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- Fonologia Gestual
- Transtorno Fonológico x Erros Persistentes / Residuais de Fala
- Avaliação dos TSF fonológicos
- Processo terapêutico dos TSF fonológicos
FALA
• Representação motora da linguagem;
• Depende do desenvolvimento cognitivo;
• Relaciona-se com a organização de conceitos, formulação e
expressão simbólica.
Subsistemas da produção da fala
Respiração
Desenvolvimento fonológico
Prosódia Fonação Produção motora da fala
Sistema neurológico
Fala Controle motor rápido
Articulação Ressonância
Aspectos cognitivo-linguísticos e motores
Processamento cognitivo:
- Ideação
- Intenção comunicativa
Processamento linguístico:
- Recuperação de palavras
- Estruturação sintático-gramatical
- Mapeamento fonológico
Planejamento e programação
sensoriomotores
Execução do movimento
Teorias fonológicas
• Estruturalismo: fonema como um som com função de unidade distintiva.
• Fonologia Gerativa: matriz de traços distintivos - propriedades mínimas de
caráter acústico e articulatório e binárias que compõem simultaneamente os
sons da fala.
São atributos fonéticos que distinguem os fonemas uns dos outros (sonoridade,
ponto de articulação, modo de articulação,...)
/’fɔ.to/ x /’vɔ.to/ /f/ x /v/ [-vozeado] x [+vozeado]
/’ma.la/ x /’fa.la/ /m/ x /p/ [+soante] x [-soante]
[-contínuo] x [+contínuo]
[+nasal] x [-nasal]
[+vozeado] x [-vozeado]
É suficiente para descrever os sons da fala?
VOGAIS
CONSOANTES
Fonologia Gestual - FonGest Não há dissociação entre
fonologia e fonética
Fonologia
Fonética ≠ Fonologia
Fonética
Natureza física
músculos na formação
das constrições do trato
vocal.
BERTI, 2013
“Erros” de fala
Desenvolvimento fonológico: padrões de coordenação entre os gestos
consonantais e vocálicos são apreendidos, diminuindo o grau de sobreposição.
Por exemplo:
Os processos de simplificação de EC ocorrem tanto na aquisição fonológica típica
como atípica. Como o padrão CCV exige maior grau de complexidade articulatória e
fonológica, algumas crianças não conseguem adquirir o padrão CCV na idade
esperada, reduzindo o alvo CCV para a sílaba-alvo CV.
FLIPSEN, 2015
Avaliação
Anamnese
• Nomeação e imitação de palavras isoladas;
• Fala encadeada;
Fala • Inteligibilidade de fala;
• Estimulabilidade;
• SPAA-C;
• Consciência fonológica;
Linguagem • Linguagem expressiva e compreensiva
• Discriminação fonológica;
• Exame orofacial;
MO e Praxias • Praxias articulatórias e bucofacias;
• Audiometria comportamental
(tonal e vocal);
Avaliação auditiva • Imitanciometria + reflexos
acústicos;
• PAC.
Análise dos dados de fala
- Produção correta: produz o fonema em várias posições da palavra (onset
inicial, medial, coda…) e em diferentes contextos; faz combinações de sons
(combinações de vogais, encontros consonantais…); produz estruturas silábicas
mais complexas (VC, CCV);
PCC-R:
• Leve > 85%
• Leve a moderado: 65 – 85%
• Moderado a grave : 50 – 65%
• Grave ≤ 50%
Andrade C, Befi-Lopes D, Fernandes F, Wertzner H. ABFW: Teste de linguagem infantil nas áreas
de fonologia, vocabulário, fluência e pragmática. São Paulo: Pró-Fono. 2000
Amostra de fala encadeada
Contar ou recontar histórias, descrever imagens, conversa normal sobre um tópico
de interesse;
- Variedade de parceiros de comunicação (fono, pais, professores, colegas,...).
Inteligibilidade de fala*
Análise da fala espontânea por meio de narrativa de três sequências lógicas.
RESULTADOS:
1 - Insuficiente (incompreensível): quando a maior parte das palavras não é
compreensível e hádificuldade em compreender o tópico principal da mensagem;
2 - Regular (pouco compreensível): quando é possível compreender pelo menos
metade das palavras e compreender o tópico principal da mensagem.
3 - Boa (compreensível): quando foi possível compreender praticamente todas as
palavras e entender o conteúdo da mensagem
Rosado, 2017
Teste de estimulabilidade*
Avalia a estimulabilidade para a produção de sons ausentes do inventário fonético,
através da imitação de palavras.
A criança é estimulável quando produz mais que 10% dos estímulos.
HAGE, 2000
Teste de Praxias Orofaciais
BEARZOTTI, 2007
Avaliações instrumentais
• USG
• Nasometria
• EGG
• EPG
Terapia
Objetivo:
• Reorganização do sistema fonológico e GENERALIZAÇÃO.
Modelos de terapia
Modelos clássico com base nos processos fonológicos ou no contraste de sons
Estratégias fonológicas associadas a pistas táteis, visuais, auditivas e sinestésicas
Terapia com base gestual (Multigestos®)
Pistas multissensoriais (principalmente o uso de gestos manuais)
Programa de intervenção práxico-produtivo (PIPP)
Estimulação auditiva e de habilidades práxicas
Biofeedback instrumental
percepção e produção da fala
MÉTODO MULTIGESTOS®
• Percepção da fala: estímulos visuais e auditivos.
• Atentar-se aos movimentos articulatórios promove ao ouvinte um
planejamento motor do qual ele poderá utilizar quando reproduzir o
movimento observado.
• Produção da fala: treino de fala.
• Alguns estudos sugerem que os comandos motores estão associados às
experiências de produção de fala.
Sondagem
GUBIANI, 2021
TERAPIA COM BIOFEEDBACK INSTRUMENTAL
• APLICÁVEL PARA DIVERSOS TSF: ERF, TF, distúrbios articulatórios.
• Foco na reorganização do gesto articulatório (USG ou EPG) ou nas propriedades
acústicas (nasalância) ou fisiológicas (EGG)
USG no tratamento do /r/
10 palavras - SENTENÇA
10 palavras - NARRATIVA
BARBERENA, 2016
USG no tratamento de oclusivas
USG no tratamento de /ʃ/, e /ʒ/
ROSADO, 2019
USG no tratamento dos ERF
USG no tratamento dos ERF
Princípios para tratamento dos ERF
• Basicamente os mesmos para o TF, respeitando a idade da criança e
o seu desenvolvimento cognitivo.
• Abordagem deve envolver terapia articulatória + treinamento
perceptivo auditivo + e princípios de aprendizagem motora.
• Maior eficácia com abordagens instrumentais (biofeedback) e
terapia intensiva.