnico “Pitch” em inglês na música
quer dizer “redução de tom”, por isso é o efeito de reduzir um tom na música.
Prós – Ótimo para criar efeitos tipo de terror e ficcção científica e pra músicas eletrônicas.
Muito usado no solos de guitarra na música sertaneja.
Contras – Difícil de encontrar uma aplicação útil por isso é mais usado como música
experimental instrumental.
Capítulo 09
Mixando

Chegou a hora de você tentar “mixar” sua primeira música. Muitas vezes não é as gravações que
nos dão “um nó na cabeça” e sim a mixagem pois a maioria dos iniciantes cometem os seguintes
erros básicos:

1)Ouvir que nem não deve ser ouvido


Sem dúvida não há maior erro do que fazer isso. Pois a lógica é bem simples: quem grava ou
está no ramo geralmente escreve livros, faz vídeo aulas ou tem um site para divulgar seu
trabalho. Aprenda a ouvir mas deixe seus “erros” te ensinarem.

2)Achar que a tecnologia resolve tudo


Comentei isso no início, mas vamos falar mais uma vez: não ache que gravando tudo “ruim”
depois se resolve com plugins. Eles não resolvem e até pioram o som. Se fosse assim essas
entrevistas que você lê que sua banda favorita comenta em entrevistas que demoraram até “3
meses para o achar o timbres dos instrumentos” para começar a gravar não teria sentido!

3)A busca por um volume comercial


A maioria das pessoas que começam logo após mixar e colocar para um amigo, a namorada, o
irmão, os pais ou qualquer outra pessoa irá ouvir: mas esse volume ta muito baixo....
Então você pisará em ovos para tentar aumentar o volume até fazer sua mixagem não dar em
nada. Acredite a maioria dos problemas de som baixo vem das pistas e não da mixagem final.
Se fosse assim, bastava colocar um plugin de limiter no “talo” que sua música estaria com um
volume comercial bom!

4)Não estudar o suficiente antes de mixar


O princípio básico que fiz essa apostila é justamente porque quando comecei a gravar não tinha
acesso a nada e por isso quando vejo algo de gravação ou mixagem novo vou logo devorando.
O certo era todos fazerem curso de mixagem que estão disponível até on line hoje dia. Mas
quem não pode tem que meter a cara nos livros e nos vídeos mesmo!

5)Não refazer os passos


Isso é tão importante que por exemplo até hoje não sei como “regravar” minha primeira música.
Ela ficou bastante “anos 80” e com um volume bastante comercial mas nunca mais consegui
repetir a façanha. Hoje gravo e mixo melhores que ela, mas nunca igual. Isso porque não anotei
o que eu fiz. Por isso sempre aconselho anote tudo o que está fazendo desde os erros e os
acertos pois você irá precisar deles!

6)Use os ouvidos!!!
Acredite ainda são a maior ferramenta numa mixagem!!!

Os 5 conceitos básicos de uma mixagem


Como já disse como não temos conhecimento e como nossos amigos fazem um “bicho de 7
cabeças” gravar e mixar em casa ou em qualquer outro lugar se quando comecei me dissessem
que a mixagem tem apenas “5 conceitos básicos” e que o resto é puramente saber ‘usar ou
ouvido” acho que não iria demorar tanto chegar onde estou agora. Primeiramente você precisa
entender isso antes de continuar.
1)O timbre
Já estou falando isso a apostila inteira mas é justamente para você “fixar na cabeça”, um bom
timbre mata 50% ou mais da mixagem!Os grandes estúdios conseguem até 80% contando
com os melhores equipamentos. Primeiramente esse termo se aplica desde a gravação da voz
até o uso de VSTi ou samples. Quanto melhor timbre mais fácil para mixar. O segredo? Deixar
tudo pronto! Como já foi comentado no capítulo 5.

02)Camadas de Volume
Quando se fala em volume é o “volume da pista” onde você gravou e todo o resto.
O grande segredo para um “grande volume” é simplesmente o equilíbrio. Você precisa definir
quem terá menos ou mais destaque na música. Quando os volumes estiverem no lugar distribua
o pan para cada instrumento. Na música moderna há um regra básica para o bumbo, a caixa
e o baixo devido a sua “força”: eles sempre tem que estar no meio! Ao menos que você dobre e
distribua as dobras para cada canal.

Essa figura acima mostra como se comporta o volume numa mixagem no estilo “POP”

Volume1
Nesse nível mais na “frente” vai o que é destaque na música. Nesse caso a voz, a caixa e a
guitarra. Claro que a voz sempre é mais destacada, a guitarra conduz a parte rítmica e caixa
chama a “atenção” do ouvinte (principalmente acompanhada de um reverb)
Volume2
Esse nível também pode ser considerado a “cama” da música, ou seja aquela parte onde dá vida
a mesma. O teclado dependo o timbre (como strings ou órgão) pode ir até no volume 3. Já o
bumbo em muitos heavy metal (como em Rising Force de Yigie Malmsteen) pode ir no volume
1 também. Juntamente aqui temos um dos pratos (crash por exemplo) e o baixo (para o corpo do
bumbo). O Tom 3 que é o mais agudo vai aqui também numa virada. Se for 4 tons o último
pode ir no volume 1.

Volume3
Nesse nível geralmente vai o prato de condução (ride) e o xipo (hi hat) porém eles podem variar
muito de nível dependo o estilo musical (o xipo em músicas como hip-hop, funk, jungle, techno
pode estar no volume 2). Aqui temos mais um tom, geralmente o 2.

Volume4
No último nível geralmente se encontra o início da virada (a primeira batida do tom1), efeitos
como reverb ou ainda dobras. Nesse nível até uma “duplicação das trilhas” ajuda empurrar a
música pra frente.

Efeitos como trovões, badalar de sinos, gritos, explosões ficam geralmente a um nível acima do
volume 1, geralmente no início das músicas.

03) Pan(ing)
O pan define para qual lado vai o instrumento gravado. O Pan também é o que deixa o som
“homogêneo” assim evitando “conflitos no campo estéreo”. Existe uma regra “não oficial” para
fazer um bom pan: instrumentos com mais força (bumbo, baixo, caixa) no centro; instrumentos
mais agudos (xipo, pratos, piano solo) mais a direita; instrumentos mais graves (surdo, synths,
piano rítmico), voz pelo campo todo (a esquerda, no centro e a direita). Porém existem outras
formas. Veremos isso adiante.

04)Equalização
Como explicamos detalhadamente no capitulo 6 geralmente a equalização numa mixagem tem
que ser algo “cirúrgico” ou seja, apenas para destacar os “melhores sons” e não tentar “corrigir”.
Você deve saber como se comporta cada instrumento em todas as freqüências porém não
existe uma regra em “cortar” ou “aumentar” e sim fazer isso quando aparecer uma necessidade.

Analisando a equalização de Buss da música Entersadman


Graças a disponibilidade da internet, muitos estúdios já publicaram o “buss” de músicas
famosas. Esses eu peguei no “you tube” do grande hit do Metallica – The Entersadman. Vamos
ver como funciona a equalização na música. Apesar de ser um música do estilo “Metal” sua
equalização não muda muito para qualquer outro estilo pop/rock, reagge, latino, jazz, blues e
country. Talvez mude um pouco na música eletrônica, música oriental e clássica por não usar os
instrumentos mais comuns. Isso pode ser bem útil para o próximo capítulo.
A)A música ao todo

Figura: A música “The Entersadman” vista no plugin Ozone 3

Quando você colocar uma música pra tocar e coloca um “analisador de espectro” geralmente ela
tem essa forma, mudando mais o “final” e o “começo”. Toda música possue um “low end”
(final grave) perto de 25-40 Hz e um “high end” perto de 12 – 20 kHz. Você também pode notar
que a partir de 320 Hz ela vai “despencando” isso pelo fato que a “força” de toda música está
nos graves, a parte “sonora” nos médios e a parte de “brilho” no agudos.
O “buss” dessa música foi feito assim: A)bateria, B)baixo, C)guitarras e D) voz. Se
pudéssemos pegar e “separar” no analisador esses buss eles ficariam assim:

Figura: A música “The Entersadman” vista com “buss separados”.


Você vai notar que a música dá mais destaque as “guitarras” (linhas brancas) por se tratar de um
música metal. Porém cada “buss” tem uma particularidade, pois como há vocal na música o
mesmo tem que haver um “espaço” se não há voz fica “incompreendida”. Vale lembrar que
estilos como o heavy metal, hard rock, grunge, blues rock dão mais destaque as guitarras que a
voz.

Primeiramente eu marquei com “círculos vermelhos o baixo, a bateria e a guitarra. Esses


círuclos mostram a realação de cada instrumento com os “graves”. Perceba que pouca coisa
muda do baixo e da bateria (note que a diferença entre os dois acaba perto de 300 Hz)
justamente porque o baixo segue o bumbo. A guitarra começa em 84 Hz justamente porque aí
está a força de seus “harmônicos”. Em relação a guitarra e a voz (círculo verde) veja como a
guitarra há burcaos entre 200 – 320 Hz e 500 Hz a 4.5 kHz, justamente para que a voz passe
por aí. A guitarra tem um “ganho” entre 4.5 kHz pois nessa parte é onde se pega a “força” dos
falantes e encorpa a mesma. Já na voz perceba que há um “buraco” em 5 kHz, possivelmente
causado por um “de-esser” ou feito com um equalizador notch mesmo. Isso “corta” a silibância
e os “sss” e “pfff” da voz.
O segredo da boa equalização é você conseguir primeiramente o timbre “ideal” e depois
“cortar” o sons nas freqüências certas para não conflitar com os demais. Porém isso é mais
ouvido do que uma técnica propriamente dita.
05)Efeitos
Efeitos são praticamente um gosto pessoal. Particularmente eu sigo o “padrão
americano/inglês” de mixagem que é colocar efeitos e dobras para trazer o som pra frente.
Porém o padrão brasileiro tem como padrão ser bem “seco e compressado”.

06)A ordem dos plugins


Isso depende muito o que se fazer com a trilha. Até onde sei o plugin final de uma cadeia é
sempre o compressor para dar volume a tudo mas nada impede que o final seja um equalizador
ou reverb. Geralmente os efeitos e as equalizações são colocados “separadamente” nas pistas e o
compressor no “Buss” para finalizar e deixar com volume as mesmas. E ainda tem o fator que
quanto mais “plugins” mais consumo de CPÙ você terá.

Por onde começo?


Eu já li muita coisa sobre isso e já fiz muitos testes, porém não adianta começar o trabalho com
“todas as pistas soando na sua cara” deixe primeiramente todo o som de todos as pistas zerado!
No meu ver existem três modos de começar uma mixagem.

A)Construindo sobre a voz


Esse é o mais usado de todos os métodos. Primeiramente faça toda voz: acha-se seu timbre, tira-
se seu ruído, coloca-se “de-esser”, comprime, define-se os efeitos (porém pode deixar isso pra
depois).... A patir do momento que ela está de acordo com seu ouvido vai se construindo em
torno da mesma. Primeiro se ergue o bumbo, depois a caixa, depois o baixo e assim por diante.
Claro se você estiver gravando uma música instrumental o” instrumento solo” (guitarra, sax,
piano, flauta) o mesmo tem que ir no lugar da voz.

B)Construindo por sessões


Primeiramente se ajusta toda parte rítmica (bateria, guitarras) com seus “Buss” definidos e em
volta disso se coloca a voz e os instrumentos solos. Geralmente essa mixagem é usada mais no
rock, pop e bandas de baile.

C)Separando Análogo de Digital


Quando gravamos uma parte em análogo (voz, guitarra, baixo) e outra em digital (samples ou
plugins VSTi) Uma boa maneira é começar primeiramente pela voz, em seguida da guitarra e
depois o baixo. Após isso daí sim coloca-se os “instrumentos virtuais”.

A “Pirâmide” de David Gibson

A todos que começam a gravar ou que já estão gravando aconselho a ler a “bíblia da gravação e
mixagem” que se chama a “Arte da mixagem” por David Gibson (responsável por livros, DVD
e cursos abordando todo tipo de estilo) pois na minha opinião não existe melhor forma didática
de como se tornar um bom profissional em mixar. Eu tenho o vídeo do livro e a cópia do livro
no meu celular e muitas vezes estou vendo e revendo os dois.
Nesse livro contém a melhor explicação sobre “mixagem” que já de cara te descomplica e torna
ela bem simples. E quanto mais simples no início mais fácil de aprender!
A)Volume
Primeiramente você tem que separar as sessões. Ou seja, construir os “Buss”

Aqui geralmente não vai ainda nenhum efeito, somente o compressor no “Buss”. O volume dos
instrumentos depende muito do estilo que você irá fazer ou como você quer que a sua música
saia (conforme mostrado anteriormente em camadas de volume).
A)Sempre tenha uma música ou mais como referência
A melhor coisa para se fazer uma boa mixagem é pegar uma música que você gosta ou acha
bem Não precisa ser exato construída e num papel colocar tudo que ela contém: quais as coisas
que vão nas “camadas de volume”, o que vai no lado esquerdo/direito, o que vai no centro, qual
os efeitos que ela use., apenas tente adivinhar e colocar na sua mixagem! Tenha em mãos
músicas do estilo que está gravando e também ouça as que não são.

B)Equilibre o “master” e o “Buss”


Isso evita surpresas bem “desagradáveis” principalmente na finalização da música. É uma coisa
bem simples: você pode deixar o “Buss” estourado mas nunca o master! Toda vez que o master
chegar no “vermelho” reduza o volume do mesmo não dos “Buss”!

C)Crie uma “sala virtual”


Quando não se grava num estúdio projetado ou em casa sofremos “a boa vontade” das ações das
‘freqüências + reverberação”. Para diminuir isso existe uma solução bem simples: basta
você colocar um “reverb” no master e definir “o tamanho da sala” (usar a função do reverb “cut
low” depois de 80 Hz e “cut high” após 12 kHz ajusta melhor o som). Após o ajustes de volume
você pode tirar o reverb ou se gostar do que está ouvindo até deixar.
Atenção: não deixe o reverb “denso” pois irá começar a causar conflito! O bom é usar os que
imitam “salas” como room, plate ou hall.

D)Dobre!
Quer deixar a voz mais densa? Ou guitarra mais pesada? Ou qualquer outra parte, DOBRE!
Basta apenas “duplicar” as pistas e definir outros valores, como a tabela abaixo:

PISTA Vol. Vol. Midi Grave Médio Agudo Efeito


dB*
Voz 1 -3 120 -4 5 +6 Chorus
Voz 2 (dobra) -9 105 5 -4 5 Autotune
Voz 3 (dobra) - 15 75 -2 +7 -4 Delay
Voz 4 (dobra) - 25 40 -3 5 -2 Distorção

Obs:
Sony Acid, Fruity Loops e Sony Vegas são DAW que usam valor de volume em dB.
Pro Tools, Sonar e Cubase são DAW que usam o valor de volume em MIDI.
Controles de grave,médio e agudo refere-se a um equalizador Fixed ou seja aquele encontrado
em mesas de som e amplificadores cujo o som se modifica pela ação dos Knobs.
Esses valores podem funcionar ou não em sua dobra.

E)Aprenda a usar automação


Muitas vezes você precisa “destacar” um pista em especial, para chamar a atenção do ouvinte.
Um truque é usar uma função de qualquer DAW chamada “automation” ou “automação”.
Algumas funcionam em “gravação de movimentos dos slader”
(como num mesa de som) porém o mais simples é simplesmente criar um “envelope” como na
pista abaixo:
Figura:Automação de efeito por envelope no Sonar

Envelope de Volume: Guia Azul.


Envelope de Efeito: Guia Azul Claro.
Envelope de PAN: Guia Vermelha.

Isso é muito útil seja para aumentar o volume, mudar o pan ou posição de um efeito.

B)Pan
Muita gente prefere também ao definir o volume já definir o PAN logo em seguida, porém isso
quando se tem a “linha principal” ajustada no campo estéreo que nosso caso é a VOZ (poderia
ser um instrumento solo também como guitarra, violão, piano ou sax).
“Pan” (panning) nada mais é do que colocar o som do direito e lado esquerdo. O pan
geralmente funciona por números: 0 para indicar que o som está todo lado esquerdo, 64 para
indicar que o som está no meio e 127 para indicar que está todo do lado direito, isso é uma
herança do sistema MIDI que funciona com posicionamento de som no campo estéreo dessa
maneira. Não existe uma regra onde colocar cada instrumento no pan, o que existe é um
consenso. Muitos produtores preferem colocar sons forte ou graves do lado esquerdo deixando
os fracos e agudos para o lado direito, mas maioria faz o posicionamento como se fosse uma
banda ao vivo no palco.
Foto: posicionamento da banda Jerry & Croa.

Bumbo – Centro (64)


Caixa – Lado esquerdo (45)
Xipo – Lado esquerdo para o centro (54)
Pratos – Lado esquerdo (20) ou lado direito (70)
Tom 1 – Lado esquerdo (30)
Tom 2 – Lado esquerdo quase centro (58)
Tom 3 – Lado direito (75)

Baixo – Centro (64)


Guitarra 1 com distorção ou efeito – Lado esquerdo (30)
Guitarra 2 Limpa/distorção sem efeito – Lado direito (110)
Teclado cama – Esquerdo teclas graves (0) direito teclas agudas (127)

Vocal – Centro (64)


Back vocal 1 – Direito (100)
Back vocal 2 - Esquerdo (15)

Já outros preferem colocar o plugin de acordo com o destaque de cada instrumento, o chamado
Pan Dinâmico.

Foto: posicionamento com Pan Dinâmico


Bumbo – Centro (64)
Caixa – Centro (64)
Xipo – Lado esquerdo para o centro (54)
Pratos – Lado esquerdo (20) ou lado direito (70)
Tom 1 – Lado esquerdo (30)
Tom 2 – Lado esquerdo quase centro (58)
Tom 3 – Lado direito (75)

Baixo – Centro (64)


Guitarra 1 com distorção ou efeito- Lado direito total (127)
Guitarra 2 Limpa/distorção sem efeito – Lado esquerdo total (0)
Teclado ou cama: Centro (64)

Vocal 1 – Centro (64)


Vocal 2 – Com efeito reverb - Lado esquerdo total (0)
Vocal 3 – Com outro efeito - Lado direito total (127)

Back vocal – Centro (64)

C)Equalização
A equalização na mixagem deve servir mais de um “auxiliar” do volume. Por exemplo, vamos
supor que você ache que algum instrumento ficou abafado, sem vida ou afastado dos demais
sons. Você pode usar o equalizador para tentar “colocar” o mesmo no lugar (aumentando ou
diminuindo) mas lembre-se que o mesmo não poderá corrigir “erros de gravação ou timbres” ele
apenas irá “destacar ou afastar” o som que queira.

Sweep: muitas vezes quando não encontramos o que está nos “atormentando” ou o timbre
correto de um instrumento, vale a pena pegar um equalizador paramétrico e “varrer as
freqüências com um “alto Q” e um “baixo Q.

Figura: varrendo as freqüências.


1)Primeiramente você deve pegar a “o fim do som” e “empurrar para o fundo”.
2)As freqüências “medianas” devem ser empurradas para frente em direção as “agudas”.
3)Você primeiro pode varrer “aumentando o Q” e depois “diminuindo o Q” até achar o som
que lhe agradou.

transformando mono em estéreo


1)pegar a pista original
2)dobrar numa nova pista e colocar 10 ms ou 30 ms atrasado
3) abrir o pan

D)Efeitos
Esse critério é puramente “criativo e pessoal”. Apesar de todo mundo “inventar uma regra” a
verdade que para efeitos “não existem regras”. Muito iniciantes (também fiz essa) tem mania de
achar que o “reverb” é solução para colocar a “voz na frente” (isso era comum na década de
1970 ao final da década de 1980) porém o que deixa a “voz” na frente é uma combinação de
“duplicação e compressão” (pelo menos quando gravamos em casa) e também colocar efeitos
depende muito do estilo também por isso veja alguns exemplos:

1)o sertanejo de “Zezé di Camargo, Chitãozinho & Chororó e Leandro e Leonardo” em suas
vozes sempre há um “longo reverb” assim como na voz da cantora “Adele” ou nas músicas
heavy metal da banda “Twisted and Sisters”.

2)A voz de “Chorão” do “Charlie Brown Jr.” possui muitas camadas de delay. A voz de Katy
Perry possui camadas de “harmonizer”.

3) O efeito que Ed Van Halen no primeiro disco da banda Van Halen em 1979 que ele usou nas
músicas “Eruption, Ain´t Talk ´Bout Love e Atomic Punk” que eram a combinação “exagerada”
de Ecoflex (delay) e Phaser e que já existiam há uma década mas como alguns guitarristas do
anos 70 como Joe Perry declararam que não usava essa combinação por ser “muito cafona”. Isso
prova que muitas vezes um “efeito que não é comum” pode virar um sensação da “noite pro
dia”.

4)Phil Collins nos anos 80 usava uma caixa eletrônica 808 combinada com bastante reverb com
noise gate.

5)David Gilmour e The Edge são conhecidos pelo “exagero belo” de delays em suas guitarras.

6)Muitas vezes o efeito não passa de um “reverb bem de leve” na masterização.

E)Volume das caixas


Quando eu trabalhava num estúdio o dono dele preferia mixar “bem baixo” pois depois era só
aumentar o volume que o mesmo estava no lugar. Porém essa não é uma técnica muito
aconselhada pois em “baixo volumes” o ouvido tem a tendência de ouvir mais os “médios” que
são as freqüências que nossa audição destaca mais. Já David Gibson fala em seu livro que é
melhor “escutar tudo alto” pois quando abaixarmos será tudo igual.
Na minha opinião o melhor mesmo é intercalar os volumes, ou seja, testar a pista e a músicas
em vários volumes partindo de um volume “médio” (não tão alto e não tão baixo).
Mixando com fones de ouvidos
Mixar em com fones de ouvido é uma questão de gosto pessoal. Primeiramente vou explicar as
diferenças entre o fone de ouvido e escutar com as caixas.

Nas caixas de som (figura 2) o som vem da frente e atinge nosso ouvidos. Já nos fones (figura
1) ele fica em “torno da nossa cabeça” como se estivesse dentro dela. Embora fones sejam bons
para gravar (essenciais na verdade) em mixagem eles só servem para definirmos o pan, pois
nos engana seja no volume ou na equalização. Os guitarristas costumam dizer que se o som
“que ouvimos” nos fones de ouvidos fossem reproduzidos e gravados seus problemas com
equipamentos caíram pela metade! A verdade que o som realmente foca melhor, pois no
fechamos “para o mundo lá fora” e temos um som em particular sem nenhum obstáculo. Enfim
se você quer mixar com fones compre aqueles de DJs pois eles sempre “mostram” todas as
freqüências. Esses fones variam de R$150 a R$400.

F)Faça pausas!
Quanto mais se trabalha com o ouvido, mais você o estressa. A audição assim como os
“neurônios” são duas coisas que quando se perde não há como recuperar. Por isso é
aconselhável a cada 1 hora de mixagem uma pausa de 10 minutos. Muitas vezes se você parar
por uma hora, quando começar de novo ouvirá coisas que não tinha percebido.

G)Mute
Para os produtores e engenheiros de som esse é o “botão mágico” por uam razão simples:
muitas vezes quando não se sabe o que está acontecendo numa música basta apertar o “mute” e
desligando em “seqüência” as pistas até achar qual está dando conflito. Funciona sempre!
Capítulo 10
Finalizando a música!

A relação entre volume, master e buss


Mantenha o master sobre controle. não deixe o buss passar de- 4db, porém isso pode
variar. não exagere nos níveis de monitoração.
quanto mais baixo: menos graves
quanto mais alto: mais graves
Se você estiver gritando está alto demais, se não entende as “nuances” está baixo
demais.se os graves aparecem num volume alto e se em volume baixo eles somem
sobrando somente a voz está no caminho certo!
se fizer um “fade out” e os graves sumirem primeiro e depois a voz, está no caminho
certo!

Efeitos dos Buss


A maioria dos produtores preferem só um plugin compressor no buss. Outros colocam mais
como equalizador, harmonic enhancer (acrescenta harmônicos) e compressor. Outros preferem
usar “multi efeitos” (incluem equalizador, simulador de válvula, noise gate e compressor num
único plugin) como Izone Alloy, Waves Parametric5 ou Cakewalk VC64.

Efeitos do master
Isso é uma coisa de se experimentar. O objetivo do plugin aqui é deixar a música dinâmica.
Por isso já vi vídeos (que estão até no youtube) mostrando o produtor colocando 7 ou 10 plugins
em “cadeia” cada um fazendo uma função diferente para deixar a música comercial. Muitas
vezes quando a música está bem equilibrada e dinâmica apenas 1 de “limiter” é suficiente.
No meu caso eu prefiro usar 5 ou um “multi plugin” como Izotope Ozone ou IK Multimedia T-
racks. Os plugins separados que uso geralmente são esses (pois muitas só isso resolve)

A)Equalizador Linear em Brickwall: o termo vem de “parede de tijolos” isso porque o


objetivo é criar um “muro” numa determinada frequência para que a mesma não invada outra.
Plugins como o Waves 5 Parametric e o Tracks 3 nos fornece como fazer um “brick” bem
limpo, porém você pode fazer com “equalizador paramétrico ou linear” apenas usando um corte
“low self” ou high self.

Figura: brickwall abaixo de 31 Hz e acima de 12 kHz.

A figura acima mostra que nenhum som passará depois de 31 Hz e acima de 12 kHz. Isso
geralmente é figura por exemplo de um bumbo eletrônico (como o do hip hop), claro que no
meio disso ainda há pequenos ajustes no equalizador.
B)Stereo Enhancer
Faz com que o som soe 3D. Parece não ser muito significativo, mas ele foi inventido com esse
seguinte propósito:

Figura:estéreo puro

Quando o som soa sem o stereo enhancer ele apenas tem o lado esquerdo (FL) e lado direito
(FR). Isso era assim até que o periférico foi inventado em meados dos anos 80. Ele tem a função
de “aparentar” ao nosso ouvido que o som está vindo de todas as direções sem precisar
necessariamente ser “surround” (que usa caixas para isso). Como a figura abaixo:

Figura:estéreo com plugin enhancer

O problema que ele não é muito fácil de lidar no início e que você acha lindo em casa
pode soar bem “fraco e sem vida” em outro aparelho. Por isso suas dosagens tem que
ser bem “meopáticas”. Um plugin para isso é o Waves Shuffler S1.
Figura: Waves Shuffler S1

C)Dynamic Compressor
O compressor “multibanda” é um equalizador que “equaliza e comprime” ao mesmo tempo. No
master ele pode ajudar a trazer mais pra frente harmônico e freqüências escondidas. Porém
assim como o compressor, pode trazer ruído indesejáveis. Um plugin para isso é o Waves
C4.

Figura: Waves Shuffler C4

D)Limiter
Como falado anteriormente no capítulo 5, o limiter é um “supercompressor” feito justamente
para finalizar a música. Porém vamos ver no próximo capítulo como ele funciona.

Figura: Waves L2
O analisador de spectro (spectrum analyser) e analisador de estéreo (stereo analyser)
Geralmente o plugin final de um cadea no master é um analisador. Esse plugin serve para
podermos “enxergar” quais as freqüências que nossa música está agindo e também comparar ela
em relação a uma música comercial. Já o “analisador de estéreo” permite vermos se nosso
“balanço” está “correto” ou algo está “fora da fase” (o que pode impedir o funcionamento da
música).Vamos conhecer como funciona um analisador nesse caso o “Waves PAZ Analyser”
um dos mais usados:

A)Essa parte mostra as freqüências “sub graves e “graves” da música.


B)Aqui temos os “médios graves”, “médios” e “médios agudos”
C)E aqui temos os “agudos” e “agudíssimos”.

5)Essa parte mostra se há um som fora de fase a esquerda


4)Todos os sons tocados no lado esquerdo
3)Todos os sons tocados no centro
2)Todos os sons tocados no lado direito
1) Essa parte mostra se há um som fora de fase a direita

Vamos supor que você esteja tocando a música completa (com todas as pistas) e deixa-se em
“solo” o bumbo, a caixa e o baixo. Possivelmente no analisador você veria esses instrumentos
com mais intensidade na “Parte A”. E se você desse um “solo” na guitarra, teclado e voz,
possivelmente veria eles atuando mais na “Parte B e C”. E pra finalizar se você desse um solo
no “Xipo” veria ele atuar mais na “Parte C”.

A maioria dos analisadores de spectro não são muitos diferentes desse, porém há analisadores
de estéreo (também chamados de "estereômetro" ou "galvanômetro") mais simples e efecientes
como o “Roger Nichols Inspector” além que o mesmo é “gratuito”.
Figura: Plugin Roger Inspector XL

Se seu som estiver com “esse espectro” pode ter certeza que seu “pan” está legal!
Capítulo 11
Mas o que é masterização?

Muitas vezes você ouve um amigo seu músico dizer: a música ta legal, mas vou mudar o
master! Mas como assim mudar o master se isso é “faltamente mudado” e muito arriscado de
mudar.Master na verdade é o processo de “normalização, panorama e intensidade” de um
CD\DVD inteiro. Se não fosse assim ele ficaria como a maioria dos CDs amadores que
ouvimos: uma música alta, depois outra mais baixa e assim por diante.
Porém a maioria usa o termo “master” para deixar a música num padrão “comercial” (que são as
músicas que você ouve na rádio, na internet, no celular, na TV) quando não se faz um cd inteiro.

Tipos de masterização
Obs: esses nomes foram “definidos por mim” mas o sentido é o mesmo

Master-Inteiro (intire master ou master tracks)


É o master mais usado pelos produtores brasileiros. Seu sistema é bem simples:
Basta colocar os plugins “finais” no master e fazer o “render da música” inteira ou passar a
mesma direto para um CD.

Como se faz
Simplesmente pega toda música e de um render!!!

Prós:basta ajustar o som “inteiro” como você quer e fazer o master. Economiza tempo em
ajustes finais e entrega do trabalho.

Contras: se você não tiver um computador com uma “super CPU” (como I5, I7, Turion ou
Xenon) poder haver “atrasos na conversão”. Se sua placa de som não for boa pode causar “delay
ou flaging” na música sem contar que torna os plugins das pistas quase nulos.

Figura:Master inteiro
Master por aux/buss (compbuss ou pré-master)
Muitos engenheiros preferem dar um “render nas pistas” e reajustar a música (se for preciso)
apenas usando seu áudio contido no respectivo “Buss”. Esse processo é usado bastante em
gravações de rock pesado devido as “dobras” que a música possue.

Como se faz

1)De um render apenas no “Buss” das pistas numa nova pista (lembre de deletar as pistas
antigas).

2)Faça os ajustes e de um render na música inteira.

Prós:poupa o uso de CPU. Faz o render mais rápido

Contras: Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música sem contar
que torna os plugins das pistas quase nulos. As novas pistas podem precisar de “pequenos”
ajustes que podem ser “fatais” para acabar com a mesma.

Figura:Pré-master

Master Comum
Esse master usado em estúdios profissionais especializados nisso. Geralmente o produtor
entrega as músicas prontas para o engenheiro de som e o mesmo as padroniza.

Como se faz

1)De um render em toda música sem efeitos no master. Sempre quente (-2 dB) e sem que a
mesma de “clips”.

2)Coloque a música num novo arquivo.


3)Coloque os efeitos no master e faça os ajustes necessários.

Prós: economiza tempo. Ajustes aqui requerem cuidados. Pode mudar totalmente a
característica da música.

Contras: Ajustes aqui podem dar totalmente errados! Pode mudar totalmente a característica da
música. : Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música. Precisa de
conhecimento melhor em “dither”.

Figura: master

Plugin de Limiter

Agora vamos voltar para último plugin da cadeia que vimos no capitulo anterior.
A maioria dos plug-ins “limiter” sempre tem a mesmas funções. Alguns podem ter um “ajuste
mais fino” outros podem ser mais simples, mas geralmente possuem esses comandos:
Threshold (limite)
Ele funciona basicamente como o compressor. Quanto menos “teto” você colocar, mais “força”
terá na saída. Quando você coloca um teto “muito baixo” (a começar por – 18 dB ou antes)
provavelmente você escutará que o “som” não sai mais. Isso porque a “força de saída” é tanta
que como não há mais nada para “compressar” ela cancela a fase dos canais. Se você não
consegue um som alto com pelo menos -12 dB algo está errado na mixagem.

Out Celing (saída)


Aqui você coloca qual o pico “máximo” sua música tem tocar sem estourar. Geralmente é
colocado – 0.2 dB.

Release (tempo de processo)


Aqui há uma regra bem simples: se quer mais “volume” menos release se quer mais “dinâmica”
mais release. Quando release “exagerado” (perto dos 300 ms) faz a música “pular” ou ficar
“com volume dando saltos” chamamos de “ducking”. O modo ARC ou AUTO ajusta o release
de acordo com os picos da música. Atten mostra em o nível de “saída” real que o plugin está
atingindo.

Quantize, Shapping (shape) e Dither


Quantize é o número de bits que música irá possuir, shapping (ou shappe) onde o
dither irá atingir e dither coloca um “ruído artificial” para o som ganhar força num cd.

1)Por que você precisa de um dither ao queimar um CD?


Antes de assustar, você deve entender que tudo que você ouve tem um ruído positivo, se
não fosse por ele nós teríamos efeitos como flanger, distorção, compressor e limiter.
Esse ruído é imperceptível pois fica abaixo dos – 50 dB, porém é ele que “empurra” o
som em direção ao nosso ouvido. Nós o classificamos em “pink noise” (ruído rosa) e
“white noise” (ruído branco). Quando convertemos um arquivo “wave” ou “mp3”
geralmente ele vai sem esse ruído, a primeira coisa que você notará que o som parece
“sem vida” e “artificial”. E por que acontece isso? Porque o som não está presente! E
por isso existe o dither que faz irá fazer isso no seu som.

2)Para usar o dither precisa queimar o CD?


Não. Muita gente que está lendo isso, pode pensar “ué mas o meu som está presente e
não usei isso”.... Não usou? Os principais plugins de masterização (Ozone 4, Waves
L3, T-racks 3, etc) possue em algum lugar a função “dither” e com certeza ela está
acionada! Basta procurar no plugin. E o que acontece? Muitas vezes você converte o
arquivo de áudio sem saber que já está passando o dither. Isso requer cuidado, pois se
você passar novamente o dither e a faixa de áudio já contém o mesmo, pode inverter a
fase ou embolar o som. Porém se o seu dither foi passado em 24 bits no arquivo de
áudio e depois o que foi passado no CD foi de 16 bits, o que vai acontecer é um
“reforço” no mesmo. Dependo como está sua mixagem, não vai alterar nada o som, só
vai acrescentar.

3)Bits e Shapes
Sem dither o pink noise fica “magro” e com dither ele fica “forte”, mas o que é essa
alteração em perto de 14 kHz? Quando eu li sobre alteração me lembrei de uma dica que
tinha lido num outro livro: para deixar os instrumentos mais reais de destacados,
aumente +6db entre 14-15 kHz. E isso que o dither faz nessa área: trazer um pouco mais
os instrumentos para frente. Tudo que envolve equalização no dither chama-se shape.
Na linguagem da mixagem muitas vezes os bits são referidos como wordlenght
(tamanho da palavra) para simplificar o termo. Exemplo

Wordlenght CD - 16 bits/44 khz


Wordlenght DVD 24 bits /92 khz

Todo plugin e periféricos que trabalham com dither, possuem a opção “bits”
(wordlenght) e “shape”. Bits significa a quantos bits você quer que o dither seja feito
(16, 18, 20, 24) e shape significa a área que ele vai ser mais forte ou fraco a partir de 2
– 4 kHz (área com maior adição) 10 – 22 kHz. O gráfico abaixo mostra um shape de um
dither.

figura: plugin Wave final 5 com shape de 22 kHz e wordlenght de 16 bits.

Plugins como o Waves Final 5 possue esse shape bem visível, mas a maioria dos
plugins não, por isso fique atento aos comandos, pois eles alteram sempre o som!

4)Passando dither no CD
Alguns engenheiros afirmam que se fosse pegar uma gravação de 32 bits float há 48
kHz é o ideal para fazer o dither, pois no CD ele irá converter para 16 bits/44 kHz (que
e a metade desse valor), outros dizer que 24 bits/44 kHz já bastam mas porém isso
depende da placa de som. Você deve testar a capacidade da placa! Pois não adianta você
ter uma placa de 16 bits e gravar a 24 bits (ele não tem capacidade pra isso) assim como
ter uma 24 bits e tentar gravar a 32 bits float. O certo é ver qual a capacidade máxima de
sua placa de som e sempre procurar gravar com ela.

5)O que é a quantização?


Na gravação analógica, o som é continuo, mas na digital (PCM) ele possue valores
fixados e limitados pra tudo há um código descrito em passos (steps). Wordlenght é o
nome que se dá ao valor dos bits com respectivo hz (exemplo 16 bits 44 khz o que
vale há um CD). Por exemplo temos 65.536 steps, que em 16/24 bits é o que vale há
16.777.216 steps. No sistema PCM podemos calcular os steps: pegue o wordlenght de 6
x 8 x 48 dB (8 bits) = 16 bits com 96 dB e se for em 24 bits será de 144 dB.
Obs: aqui somente perfiféricos especiais para conversão A/D.
6)Quantização distorcida
Acontece quando os “harmônicos” e “sub harmônicos” são eliminados
matematicamente do dither numa conversão A/D causado distorção e aumentando os
ruídos. Matematicamente tem a ver quando uma voltagem de saída não se encaixa na
voltagem de entrada, mas comum quando se usa periféricos A/D e D/D.

7)Valores de bom de dither


Os melhores dithers são conseguidos com – 96 dB sem nenhum tipo de distorção ou
ruído A/D. Dither não é um truque de ouvido e sim um acréscimo ao som
matematicamente. Qualquer conversão 16 bits A/D acrescenta algum tipo de dither.
Muitas vezes uma conversão de 20 bits na verdade vai para 19-18 bits.

08)Re - dither
Um problema muito comum na DAW, a truncagem. O pior problema do DSP (digital
signal processor) é que como é tudo matemático ele gera um som diferente do som puro
que é gravado pois precisa filtrar o mesmo digitalmente. Por exemplo, há 44 kHz temos
44.000 samples por segundo (88.200 samples stereo) e quando acrescentamos apenas +1
dB de ganho no sinal, ele vai multiplicando esse ganho em “cada sample”e por isso todo
DSP exige “repetições” seja filtros (filters), EQ ou compressão em pequenas doses.
Quanto mais se limpa, mais o som vem pra frente. Se um periférico (DAW, Mixer) foi
feito para trabalhar apenas em 16 bits, 32 bits (ou mais) pode ter um valor insinicativo
pra o mesmo. Os bits sempre depende do wordlenght interno que o periférico permite
por isso vá dosando tudo com muita calma!

09)Como funciona o dither digitalmente


Como o dither é um valor matemático, significa que analogicamente podemos ter o
mesmo e ainda ser acrescentado o ao nosso dither digital e por isso muitas vezes é
necessário recalcular nosso sample e os mesmo só podem ser ouvidos com um fone.
Concluído, todo valor acima de 16 bits quando convertido para o mesmo, pode
acrescentar ruídos e não for bem calculados.

10)Uma técnica dither


Se tudo precisa de um dither 16 bits e 91 dB o equalizador (shape) no dither tem que ser
audível. As áreas mais afetadas e audíveis aqui são em3 kHz (onde o ouvido é mais
sensível) e nas altas freqüências entre 10 – 22 kHz.

A)Quando se reduz o wordlenght (por exemplo de 24 bits para 16 bits) se acrescenta


mais dither.

B)Procure fazer projetos com 24 bits e guardar nesse formato. Quando for passar para
CD ele automaticamente fará com que o wordlenght vá para 16 bits pois é o seu
máximo.

C)Wordlenght costuma acrecentar efeito muitos mais que qualquer DSP principalmente
quando passa de 24 bits para 16.

D)Para toda música, existe um tempo de “shape”. Por exemplo, um shape transparente
não é aconselhável para um rock pesado.
F)O dither sempre acontece em conversões. Por exemplo de 24 bits/48 kHz teremos
uma truncagem para 16 bits que não pode ser ouvida.

G)Dither não é algo obrigatório!Se você converter o áudio direto para MP3 por
exemplo, não precisa de dither, aliás, pode até prejudicar o som.

Remaster (ou re-mastered)


Essa técnica é usada quando as outras opções falham. É uma boa opção para conseguir volume
numa música que está boa, mas não está alta.

Como se faz

1)Converta sua música inteira (no padrão Master Ineteiro) num CD ou toque a mesma e grave
num reprodutor/gravador de áudio (como um ADAT, MD, Outro computador, outra placa de
som)

2)Reproduza a música no aparelho gravado e passe passe num amplificador ou mesa de som,
sempre em volume quente (- 2 dB). Você pode até mexer nas freqüências para ver se o som
encorpa mais.

3)Regrave novamente a música na DAW do seu computador ou outro editor áudio.

Prós:difícil de não conseguir um som alto e natural assim!

Contras: Ajustes aqui podem dar totalmente errados! Pode mudar totalmente a característica da
música. Se sua placa de som não for boa pode causar “delay ou flaging” na música

Figura:re master
Capítulo 12
Dicas de informática para gravação

Vamos falar sobre o que acontece na memória do seu computador quando você grava. Essas
dicas podem ser usadas para qualquer programa. Um dos piores problemas encontrados quando
gravamos ou mixamos que os plugins consomem memória RAM além de consumo de CPU do
computador. Nessa próxima postagem tentaremos deixar seu computador mais leve para gravar

1)Apague tudo que for inútil, libere seu HD!


Sabe aquele programa que você não usa mais?Ou jogo que já enjoou?Ou aquele filme que seu
amigo te passou? Isso ocupa tudo memória no seu HD. A chamada “memória virtual” depende
exclusivamente do seu HD, por isso faça cópia de tudo que não usa e apague. O som no
computador trabalha “matematicamente” por isso precisa de processos rápidos. Para limpar o
que for inútil no HD uma boa ferramenta é a limpeza de disco do Windows. Eis o caminho:

Windows XP
Iniciar -» Programas -» Acessórios -» Ferramentas de Sistema -» Limpeza de disco

Windows 7
Iniciar ->> Todos os Programas Acessórios -» Ferramentas de Sistema -»
Limpeza de disco

Windows 8
Iniciar ->> Configurações ->> Liberar espaço em disco

Porém outra opção (e melhor) seria instalar um programa como o “Cleansweep” ou


“CCleanner”. Esses programas além de limpar seu HD, procuram por dados inúteis deixado
pelas desinstalações e programas deletados, além de organizar o System32.

2)Desabilite programas e tarefas


Muito programas como os antivírus, rede, Microsoft Office entre outros, ficam residente na sua
memória fazendo várias tarefas. Você pode “matar” as tarefas por esse caminho (vale para todos
os Windows)

A)Aperte junto CTRL+ALT+DEL


B)Vá em Gerenciador de Tarefas
C) Vá na aba processos
D)Clique na aba uso de memória 2 vezes.

Pronto, agora você verá quais as tarefas que estão mais consumindo memória. Clicando em
“Finalizar tarefa” você irá matar a tarefa liberando memória. Na aba CPU você verá quanto de
memória de CPU ela está consumindo. Você deve fazer uns testes para ver qual tarefa da para
encerrar mas aqui vai um aviso: dependendo a tarefa nome usuário/ SYSTEM que você matar,
irá reiniciar o Windows, porém não se preocupe que o mesmo volta ao normal após reiniciar.
Outra dica: clicando na tarefa com o botão direito do mouse você pode definir a prioridade.
Programas com muito uso de memória pode deixar definidos como em tempo real.
3)Multiprocessamento
Como gravar áudio “básico” não requer muito de computador um “dual core” (2 núcleos)
praticamente roda quase todos os plugins atuais. Claro que um 4 ou 8 núcleos irá funcionar bem
melhor. O certo aqui é definir para onde vai “cada tarefa” em cada núcleo. Para isso faça o
mesmo processo do item anterior e ao invés de definir prioridade procure por definir afinidade.

3)Internet
A internet rouba muitos processos do computador, quando gravar procure deixar o modem
desligado. Se possível tenha um computador só para gravar e outro só para internet ou ter 2 HD
evitando num deles o acesso a internet.

5)Limpeza e temperatura
Leve o seu computador numa assistência e peça para fazer um limpeza e aproveita para verificar
a temperatura. Computadores com a CPU em torno 42º não trabalham direito.

6)Verifique sua rede elétrica


Quando você grava e escuta o vizinho trabalhar com a furadeira, ou chuveiro da casa ligar, peça
para um eletricista olhar como está sua rede elétrica. Ruídos elétricos são prejudiciais pra
gravação e desempenho do computador.

7)Mantenha o anti vírus e os anti spyware sempre atualizados


Procure passar uma vez por semana sempre no “modo de segurança” do Windows.
Para entrar nele, basta reiniciar o computador e apertar a tecla F8 ou F5.

8) Conflitos de energia (fonte , processador e placas)


Tudo que você coloca dentro do computador soma. Por exemplo, vamos supor que você tenha 2
HD (12V+12V), um processador de 7 núcleos (48V), uma placa de vídeo de 1024 (12V), uma
placa de som off board (9V), o drive DVD (12V) e a placa mãe (24v). Agora faça o cálculo do
volts.... No total você tem 129 volts e sua fonte tem apenas 250 Watts? Seu computador está em
risco! A verdade que ele nem vai ligar, pois ela tem 250 Watts “combinados” mais na verdade
ela gera 129 volts. Por isso coloque uma fonte de 500 Watts no mínimo ou melhor, coloque
uma fonte “gamer”, aquelas feitas “para computador de jogos”. Ela irá gerar potência de sobra
para seu computador sem “travar” nas gravações.

09)Sua placa de som sumiu?

Como achar as placas que há no seu computador com o Windows XP


INICIAR - CONFIGURAÇÕES - PAINEL DE CONTROLE - SONS E DISPOSITO DE
AUDIO

Como achar as placas que há no seu computador com o Windows 7

INICIAR - - PAINEL DE CONTROLE - HARDWARE E SONS - SOM

Topico avançado (para Windows XP e 7)


1)Vá em Iniciar – configurações – painel de controle
2) Abra o menu Sons e dispositivos de áudio
3)Vá na aba áudio e verifique se está selecionada sua placa de som no menu “dispositivo de
reprodução” e “dispositivo de gravação”.
4)Ative a opção “usar somente dispositivos preferenciais”
Agora vá no canto da tela, até onde há o “falante e clique duas vezes” volume principal:
1)Verifique se a opção "line in" ou Linha "está habilitada.
2) No menu "opções" mude de "reprodução" para "gravação"
3)Verifique se a opção "line in" ou Linha "está habilitada.
4)Se está usando a entrada do microfone verifique se opção "mic in" está ativada
5)Se não estiver conseguindo "visualizar" verifique se no menu "mostrar os seguinte itens do
controle de volume" a opção para aperecer o line in ou mic in está marcada.
6)Se não estiver conseguindo ver em opções reprodução/gravação verifique se no menu
"dispositivos do mixer" tem sound board input (gravação) e sound board output (reprodução)
Capitulo 13
Auto produção

Chegando ao fim dessa apostila vamos falar um pouco, como se produzir e se divulgar por conta
própria!

1)Faça o que te dá prazer


Sabe que aquela coisa que todo músico famoso diz "permaneça num estilo e seja fiel a ele" é a
pura verdade. Mesmo você achando que seu estilo não é "comercial" lembre-se que a "moda
muda". A maioria dos artistas que fazem um estilo "que não é sua praia" será preciso um
"jabá" pra se dar bem e logo caem no esquecimento e já quem faz o que gosta faz bem feito e
tem garantia de satisfação e sucesso pois isso o público adora ver, o público ama ser cativado.
A prova disso é que muitos estilos demoram anos pra emplacar, apesar de estarem mercado há
muito tempo. O Sertanejo Universitário é a prova disso....

2)Deixe a música perto da perfeição


Uma dica é sempre fazer "uma coisa que ninguém fez ainda" ou que "todo mundo esqueceu" ou
ainda "misturar" pra quem não é purista. Mas o mais importante é deixar sua música "pronta"
como se fosse gravar um cd amanhã, com a harmonia, melodia, arranjos e vocais todos no lugar.
Isso passa ao público uma sensação de "profissionalismo" e que você tem realmente talento pra
fazer uma música.Porém para fazer isso você tem dois caminhos:
Ou grava em casa ou grava num estúdio. Produtores aconselham aos "novatos" em gravação
procurar um estúdio de pequeno porte pelo menos para ter uma "boa qualidade de som".
Outro fator que você tem que pensar bastante é a estrutura de sua música ou seja, fazer com que
ela tenha introdução, meio, refrão, 2ºparte e fim.. Homens de "pouca fé" lhe dirão para desistir
pois se o povo está escutando S.U e Funk é porque a música não precisa de qualidade. Não se
engane o público não é bobo , ninguém gosta de ouvir música mal feita e mal tocada!

3)Supreenda o público
É a tática mais manjada da música há muito tempo... Porém ainda funciona muito bem
quando usado de forma correta. Muitas vezes quando alguém fala "agora a banda vai tocar uma
música própria" o público meio que se desliga da apresentação, porém ser você tocar sua música
primeiro e depois anunciar que a música é de autoria sua você pegará o público de surpresa. A
glória total é quando você esquece de dizer que a música era da banda e alguém depois do
show chega e fala: "Uau! De quem era aquele som que vocês tocaram?"

4)Auto estima
Talvez o fator mais importante dos músicos de sucesso!Você tem que saber que há pessoas
que te elogiam, pessoas que te criticam positivamente, pessoas que te criticam negativamente,
pessoas invejosas e pessoas que querem te destruir!Evite pessoas frustradas com a música (tem
de pencas por aí) que pra fazer sucesso precisa de pistolão, jabá, que tem muita gente no ramo,
etc... Alguns pontos são verdade mas o que você de ter é determinação pois como disse o
produtor Carlos Eduardo Miranda (do Astros do SBT) na revista Bizz "fazer sucesso é como
jogar videogame você tem várias fases e chefões para passar".
E não ache que você está livre da "depressão musical" isso acontece com todo mundo
inclusive até pra quem tem fama, a questão é quando isso te acontecer, ouça uma música
positiva como "Tente outra vez" do Raul Seixas.
Aprenda separar "o que presta e o que não presta" e tenha bastante humildade para ouvir a
todos.
5)Grave u CD, divulgue para todos
O primeiro CD sempre é complicado de gravar....O pior problema é que isso custa dinheiro...
Mas tenho uma ideia sobre como divulgar um CD e ainda ganhar um troco em cima disse.
Essa ideia eu copiei de uma banda de baile que gravei no Rio Grande do Sul. Eles gravaram
somente a voz o resto era tudo MIDI ou seja puro playback e ainda as músicas eram todas cover
e eles colocavam pra vender esses cds no shows que faziam e pessoal os comprava a um preço
acessível como 5 reais mas a capa era uma foto da banda feita com xerox colorido e o cd não era
prensado. É uma ideia válida e que funciona bem quando usado com criatividade.
Porém isso é somente uma ideia, você tem que pensar em uma e colocar em prática. A
quantidade de música para um "CD de divulgação" pode ser 5 (está de bom tamanho) ao
invés de 10. É melhor fazer 5 bem feitas do que 10 meia boca!
Se for colocar um "côver" faça uma versão sua da música, funciona muito bem também.

6)Use as redes sociais


Tweeter, Facebook, Orkut, Badoo .... Estão aí a sua disposição! Nos EUA os músicos usam
muito o MySpace porém aqui no Brasil somente os famosos usam mais mesmo. O jeito é você
ter uma rede social onde seja bem influente e mandar ver na sua(s) música(s)! Além do público
esse também é um dos grandes segredos da "auto-produção": um bom número de amigos e
conhecidos para divulgar seu som!

7)Crie um blog
Dispensa comentário, um blog abre vários caminhos quando bem feito. Sempre mantenha o
atualizado, pois você não sabe quem o visita. Quem sabe pode ser um empresário?

8)Coloque sua música para os outros ouvir


Ou seja, deixe sua música num site gratuito onde todos possam ouvir. Se preocupe com os
direitos autorais só depois que sua música tiver bem divulgada,aliás, uma maneira bem simples
para registrar sua música é escrever a partitura e autenticar em cartório pra quem mora fora de
uma capital, mas lembre-se que as músicas comerciais só são reconhecidas pela UFRJ Escola
de Música no Rio de Janeiro.

09)Com capital, procure um produtor, grave num bom estúdio.


Assim que você tiver um capital, procure um produtor para ele finalizar sua música e ainda
indicar empresários do ramo.

Depende de você
Muita coisa evoluiu de 1990 pra cá na música e nas gravações. Antigamente e não faz muito
tempo, as bandas conseguiam computador com uma mesa de som ligado no mesmo gravando as
músicas pelo gravador de voz do Windows!Faziam CD e vendiam e muita gente ainda faz isso
usando outros programas como Sound Forge. Muitos ainda usam o antigo MD e depois passam
tudo para o computador. A questão da gravação é resolver os “conflitos” de frequência para seu
som sair alto e limpo, por isso é necessário você escutar muito o que gosta para ter noção do que
fazer. Somente que tiver equipamentos caros poderá gravar e queimar o CD, a maioria que não
tem que aprender a “dar um jeito” para o seu som sair legal pra isso é só seguir esse curso ou
ainda procurar ajuda na internet em vários fóruns sobre home Studio.

Boa sorte e ótimas gravações!!!

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