GENERALIZAÇAO
TRANSTORNOS
DE LINGUAGEM
Entende-se por Transtorno Fonológico as alterações relacionadas
a substituições ou deleções dos sons da fala que levam a
ininteligibilidade de fala de leve a severa. Trata-se de uma
dificuldade em codificar e/ou recuperar as representações
linguísticas de modo equivocado. Ou seja, cada som da fala é
guardado em uma “caixinha” em áreas cerebrais específicas, a
criança seleciona mentalmente a representação fonológica
inadequada por alguma causa não aparente, resultando numa
fala diferente.
Sabe-se que as otites de repetição na pequena infância podem
levar a uma representação errônea dos sons da fala e
consequentemente a criança faz a escolha equivocada do som
no planejamento da fala.
Já os Transtornos Motores de Fala tratam do Atraso Motor de
Fala, Apraxia de Fala na Infância e Disartria.
se caracteriza pela ampliação da
produção e uso correto dos fones-alvo
treinados em outros contextos ou
ambientes não-treinados. A
generalização leva a uma terapia mais
eficiente, sem que haja a necessidade de
ensinar todos os fonemas incorretos em
todas as palavras, ambientes ou
contextos. A generalização pode ser
analisada pelo enfoque estrutural ou
funcional. O primeiro refere-se à
identificação das circunstâncias sob as
quais ela ocorre, enquanto que o
segundo é o modo pelo qual cada
criança reorganiza seu sistema
fonológico. Alguns dos componentes
estruturais da generalização avaliados
são: a itens não utilizados no
tratamento (outras palavras); para outra
posição na palavra; dentro de uma
classe de sons; para outras classes de
sons.
 PRAGMÁTICA
FONOLÓGICO

Uso comuicativo da
linguagem num contexto Percepção e produção de
social sons para formar
palavras.

SEMÂNTICA SISTEMAS MORFOSSINTÁTICO

Signo linguístico, as Regras sintáticas e

palavras e seu morfológicas para combinar
significado. palavras em frases
compreensíveis.

TDL
TDL é um transtorno do
desenvolvimento da
linguagem que atinge a
linguagem como um todo é
caracterizado como uma
dificuldade significativa e
persistente de comunicação
em crianças. Essa desordem
tem origem neurológica
(transtorno do
neurodesenvolvimento) por
tanto indivíduos com TDL tem
funcionamento atípico do
cérebro, mas escutam
normalmente e não tem
problemas ou lesão física ou
cerebral que possa ser
apontada como causa, ou
seja, a criança possui todas
as condições de desenvolver
a linguagem e a fala, mas
este desenvolvimento não
ocorre conforme o esperado.
Diagnóstico é por exclusão.
Pode estar ligado ao TDAH,
Dislexia e Distúrbios da fala.
ATRASO DE
LINGUAGEM
APRAXIA DE FALA
A apraxia de fala na infância é
um comprometimento motor que
afeta a habilidade da criança
No atraso de em produzir e sequenciar os sons
linguagem, a criança de fala. A criança sabe o que
apresenta boa quer dizer, mas seu cérebro falha
compreensão, mas há ao planejar a sequência de
atraso na aquisição e movimentos para produzir sons
desenvolvimento da que formam sílabas, palavras e
produção verbal. É frases.
esperada a mesma Características:
-Apresenta dificuldades na
sequência de
produção dos primeiros sons
desenvolvimento e/ou palavras, (utiliza apenas as
linguístico observada vogais na sua construção).
em crianças típicas. -Longas pausas entre sons,
Com adequação da omissões ou substituições de sons
estimulação e pouco e dificuldades na produção de
tempo de intervenção palavras mais longas e
fonoaudiológica, a complexas.
criança atinge o nível dificuldade em controlar o ritmo
da fala, levando a uma
esperado de entonação prejudicada.
linguagem. Tendem a apresentar melhor
desempenho na compreensão da
linguagem que na expressão.
TDAH
Transtorno do déficit de
atenção e hiperatividade
afeta memória
operacional,
planejamento, auto-
regulação de motivação
e limiar para ação
dirigida, alterando
funções executivas,
inclusive linguagem.
Crianças com TDAH
apresentam distúrbios da
linguagem, mostrando
baixo rendimento nos
testes de vocabulários,
sintaxe, fluência, memória
operacional e discurso. O
diagnóstico implica em
reconhecer um padrão
persistente de
desatenção,
hiperatividade e
impulsividade maior.
 EPS - Esquema pré-
simbólico JSI - Jogo simb.
imitativo

Representa a brincadeira
A criança imita ações que já
exploratória, sem função observou sendo realizadas
simbólica; por outras pessoas e é capaz
de inverter seu papel;

JAS - Jogo auto- Jogos JSOS-Jogo simb. c/

simbólico simbólicos obj. substituto

Diz respeito às situações Substitui um objeto por outro de

onde a criança atua acordo com sua necessidade;
sobre ela mesma;

JSCS- Simb.
combinatorial simples
JSA - Jogo simb. JSCM- Jogo simb.

assimilativo combinatorial multiplo

Onde a criança aplica uma
A criança aplica diversas ações ação em diferentes
a um mesmo receptor. receptores;
 MODELO DE CICLOS
Modelo de ciclos, usa um ciclo de 3 semanas, que é o tempo utilizado
para trabalhar cada um dos padrões-alvo da criança.
Durante 1 ciclo são enfocados 3 processos diferentes e dentro de
cada processo são escolhidos dois sons-alvo.
O modelo é desenvolvido em ciclos, acreditando-se na habilidade
natural da criança em generalizar e reorganizar seu sistema.
Em cada sessão, é trabalhado um som, passando-se para outro som na
sessão seguinte, a menos que criança tenha obtido apenas 20% de
correção ou menos nas palavras-estímulos, neste caso repete-se a
sessão.
Em cada ciclo, trabalham-se alguns fonemas e ao término deste
período, a criança é reavaliada, se suas produções corretas forem
iguais ou maiores a 50%, inicia-se outro ciclo com grau de
complexidade maior.
Na sessão de terapia é realizada uma forma modificada do bombardeio
auditivo, isto é, uma lista de palavras é lida no início e no final de
cada sessão sem amplificação. A ênfase principal de cada sessão é
fazer com que enuncie o maior número de possível de produções
corretas do som estimulado. As palavras estímulos são escolhidas
cuidadosamente quanto à est6rutura silábica a ao ambiente fonético
para que facilite a produção correta do som-alvo. O terapeuta pode
dar a criança pistas auditivas, táteis e visuais que forem necessárias
até que consiga produzir por imitação as palavras-estímulos. A partir
desse momento, as pistas são retiradas para que as palavras sejam
produzidas de forma independente.
METAPHON
Procedimento terapêutico destinado a facilitar a
mudança no processo fonológico pelo desenvolvimento
e utilização da metalinguística e consciência
fonológica. Apresenta alguns princípios centrais: o
processo deve basear-se em uma avaliação linguística
precisa e detalhada, a terapia deve manter o foco nas
mudanças fonológicas através da consciência
fonológica, a atenção deve ser direcionada para
maximizar as oportunidades de aprendizado oferecidas
à criança.
Metaphon concentra-se na função contrastiva dos
sons e na maneira como a criança aprende. Dessa
forma, é direcionada mudanças fonológicas, através
do aumento do conhecimento da fonologia da língua e
de seus aspectos comunicativos, em um ambiente
terapêutico que maximiza as oportunidades de
aprendizagem. Coloca a criança como participante
ativo na intervenção por proporcionar a manipulação
da consciência das propriedades e contrastes dos sons
da fala.
 MODELO DE PARES
MÍNIMOS
Modelo de pares mínimos
A estratégia é fazer com que o sujeito se
conscientize que suas produções não tem
distinção (ainda que sejam palavras
diferentes), ou seja, a comunicação não é
efetiva. Um par mínimo consiste em duas
palavras com mesmo número de segmentos,
contraste fonêmico em posição recíproca e
um único traço distintivo contrastando a
nível fonético.
O objetivo é fazer a criança distinguir pares
de sílabas ou palavras (através de
discriminação, imitação, e/ou produção
espontânea) que são únicos em suas
características ou dimensões. Por meio do
tratamento com o modelo de pares mínimos a
criança aprende que diferentes sons
transmitem diferentes significados
MODELO DE OPOSIÇÕES
MÁXIMAS
O Modelo de Oposições Máximas prevê
intervenção terapêutica baseada em pares
mínimos com oposições máximas de traços,
sendo que esses pares podem ser
diferenciados em três dimensões: quanto ao
número de oposições distintivas; quanto à
natureza das distinções dos traços, de classe
principal ou não (os traços de classe
principal são aqueles relacionados à
distinção de vogais, semivogais, líquidas,
nasais e obstruintes, e os traços de classe
não principal são aqueles relacionados aos
traços de ponto, modo e sonoridade); e
quanto à existência dos fonemas no sistema
fonológico.
 HIERARQUIA IMPLICACIONAL DE TRAÇOS DISTINTIVOS
MODELO IMPLICACIONAL DE
COMPLEXIDADE DE TRAÇOS (MICT)
A Fonologia Autossegmental propõe uma
hierarquia entre os traços, passando a
analisar os segmentos em camadas, o que
contribuiu para os estudos da aquisição
fonológica normal ou com desvios. Com base
nessa teoria de traços, foi proposta uma
hierarquia para o português, o Modelo
Implicacional de Complexidade de Traços (MICT)
(2), como pode ser observado na Figura 1. O
MICT prevê as possibilidades da aquisição
segmental sob a forma de caminhos a serem
percorridos durante a aquisição. A partir do
estado zero de complexidade (E0), partem
caminhos (rotas) levando aos traços marcados
e às combinações de traços. Quanto maior a
distância do ponto zero, mais complexos são
esses caminhos. Se, em um mesmo caminho,
existem combinações de traços, significa que,
entre eles, há uma relação de implicação.
ABAB-RETIRADA
O Modelo "ABAB-Retirada e Provas
Múltiplas"(3) baseia-se na hierarquia
implicacional de traços distintivos
para a escolha dos sons alvo de
tratamento. Os princípios do modelo
baseado na hierarquia implicacional
de traços distintivos confirmam a
hipótese de que o tratamento de
sons mais difíceis, que representam
os traços distintivos mais complexos
na hierarquia, facilitaria uma ampla
mudança nos sistemas fonológicos
das crianças, ou seja, a capacidade
de generalização.