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2022
1.0 INTRODUÇÃO
2.0 ANAMNESE
3.0 OTOSCOPIA
A otoscopia funciona como uma etapa fundamental do exame físico ontológico, o qual
integra a ligação (semiologia) entre a cabeça e o pescoço. Ela consiste, então, na colocação de
um instrumento chamado de otoscópio no meato acústico, com o objetivo de facilitar a
visualização das estruturas internas. A utilização da técnica vai garantir a inspeção do meato
acústico e do tímpano, constituindo uma importante ferramenta para o auxílio do diagnóstico
de doenças no ouvido, como por exemplo a otite média aguda e a perfuração timpânica. O
exame realizado pelo otorrinolaringologista, clínico geral ou pediatra, serve para visualizar
alterações na forma, cor, mobilidade, integridade e até vascularização das estruturas do
ouvido (canal auditivo, membrana timpânica, etc.), já que tal aparelho possui uma luz
acoplada que é capaz de aumentar a imagem em até duas vezes, como vimos acima (SANTOS
e RUSSO, 1991).
A avaliação do meato acústico externo é imprescindível para a realização da
audiometria tonal liminar. O fonoaudiólogo deve observar se existe possibilidade de
realização do exame. Se houver presença de corpos estranhos ou cera obstruindo o meato e
impedindo a visualização da membrana timpânica, a avaliação não pode ser feita (FROTA,
2011). O paciente deve ser encaminhado para médico otorrinolaringologista para a realização
de limpeza otológica.
A avaliação do PAC deve ser guiada pelos seguintes princípios (ASHA, 2005):
Realizada por um fonoaudiólogo;
Deve ser composta por uma bateria de testes incluindo estímulos verbais e não verbais
e que envolvam avaliação das habilidades auditivas;
A bateria de testes deve ser individualizada de acordo com as queixas do paciente;
A escolha dos testes deve ser baseada no critério de eficiência dado pelo conhecimento
da sensibilidade e especificidade de cada teste;
Os testes escolhidos devem ser apropriados tanto à idade quanto ao nível intelectual do
indivíduo, considerando também a sua audição periférica;
É necessário gerenciar o comportamento da pessoa a fim de evitar que questões não
auditivas interfiram nos resultados;
O profissional deve estar sempre atento às normas e métodos de avaliação e não deve
modificar os procedimentos para evitar interferência nos resultados ou erros no
diagnóstico;
A avaliação deve ser realizada em local apropriado, equipamento calibrado e condição
acústica adequada seja dentro da cabina acústica ou sala tratada acusticamente
devidamente calibrada;
O resultado da avaliação comportamental do PAC não deve ser considerado para
tratamento de forma isolada.
Os testes comportamentais do PAC foram criados visando oferecer ferramentas para
avaliar as habilidades auditivas (mecanismo auditivo ou subprocesso) e, consequentemente,
áreas e funções diferentes do Sistema Nervoso Auditivo Nervoso Central (SNAC). Assim, a
avaliação do processamento auditivo não é um processo único que possa ser avaliado por
meio de um único teste; é necessário um conjunto deles para rastrear as diversas funções do
SNAC. Os testes recomendados para realizar a avaliação compor tamental do PAC,
apresentam tipos de estímulos diferentes (verbais e não verbais) e podem ser apresentados de
forma binaural ou monoaural.
No Brasil os testes comportamentais foram desenvolvidos no final da década de 80 e
início de 90 quando Borges (1986) e Machado (1992), respectivamente, adaptaram o teste de
dissílabos alternados (Staggered Spondaic Word – SSW).
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