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O Românico

Trabalho realizado por: Rafaela Guerra Nº22 10ºL

Introdução
O Românico é o primeiro estilo artístico internacional da Cristandade
Ocidental, um estilo original com diversas escolas regionais, congregando
elementos romanos, germânicos, bizantinos, islâmicos e armênios.

Contextualização histórica
No início da Idade Média, a Europa Ocidental fortaleceu-se e definiu uma
civilização muito própria, numa época de grandes transformações
motivadas por três fatores: a estabilização dos povos Bárbaros, a sua
admissão e miscigenação nas comunidades cristãs, possíveis devido à
diminuição das incursões guerreiras e a fixação dos Húngaros na região
Leste da Alemanha;
A renovação material, proporcionada pelo renascimento do comércio e do
artesanato, do uso da moeda, e pelo desenvolvimento da agricultura para
responder às necessidades de uma população em crescimento, refletiu-se
numa renovação material, cultural e religiosa.
Arquitetura
A arquitetura românica foi o primeiro estilo distinto a se espalhar pela
Europa desde o Império Romano.

Esse gênero arquitetônico teve origem no Império Carolíngio, que foi


responsável tanto pela constituição da sociedade feudal como também pela
expansão do cristianismo pela Europa.

Nesse período, o rei precisava defender suas fronteiras e, para isso,


distribuía terras entre soldados e oficiais de acordo com o grau de lealdade.
Assim, várias regiões se tornaram independentes e deram brechas para
invasões e guerras.

Nesse sistema, o rei e a nobreza faziam alianças constantes para se manter


no poder. Porém, outra esfera dessa pirâmide também exerceu um papel de
domínio: o clero.

De um lado, a nobreza enaltecia as virtudes e as habilidades guerreiras de


seus membros. De outro, os bispos, monges e padres tinham como função
preservar a paz e transmitir tranquilidade para a sociedade. Logo, não é de
espantar que as igrejas sejam os grandes símbolos e exemplos desse estilo.

Nessa época, a peregrinação também era uma constante. Desse modo, o


clero, com o objetivo de propagar a fé e conquistar mais adeptos, se focou
na necessidade de construir templos grandes que simbolizavam o poder de
Deus e que, ao mesmo tempo, fossem grandes o suficiente para receber
multidões.

As principais características da arquitetura românica são:

● a pedra como material predominante;


● torres quadradas, com a central sendo a mais alta;
● pilares e arcos ornamentados e detalhados;
● harmonia e simetria das formas;
● construções que combinavam funcionalidade com luxo;
● paredes sólidas e resistentes;
● portas estreitas e janelas pequenas;
● uso de abóbadas para substituir os telhados frágeis de madeira;
● alternância de pilares e colunas na decoração;
● interior escuro e luxuoso.
Pintura Românica
Temas bíblicos e religiosos marcam a pintura românica. Geralmente, essas
pinturas adornavam as igrejas e catedrais da época.
Era utilizada a técnica do afresco, em que a pintura era feita sobre uma
parede úmida. Diversos murais, iluminuras e tapeçarias surgem com temas
religiosos. Feitas em cores vivas e fortes, elas preenchiam as paredes dos
templos religiosos.
Isso porque na Idade Média, poucos sabiam ler e escrever e, assim, essas
pinturas serviam de “alfabetização religiosa” para os mais leigos.
Como características principais da pintura desse período, temos a
deformação e o colorismo, a saber:

● Deformação: para transmitir os sentimentos religiosos, as figuras


nem sempre eram produzidas nas proporções certas. Assim, Jesus
poderia ser retratado maior do que as outras personagens para trazer
a noção de magnitude.
● Colorismo: aplicação de cores puras, sem meios-tons e preocupação
com jogos de luz e sombra.

Escultura Românica
Da mesma forma que na pintura românica, as esculturas românicas eram
produzidas para adornar os locais sagrados.
Por isso, a grande temática girava em torno da religiosidade, visto que
nesse período o teocentrismo (Deus como centro do mundo) foi uma forte
característica.
Eram esculturas antinaturalistas e normalmente representadas por figuras
entalhadas nas paredes das igrejas. Alguns relevos também enfeitavam as
fachadas.
Na última fase da arte românica é possível encontrar um estilo mais realista
nas esculturas.

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