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Proibida a Reprodução Parcial E/Ou Total Deste Material

Intervenção no Transtorno
Fonológico
Dra Marcia Keske-Soares

Proibida a Reprodução Parcial E/Ou Total Deste Material


Phonological Disorders

Phonological Disorders
• INGRAM
• 1976
Transtorno
Fonológico

Distúrbio
Grunwell (1981,1990)
Fonológico
Desvio
Fonológico
Desvio Fonológico
Evolutivo

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Transtorno Fonológico

Caracterizado por omissões, substituições,


inserções e/ou reordenamentos de sons
no sistema fonológico da criança

Sem que haja fatores orgânicos


identificáveis interferindo na produção da
criança
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Desvio Distúrbio Transtorno
fonológico fonológico Fonológico

Características Características Características Características


clínicas fonológicas fonéticas evolutivas

Grunwell (1981; 1990)

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Prevalência

● Sexo Masculino SHRIBERG et al (1986)

Ceron et al. (2017)

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TRANSTORNOS
DOS SONS DA
FALA

Fonologia Articulação

Desvio Desvio Distúrbio Anomalia


Atraso fonológico
consistente inconsistente articulatório estrutural

Proibida a Reprodução Parcial E/Ou Total Deste Material Dodd (1995)


Shriberg et al. (1997)

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TRANSTORNOS DOS SONS DA FALA
(SPEECH SOUND DISORDERS)

Funcional Orgânico
“Transtorno da Fala” (315.39;
antigo F80.0) no Manual
Diagnóstico e Estatístico dos Articulatório Fonológico
Motor/ Sensorial/
Transtornos Mentais (Diagnostic (aspecto (aspecto
Neurológico Perceptual
motor) linguístico)
and Statistical Manual of Mental (perda auditiva)
Disorders - DSM-V) Execução Planejamento
(disartria) (apraxia)

“Transtorno do desenvolvimento Estrutural


do som da fala” (6A01.0) na (fissura labiopalatina/anomalias
craniofaciais; déficit estruturais devido a
Classificação Internacional das trauma ou cirurgia)
Doenças (CID-11).

https://www.asha.org/Practice-Portal/Clinical-Topics/Articulation-and-Phonology/

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Bowen (2015)

Dodd (2005)

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https://phonology.waisman.wisc.edu/

Shriberg et al.
(2019)

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Namasivayam et al. (2020)

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AVALIAÇÃO DO TRANSTORNO FONOLÓGICO

Que métodos usar para a avaliação da criança?

Quais são os marcos de desenvolvimento?

Que características linguísticas distinguem crianças


normais de crianças com desvios?

Quais são os princípios mais efetivos para a intervenção?

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Avaliação Fonoaudiológica
Comunicação deficiente

Inteligibilidade ruim
Existe um

Visão geral da avaliação


problema?
Reação negativa à fala

Afastamento das interações sociais

Gravidade do problema
Qual é a
natureza do Problema fonológico
problema?
Problema fonético/articulatório

Linguagem/vocabulário

Quais são Sistema sensório motor-oral


as
capacidades
da criança? Consciência fonológica

Audição

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Avaliação fonoaudiológica
Avaliação Fonológica
Nomeação espontânea Repetição (imitação) Fala Encadeada

Avaliação Miofuncional Orofacial


Estruturas do SEG Funções do SEG

Avaliação do Vocabulário
Compreensivo/Receptivo Expressivo

Avaliação Auditiva
Audiológica Completa Processamento Auditivo

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Avaliação fonoaudiológica
Consciência Fonológica
Consciência Fonológica Consciência Fonoarticulatória

Memória Operacional Fonológica


Palavras Pseudopalavras

Consistência de Fala
Consistência dos Erros de Fala Inconsistência de Fala

Inteligibilidade de Fala
Escala de Inteligibilidade em Contexto SPAA-C

Estimulabilidade de Fala
Prova de Estimulabilidade de Fala
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Avaliação fonoaudiológica

Discriminação fonológica/fonêmica
Teste Discriminação Fonológica Teste Discriminação Fonêmica

Diadococinesia (DDK)
Teste de Diadococinesia

Avaliação das Praxias


Praxias Orofaciais Praxias Verbais

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Intervenção
fonoaudiológica eficaz

Diagnóstico diferencial
do TSF

Avaliação
fonoaudiológica
completa

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Informações de uma condição que
promove aprendizado.
Baseados em teoria/comprovação
de fenômenos.
PRINCÍPIOS

Intervenção

PLANOS PRINCÍPIOS
PLANOS
PROCEDIMENTOS
O que precisa ser feito,
quando e como, a fim
de alcançar uma meta
predeterminada.
PROCEDIMENTOS

Ensinamentos, com
instruções ou ações de
um fonoaudiólogo para
provocar aprendizado.

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McLeod, Material
(2017)
TRATAMENTO COM BASE FONOLÓGICA
- Premissas do Processo Terapêutico -

Melhorar a inteligibilidade do
transtorno fonológico.

Facilitar a reorganização cognitiva


Desenvolver um sistema de
do sistema fonológico (mudanças
contrastes de sons (assinalar
devem acontecer não tanto na boca,
contrastes de significados)
mas sim na mente da criança).

Organizar o sistema fonológico


(descobrir semelhanças entre os sons
contrastivos e sequências de sons,
agrupando sons em classes naturais e
sequências de sons em estruturas).

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TRATAMENTO COM BASE FONOLÓGICA
- Premissas do Processo Terapêutico -

Eliminação de
Escolha dos TRATAMENTO É
poucos sons
processos-alvo MAXIMIZADO PELA
incorretos GENERALIZAÇÃO
em tratamento
específicos

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TRATAMENTO COM BASE FONOLÓGICA
- Passos do Processo Terapêutico -

Avaliação e
Desenvolvimento análise do
de atividades sistema
lúdicas- fonológico
linguísticas

Identificação
Desenvolvime
dos processos
nto de material
fonológicos-
estímulo
alvo

Identificação dos
sons-alvo

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PRINCÍPIOS NORTEADORES
- Seleção dos processos fonológicos -
Processos que resultarão em sucesso imediato
Processos opcionais no sistema fonológico
Processos em contextos fonéticos específicos
Processos que afetam sons do inventário fonético da criança
Processos que afetam sons estimuláveis

Processos que são “cruciais” para a criança

Processos incomuns que chamam a atenção para a fala da


criança
Processos mais frequentes

Processos iniciais (que são adquiridos mais cedo)


Edwards (1983)

Processos típicos do desenvolvimento inicial

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PRINCÍPIOS NORTEADORES
- Seleção dos estímulos linguísticos -

Sons- sons-alvo que fazem parte do repertório fonético da criança

alvo sons que a criança é “estimulável”

sons que melhoram a inteligibilidade

sons que ocorrem com frequência

sons que são adquiridos mais cedo

sons importantes para a criança (ex. constrangimento)

sons relativamente fáceis de produzir

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PRINCÍPIOS NORTEADORES
- Seleção dos estímulos linguísticos -
Palavra-alvo (ponto de CONTEXTO FONÉTICO – palavras com
partida do tratamento somente uma dificuldade fonética
fonológico)
- sons têm uma diferença
de significado e as crianças SIGNIFICÂNCIA – familiaridade que a criança
tem com a palavra
conseguem perceber a
função dos sons na
comunicação
POTÊNCIA COMUNICATIVA – palavras
funcionais do sistema comunicativo (substantivos,
verbos, etc.)

Escolher palavras que minimizem a complexidade (aumentando a


probabilidade de produção correta de novos sons-alvo)
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PRINCÍPIOS NORTEADORES
- Seleção dos estímulos linguísticos -
Palavra-alvo - Acento (sílabas tônicas)
CONTEXTO
FONÉTICO
(somente uma
Posição na palavra e na sílaba (ordem de aquisição dos
dificuldade
fonemas)
fonética)
Sons adjacentes (menores ajustes de produção)

Número de sons-problema (único som incorreto na


palavra)

Quantidade de outros sons e sílabas no contexto


(contextos mais simples facilitam a produção do som-alvo)

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TAXONOMIA DE INTERVENÇÃO
FONOLÓGICA

IDENTIFICAR

DESCREVER NOMEAR

ORGANIZAR

ANALISAR CATEGORIZAR
INTERVENÇÃO PARA TRANSTORNO
FONOLÓGICO

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TAXONOMIA DE INTERVENÇÃO FONOLÓGICA
OBJETIVO MOMENTO DO ENSINO CONTEXTO QUESTÕES PROCESSUAIS
AREA DE FOCO EVENTO ANTECEDENTE AGENTE INTENSIDADE
Produção do som Conteúdo do Modelo ou Instrução Fonoaudiólogo Frequência das sessões
Processos fonológicos, regras, traços, Fonético-articulatório Pais Duração das sessões
classes

TAXONOMIA DE
Fonotáticos (ex.: acento, forma das Fonológico Professores Dose por sessão
palavras)
Inteligibilidade/efetividade Metáfora Outras crianças Total de Duração da
comunicativa Intervenção

INTERVENÇÃO
Processamento do Input/Percepção Consciência fonológica/alfabetização Outros agentes TREINAMENTO
da fala
Consciência fonológica/alfabetização Semântico/Morfológico/Sintático LOCAL Treinamento por
Fonoaudiólogo
Outras habilidades linguísticas (ex.: Modalidade do Modelo ou Instrução Clínica Treinamento por Não-

FONOLÓGICA
morfossintaxe) Fonoaudiólogo
CARACTERÍSTICAS DO Falada Escola AVALIAÇÃO
ALVO/OBJETIVO
Sons estimuláveis Visual Casa Progressão baseada em
critérios
Sons não-estimuláveis Tátil/Cinestésico FORMATO SESSÃO Coleta de dados
prescritos
Sons de desenvolvimento inicial Gestual Individual
Sons de desenvolvimento tardio RESPOSTA Grupo
Sons sempre incorretos Nível RECURSOS
Sons algumas vezes corretos Imitação Em papel
Inconsistência lexical Espontâneo Objetos

MOMENTO DE QUESTÕES
Fatores mais amplos Requisitos Escritos

OBJETIVO
CONTEXTO LINGUÍSTICO DO Produção fonética Computador/tecnologia
CONTEXTO
ESTÍMULO
Sons isolados de fala/movimentos Produção fonológica ENSINO
ATIVIDADES PROCESSUAIS
articulatórios
Pseudopalavras (palavras sem Consciência fonológica/alfabetização Tipo
significado) relacionada
Palavras reais Não-fala Naturalística
Sentenças Auditivo Estruturada
Conversação Gestual Valência
social/emocional
Palavras contrastivas EVENTO CONSEQUENTE Desafiadora
Cartas escritas, palavras ou sentenças Feedback avaliativo Divertida
ESTRATÉGIA DE PROGRESSÃO DOS Conhecimento dos resultados
OBJETIVOS
Vertical Conhecimento da performance
Horizontal Feedback Reflexivo
Cíclico Automonitoramento
Feedback Responsivo

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Reformulação/expansão
TAXONOMIA – Objetivo

CONTEXTO ESTRATÉGIA DE
CARACTERÍSTICAS DO
AREA DE FOCO LINGUÍSTICO DO PROGRESSÃO DOS
ALVO/OBJETIVO
ESTÍMULO OBJETIVOS
• Produção do som • Sons estimuláveis • Sons isolados de • Vertical
• Processos fonológicos, • Sons não-estimuláveis fala/movimentos • Horizontal
regras, traços, classes • Sons de articulatórios • Cíclico
• Fonotáticos (ex.: acento, desenvolvimento inicial • Pseudopalavras
forma das palavras) • Sons de (palavras sem
• Inteligibilidade/efetividad desenvolvimento tardio significado)
e comunicativa • Sons sempre incorretos • Palavras reais
• Processamento do • Sons algumas vezes • Sentenças
Input/Percepção da fala corretos • Conversação
• Consciência • Inconsistência lexical • Palavras contrastivas
fonológica/alfabetização • Fatores mais amplos • Cartas escritas, palavras
• Outras habilidades ou sentenças
linguísticas (ex.:
morfossintaxe)

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TAXONOMIA – Momento de Ensino

EVENTO ANTECEDENTE RESPOSTA EVENTO CONSEQUENTE

• Conteúdo do Modelo ou • Nível • Feedback avaliativo


Instrução • Imitação • Conhecimento dos resultados
• Fonético-articulatório • Espontâneo • Conhecimento da performance
• Fonológico • Requisitos • Feedback Reflexivo
• Metáfora • Produção fonética • Automonitoramento
• Consciência • Produção fonológica • Feedback Responsivo
fonológica/alfabetização • Consciência • Reformulação/expansão
• Semântico/Morfológico/Sintático fonológica/alfabetização
• Modalidade do Modelo ou relacionada
Instrução • Não-fala
• Falada • Auditivo
• Visual • Gestual
• Tátil/Cinestésico
• Gestual

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TAXONOMIA – Contexto

FORMATO
AGENTE LOCAL RECURSOS ATIVIDADES
SESSÃO
• Fonoaudiólogo • Clínica • Individual • Em papel • Tipo
• Pais • Escola • Grupo • Objetos • Naturalística
• Professores • Casa • Escritos • Estruturada
• Outras crianças • Computador/tec • Valência social/
• Outros agentes nologia emocional
• Desafiadora
• Divertida

Baker et al. (2018)


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TAXONOMIA – Questões Processuais

INTENSIDADE TREINAMENTO AVALIAÇÃO

• Frequência das • Treinamento por • Progressão


sessões Fonoaudiólogo baseada em
• Duração das • Treinamento por critérios
sessões Não- • Coleta de dados
• Dose por sessão Fonoaudiólogo prescritos
• Total de Duração
da Intervenção

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O que é intensidade de intervenção?
Warren, Fey and Yoder (2007)

• Tipo de • Número de • Tempo de • Número de •Por •Dose x


Forma de apresentação da dose

Dose

Duração da sessão

Frequência da dose

Duração total da intervenção

Duração cumulativa da intervenção


tarefas ou vezes que duração sessões exemplo, 30 Frequência
atividades uma da sessão por semanas da dose x
em que produção (ex.: 50 unidade de Duração
são é minutos) tempo total da
intervenção
proporcion estimulada (ex.: duas (Ex: 100
ados a por sessão vezes na repetições 2
produção (ex. 100 semana) x na
das vezes) semana por
palavras 30 semanas
(ex.: =
Brincadeir
a treino,
treino,
etc.)

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DOSE TERAPÊUTICA
Backer & Williams (2018)

 Forma de apresentação da Dose (atividades em brincadeira)


 Quantidade de vezes que ocorre um episódio de aprendizagem com um
ingrediente ativo em uma sessão (50 ou 100 tentativas)
 Frequência da Dose (semanal)
 Duração da Dose (tempo de terapia – 45 min.)
 Duração do tempo de intervenção (25 sessões)
 Intensidade Cumulativa de Intervenção (somatório de todos os anteriores)

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Intensidade de Intervenção (Sugden et al., 2018)

Sessões por semana Tempo da sessão Número de tentativas por sessão

Oposição mínima

1 a 4 sessões/semana 30 a 90 min/sessão 25 a 150 tentativas/sessão

Oposição Máxima

2 a 3 sessões/semana 30 a 60 min./sessão Não observado

Oposição Múltipla

1 a 3 sessões/semana 30 a 45 min./sessão 65 s 100 tentativas/sessão

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TRATAMENTO

AVALIADO
(“medido”)

GENERALIZAÇÃO

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 Caracterizada pela ampliação da produção e uso correto do som-alvo
treinado em outros contextos ou ambientes não treinados.

 Critério importante ao se medir a eficácia terapêutica.

 Ocorrência de generalização determina uma terapia mais eficaz, uma vez


que se elimina a difícil tarefa de se ensinar todos os sons incorretos em todas
as palavras, contextos ou ambientes.

Embora seja de difícil planejamento, é possível, através do conhecimento dos


componentes estruturais e funcionais da generalização, planejá-la.

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ABORDAGEM TERAPÊUTICA ENFOQUE
FONOLÓGICO

Abordagem Ciclos /Ciclos Abordagem Pares Abordagem Oposições Abordagem Oposições


Modificado Mínimos Máximas/Empty Set Múltiplas

• Transtorno fonológico • Transtorno fonológico • Transtorno fonológico • Transtorno fonológico


grave leve moderado a grave grave
• Processos Fonológicos •Poucos processos na • Análise de traços • Contrasta vários sons
• Muitos processos fala distintivos (contrastes) simultaneamente com o
operantes • Contrasta o erro com o • Um ou dois sons novos som que substitui
• Fala com muita alvo (oposição mínima) • Uso de pseudopalavras • Redução da homonímia
ininteligibilidade • Homonímia

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Complexity Approach •+3 anos
•Moderado, grave
(Baker e Williams, 2010; Gierut, 1999) •Fonemas simples e clusters

Core Vocabulary •+ 3 anos


•Transtorno fonológico inconsistente
(Crosbie et al., 2005; Dodd et al. 2010) •Consistência lexical

•+ 2 anos
Nonlinear Phonological Intervention (Bernhardt,
•Leve, moderado, grave
1992; Bernhardt et al., 2010)
•Hierarquia fonológica
•+ 3 anos
Parents and Children Together (PACT) •Leve, moderado, grave
(Bowen, 2015; Bowen e Cupples, 1999) •Padrões de erros impactando em um ou mais aspectos do sistema fonológico
(+percepção de fala, inteligibilidade e consciência fonológica)
Speech Perception Intervention •+ 4 anos
(Rvachew e Brosseau-Lapré, 2010; Rvachew et •Leve, moderado, grave
al., 2004) •Percepção da fala (representação fonético-acústica dos fonemas)

Stimulability Intervention •2 a 4 anos 11 meses


•Grave (inventário fonético restrito)
(Miccio e Elbert, 1996; Miccio e Wiliams, 2010) •Estimulação dos sons consonantais iniciais

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Ciclos Metaphon ABAB-Retirada Oposições – Oposições Empty Set Oposições
Modificado e Provas Pares Máximas Múltiplas
Múltiplas Mínimos
Processos Processos Traços Traços Traços Traços Substituição
Muitos Consciência Hierarquia Oposição de Oposição de Oposição de Oposição de
processos fonológica implicacional até dois traços três traços três traços vários sons
operantes dos traços distintivos distintos ou distintos ou (substituídos)
distintivos mais mais
Coleta Inicial Coleta Inicial Coleta Inicial de Coleta Inicial Coleta Inicial Coleta Inicial Coleta Inicial
de Dados de Dados Dados (A1) de Dados + de Dados + de Dados + de Dados +
Linha de Base Linha de Base Linha de Base Linha de Base
3 processos/ Fase I 1 som-alvo 2 sons-alvo 2 sons-alvo 2 sons-alvo + 3 sons-alvo
2 sons-alvo Fase II
* 6 sessões * 9 sessões * 5 sessões * 5 sessões * 5 sessões * 5 sessões
SONDAGEM SONDAGEM Prova de SONDAGEM SONDAGEM SONDAGEM SONDAGEM
Generalização
(A2...)
• palavra • palavra • palavra • palavra • palavra • palavra • palavra
• sentença • sentença • sentença • sentença • sentença • sentença • sentença

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Modelo de Ciclos Modificado

Hodson & Paden (1983) Baseado em PROCESSOS FONOLÓGICOS


modificado por Tyler,
Edwards & Saxman
(1987) – Mota (1990); Preconiza a ESTIMULAÇÃO (Tátil, visual e cinestésica)
Ramos (1993) e a PRODUÇÃO (escolha dos sons-alvo e palavras-alvo)

Mais de 3 processos fonológicos operantes para


tratamento

Processos fonológicos acima de 40% de ocorrência

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Metaphon
 Dean & Howell (1986), Howell & Dean
(1994) e Dean, Howell, Waters & Reid
(1995)
 Brasil – Ardenghi (2005)
 Material de trabalho = processos
fonológicos.
 Base teórica = consciência
metalinguística.
 Objetivo = promover mudanças no sistema
fonológico pelo desenvolvimento e
utilização da consciência metafonológica.
 Inspiração = trabalhos de Ingram (1976) e
Grunwell (1985; 1987)

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Modelo “ABAB-Retirada e Provas Múltiplas”

 Tyler & Figurski (1994)


 Hierarquia Implicacional dos Traços Distintivos (Dinnsen et.al., 1990)
 Brasil
 Keske-Soares (1996) – Dinnsen et al. (1990)
 Keske-Soares (2001) – Modelo Implicacional de Complexidade de Traços (Mota, 1996)
 Barberena (2006)
 Baseia-se na hierarquia implicacional de traços para a escolha dos sons-alvo do
tratamento.
 Relações implicacionais - unidades de trabalho e de raciocínio clínico:
 Tratamento de sons mais difíceis (complexos), facilita ampla mudança nos sistemas fonológicos, com
aquisição de sons mais fáceis (menos complexos)
 Modelo Implicacional de Complexidade de Traços (Mota, 1996)

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Modelo Implicacional de Complexidade de Traços - Mota (1996)
Estado 0: [ -voc]
[-aprox]
[±soante]
[-voz]
[+voz]/([+soante])
[-contínuo]
[cor, +ant]
[lab]
COLETA DOS Sessão 1 PROVA DE GENERALIZAÇÃO (AFC)
DADOS DE Sessão 2 PROVA DE GENERALIZAÇÃO (AFC)
(N=Nível de complexidade) A1 B1 C1
FALA (A1) Sessão 3 Amostra da fala espontânea
 N=1 [-ant] (ñ)
Sessão 1 PROVA ALVO BÁSICA 1 (gravada)
* imitação retardada *
Sessão 2 * Sessão Terapêutica 1 N=2 [+voz] (b,d)
Sessão 3 * Sessão Terapêutica 2
1º CICLO DE Sessão 4 * Sessão Terapêutica 3
N=3 [dors]/(-voz) (k) C2
TRATAMENTO Sessão 5 PROVA ALVO BÁSICA 2 (gravada)
* menor imitação * A2 B2 B3
(B1) Sessão 6 * Sessão Terapêutica 4 N=4 [dors,+voz] (g)
Sessão 7 * Sessão Terapêutica 5
Sessão 8 * Sessão Terapêutica 6
Sessão 9 PROVA ALVO BÁSICA 3 (gravada) N=5 [+cont] (±voz) (f,v,s,z) C3
A3
* sem imitação * B4
 N=6 [+aprox] (l)
Sessão 1 * PROVA DE GENERALIZAÇÃO – 1 (AFC)
PERÍODO Sessão 2 * PROVA DE GENERALIZAÇÃO – 1 (AFC) B7 B5
N=7 [cor,+cont]/(-ant)(š,Z)
DE RETIRADA Sessão 3 * Amostra da fala espontânea
(A2) Sessão 4 * PROVA DE GENERALIZAÇÃO – 2 (AFC) B6
Sessão 5 * PROVA DE GENERALIZAÇÃO – 2 (AFC) N=8 [+aprox, +cont] (r )

N=9 [+aprox, +cont, dors] (R) [+aprox, -ant](λ)

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Terapia de Pares Mínimos
- abordagem contrastiva -
o Envolve pares de duas palavras que diferem em apenas um fonema
 Fonemas diferem em poucos traços (1 ou 2) - Oposições Mínimas
 Fonemas diferem em vários traços (3 ou +) - Oposições Máximas/Empty Set.

Modelo de Pares Mínimos/Oposição Mínima - Weiner (1981); Gierut (1990)


Modelo de Pares Mínimos/Oposições Máximas - Gierut (1989); Barlow & Gierut (2002)
Modelo de Pares Mínimos/Empty Set - Gierut (1989, 1991, 1992)

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PARES MÍNIMOS

Oposição 1 traço
Mínima X (+voz)

4 traços
Oposição X (soan,
Máxima aprox, voz,
coron x dor)

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(Weiner, 1981; Gierut, 1989)

 Enfatiza a função dos fonemas na língua

 São selecionados pares de palavras que distinguem-se em um único fonema,


mas que são produzidas como homônimo pela criança

 Contrasta a produção errada da criança com o som-alvo  compara um com o


outro

 Repara seu erro – tenta produzir o alvo

 Indicado para crianças que possuem poucos processos em sua fala

 O tratamento reduz a homonímia e aumenta a distinção dos sons


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(Gierut, 1989)

 Pares de palavras que distinguem em apenas um fonema, com distinção máxima


de traços (3 ou +)

 1 fonema novo (ausente) e 1 fonema já presente no inventário da criança (mas não


o que ela substitui)  com distinção máxima de traços

 Permite à criança escolher e atender dimensões específicas de traços que ela identifica
como relevantes para a produção do som

 Pares de palavras sem sentido enfatizando a imitação e produção

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Gierut, 1991

 A criança é ensinada a contrastar 2 SONS NOVOS (ausentes no sistema


fonológico)

 DISTINÇÃO MÁXIMA DE TRAÇOS

 Variação do modelo de Oposições Máximas

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Hierarquia de Mudança Fonológica
MAIS Gierut (1992)
2 Fonemas Novos /b/x/R/ [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
Distinção de classe principal [-aprox]→[+aprox]
Distinção máxima de traços [-cont]→[+cont]
[lab]→[dors]
/b/x/l/ [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
[-aprox]→[+aprox]
2 Fonemas Novos = 1 Fonema Novo [lab]→[cor+ant]
Distinção Classe Não-Principal Distinção Classe Principal /b/x// [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
[-aprox]→[+aprox]
Distinção Máxima de Traços Distinção Máxima de Traços [lab]→[cor-ant]

/b/x/S/ [-cont]→[+cont] Máxima/Empty Set


1 Fonema Novo [+voz]→[-voz]
[lab]→[cor-ant]
Distinção Classe Não-principal
Distinção Máxima de Traços /b/x/Z/ [-cont]→[+cont] Mínima
MENOS [lab]→[cor+ant]

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Modelo de Oposições Múltiplas
WILLIAMS (2000a)

 Utilizado para crianças com transtorno fonológico grave


 Substituem vários sons por um único som no sistema fonológico
 Confronta vários sons simultaneamente com o fonema substituído
 Meta da intervenção - reduzir os homônimos produzidos pela criança
 Vantagens do modelo:
curto período de tratamento
 melhora da inteligibilidade
intervenção mais eficaz

 É único e específico para cada criança porque foca nas suas próprias estratégias
fonológicas

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/‘kaλa/ /‘kara/ /‘kaa/ /‘kala/

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Oposição Mínima/Oposição Máxima/
Empty Set/Oposição Múltipla

Percepção

Produção - Imitação de palavras

Produção - Nomeação Independente

Produção - Pares Mínimos 2x

Sondagem

Sons>50% corretos Sons<50% corretos

ProduçãoParcial
Proibida a Reprodução – Sentenças
E/Ou Total Deste Material
Atividades Práticas

PERCEPÇÃO
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Toque Certo

Estímulo Auditivo /p/ X /d/

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Jogo das Placas: = ou ≠

Estímulo Auditivo
PENTE DENTE
PENTE PENTE
DEITO PEITO
PINHEIRO PINHEIRO
PESO PESO
DINHEIRO PINHEIRO
= DENTE DENTE ≠
PEITO PEITO

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Fonema /p/
● Informações sensoriais

○ Tátil: lábios se tocando com o fechamento; explosão do ar;

○ Visual: lábios fechando e abrindo;

○ Cinestésica: lábios fechando com força suficiente para reter o ar


comprimindo brevemente

MOSTRAR PONTOS DE
CONTATOS

Copiar modelo do terapeuta


Monitoramento espelho

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Fonema /b/

● Conscientizar sonoridade  vibração da laringe


● Analogia com o /p/  /b/  presença de sonoridade

BI
B BE B
A O

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Atividades Práticas

PRODUÇÃO – IMITAÇÃO DE PALAVRAS

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Jogo do Balão

PENTE; DENTE; PESO; PEITO; PINHEIRO…

Repetição

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Jogos

Reforço Positivo

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Bingo
Figuras

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Corrida Maluca!

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PRODUÇÃO – NOMEAÇÃO INDEPENDENTE

Atividades Práticas

Atividades sugeridas para imitação de


palavras, porém sem a produção do
terapeuta

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Atividades Práticas

ATIVIDADES EM SENTENÇAS – FALA ENCADEADA

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Frases

O ______ quebrou.
Alexandre _______ é um jogador de futebol.
O ______ nadou na lagoa.

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Narração de História
Era uma vez…

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Sussurofone

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Telefone sem fio

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Novas Propostas de Terapia

● Terapia com software (SIFALA) – Brancalioni (2015)

● Terapia com Pseudopalavras – Bonini (2016)

● Terapia com biofeedback visual instrumental (Ultrassom) – Barberena (2016);


Rosado (2019)

● Terapia multissensorial - Multigestos® - Gubiani (2020 – no prelo)

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TERAPIA COM USO DE SOFTWARE
- SIFALA -

Ferramenta
Interesse Imagens,
s novas e
pela Motivação colorido e
estimulante
informática animação
s

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Brancalioni (2015)

● Objetivou contemplar etapas de avaliação, planejamento e


intervenção fonoaudiológica para casos de desvio fonológico,
fundamentadas no Modelo de Estrato por Estimulabilidade dos
Segmentos  3 ETAPAS:

Seleção de Seleção de Atividades


segmento- palavras- para
alvo estímulo intervenção

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TERAPIA COM PSEUDOPALAVRAS

(Bonini e Keske-Soares, 2018a; 2018b)

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PALAVRAS REAIS

PSEUDOPALAVRAS

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Terapia com Biofeedback Visual
Instrumental - Ultrassom
● Barberena (2016) – Caracterização de aspectos da produção articulatória do
[] tap por análise instrumental e resultados de intervenção

● Melo (2016) – O contraste entre oclusivas alveolares e velares: estados


gradientes mediados por análise acústica e ultrassonográfica

● Rosado (2019) - Terapia de fala com uso de ultrassonografia em casos de


anteriorização de fricativas

https://youtu.be/AHLBGTnMaDk

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Terapia com apoio do MultiGestos®

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Proposta de estrutura terapêutica
SESSÃO 1 TERAPIA - PERCEPÇÃO DO SOM-ALVO
• Conseguiu perceber em 25% das palavras →- passa para a sessão de produção.
• Caso não consiga perceber – repete a sessão de percepção.
SESSÃO 2 TERAPIA - PRODUÇÃO POR IMITAÇÃO DO SOM-ALVO (NÍVEL DE
PALAVRA ISOLADA)
• Conseguiu produzir em 25 % das palavras → passa para a próxima sessão.
• Caso não consiga produzir – repete a sessão de produção por imitação.
SESSÃO 3 TERAPIA - PRODUÇÃO POR NOMEAÇÃO ESPONTÂNEA (NÍVEL
DE PALAVRA ISOLADA) DO SOM-ALVO
• Conseguiu produzir em 25% das palavras → passa para a próxima sessão (sondagem) do som-alvo.
• Caso não consiga produzir– repete a sessão de produção por nomeação espontânea do som-alvo.

SESSÃO 4 TERAPIA - PRODUÇÃO POR NOMEAÇÃO ESPONTÂNEA (NÍVEL


DE SENTENÇA) DO SOM-ALVO
• Conseguiu produzir em 25% das palavras → passa para a próxima sessão (sondagem) do som-alvo.
• Caso não consiga produzir– repete a sessão de produção por nomeação espontânea do som-alvo.

SESSÃO 5 REAVALIAÇÃO - SONDAGEM


Metade terapia (jogo lúdico) e outra metade sondagem
Realização da Sondagem através do instrumento de avaliação fonológica (INFONO – CERON, 2015). Atingiu 50% de produção correta passa para um novo som-
alvo. Caso não acerte o percentual estipulado, repete o período.

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Programa de Intervenção Práxico-
Produtivo (PIPP) – Giannecchini (2018)

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Outras Abordagens Terapêuticas

 Parents And Children Togheter (PACT) Therapy (Bowen, 2009)

 Limitado inventário fonético e dificuldades fonológicas estruturais

 Core vocabulary therapy (Dodd et al., 2010)

 Fala inconsistente sem Apraxia de Fala Infantil

 Stimulability approach (Miccio & Williams, 2010)

 Criança pequena, com inventário limitado e estimulabilidade limitada

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ABORDAGEM ESTIMULABILIDADE
● criança de 2 a 4 anos
● inventário fonético restrito
● não são estimuláveis para a produção de muitos sons ou com todos os sons ausentes, pois
essas crianças com inventários pequenos de produções limita os contrastes fonológicos,
levando a fala ininteligível
● 12 sessões de terapia
● estimular a produção de sons iniciais (onset inicial)

A abordagem visa facilitar a generalização em todo o sistema, aumentar o inventário


fonético e ensinar sons não estimuláveis, visando aumentar a atenção focada em sons, em
tentativas de comunicação bem-sucedidas, mesmo quando as produções são incorretas.

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Pensando um caso de terapia do transtorno
fonológico e os modelos de terapia
“tradicionais” (Ciclos Modificado, Mínimo,
Máximo/Empty Set e Múltiplas)

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Menino LUIZ FERNANDO (L.F.D.)
IDADE: 5a4m
AVALIAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS
ANAMNESE L. veio ao Serviço trazido por sua mãe, pois esta considera que
seu filho não pronuncia certos sons, e acredita que ele já
deveria estar falando corretamente (SIC). A mãe de L. refere ter
tido uma gravidez normal e a termo, não havendo nenhuma
complicação na gestação e no parto. Seu sono foi sempre
tranquilo. Não apresenta dificuldades de linguagem expressiva
e/ou compreensiva (SIC). Não teve nenhuma doença infantil,
exceto febre de 40° com enjoos. L. nasceu com
aproximadamente 1.700g e com cor natural. Foi amamentado
até os 3 anos e atualmente come bem. Não usou bico e a
dentição começou aos 7/8 meses. Sustentou a cabeça com 4m,
engatinhou aos 7m e ficou em pé aos 9m. o início da marcha foi
normal (SIC). L. não frequenta creche, é tímido e brinca
sozinho. Não há antecedentes de casos de surdez ou atraso no
DNPM na família. Há caso de alcoolismo na família (avô
paterno).
QUEIXA PRINCIPAL Pronúncia incorreta de certos sons.

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AVALIAÇÃO DA Sem particularidades
LINGUAGEM
(OBSERVAÇÃO
INFORMAL)

AVALIAÇÃO DO SISTEMA Todos os achados foram normais, exceto por: não vibrar a língua; dentes
ESTOMATOGNÁTICO anteriores inferiores à frente dos superiores; fraca contração de masseter
na mastigação.

AVALIAÇÃO Adequada para a idade


VOCABULÁRIO

EXAMES COMPLEMENTARES
AVALIAÇÃO ORL Sem particularidades
AVALIAÇÃO Audição normal
AUDIOLÓGICA
AVALIAÇÃO Menino de 5 a 8m apresentando evolução neurológica adequada à sua
NEUROLÓGICA idade, exceto por aquisição de praxias de OFA e, na fala, apresentando
erros de emissão com característica de desvio fonológico.

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COLETA INICIAL DOS DADOS DE FALA SUJEITO (L.F.D.) – LUIZ FERNANDO
E0 1 2 3 4 5 6 7 8 9

M.I.C.T.
PLOSIVAS FRICATIVAS AFRIC. NASAIS LÍQUIDAS

FONÉ
                            

INV.
                           
SISTEMA FONOLÓGICO
    
               
OI  50.00  50.00 03.45 g 0%  50.00 46.15  0%  33.33        
AVALIAÇÃO 50.00 50.00 96.55 100.00 50.00 53.85 100.00 66.67
OM  55.55  19.36 13.04 g 0%  60.00 38.89 30.00  50.00  50.00    0%  
FONOLÓGICA
44.45 80.64 86.96 100.00 40.00 61.11 40.00 50.00 50.00 100.00
20.00
10.00
CM         44.44          0% 
55.56 95.83
04.17
CF         66.67          0%  
33.33 57.13
14.29
14.29
14.29

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Onset Complexo COLETA INICIAL
OI OM
 0% *
100.00
  *
 0% 0%
66.67 100.00
33.33
  *
 0% 0%
100.00 100.00
 * *
 * 0%
100.00
 0% 0%
100.00 100.00
 0% *
100.00
 0% 0%
 100.00  100.00
 * *
 0% *
100.00
 0% *
100.00
 * 0%
100.00

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Percentual de Consoantes Corretas
Revisado (PCC-R)

Ceron et al. (2017)

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Ceron et al. (2019)

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Dentre os processos observa-se:
Glotalização de /k/ e /g/;
Dessonorização de plosivas /b/ e /d/;
Dessonorização de fricativas /v/, /z/ e /Z/;
Dessonorização de africada [dZ];
Posteriorização de fricativas /s/ e /z/;
Posteriorização de fricativa final /s/; (CVC)
Substituição de líquida não lateral intervocálica (/r/ → [l]);
Apagamento de líquida não lateral final (CVC)
Redução de encontro consonantal; (CCV)
Redução de encontro consonantal com dessonorização de plosivas e fricativa;
Redução de encontro consonantal com glotalização.

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Ceron et al. (2017)

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Ceron et al. (2017)

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ALTERAÇÕES NOS TRAÇOS DISTINTIVOS
ALTERAÇÕES DE TRAÇOS DISTINTIVOS Nº DE SUBSTITUIÇÕES (exemplos)
OCORRÊNCIAS
+ voz → - voz 9 b → p; d → t; v → f; z → ; z → s; 
→ ; d → t; k  ; g  
+ contínuo → - contínuo 1 r→l
PC coronal + anterior → - anterior 3 s → ; s → ; z → 
-  + glote constrita 2 k  ; g  

TRAÇOS p b t d k g f v s z S Z m n  l  r R
soante - - - - - - - - - - - - + + + + + + +
vocóide - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
aproximante - - - - - - - - - - - - - - - + + + +
contínuo - - - - - - + + + + + + - - - - - + +
voz - + - + - + - + - + - + + + + + + + +
coronal x x x x x x x x x x x
anterior + + - - + - + -
labial x x x x x
dorsal x x x

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● Com base nos resultados, qual
o melhor modelo terapêutico
para o caso e como aplicá-lo?

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Modelo de Ciclos Modificado (baseado em
processos fonológicos)
● Processos fonológicos e alvos (3 e 6)

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Ou
Primeiro ciclo de terapia – C1
PROCESSO-ALVO 1 – Glotalização PROCESSO-ALVO 2 – Posteriorização de fricativa
Som-alvo 1 - /g/ OI Som-alvo 1 - /s/ OM
Som-alvo 2 - /g/ OM
PROCESSO-ALVO 2 – Posteriorização de fricativa PROCESSO-ALVO 3 – Dessonorização de fricativa
Som-alvo 1 - /s/ OI (Posteriorização de fricativa)
Som-alvo 2 - /s/ OM Som-alvo 1 - /z/ OM
Som-alvo 2 - /Z/ OI
PROCESSO-ALVO 3 – Dessonorização de fricativa
Som-alvo 3 - /Z/ OM
Som-alvo 1 - /z/ OM
Som-alvo 2 - /Z/ OI
SONDAGEM – SONDAR OS SONS TRATADOS EM
PALAVRAS-ALVO NÃO TRATADAS
SONDAGEM – SONDAR OS SONS TRATADOS EM
PALAVRAS-ALVO NÃO TRATADAS Segundo Ciclo de Terapia – C2
Pensar nos demais processos que envolvem a líquida /r/ (OM), na
estrutura de sílaba de CM e CF com /r/ (CVC) e na estrutura de
sílaba de encontro consonantal com /r/ (CCV)

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TERAPIA FONOLÓGICA - Modelos de Oposição
Pares Mínimos (duas palavras que se opõe em somente um som)

Mínimo (até dois traços distintivos contrastando)


Máximo ou Empty Set (três distintivos ou mais contrastando)
Múltiplo (oponho o som que a criança substitui com os sons substituídos)

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Par Mínimo/Oposição Mínima

/p/ x /b/ (OI ou OM) /t/ x /d/ (OI ou OM) /k/ x /g/ (OI ou OM)
/b/ x /k/ (OI ou OM) /b/ x /g/ (OI ou OM) /d/ x /k/ (OI ou OM)

/d/ x /g/ (OI ou OM) /b/ x /d/ (OI ou OM)


/f/ x /v/ (OI ou OM) /s/ x /z/ (OI ou OM) // x // (OI ou OM)
/f/ x /s/ (OI ou OM) /f/ x /z/ (OI ou OM) /f/ x // (OI ou OM)

/v/ x /s/ (OI ou OM) /v/ x /z/ (OI ou OM) /v/ x // (OI ou OM)

/s/ x // (OI ou OM) /s/ x // (OI ou OM) /z/ x // (OI ou-Cont
OM) x +Cont
-Cont x +Cont Dors x Cor-ant
Dors x Cor+ant
/z/ x // (OI ou OM) /t/ x /d/ (OI ou OM)

/g/ x /z/ (OI e OM) /k/ x // (OI ou OM) /g/ x // (OI ou OM)

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Par Mínimo/Oposição Máxima
/g/x/s/ [-cont]→[+cont] Máxima/Empty Set
[+voz]→[-voz]
[dors]→[cor+ant]
/g/ x /s/ OI /k/x// [-cont]→[+cont] Máxima/Empty Set
[-voz]→[+voz]
/k/ x // OM [dors]→[cor-ant]

/r/ x // OM //x// [-soan]→[+soan]


[-aprox]→[+aprox]
Oposição Máxima/Empty Set

/b/ x /r/ OM [cor-ant]→[cor+ant]


/b/x// [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
/d/ x /r/ OM [-aprox]→[+aprox]
[-cont]→[+cont]
/v/ x /r/ OM [lab]→[cor]
/d/x// [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
[-aprox]→[+aprox]
[-cont]→[+cont]
/v/x// [-soan]→[+soan] Oposição Máxima/Empty Set
[-aprox]→[+aprox]
[lab]→[cor+ant]

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Par Mínimo/Empty Set

/g/x/s/ [-cont]→[+cont] Máxima/Empty Set


/g/ x /s/ OM [+voz]→[-voz]
[dors]→[cor+ant]
/k/ x // OI
/k/x// [-cont]→[+cont] Máxima/Empty Set
/g/ x /r/ OM [-voz]→[+voz]
[dors]→[cor-ant]
/g/x// [-soan]→[+soan] Máxima/Empty Set
[-aprox]→[+aprox]
[-cont]→[+cont]
[dors]→[cor+ant]

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Oposição Múltipla
● // - /s/ x /z/ x //
Palavras-alvo (pares):
moça, moza, mocha, moja
taça, taza, tacha, taja
lissão, lixão, lizão, lijão
louça, louza, louja, loucha
rojão, roção, rozão, rochão
roja, roça, rosa, rocha
micha, mija, missa, miza

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TERAPIA FONOLÓGICA
IMPORTANTE:

○ Modelo? Abordagem terapêutica....

○ Seleção do processo fonológico ou dos traços distintivos alterados?

○ Seleção do som-alvo (ou dos sons-alvo)

○ Iniciar pela palavra e, na sequência, na fala encadeada (sentença)

○ Dose terapêutica e Intensidade de Intervenção

○ Generalização

○ Automonitoramento - Automatização

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marcia-keske.soares@ufsm.br

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