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Etapas da Masterização

Sexta, 02 Janeiro 2009 18:27 Dennis Zasnicoff 156 1 2 3 4 5 (8 votos)

Em outro artigo que pode ser visualizado aqui, passei algumas dicas para você preparar seu mix para a
masterização. Outro ponto importante citado no artigo sugeria que os engenheiros de mixagem
encaminhassem o mix para outro engenheiro fazer a masterização. Principalmente porque estariam
envolvidos demais com a mixagem, tornando-se incapazes de escutar com "ouvidos frescos" um trabalho
que foi realizado durante horas e horas.

Recentemente, passei por uma situação destas. Recebi uma mixagem para masterizar e em poucos
minutos percebi que o som do bumbo estava excessivamente presente - extenso, grave, forte, cheio de
harmônicos. No papel de masterizador - e conhecendo o estilo da produção e as intenções do produtor -
naturalmente precisei utilizar um equalizador cirúrgico e um compressor multi-banda para "neutralizar" a
agressão do bumbo. Mais tarde, soube que o engenheiro de mixagem ficou chateado. Ao menos,
frustrado, pois tinha passado horas processando as trilhas do bumbo para atingir aquela sonoridade.

Artista e produtor não se incomodaram com a sonoridade durante as provas de mixagem. Este é
exatamente o ponto que eu queria passar. Cada profissional está imerso em um dos aspectos da produção
e não pode reparar em todos os detalhes. Durante a masterização, o simples fato de estarmos escutando
aquela música em outro ambiente, com outra cabeça, sem visualizar as trilhas na tela do computador, nos
fez reparar em pontos que passaram despercebidos. O próprio produtor percebeu agora que o bumbo
estava estranho e aprovou as mudanças da masterização. No final, todos concordaram. Se o mesmo
engenheiro de mixagem tivesse realizado a masterização, muito provavelmente o som do bumbo
permaneceria o mesmo, não pela sua incapacidade de escutar, mas principalmente pelo fator emocional
de ter criado "um filho".
Pois bem, com esta deixa, listo abaixo as etapas que utilizo para masterizar 90% das mixagens que recebo.
Lembrando que cada música SEMPRE deve ser masterizada individualmente, com ouvidos descansados,
comparações A/B no MESMO VOLUME (veja o próximo artigo do blog!) e sem utilizar presets. O que
funcionou para a primeira faixa pode ser devastador para a quarta.

Filtragem de sub-graves e/ou DC offset: para retirar conteúdo que "rouba" espaço na música, não é
audível e prejudica a operação das etapas seguintes.

Atenuação de ruídos: podem ser provenientes de algum equipamento de gravação, mixagem ou do ruído
ambiente do estúdio. Principalmente no início e no final das faixas.

Equilíbrio do estéreo: mais frequentemente do que pensamos, um dos canais pode estar mais alto do que
o outro, desviando a atenção do ouvinte e/ou deslocando os elementos que deveriam estar no centro do
palco sonoro.

Equalização corretiva geral: para equilibrar os excessos ou faltas de frequências que podem, por exemplo,
contribuir para uma sonoridade abafada, brilhante ou anasalada. Normalmente, esses defeitos se originam
de problemas acústicos no estúdio e na sala de mixagem.

Equalização criativa: não mais com o caráter corretivo, mas sim para destacar elementos que pedem maior
presença no estilo em questão. Lembre-se que destacar pode significar esconder outros elementos.

Limitação de picos excessivos: ainda não tem a função de aumentar o volume da música, somente diminuir
os picos exagerados que atrapalham outros processamentos e podem ser atenuados SEM alterar a
sonoridade. Nesta etapa, somente os picos que estão realmente fora da média são limitados. Tipicamente,
eles têm uma duração inferior a 10ms e portanto não são audíveis.

Reverberação adicional: em doses homeopáticas e muito bem selecionada, pode ajudar na espacialidade e
naturalidade da música.

Reforço de transientes: se está faltando "vida", sobretudo na caixa da bateria ou em outros elementos de
ataque, um reforço dos transientes pode fazer toda a diferença, sem alterar outros elementos do mix.
Cuidado aqui para não criar picos excessivos que provavelmente serão limitados novamente na sequência.

Compressão multi-banda: pode alterar significativamente a proposta musical. Deve ser usada com cautela
para controlar grandes variações em determinadas regiões do espectro ou reforçar elementos pouco
sólidos.

Equalização cirúrgica: após algumas etapas, possivelmente algumas regiões estreitas do espectro (e muitas
vezes em pequenos trechos da música) já podem ser corrigidas, normalmente através de atenuação. Neste
ponto, qualquer variação acima de 3dB é um indicativo de que as etapas anteriores falharam ou então que
a mixagem deveria ser refeita.

Maximizador de volume: os famosos loudness maximizer usados e abusados pelos novatos, inclusive
durante as fases de mixagem. Tem a função de aumentar o volume da música, até o ponto onde NÃO HÁ
DEGRADAÇÃO DO ÁUDIO. Exageros nesta etapa podem comprometer a dinâmica da música e gerar
distorções bastante audíveis. O estilo e o produtor musical, juntamente com o masterizador, determinarão
o volume de uma das faixas, que por sua vez, será a referência de volume para as demais faixas do disco.

Limitador "Brickwall": para limitar qualquer pico que ainda insista em atingir o máximo, podendo causar
clipping do áudio. Via de regra, costumo ajustar essa "parede" em -0.3dB, e não em 0dB, por razões que
podemos comentar em um próximo artigo.
Outras etapas podem e são adicionadas nesta lista, de acordo com a necessidade. No entanto, a maioria
dos projetos acaba passando por todas elas, e normalmente nesta ordem. Depois destes processamentos,
outros detalhes de cada faixa podem ser ajustados, como fade-in, fade-out, pausas entre faixas, dithering e
conversão para outros formatos (CD-Audio, MP3 etc.).

Tenho certeza que o leitor que ainda não acompanhou uma masterização vai entender agora porque trata-
se de uma etapa tão especializada, demorada e, portanto, valorizada nas produções sérias.

Glossário da Produção Musical

Se utilizar o glossário em seu site, por favor cite a fonte!

Andamento Velocidade de uma música, do seu ritmo. Muitas vezes medida em bpm (batimentos por minuto). Pode
modificar profundamente a expressão da canção.

Arranjo Seleção de instrumentos, forma, andamento, variações melódicas e harmônicas que compõe uma
“roupagem” para uma composição. É planejado de acordo com os instrumentos e vozes que interpretarão a música,
considerando-se suas possibilidades e limitações.

Áudio Informações sonoras sob variadas formas: elétrica, óptica, digital etc. Quando manifestado no domínio
acústico, gera ondas sonoras e é conhecido como “som”.

Audiófilo Apreciador da qualidade das gravações. Valoriza a naturalidade das produções e sistema de reprodução,
incluindo a sala de audição.

Barramento Master Ou bus master, são os canais de mixdown de um console de mixagem real ou virtual. Em uma
mesa de gravação, é conectado ao gravador estéreo. Em um console de P.A. (show ao vivo), é conectado às caixas
de som que “endereçam o público” - Public Address – P.A.

Bounce Transformar partes de uma música ou trilhas de uma música em um novo arquivo de áudio.
Frequentemente sinônimo de mixdown.

Bridge Uma sessão da forma musical. Tem a função de criar contraste e respiro.

Capo O inínio da música. Em notação musical, o termo "D.C. al Coda" instrui o músico a tocar novamente desde o
início até o símbolo "Coda".

Cifra Código visual que representa um acorde musical. Ex.: A=Lá maior, Bm=Si menor, C#7+=Dó sustenido com 7a.
maior.
Clássico Uma música famosa que se destaca e tende a agradar diversas gerações. Não confundir com o estilo
“Música Clássica”.

Click Metrônomo, referência de tempo para que a performance não perca sincronismo e mantenha a uniformidade.
Mutas vezes, um som de “click” para que os músicos possam escutar o tempo da música.

Click (ruído) Neste caso, um som característico originado por falhas no processo de gravação ou mixagem. Audível
como um rápido estalo.

Club (versão) Uma mixagem alternativa que foi masterizada para ser tocada em boites. Normalmente, realça os
extremos graves e agudos e é mais longa, com sessões instrumentais.

Coda Originalmente, a "cauda" ou finalização de uma música. Em notação musical, representa o final da
performance, quando uma sessão da música é repetida. O termo "D.S. al Coda" na partitura instrui o músico atocar
a sessãoentre os símbolos "Segno" e "Coda".

Compressão Explicação no capítulo sobre Mixagem. O processo de diminuir as diferenças de volume do áudio,
reduzindo sua dinâmica.

Contraponto Técnica de composição que utiliza distintas frases melódicas que interagem entre si, criando uma
relação harmônica que enriquece a música.

DAW Digital Audio Workstation. Refere-se aos pacotes de Software que funcionam como estúdios virtuais de
produção musical.

Decibel (dB) Relação entre duas grandezas, com comportamento logarítmico. Em dB, sempre existe uma referência
que deve ser expressa. A relação entre o sinal medido e a referênciadeterminará a quantidade de decibéis. Pode ser
usado em áudio, acústica, elétrica, óptica etc. Exemplo: 85dB SPL = significa que o som medido é 85dB mais alto do
que a referência, que por sua vez, equivale ao som mais baixo que pode ser ouvido.

De-esser Processador de áudio que atenua as sibilâncias, ou sons de consoantes como "s", "t", "c", "f".
Normalmente, implementado como um compressor de banda estreita.

Dinâmica A diferença entre os sons mais baixos e os mais altos do áudio. Está relacionada com a naturalidade e
contorno emocional das músicas. Gravações de música erudita orquestrada costumam ter muito mais dinâmica do
que a música pop.

Distorção Qualquer alteração introduzida ao áudio original. Pode ocorrer no meio acústico, elétrico ou digital. Uma
das distorções mais comuns e audíveis é a saturação, quando o nível de volume é muito alto para um determinado
equipamento e “suja” o som.

Distribuição Normal Padrão estatístico de ocorrências que representa diversos fenômenos naturais, como o peso
ou a altura de uma população.

Edição Ato de recortar, limpar, juntar ou manipular o áudio de uma maneira geral. A maioria das trilhas é editada
antes da mixagem.

Equalização Explicação no capítulo sobre Mixagem. Alterar o conteúdo espectral do áudio. Ressaltar regiões (ex.:
graves) ou atenuar freqüências com intuito corretivo ou artístico.

Equilíbrio Tonal A relação harmônica entre as freqüências sonoras. O balanço correto entre graves, médios e
agudos.

Espectro Sonoro Toda a faixa auditiva, dos extremos graves aos extremos agudos. Varia aproximadamente de 20Hz
a 20kHz par ao ser humano.

Estéreo Dois canais de áudio (esquerdo e direito) que, quando reproduzidos, criam o palco sonoro virtual.
Fade-In / Out A transição entre silêncio e som que ocorre no início e no final da música. Pode ter diversas durações
e formas.

Fader Controle variável, originalmente vertical e deslizante, para ser operado pelos dedos.

Flat No áudio, refere-se a um equipamento ou ambiente acústico com resposta de frequência reta (lisa, estável). Em
teoria, é desejável que salas, amplificadores e monitores sejam FLAT. Já microfones e prés não-FLAT possuem
colorações interessantes.

Forma Tipos de sessões e suas ligações em uma música (intro, refrão, bridge, etc.).

Groove Ritmo e marcação da música, a levada, batida. Pode ser bastante “quadrado” e estável ou “grooveado”,
como no caso do Funk.

Harmonia Seqüência de acordes que funciona como fundo musical para a melodia. A estrutura da música,
construída sobre uma tonalidade.

Headroom Margem de segurança. O "espaço" disponível entre o nível médio de um sinal de áudio e o máximo
permitido pelo equipamento. Exemplo: uma gravação digital com nível médio de-12dBFS possui 12dB de headroom,
uma vez que o limite é 0dBFS. Ou seja, o sinal pode aumentar até 12dB (durante as passagens mais altas) sem que
haja distorções. Acima doteto, o sinal começa a distorcer e deixa de operar com fidelidade. Todo equipamento na
cadeia de áudio possui um nível nominal e um headroom.

Hi-Fi (versão) Uma mixagem alternativa que foi masterizada para a confecção de mídias de alta definição, como
CDs audiófilos, SACD e DVD-Audio. Costuma ser menos processada e com maior dinâmica.

Hook O “gancho” da música, o clímax musical ou lírico que normalmente contém a mensagem principal e gera o
título da canção.

Know-how Conjunto de conhecimentos, técnicas e habilidades de um profissional.

Lei de Pareto Ex.: 20% das ações geram 80% dos resultados; 20% dos itens no varejo representam 80% do
faturamento. Pode ser aplicada em diversas áreas e situações da ciência.

Lick

Uma frase melódica curta, ou sequência de notas, que é repetida durante a música. Costuma ser associada à
guitarra e é mais presente nos solos e outras sessões de destaque na música popular.

Limitador Ou limiter, é um tipo especial de compressor que oferece uma grande taxa de compressão a partir de um
nível limiar. Usado normalmente para se evitar saturação de monitores ou gravadores, limitar o nível máximo do
áudio.

Line (linha) Tipo de sinal padrão no áudio. Possui nível (intensidade) elétrico próprio para interligação de
equipamentos. Consoles, gravadores, amplificadores e equipamentos em geral trabalham com sinais de nível LINE.
Há dois padrões na Indústria:+4dBu (profissional) e -10dBV (doméstico).

Loop (de Áudio) Trecho de áudio (como uma batida ou riff de guitarra) que pode ser concatenado e repetido para
se criar sessões.

Loop (gravação) A mesma performance é gravada várias vezes em seqüência. Normalmente, o mix de fundo, que
serve de base para a gravação desta trilha, é repetido em loop, enquanto cada take é registrado.

Mainstream A faixa de mercado tradicional, popular, de maior volume de vendas e exposição. Artistas e músicas
fora do mainstream são comumente chamados de underground ou alternativos.

Major Uma grande gravadora. Normalmente gerencia diversos selos que representam artistas famosos.
Melodia Seqüência de notas musicais que forma as frases cantadas ou tocadas sobre uma harmonia.

MIC Abreviação de microfone. No caso de sinais elétricos, indica que a entrada foi projetada para receber sinais de
um microfone, que serão amplificados por um pré-amplificador integrado.

MIDI (programação) Informação musical sob a forma eletrônica ou digital. Permite a geração de áudio por
mecanismos não-acústicos. Notas, suas intensidades e durações podem ser manipuladas por Software ou Hardware
(instrumentos virtuais), muitas vezes simulando os equivalentes reais.

Mídia Master A mídia física que contém a produção final e serve de molde para a confecção de cópias idênticas. Por
exemplo, um disco de metal ou um rolo de fita magnética. O áudio master pode existir dentro do computador mas
será transferido para alguma mídia antes da geração das cópias.

Mix ou Mixagem A mistura das trilhas gravadas com o objetivo de apresentar todos os elementos de ritmo,
harmonia e melodia de uma maneira clara e interessante. Normalmente, combina o áudio em um canal estéreo
(L+R).

Mixdown O ato de mixar ou combinar várias trilhas para um número menor de canais. O resultado da mixagem em
forma de áudio.

Modos Ressonantes Fenômeno acústico que altera a intensidade das ondas sonoras dentro de uma sala. É mais
notável nos graves e em salas pequenas, podendo aumentar ou diminuir consideravelmente a audição de
determinadas freqüências.

Monitor Caixas-acústicas, alto-falantes, fones-de-ouvido – o sistema de monitoração de áudio que permite técnicos
e músicos escutarem os sons de performances e gravações.

Multi-pista Gravador ou processo de gravação que registra várias trilhas (ou pistas) independentes ao mesmo
tempo. Permite maior controle e versatilidade durante a mixagem .

Naipe Grupo de instrumentos com características semelhantes que tocam uma frase musical, com o objetivo de
aumentar o volume e enriquecer o som. Naipe de violinos, naipe de metais.

Orgânica (gravação) Áudio com realismo e entrosamento, aproxima-se de uma execução ao vivo.

P.A. "Public Address" - sistema de som endereçado ao público.

Pad Som de fundo, normalmente baixo e suspenso (notas longas que variam pouco), acompanhando a harmonia da
música.

Panorama Posição horizontal de um elemento na música, esquerda / centro / direita e os inúmeros graus
intermediários. Configuram o palco sonoro no estéreo. Gravações mono não possuem panorama.

Partitura Representação musical gráfica em um pentagrama, com símbolos padronizados que indicam a nota
musical, sua duração e maneira de se interpretar.

Phantom Image Imagem fantasma, a existência de um elemento no panorama musical que de fato não
existe,entreas duas caixas acústicas do placo sonoro.

Phantom Power Tipo de alimentação que substitui fontes ou baterias para microfones a condensador. É transmitida
pelo próprio cabo de áudio balanceado do microfone.

Plugin Software utilizado para processar (alterar) o áudio. Muitas vezes, substitui equipamentos reais e físicos. Pode
ter inúmeras funcionalidades, como equalização, compressão ou reverberação.

Pop (estilo) Às vezes sinônimo de moda ou descartável, na verdade, é tudo aquilo que não é erudito (complexo,
alternativo, particular). Popular.
Pop (ruído) Neste caso um som característico, normalmente originado do uso indevido de microfones. Ex.: quando
o vocalista gera um grande fluxo de ar nas consoantes “p” e “b”.

Pré (amplificador) Equipamento responsável por elevar o nível de umsinal fraco proveniente de algumas fontes.
Sinais de microfones (MIC) e de alguns instrumentos são transformados em nível de linha (LINE) na saída do pré. Na
sequência, podem ser processados, mixados e/ou gravados.

Punch Som “na cara”, presente, alto e claro. Apropriado para alguns elementos e estilos musicais. Relaciona-se com
o impacto auditivo sentido pelo ouvinte.

Quantização Na nomenclatura MIDI, significa ajustar a posição e a duração das notas para que se encaixem em um
determinado groove, soem corretamente no tempo e em harmonia rítmica com as notas dos outros instrumentos.

Rádio (versão) Uma mixagem alternativa que foi masterizada para ser tocada no rádio. Quando não é própria
música original, pode conter uma introdução mais rápida, volume mais alto ou menor duração.

Remix Versão remixada de uma música pré-lançada. Novo arranjo, duração, interpretação e /ou estilo.

Reverberação Explicação no capítulo sobre Mixagem. O campo sonoro que é constituído pelas inúmeras reflexões
de um espaço físico. O “rastro” do som.

Riff Motivo musical que se repete e tende a caracterizar uma música ou sessão dela.

RT60 Tempo necessário para o som decair 60dB após ser reproduzido na sala (acusticamente ou por falantes).
Tempo de reverberação, normalmente varia de frações a alguns segundos.

Sala de Controle Sala de gravação e mixagem, local de trabalho dos técnicos de som. Normalmente possui
isolamento acústico e linha de visão para o estúdio

Sample Gravação de áudio de uma nota ou acorde tocados por um instrumento real ou virtual. Pode ser disparado
por sinais MIDI, permitindo, por exemplo, que um teclado toque sons de saxofone.

Side Chain Entrada auxiliar de equipamentos (compressores, gates etc.) cujo sinal controla o que acontecerá com o
sinal principal. Quando o side-chain não é usado,o sinal principal é o próprio sinal de controle.

Solista Músico especializado que toca, normalmente, passagens melódicas conhecidas como solos.

Tablatura Representação musical alternativa que simboliza a parte do instrumento que deve ser tocada (corda e
traste, peça da bateria etc.).

Take Uma das diversas gravações de um mesmo trecho.

Talkback Mecanismo de comunicação entre a Técnica e o Estúdio. Um microfone de talkback é posicionado dentro
da Técnica para que os artistas possam escutar orientações do técnico, quando necessárias.

Técnica (sala) O mesmo que Sala de Controle.

Teoria da Informação Explica como captamos as informações apresentadas. Ex.: um instrumento pode aparecer na
mixagem e depois ser abaixado de volume sem que deixemos de notá-lo (liberando espaço para outros).

Teoria Gestalt Argumenta que A+B não é igual a A+B, mas sim C, um todo que é maior que a soma das partes. Na
música, a soma dos elementos – resultado final – pesa muito mais do que se tentar teorizar a junção deles.

Timbre Conjunto de características que determinam um tipo de som: piano, violino, flauta. Eles podem tocar a
mesma nota, mas serão bastante distintos, com ataques, decaimentos e conteúdo espectral diferentes.

Tonalidade O tom de uma música, o acorde fundamental da harmonia. Está relacionada às possibilidades e
limitações dos instrumentos e vozes.
Transiente No áudio, refere-se aos sons intensos, de curta duração. Típicos em instrumentos percussivos,
conhecidos como "ataque", seguidos de um decaimento.

Trilha Uma das pistas de uma gravação multi-pista. Normalmente contém apenas um instrumento ou voz.

Vazamento Sons captados por um microfone que, a princípio, deveriam ser captados por outro(s). Acontece quando
há mais de um microfone exposto à mesma fonte sonora. Às vezes, o vazamento é desejável para se criar
naturalidade.

VU Do inglês, "volume units", ou unidade de volume. Tipo de medidor de áudio criado para representar a percepção
humana de "volume", ou intensidade de um som. Equipamentos com medidores VU devem operar em torno de 0dB
VU (nível nominal). A eletrônica de um VU é feita de maneira aindicara sensaçãode volume, sendo que variações
desinalmuito rápidas não são representadas, já que não são percebidas por nossos ouvidos.

http://www.audicaocritica.com.br/glossario

Quanto Custa Produzir

Sai Caro Produzir minha Música?

Depende de quantas horas você deseja investir no trabalho. Costumo dizer que uma produção não tem fim, ela
precisa ser finalizada em algum momento, para se encaixar no orçamento, no prazo ou no objetivo do artista."Caro"
e "barato" são conceitos pessoais, é difícil responder esta pergunta. Quanto valorizamos um serviço ou um
produto? Quanto você acha que vale a SUA música? Ou melhor, quanto uma Produção pode fazê-la valer? Essa é
principal pergunta que devemos nos perguntar. Eu diria que quanto mais recursos se investe em uma música, maior
o valor que ela tende a representar para o público.

Diferentemente da maioria dos bens de consumo, uma música pode valer de R$10 a R$10 milhões. O que
determina esse valor é um conjunto de fatores, entre eles: composição, produção, interpretação, histórico e fama.

Posso afirmar com segurança que são RARÍSSIMOS os casos de sucesso sem um investimento apropriado na
Produção. Quantas canções fantásticas estão por aí esperando ser descobertas e produzidas? Quantas outras
falharam por falta de investimento? E ainda, quantas nem tão merecedoras alcançaram grande sucesso e não saem
da nossa cabeça?

A Produção Musical está intimamente ligada ao fator de sucesso, retorno financeiro e moral.

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Preços

Normalmente, os clientes que me contatam querem respostas objetivas. Portanto, prefiro ser explícito quanto aos
custos dos serviços. Cada projeto é tratado à parte, porém acho importante que você tenha uma idéia inicial para
poder se planejar. Certa vez alguém me disse:
"Não existe nada no mundo que alguém não possa fazer um pouco pior e vender um pouco mais barato".

Pense nisso quando encontrar ofertas tentadoras... O mercado está saturado de produções deficientes e o que ele
menos precisa é de mais uma.

Custos Até 04 faixas Acima de 04 faixas

Pré-produção (por hora) R$ 100 R$ 80

Produção (por hora) R$ 150 R$ 120

Estúdio terceirizado (por hora) R$ 100 R$ 80

Masterização (por faixa) R$ 300 R$ 200

A quantidade de horas depende do projeto. Para uma faixa com letras, vários instrumentos e takes, normalmente
estima-se de 6 a 10 horas de pré (fora do estúdio) e 6 a 10 horas de produção (gravação, mixagem e/ou
programação). Outros estúdios podem ser utilizados para gravação. Os custos incluem cachês de Produtor e
Técnico. Não estão inclusos instrumentistas, arranjadores e demais profissionais que podem ser contratados à parte
pelo cliente e/ou produtor, conforme a necessidade.

Exemplos:

• 01 single com pré já gravada: menos de R$ 1.000

• 02 músicas para a trilha sonora de um filme: R$ 3.000 a R$5.000

• 06 canções para um CD Demo(*), com baixa utilização de estúdio: aprox. R$ 10.000

• 10 faixas para um álbum, com contratação de músicos e masterização: aprox. R$ 20.000

(*) ao contrário da crença popular, uma Demo é quase um Produto Final, uma vez que representa o artista e seu
repertório para rádios e gravadoras.

É possível que seu projeto utilize poucas horas de produção e estúdio.

Mande uma mensagem agora mesmo e responderei com uma expectativa de custo mais realista.

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E Quanto a Pós-produção?

A confecção da mídia master, cópias, arte gráfica, prensagem e demais etapas APÓS a Masterização não são
necessariamente acompanhadas pelo Produtor Musical e não estão inclusas nestas estimativas. No entanto, o
produtor pode e deve acompanhar a Masterização, por se tratar de uma etapa criativa, intimamente ligada à
qualidade final do produto.

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Não é Mais Barato Produzir no meu Home Studio?

Sim, provavelmente você gastará menos dinheiro, mas sua produção não deverá soar e nem comunicar tão bem
quanto uma produção profissional.

• As gravações estarão prejudicadas, tanto acusticamente como tecnicamente, pelas limitações intrínsecas
de um Home Studio.

• É bem provável que a mixagem não soe equilibrada, devido à monitoração deficiente (acústica da sala +
treinamento auditivo + equipamentos + know-how).
• A falta de "isenção emocional" dificulta a tomada de decisões, já que tendemos a tratar nossas músicas
como "filhos".

• A ausência de uma Pré-produção estruturada dificulta extrairmos o melhor de cada música, impedindo
que se transformem em um produto digerível, universal e claro.

Contrate um produtor musical e dê a devida seriedade ao seu projeto. Muitas vezes, você está desperdiçando a
chance de mostrar seu trabalho e conseguir público. Principalmente se a Música é sua profissão.

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Para Pensar...

Por que cada vez mais artistas fazem suas mixagens e masterizações no exterior?

É mais barato ou estão buscando serviços de melhor qualidade?

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