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Produção de
Música Eletrônica
ÍNDICE
5. ELEMENTOS MUSICAIS 23
6. REFERÊNCIAS 25
6.1 Estrutura musical 26
6.1.1 Período 28
6.2 Presença de elementos musicais 29
6.2.1 Conteúdo musical dos elementos musicais 30
INTRODUÇÃO
A produção de música eletrônica é diferente da A sugestão é que você use este guia para começar a
produção musical tradicional por alguns motivos: produzir e tenha o discernimento para ir moldando o
seu próprio workflow no decorrer do tempo de
● Não tem pré-produção
produção (“horas de vôo”). Isso acontecerá
● Mistura composição e arranjo
naturalmente, portanto, não se preocupe com isso!
● Geralmente não envolve salas de gravação,
limitando-se ao home studio
Este modelo de workflow é muito utilizado por inúmeros
Por isso, seu workflow também é diferente e varia de produtores profissionais, pois traz resultados eficazes
acordo com a vivência do produtor. em um espaço curto de tempo. O que muda dos
profissionais para os iniciantes é o tempo despendido
Este e-book traz não só uma sugestão de workflow
em cada etapa. No início provavelmente cada etapa
para produtores musicais iniciantes, como também
pode durar dias ou semanas, porém com o tempo de
algumas questões relacionadas às necessidades em
prática as suas ações tendem a se tornar mais eficazes e
um home studio.
consequentemente mais rápidas.
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1. SETUP
Computador
Memória RAM: 8 GB
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1. SETUP
Monitoração
A melhor monitoração para a criação é a de caixas de som. Você pode trabalhar com fones de ouvido, porém a
quantidade de horas que você consegue fazer um trabalho contínuo neste caso é menor. Isso porque o fone é um par
de autofalantes grudados em seus ouvidos!
Mesmo que sua possibilidade de monitoração inicialmente seja a entrada de áudio em um aparelho de som 3 em 1, isto
lhe proporcionará um tempo maior de tempo de trabalho na produção da sua música do que com os modelos de fone
de baixo custo encontrados no mercado.
OBS: fones de DJ não são uma boa fonte de monitoração para produção musical, pois a maioria deles é muito pesado e com reforço na banda grave para
facilitar a mixagem das músicas.
Se a ideia é investir em monitores de referência profissionais, leve em consideração investir primeiro em um tratamento acústico do seu home studio. De
nada adianta ter um bom monitor de áudio se a sua sala não está preparada para suportá-los. Investir em monitores sem dar um mínimo tratamento à
sala é jogar dinheiro fora.
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2. DAW (Digital Audio
Workstation)
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Ableton Live
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Logic
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FL Studio
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2. DAW (Digital Audio
Workstation)
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3. SAMPLES
Samples são as amostras de áudio. Nós temos basicamente 3 tipos de samples: one shot, loop e long sample.
samples curtos, de uma nota só. Destinados ao samples com a duração geralmente maior do que
uso em samplers ou para a construção de loops. oito compassos. Ex: acapella (pista de voz) de uma
Ex: o som de um kick. canção.
OBS 2: procure sempre por samples de alta qualidade, pois isso interfere diretamente na qualidade final da sua
música.
Agora, imagine uma biblioteca sem nenhuma organização... você provavelmente levaria muito tempo para achar nela o
que você está à procura. Seguem algumas dicas:
● Faça uma pasta central de samples, onde você guarda todos os seus packs de samples.
● Escute os samples da sua biblioteca e faça uma triagem prévia. Escolha os melhores samples (no máximo 15) de
kick, hihat (closed e open), snare e clap e os organize em uma pasta com subpastas. (ex: pasta “samples 2019”,
subpastas “kick”, “snare”, etc.)
Esta dica vai lhe poupar muito tempo, acredite! Segue uma situação de exemplo:
“Você acorda um dia, super inspirado para produzir. Está cheio de ideias musicais! Liga o computador, abre o DAW. Decide então começar a fazer a
bateria. Vai escolher o kick. Porém na sua biblioteca tem mais de 200 kicks! Você, animado, escuta 30 kicks e já escolhe um porque está super excitado (aí
o primeiro problema: você pode ter deixado de escutar o kick que seria o melhor para a música, pois este estava entre os tantos outros que você não teve
paciência de escutar). Aí vai escolher o snare. Escuta os 15 primeiros e, já com menos paciência, escolhe um snare qualquer. Quando chega na hora do
hihat (closed e open), já pega um entre os 10 primeiros”. Sem perceber, você já está prejudicando a qualidade da sua música e gastando energia para
fazer uma busca que seria otimizada se você tivesse feito uma triagem prévia dos samples da sua biblioteca. Então a dica é: faça a sua lista de samples
principais de bateria semestralmente.
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4. PLUGINS
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/SAMPLERS | Nexus (reFX)
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/SAMPLERS | Trilian (Spectrasonics)
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/SAMPLERS | Omnisphere (Spectrasonics)
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/SAMPLERS | Kontakt (Native Instruments)
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/SINTETIZADORES | Sylenth1 (Lennar Digital)
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/SINTETIZADORES | Serum (Xfer)
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/SINTETIZADORES | Massive X (Native Instruments)
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/SINTETIZADORES | Mini V3 (Arturia)
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/SINTETIZADORES | Diva (u-he)
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5. ELEMENTOS MUSICAIS
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5. ELEMENTOS MUSICAIS
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6. REFERÊNCIAS
O uso de músicas de referências é essencial para se ter sucesso no processo de produção, sobretudo quando se trata
de produtores iniciantes. As referências são um norte, e apontam quais caminhos devem ser seguidos para se atingir a
estética almejada. Tem dúvidas sobre estilos? Experimente o site techno.org/electronic-music-guide/ para desmistificar
a raiz dos gêneros!
Uma música de referência é aquela que se enquadra nos parâmetros estéticos no qual se deseja produzir. Elas servem
como guia para que consigamos nos enquadrar em um determinado estilo musical. É importante ressaltar aqui que
não se trata de plágio (cópia), e sim, de um objeto de análise para um posterior processo de produção musical análogo.
Sim. Uma maior quantidade de amostras sob análise garante ao processo científico maior assertividade. Por isso,
quanto mais músicas de um determinado estilo musical forem analisadas, mais clareza sobre o que fazer para se
enquadrar no estilo analisado você vai ter.
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6.1 Estrutura musical
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6.1 Estrutura musical
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6.1.1 Período
A estrutura da música ocidental é baseada geralmente em períodos de 8 compassos (bars), e na música eletrônica não
é diferente. Observe como as coisas acontecem ciclicamente de 8 em 8 compassos nas suas referências! Você pode
também observar que às vezes em algumas seções (principalmente nos breakdowns) isto pode ser quebrado, e ter no
final um acréscimo de 4, 2 ou até 1 compasso(s) além da estrutura tradicional de períodos de 8 compassos. Isto não é
errado, mas deve ser justificado pelo conteúdo musical apresentado.
Em produção musical deve-se ser feito o que a música está pedindo, e não o que o ego do produtor pede!
Analise a estrutura de suas músicas de referência, encontre o padrão de forma musical que elas te apresentam.
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6.2 Presença de elementos
musicais
Escute analiticamente as suas referências.
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6.2.1 Conteúdo musical dos elementos musicais
Após verificar quais elementos musicais geralmente aparecem nas suas referências, agora é importante analisar o
conteúdo musical que eles apresentam.
OBS: Observe que os elementos musicais costumam ter seus padrões (loops) de 1, 2, 4 ou 8 compassos de duração.
Assim, encaixam perfeitamente do período de 8 compassos.
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7. CRIAÇÃO DE UMA MÚSICA
ELETRÔNICA
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7.1 Ponto de partida
Ao contrário do que muitos pensam, o ponto de partida de criação de uma música não é a introdução. Começar a
música pela introdução é como começar uma corrida sem definir o local de chegada: não tem como definir uma
estratégia de ação, tudo é feito no improviso. É uma loteria: tanto pode dar certo quanto pode dar muito errado. O
ideal é começar a criar a música pelo seu clímax (drop). Por quê?
● Criação de elementos musicais: O clímax de uma música eletrônica é geralmente a área com maior energia
sonora (elementos musicais tocando ao mesmo tempo). Logo, compondo esta parte do arranjo por primeiro,
você estará consequentemente criando a maioria dos elementos musicais de sua música e isto irá facilitar a
criação das demais seções do arranjo.
● Direção para o arranjo: Tendo o clímax da música pronto, você já tem um ponto aonde chegar na criação do
arranjo. Isso dá ao produtor maior eficácia na construção da estrutura.
● Tempo de trabalho: Criando o clímax da música por primeiro, você já saberá de antemão se ela irá funcionar
na pista. Se esta parte da música não estiver legal, não vale a pena investir tempo para terminá-la porque
provavelmente ela não terá muito futuro.
OBS: este tópico “tempo de trabalho” é válido somente para pessoas que já produzem a algum tempo. Isto porque produtores
iniciantes precisam treinar o processo completo, independente da qualidade, para ganhar experiência.
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7.1 Ponto de partida
● Drums (bateria e percussão): muitos preferem começar pela parte rítimica, pois muitas vezes esta nos inspira a
compor o restante dos elementos devido à energia dançante.
● Harmonia: no caso de músicas mais melódicas, priorizar a construção da progressão harmônica principal já
aponta os caminhos melódicos e facilita a criação de todos os elementos tonais.
Construa o seu drop de acordo com a sua análise das referências, compondo 8 ou 16 compassos. Coloque em prática
tudo o que você observou (tópicos 6.2 e 6.2.1). Se for usar samples, dê preferência para os presentes em packs do
estilo que você está produzindo. Se for usar VSTi’s, busque presets que soem familiar ao usados no estilo que está
produzindo, personalizando-os com a alteração de alguns parâmetros do instrumento virtual.
Vale a pena reforçar: uma das principais coisas para se enquadrar em um estilo, são os timbres utilizados na produção.
Preste uma atenção detalhada a todos os elementos musicais das referências, dos drums aos leads, e busque timbres
próximos a eles.
Lembre-se de que cada elemento musical deve ter seu próprio canal, pois isso facilitará o processo de mixagem
da música. Mesmo que um elemento apareça uma única vez na música, ele deve ter o seu próprio canal.
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7.2 Breakdown e Build up principais
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7.3 Estruturação do Arranjo
A estrutura a ser desenvolvida também deve ser feita a partir da análise das referências, pois cada estilo tem uma
forma peculiar de desenvolvimento na linha do tempo.
Depois de ter desenvolvido o drop as coisas ficam muito mais simples, pois muitos dos elementos presentes nesta
seção estão presentes em outras. No entanto, muitas vezes não aparecem como no drop. Muitas vezes apresentam
algum tipo de variação, filtradas, etc.
Este é o momento de observar aonde apresentar os elementos! Mas não esqueça do que já foi falado anteriormente: é
importante escutar o que a música está pedindo! O DJ produtor é um artista que se auto produz. É por suas ideias
musicais que ele é conhecido, no entanto vale a pena lembrar que em música eletrônica a dinâmica do arranjo (a forma
de como a ideia musical é apresentada) faz toda a diferença! Por isso observe as estruturas das músicas de referência,
mas antes de tudo sinta o que a sua música está pedindo.
Para facilitar, escolha uma música apenas como referência para seguir as entradas e saídas de elementos musicais
dentro do arranjo. Isso pode facilitar bastante. Onde tem kick na referência, coloque seu kick. Onde tem hihat na
referência, coloque seu hihat, e assim por diante.
Neste momento é importante construir a estrutura grossa, sem as variações e pequenas viradas.
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7.3.1 Estrutura fina
Depois de construir a estrutura grossa o produtor tende a relaxar um pouco, pois sua música já tem a duração que deveria
ter. Então é chegada a hora de incluir pequenas variações e viradas que vão gerar mais interesse no ouvinte. As viradas são
mais comumente relacionadas a bateria. Como nas músicas de bandas, este elemento é o maior responsável por fazer
pequenas variações (viradas) em seu padrão de comportamento para não deixar a música monótona. As viradas geralmente
são feitas no oitavo compasso do período, e as mais usadas na bateria são:
● Acréscimo de kick: adicionar um kick no final dos períodos de 8 compassos (contratempo do tempo 4 do oitavo
compasso) é uma prática comum em música eletrônica, pois impulsiona a música para frente além de guiar os
ouvintes em relação à estrutura.
● Omissão de Kick: omitir um ou mais kick(s) do oitavo compasso do período é um método eficaz para não deixar a
dinâmica do arranjo monótona, e também impulsiona a música para frente. Você pode optar por omitir apenas o
último kick do compasso, os dois últimos, os três últimos ou até todos os 4 kicks do compasso. Quanto mais kicks
forem retirados, mais marcante será a virada.
● Acréscimo de clap/snare: fazer variações com estes elementos é comumente usado para refrescar o arranjo e criar a
marcação que guia os ouvintes em relação à estrutura.
OBS: Às vezes as viradas duram mais que 1 compasso (2 ou 4 compassos). Quando a virada dura dois compassos, ocupa os compassos 7
e 8 do período. Já quando a virada tem 4 compassos, ocupará os compassos 5, 6, 7 e 8 do período.
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7.4 Efeitos especiais (SFX) e
automações
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7.4 Efeitos especiais (SFX) e
automações
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8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Finalizado este processo criativo, você está pronto Não se prenda a esta fórmula. Siga a inicialmente, no
para entrar nos processos de mixagem e entanto siga sempre os seus instintos! O que mais
masterização! Estes são uma nova etapa da produção, importa é que as músicas comecem a sair da sua cabeça
que merecem o devido cuidado para que a música soe e entrar no DAW. Reiterando, provavelmente você
bem aos ouvidos do ouvinte. sentirá a necessidade de transformar este processo
descrito. Isto é natural, e você estará criando o seu
Saiba que uma música bem arranjada é mais
próprio workflow. Este é o caminho.
facilmente mixada e consequentemente masterizada.
Portanto, não poupe tempo na etapa criativa, pois
Boas produções!
estando bem resolvido o arranjo você terá mais
facilidade nas etapas de tratamento que vem
posteriormente (mixagem e masterização).
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A AIMEC Brasil
A AIMEC Brasil é a gestora das escolas que aplicam o nosso método de aula, dessa forma conseguimos garantir que
independente da cidade que você escolha para fazer o curso, a sua expectativa seja atingida
A AIMEC credencia e capacita escolas para operar com seus métodos exclusivos de aula.
Atualmente a marca é administrada pelos sócios André Motta, Rafael Araujo, Alonso Figueroa, Mateus Basso.
A AIMEC Brasil trabalha com afinco para o bom desempenho das unidades.