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Nascimento de Jesus

O Nascimento de Jesus, chamado também de Natividade, é uma referência aos


relatos do nascimento de Jesus presentes principalmente nos evangelhos de Lucas e
Mateus, mas também em alguns textos apócrifos.
Os evangelhos canônicos de Lucas e Mateus contam que Jesus nasceu em
Belém, na província romana da Judeia de uma mãe ainda virgem. No relato do
Evangelho de Lucas, José e Maria viajaram de Nazaré para Belém para comparecer a
um censo e Jesus nasceu durante a viagem numa simples manjedoura.[1] Anjos o
proclamaram salvador de todas as pessoas e pastores vieram adorá-lo. No relato de
Mateus, astrônomos seguiram uma estrela até Belém para levar presentes a Jesus,
nascido o "rei dos judeus". O rei Herodes ordenou em seguida o massacre de todos os
garotos com menos de dois anos da cidade, mas a família de Jesus conseguiu
escapar para o Egito e, depois que Herodes morreu, voltou para Nazaré.
Muitos acadêmicos defendem que as duas narrativas são não-históricas e
contraditórias.[2][3][4][5] Outros estudiosos cristãos defendem o contrário, ou seja, que não
há contradição alguma e destacam as similaridades entre os relatos. [6] Finalmente, há
os que entendem que a discussão sobre a historicidade dos evangelhos é secundária,
argumentando que eles foram escritos como documentos teológicos e não como
cronologias históricas.[7][8][9][10]
A principal celebração religiosa entre os membros da Igreja Católica e de
diversos outros grupos cristãos é o serviço religioso da Véspera de Natal ou o da
manhã do Dia de Natal. Durante os quarenta dias que levam ao Natal, a Igreja
Ortodoxa pratica o Jejum da Natividade, enquanto que a maioria das congregações
cristãs (incluindo a Igreja Católica, a Comunhão Anglicana, muitas igrejas protestantes
e os batistas) iniciam a observância da temporada litúrgica do Advento quatro
domingos antes do Natal — para todos, o período é de limpeza e renovação espiritual
para a celebração do nascimento de Jesus.
Na teologia cristã, o nascimento é a encarnação de Jesus como segundo Adão,
a realização da vontade de Deus com o objetivo de desfazer o dano provocado pela
queda do primeiro Adão. As representações artísticas da Natividade tem sido um
grande tema para os artistas cristãos desde o século IV. A partir do século XIII, o
presépio enfatiza a humildade de Jesus e promove uma imagem mais terna de Jesus,
um importante ponto de inflexão em relação às mais antigas imagens do Jesus
"Senhor e Mestre", o que acabou por influenciar o ministério pastoral do cristianismo.
Os relatos sobre o casamento de José e Maria e o nascimento de Jesus
aparecem em dois dos quatro evangelhos canônicos, o Evangelho de Lucas e o
Evangelho de Mateus.[14] Lucas relata principalmente os eventos que antecedem ao
nascimento e se concentra em Maria. Mateus, por outro lado, relata principalmente os
eventos posteriores e se concentra em José.[15][16][17] Os dois outros evangelhos
canônicos, o Evangelho de Marcos e o Evangelho de João, começam suas narrativas
sobre a vida de Jesus com ele já adulto e ambos afirmam que ele teria vindo da
Galileia (Marcos 1:9; João 7:41-42; João 7:52). João menciona o nome do pai dele
(João 6:42), mas, fora isto, nenhum dos dois apresenta qualquer detalhe anterior.
Contudo, muitos eventos do relato de Lucas não estão em Mateus — por
exemplo, a viagem de Nazaré para Belém — e outros aparecem apenas em Mateus,
como a Fuga para o Egito.[18][19][20]
Geralmente se considera que o relato da Natividade no Novo Testamento se
encerra com a cena de Jesus entre os doutores, anos depois, já depois de a família ter
retornado para a Galileia.

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