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DISPOSITIVOS

SENSORIAIS

Fonoaudióloga Camila Pereira


Crfa. 5-3110-6

Fisioterapeuta Alan Senigalia


CREFITO 3 - 178191-F
Camila Pereira
Crfa. 5-3110-6

Fonoaudióloga Mestre em Fonoaudiologia. Especialista em


Motricidade Oral, Fonoaudiologia Hospitalar e Disfagia
Alan Senigalia
CREFITO 3 - 178191-F

Fisioterapeuta Mestre em Saúde Coletiva e especialista


em Medicina Chinesa e Práticas Integrativas
Complementares de Saúde.
Dispositivos Sensoriais

O QUE SÃO DISPOSITIVOS SENSORIAIS?

São aparatos simples, não invasivos e de baixo custo utilizados como recurso
terapêutico para estímulos de pontos dentro da racionalidade médica oriental.
Esses dispositivos estimulam pontos da acupuntura e produzem efeitos
terapêuticos no paciente.

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Dispositivos Sensoriais

QUAIS RECURSOS PODEM SER DENOMINADOS


DE DISPOSITIVOS SENSORIAIS?
Esparadrapo

São colocadas tiras de esparadrapo de


diferentes tamanhos, formando malhas
específicas sobre o corpo, que agem sobre o
sistema muscular, articular e sobre
os meridianos. Entre suas várias indicações,
destaca-se pelo rápido efeito em dores
agudas, auxilia na circulação de retorno,
age sobre pontos gatilhos e dispersa
energia estagnada em um acuponto.
Cross Tape

São malhas adesivas mais flexíveis, já montadas


e seguem os mesmos princípios de colocação
dos esparadrapos. Por serem mais finas e
flexíveis tem vantagens em áreas menores
ou mais sensíveis como o rosto e pescoço.

Apong

Pequenas placas metálicas que interagem com


os pontos de acupuntura ou pontos gatilhos. Por
não perfurarem a pele elas são indicadas para
pacientes pediátricos, idosos e aqueles que
por algum motivo não podem utilizar agulhas.

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Dispositivos Sensoriais

Stiper

São pequenas pastilhas impregnadas de cristais de silício que, em contato


com os pontos de acupuntura produzem um efeito regulado e harmonizador,
pois as mesmas absorvem as energias em desequilíbrio provocando um efeito
harmonizador. São ótimas para todos os tipos de pacientes pois são leves e
não provocam nenhum tipo de incômodo ao serem colocadas. Pacientes com
neuralgia do trigêmio ou pacientes com quadros álgicos agudos são os mais
beneficiados com esses dispositivos.

OS DISPOSITIVOS SENSORIAIS USAM O MESMO


PRINCÍPIO DAS BANDAGENS?

Não, muito embora podemos utilizar alguns dispositivos para o mesmo


tratamento. O esparadrapo se aproxima bastante por ser uma bandagem
mais rígida, já outros dispositivos agem com estímulos em pontos locais.

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Dispositivos Sensoriais

E POR QUE ESSE NOME DISPOSITIVOS SENSORIAIS?

São chamados de dispositivos


sensoriais, pois não agem apenas nas
funções biomecânicas, pois levam em
consideração toda a dinâmica corporal do
paciente. Dentro das Práticas Integrativas
o corpo, a fisiologia, o diagnóstico
e o conceito de saúde/doença tem
uma abordagem própria levando em
consideração o conceito de equilíbrio e
desequilíbrio energético.

QUAIS A VANTAGENS DOS DISPOSITIVOS SENSORIAIS?

1º) É uma técnica simples e eficaz. Pode ser utilizada como recurso terapêutico
auxiliar na prática clínica do profissional de saúde ou como recurso único para
diversos tratamentos.

2º) Os efeitos adversos são baixíssimos e como estão sobre a pele, em casos de
alergia, por exemplo, basta retirar o dispositivo.

3º) O profissional terá em suas mãos ao menos quatro dispositivos para sua
utilização. Cada um com uma característica distinta o que permite a utilização
em vários grupos. De idosos a pacientes pediátricos e também naqueles que
porventura não puderem utilizar algum deles.

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4º) Os materiais são de baixo custo e baixa densidade tecnológica o que permite
ser utilizado em ambientes hospitalares, na atenção básica e até mesmo no
domicílio do paciente.

5º) O Brasil é referência em práticas integrativas complementares de saúde e sua


utilização reforça a ideia de saúde ampliada. Um paciente pode fazer uso de
diversas técnicas para prevenir ou tratar determinado problema.

SEGUE O MESMO PRINCÍPIO DA ACUPUNTURA?

Sim, de acordo com os princípios da Medicina Chinesa nosso corpo é energia e o


adoecimento acontece quando há uma má circulação da energia. A acupuntura
baseia-se na colocação de agulhas em pontos específicos que produzem
homeostasia.

Quando um desequilíbrio acontece no corpo, os acupontos refletem esse problema


e o estímulo adequedo pode estimular as potencialidades naturais do organismo
e equilibrá-lo.

A utilização dos dispositivos sensoriais segue o mesmo padrão de pensamento da


acupuntura, porém utilizamos materiais não invasivos para fazer esse estímulo.
O resultado é incrível.

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COMO ESCOLHER E COMO APLICAR CADA UM DOS


DISPOSITIVOS ?

É necessário uma boa avaliação. Para cada paciente e para cada desequilíbrio
haverá uma forma de colocação e um dispositivo específico.

Existem pacientes com pele mais sensível ou que se adaptam melhor a um


dispositivo mais leve, como por exemplo o Stiper, que é uma pastilha de silício,
já em outros casos, quando paciente apresenta um ponto gatilho ou um quadro
álgico agudo podemos utilizar outros dispositivos como, por exemplo, o Cross
tape ou o Apong. Já em pacientes onde o foco é trabalhar uma cadeia muscular
mais ampla, podemos utilizar o esparadrapo criando uma malha para tratar
aquela cadeia muscular.

As possibilidades são muitas e o conhecimento adquirido com os dispositivos


somam a experiência clínica do profissional que, com seu bom senso e manejo
terapêutico escolherá o melhor dispositivo para seu paciente.

POSSO ASSOCIAR OS DISPOSITIVOS SENSORIAIS COM


OUTRAS PRÁTICAS CLÍNICAS?

Sem dúvida, esses dispositivos podem complementar o trabalho clínico da


fonoaudiologia, fisioterapia, enfermagem, medicina entre outros.

É uma prática não invasiva, de rápida colocação, segura e que pode ser utilizada
isoladamente ou complementar a outras práticas terapêuticas. Os dispositivos
sensoriais são aliados no momento da habilitação, reabilitação e recuperação
de um paciente.

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OS DISPOSITIVOS SENSORIAIS PODEM SER COLOCADOS


PELO PRÓPRIO PACIENTE?

Não. Cada dispositivo tem uma aplicação própria e é necessário conhecer as


cadeias musculares envolvidas, os canais de energia que estão envolvidos nesse
processo e saber fazer uma boa localização de pontos através de uma anamnese
e apalpação.

Há algumas exceções, onde o profissional pode orientar a família ou o próprio


paciente a colocar os dispositivos mais simples. Mas sempre após uma orientação
bem específica.

APÓS A FORMAÇÃO ESPECIALIZADA EU PODEREI


APLICAR CLINICAMENTE SEM IMPLICAÇÕES LEGAIS?

Sim, os dispositivos seguem os mesmos princípios da Medicina Chinesa e outras


Práticas Integrativas Complementares de Saúde e são uma das 29 práticas
reconhecidas pelo Ministério da Saúde e regulamentadas para serem aplicadas
no Sistema Único de Saúde.

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O QUE É DYNAMIC TAPE?

É uma bandagem hiperelástica desenvolvida pelo fisioterapeuta australiano Ryan


Kendrick (2009).

A Dynamic Tape é de CONCEITO BIOMECÂNICO, estirando em quatro direções.

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A DYNAMIC TAPE É CONSIDERADA UMA BANDAGEM


TERAPÊUTICA?

Sim, todo material flexível utilizado como auxílio externo ao corpo pode ser
considerado bandagem e estas podem ser classificadas como rígidas (ou
inelásticas), energéticas, elásticas ou hiperelásticas. Como dito, a DYNAMIC TAPE
se enquadra na categoria da hiperelástica.

As bandagens terapêuticas tem vários conceitos que dependem do TIPO DE


MATERIAL que são feitas e suas respectivas técnicas, conforme veremos logo a
seguir.

E POR QUE ESSE NOME HIPERELÁSTICA?

Porque diferentemente da bandagem elástica que estica em um único sentido, a


hiperelástica apresenta Elasticidade Multidirecional: longitudinal ↔, transversal
↕ e consegue também se alongar nas diagonais sem restrição dos movimentos.

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O QUE MAIS DIFERENCIA A BANDAGEM HIPERELÁSTICA


DA BANDAGEM ELÁSTICA?

1º) Ela tem uma propriedade viscoelástica, com uma textura inigualável ao toque,
proporcionando extremo conforto e adesão pelo paciente, sobretudo idosos e
crianças.

2º) É facilmente identificável, visto ter um aspecto de tatuagem.

3º) Permite uma elasticidade equivalente ao dobro do seu tamanho (elasticidade


de 200%).

4º) Único material que tem o efeito de recolhimento elástico, em outras palavras,
proporciona uma condição mecânica de absorver e dissipar energia
mecânica

COMO É ISSO ABSORVER E DISSIPAR ENERGIA MECÂNICA?

Favoreça o paciente chegar até o fim do


movimento e depois a bandagem hiperelástica
faz o trabalho de volta.

Dito de outro modo, através desta elasticidade,


ela vai absorver energia durante as fases
excêntricas do movimento e durante as fases
concêntricas ela vai devolver esta energia com
energia sinérgica através do recolhimento
elástico.

Tal peculiaridade desacelera o segmento


corporal em uma fase excêntrica e acelera
na fase concêntrica.

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E O MODO DE APLICAR, DIFERENCIA MUITO DA


BANDAGEM ELÁSTICA?

Sim, justamente pelo efeito mecânico que ela produz. Por exemplo, enquanto na
elástica o paciente deve estar em posição de alongamento para ser aplicada, na
hiperelástica deve estar em posição de encurtamento. Além disso, a direção da
aplicação também é diferente, não existe aqui a íntima correlação com origem e
inserção de estrutura muscular, como também não segue o princípio de favorecer
ou inibir um movimento.

POR QUE ESSE CONCEITO BIOMECÂNICO É IMPORTANTE


PARA A REABILITAÇÃO?

Ao fornecer força e ao mesmo tempo reduzir a demanda sobre os músculos,


podemos através da BANDAGEM HIPERELÁSTICA proporcionar tanto a realização
do movimento, quanto o equilíbrio dos movimentos exercidos pelas funções
orofaciais e corporais.

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QUAL É A MAIOR INDICAÇÃO PARA USAR A BANDAGEM


HIPERELÁSTICA NOS ATENDIMENTOS CLÍNICOS?

Além de propiciar um estímulo proprioceptivo, é indicada para as disfunções do


movimento (visto controlar e favorecer o movimento)

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