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Material Teórico
Edição de Áudio
Revisão Textual:
Prof. Esp. Claudio Pereira do Nascimento
Edição de Áudio
• Introdução;
• O Planejamento;
• Panorama e volume;
• Transições;
• Filtros;
• Exportar;
• Velocidade;
• Remasterização.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Tornar o aluno capaz de produzir mídias audiovisuais com qualidade profissional.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Edição de Áudio
Introdução
A produção de áudio é um processo técnico e criativo. Ela depende de um ade-
quado planejamento para que o tempo seja otimizado, evitando-se, desse modo,
sucessivas regravações, remixagens e remasterizações. Uma característica de qual-
quer projeto de design relaciona-se com o fato de que é mais fácil fazer do que
refazer. Vamos, nesta unidade, mostrar como seria a produção de um livro narrado,
a sonorização de uma peça multimídia ou de um vídeo, expondo os princípios que
serão válidos para projetos de pequeno, médio ou de grande complexidade.
O Planejamento
No caso de uma produção sonora, seja ela uma vinheta para o rádio, internet ou
a narração de um documentário, o roteiro é uma parte fundamental e a partir dele
será possível visualizar tudo o que precisará ser feito. Antes de se iniciar a edição no
Adobe Premiere, cada uma das partes deve ser preparada para facilitar o trabalho
(como faremos exercícios audiovisuais, escolhemos uma plataforma profissional
que permita a inclusão de trilhas de áudio, fotos, ilustrações, vídeos, tipografia etc.).
A videoaula da unidade 2 exibirá os principais procedimentos de edição; sem ela
não seria possível ter um bom entendimento do que estamos tratando, porque para
falar de áudio apenas por palavras, recorre-se constantemente às metáforas e isso
pode gerar dúvidas, as quais só desaparecerão quando você ouvir os exemplos do
que estamos estudando.
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Panorama e Volume
Agora que os trechos estão dispostos em suas posições corretas, você deverá se
preocupar com a distribuição espacial desses elementos. As músicas, por estarem
prontas, provavelmente não precisarão de ajustes panorâmicos, mas os demais
participantes estão no zero (0,0), número que representa o meio da cena, isto é o
mesmo que dizer que todos os personagens estão amontoados no centro do palco.
Considerando uma mixagem estéreo, como a do exemplo do barbeiro, disponha
cada umas das trilhas em um ponto do panorama. Nas videoaulas, também será
mostrado como animar essas vozes, fazê-las andar de um lado para o outro, se
aproximar e se afastar.
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No caso hipotético, que acabamos de ver, você seria o responsável pela organiza-
ção panorâmica das partes, mas se estivéssemos mixando uma bateria, por exemplo,
ela deveria soar como se a pessoa estivesse assistindo ao músico de frente (situação
mais comum), como poderia também ser mixada a partir da localização do próprio
baterista. Observe com atenção a figura 3 e tente imaginar como você distribuiria
cada um dos instrumentos da orquestra no panorama. A linha azul ajudaria, mas,
certamente, dois profissionais experientes apresentariam soluções diferentes.
Nem sempre é possível atribuir um volume para uma trilha e este permanecer
inalterado até o final. É comum que o volume de um canal seja ajustado diversas
vezes. Pode ser que algumas palavras precisem ser enfatizadas e outras terem o seu
volume diminuído. Para esse tipo de ajuste dinâmico, os softwares têm ferramen-
tas de automatização. Com elas, você poderá criar pontos de interação e modelar
(programar) as intensidades, os panoramas, os processos e os efeitos, de acordo
com a necessidade do momento. Veja, na figura 4, como os pontos de controle
interferiram no volume da voz da personagem. Para criar os pontos de controle,
clique na linha amarela com o botão esquerdo do mouse e, ao mesmo tempo, pres-
sione a tecla Ctrl. Antes de finalizar, você poderá normalizar a faixa master para
que ela não ultrapasse -0,4 dB, esse comando pode ser acessado em: Sequence
Normalize Master Track -0,4 OK.
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Figura 4 – Automatização do volume por envelope
Transições
Os efeitos fade in (aumentando o volume) e fade out (diminuindo o volume)
podem ser produzidos por envelopes ou inseridos automaticamente nas faixas por
meio de três ferramentas, são elas: constant gain, constant power e exponential
fade (figura 5). A transição constant gain usa uma taxa de aumento ou diminuição
constante e isso pode fazer com que a transição soe um pouco abrupta. Para transi-
ções suaves, prefira o constant power. O exponential fade se baseia em uma cur-
va logarítmica que pode ser ajustada no menu de controle (effect controls). Nada
substituirá cinco minutos de experimentações para constatar as diferenças entre as
transições existentes e descobrir qual é a que melhor se aplica em cada caso.
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Filtros
Depois das gravações, foi ajustado cada uma das partes em um programa específi-
co: Audacity, Sound Forge, Adobe Audition etc., e importado (Crtl+i) esses elemen-
tos no projeto do Premiere. Durante a edição, percebe-se que algumas faixas ainda
precisam de efeitos, ajustes ou alterações. Você pode voltar para um dos softwares
citados e fazer essas alterações que, ao serem salvas, são automaticamente atualizadas
no projeto do Premiere que se está editando. Você tem a opção de usar a suíte de
efeitos que está presente no próprio programa (figura 6).
Cabe salientar que as alterações feitas nos softwares citados são degenerativas,
ou seja, depois de salvar uma alteração, a onda pode ter sido alterada em definitivo.
As alterações por meio de plug-ins, feitas no Premiere, não são degenerativas e,
a qualquer momento, você pode deletar o efeito e a onda voltará a soar do modo
original. A figura 7 mostra os procedimentos necessários para aplicar qualquer tipo
de filtro ou transição, são eles:
1. Escolha o filtro que será aplicado, clique com o botão esquerdo do mouse,
segure, arraste;
2. Solte em cima do trecho que será alterado (no caso, a música clássica será
equalizada (EQ) e os seus graves controlados); no Effect Control aparecerá
a interface de um equalizador;
3. O gráfico exibirá as bandas que sofreram alterações (grave e médio-grave).
No menu superior, você pode escolher uma interface mais apropriada para
a edição de áudio. As versões mais recentes têm interfaces bastante intui-
tivas e amigáveis (Workspace Audio), desde que você saiba a função do
que está à sua disposição.
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Exportar
Depois de terminada a mixagem, você precisará exportar o áudio. Clique em
File Export Media (tecla de atalho: Ctrl + M). Desabilite Export Video, por-
que estamos apenas trabalhando com áudio, e escolha em Format: Waveform
Audio. Como o áudio original está em 48000 Hz (source), você pode usar essa
qualidade para exportar (output). Ajuste ainda Channels: Stereo e Sample Size:
16 bit. Nunca escolha uma qualidade maior do que a do áudio presente no projeto,
pois isso poderá criar chiados, porque quando o software não tem as informações
necessárias, ele replica as existentes. Em Output Name, escolha o nome do arqui-
vo. Caso precise, registre informações em Comments. Em source range escolha:
work area (figura 8).
Depois de exportar, a faixa de áudio poderá ainda passar pelo processo de mas-
terização, como foi explicado anteriormente.
Velocidade
Vamos supor que você terminou uma trilha de áudio ou a tenha recebido de
um produtor terceirizado. Ela veio com 32 segundos de duração, mas, como é
para uma propaganda, ficou decidido que ela deveria ter exatamente 30 segundos.
Como a diferença é pequena, é viável comprimir o tempo de duração sem perda
da qualidade. O problema reside no fato de que quando você acelera uma trilha de
áudio, ela se torna mais aguda e quando reduz a velocidade, ela fica mais grave.
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A opção Reverse Speed roda a faixa de traz para frente, isso é muito mais útil
para os vídeos do que para as trilhas de áudio.
Caso necessite alterar o tempo de uma faixa, antes de exportar, faça os seguin-
tes procedimentos: selecione as trilhas que compõem o trecho cuja velocidade será
aumentada ou diminuída, depois selecione Nest conforme a figura 10. Quando
as trilhas estiverem provisoriamente unidas, elas mudarão de cor. Por fim, faça as
alterações em Speed/Duration.
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Remasterização
Remasterizar é pegar algo pronto e retrabalhar na faixa que um dia foi conside-
rada acabada, com a finalidade de implementar “melhorias”. Este tipo de procedi-
mento foi muito comum na transição dos discos de vinil para os CDs. As faixas que
eram AAA (gravadas, mixadas e masterizadas no meio analógico) transformaram-
-se em AAD (gravadas e mixadas no meio analógico e (re)masterizadas no digital).
Nesse processo, muitas produtoras usaram filtros para a redução dos chiados e
isso fez com os CDs soassem piores do que os discos de vinil. Há uma discussão
interminável, nas redes sociais, sobre qual é o melhor. Na realidade, se um traba-
lho for inteiramente produzido em DDD (gravado, mixado e masterizado em meio
digital), ele terá uma definição que jamais foi alcançada pela produção analógica.
Atualmente ouvimos graves que seriam impensáveis na época dos discos de vinil.
Até para a captação dos instrumentos analógicos, que têm timbres de altíssima
qualidade, o meio digital tem se mostrado de uma competência imbatível.
Faça uma comparação com a fotografia que é algo mais palpável. Nos anos de
1990, as fotografias digitais eram tidas, com razão, como de “baixa definição”.
Com o passar das décadas, a definição das máquinas digitais cresceu tanto que os
maiores fotógrafos do mundo, como Sebastião Salgado, migraram para o meio
digital que hoje é considerado de “alta definição”, nas mais diversas nomenclaturas
(high, ultra etc.).
Com o áudio ocorreu da mesma forma. Seria uma covardia querer comparar
o que se produz atualmente com os discos do século XX. Há softwares especiali-
zados em remasterização que quando bem operados podem produzir “milagres”.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Leitura
Manual do Audacity – Cultura Digital (PDF) – em português
https://goo.gl/a9kTGJ
Produção de áudio: fundamentos – Secretária de Estado da Educação (PR)
https://goo.gl/hBr289
Manual do usuário do Reaper (PDF) – em inglês
https://goo.gl/wMcyit
Manual do Sound Forge 11 (PDF) – em inglês
https://goo.gl/reRtsN
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UNIDADE Edição de Áudio
Referências
FAXINA, Elson. Edição de áudio e vídeo. Curitiba: Editora Intersaberes, 2018. (ebook)
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