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UEAP

Curso de Licenciatura em Música

o
eir
rd
Co
Apostila da disciplina
Arranjo Musical
l
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an

Professor: Emanuel Lima Cordeiro


Em

Macapá
2022
Sumário

I ELABORAÇÃO DO ARRANJO 3

1 PLANEJAMENTO E ELABORAÇÃO DO ARRANJO . . . . . . . . 4

o
1.1 Contextualização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Adaptação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

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2 TEXTURAS E NÍVEIS DE IMPORTÂNCIA NO ARRANJO . . . . 5
2.1 Textura monofônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2.2 Textura polifônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

rd
2.3 Textura homofônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

3 DIVISÃO DAS FUNÇÕES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .


Co 7

II ESCRITA PARA INSTRUMENTOS BASE 8

4 ESCRITA PARA BATERIA/PERCUSSÃO . . . . . . . . . . . . . . 10


4.1 Bumbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
4.2 Caixa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
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4.3 Pratos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
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4.4 Chimbal ou contratempo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11


4.5 Tons . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4.6 Demais instrumentos de percussão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
an

5 ESCREVENDO PARA CONTRABAIXO . . . . . . . . . . . . . . . . 14

6 ESCREVENDO PARA PIANO/TECLADO . . . . . . . . . . . . . . 15


Em

7 ESCREVENDO PARA VIOLÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16


7.1 Acordes completos no violão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
7.2 Dedilhados com 4 cordas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

8 ARRANJOS COM INSTRUMENTOS BASE . . . . . . . . . . . . . 21

9 ARRANJO PARA INSTRUMENTOS DIVERSOS . . . . . . . . . . 22

10 ESCRITA PARA GRANDES GRUPOS . . . . . . . . . . . . . . . . 29

BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
UEAP Arranjo Musical 2

Introdução
Arranjo é a forma de organização das vozes e instrumentos em uma música.
Para a criação dos arranjo, utilizaremos a partitura de uma melodia com cifras e
passaremos para a instrumentação escrita.
Embora não seja obrigatório o uso de partitura para a criação de um arranjo, essa

o
é a maneira mais adequada para a visualização e controle dos elementos musicais de forma
didática.

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Em
o
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Parte I
Co
Elaboração do arranjo
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Em
4

1 Planejamento e elaboração do arranjo

1.1 Contextualização

o
Podemos planejar o arranjo antes de começar a escrever para obtermos uma
perspectiva melhor e otimizarmos o tempo de elaboração do mesmo.

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• Qual é a música e para qual situação será desenvolvido o arranjo?

• Para quem será o arranjo: escolha da formação instrumental ou vocal (disponível

rd
ou necessário) para o arranjo e nível de dificuldade de execução (iniciante, médio,
avançado).

• Escolha do estilo musical (se houver) para o arranjo: encontrar referências musicais
Co
sobre o estilo em partitura e áudio (ou transcrever trechos musicais), identificando
os elementos característicos daquele estilo.

• Qual material será utilizado como ponto de partida para a construção do arranjo?
partitura, gravação, cifra, letra, ou outro.

• Análise básica da música: Caráter, tonalidade, forma e andamento


l
ue

• Qual será o tempo total para criação e execução do arranjo?

1.2 Adaptação
an

Adaptação de acordo com as possibilidades e dificuldades da instrumentação


disponível.
Em

• Será realizada mudança de tonalidade e alterações de oitava na melodia?

• Serão incluídas (ou retiradas) partes da música referência no arranjo? introdução,


pontes, solo ou improviso e finalizações (coda)

• Adaptar a rítmica para os instrumentos disponíveis dentro do estilo selecionado

• Adaptação harmônica com os instrumentos disponíveis


5

2 Texturas e níveis de importância no arranjo

Para a organização de um arranjo, devemos elaborar o que deve ter maior destaque,
aparecendo como principal (geralmente a melodia) e o que deve ter menor destaque,

o
aparecendo como secundário, subordinado, que geralmente é o acompanhamento.
Podemos utilizar diferentes texturas como elementos de organização dentro de um

eir
arranjo.

2.1 Textura monofônica

rd
A textura monofônica pode ser utilizada em algumas situações durante um trecho
musical ou em algumas partes da música, principalmente em momentos onde não há
acordes ou temos somente um instrumento musical melódico disponível.
Co
A Textura monofônica pode ser utilizada com delicadeza quando um instrumento
solo toca a melodia sem acompanhamento ou com força quando um grupo ou todos os
instrumentos tocam a mesma melodia (tutti orquestral).

2.2 Textura polifônica


l
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A textura polifônica pode ser utilizada principalmente quando se tem dois instru-
mentos melódicos (duas vozes) disponíveis para o arranjo, onde um instrumento toca a
melodia principal e o outro um contraponto ou contracanto.
an

A voz criada pode ter a função de baixo, caso seja mais grave que a melodia.
Ou pode ser criado um contraponto ou contracanto (acima ou abaixo) complementando
ou dialogando com a melodia. O ideal é que o contraponto ou contracanto destaque a
harmonia, utilizando notas do acorde que complementem notas da melodia e também
Em

notas fora do acorde como notas de passagem.


O contraponto ou contracanto pode e deve ser combinadas simultaneamente com a
textura homofônica.

2.3 Textura homofônica


A textura mais comumente utilizada na música popular é a homofônica com a
melodia acompanhada por um instrumento harmônico, que ou toca as notas de maneira
simultânea ou arpejada, dependendo do estilo. Ao escrever acompanhamento para este
UEAP Arranjo Musical 6

tipo, devemos conhecer sobre as possibilidades do instrumento, dando preferência para o


manter as notas próximas para facilitar a execução.
Outra textura homofônica que pode ser utilizada é à maneira coral, onde pode
ser aplicado os princípios da harmonia em bloco ou até da harmonia tradicional. O mais
comum tipo de utilização é com o uso de um coral, ou um agrupamento de instrumentos
melódicos ou ainda um instrumento harmônico tocando solo e se acompanhando.

o
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Em
7

3 Divisão das funções

Ao elaborarmos o arranjo musical devemos considerar a instrumentação que será


utilizada e a maneira de distribuir a melodia, harmonia e a parte rítmica no arranjo. A

o
utilização de contrastes e variação entre partes tornam o arranjo mais interessante, dentre
eles: mudança de timbres, harmonias, dinâmicas, andamentos, etc...

eir
Quanto a melodia, quando tivermos mais de um instrumento melódico, torna-se
mais interessante alternar entre os timbres e funções entre primeiro plano (melodia) e
segundo plano (acompanhamento), criando variedades de timbres. Essa alternância deve
considerar as características e possibilidades do instrumento relacionada com o caráter da

rd
melodia. Também pode ser utilizado timbres combinados com dois ou mais instrumentos
tocando a melodia em intervalos uníssono, oitava, terças ou sextas.
Podemos deixar a harmonia em um único instrumento harmônico (violão, guitarra
Co
ou piano), ou a harmonia pode ser distribuída entre instrumentos melódicos, principalmente
de mesma família ou grupo de instrumentos, ou os instrumentos melódicos podem reforçar
notas importantes.
A parte rítmica pode ser adaptada para os instrumentos tentando simular a ideia
da percussão, quando esta não estiver presente.
l
Ao escrever para instrumentos ou vozes, devemos considerar as características e
ue

possibilidades de cada um deles. Devendo sempre reforçar essas características e prezar


pela execução dentro das possibilidades idiomáticas do instrumento.
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Em
o
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rd
Parte II
Co
Escrita para Instrumentos base
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Em
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Veremos as características de escrita e funcionamento básico de alguns instrumentos


comuns da base rítmica da música popular.

o
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Em
10

4 Escrita para bateria/percussão

A bateria é um instrumento bastante comum na música popular e permite o uso


simultâneo de vários instrumentos percussivos tocados por uma única pessoa, que utiliza

o
tanto as baquetas para tocar geralmente tambores e pratos, quanto os pés para tocar o
bumbo e o chimbal.

eir
Não existe uma convenção absoluta para a notação dos instrumentos de percussão
e sim uma grande variedade1 . É aconselhável escrever uma legenda (ou bula) para informar
o significado da notação. Geralmente os instrumento tocados com os membros superiores
são escritos com haste pra cima e os inferiores com haste pra baixo.

rd
Os principais instrumentos ou partes da bateria são:

4.1 Bumbo
Co
O bumbo é tocado com os pés através do pedal, tem som grave e é comumente
tocado junto com o contrabaixo. O bumbo é geralmente escrito com haste pra baixo.

M ˇ
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Em

4.2 Caixa
A caixa é tocada com a baqueta e possui o som mais agudo dos tambores, contém
uma esteira que pode ser ativado ou desativada, mudando radicalmente o seu timbre. A
caixa além de ser tocado com as baquetas normais, pode ser tocada com uma baqueta
especial, denominada de vassourinha, que possui um som mais leve e sutil, ideal para
1
Nos basearemos no modelo utilizado no Musescore.
UEAP Arranjo Musical 11

músicas lentas como a bossa nova. Outra possibilidade é de tocar com a baqueta no aro, o
que traz um timbre totalmente diferente
Juntamente com o bumbo e o chimbal (ou o prato de condução) está entre os
instrumentos mais utilizados nas conduções.

M ˇ o

o
normal aro

eir
rd
4.3 Pratos
Co
Na bateria, também são utilizados pratos suspensos, alguns com função de condução
e outros com função de ataque ou corte, que são mais espalhafatosos.
o o
M o
l
ue

conducao ataque
an
Em

4.4 Chimbal ou contratempo


O chimbal é composto por dois pratos que podem se juntar ou se afastar controlados
por um pedal. Comumente são tocados por baquetas, tanto com os pratos juntos (fechado)
ou separados (aberto).
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o o
M o
fechado aberto pedal

o
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Co
4.5 Tons
l
Tons são tambores utilizados geralmente para as viradas ou ainda para dar um
ue

colorido diferente para algumas levadas. A bateria contém um tom mais grave que é
chamado de surdo.
ˇ ˇ
M ˇ
an

agudo medio surdo


Em
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o
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4.6 Demais instrumentos de percussão
Os instrumentos de alturas indefinidas geralmente são escritos em uma linha para
cada timbre (ou instrumento), no caso de haver apenas 1, é possível escrever em uma

rd
pauta com 1 linha. Os instrumentos com alturas definidas se faz necessário conhecer a
tessitura e as possibilidades técnicas disponíveis em alguns casos.
Co
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Em
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5 Escrevendo para contrabaixo

O contrabaixo, assim como o violão e a guitarra, soam uma oitava abaixo do escrito.
O contrabaixo geralmente tem 4 cordas (EADG)

o
I ¯ ¯
¯ ¯

eir
Sendo que também é comum o uso de contrabaixos de 5 cordas, onde se adiciona
uma corda mais grave, ou 6 cordas.

rd
I ¯ ¯
¯ ¯
¯
Co
Embora seja possível tocar mais de uma nota simultaneamente, o mais comum é
a utilização de uma nota por vez, com levadas melódicas que geralmente caracterizam
a harmonia ao tocar a nota mais grave do acorde nos tempos principais, podendo ser
adicionada a 5a , ou mesmo o arpejo do acorde e ainda notas de passagem.
Quanto a parte rítmica, é comum o contrabaixo tocar junto com o bumbo da
l
bateria.
ue

Existe uma forma de tocar contrabaixo com sonoridade mais percussiva chamada
Slap. O Slap tem dois tipos principais de ataque: Thumb (T) é o polegar percutido sobre
a corda. Pop (P) é quando algum dos outros dedos puxa a corda, quando ela volta ela
an

bate no braço do instrumento trazendo um som estalado.


Em
15

6 Escrevendo para piano/Teclado

O piano é o instrumento que contém maior extensão dentre os mais empregados.


O piano utiliza duas claves, uma para cada mão. Para o maior conforto de tocabili-

o
dade, devemos imaginar uma distância de 8a ou 9a para cada mão, sendo que é possível
até 10a em alguns casos. Também devemos considerar que cada mão dispõe de 5 dedos

eir
para tocar, sendo comum o uso de 3 ou 4 notas para cada mão, sendo que quanto mais
notas simultâneas, mais tempo se leva para trocar de posição.
Existem diversas possibilidades de tocar a harmonia no piano. Caso o piano esteja

rd
tocando a melodia com a mão direita, é possível colocar a harmonia a 3 ou 4 vozes (posição
fechada) na mão esquerda. Outra possibilidade é colocar o baixo na mão esquerda e o
acorde com a mão direita (3 ou 4 vozes na posição fechada). Fazer qualquer disposição
dividindo os acordes entre as duas mãos. Também é bastante comum utilizar arpejos no
piano.
Co
A repetição de notas no piano deve ser usada com moderação, por não ser tão
idiomático para o instrumento.
l
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an
Em
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7 Escrevendo para violão

As cordas do violão e da guitarra1 são afinadas (a maioria) em intervalos quartas


E, A, D, G, B e E do grave para o agudo. O violão contém casas que seguem a escala

o
cromática para cada corda.
¯

eir
G ¯ ¯
¯
¯ ¯

rd
l Co
ue

7.1 Acordes completos no violão


an

Para escrever acordes para o violão, iniciaremos com acordes completos, que são
utilizados para levadas com "batida", comuns em rock, pop, reggae, funk, blues, carimbó,
forró, brega, sertanejo, etc...
Em

O violão possui 3 modelos de acordes básicos que servem de referência para a


formação da grande maioria dos acordes: E, A e D. Sendo que os acordes baseados em E
podem usar as 6 notas simultâneas, o de A 5 cordas e o de D 4 cordas. Os intervalos da
posição de D serão 5, 4, 3. Da posição de A será 5, 4, 3, 3. Da posição de E serão 5, 4, 3,
3, 4.
D A
4 ˘˘ 4 ˘˘ ˘ E
G ˘˘ ˘˘ 4 ˘˘˘
˘ ˘˘
1
Devido as semelhanças de afinação dos instrumentos, as informações servem para os dois instrumentos
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o
eir
rd
Os acordes menores permanecem os mesmos, apenas com alterações da terça.
Co
Em Am Dm
˘˘ ˘˘˘ ˘˘
G ˘˘ ˘˘ ˘˘
˘˘
l
ue
an
Em

Esses 3 acordes utilizam cordas soltas no baixo, sendo que ao subir uma casa no
violão, teremos os acordes um semitom acima. Podemos transpor esses acordes até em
média 10 semitons ascendentes (nunca descendentes) a partir de para cada posição (D, A,
E).
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Eb Bb F
22 ˘˘˘ 2 ˘˘˘˘ ˘˘
G2 ˘ ˘˘
2˘ ˘
˘
Fazendo a transposição, obtemos todos os acordes maiores e menores da escala
cromática (alguns até mais de uma vez) somente com os acordes de cordas solta e

o
transpostos até 4 semitons acima. Para os menores, basta descer a terça um semitom em
relação ao maior.

eir
E F F# G Ab ˘˘ ˘˘
˘˘ ˘˘ 44 ˘˘ ˘˘ ˘˘
G 4 ˘˘ ˘˘ 44 ˘˘˘
˘ 4 ˘˘ ˘˘
˘˘ ˘ 4 ˘
A
˘4 ˘˘ Bb2 ˘˘˘ B44 ˘˘˘ C
˘˘˘ Db
˘˘˘

rd
G ˘ ˘ 4 ˘ ˘˘ ˘˘
˘ 2˘ ˘
D
4 ˘˘ Eb22 ˘˘˘ E4 ˘˘˘ F ˘˘ Gb
˘˘˘
G ˘˘ 2 ˘
Co ˘˘ ˘
˘
Os acordes com sétima (7, m7, 7M) também seguem o mesmo princípio. Sendo que
terão a seguinte sequência intervalar: E (5, 3, 4, 3, 4), A (5, 3, 4, 3), D (5, 3, 4)
D7
E7 A7
l
˘˘ 4 ˘˘ 4 ˘˘˘
ue

G 4 ˘˘ ˘˘ ˘
˘˘ ˘
Dm7
Em7 Am7
˘˘ ˘˘ ˘˘˘
an

G ˘˘ ˘˘ ˘
˘ ˘
˘
D7M
E7M˘ A7M˘ 4 ˘˘
˘ 4 ˘ 4
Em

G 44 ˘˘ 4 ˘˘ ˘˘
˘ ˘
˘
7.2 Dedilhados com 4 cordas
O violonista usa geralmente 4 dedos para fazer dedilhados na mão direita, portanto
é comum tocar 4 notas em dedilhados e outra levadas (bossa, samba, jazz, choro, baião,
etc..).
Geralmente se escreve o baixo do violão (tocado com o polegar) com haste para
baixo.
UEAP Arranjo Musical 19

Os acordes baseados no modelo de D possuem 4 notas e já funcionam perfeitamente


adequados dentro desse modelo.
Os acordes baseados no modelo de Lá, mantém o baixo e escolhe-se as três notas
mais agudas, tirando a segunda mais grave (8, 3, 3 para tríades e 7, 4, 3 para tétrade)
ou as três intermediárias2 tirando a nota mais aguda (5, 4, 3 para tríades e 5, 3, 4 para
tétrades).

o
4 ˘ ˘ 4 ˘˘˘
G ˘

eir
˘ ˘
Os acordes baseados no modelo de E, geralmente se usa o baixo voz mais grave,
retirando a segunda mais grave e a mais aguda.

rd
G 4 ˘˘˘
˘
Co
Somente entre tríades, pode-se usar também as três mais agudas ou até somente
as 4 mais agudas (3, 3, 4).
˘ ˘
G 4 ˘˘ 4 ˘˘˘
˘
l
As tétrades diminutas e meio-diminuta possuem peculiaridades, pois são utilizadas
ue

somente com o modelo de 4 notas. Em alguns casos (abaixo), o acorde mais grave disponível
não são E e A

G 44 ˘˘˘ 2 ˘˘˘ 4 ˘˘˘ 2 ˘˘˘


an

4˘ ˘ 4˘ ˘

G 4 ˘˘˘ 4 ˘˘˘ 4 ˘˘˘ 22 ˘˘˘


Em

4˘ 4˘ 4˘ ˘
Tabela 1 – Tríades Maiores e menores completas

D A E
543 5433 54334

2
Uma das maneiras mais fáceis para tomar essa decisão depende do acorde que vem antes ou depois, se
vier de um acorde baseado em D, é melhor escolher as três notas mais agudas,
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Tabela 2 – Tétrades 7, m7, 7M completas

D A E
534 5343 53434

Tabela 3 – Tríades Maiores e menores com 4 notas

o
D A E
543 543 ou 833 543, 833, 3(10)34

eir
Tabela 4 – Tétrades 7, m7, 7M, com 4 notas

rd
D A E
534 534 ou 743 743
l Co
ue
an
Em
21

8 Arranjos com instrumentos base

Para o arranjo com instrumentos base, é importante atentar para as funções comuns
de cada instrumento: A percussão e bateria tem função rítmica e marcação do tempo.

o
O contrabaixo une o ritmo com a harmonia através da sua linha melódica (é bastante
comum o baixo tocar junto com o bumbo da bateria). O piano e o violão tem função

eir
principalmente harmônica, mas também rítmica e até melódica em algumas situações.
É preciso tomar cuidado nos arranjos com instrumentos harmônicos tocando notas
na mesma região de altura, pois pode ocorrer choques. Uma possível solução é deixar
somente um desses instrumentos com aquela função específica ou naquela mesma região.

rd
Ex: o piano toca acordes longos enquanto o violão ou guitarra tocam um elemento mais
rítmico ou melódico. Co
l
ue
an
Em
22

9 Arranjo para instrumentos diversos

Para escrever arranjo para instrumentos melódicos devemos conhecer a tessitura


de cada instrumento e a sonoridade de cada região, bem como dificuldades específicas de

o
cada instrumento.
Em geral, os instrumentos de sopro tem dificuldades de tocar nos extremos de suas

eir
tessituras (notas mais graves e notas mais agudas), os instrumentos de cordas apresentam
dificuldades para tocar nas regiões mais agudas, mas não nas mais graves.
Temos a tessitura de alguns instrumentos em <http://musica.ufma.br/bordini/

rd
orq/tabela/tessitura.html>
l Co
ue
an
Em
Tessitura dos Instrumentos

Madeiras

o
eir
rd
l Co
ue
an
Em

Metais

Trompa

o
Trompete

eir
rd
Co
Trombone
l
ue
an

Trombone Baixo
Em
Tuba

o
eir
Percussão
Idiofones
Instrumentos de altura definida: tocados com baquetas
Xilofone (soa oitava acima)

rd
Co
Marimba (som real)
l
ue

Vibrafone (som real)


an

Glockenspiel (soa duas oitavas acima)


Em

Campanas (tubular bells) (soa 8a. acima)


Crótalos

Serrote musical (sega cantante)

o
eir
Almglocken (soa 8a. acima)

rd
Anvil (bigorna) (escreve-se a nota mas não a oitava em que soa)
Flexatone
Co
Copos de cristal
Steel drum
l
ue

Observações gerais:

1. 1. vibrafone e crótalos tocados com arco de violoncelo ou contrabaixo


2. 2. "som morto": obtido no xilofone, na marimba, e no vibrafone
an

Instrumentos de altura indefinida: metais


Pratos
1. batidos
1. prolongado
2. abafado
Em

3. raspado
2. suspenso
3. de bateria de jazz
4. perfurado e com rebites
Cymbales antiques (pratos de dedo) (considerado de altura indefinida?) [veja
crotales]
Triângulo
Cowbells
Tam-Tam e outros Gongos
Outros instrumentos disponíveis:
Sleighbells (guizos)
Bell Tree
Brake Drum
Thunder Sheet (Folha de zinco)
Wind Chimes
1. de bambu
2. de vidro
3. de metal
Instrumentos de altura indefinida: madeira
Woodblocks
Temple block
Claves
Castanholas
1. de mão
2. montadas (em pedestal)
3. de concerto
Sand Block (caixa de areia)

o
Maracas
Queixada (jawbone)
Reco-reco (guiro)

eir
Matraca (ratchet, raganella)
Chicote (whip, slapstick)
Log Drum e Slit Drum
Membranofones
Instrumentos de altura definida:

rd
Tímpanos

Co
Roto Toms
l
ue

Instrumentos de altura indefinida:


Snare Drum (caixa-clara)
Tenor Drum (surdo)
an

Field Drum (caixa)


Bass Drum (Gran Cassa) Bombo
Tom-Toms
Timbales
Bongos
Em

Congas
Pandeiro (tambourine, tamburo basco)
Cordofones
Cimbalom
Piano
Cravo
Aerofones
Apitosv
Sirenes
Buzinas
Máquina de vento
Cordas
Violino

Viola

o
eir
Violoncelo

rd
Contrabaixo
l Co
ue
an
Em
29

10 Escrita para grandes grupos

Para escrever para grandes grupos musicais é necessário considerar que normalmente
quanto maior a quantidade de instrumentos maior será a sonoridade, exceto quando forem

o
amplificados ou considerando as características de volume de cada tipo de instrumento. É
comum utilizar o dobramento de instrumentos em uníssono ou oitavas para fortalecer o

eir
som e misturar o timbre. Do mesmo modo também é comum deixar vários instrumentos
em pausa para obter um menor volume (intensidade), tendo o cuidado de evitar em grupos
menos experientes (iniciantes).

rd
l Co
ue
an
Em
30

Bibliografia

ADOLFO, Antonio. Arranjo: um enfoque atual. São Paulo: Irmãos Vitale, 2017.
Google-Books-ID: k3laDwAAQBAJ. ISBN 978-85-7407-481-8. Nenhuma citação no texto.

o
ALMADA, Carlos. Arranjo. São Paulo: Ed. Unicamp, 2006. ISBN 978-85-268-0501-9.
Nenhuma citação no texto.

eir
GUEST, Ian. Arranjo método prático. Rio de Janeiro: Lumiar Editora, 1996. v. 3.
ISBN 85-85426-31-4 978-85-85426-31-6 85-85426-32-2 978-85-85426-32-3 85-85426-33-0
978-85-85426-33-0. Nenhuma citação no texto.

rd
l Co
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