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Em uma postagem anterior eu sugeri utilizar a mesa de som. Hoje mudei minha opinião pelo
seguinte motivo: minha interface de áudio é de muito boa qualidade (m-áudio), mas minha
mesa é, digamos, de uma "segunda linha" (Behringer). E como todo bom engenheiro sabe, é
bom minimizar as possíveis fontes de problemas. Usar a mesa é muito bacana, principalmente
se você dispõe de várias saídas na sua interface de áudio e pode mixar tudo fora do computador.
É legal, mas lembre-se de que a cada novo elemento inserido no circuito, a qualidade do áudio
diminuirá. Optei, portanto, em fazer a mixagem virtualmente no próprio Cubase. De resto, as
ligações são simples. Saída da interface para os monitores, e ir variando as entradas de acordo
com o que for gravar.
Recomeço
Retomando depois de muito tempo, vejamos o que ficou pra trás... O Multiply saiu do ar, mudou
de ramo, e levou minhas gravações consigo. Isso porque o meu HD externo, aquele mesmo de
outra postagem orgulhosa, queimou e me deixou sem backup de tantas e tantas horas de
gravação.
Mudei há tempos o setup do meu home, que agora está centrado numa M-Audio FastTrack Pro.
Uma dica do Flávio Goulart, que repouse com toda a paz na alegria do Céu, foi retirar a mesa da
Behringer da cadeia de gravação. Faz sentido, pois afinal não se trata de uma mesa de tão boa
qualidade, e passar por ela sempre pode alterar o som negativamente.
Mas depois de séculos, como dizia, fui instalar o driver da interface da M-audio, e não tinha
mais driver na página da M-audio, pois a "M-AUDIO" Fast Track Pro é agora assumidamente
um produto da Avid, e o driver pode ser baixado em www.avid.com/drivers. Faz parte, se fosse
fácil qualquer um faria... Recomecemos então... Abração!
Experiências de Estúdio
É fato que essa arte pilotar o estúdio como um instrumento musical a mais se aprende melhor
com outros artistas mais experientes.
Vou colocar algumas observações que fiz ao longo da gravação de um CD no estúdio Ethos
Brasil, com o Flávio Goulart.
Guitarra: passando pela pedaleira da Boss(tipo uma GT-10), com simulador de amps e efeitos.
Isso tudo entrando numa mesa mackie, e daí pra uma interface de áudio de 8 canais.
A interface trabalhou com 24 bits e 48kHz. O programa foi o pro tools, uma versão mais antiga,
rodando num MAC.
Dicas:
1. Gravar duas vezes e separar as faixas no estéreo. Fizemos isso com as guitarras base, com a
voz no refrão, etc.
2. Todas as vozes devem ser afinadas. Usar um pluggin tipo o Antares. O resultado realmente é
outro.
4. Ordem: gravamos primeiro uma faixa guia (em casa, pra economizar) com guitarra e voz, no
metrônomo. Em cima disso o batera gravou, e depois foi o baixo. Nesse ponto deletamos a faixa
guia, e colocamos guitarras base e solos. Finalmente, vozes.
5. Na hora de mixar, geralmente dá-se uma comprimida na voz pra diminuir a dinâmica. Nosso
técnico preferiu acertar a dinâmica na mão, pilotando os volumes com automação no protools.
Segundo ele, o compressor sempre tira alguns harmônicos, e assim fica melhor.
Ok, esse post tá incompleto, vou reunir mais umas informações e atualizá-lo.
Uma idéia...
Sabe uma coisa que ajudaria imensamente aos que estamos começando nas veredas da
produção musical doméstica? -Um fórum no qual as pessoas pudessem postar suas músicas e
receber dicas concretas de profissionais ou de pessoas mais experientes.
Take 2, Gravando!
Ok, mas por onde começo?
Resposta: pelo metrônomo. Sem isso fica difícil demais pros instrumentos se encaixarem na
música como um todo. Se quiser prescindir do metrônomo, é melhor gravar logo todos os
instrumentos de uma vez, como se fosse ao vivo. Isso tem muitas desvantagens, e talvez a maior
delas seja não podermos editar nada depois de gravado. Como estamos falando de estúdio,
vamos fazer como nos estúdios, ok? Defina o número de bpm's (batidas por minuto) da sua
música antes de mais nada, e grave tudo com metrônomo.
Em seguida, ajuda muito colocar uma voz e um violão "guia". "Guia" aqui significa que essas
faixas não entrarão na gravação final, servem somente pra nos orientarmos na hora de gravar os
demais instrumentos.
Depois da faixa guia, com uma voz e um violão gravados rigorosamente no metrônomo, eu gosto
de colocar baixo e bateria. Define bem a "cozinha", e já dá a cara da música do jeito que eu
imagino... Particularmente, como eu uso bateria em VSTI, eu faço a bateria básica nessa fase, e
componho as viradas mais pro final. No meu caso, como não sou baterista, isso me ajuda a
enxergar melhor a música. Alguns técnicos às vezes começam pela bateria, e gravam os demais
instrumentos sincronizados pela batera e não mais pelo metrônomo, com o pretexto de deixar o
som mais "orgânico". Fica a seu critério, mas cuidado. O metrônomo é sempre mais seguro.
Em seguida, que tal colocar os instrumentos que comporão a harmonia? Violões, guitarras base,
teclados, pianos, etc. Logo após, já pode desligar as faixas que foram usadas como guia.
Eu costumo deixar pro final o mais importante: a voz e os solos. Os backing vocals entram
também nessa fase.
Depois, eventualmente podem entrar na música samplers e sons que não necessariamente
foram gravados no seu estúdio... Por exemplo: ondas do mar, vento, etc. Mas essa parte já está
tangenciando o horizonte da mixagem.
Dois conselhos finais: todas as regras estão aí para serem quebradas. E o mais importante:
divirta-se! (Tem gente que parece ter a incrível habilidade de transformar em chatice até as
coisas mais legais...)
Take 1, Gravando!
Em primeiro lugar, não se surpreenda se você levar mais tempo depois, editando as coisas que
gravou, do que levou para gravar. Executar a música com perfeição nem sempre é fácil, e às
vezes você ganha tempo se emendar os trechos bons ao invés de querer a execução perfeita do
início ao fim. A medida certa entre o que deve ser regravado e o que pode ser editado é algo que
você deve adquirir com o tempo.
Como gravar? Em linhas gerais, certifique-se de que o som de cada instrumento está sendo bem
captado, em bom volume e sem ruído. Lembre-se: numa gravação digital o volume nunca pode
saturar o nível máximo da interface de áudio.
Eu utilizo plugins de bateria, de modo que a captação da batera, uma das etapas mais difíceis, eu
não tenho que enfrentar.
E a voz? Um bom microfone (do tipo condensador, de preferência), com um filtro anti-pop,
gravando tudo limpo, sem efeito algum. Os efeitos na voz devem ser adicionados depois. Em
geral isso te dá mais qualidade e liberdade na hora da edição.
Aliás, é bom ter isso em mente: com exceção das guitarras, procure gravar tudo sem efeito
algum. Adicione todos os efeitos que quiser somente na hora da mixagem.
Sobre a captação da voz e demais captações através de microfones, tente evitar ao máximo os
vazamentos. Vazamento é o fenômeno que ocorre quando o microfone capta outros
instrumentos ou ruídos na hora da gravação (por exemplo, o playback já gravado em cima do
qual se estava cantando). Pra evitar vazamentos na captação da voz e de instrumentos acústicos,
utilize fones de ouvido, de preferência com boas características anti-vazamento. Em geral, fones
fechados e acolchoados vazam bem menos que os fones abertos.
Do ponto de vista tecnológico, certamente. Os programas que temos à mão são os mesmos que
utilizam os grandes estúdios por aí. -Que estúdio 5 estrelas prescinde hoje em dia de um
manjado Protools e de um bom conjunto de plugins da Waves? E são esses mesmos que você já
têm.
Tá, mas e a qualidade dos microfones, dos instrumentos, e tudo mais? -Com relação a isso,
penso que, ainda que os equipamentos utilizados não sejam de primeiríssima... -Pense só nas
gravações das décadas de 50 e 60. Já eram música de boa qualidade, e ainda tocam nas rádios
até hoje. Em minha opinião, dispomos de equipamentos e instrumentos melhores ou no mínimo
tão bons quanto os daquela época (com o perdão dos puristas e saudosistas).
De posse do ferramental necessário, o que falta? Por que as gravações que você faz não ficam
com "cara de profissional"?
Falta o pulo do gato, aprender a fazer todas essas ferramentas trabalharem da mesma forma que
os técnicos fazem nos estúdios profissionais. -Mas quem é que vai me ensinar isso? -
Honestamente, acho que ninguém. Livros ajudam, alguns sites ajudam, espero que esse blog
contribua, mas ainda assim é um caminho difícil de se trilhar. -Se você tem a rara oportunidade
de colar em um expert, aproveite a chance e torne-se você também um mestre.
No entanto, o que sobra pra mortais como eu e a maioria dos meus companheiros de cachaça
musical, é aprender na marra. Eis o método há muito conhecido: tentativa e erro.
Quanto a isso,vou tentar exemplificar o processo. Pense só em quem está fazendo aulas de canto
pela primeira vez. O que é preciso pra se cantar afinado? -Primeiro, saber quando se está ou não
afinado. E isso se sabe como? -Ouvindo e sentindo. Sem essa sensibilidade, fim de papo, o cara
vai ficar cantando desafinado pra sempre e achando que está arrasando. Tenho a impressão de
que a maioria dos desafinados por aí não tem problemas na voz, mas no ouvido.
Depois de adquirida essa sensibilidade mínima, o próximo passo é colocar a voz pra trabalhar.
Se sua voz não chega nas notas certas, isso também vai ser um problema. Escolha outro
repertório, ou desista de cantar. Supondo superados esses dois obstáculos, o processo de
aprendizado passa por um ciclo: cantar e ouvir e cantar e ouvir... Autocriticar-se e melhorar
sempre.
No home-studio não é diferente. Saber ouvir música mixada por profissionais é essencial para
obter bons resultados. Como ele equalizou a guitarra? Qual o volume do baixo? Que efeitos ele
usou na voz? -Ouvido.
O próximo passo é tentar fazer você sua própria mixagem. Pra isso, você deve estar
familiarizado com compressores, limiters, equalizadores, reverbers, delays, mixers, e todos os
recursos disponíveis nos seus softwares e plugins. -Mão na massa.
E daí em diante? Tentativa e erro, brother. Não se aprende isso na teoria. Ouvido e mão na
massa.
Se serve de consolo, vários colegas músicos notaram nitidamente a evolução na qualidade das
minhas gravações nos últimos anos. Ainda falta muito a percorrer, mas acho que estou no
caminho certo. Confira as minhas músicas disponibilizadas no myspace e saiba do que estou
falando.
PS. E não esquece de mandar os seus mp3 depois pra trocarmos uma idéia! ;)
My Space
Atendendo a uma lei pós-moderna da cultura musical interdependente, resolvi criar uma conta
no MySpace pra postar minhas brincadeiras musicais.
http://www.myspace.com/andrezinhocarvalho
Também aproveito pra dizer que podemos ir devagar, mas nunca paramos!
Ficha técnica: Guitarra no Bass V-AMP, Baixo, Violão e Voz em linha. Eu mesmo toquei.
Gostei do resultado. Meio bossa, com pegada pesada... Curtinha, simpática... A letra foge da
mesmice. Afinal, o rei é o rei. E também é Rock n Roll.
Feito pacientemente por mim mesmo, esse Drum Map contém o nome de cada peça de bateria
do kit Pop Rock do Ez Drummer.
Modo de usar:
1. Selecione a faixa midi na qual será editada a bateria;
2. Na janela lateral do 'inspector', clique na aba map: e selecione Drum Map Setup.
3. Na janela do Drum Map Setup, carregue o arquivo .drm apertando o botão Load.
4. Note que o Drum Map deverá agora aparecer na lista lateral. Selecione ele na lista, e clique no
botão Assing e finalmente em Ok.
Ok. Mas pra que serve isso mesmo? Agora, quando você for editar a faixa midi de bateria, esta
será aberta num editor próprio para bateria, e você poderá ver o nome de cada peça disponível
para ser tocada a cada instante. E isso é extremamente útil se você pretende editar ou
simplesmente visualizar sua faixa midi de bateria.
Carregado o Ez Drummer, abra o mixer e selecione canais de saída diferentes para cada peça.
Bumbo na track 1,
Caixa (os dois mics) na track 2,
Hihat na track 3,
Tons(todos os três) na track 4,
Overs na track 5, e
Room na track 6.
Os Overhead são microfones que ficam por cima da batera, captando o conjunto, mas
principalmente os pratos, e os Room são microfones que ficam afastados da bateria, captando o
som como um todo, e são em grande parte responsáveis pelo peso e pelo realismo do som.
Como os três tons são roteados pra track estéreo no. 4, precisamos fazer os ajustes de pan (se
desejamos alterar o default) aqui, no mixer do próprio Ez Drummer. Uma sugestão é colocar o
tom 3 no centro (por ser o mais grave), e separar os tons 1 e 2 pra direita e pra esquerda.
O timbre da caixa é resultado de dois microfones: Snare T (de Top) e Snare B (de Bottom).
Assim, o som da esteira vem mais da Snare B, e o som da pele e do aro vem mais da Snare T.
Vazamento (Bleed) é um fenômeno que ocorre ao se gravar uma bateria real, no qual um
microfone capta, além do som da peça para a qual está apontando, o som de todas as outras
peças da bateria. Note que é possível obter no Ez Drummer os vazamentos da caixa (em Snare
B) e os vazamentos dos overs. Eu costumo cortar o vazamento na caixa e deixar o dos Overs. Uso
o vazamento dos Overs pra captar o Hihat e pra substituir em parte os mics de Room.
O VST do Ez Drummer possui oito saídas estéreo. Como nós já direcionamos previamente que
peças vão pra cada canal de saída, vamos agora nomear essas saídas também no Cubase.
Agora podemos mixar cada uma desses canais como se fossem tracks gravadas. Isso inclui
inserts de efeitos, sends de efeitos, equalização, volumes, etc. Uma dica básica que você deve
querer fazer é acrescentar reverb na caixa e nos tons.
Note na figura acima que inserimos uma track midi, que é quem armazenará a trilha de bateria.
A saída out da track midi foi direcionada para o Ez Drummer, como se pode observar.
Agora a track midi poderá ser editada livremente. Você pode escrever sua trilha de bateria no
editor (clicando duas vezes sobre a track), ou pode ainda abrir o menu de Grooves do
EzDrummer, escolher o padrão desejado e simplesmente arrastar para a track midi.
A ferramenta é essa. Vale a pena testar e testar até obter o melhor som possível. Não substitui
uma batera real gravada, mas quebra um senhor galho. Boa sorte, e boa música!
Ao controlar o JUNO-D com MIDI através Cubase, para selecionar cada som teríamos que setar
numericamente o banco e o programa (bnk e prg) de cada canal. Como é muito chato ficar
decorando numerozinhos pra selecionar cada som, a solução é usar um device map, que permite
selecionar o som desejado de uma lista com bancos e nomes de instrumentos.
Em primeiro lugar, você precisa do arquivo que mapeia o seu teclado ou dispositivo MIDI. É um
arquivo '.txt' simples, que pode ser baixado da internet. No caso do meu JUNO-D, baixei esse
mesmo: JUNO-D.zip.
Mas aqui tem um pulo do gato. Na internet vi tutoriais que falam em copiar o txt no diretório:
C:\Program Files\Steinberg\Cubase SX 3\Scripts\patchnames\inactive. Tentei várias vezes e
nada do JUNO-D aparecer na lista do Install Device.
O diretório citado acima existe, mas não é esse que o Cubase lê quando inicia. Há um outro
diretório, exatamente igual, que é o que funciona na prática.
Comprei mais esse, o autor é o Sallaberry e foi entregue em casa por R$33,00 arredondando pra
cima. É um pequeno livro, mas com bizus muito interessantes. Tem a autoridade de um cara que
produziu dois discos em casa que concorreram ao Grammy de música latina em 2005 e 2007.
A idéia do livro é ser um guia rápido pra auxiliar em todas as fases de produção, desde o
planejamento até a divulgação e o lançamento, passando pela gravação, mixagem, masterização,
projeto gráfico, registro das músicas, etc.
Microfone Condensador
Microfone Condensador Rode NT1-A. Padrão cardióide, phanton power, indicado para vozes e
instrumentos. 10 anos de garantia. R$807,00 na Tribo do Som - RJ. Resolvi me dar de presente
de Natal! ;)
O que foi caro foi o filtro anti-pop: comnprei por fora, fiz até pesquisa de preço, mas acabei
pagando R$95,00 no filtro da marca uni-pop.
Tudo bem, comprei tudo em lojas aqui no Rio, à vista pra chorar um desconto, e foi o que deu
pra encontrar.
Agora, em termos de ganho de qualidade, recomendo a todos!!! -Não dá pra comparar com
meus tímidos Behringer de outrora.
Em breve, prometo postar arquivos de áudio pra comprovar o que tenho dito. : )
New Toy
Brinquedo novo. Caixa preta...
É um HD de 1TB da LACIE, trazido do Canadá pela minha irmã. Custou-me R$300,00. Não dá
pra desperdiçar uma oportunidade dessas, certo?
MARCADORES: HD EXTERNO
Plugins de Áudio
Já comentei anteriormente que uso o cubase no meu home studio. A outra perna que faz com
que a coisa possa andar são os plugins de áudio da Waves. Eu tenho o Diamond Bundle e o
Waves Vocal - que vem com o fantástico plugin de Tune.
Neles você dispõe de efeitos de qualidade pra mixar suas gravações, desde a supressão de ruído,
equalização, compressores e limiters, até reverb, delay, chorus, flanger, etc.
Cheguei nos plugins da Waves quando li um site na Internet que dizia que grande parte dos
grandes estúdios hoje em dia apoiam-se quase totalmente nos plugins da Waves.
Existem muitos - muitos mesmo - plugins de áudio disponíveis por aí. Na revista Música e
Tecnologia todo mês sai um artigo sobre um plugin diferente, principalmente aqueles gratuitos.
Seu trabalho muitas vezes vai ser "garimpar" pra achar os melhores. Há foruns na Internet
especializados nessas discussões.
Se quiser poupar tempo e partir direto pra uma solução de qualidade, fica a dica.
POSTADO POR ANDRÉ ÀS 12:42 2 COMENTÁRIOS:
Gravação Digital
O artigo do Fábio Henriques publicado edição #205 de outubro de 2008 da revista Música e
Tecnologia traz uma discussão muito interessante.
Gravar com taxas de 96 kHz ou até 192 kHz vale realmente a pena?
A conclusão, que eu mesmo tive a oportunidade de discutir com o Fábio, é desconcertante. Vale
a pena ler o artigo para ter os detalhes.
Segundo estudos técnicos bem sustentandos, não há ganho qualitativo no áudio gravado com
mais de 44.1 kHz - mesmo em estúdios profissionais com todos os recursos.
Mais que isso é gasto desnecessário de HD e de memória, com possível perda de performance no
processamento e sem ganho significativo de qualidade.
Guias de Mixagem
Faz tempo que não posto, na verdade faz tempo que não mexo no meu home... Fim de ano, sabe
como é...
Gostaria de comentar uma última aquisição. Dessa vez não foi nenhum equipamento. Comprei
os livros do Fábio Henriques, Guia de Mixagem Volumes 1 e 2.
Muito bons. Recomendo. Mais informações sobre os livros em Música e Tecnologia.
Os livros tratam da etapa da mixagem, e partem do princípio que você como profissional já
recebeu todo o material gravado por faixas, e agora deve colocar tudo junto pra fazer "mágica de
estúdio" e transformar aquilo em música de qualidade.
Dentre outras coisas, dão dicas de volumes, pan, equalização, compressão, reverberação, ecos e
efeitos. Excelente trabalho do Fábio, que tem uma didática incrível pra descomplicar o que dá
pra descomplicar nesse assunto onde técnica e arte se entrelaçam.
Não é garantia de bons resultados de cara, mas é um atalho pra poupar tempo com pesquisas
em blogs como esse! ;)
MARCADORES: MIXAGEM
Dicas de Bateria
A bateria é um elemento essencial em qualquer múcia pop hoje em dia. E, infelizmente, trata-se
de um dos instrumentos mais complicados de serem gravados em estúdio. Isso porque não se
trata de um, mas de vários instrumentos tocados simultaneamente.
Eis o nosso ponto: como obter com qualidade um som de bateria em home studio? Você vai
precisar tomar algumas decisões estratégicas. A primeira delas é: tocar ou programar a bateria.
A segunda, e não menos importante: quero captar o som da 'minha bateria' ou posso usar sons
sintetizados ou sampleados?
Se você opta por tocar a batera, a primeira opção (e talvez essa seja a mais interessante para um
baterista) é microfonar uma bateria acústica. É também a opção mais cara. Você precisará de
uma boa bateria, de bons microfones, de uma mesa com muitos canais, e de um ambiente
adequado para gravação (talvez um aquário), o que geralmente é difícil de se ter em casa (e
impossível num apartamento como o meu).
Opção muito interessante para os bateristas é usar uma bateria eletrônica tipo a Staff Drum
Realistic. Essa bateria funciona com pads que enviam sinais MIDI para um módulo de sons. O
DM5 da Alesis é uma boa opção, dando resultados muito bons.
Caso você não seja baterista (como eu também ainda não sou), você pode editar o arquivo MIDI
num teclado ou mesmo com o mouse na tela do computador, e direcionar esse MIDI pra um
módulo de sons.
Além dos módulos de sons em hardware, existem opções muito boas de software nessa área. Eu
obtive resultados muito bons com softwares que usam samples. No início fiz umas experiências
com fuit loops, depois usei o battery dentro do cake walk.
Mas nenhum desses dois chegou aos pés do EZ Drummer associado ao Cubase. Esse é meu
grande bizu pra que quer um 'sonzaço' de batera sem ter que comprar hardware.
O programa trabalha com samples de batera e o resultado é muito realístico. Você tem diversas
opções pra cada peça (pratos Zildian ou Paiste?), e você tem controle sobre o microfone de cada
peça, podendo ajustar volume e pan em um mixer dentro do programa. Você pode inclusive
determinar se há ou não vazamento entre os microfones.
O plugin possui 8 saídas de áudio, que aparecem automaticamente no Cubase. Você pode
direcionar cada peça da bateria pra uma saída, e adicionar plugins efeitos no cubase (reverber,
etc) como se você mesmo tivesse gravado a batera.
O EZ Drummer ainda vem com diversos padrões ritmicos em MIDI pra você que não leva muito
jeito programando a batera.
Além do pacote básico padrão, existem várias extensões que trazem outras baterias e outros
padrões MIDI. Recomendo fortemente, além do Kit Pop Rock default, o Drumkit From Hell
(Heavy Metal), o Vintage Rock e o Latin Percussion!
Fotos
Teclado e monitores. Mesa ao lado.
Caos.
POSTADO POR ANDRÉ ÀS 21:54 9 COMENTÁRIOS:
A ligação com o V-AMP é feita ocasionalmente, para configurações dos timbres via computador.
O Ozone pode ser usado como um segundo controlador. Há opção de usar o Ozone também
como uma interface de saída. Isto é, através do Ozone, enviar sinais do computador para um
terceiro dispositivo. Essa opção não está representada na figura.
POSTADO POR ANDRÉ ÀS 15:34 UM COMENTÁRIO:
Think About
"Truly fertile Music, the only kind that will move us, that we shall truly appreciate, will be a
Music conducive to Dream, which banishes all reason and analysis. One must not wish first to
understand and then to feel. Art does not tolerate Reason."
Áudio e MIDI
MIDI não é Áudio.
Obtiveram sucesso, e os desenvolvedores rapidamente verificaram que esses sinais poderiam ser
gravados em um computador, e que este computador poderia gravar e 'tocar' comandos para até
16 diferentes instrumentos simultaneamente. Esse avanço tecnológico simplesmente
revolucionou o modo de se fazer música.
O software que grava e reproduz esses sinais midi se chama sequenciador. Nosso exemplo:
Cubase.
O MIDI funciona mandando sinais de eventos (exemplo: nota pressionada, nota solta) através
do cabo midi. Além desses eventos, envia também informações de sincronismo e acerca dos
demais controles do instrumento (pedais, botões, alavancas, etc).
Obs: uma interface midi em geral contém uma porta (1 midi port), e cada porta pode controlar
(receber e enviar dados) para até 16 canais. Cada canal pode ser configurado para tocar um
instrumento diferente.
Quem produz o áudio é o instrumento digital que recebe os dados e "toca" as informações
recebidas. -Sacou?
MARCADORES: MIDI
O que é um VST?
Ok, vamos começar com os bizus pra fazer da sua gravação caseira um produto de qualidade.
VST significa Virtual Studio Technology. Essa tecnologia de estúdio virtual foi desenvolvida pela
Steinberg - a fabricante do Cubase, e, em bom informatiquês, um VST é um plugin de áudio.
O que é um plugin? -É um "pedaço" de software que a princípio não faz nada sozinho, mas que
pode se acoplar a um outro software "hospedeiro" (por exemplo, o Cubase) e agregar a ele novas
funções (por exemplo, um novo sintetizador ou um novo efeito).
Em geral o VST vai abrir uma interface visual de dentro do programa principal, na qual você
poderá configurá-lo e alterá-lo como queira.
Existem diversos tipos de VST's, mas podemos destacar aqui algumas diferenças de
nomenclatura.
Quando se fala em Efeito VST, nos referimos mais especificamente a um pluggin de efeito que
altera um sinal de áudio. Há ainda efeitos de monitoração que fornecem uma visualização do
sinal sem alterar o som (por exemplo, um analisador de espectro). A maioria desses efeitor pode
ser encadeado com outros efeitos similares.
Um VSTi, ou Instrumento VST, diferentemente do efeito que somente altera um sinal áudio,
é capaz de gerar áudio. Pode ser um sintetizador ou um sampler, por exemplo.
Finalmente, um Midi VST é um pluggin de efeito que atuará sobre um sinal MIDI, antes deste
ser direcionado para um hardware externo ou para outro destino, por exemplo, para realizar
uma transposição ou um determinado arpejo.
MARCADORES: VST
Projetos de Expansão
Sempre mais... Acho que no futuro, eu gostaria de acrescentar a esse "parque" um violão de
nilon elétrico, quem sabe outro takamine. Especialmente para gravação, uma bateria eletrônica
tipo a realistics da staff drum. Finalmente, um microfone condensador de boa qualidade para
gravar voz.
Acho que isso seria o ideal para um estúdio caseiro de gravação no meu apartamento. Mais que
suficiente pra produzir minhas músicas... Ideal para uma banda de um homem só que muitas
vezes deve se limitar aos fones de ouvido, e bom o bastante pra qualquer banda que tope gravar
uma coisa de cada vez.
Instrumentos
Apresentados os equipamentos de gravação de áudio, vamos aos instrumentos que tenho
utilizado para minhas gravações.
Guitarra Godin. Um amigo trouxe pra mim, comprada usada no Canadá. Saiu por R$700,00.
Violão de aço Takamine. Comprei novo em SP - na Teodoro Sampaio - em fevereiro de 2007 por
R$900,00.
Teclado Roland Juno-D LE. Minha última aquisição, comprei novo no Rio por R$1800,00 mais
brindes.
Microfones Behringer. Comprei em dezembro de 2006 pelo Mercado Livre por R$120,00.
O estúdio foi projetado para gravar um instrumento por vez. O sinal dos monitores sai do
Control Room da mesa, e pode ser captado também pela saída dos fones. O monitoramento é
feito mandando os sinais MAIN e AUX 3/4 para Control Room.
Os canais Ch1 a Ch4 vem das 4 saídas do compressor, e são usados basicamente para entrada de
microfones. Os canais Ch5/Ch6 recebem o sinal do V-AMP.
A saída de som da interface de áudio entra nos canais Ch7/Ch8 da mesa. O volume do som
enviado pelo computador pode ser ajustado no fader desses canais.
Para gravar um canal, aperta-se a tecla BUS 3/4 do canal desejado, e o led amarelo se acende
indicando que esse canal está sendo enviado para o BUS 3/4 e conseqüentemente para a
interface de áudio. É possível tocar outro instrumento simultaneamente em outro canal sem que
esse seja gravado. É possível também re-enviar o sinal que chega no Ch7/Ch8 para o BUS 3/4, e
assim o resultado da gravação será a soma do que está sendo enviado pelo micro mais o sinal
dos canais selecionados.
A mesa de som possui um set de efeitos integrado. O efeito mais usado por mim é o plate reverb,
no. 23. A mesa tem opção de enviar o som processado do efeito para o BUS MAIN ou para o BUS
3/4. Se quisermos gravar com efeito, devemos envia-lo para o BUS 3/4. Caso contrário,
enviamos para o MAIN. Nesse último cenário, ouve-se o efeito nos monitores de gravação, mas
o sinal gravado entra puro na interface de áudio, de modo que os efeitos podem ser adicionados
via software posteriormente.
V-AMP2
Como os caras de estúdio gravam guitarras e baixos elétricos? Costumam plugar o instrumento
em um bom ampli, e captar o som com um ou dois microfones.
Uma solução caseira é usar um simulador de aplificadores como o V-AMP da Behringer. São
mais de 30 tipos de amplificadores, cada um deles podendo ser associado a oito tipos de caixas
com diferentes combinações de falantes.
Compressor
Pra que serve um compressor? -Pra melhorar a dinâmica de um sinal. Evita microfonias, dá um
som com mais presença, mais consistência, retira pufs e esses, limita o volume máximo de saída,
etc. Em síntese, melhora um bocado, e é usado praticamente em todos os instrumentos e
microfones numa gravação.
Eu uso um Multicom PRO-XL da Behringer, de 4 canais, comprado em abril de 2007 no
Paraguai por R$100,00.
MARCADORES: COMPRESSOR
Monitoramento
Um estúdio precisa de monitores. Você não vai querer ficar ouvindo suas gravações nas
caixinhas de multimidia do seu PC. Ouvir bem é um requisito para produzir bem sua música.
Que características deve ter um bom monitor? -Ter uma boa resposta entre 20Hz e 20kHz. Isso
vale tanto pras caixas quanto para os fones.
Minhas caixas de monitoramento eu comprei no Paraguai, aproveitando uma viagem que fiz a
trabalho em abril de 2007. Behringer MS-40, por nada mais que R$200,00. Sim, o Paraguai é o
paraíso.
Um pouco depois eu comprei um Fone AKG k-55, que recomendo vivamente. Tem a vantagem
de ser fechado, ou seja, isola bem o som caso você queira ouvir a banda e gravar a voz sem
vazamento para o microfone. Paguei R$80,00 num usado pelo Mercado Livre.
Tanto as caixas quanto o fone são show de bola. Custo benefício lá em cima. Valeu.
Como eu gravo instrumento por instrumento, dois canais é mais que suficiente.
Um bom padrão utilizado em muitos estúdios é 96khz e 24 bits. Muitos trabalhos profissionais
são gravados com essa qualidade. Mas observe, quanto maiores esses parâmetros, mais espaço
de disco necessário.
A relação sinal-ruído é medida em dB. Uma placa com boa qualidade terá algo acima de 70dB.
Inicialmente, eu utilizava a interface UCA-200 da Behringer, que acompanha a mesa de som.
Quis fazer um upgrade, e tive a sorte de comprar um M-Audio Ozone por R$500,00 no Mercado
Livre. Tinha todas as características da placa de áudio que eu queria, e de quebra ainda é um
controlador Midi. É um praticamente um estúdio portátil, 24 bits, 96kHz, 2 entradas de áudio,
interface via USB, do tamanho de um Laptop. Possui uma entrada canon balanceada com
Phanton Power, e pré-amplificadores nas duas entradas. Sim, dei sorte. Se alguém tiver a
mesma oportunidade, recomendo!
Laptop
Oportunidade, minha irmã trouxe do Canadá um Toshiba A-100 em fevereiro de 2007, que na
época me saiu por cerca de R$1800,00. Impressionante como essas coisas baixaram de preço
mais recentemente... Esse é o micro que tenho usado desde então para pilotar meu estúdio de
gravação. É um Centrino Duo, 120Gb de HD, e 1Gb de memória.
Veio com o Vista, que eu resolvi jogar fora e instalar o velho XP pra deixar mais leve. Em
fevereiro desse ano paguei R$90,00 e fiz um upgrade de memória pra 2Gb.
Um Lap Top tem a vantagem (que nem sempre é interessante) da portabilidade. Uma
consequência é que você fica amarrado às interfaces de áudio e midi para USB. No meu caso, eu
topei a parada. Tá valendo.
Primeiro Brinquedo
O legal desas mesa é que ela vem com uma interface de áudio USB UCA200 de 16 bits e
48kHz.
A mesa possui como entradas: 4 canais mono mais 2 canais stereo, 2 barramentos stereo de
saída (main e mix 3/4) e mais um processador de efeitos interno com 100 presets (com um
reverber que quebra aquele galho!). Os canais de mic possuem Phanton (pra alimentar
microfones condensadores), e pré-amplificadores de ganho regulável.
Comprei em dezembro de 2006 pelo Mercado Livre, e paguei R$600,00 na época. Hoje tá bem
mais barato.
É uma excelente mesa. A única coisa que ela não tem e que eu gostaria que tivesse é saídas de
insert nos canais. Outros modelos da Behringer já os possuem.
À medida que eu for publicando esses artigos, você vai notar que eu comprei muitos
equipamentos da Behringer. Alguma razão especial? -Muito simples: custo-benefício. Em outras
palavras, excepelnte qualidade por um custo muito inferior ao dos outros fabricantes. Vale a
pena conferir:http://www.behringer.com
E de que modo o computador pode ajudar? Com softwares de gravação de áudio em multitrack.
O conceito é simples. por exemplo, você grava um violão base. Depois, ouvindo o que gravou,
grava o vocal em uma pista separada. Serão arquivos de áudio independentes, mas que tocarão
simultaneamente conforme a gravação. Esse processo segue indefinidamente. Você pode gravar
baixo, guitarras, bateria, vocais, e depois juntar tudo na sua banda virtual de um homem só.
Produz-se a música.
No início utilizei o Adobe Audiction com essa finalidade. É um programa muito bom, herdeiro
do Cool Edit. Depois disso passei pro Sonar para contar com a possibilidade de editar midis
(para poder programar baterias VSTi's), e finalmente cheguei ao Cubase, que se adapta melhor
do que o Sonar aos VST's e VSTi's. Por hora, entenda VST's e VTSi's como Plugins (adendos)
acrescentados ao software de gravação para agregar algumas funcionalidades específicas.
A partir do software de gravação comecei a produzir minhas músicas, gravando instrumento por
instrumento usando a entrada auxiliar (uma entradinha azul) de uma placa de som comum de
um PC. É possível usar também a entrada roza (de microfone), mas note que sua qualidade será
inferior.
Foi assim que senti o gostinho inicial do meu home studio, comecei a gravar minhas músicas, e
acho que essa foi a gênese de tudo.
Apresentação
-Por que um home studio? Que pergunta, né? Hobbie é hobbie, fim de papo. Levar um som é
muito bom. Tocar ao vivo é sempre uma experiência única. Mas dar para ouvirem o que você
gravou é outro aspecto inebriante do ser músico. Eternizar seu trabalho, sua criatividade, seu
talento... E fazer com que isso passe a fazer parte da vida de outras pessoas.
Minha meta é produzir música de qualidade sem sair de casa, e ter um home studio parte da
crença de que isso é possível.
Eu não sou um músico profissional. Cultivo a música como uma atividade paralela sempre
presente.
Mas 'barato' aqui pode ser um conceito muito relativo... -Quando se trata de hobbie, dessa
cachaça musical a que você provavelmente também é adicto, o céu é o limite. Se tivéssemos
grana, compraríamos todos os brinquedos maneiros de última geração que estão sendo usados
pelos grandes estúdios do mundo inteiro.
O cerne da questão é que é possível produzir música de qualidade sem ter que recorrer aos
'grandes profissionais'.
Eu gosto de uma comparação que me parece esclarecedora. Como eram produzidos os livros
antigamente? O manuscrito era datilografado, passado para uma tipografia, e finalmente
impresso. Hoje, se quisermos editar um livro caseiro, basta ter um programa editor de texto,
uma impressora e, fundamentalmente, uma boa idéia do que queremos escrever. Em síntese, o
computador aproximou de nós o que antes só era possível em um processo industrial de grande
porte. Acredito que assim ocorreu também com a produção musical. Com os programas
adequados e com uma placa de som é possível fazer muito. E o sonho do seu CD independente
de uma hora pra outra pode tornar-se realidade...
Nesse blog vou postar minhas experiências com o meu home studio. Espero que sejam úteis!
Sintam-se à vontade para exporem opiniões e trocarmos idéias.
Abraços!