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APRAXIA ORAL E

APRAXIA DE FALA
Ana Carolina Bucci
Fonoaudióloga
CRFa 2 13045

reabilitasjc reabilitasjc Reabilitá


FONOAUDIÓLOGA Clinica CRFa 2 13045
 Proprietária - Clínica Reabilitá São José dos Campos SP
 Graduação Centro Universitário São Camilo – 2002
 Especialista em Motricidade Orofacial USP Bauru 2010
 Aprimoramento Linguagem Adulto – USP Bauru 2011
 Aprimoram. Neuroreabilitação Neuroqualis (2014/15)
 Recursos de formação: Eletroestimulação (2016),
Bandagem elástica (2010), Laserterapia (2018)
Experiência em Centro de Reabilitação e Hospitalar
 Neurodesenv baseado no Castillo Morales (2019)
 Atuação em Neuro adulto e infantil em Disfagia
Orofaríngea Neurogênica, Comunicação Suplementar e
Alternativa, Desordens Motoras de fala e Motricidade
Orofacial nas alterações respiratórias e alimentares
 FORMAÇÃO E ATUAÇÃO
 FORMAÇÃO APRAXIA :
Inicio atuação adulto 2008

 Inicio atuação infantil 2012
 Apraxia de Fala adulto – Karin Ortiz (2015)
 Apraxia de Fala na Infancia – Elisabete Carrara (2015)
 Introdução a Técnica PROMPT nível 1 (2016)
 Grupo de Estudos PROMPT (2018)
 Método dos Dedinhos Signs e Plus - Erika Campos (2018)
 Terapia Apraxia de Fala na Infancia – Elisabete Giusti (2018)
 Metodo dos Dedinhos Plus – Erika Campos (2018)
 PROMPT nível 2 Bridging: uma ponte entre a técnica e a
intervenção (2019)
 DTTC Dinamic Temporal and Tactile Cuing - Lisa Mitchel (2019)
 CAPITULO: Terapia na Apraxia de Fala na Infancia (2019)
 Ministrante do curso de Apraxia Oral e Apraxia de Fala,
 13ª turma
PRAXIA: capacidade de executar
movimentos planejados
(intencionais) ou voluntários.

Robert Lent

DEFINIÇÃO PRAXIA
Habilidade de planejar e executar
movimentos ou sequencias de
movimentos voluntários, com
significado ou não, usando os músculos
e estruturas do sistema
estomatognático
Kent, 2000
Principais estruturas
envolvidas na EXECUÇÃO

Lábios Dentes
Língua
Palato
Mandibula
Bochechas
Véu palatino
Incapacidade para executar os
movimentos, cujo sistema para
execução do ato motor estejam
relativamente íntegros
Van Der Meulen, 2003
Crianças com Desvio Fonológico
apresentaram mais alterações do sistema
estomatognático e das habilidades
práxicas orofaciais que aquelas com
Desenvolvimento Fonológico Típico,
havendo melhora no desempenho com o
avanço da idade e encontrando-se estas
alterações relacionadas com as alterações
de fala.
APRAXIA é um dos subtipos de
distúrbio de fala infantil de
origem desconhecida, o qual é
definido como uma desordem
motora dos sons, que interfere
especificamente o
PLANEJAMENTO E/ OU A
PROGRAMAÇÃO DO MOVIMENTO
orofacial durante a produção da
fala
DEFINIÇÃO APRAXIA – ASHA, 2007
A American Speech-Language-
Hearing Association (ASHA, 2007)
define a Apraxia como um distúrbio
de origem neurológica no qual a
consistência e a precisão dos
movimentos da fala estão
prejudicados na AUSÊNCIA DE
DÉFICITS NEUROMUSCULARES.

DEFINIÇÃO APRAXIA - ASHA


ABRAPRAXIA ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE
FALA LINGUAGEM E AUDIÇÃO
https://apraxiabrasil.org
https://www.asha.org/
ApraxiaKidsBrasil
https://www.apraxia-kids.org/
apraxiakidsbrasil
I. Diagnóstico: Atraso Motor de Fala x
Apraxia de Fala na Infancia
I. Achados Geneticos relacionadas a Apraxia – apraxias
graves/persistentes
II. Achados corticais relacionados a Apraxia

III. Mudanças corticais pós estimulação motora


intensiva com PROMPT
IV. Associação autismo e Apraxia

V. Associação Sd Down e Transtornos motores da fala

ATUALIDADES – PÓS CONFERÊNCIA 2019


ATUALIDADES – PÓS CONFERÊNCIA 2019
ATUALIDADES – PÓS CONFERÊNCIA 2019
DESENVOLVIMENTO Linguagem
PROCESSOS SENSORIAIS
Função neurológica responsável por organizar e modular as
informações recebidas pelos sentidos (paladar, olfato, visão,
audição, tato, movimento, gravidade e posição do corpo).

Essa organização e modulação permitem ao ser humano selecionar


as informações relevantes e responder de forma adequada ao
ambiente, o que possibilita a realização de tarefas do cotidiano.

O processamento sensorial tem um papel importante nas funções


executivas do indivíduo, pois, para realizar uma ação motora, é
necessária uma informação sensorial prévia.

A praxia, depende de modulação sensorial íntegra para seu


funcionamento adequado. Sendo assim, uma falha no
processamento sensorial pode trazer distúrbios de modulação
sensorial, de discriminação e de praxia.

PROCESSAMENTO SENSORIAL
Rev Paul Pediatr. 2019;37(1):97-103
RELATO DE CASO - ALIMENTAÇÃO
Inicialmente a paciente apresentava dificuldade
para mastigar decorrente da dificuldade
sensorial identificada, com frequente reflexo de
vômito, o que impossibilitava a aceitação de
alimentos fibrosos e ampliação do seu cardápio.
A literatura aponta para a importância de se
priorizar o aspecto sensorial para possibilitar
conforto e competência ao paciente no
momento da mastigação.

Junqueira P, Maximino P, Ramos CC, Machado RHV,


Rev. CEFAC. 2015 Maio-Jun; 17(3):1004-1011
Assumpção I, Fisberg M
DESENVOLVIMENTO MOTOR:

 Motoras Globais/Grossas
 Motoras finas
 Motoras orais (movimentos)
 Motoras verbais (fala)

Relação entre desenvolvimento motor corporal e


aquisição de habilidades orais, Mariangela Telles, 2008
Dor
Fome e sede Sono

DESENVOLVIMENTO
Linguagem
ASPECTOS FISIOLÓGICOS
Intestino

Temperatura
Olhar, Voz
Tocar, LINGUAGEM
Ouvir, Melodia
Articular,
Conhecer,
Entonação
Tatear, Toque
Reconhecer,
Diferenciar, Carinho
Explorar Cheiro
Memorizar
Emoção
Vivência
Interação
 Sentar com apoio
 Cabeça
(supino e prono)
 Sentar sem apoio

DESENVOLVIMENTO
HABILIDADES E ETAPAS MOTORAS
GLOBAIS/GROSSAS

 Rastejar  Ficar de pé
 Engatinhar  ANDAR
; Palazzin e Siqueira, 2010
DESENVOLVIMENTO
HABILIDADES E ETAPAS MOTORAS FINAS

Mexer Pinça
Bater Carinho
Apertar Numero 1
Pegar Não com o dedo
Acenar Segurar
Pinça Apontar
DESENVOLVIMENTO
HABILIDADES MOTORAS ORAIS
ou NÃO VERBAIS
 Labios, língua, mandíbula (Relação entre desenvolvimento
motor corporal e aquisição de habilidades orais, 2008)
 expressões faciais
 gestos motores e articulatórios simbolicos: beijo
 sucção de mamadeira, copo com bico ou canudo
 captação de deglutição no copo
 vedação de labio na mastigação e deglutição
 lateralidade de lingua e mandibular na mastigação,
em manter o alimento com bucinador e lingua
 força e precisão na trituração de diferentes
consistências, texturas, sabores, cheiros....
DESENVOLVIMENTO
Linguagem - fala
 vocalização
 gritos
 balbucio monossilabico
 balbucio polissilabico
 palavras simples
 frases simples -palavras duplas
 palavras e frases mais complexas
 aumento do vocabulário,
progressivamente
DESENVOLVIMENTO
Linguagem e fala
HABILIDADES MOTORAS - hierarquia
 Exercício respiratório do bebê
 Voz - Abertura Mandibular
 Bilabiais Nasais E Orais - Porção Inteira
De Labios - Diadocosinesia
 Lingua - Anterior E Posterior
 Combinação Motora, Junção
 Fonemas Sibilantes – Fricativos
 Fonemas líquidos e laterais
Prompt 2016
DESENVOLVIMENTO
Linguagem e fala
HABILIDADES MOTORAS
FORMA ACUSTICA – FORMA MOTORA

MEMORIZAÇÃO DO FONEMA

MODELAR

TREINO

IMAGEM AUDITIVO ARTICULATORIA


Repertório Repetição
Treino
Refinamento Interação
DESENVOLVIMENTO
Linguagem e fala
HABILIDADES MOTORAS
Representação
Cognitivo Habilidades
AVALIAÇÃO
FONOAUDIOLÓGICA
CÓDIGO ORAL

 PRAGMÁTICAS: : interação social; Compartilhar a brincadeira;


iniciativas de comunicação; funções de linguagem; jogo simbólico;
habilidades conversacionais, e narrativa.
 SEMÂNTICA: vocabulário compreensivo e expressivo
o Vocabulário compreensivo: significado de substantivos; verbos;
adjetivos.
o Vocabulário expressivo: evocação de palavras, nomeação.
 MORFOSSINTAXE: organização da estrutura gramatical - frases e uso
de palavras gramaticais da língua (nome, verbo, adjetivo, pronomes,
advérbios, conjunções e preposições).
 PROCESSAMENTO FONOLÓGICO: relação entre processos
perceptuais, linguísticos e cognitivos
o Acesso rápido ao léxico: varredura ocular e evocação da palavra,
categorias: letras, cores e dígitos
o Consciência fonológica: sílaba, fonema.
o Memória de trabalho: não palavras/pseudopalavras
 FONOLOGIA (fala): fonemas, fonéticos /fonológicos, praxias orais e
verbais.
AVALIAÇÃO

1. LINGUAGEM RECEPTIVA:
COMPREENSÃO (comando verbal -
ordens simples, ordens complexas, gestos
e apontamentos do outro, conceitos,
grupos semânticos, resposta
auditiva/comandos verbais)
2. APRENDIZAGEM (de acordo com a
idade, conceitos, cores, números,
alfabetização, leitura, escrita)
AVALIAÇÃO

3. ALIMENTAÇÃO: aceitação, consistência,


utensílios, volume, velocidade, dificuldade,
independência...além da mastigação e
deglutição
4. RESPIRAÇÃO
5. ESTRUTURA ORAL
AVALIAÇÃO

6. LINGUAGEM EXPRESSIVA:
 Simbolização,
 Gestos simbólicos,
 Apontamentos,
 Interação, diálogo (sim e não!),
 Iniciativa comunicativa,
 Fala
AVALIAÇÃO

Perceptual and Motor Skills, 2007, 104,


PROVAS DE FALA: 1355.1366. DEVELOPMENT OF OROFACIAL
PRAXIS OF CHILDREN FROM 4 TO 8 YEARS OF
 Nomeação AGE

 Repetição PRAXIAS ORAIS


 Fala automática (movimentos dirigidos
sequenciados -
 Leitura
DIADOCOSINESIA,
 Fala espontânea espontâneos, na função)
 Narração MOTOR GROSSO
MOTOR FINO
ASPECTOS SENSORIAIS
AVALIAÇÃO

UTILIZE DIFERENTES ESTIMULOS:


 Extensão da palavra: mono, di, tri polissílabos
 Diferentes frequencias da palavra
 Observação da fala espontanea
AVALIAÇÃO
Praxias Orais INFANTIL:

HAGE, 2000
AVALIAÇÃO
Praxias Orais INFANTIL:

BEARZOTTI
2007
AVALIAÇÃO
Praxias Orais INFANTIL:

• Rodrigues,
Noberto,
1989
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO DE
FALA

 Protocolo de avaliação de habilidades pragmáticas


(Hage et al, 2007),
 Teste de vocabulário por figuras USP (Capovilla et. Al,
2011),
 Teste Infantil de nomeação (Seabra et al, 2012),
 Token Test – versão reduzida USP (Malooy Diniz, 2007),
 RAN – teste de nomeação rápida (Capelline & Smythe,
2008),
 Confias (Moojen, 2008),
 Teste de repetição de palavras e pseudopalavras
(Seabra, 2012),
 Instrumento de Avaliação Fonológica (INFONO), 2015
CRIANÇAS NOVAS OU DIFICULDADE MAIS LEVE OU MAIS
DIFICULDADES MAIS GRAVES ANTIGA
 Inventário de palavras - lista não • Teste de palavras, pelo menos
tem que ser padronizado, mas deve 30 palavras polissílabas
incluir pelo menos 50 palavras apropriado para a idade e
comuns apropriadas para a idade e
cultura e incluindo início fraco
cultura com diferentes sons e
estruturas de palavras
sílabas, de preferencia simples,
monossilabas • Avaliação estrutural e funcional
 Avaliação estrutural e funcional da da musculatura oral
musculatura oral • Tarefas de diadococinesia de
 Avaliação diagnóstica de habilidades fala (por exemplo, peteke
de fala motora (DEMSS) ou • Medir inconsistência, como
Programa de Dispraxia TOCS + ou
repetidas produções do teste de
Nuffield - 3ª edição avaliação
palavras.
 Avaliação auditiva antes da
avaliação fonoaudiologica
PROTOCOLOS DE
AVALIAÇÃO PARA
APRAXIA
DESVIO FONOLÓGICO APRAXIA DE FALA NA
GRAVE INFÂNCIA

CARACTERÍSTICAS NOS DISTURBIOS DOS SONS DA FALA:


 Desenvolvimento lento
 Inventários fonéticos e fonêmicos reduzidos
 Erros múltiplos
 Porcentagem reduzida de consoantes corretas
 Ininteligibilidade de fala

Keske-Soares et al. CoDAS 2018;30(2):e20170037 DOI: 10.1590/2317-1782/20182017037


PRECISÃO DA PROTOCOLO CONSISTENCIA
PRODUÇÃO DEMSS - BR
DA FALA

Marcadores Diagnósticos Nos Distúrbios Dos


Sons Da Fala
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL PARA APRAXIA
DE FALA NA INFÂNCIA

PADRÃO DE DESVIO FONOLÓGICO:


Omissões, substituições de vogais e consoantes, adições e distorções
ASSOCIADAS A COMPROMETIMENTO ARTICULATÓRIO E ALTERAÇÃO
FONOLOGICA SISTEMÁTICA
07 tarefas verbais com diferentes
níveis de complexidade: Apresentado por
mono, di e trissilabos imitação
Se não, pistas visuais, táteis
Pontuação, conforme e/ou cinestésicas como
auxilio
cada pista articulatoria
DESEMPENHOS:
o Precisão de produção
o Consistencia (do erro ou do acerto)
o Vogal
o Prosodia

INSTRUMENTO DEMSS - BR
ANÁLISE E
DIAGNÓSTICO
Critérios para DIAGNÓSTICO DE
APRAXIA DE FALA:

ASHA, 2007: 03 principais sinais E SHIBERG 2017: 04 de 10 sinais

1. Distorções de vogais
2. Erros de vogais
3. Substituições não usuais inconsistentes
4. Dificuldades nas configurações articulatórias iniciais ou
movimentos de transição (fonemas/sílabas)
5. Procura / tateio articulatório
6. Acréscimo de sons
7. Aumento da dificuldade nas palavras maiores
8. Segregação de silabas
9. Velocidade lentificada
10.Erros de acentuação – PROSÓDIA ALTERADA
Ainda, alguns estudos utilizam características apontadas como
critério diagnóstico para a apraxia de fala. São divididas em:
características específicas de produção de fala e características
gerais de linguagem e de movimentos orofaciais. Dentre as
características específicas de produção de fala destacam-se:
 repertório limitado de consoantes e vogais;
 omissões frequentes;
 alta incidência de erros em vogais;
 articulação inconsistente;
 características suprassegmentais alteradas (prosódia,
qualidade vocal e fluência);
 aumento do número de erros em unidade maiores de fala;
 dificuldades significativas em imitar palavras e frases;
 uso predominante de formas silábicas simples.
Critérios para DIAGNÓSTICO DE
APRAXIA DE FALA:

E, dentre as características gerais de linguagem e


de movimentos orofaciais, os autores destacam:
• movimentos orais voluntários prejudicados
(Apraxia Oral);
• expressão de linguagem reduzida comparada à
linguagem compreensiva;
• e redução das habilidades diadococinéticas.
• Maior uso de vogais
Patologias Associados A
Apraxia

INFANTIL

 Síndrome de Down
 Autismo
 Outras síndromes
 ECNP – Paralisia
Cerebral
 Sem patologia associada
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL

 Transtorno fonológico
 Transtorno fonético fonológico
 Atraso de linguagem
 TDL Transtorno do Desenvolvimento da
Linguagem (antigo DEL)
 TL transtornos de linguagem (secundário a
outro quadro, ex. autismos, síndromes,
atraso de linguagem...)
 Disfluencias (fisiológica, gagueira)
 APRAXIA
ADULTO

Apraxia - Dispraxia
NEURO PAUL BROCA, EM 1863

Descreveu oito casos de afasia, todos


portadores de lesões no lobo frontal
esquerdo. A lateralidade das lesões
chamou sua atenção, e Broca levantou a
possibilidade de uma especialização do
hemisfério esquerdo para a linguagem. O
estudo era feito por cadaveres

Lent, Cem bilhões de neuronios


O estudo das apraxias foi
originalmente proposto por
Liepmann (1905, 1908) que, ao
investigar as habilidades dos
movimentos de pacientes que
sofreram acidente vascular cerebral
(AVC) em ambos os hemisférios,
observou a presença de apraxia
ideomotora somente nos casos com
lesão no hemisfério esquerdo (HE).
As lesões mais comuns que causam
afasias derivam de ACIDENTES
VASCULARES ENCEFÁLICOS, ou seja,
uma súbita interrupção do fluxo
sanguíneo de extensos territórios
cerebrais que raramente se
circunscrevem a uma única região
funcional.
Patologias Associados A
Apraxia

ADULTO

 AVE – Acidente Vascular Encefálico


 TCE – Traumatismo Cranioencefalico
 Tumores
 Dç de Alzheimer
 Dç de Parkinson
 Afasia Progressiva Primária (APP)
 Apraxia de Fala Progressiva Primaria
(AFPP)
 LOBO FRONTAL DO HEMISFERIO
ESQUERDO

 GIRO FRONTAL INFERIOR ESQUERDO


(Area de Broca 44 e parte da 45 de
Broadmann)

 Envolvimento dos lobos temporal e


parietal

APRAXIA ADQUIRIDA DE FALA –


LESÃO CEREBRAL
Sistemas de
comunicação com regras
LINGUAGEM definidas que devem ser
(Oral, empregadas por um
Gestual, emissor para que a
Escrita..) mensagem possa ser
compreendida pelo
receptor.
Lent, Cem bilhões de neuronios
Identificar os fonemas
Fonemas = sons para compor as palavras =
FONOLÓGICO

Diferentes fonemas Valor


semântico –
associados = CONCEITOS
sÍlabas e palavras abstratos ou
concretos

Palavras associadas sobre


FALA regras gramaticas = frases -
SINTAXE

Significado desses
símbolos = SEMÂNTICO
ARTICULAÇÃO DESSE
CONTEUDO - MOTOR Emoção, expressão,
Lent, Cem bilhões de neuronios entonação =PROSÓDIA
ARTICULAÇÃO DESSE
PRAXIA DE FALA
CONTEUDO - MOTOR

Planejamento da sequencia
de movimentos para
emissão da voz
Incapacidade de executar movimentos com
propósitos na presença de sensação, movimento e
coordenação intacta (Quintana, 1995)

DEFINIÇÃO APRAXIA
VERBAL IDEACIONAL

BUCOFACIAL

DO MEMBRO IDEOMOTORA

ESTRUTURAL

DO VESTUÁRIO

CLASSIFICAÇÃO DAS APRAXIAS


Handb Clin Neurol. 2013;110:335-45
DIAGNÓSTICO
DIFERENCIAL

ADULTO
 Afasia de compreensão + expressão
 Afasia: parafasia fonêmica
 Afasia + Apraxia
 Disartria
 Disartria + Apraxia
 Disfluência Neurológica
 APRAXIA ou DISPRAXIA
 Apraxia Oral + Apraxia de Fala
PROTOCOLOS DE AVALIAÇÃO

MTL – BRASIL, Ortiz

Teste de Boston
AVALIAÇÃO
Praxias Orais ADULTO:

MARTINS, ORTIZ, 2004


AVALIAÇÃO
Praxias Orais ADULTO:

• repetição de palavras
• repetição de frases
• emissão de
automatismos
• fala espontânea
• leitura em voz alta
AVALIAÇÃO EM CADA FASE DA
DOENÇA DE ALZHEIMER
FASE LEVE, as proporções de ensaio e repetição
foram semelhantes, assim como omissão e
substituição.
FASE MODERADA foram semelhantes: ensaio e
repetição, substituição, omissão e autocorreção.
FASE GRAVE, todas as manifestações se
assemelharam, exceto a adição. O erro do tipo
adição diferenciou os pacientes em relação às
fases da doença
SOUZA, T.N.U.; PAYÃO, L.M.C. Apraxia da fala adquirida e
desenvolvimental: semelhanças e diferenças. Revista Sociedade
Brasileira de Fonoaudiologia, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 193-202,
2008.
• inabilidade para realizar movimentos voluntários envolvidos no ato da fala,
na ausência de alterações na musculatura dos órgãos fonoarticulatórios;
• comprometimento primariamente na articulação e, secundariamente, na
prosódia;
• esforço para achar posturas articuladoras corretas e as suas sequências;
são comuns as mímicas faciais, acompanhadas por movimentos silenciosos
dos lábios de forma contorcida e forçada;
• as habilidades linguísticas do apráxico podem estar intactas, assim como a
consciência da própria dificuldade; consequentemente, as frustrações são
muito grandes: o indivíduo busca um som específico e produz algo muito
diferente daquilo que pretendia;
• as falhas articulatórias mais comuns dizem respeito às substituições,
seguidas das omissões, inversões, adições, repetições, distorções e
prolongamentos dos fonemas;
SOUZA, T.N.U.; PAYÃO, L.M.C. Apraxia da fala adquirida e
desenvolvimental: semelhanças e diferenças. Revista Sociedade
Brasileira de Fonoaudiologia, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 193-202,
2008.
• os erros de articulação aumentam à medida que aumenta a complexidade
do ajuste motor exigido: as vogais provocam menos erros que as consoantes
isoladas; os fonemas fricativos são os que provocam mais erros; as
produções mais difíceis são as sílabas constituídas por grupos consonantais; a
consoante inicial apresenta alto grau de inconsistência de erros e esses
aumentam à medida que aumenta o comprimento da palavra;
• a repetição de um único fonema isolado é realizada com maior facilidade
que a repetição de sequência de fonemas, e essa repetição é mais fácil em
pontos articulatórios anteriores do que em posteriores;
• os fonemas que são produzidos com mais frequência nas palavras tendem
a ser articulados com maior precisão do que os fonemas que são produzidos
com menos frequência;
• há grande discrepância entre a boa execução na produção da fala
automática e reativa e a execução deficiente na produção voluntária e
intencional; as respostas imitativas se caracterizam por apresentarem mais
erros de articulação do que na produção da fala espontânea;
SOUZA, T.N.U.; PAYÃO, L.M.C. Apraxia da fala adquirida e
desenvolvimental: semelhanças e diferenças. Revista Sociedade
Brasileira de Fonoaudiologia, São Paulo, v. 13, n. 2, p. 193-202,
2008.
• não há alterações ligadas às funções estomatognáticas de sucção,
mastigação e deglutição;
• na leitura oral de um texto, os erros articulatórios não acontecem ao acaso,
são mais frequentes nas palavras que têm maior valor linguístico ou
psicológico e que são essenciais para a comunicação;
• a correção da articulação está influenciada pelo modo de apresentação do
estímulo: tendem a articular com maior precisão quando os estímulos da fala
são apresentados por um examinador visível (modo auditivo-visual),
comparando- se o desempenho de quando é pedido que imitem o estímulo
oferecido por meio de gravador (modo auditivo) ou que produzam, de
maneira espontânea, uma palavra escrita no papel (modo visual);
• a obtenção do ponto articulatório é facilitada por ensaios repetidos de uma
palavra, mais do que pelo aumento do número de estímulos apresentados.
Critérios para DIAGNÓSTICO DE
APRAXIA DE FALA:

 Velocidade de fala lenta


 Intervalo prolongado entre os segmentos (sons silabas,
palavras ou frases)
 Aumento do erro pela extensão ou complexidade
 Pior desempenho com a velocidade
 Substituição distorcida
 Distorção
 Omissão
 Tentativa de autocorreção (sem sucesso)
 Repetição de sons e silabas
 Prolongamento de sons
 Adição
 Darley, 1969; Johns, Darley, 1970; Darley et al., 1975; Wertz, LaPointe,
Rosenbek, 1984; Canter et al., 1985; Odell et al., 1990; Cera et al., 2010;
Cera et al., 2011; Josephs et al., 2012.
INTERVENÇÃO ADULTO
• Estimulos auditivos e visuais
articulatórios são predominantes
• Repetição pode já ser suficiente
• Construção de frases com facilidade
• Lista de palavras e fonemas específicos
são possíveis
• Treino de pseudopalavras são possíveis
para prosódia e fonemas
FISIOLOGIA:
Comunicação
Áreas motoras
Neurônio espelho
APRENDIZAGEM
MOTORA
COMUNICAÇÃO

(Avila, 2011)
AREA MOTORA
NEURONIO ESPELHO
ÁREAS CONCEITUALIZADORAS, que realizam o planejamento do
conteúdo da fala e a compreensão do que é ouvido;
ÁREAS FORMULADORAS que se encarregam do planejamento e
da compreensão da forma das palavras e das frases; e
ÁREAS ARTICULADORAS, que efetivamente comandam os
movimentos necessários à fala.

Além delas, inúmeras REGIÕES CORTICAIS estão


envolvidas: as áreas auditivas que primeiro percebem os sons
verbais, as áreas visuais que percebem os signos da escrita; as
regiões de processamento emocional, de onde se originam as
nuances afetivas da fala, e assim por diante.

Lent - Livro CEM BILHÕES DE


NEURÔNIOS
FALA CONJUNTA

FALA CONTINUADA

IMITAÇÃO - REPETIÇÃO

PERGUNTA E RESPOSTA

ESPONTANEO
Fish, 2015
 DIAGNÓSTICO DE TERAPIA DE
APRAXIA APRENDIZAGEM MOTORA
DE FALA
OU

SUSPEITA: FEEDBACK
 INTERVENÇÃO DE (Retroalimentação)
CURTO PRAZO PARA
DIAGNÓSTICO
CONTROLE MOTOR
Habilidade de regular ou direcionar os mecanismos
essenciais do movimento, já adquiridos

APRENDIZADO MOTOR
Estudo da aquisição e/ou modificação do movimento,
associado à pratica ou experiência que levam a
mudanças permanentes na capacidade de produzir
ações hábeis

RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO
Shumway-Cook, Anne, livro Controle Motor, 2010
APRENDIZAGEM MOTORA
Teoria dos modelos internos
Wolpert e Kawato

Os comandos motores geram contrações


musculares e são retroalimentadas
sensorialmente para dar continuidade ao
movimento, essas informações sensoriais
(visual, vestibular e proprioceptiva) são
vindas tanto do próprio movimento, como das
modificações entre o sistema
musculoesquelético e informações do
ambiente.
APRENDIZAGEM MOTORA
ATO MOTOR

SUJEITO DEVE PODER PRODUZIR


OU JÁ TER EXISTENTE ANTERIORMENTE:

ESTIMATIVA INTERNA
AJUSTES EXECUÇÃO
(PREDIÇÃO/ANTECIPAÇÃO)
APRENDIZAGEM MOTORA
APRENDIZADO

Novos modelos de predição


(antecipação)

POR IMITAÇÃO DE
MOVIMENTOS

Novos COMANDOS MOTORES: REFORÇO DE DESEMPENHO DE


ACERTO E ERRO

SISTEMAS PRÓPRIOS DE
RECOMEPENSA
APRENDIZAGEM MOTORA

MOTIVAÇÃO!!!

MANUTENÇÃO DO
APRENDIZADO
APRENDIZAGEM MOTORA

ABANDONO DE
PADRÕES

NOVOS
APRENDIZADOS
APRENDIZADO MOTOR
Funcionalmente
 Houve melhora do desempenho
com o treinamento
 Essa melhora permanece a médio e
longo prazo
 Se o individuo torna-se capaz de
generalizar para tarefas
semelhantes
 Ou transferir para outros segmentos
não treinados Palazzin, 2010, Controle Motor
INTERVENÇÃO!!
INTERVENÇÃO:
 Teorias de prática
 Planejamento
 Terapia intensiva
 Fases de treino
 Patologias infantis
CONDIÇÕES DE PRÁTICA
PRATICA COMPACTA X DISTRIBUIDA

PRATICA CONSTANTE X VARIAVEL

PRATICA ALEATORIA X BLOQUEADA

TREINAMENTO COMPLETO X PARCIAL

TRANSFERENCIA

PRÁTICA MENTAL

APRENDIZADO DE ORIENTAÇÃO X
DESCOBERTA
TERAPIA MOTORA ORAL

Estimulação multissensorial:
 AUDITIVO,
 VISUAL,
 SOMATOESTÉSICO
(cinestésica e proprioceptivo)
no MOVIMENTO DE FALA, com
RETROALIMENTAÇÃO, ou seja,
percepção da resposta. Fish, 2015
 Respiração
Criterios para o  Vocalização
PLANEJAMENTO
TERAPEUTICO:
 Altura vocal
 Nasalidade
 Precisão de vogais
 Posição mandibular
PARA SELECIONAR OBJETIVOS  Retração labial
 Protrusão labial
 Pontos de língua
 Prosódia – entonação
 Junção
PROMPT  Inteligibilidade
PLANEJAMENTO TERAPEUTICO:
Totalmente diferente do trabalho fonológico.
MARINI 2010, GUBIANI 2014

p.ex.
Protrusão labial:
UM, MU, SUCU, BOLU, FOFU, XUXU...
Retração e protrusão labial:
EU, MEU, SEU, TEU, TIO QUERO, MENOS, TENHO,
FECHO, VEJO, DEIXO

Monossilabas, onomatopeicos
Dissilabas simples (CVCV)
Palavras duplas simples
Kaufmann
Criterios para o
PLANEJAMENTO
TERAPEUTICO:

 perfil do paciente para personalizar: preferencias,


gostos, atividades, desejos,
 rotina
 feedback dele ou dos familiares do perfil de
comunicação: gestos, apontamentos, listagem de fala
(inteligivel, aproximado), concreto, abstrato…
 sobre o que se comunica?
 o que gostariam de se comunicar?

Bucci, 2019
CONTROLE
TERAPIA/FAMÍLIA/ESCOLA
TERAPIA
INTENSIVA

FREQUENCIA DE
TERAPIA

(ie 4 days per week for 3 weeks @ 1 hour per day). FISH, 2015, NIH 2016
ESTRATEGIAS DE TREINO FASE INICIAL!!!
LINGUAGEM – CONTEXTO – SOCIAIS - INTERESSES

Exemplos:
A: Ai, caiu... AAAAi, 1,2,3, e...jÁÁÁ
O: Ele chegou!....OOOi (vários personagens ou
pessoas)
MEu: De quem é esse.... (sapato)? Esse sapato
é....MMEEEuu
DÁ: Voce quer esse? Pede para tia Ana, me...DÁ
LÁ: Onde ta a.....(cadeira)? A cadeira ta....LÁÁÁ
PÃO: Quero.... PÃO, Me da outro...PÃO, Mais
um...PÃO, Achei outro....PÃO, DÁ O PÃO
VI: Voce viu? Eu...VI
MÚSICA INFANTIL
ESTRATEGIAS DE TREINO FASE 2
LINGUAGEM + COMUNICAÇÃO + PALAVRAS ALVO

AÇÃO
JUNÇÃO DE 2 PALAVRAS

QUEM? FAZ? O QUE?/ONDE

SUJEITO AÇÃO SUBSTANTIVO

SUJEITO AÇÃO SUBSTANTIVO ADJETIVO


ESTRATEGIAS DE TREINO FASE 2 + 3:

 PSEUDOPALAVRAS ?

 + LISTA DE TREINO COM FONEMA


DIRECIONADO (fonológico?)

 + PALAVRAS ALVO na LINGUAGEM e


COMUNICAÇÃO PARA AUTOMATIZAÇÃO E
ENGRAMA
INTERVENÇÃO PC
E SINDROMES
ENCEFALOPATIA CRONICA NÃO
PROGRESSIVA (PC)
O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção
e continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator
agressivo ao tecido cerebral antes, durante ou após o parto, as
áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo
da importância da agressão, certas alterações serão
permanentes caracterizando uma lesão não progressiva.

Dentre os fatores potencialmente determinantes de lesão


cerebral irreversível, os mais comumente observados são
infecções do sistema nervoso, hipóxia (falta de oxigênio) e
traumas de crânio. O desenvolvimento anormal do cérebro pode
também estar relacionado com uma desordem genética, e
nestas circunstâncias, geralmente, observa-se outras
alterações primárias além da cerebral. Em muitas crianças, a
lesão ocorre nos primeiros meses de gestação e a causa é
desconhecida.
COMUNICAÇÃO
MICROCEFALIA
O que é?

Microcefalia é uma condição neurológica


rara em que a cabeça e o cérebro da
criança são significativamente menores do
que os de outras da mesma idade e sexo. A
microcefalia normalmente é diagnosticada
no início da vida e é resultado do cérebro
não crescer o suficiente durante a
gestação ou após o nascimento.
MICROCEFALIA
Complicações possiveis:

A criança com microcefalia pode apresentar:


 Déficit intelectual
 Atraso nas funções motoras e de fala
 Distorções faciais
 Nanismo ou baixa estatura
 Hiperatividade
 Epilepsia
 Dificuldades de coordenação e equilíbrio
 Alterações neurológicas.
 Algumas crianças com microcefalia podem
não apresentar problemas de aprendizado ou
não desenvolver a fala.
SÍNDROMES
 Alterações genéticasou
malformações, caracterizada
por tríades de sintomas.

 Podem ter características


físicas, motoras e/ou
neurológicas
INTERVENÇÃO
SINDROME DE
DOWN
SINDROME DE DOWN
caracteristicas

 Alterações Cardíacas, Metabolicas,


Dermatologicas
 Disfunções da tireoide
 Sangue (leucemia)
 Diabetes
 Questões gastrointestinais
 Espasmos epiléticos
 Ortopedia
 Problemas de audição, visão, sono (bruxismo,
apneia)
SINDROME DE DOWN
FONOAUDIOLOGIA

 Motricidade orofacial: hipotonia global e


orofacial, postura de língua protruida,
movimento póstero-anterior de lingua,
mastigação e deglutição, desvio fonético
 Atraso de linguagem, aprendizagem, deficiência
intelectual (autismo secundário?)/cognitivo
 Desatenção
 Comportamento
 Apraxia Oral e de fala
INTERVENÇÃO APRAXIA
SINDROME DE DOWN

• ESTIMULOS VISUAIS E AUDITIVOS SÃO


PREDOMINANTES
• Uso de gestos simbólicos/representativos
da ação, objeto, verbo ou do próprio som,
palavra
• Imagens articulatórias
INTERVENÇÃO
AUTISMO
AUTISMO
Tem início precoce, curso crônico e
impacto variável em áreas múltiplas do
desenvolvimento. Acarretam problemas
sociais, de comunicação, comportamentais
e de imaginação . Afetam as relações com
outras pessoas e com a família,
aprendizado das coisas, ajuste escolar e
psicossocial.
Autismo – características comuns:
 Rejeitar o contato fisico e tender ao isolamento
 Não demonstrar medo de perigos reais
 Apresentar aparente insensibilidade a dor
 Movimento de antebraços e mãos (“flapping”)
 Balançar o tronco (“rocking”) ou outras esteriotipias
 Ecolalia (repetição imediata ou tardia de frases e sons)
 Ter crises de choro ou extrema angustia não discerníveis
 Gostar de girar objetos
 Comportamento social passivo, isolado ou estranho
 Ter interesses restritos
 Autoagredir-se
 Aparentar ser surda
 Contato visual nulo ou fugaz indiferença
 Ter fascinação por agua
 Hipersensibilidade a certos sons, luzes, tipos de tecido
 Restrições quanto a consistencia e qualidade dos alimentos
 Usar as pessoas como ferramenta
 Ser inquieta
A intervenção é estabelecida de forma
individualizada, respeitando os déficits
da criança, sendo estes sensoriais,
sociais, comunicativos, familiares e
escolares, assim como selecionar os
métodos, técnicas, estratégias e
teorias apropriadas a cada criança.
INTERVENÇÃO APRAXIA

• Ecolalia
• Tempo de latência aumentado
• Dispraxia global
• Prosódia
• Estimulo visual FUNDAMENTAL: compreensão,
resposta, organização, fala (mesmo que ele não
veja a articulação, visão periférica)
• Hiperestimulação auditiva melhor resposta
• Estimulos táteis superficiais
FERRAMENTAS para o
PROCESSO TERAPEUTICO:

 Sistemas De Intervenção
 Estimulos
 Recursos
 Materiais
 Estrategias
SISTEMAS DE
INTERVENÇÃO
Controle Motor de Fala
FERRAMENTAS para o
PROCESSO TERAPEUTICO:

SISTEMAS DE INTERVENÇÃO:
 Dynamic Temporal and Tactile Cueing
(DTTC)
 Rapid Syllable Transition Treatment
(REST)
 NDP3
 Integrated Phonological Awarenesse
(IPA)
SISTEMA PROMPT DE INTERVENÇÃO
Controle Motor de Fala

Prompts of Restructuring Oral Muscular Phonetic


Targets

Pontos para a Reestruturação de Objetivos


Fonéticos e Oromusculares
SISTEMA DE
INTERVENÇÃO

 PRINCIPIO NEUROMOTOR
 INFORMAÇÃO AUDITIVA, VISUAL E TATIL
DE FALA
 UTILIZA TATO, PRESSÃO
 REFINA OS MOVIMENTOS DE FALA
(fonação, mandíbula, lábio-facial e língua)
 PROMPT Parametro, Superficie e Complexo
 Duração e transição dos movimentos desde a
evolução motora ate a linguagem
SISTEMA DE INTERVENÇÃO
DTTC (Dinamic Temporal and
Tactile cuing – integral stimulation
(olhar – fazer – falar)

MODELAGEM CONTINUA DO GESTO DE


MOVIMENTO – 08 passos
1. Imitação,
2. produção simultanea com vogais prolongadas
3. Redução do comprimento da vogal
4. Aumento gradual da taxa para normal
5. Redução do volume vocal do terapeuta
6. Imitação direta
7. Introdução de 1 ou 2 segundos de atraso
8. Produção espontanea
SISTEMA DE INTERVENÇÃO
DTTC (Dinamic Temporal and
Tactile cuing – integral stimulation
(olhar – fazer – falar)

MODELAGEM CONTINUA DO GESTO DE MOVIMENTO –


08 passos

1) Imitação
2) Produção simultânea com vogais prolongadas (maior suporte clínico)
Se a criança não pode imitar, o terapeuta torna a tarefa mais fácil e mais
"apoiada", introduzindo a produção simultânea. O Fonoaudiólogo diz o
enunciado em volume normal com a criança, muito lentamente com
auxilios de toque / gestos, conforme necessário.
SISTEMA DE INTERVENÇÃO
DTTC

3) Redução do comprimento da vogal


4) Aumento gradual da taxa para normal
5) Redução do volume vocal do terapeuta
6) imitação direta: Se malsucedido, o terapeuta pode
recuar para o nível simultâneo ou silencioso de boca /
mímica descrito acima.
SISTEMA DE INTERVENÇÃO
DTTC

7) Introdução de um ou dois segundos de


atraso (menor apoio)
8) Produção espontânea Finalmente, o
terapeuta extrai os enunciados espontâneos,
por exemplo, fazendo as perguntas da
criança (“Como se chama isso?”), conclusão
de frase (“ Mamãe elefante é grande, seu
bebê é ____ '), e assim por diante.
https://www.speech-language-
therapy.com/index.php?option=com_content&view=article&id=76:dttc&catid=11:admin
SISTEMA DE TERAPIA
REST (Rapid syllable transition):

07 passos
Rest envolve prática intensiva
de produção de pseudopalavras
multissilabicas para melhorar:

http://sydney.edu.au/health-sciences/rest/training-
package/process.shtml
SISTEMA DE TERAPIA
REST (Rapid syllable transition):

Precisão dos sons na fala

Controle da melodia na forma de


ênfase relativa, ou estresse na silaba
(entonação)

Capacidade de transição rápida e


fluente de um som/silaba para o outro
SISTEMA DE TERAPIA
REST (Rapid syllable transition):

1. SUSTENTABILIDADE cliente e terapeuta.


Folhetos:
a. Lista de verificação de prontidão
b. Informativo para os pais
c. Autoavaliação para você preencher
2. CONCEITOS: Sons, batidas e suavidade.
Julgamento de erro e acerto na fase de pratica
3. Definição de metas e planejamento de
sessões
SISTEMA DE TERAPIA
REST (Rapid syllable transition):

4. PREPARO PARA A TERAPIA


a. Escolha dos sons: 4 vogais e 4 consoantes
não palavras
b. Estabeleça sua terapia de pseudoplavras
(listar 20, usada em 12 sessões)
c. Prepare seus materiais
5. TERAPIA – Fase De Treino Com Feedback
6. TERAPIA – Fase De Pratica – Redução Do
Feedback Da Terapeuta
SISTEMA DE TERAPIA
REST (Rapid syllable transition):

PARA O TERAPEUTA
• Você pode verificar dados clínicos:
– antes do tratamento,
– a cada 4 sessões e
– após o tratamento de palavras reais
para verificar o trabalho que você está fazendo
na terapia de ReST está fazendo a diferença
na fala cotidiana da criança?
PACIENTE PODE DIZER
ATE 100 PALAVRAS
POR SESSÃO
PASSO 7
MINHA FORMA DE APRESENTAÇÃO E
TRABALHO: PRONTIDÃO!!!

3 A 5 VEZES CADA LINHA

T 1º AUDITIVO 6º passo 1 vez apenas


------

a: T 2º AUDITIVO VISUAL: ARTICULAÇÃO VISUAL: GESTO E/OU FIGURA


b:T+P
--------
T+P 3º AUDITIVO VISUAL VISUAL TÁTIL CINESTÉSICO

--------
T+P 4º VISUAL VISUAL TÁTIL CINESTÉSICO
--------

T+P 5º VISUAL VISUAL

--------
P 6º COMPLETAR SOZINHO E SEM AJUDA (SILENCIO!)
RECURSOS E ESTIMULOS
MESMA PALAVRA VARIAS
POSSIBILIDADES!!!
OI
COISAS DE JOÃO
MÉTODO DAS BOQUINHAS

NOSSA VIDA COM ALICE

RECURSOS E ESTIMULOS:
MATERIAIS VISUAIS, GESTUAIS E/OU
ARTICULATÓRIOS IMPRESSOS ou DIGITAIS
MULTIGESTOS

BOARDMAKER

ENTRE OUTROS.....
RECURSOS E ESTIMULOS:
AUDITIVOS:

INVESTIGAÇÃO AUDIOLÓGICA
RECURSOS E ESTIMULOS:
AUDITIVOS
RECURSOS E ESTIMULOS:
MATERIAIS VISUAIS GESTUAIS E/OU
ARTICULATÓRIOS
RECURSOS E ESTIMULOS:
MATERIAIS VISUAIS GESTUAIS E/OU
ARTICULATÓRIOS
RECURSOS E ESTIMULOS:
MATERIAIS VISUAIS GESTUAIS E/OU
ARTICULATÓRIOS
RECURSOS E ESTIMULOS:
MATERIAIS VISUAIS GESTUAIS E/OU
ARTICULATÓRIOS

Método utiliza-se além


das estratégias fônicas
(fonema/som) e
visuais(grafema/letra), as
articulatórias
(articulema/Boquinhas)
para alfabetização e para
desenvolver e tratar a
leitura/escrita, sendo
multissensorial e
fonovisuoarticulatório.
RENATA JARDINI
RECURSOS E ESTIMULOS VISUAIS E/OU
AUDITIVOS:
COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E
ALTERNATIVA
Existem vários tipos de símbolos, que
podem ser utilizados para representar um
objeto. Fotografias, PCS, hieroglíficos,
"picsyms", símbolos pictóricos e
"blissymbols"

SÍMBOLOS
FIGURATIVOS
Software Boardmaker (Mayer Johnson)

PICTURE COMMUNICATION
SYMBOLS (PCS)
RECURSOS E ESTIMULOS VISUAIS E AUDITIVOS:
APLICATIVOS
COMUNICAÇÃO SUPLEMENTAR E ALTERNATIVA
RECURSOS E ESTIMULOS CINESTESICOS:
MATERIAIS TÁTEIS, PROPRIOCEPTIVOS,
GUSTATIVOS, TÉRMICOS
RECURSOS E ESTIMULOS:
EXERCITADOR PROFONO
RECURSOS E ESTIMULOS

ELETROESTIMULAÇÃO

LASERTERAPIA
RECURSOS E ESTIMULOS:
ELETROESTIMULAÇÃO

O princípio da estimulação
elétrica é causar um fluxo de
corrente no tecido nervoso,
que resulta em despolarização
da membrana celular nervosa
e, consequentemente, no
início de um potencial de ação
(Man, et al., 2005).

Uma série de pulsos elétricos


aplicados na pele estimulará,
de acordo com a
frequência (Hz) empregada:
• Nervos sensoriais
• Nervos motores
• Nociceptores
RECURSOS E ESTIMULOS

ELETROESTIMULAÇÃO

LASERTERAPIA
Savio Bastos, 2018

• Efeito Analgésico

• Efeito Anti-
infalmatório

• Efeito Anti-
edematoso

• Reparação tecidual

• MELHORA
PERFORMANCE
MUSCULAR
Repertório Repetição
Treino
Refinamento Interação
DESENVOLVIMENTO
Linguagem e fala
HABILIDADES MOTORAS
Representação
Cognitivo Habilidades
PRÁTICA EM GRUPO

1. ANÁLISE DE CASO
2. PLANEJAMENTO TERAPEUTICO
3. APRESENTAÇÃO DOS
RESULTADOS
NÃO TRABALHAR VOGAIS E
CONSOLANTES EM SONS
ISOLADOS, SEM FAZER A
LIGAÇÃO PARA PALAVRA. JÁ
USAR NA MESMA SESSÃO E
ENSINAR PARA CASA!!!!!

ATENÇÃO
PARA ESTIMULAR A FALA, NA
APRAXIA, NÃO DEPENDE DO
TRABALHO DE MOBILIDADE E
FORTALECIMENTO MUSCULAR,
NEM DE MOBILIDADE E PRAXIAS
ORAIS!!!! Estes podem
colaborar, em alguns casos

ATENÇÃO
FAMÍLIA

EQUIPE
SOCIEDADE
INTEGRADA PROFISSIONAIS
=
BENEFÍCIOS

ESCOLA
BENEFÍCIOS
Aumento do número Poder de decisão
de interlocutores

Qualidade de vida
para o indivíduo e
Comunicação seus pares
Funcional
Acesso à vida
social e familiar

Independência
para as
atividades Auto-estima (Silva, 2008)
ANA CAROLINA BUCCI -
REABILITÁ
OBRIGADA!

ANA CAROLINA BUCCI -


REABILITÁ
fonoreabilita@gmail.com

reabilitasjc reabilitasjc Reabilitá

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