ETAPAS DE PRODUÇÃO

MUSICAL
PRODUÇÃO MUSICAL – ESMU UFMG
AS FACES EM TRANSFORMAÇÃO DO MERCADO
DE MÚSICA EM ESTÚDIO

1. Os estúdios cada vez mais estão buscando participar de

relacionamentos duradouros com mercados de produção de
“áudio para mídia visual”.
2. Também passaram a oferecer desenvolvimento de sites,
distribuição e outros serviços como um incentivo aos seus
clientes, além de estarem entrando diretamente no negócio de
músicas oferecendo serviços de networking, consultoria e
negócios para artistas e bandas.
3. A produção individual em ‘home-studio’ traz uma necessidade
significativamente menor de que um artista ou produtor tenha
acesso constante e a um estúdio profissional.
HOME-STUDIO
HOME-STUDIO

Com a chegada dos sistemas de gravação de áudio digital de baixo custo,

uma conclusão inevitável é que a grande maioria dos sistemas de
gravação/produção musical está sendo construída e projetada para uso
pessoal.
Um dos maiores benefícios de um sistema de produção portátil gira em
torno da ideia de que um artista pode selecionar uma ampla gama de
ferramentas e recursos para gerar sons específicos como bem quiser.
‘Home-studios’ são constantemente instalados na própria residência de
músicos aspirantes e profissionais. Com dimensões geralmente de um
sistema no canto do quarto do artista, têm a importante vantagem de
permitir que o artista produza sua música em um ambiente confortável,
econômico e em sua própria casa sempre que o espírito criativo chegar.
CONHECIMENTO É PODER!

Definitivamente o conhecimento é um dos aspectos mais cruciais

ao montar um estúdio de gravação com uma boa relação custo-
benefício e de alta qualidade. Para isso é importante:
• Ler as opções de equipamentos que estão disponíveis na
internet.
• Visitar e conversar com pessoas semelhantes (e diferentes)
sobre equipamentos e estilos de trabalho.

Experiência... sempre a melhor aprendizagem.

 AS PESSOAS QUE FAZEM TUDO ACONTECER

A indústria fonográfica é construída em torno de

talentosos indivíduos que trabalham em conjunto visando
um objetivo: PRODUZIR, VENDER e APRECIAR música.
Como tal, são as pessoas na indústria fonográfica que
fazem o negócio da música acontecer.
AS PESSOAS QUE FAZEM TUDO ACONTECER

Bruce
Swedien,
Michael
Jackson,
Paul
McCartney,
dentre
outros em
sessão de
gravação
O ARTISTA

A força de um espetáculo gravado começa e

termina com o artista. Toda a tecnologia no mundo
tem pouco uso sem a existência dos ingredientes
centrais da criatividade humana, emoção e técnica
individual.
É função do artista fazer com que o ingrediente de
todas as suas músicas – sua alma - seja projetado
para que todos possam experimentar e ouvir.
OS MÚSICOS E ARRANJADORES

• Todo um grupo de músicos de estúdio

Frequentemente um pode ser necessário para fornecer o
projeto exige mais melhor suporte musical possível a um
músicos para artista de alto nível.
adicionar um tempero • Um membro de um grupo talvez não
e profundidade extras esteja disponível ou talvez não esteja
preparado para os padrões musicais
ao espetáculo gravado gerais exigidos por um projeto. Nessas
do ARTISTA. Por situações, não é incomum que um
exemplo: músico profissional de estúdio seja
contratado.
O PRODUTOR
É função do produtor gerir
aspectos orçamentais e do
cronograma da coordenação de
um projeto de gravação. O
produtor vai trabalhar em
colaboração com um artista ou
grupo para orientá-lo ao longo
do processo de gravação a fim
de obter o melhor produto
final possível. O produtor
frequentemente:
• Auxilia na seleção das músicas.
• Ajuda a focalizar os objetivos
artísticos e o espetáculo de uma
forma que melhor comunique a
música para o público-alvo.
• Ajuda a transformar esse espetáculo
em um produto final vendável (com o
auxílio técnico e artístico de um
engenheiro de áudio e um engenheiro
de masterização).
O ENGENHEIRO DE ÁUDIO

• Conceituar a melhor abordagem tecnológica para

captação.
A função de um
• Documentar o processo para outros engenheiros ou uso
engenheiro pode ser mais futuro na produção.
bem descrita como um • Colocar os músicos nas posições desejadas no estúdio.
intérprete em um setor • Escolher e posicionar os microfones.
técnico-artístico. Durante • Definir níveis e balanços no console de gravação ou
uma sessão de gravação, interface de mixagem DAW..
um ou mais engenheiros • Sobrepor (overdub) partes musicais adicionais na sessão
que talvez sejam necessárias em um momento posterior.
podem ser usados em um
• Mixar o projeto em uma master final em qualquer mídia e
projeto para: formatos de som mono, estéreo e surround.
• Ajudar a atender as necessidades de arquivamento e/ou
armazenamento do projeto.
O ENGENHEIRO DE MASTERIZAÇÃO

Muitas vezes uma master final terá de ser ajustada em

termos de nível, equalização (EQ) e dinâmica para
apresentar a “master” final com o melhor áudio e formato
de comercialização possível. Se o projeto exigir, esse
ofício será responsabilidade de um engenheiro de
masterização, cuja função é ouvir e processar a gravação
em um ambiente de monitoramento especializado e
ajustado.
A masterização também é uma área técnico-artística!
 O PROCESSO DE GRAVAÇÃO

O ambiente relativamente barato do home-studio ampliou o público

da produção musical, tornando o processo muito mais pessoal. Se
separarmos o processo de criação musical em seus vários estilos e
formas, o processo de captar o som em uma mídia gravada
geralmente ocorre em oito etapas distintas:
I. PRÉ-PRODUÇÃO
Um dos aspectos mais
importantes do processo
de gravação ocorre antes
de o artista e a equipe de
produção pisarem no
estúdio: a PRÉ-
PRODUÇÃO. Questões
como as seguintes devem
ser abordadas muito antes
de se entrar no estúdio:
• Qual é o objetivo?
• Qual é o orçamento?
• Quais são os custos estimados do estúdio?
• Haverá tempo suficiente para trabalhar nos vocais, mixagem,
etc?
• Quais são os custos de publicidade?
• Como a música será distribuída e vendida? E para quem?
• O grupo é suficientemente experiente?
• Se o projeto não tiver um produtor, quem vai falar pelo grupo?
• Os instrumentos, vozes e atitudes estão prontos para a tarefa à
mão?
• Existem outras questões legais a considerar?
• Como e quando o site estará on-line e funcionando?
II. GRAVAÇÃO

A primeira fase da produção é o processo de gravação. Nessa fase, uma ou mais fontes
sonoras são captadas por um microfone ou são gravadas diretamente para um sistema de
gravação. Além do conceito de captar a melhor performance e som, uma das ideias básicas na
produção é o isolamento. Gravando um único instrumento em uma pista específica (ou grupo
de pistas) é possível variar o nível, posicionamento espacial, EQ, processamento de sinal e
roteamento sem afetar o nível ou as qualidades tonais dos outros instrumentos que são
gravados em uma ou mais pistas adjacentes.
Alguns engenheiros acham conveniente padronizar um sistema que use a mesma entrada de
microfone no console e número de pista na DAW para um tipo de instrumento em cada
sessão. Por exemplo, um engenheiro poderia conectar o microfone de bumbo na entrada 1 e
gravá-lo na pista 1, conectar o microfone da caixa da bateria na entrada 2 e gravá-lo na pista
2, etc.
Nunca é demais enfatizar a importância de níveis adequados nos fones de ouvido e um bom
balanço da escuta porque eles podem tanto ajudar como prejudicar o desempenho geral de
um músico.
II. GRAVAÇÃO

Ao gravar em um DAW, os nomes das pistas, agrupamentos e cores favoritas de identificação

podem também ser selecionados para identificar facilmente o instrumento ou tipo agrupado
(certifique-se de que cada pista de entrada na sessão está nomeada para fácil referência e
identificação da pista).
Depois que todas as atribuições e rotulagens foram concluídas, o engenheiro pode então
começar o processo da configuração dos níveis para cada instrumento e entrada de
microfone.
Depois que esses níveis foram definidos, uma mixagem rudimentar dos fones de ouvido pode
ser feita para que os músicos possam ouvir a eles mesmos.
Depois que esse procedimento foi seguido para todos os instrumentos, os músicos devem
fazer uma passagem de algumas pistas para que o engenheiro e o produtor possam ouvir o
desempenho conjunto do som dos instrumentos antes de ele ser gravado.
É uma boa ideia para os engenheiros pedir que o(s) músico(s) toque(m) toda a música para
que você saiba onde estão as quebras, pontes e quaisquer outros pontos especialmente
importantes.
III. OVERDUBBING

Durante essa fase, pistas extras são adicionadas monitorando as

pistas previamente gravadas (geralmente via fones de ouvido).
Durante a fase de overdub (OD), partes individuais são adicionadas
ao projeto até que a música esteja completa.
Se o artista cometer um erro, sem problemas! Volte o DAW até o
ponto em que o instrumento começa e repita o processo. Se um
trecho estiver quase perfeito, exceto por uma linha ruim, é possível
voltar e regravar na mesma pista ou em uma diferente em um
processo conhecido como ‘punching in’.
IV. MIXAGEM

Depois que todas as pistas de

um projeto foram gravadas,
• Nível de balanço relativo
montadas e editadas, é hora de
mixar as músicas
(entre instrumentos)
individualmente nas
formas de mídia finais. O
suas • Posicionamento espacial
processo de mixagem ocorre
roteando várias pistas de um • Equalização
gravador baseado em DAW por
meio de um hardware ou • Processamento dinâmico
console de mixagem virtual
para alterar o programa da • Processamento de efeitos
sessão geral em relação a:
V. MASTERIZAÇÃO

Depois de concluída, a • Nível de balanço relativo

mixagem final editada
de um projeto pode ser (entre músicas)
enviada a um
engenheiro de
• Nível dinâmico
masterização para que • Equalização
possam ser feitos os
ajustes finos na • Nível geral
gravação geral em
relação a:
VI. EDIÇÃO DE SEQUÊNCIA

Com o advento do DAW, o • Os pontos inicial e final podem ser

processo relativamente localizados e definidos para cada música.
complicado de sequenciar • Cada música pode ser processada
pistas musicais na esfera individualmente usando EQ, nível geral,
analógica usando fita dinâmica etc.
magnética deu lugar a um
processo mais rápido, mais • Os fades e intervalos de silêncio
fácil e flexível de editar a apropriados podem ser inseridos na
master. Cada segmento de sessão de edição.
música ou programa pode ser
personalizado de várias
• A master concluída pode então ser
maneiras: transferida para um CD-R ou mídia
masterizada final.
VII. FABRICAÇÃO DE PRODUTOS

Se o produto final for um CD

ou download digital, esse
• Criação de uma master
processo deve ser
cuidadosamente
• Layout artístico e impressão
supervisionado para garantir
que o produto final não • Embalagem do produto
comprometa todo o sangue,
suor e lágrimas, além do
dinheiro investido na criação
de um projeto. Essas fases de
produção devem ser
cuidadosamente analisadas,
verificadas e reverificadas:
VIII. DIVULGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Embora essa seção seja • Quem é meu público?

mencionada por último, ela é
de longe uma das áreas mais
importantes ao considerar o
tempo, o talento e o esforço
financeiro envolvidos na
criação de um produto
gravado. Para iniciar, todas as
perguntas a seguir (e outras)
devem ser respondidas bem
antes de o botão GRAVAR ser
pressionado:
• O projeto será distribuído por uma
gravadora ou eu mesmo vou tentar
vendê-lo?
• Como deve soar e parecer o produto
final?
• Qual é meu orçamento e quanto isso
vai me custar?
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• Mordern Recording Techniques – David M. Huber, Robert E. Runstein

(pág. 28 à pág. 56)