Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Panorama:
Existe um ciclo de festas no evangelho de João que começa no capítulo 5 e se
encerra no capítulo 10. É nessa porção do evangelho em que se acirrará a tensão
entre Jesus e os mestres do seu tempo (Fariseus).
Por fim, não há como deixar de notar o contraste entre o poder de Cristo com a
eficácia do tal santuário. Jesus sem sombra de dúvidas é a verdadeira fonte de
vida a jorrar para todos aqueles que têm sede.
Comentário
V:1 As informações do panorama são o suficiente para compreender este
versículo, com um adendo de que alguns estudiosos especulam que possa ser
a Festa dos Tabernáculos.
V:3 Esse sítio foi mais tarde utilizado como santuário de cura pagão. Pois,
havia o costume de se reutilizar velhos santuários.
V:5 Curiosamente, esse homem já estava mais tempo naquele tanque enfermo
do que a média da duração de vida dos seus conterrâneos. Uma comparação
interessante é com o tempo que o povo passou exilado no deserto após a
saída do Egito (40 anos), esse homem fica quase tanto tempo doente quanto o
tempo que o povo esteve em exílio no deserto.
Veja como João vez após vez contrapõe a ação extramundana de Jesus sobre
elementos físicos. Cristo é aquele que está acima da sabedoria humana, é o
que submete a criação aos seus propósitos e não pode ser contido por nada
que exista. Mas o que existiria ou permaneceria, sem a presença constante e
completa do criador na sua criação? Sugiro a leitura dos primeiros capítulos do
livro 1 de confissões de Santo Agostinho.
V 9b- 10: As regras bíblicas de fato proibiam os judeus de trabalhar ao sábado
ou até mesmo de pegar lenha para fazer fogo (Nm 15: 32-36). Já no tempo de
Jesus a lei judaica (diferente da Torá) proibia explicitamente o transporte de
objetos no sábado, pois era interpretado como uma forma de trabalho.
V 11- 13: Muitos mestres interpretavam que curas mais simples — curas
realizadas por médicos não necessárias para salvar uma vida— no sábado
eram proibidos. Os fariseus não levam em consideração a cura miraculosa de
Cristo e para eles o fato ocorrido se equipara a realizada por um médico
comum.
V 17: Todos reconheciam que Deus, desde a criação, não parou um único dia
de sustentar a sua criação. Por analogia, aquilo que é certo Deus fazer em seu
trabalho, é correto também o que Jesus faz, pois ele é igualmente um com o
Pai.
Anexos:
Asclépio¹