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Arranjo
UNIVERSIDADE METROPOLITANA
Núcleo de Educação a Distância
DE SANTOS
Créditos e Copyright
ABDALLA, Thiago
157f.
CDD 780
Este curso foi concebido e produzido pela Unimes Virtual. Eventuais marcas
aqui publicadas são pertencentes aos seus respectivos proprietários.
Essa breve explicação já nos faz refletir sobre o grau de liberdade artística
daquele que arranja. Esse, por sua vez, busca viabilizar a execução de uma música
em um contexto distinto do original.
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A professora tem o domínio total da canção que depende exclusivamente da
sua voz. A continuidade da música acontece conforme ela avalia a aprendizagem de
seus alunos.
Exemplo 1 em mp3
Exemplo 2
Exemplo 3
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Exemplo 4
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5) Nossa última versão é um arranjo de H. Villa-Lobos. A versão tem início
com uma introdução que utiliza uma nota repetida e um baixo diatônico
descendente. Sendo assim, antecipa, mas não revela qual é a música de imediato –
a introdução acaba com um acorde dominante em suspensão. Assim que a melodia
começa, podemos perceber uma estrutura a três partes (melodia, baixo e acordes).
A cada repetição há uma variação na textura dos elementos. Esta versão faz parte
do Guia Prático, tema de uma de nossas aulas futuras.
Exemplo 5
Nós professores, podemos usar sim os recursos digitais (são uma ferramenta
preciosa para a difusão cultural na contemporaneidade!). Contudo, não devemos
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perder a habilidade de criar junto aos nossos alunos novas formas de se fazer
música.
_____________
¹Looping consiste em utilizar o mesmo elemento musical repetidas vezes. Pode-se
também sobrepor outros instrumentos, ritmos e ostinatos dentro de um mesmo
looping.
BOYD, Malcolm. "Arrangement." Grove Music Online. Oxford Music Online.Oxford
University Press.Web. 9 Feb.
2015. <http://www.oxfordmusiconline.com/subscriber/article/grove/music /01332>.
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Aula 02_Áudio
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Aula 02_Forma Musical
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Um compositor elege uma forma, provavelmente tanto pela sua capacidade
expressiva quanto pela sua estrutura; um rondó permite um final alegre e vivo cheio
de contrastes explícitos, enquanto que a forma sonata convida a um denso trabalho
temático mais apropriado ao começo de uma obra.
Cabe lembrar que a forma não é uma estrutura rígida, com quantidade de
compassos pré-definida ou movimentos previsíveis. É sim algo em constante
mutação no decorrer da história da música, em que cada compositor interagiu de
forma criativa, inclusive transgredindo características da forma. Por exemplo,
L.Beethoven em suas Variações sobre um tema de Diabelli Op.120 realiza um
procedimento não convencional em relação à forma TEMA COM VARIAÇÕES.
Tradicionalmente, esperamos que a primeira variação estabeleça uma forte memória
com o tema. Contudo, segundo Willy Correia de Oliveira, Beethoven utilizou o
momento reservado à primeira variação para compor um novo tema, a partir do qual
seguem as variações. Possivelmente, seria uma sutil afronta ao editor e compositor
Anton Diabelli que havia composto o tema para ser variado por outros compositores.
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(https://sites.google.com/site/scholagama/historia-da-musica)
B. é uma seção homofônica (uma voz) e melismático (diversas notas para mesma
sílaba)
FORMA SONATA
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No decorrer da história da música, os compositores desenvolveram formas de
organizar elementos com uma maior duração do discurso. A forma sonata é um bom
exemplo desse desenvolvimento.
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Perceba também o enorme contraste que há entre o tema A – melódico e
afirmativo e o tema B – rítmico e delicado. Toda sonata é baseada no contraste
dessas características.
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Aula 02_Áudio
2.1-Rostropovich_-_Bach_Cello_Suite_No1_-
_Allemande[www.MP3Fiber.com].mp32.1-Rostropovich_-_Bach_Cello_Suite_No1_-
_Allemande[www.MP3Fiber.com].mp3
2.2-Alleluia justusut palma.mp32.2-Alleluia justusut palma.mp3
2.3-Bobby_McFerrin_-_Dont_Worry_Be_Happy[www.MP3Fiber.com].mp32.3-
Bobby_McFerrin_-_Dont_Worry_Be_Happy[www.MP3Fiber.com].mp3
2.4-Haydn-Sonata1-1omov.mp32.4-Haydn-Sonata1-1omov.mp3
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Aula 03_Escrita de percussão corporal
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E, também, caso você e sua turma produza algo com apenas dois sons, não
há necessidade de utilizar as demais linhas no arranjo. Por exemplo:
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Como forma de exercício, escute diferentes estilos musicais e procure emular
a rítmica da música com sons da percussão corporal. Por exemplo, a interpretação
de Tom Jobim da canção de Noel Rosa, João Ninguém (Tom_Jobim_-
_João_Ninguém_Noel_Rosa.mp3). Trata-se de um samba lento que possui uma
rítmica de fácil transposição à percussão corporal. Primeiramente, escute com
tranquilidade e tente organizar a rítmica em dois sons. Em nosso caso,
transcrevemos para estalos e peito. Na escrita a seguir, sugerimos que as hastes
para cima sejam tocadas pela mão direita e as hastes para baixo pela mão
esquerda:
Esse padrão tem início com a 3a nota da melodia, junto com a entrada da
banda – após o anacruse da flauta.
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Aula 04_Estilo - parte 1
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c. Espectro dessas características
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- Quantas aulas (ensaios) eu terei para preparar esse arranjo com meus
alunos?
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RITMO
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Digamos que gostaríamos de abordar o assunto de ostinato (padrões
rítmicos) com crianças entre 8 e 10 anos. Planejamos praticar um pouco e que a
música não apresente grandes dificuldades. Podemos experimentar com os alunos
alguns padrões distintos e consolidar algo, como:
MELODIA
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exemplo realizamos uma melodia com 3 notas (Lá, Dó e Ré) na forma AABA:
HARMONIA
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Aula 04_Áudio
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Aula 05_Estilo - parte 2
Conteúdos da aula:
Dimensões
Textura e interações
Dimensões
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uma obra pode, predominantemente, ter um padrão de timbre, mas um grupo
de frases pode criar um contraste significativo que contribui para a compreensão do
estilo da obra.
a. Timbre:
b. Intensidade:
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I. Tipos de intensidade: do mais forte ao mais fraco e, ao mesmo tempo, notar
os níveis dinâmicos mais frequentes e característicos. E também detalhes
individuais como sforzando ou excentricidades como pf.
Texturas e Interações
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a. Homorítmica e acordal: estilos cujos eventos texturais acontecem mais ou
menos simultaneamente;
REFERÊNCIAS
KOSTKA, S. M. Materials and techniques of twentieth-century music. 3a. ed.
Upper Saddle River: Pearson Education, 2006.
LARUE, J. Guidelines for style analysis. Michigan: 2a Ed. Harmony Park Press,
1992.
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Aula 06_Estilo - parte 3
Conteúdo
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Som em media estrutura: a dimensão mais importante para o estudo do
manejo do som do estilo de um determinado compositor (LARUE, 1992, p.32).
Agrupar as observações nas famílias de categorias, relacionadas a seguir:
Macroestrutura
A gravação foi realizada ao vivo pelo Coro Infantil do Teatro Municipal do Rio
de Janeiro, em 1987, com aproximadamente 30 crianças. O Quinteto Villa-Lobos, de
sopros (flauta, clarinete, oboé, fagote e trompa) e um pianista completam a
formação.
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Mediaestrutura
Microestrutura
Conclusão
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Quando temos muito a escrever sobre uma das dimensões é preferível
organizar em forma de tabela. Contudo, quando apenas queremos destacar um
ponto de maior relevância, basta escrever um pequeno parágrafo sobre o evento.
REFERÊNCIAS
KOSTKA, S. M. Materials and techniques of twentieth-century music. 3a. ed.
Upper Saddle River: Pearson Education, 2006.
LARUE, J. Guidelines for style analysis. Michigan: 2a Ed. Harmony Park Press,
1992.
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Aula 06_Áudio
Villa-Lobos-Constante.mp3
Aula 6.1-Villa-Lobos-Constante.mp3 (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
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Aula 07_Análise de Summertime
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Assim que Ella entra, seu estilo imprime uma enorme expressividade e
liberdade em segurar e liberar o fluxo rítmico. Toda a orquestração muda com a
entrada do Louis Armstrong. O baixo é mais marcado e os acordes estão em
contratempo. Há também um piano que improvisa solos nas pausas do cantor.
Há uma ampliação na forma da canção para propiciar diversos chorus com
sonoridades diferentes de cada solista. Um chorus é apenas da introdução do
trompete, outro para Fitzgerald cantar, outro para Armstrong e o último em dueto.
Escute: 6.3-Ella Fitzgerald and Louis Armstrong – Summertime.mp3
1- linha do baixo e da região grave do piano com uma frase que dura dois
compassos quaternários
2- vibrafone toca uma nota longa logo no primeiro contratempo
3- ataques em sfz dos naipes de sopros em momentos pontuais quase
imprevisíveis.
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Há seções completas em outra zona harmônica, como no minuto 2’01” por
exemplo. Essa mudança harmônica está combinada com uma tessitura aguda das
cordas e nos leva a sentir uma enorme tensão próxima no final da versão.
Escute: 6.5-Al Martino-Summertime.mp3
Billy Steward, em 1966, realiza uma versão que conquistou grande sucesso.
Ele desempenha a melodia e ornamentação vocal com grande virtuosidade. Sua
banda traz uma rítmica inovadora favorecendo uma visão bastante dançante da
canção. A parte central atinge um crescendo que induz um ciclo repetitivo da mesma
harmonia desde 1’23” que é interrompido em 1’38” para um solo vocal.
O final é surpreendente, a retomada do ritmo em 2’10” é um jogo perfeito entre o
cantor e o baterista levando a um final impactante nada previsível.
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Escute: 6.8-Billy Stewart - Summertime.mp3
6.9-Miles Davis - Summertime (with Quincy Jones & Orchestra Live At Montreux
1991) ~ 1080p HD.mp3
Janis Joplin, no final da década de 1960, funde uma tradição vocal oriunda
do blues, com uma banda com influências de rock progressivo.
Enquanto bateria baixo e voz conduzem e harmonizam em conjunto as duas
guitarras improvisam utilizando melodias que fazem lembrar o barroco, mas há
exceções do solos com fortes traços de rock em 2’15”-2’38”, por exemplo. A
cadência final também induz a um procedimento do passado – a picardia – que
consta em terminar uma música de tonalidade Menor em um acorde Maior.
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do original de Gershwin do que muitas das versões destacadas nessa aula, apesar
de ser gravada em 2009.
Decerto isso é um reflexo de nossa sociedade...
Letra:
Summertime and the livin' is easy
Fish are jumpin' and the cotton is high
Your daddy's rich and your ma is good lookin'
So hush, little baby, don't you cry
One of these mornin's, you're gonna rise up singin'
you're gonna spread your wings and you'll take to the sky
But 'til that mornin', there is nothin' can harm you
With Daddy and Mummy, Mummy standing by
Don't you, don't you cry
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Aula 07_Áudio (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
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Aula 08_Exercícios de composição
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Repare como a duração das quatro frases é idêntica. Assim como a rítmica de
cada frase – apesar de que o final da frase está escrito com uma mínima por razão
da prosódia.
Desenvolvimento rítmico
Percussão corporal
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da melodia. No momento em que a melodia estiver com semínimas, o
acompanhamento está com colcheias, ou vice-e-versa:
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Compare esse ostinato com os dois anteriores. O importante é manter um
padrão durante toda a seção que seja fácil de ensinar, memorizar e executar.
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Aula 08_Áudios (Todos os áudios encontram-se no Ambiente
Virtual de Aprendizagem)
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Aula 09_Arranjo duas vozes Villa Lobos
Encadeamento de vozes
- Tonalidade: Mi Menor
- Escala: Menor. A nota Sol# trata-se de uma nota que induz à Dominante da
Subdominante.
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-
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A primeira frase há dois arpejos de Mi Menor; na segunda frase há um
movimento em direção à subdominante; e a terceira frase cadencia para retornar à
tônica.
Repare que:
Nos dois primeiros compassos, enquanto uma voz realiza um grau conjunto a
outra faz um salto
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Aula 09_Áudios (Obs: Todos os áudios acima encontram-se no
Ambiente Virtual de Aprendizagem)
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Aula 10_Exercícios de composição (encandeamento)
Desenvolvimento Melódico/Harmônico
No exemplo a seguir, iniciaremos um trabalho com contracanto ou segunda
voz. É muito importante conhecer harmonia e saber aplicar os acordes básicos na
melodia proposta. Vejamos: na tonalidade em que estamos trabalhando (Dó Maior)
temos três acordes que nos trazem funções diferentes: Tônica ou I grau,
Subdominante ou IV grau e Dominante ou V grau.
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Para finalizar essa breve explicação, resta-nos dizer que na própria melodia
há uma das notas do acorde. Portanto, a segunda voz a ser composta necessita
complementar a harmonia da primeira voz. Apesar de ser possível e muito eficaz,
não há necessidade das duas vozes terem o mesmo ritmo sempre. Vide o exemplo,
a seguir:
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Agora selecione qualquer melodia para realizar os experimentos de arranjo.
Quem quiser compartilhar a composição do próprio exercício, envie o pdf para
a tarefa não avaliativa disponível na primeira semana de aula.
Observação para os professores...: muitas vezes nos deparamos com um
arranjo pronto. Como ensinar para os alunos? Ora, uma das estratégias mais
eficazes é realizar o mesmo caminho que fizemos durante esta aula.
Ao nos prepararmos para a aula, podemos encontrar os padrões colocados
pelo compositor na música, os elementos principais que estruturam o arranjo. Então,
apresentamos esses padrões e realizamos jogos rítmicos e melódicos com eles.
Quando todos estão confortáveis será mais fácil de realizar o arranjo
completo.
Caso tenha dúvidas da harmonia dessa canção, eis as cifras:
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Aula 10_Áudio (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
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Aula 11_Arranjo a três vozes - Villa Lobos
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Repare como a melodia principal sempre começa e/ou termina em uma das
notas do acorde de Fá Maior (com a exceção do início da frase do compasso 12,
que começa na nota Ré). Se você fosse arranjar essa melodia com acordes, qual
seria a harmonia mais simples possível?
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Percebam como o acréscimo desta voz enriquece a sonoridade geral da peça
mas não há grande diferença harmônica.
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Aula 11_Áudio
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Aula 12_Arranjo pop
Caros alunos, como dissemos nas primeiras aulas, arranjo é uma espécie
nova vestimenta de uma mesma composição. Uma mesma canção pode ter
diferentes arranjos. Algumas vezes nos deparamos com versões bastante diferentes
de uma mesma música, como é o caso das duas versões incríveis da canção “With
a little help frommyfriands”, dos Beatles.
A versão original foi composta por J. Lennon e P. McCartney e arranjada por
George Martin para o albumSgt. Pepper’s (1967):
Em 1968, Joe Cocker fez um arranjo revolucionário à canção que foi
apresentado no festival de Woodstock, em 1969. Nesta versão percebemos que a
preservação da melodia das estrofes e do refrão. Contudo, todos os demais
elementos estão completamente (re)arranjados, como: andamento, formula de
compasso, harmonia, instrumentação, forma, aspectos interpretativos do vocal, etc.
Aprecie aqui:
Nestes dois casos pudemos perceber arranjos muito bem sucedidos sobre
uma mesma canção. Nesta aula, investigaremos algumas ferramentas
composicionais presentes no arranjo de Here Comes the Sun, também dos Beatles,
que podem servir de ideias para que façamos nossos próprios arranjos com
diferentes canções junto a nossos alunos.
Primeiramente, escutemos atentamente a versão gravada no álbum Abbey
Road. Há diferentes links disponíveis, como:
Mas prefira escutar o arquivo WAV ou diretamente do próprio disco (CD) se
houver disponibilidade. Escute no melhor equipamento que tiver disponível em seu
ambiente de estudo.
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Aula 13_Guia prático Heitor Villa Lobos
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Estrutura do livro e elementos de estilo dos arranjos
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Reparem:
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A melodia folclórica foi escrita no primeiro sistema. Encontra-se na tonalidade
de Ré Maior e é composta na forma ABCC sendo que as frases A e B têm a duração
de dois compassos e a frase C tem quatro compassos, de acordo com o esquema a
seguir:
Toda melodia tonal sugere acordes para serem acompanhadas. Nesse caso,
a música começa em Ré Maior e a frase A caminha para o acorde de Sol Maior –
que exerce a função de subdominante. E a frase B faz o caminho contrário, de volta
para a tônica, Ré Maior. Essa cadência plagal não tem força conclusiva e nos faz ter
vontade de continuar escutando uma cadência mais forte. Isso acontecerá na frase
C, em que a tônica converte-se em um acorde de Dominante Individual da
Subdominante (D7-G) e que, finalmente, escutamos a cadência forte IV-V-I ou
Subdominante, Dominante, Tônica (G-A-D).
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vizinhas ou com a segunda voz? Você descobrirá ainda mais elementos
interessantes! Toque e cante esses exemplos, aprecie o resultado sonoro deles...
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Aula 14_Harmonia - parte 1
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Cor: Coloração harmônica é o recurso mais instantâneo de afeto na música.
Somos imediatamente conscientes das mudanças entre acordes maiores e
menores; intervalos de 4as ou 5as em contraste com tríades; sétimas ou estruturas
verticais mais complexas; posições abertas VS. fechadas (parcialmente função do
“Som”); vários dobramentos; e relações tonais “escuras” (bemóis) ou “claras”
(sustenidos). Funções para cor também podem ser identificadas em áreas
contrastantes de mais ou menos dissonâncias;
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interdependência, mesmo sem mostrar relações melódicas, pode ser descrita como
contrapontístico. Um grau de unidade tida pelo intercâmbio de materiais similares
entre as vozes eleva o processo para o nível de imitativo. Imitação estrita e
sistemática produz uma estrutura canônica. E, se uma ou mais partes de um cânone
contém elementos especializados como stretto, inversão, aumentação, diminuição
ou retrógrado, o termo fuga é apropriado.
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Lembre-se de que essa análise é um procedimento criativo. Não existe uma
resposta correta e sim uma interpretação do fenômeno musical que é apresentado
aos nossos ouvidos.
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Aula 15_Harmonia - parte 2
Colorístico – Tensional;
Acordal – Contrapontístico;
Dissonante – Consonante;
Ativo – Estável;
Uniforme – Variável;
Maior – Menor
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2. Tonalidade migrante: início do Renascimento até final do Barroco. Passa,
constantemente, de um centro tonal temporário para outro, sem estabelecer
consistente direcionalidade ou centro gravitacional. O recurso do ciclo das quintas,
paulatinamente, traz uma ordem na via modulatória e o fortalecimento do eixo
dominante–tônica;
[ https://www.youtube.com/watch?v=Zbt4FhzhEh4]
[https://www.youtube.com/watch?v=TrCvvvHvZqA]
[https://www.youtube.com/watch?v=B2xH3LZkCDc]
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b. cromatismo – alterações em acordes convencionais e modulações entre
tons relacionados cromaticamente;
[https://www.youtube.com/watch?v=BdfdvvtrUA4]
[https://www.youtube.com/watch?v=A_g433nawnk]
[https://youtu.be/I4Rhe1XViYg]
[https://www.youtube.com/watch?v=WJKziU8yEt4]
[https://www.youtube.com/watch?v=0IhLL36Rnwo]
Objetivos modulatórios,
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As modulações podem ser tanto estruturais como ornamentais, determinadas
pela duração e pela direção. Tamanho e conteúdo das áreas tonais contrastantes
indicam sua importância estrutural.
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Aula 16_Gyemerkeknek BBartok
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Esta rigorosa pesquisa de estilo o influenciou artisticamente, fazendo-o
assumir opções melódicas, rítmicas, texturais e formais de maneira criativa em fusão
com a tradição composicional erudita. Para citar uma de suas primeiras
composições neste sentido, destacamos a obra 3CsíkFolksongs (Gyergyóból).
Essas três pequenas peças utilizam diferentes recursos supracitados. O exemplo, a
seguir, trata-se da Parte A da segunda peça (At theJánoshida fairground), nela o
compositor explora uma região aguda do piano, as articulações legato e tenuto em
confluência com uma melodia ricamente ornamentada e rítmica assimétrica,
resultam em uma textura etérea e de força ancestral. Repare que a melodia
encontra-se em modo Lá Jônio. A harmonização inicial também nos remete ao
modalismo, contudo um acorde de Dominante da Dominante no terceiro compasso
(B7/D#) cria as tensões necessárias para uma cadência tonal. Tudo em um perfeito
encadeamento de vozes. Neste momento percebemos a coexistência entre o
folclore e o contraponto erudito.
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Todas as indicações de andamentos estão organizados de acordo com a
Tabela 1, a seguir:
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Indicações de Intensidade
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- A 8ª peça nos traz a maior quantidade de mudanças internas de intensidade;
Indicações de expressão
Articulação e fraseado
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Se Bartók é contido na utilização de elementos de expressão, as indicações
de articulação e fraseado aparecem em larga escala. Dificilmente existe uma nota
escrita sem que haja uma articulação e/ou um fraseado. Há uma predominância
de staccatos, legatos e tenutos. E marcatos e acentos em uma menor escala.
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Conclusão
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REFERÊNCIAS
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Gillies, M. (2007-2015). Bartók, Béla. Acesso em 05 de 03 de 2015, disponível em
Grove Music Online:
http://www.oxfordmusiconline.com/subscriber/article/grove/music/40686pg3
Grove Music Online.(2007-2015). Kestenberg, Leo.Acesso em 06 de 03 de 2015,
disponível em Oxford Music Online:
http://www.oxfordmusiconline.com/subscriber/article/grove/music/14933
Manoel Aranha Corrêa do Lago, S. B. (2009). Guia prático para educação
artística e musical: estudo folclórico (Vol. I). Rio de Janeiro: ABM: Funarte.
RozsnyaiKároly. (2014). Acesso em 05 de 03 de 2015, disponível em IMSLP -
Petrucci Music Library: http://imslp.org/wiki/Rozsnyai_K%C3%A1roly
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Aula 17_Exercício de composição- parte 3
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https://www.teoria.com/en/tutorials/functions/nonharmonic-tones/
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https://musescore.org/
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¹Muitas vezes “tiramos” uma melodia de ouvido e já a harmonizamos sem a
transcrever em partitura. Na hora de ensinar para nossos alunos, podemos também
ensinar de ouvido. Deixamos algumas partes livres e, com alguma experimentação,
alguns alunos podem trazer excelentes ideias de improviso. Claro que esse método
tem seus pontos positivos, contudo uma série de deficiências pode surgir, como:
- qualquer tipo de erro pode ser difícil de perceber (harmonia, forma, melodia);
- o arranjo pode ter pouco contraste (textura, intensidade, harmonia, ritmo, cor...);
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Aula 17_Áudio (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
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Aula 18_Exercício de composição - parte 4
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-
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Empilhamento de intervalos de 3a e 6a.
- Harmonização e (re)harmonização
- Contraponto
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AUDIO:
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uma introdução. Para tal começamos com elementos resultantes da 3a voz e,
posteriormente, da própria melodia principal.
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Aula 18_Áudio (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
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Aula 19_Guia de estilo 1
1. As Dimensões
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as Dimensões Médias e Micro com o objetivo principal de encontrar os elementos
contribuintes para a compreensão do estilo. A seguir, um esquema do que pode ser
cada dimensão:
1. Os elementos contribuintes
Som:
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E ainda mudanças sutis que geram contrastem gradualmente. O tempo destas
mudanças.
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Para detalhar as “estruturas verticais” utilizamos termos como grosso ou fino,
simples ou composto, continuo ou interrompido, equilibrado ou concentrado (na
região aguda ou na grave).
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Som em dimensão média: a dimensão mais importante para o estudo do
manejo do Som do estilo de um determinado compositor (LARUE, 1992, p.32);
Agrupar as observações nas famílias de categorias:
Harmonia:
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podem variar radicalmente entre compositores, escolas e períodos. (LARUE, 1992,
p.39-40)
O texto acima reflete a importância ímpar que a organização das alturas tem
para análise do estilo. Em nosso caso, MCT compõe um ciclo em todas as
tonalidades maiores e menores em 1968 enquanto no meio musical havia as
estéticas: nacionalista, serialista, atonal, concreta, conceitual e, até mesmo, o
minimalismo.
_____________________
¹ O termo utilizado pelo autor é fabric que de acordo com o dicionário Michaelis tem
como primeira definição: tecido, pano; e então: estrutura, construção
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Aula 20_Guia de estilo 2
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progressões harmônicas consistentes, como sequencias de diversos tipos, criam
algo que pode ser denominado progressão rítmica. (LARUE, 1992, p.49)
Finalmente, áreas de frequentes trocas de ritmos tonal, de constante modulação,
pode gerar o ritmo modulatório. Em nossas análises, cada peça do Op. 199 terá o
seu módulo rítmico-harmônico determinado.
Resta-nos ainda dizer que a harmonia clarifica as articulações que dão tipos
de continuidade com um alto grau de sutilezas para forma musical. Pelo menos 5
fenômenos harmônicos podem causar ou fortalecer uma articulação: mudança de
modo, mudança de tonalidade, (des)aceleração do ritmo do acorde,
(des)intensificação das complexidades verticais ou aumento ou diminuição da
frequência das dissonâncias (LARUE, 1992, p.49).
99
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4.Tonalidade. Hierarquia de acordes centrada numa tônica (1680-1860).
Este sistema parte dum lento acúmulo de experiência harmônica, estabelecendo-se
gradualmente por tentativa e erro de infindáveis convenções para progressões de
acordes, resolução de dissonância, modulação e relações entre tonalidades. As
ideias predominantes são: (a) direcionalidade – resultado da tensão e relaxamento,
tônica dominante; (b)unificação – produzida pela relação de todas as estruturas
harmônicas e procedimentos num centro único.
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6. Atonalidade: evitar a tonalidade propositadamente através de
procedimentos anti-tonais, juntamente com o desenvolvimento do serialismo.
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Melodia:
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“A relação convincente deve ser claramente reconhecível,
“provada” para o ouvinte pela escuta mais do que por
comparações pelos olhos fora do contexto.” (LARUE,
1992, p.74)
Podemos utilizar palavras como modal, diatônico, cromático, exótico, etc para
classificação de uma melodia específica ou conjunto de melodias. Âmbito e tessitura
contribuem vividamente para as impressões do estilo na dimensão grande. Duas
maneiras de medir a influência melódica para o movimento musical são: (1) perfil
melódico – picos de grave e agudo entre frases, seções e movimentos que
demonstram um plano do compositor para unificação e clímax. (2) densidade (grau
de atividade melódica).
102
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Função
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rítmica – notas correspondentes devem ocupar posições
ritmicamente similares em relação à linha principal enfatizada.
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II. desenvolvimento (inter-relação): que inclui todas as
mudanças que claramente derivam do material precedente, como variações,
mutações, sequências ou outras formas menos exatas de paralelismo e as técnicas
de cantus-firmus de aumentação, diminuição, inversão e retrogrado: a a1 a2...
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entre ação e descanso com fortes implicações na estrutura rítmica (LARUE, 1992,
p.85).
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Aula 21_Guia de estilo 3
Ritmo:
Linhas do ritmo
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elementos (ressignificação). Para isto, torna-se necessário reorganizar o leque de
impressões rítmicas em uma das três linhas de ação (LARUE, 1992, p.90-92):
107
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2.Repouso2. No extremo oposto do espectro, é uma condição de
relativa estabilidade ou repouso obviamente resultado de baixos níveis de atividade
rítmica.
Tipologia rítmica
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Identificamos o espectro total e a extensão dos tempos e métricas do Op.
199;
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reforços que recebem do relevo rítmico e suas interações. Possibilidade de texturas
poliritmicas e poliméricas, assim como dissonâncias rítmicas como sincopas, se a
estrutura do continuum permitir (LARUE, 1992, p.114). As contribuições do ritmo
para forma musical foram avaliadas conforme:
Operação do continuum.
__________
¹Alguns termos traduzidos para o português merecem atenção. “Fenômeno linear”
tem como origem layered phenomenon. E “Ênfase” foi nossa opção para stress.
² No original lull que tem como tradução calmaria, bonança (MICHAELIS, 20)
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Aula 22_Experimentos com textura
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instável em direção ao ponto culminante grave e posterior resolução. A primeira
frase afasta e a segunda aproxima do centro tonal.
- 2 vocalizações
- 4a e 5a estrofes repetidas.
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letra da canção, em que mandaram arrancar a estrada de ferro.
Nessa versão, possivelmente devido ao fato da canção ter feito parte de uma
peça teatral, a versão é bastante curta em tempo (somente as 5 estrofes sem
repetições) e, também, simples (violão e voz). O objetivo aqui foi “contar a história”.
A cada repetição, percebemos como as vozes femininas são acrescentadas com a
finalidade de adensar a textura desde melodia acompanhada até homofonia (em que
vozes diferentes estão articuladas ao mesmo tempo).
O fato que aqui queremos destacar é como essa versão explora o caráter
sustentado e profundo apresentado na Parte A, da versão de Milton.
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-
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O grupo vocal masculino, The Wiffenpoofs, no álbum The Best
WiffenpoofsEver, realiza uma espetacular versão a capella à
moda Barbershopsinging.
- Uma versão que merece destaque por encontrar uma nova possibilidade
sonora para a melodia foi composta por André Mehmari& Celio Barros, no álbum
Prêmio Visa.
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Aula 23_Preparação para exercício em diferentes texturas
Elementos constituintes:
- Som:
1.Homofônica:
• Homorítmica/Acordal;
• Melodia acompanhada;
• Polifônica:
• Imitativa;
• Polarização.
• Harmonia
• Cor:
2.Acordes maiores/menores
3.Intervalos
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4.Posições abertas/fechadas
5.Consonância/dissonância
6.Escuro/Claro (bemóis/sustenido)
1. Tensão
1. Tipos de Tensão/Relaxamento e seus respectivos graus de contraste
2. Estabilidade/instabilidade
3. No tempo: ritmo de mudança de acordes/ritmo mudança de
tonalidades
2. Contrastes:
1. Colorístico/Tensional
2. Acordal/Contrapontístico
3. Dissonante/Consonante
4. Ativo/Estável
5. Uniforme/Variável
6. Maior/Menor
7. Diatônico/Cromático
3. Organizações gerais:
1. Tonalidade Linear
2. Tonalidade Migrante
3. Tonalidade bifocal
4. Tonalidade
5. Harmonia expandida (neomodalismo, cromatismo, bi ou politonalidade
6. Atonalidade
4. Melodia
5. Contorno melódico
6. Função rítmica
7. Referencial harmônico
8. Ao identificar as características de qualquer melodia, podemos traçar os
elementos supracitados para nos ajudar a encontrar complementariedades ou
reforços.
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Aula 24_(Re)arranjar uma melodia
2) Função rítmica:
a. Motivo 1 - Tético
b.Motivo 2 - Anacruze
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A polifonia poderia ser mais movimentada e complexa, a depender da função
e da dificuldade. Nesse caso, o arranjador escreve de acordo com alguns
parâmetros, por exemplo: Quem vai escutar? Quero dar um caráter de ninar à
melodia ou posso afastar-me dessa ideia? Quem vai tocar é iniciante ou avançado?
Nesse sentido, um exemplo de polifonia mais complexa para fechar nossos
três exemplos seria:
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Áudio da Aula 24 (O mesmo encontra-se no Ambiente Virtual de
Aprendizagem)
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Aula 25_(Re)arranjar uma melodia - parte 2
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Algumas vezes, não há necessidade de compor estritamente paralelo
(exemplo 1) ou oblíquo (exemplo 2). No exemplo a seguir, mantivemos a homoritmia
mas com maior movimentação do baixo:
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Áudio da Aula_ 25
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Aula 26_(Re)arranjar uma melodia - final
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A partir deste exemplo, começamos a criar uma profundidade em nosso
arranjo. Com 3 elementos ou mais, aumenta-se o risco de perder a clareza entre as
diferentes partes.
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Agora compare com o Áudio: Dorme, dorme - ver.4, que omite a voz do baixo.
Nesse caso, a segunda voz é muito mais clara.
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Áudio da Aula_26
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Aula 27_Contraponto - Interação entre sons e constituição de uma
textura sonora
Exemplos:
Melodia acompanhada: uma canção popular para voz e violão solo
percebemos como ocorre tal relação: a voz realiza uma melodia que se
destaca de seu suporte harmônico; por sua vez, o violão mistura funções
harmônicas e rítmicas, a sequencia de acordes e a “levada” em questão.
Duas melodias acompanhadas: no choro, um instrumento como a flauta
transversal realiza a melodia principal, em uma tessitura mais aguda do que
todos os outros instrumentos. O violão 7 cordas (ou algum outro instrumento
grave) assume uma função também melódica, mas na tessitura mais grave.
Esse diálogo é acompanhado pelo ritmo e harmonia dos demais instrumentos.
Polifonia: em um madrigal renascentista, diferentes melodias, cada qual com
suas próprias características, formam uma textura interdependente. Nela as
consonâncias e dissonâncias harmônicas são resultantes da interação entre
melodias de igual importância.
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-‐se Gradusad Parnassum(1725).A seguir, vejamos a definição do termo contraponto,
pela Enciclopédia Columbia Eletronic(2016):
131
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a ) Movimento Paralelo (e MovimentoDireto)
1. Movimento Contrário
No Movimento Contrário as duas vozes realizam movimentos para se juntar ou se
separar. Não faz diferença caso cada voz atinja sua nota por saltos ou graus
conjuntos--‐sempre será movimento contrário
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Aula 27 --‐5
Ao Centro MCD.wav
Aula 27 --‐6
À Fora MCF.wav
3. Movimento Oblíquo
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Voz superior
permanece. Voz inferior Aula 27 --‐10 MOID.wav
descendente.
REFERÊNCIA
Counterpoint. Columbia Electronic Encyclopedia, 6th Edition. 1, Apr. 2016. ISSN:
9780787650155.
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Aula 28_Movimentação Parte II e Introdução às características
intervalares
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Um cuidado importante, apontado por Fux, na realização dos movimentos
contrários está em evitar 8a e uníssonos em que a voz superior realiza um salto
descendente enquanto a voz inferior sobe em grau conjunto:
136
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manter os aspectos acadêmicos, é importante se familiarizar com todas as diretrizes
descritas e evitar ao máximo qualquer erro de movimentação ou de relação
intervalar.
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Aula 29_Noções de Contraponto Tonal - Parte I
138
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Outra dica importante, segundo Tragtenberg (1994, p. 25) é não arpejar notas
que formam um acorde, pois a melodia acaba assumindo um caráter de
acompanhamento.
1ª ESPÉCIE
Na 1ª espécie, para cada som do cantus firmus se adiciona um som
consonante na linha a ser descrita. Essa é a forma básica do ponto contra ponto, ou
seja, nota contra nota.
- Deve-se utilizar somente consonâncias perfeitas (uníssono, quintas e
oitavas) e imperfeitas (terças e sextas);
- A distância entre as vozes não deve ultrapassar uma décima;
- Deve-se iniciar o contraponto com uma consonância perfeita; no final pode
ser usado apenas o intervalo de uníssono ou oitava.
- Deve-se evitar a repetição contínua do mesmo intervalo entre as vozes.
- Deve-se evitar quintas e oitavas ocultas.
Nos seus exercícios de contraponto, Tragtenberg utiliza para a voz tenor a
clave de sol 8ª abaixo, específica para esta voz:
139
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Para a facilidade de escrita dos nossos exercícios, optamos em mostrar os
exemplos musicais sempre utilizando uma clave de sol e uma clave de fá, ou duas
claves de sol:
2ª ESPÉCIE
Para cada som do cantus firmus, adicionamos dois sons na voz superior ou
inferior.
Nos tempos fortes só podem ser utilizados sons consonantes. Nos tempos
fracos, sons consonantes e dissonantes. No compasso binário, o 1º tempo é forte e
o 2º é fraco; no compasso ternário o 1º tempo é forte e o 2º e 3º tempos são fracos;
no compasso quaternário o 1º tempo é forte, o 3º tempo é meio-forte e o 2º e 4º
tempos são fracos.
A dissonância pode aparecer como nota de passagem entre dois sons
consonantes:
140
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REFERÊNCIAS
TRAGTENBERG, Lívio. Contraponto: Uma Arte de Compor. São Paulo: Edusp,
1994.
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Aula 30_Noções de Contraponto Tonal - Parte II
3ª ESPÉCIE
Para cada som do cantus firmus, adicionamos quatro sons na voz superior ou
inferior.
As consonâncias podem ser usadas nos tempos fortes e fracos do compasso.
As dissonâncias podem ser usadas apenas nos tempos fracos. O 2º e 4º
tempos são fracos no compasso quaternário e o 2º e 3º tempos são fracos no
compasso ternário.
Na 3ª espécie, além do recurso da nota de passagem para introduzir a
dissonância, contamos com outro recurso melódico, denominado cambiata.
A cambiata ascendente obedece a sequência de saltos: 2ª-3ª-2ª-2ª de forma
que o último som resulte uma 2ª acima do primeiro som da fórmula:
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4ª ESPÉCIE
Na 4ª espécie, para cada som do cantus firmus é contraposto um som
sincopado da mesma duração. Esse som começa no tempo fraco do compasso e se
prolonga até o tempo forte do compasso seguinte.
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5ª ESPÉCIE
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A 5ª espécie é uma combinação das espécies anteriores e podem ser usadas
semibreves, mínimas, semínimas e colcheias. Na 5ª espécie o ritmo desenvolve um
papel fundamental. Segundo Tragtenberg (1994, p.58) “a forma correta de organizar
o ritmo é aquela em que os sons de menor duração vem depois dos sons mais
longos”. Isto é importante para que a variedade rítmica se combine com a métrica
melódica, para uma melhor fluência no decorrer da composição.
Além dos recursos utilizados nas espécies anteriores, podemos utilizar a
mínima pontuada. A mínima pontuada pode ser usada quando iniciada no tempo
forte e seguida por semínimas:
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REFERÊNCIAS
TRAGTENBERG, Lívio. Contraponto: Uma Arte de Compor. São Paulo: Edusp,
1994.
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Aula 31_Instrumentação do Arranjo
CLASSIFICAÇÃO
De maneira geral, consideramos os naipes dos instrumentos de orquestra
como:
- Cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo e harpa);
- Madeiras (flautim, flauta, clarinete, oboé, corne inglês, fagote e contra
fagote);
- Metais (trompa, trompete, trombone e tuba);
- Percussão (tímpanos, tambor, bombo, pratos, pandeiro, xilofone, triângulo,
castanholas, entre muitos outros).
Alguns outros instrumentos, que não fazem parte tradicionalmente dos
instrumentos de orquestra, recebem outra classificação, como o piano, que pode ser
considerado um instrumento de corda percutida e o violão, que pode ser
considerado como instrumento de corda dedilhada.
Podemos ainda classificar alguns Instrumentos como mecânicos (pianola e
caixa de música) ou eletroeletrônicos (guitarra e sintetizadores).
Carlos Almada (2000, p. 24) sugere uma classificação segundo a
funcionalidade dos instrumentos, elencando duas possibilidades:
1- A função inerente ao instrumento:
- Melódico (flauta, violino, trompete etc.)
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- Harmônico (piano, violão, acordeão etc.)
- Rítmico (bongô, pandeiro etc.)
TESSITURA
Tessitura se refere ao âmbito intervalar de uma melodia ou extensão vocal.
Pode-se falar em tessitura aguda ou grave, ou tessitura de uma 6ª Maior ou tessitura
de soprano.
Nas tabelas abaixo, apresentamos as tessituras dos instrumentos de acordo
com as famílias das madeiras, metais, cordas e percussão, segundo o livro de
Almada (2000, p. 372-73). Na coluna á esquerda, consta a tessitura dos sons “reais”
dos instrumentos; na coluna à direita, consta os sons “escritos” na partitura dos
instrumentos transpositores. Esta diferença entre os sons “reais” e “escritos” na
partitura será explicado na aula seguinte, sobre Instrumentos Transpositores.
Madeiras
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Metais
Cordas
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Percussão
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possibilidades devem ser conhecidas pelo arranjador para a elaboração correta de
um arranjo.
Alguns dos recursos e efeitos dos instrumentos de CORDAS, por exemplo,
podem incluir:
a- Direções do Arco – os movimentos de arco “para cima” ou “para baixo” podem
ser incluídos na notação musical.
b- Pizzicato – ato de atacar as cordas com o dedo (ou com os dedos), ao invés
do arco.
c- Portamento – técnica específica para a ligação expressiva entre notas de
posicionamento diferentes, que pode ser acompanhada por um breve vibrato,
auxiliando na afinação.
d- Surdina – É uma pequena peça em formato de M, encaixada no cavalete,
amortecendo suas vibrações e abafando harmônicos das notas tocadas, o
que resulta numa sonoridade pálida e fria, um timbre bem diferente do
normal. Este recurso é muito usado em acompanhamentos que tencionem
destacar o instrumento solista, pois acarreta uma queda da intensidade
sonora do naipe de cordas.
e- Cordas duplas, triplas ou quádruplas – devido ao fato de ser curvo o braço
desses instrumentos, é possível, aumentando-se a pressão do arco, , tocar
em mais de uma corda simultaneamente, formando intervalos ou acordes.
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Os principais efeitos e recursos dos METAIS são:
a. Glissandos – no trompete e na trompa, os Glissandos são obtidos em uma
determinada posição fixa. Por meio de alterações na embocadura, o músico
faz com que os harmônicos da série se sucedam rapidamente, simulando um
glissando diatônico real.
b. Surdinas – este recurso pode exercer duas funções distintas: diminuir a
intensidade sonora ou alterar o timbre do instrumento; este último é causado
pelo abafamento de certos harmônicos mais brilhantes da série.
c. Portamento – efeito característico do trombone, devido à vara, que desliza
entre duas notas não cromaticamente, mas por todas as comas existentes.
d. Cuivre - termo em francês usado para designar um efeito bem característico
da trompa: ao se soprar fortemente o instrumento, de modo a fazer seu metal
vibrar, o resultado é um timbre metálico, tenso e ressonante, bastante
diferente do normal.
e. Trinados e Frulatos – assim como nas madeiras, os metais também podem
executar estes dois recursos.
151
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DE SANTOS REFERÊNCIAS
ALMADA, Carlos. Arranjo. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2000.
HENRIQUE, Luís. Instrumentos Musicais. 2ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994.
152
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Aula 32_Instrumentos Transpositores
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parte uma 2ª Maior acima do que deseja ouvir: para que ele toque a nota Sol como
som real, terá que escrever a nota Lá. Do mesmo modo, a trompa transpõe à 5ª
Justa inferior, ou seja, ao ler a nota Dó, ouve-se Fá: assim, para que ela emita o som
real Dó3, terá que ser escrita a nota Sol3, uma 5ª Justa acima.
Há um caso particular de instrumentos transpositores: aqueles que transpõem
à oitava, no qual a nota que se ouve é igual a nota que se lê, mas à oitava inferior ou
superior desta. É o caso do flautim (que soa uma oitava acima das notas escritas) e
do contrafagote (que soa uma oitava abaixo). Nestes dois casos (como também
acontece no contrabaixo), como os sons produzidos são muito agudos ou muito
graves, evita-se assim o uso constante de linhas suplementares na partitura.
Na tabela da aula anterior que continha a tessitura dos instrumentos, já
constavam o som real e o som escrito dos instrumentos transpositores: a coluna à
esquerda contém o som “real” das madeiras e metais e a coluna á direita contém o
som “escrito” na partitura.
Para compreendermos melhor, vamos ver um exemplo prático de uma
partitura orquestral do 3º movimento da 5ª Sinfonia de L. V. Beethoven, na
tonalidade de Dó menor:
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Na parte do Clarinete em Si b, temos as seguintes notas, nos compassos 7 e
8:
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Ao escrever uma nota Dó na partitura da trompa em Fá, esta nota soa um Fá,
ou seja, uma 5ª Justa abaixo; para descobrir o som real da partitura, devo considerar
o trecho uma 5ª Justa abaixo. Então o som real deste trecho é:
156
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Ao consultar outras partituras para orquestra ou banda, lembre-se que estes
instrumentos geralmente não estão com as notas reais indicadas na partitura, então
procure realizar a correta transposição do trecho.
REFERÊNCIAS
ALMADA, Carlos. Arranjo. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2000.
HENRIQUE, Luís. Instrumentos Musicais. 2ª Ed. Lisboa: Fundação Calouste
Gulbenkian, 1994.
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