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APOSTILA

Curso Básico de Teologia


Cristologia
Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira

INTRODUÇÃO

Jesus Cristo foi e é o maior personagem da história da


humanidade. Ele é tão importante que dividiu a história em a.C.:
Antes de Cristo e d.C.: Depois de Cristo. Para as inúmeras seitas e
religiões do mundo Ele foi um profeta, um grande mestre, um exemplo
de vida a ser imitado, um espírito de luz, etc. Para nós cristãos,
que cremos que a Bíblia é a Palavra de Deus revelada ao homem, Jesus
Cristo é muito mais. Podemos conhecer a sua Pessoa através da sua
Palavra e, também, por experiência pessoal. Veremos o que a Bíblia
nos ensina sobre Ele:

PARTE 1

O NASCIMENTO, INFÂNCIA, MOCIDADE, MORTE E


RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO:

I) O nascimento de Jesus:
1 – Seu nascimento foi previsto já no Jardim do Éden e confirmado
pelo profeta Isaías (Gênesis 3.15; Isaías 7.14; 9.1-7).
2 – Seu nascimento foi sem igual, pois Ele foi gerado pelo Espírito
Santo no ventre de uma virgem (Isaías 7.14; Mateus 1.18-25; Lucas
1.26-38).
3 – Seu nascimento foi no tempo certo, determinado por Deus Pai, no
auge da história da humanidade, para o cumprimento da sua obra na
humanidade (Gálatas 4.4,5).
4 – Ele nasceu do povo judeu, na cidade de Belém, para que se
cumprissem as Escrituras (Miquéias 5.2,3; Lucas 2.1-7).
5 – Ele nasceu numa família de linhagem real e da descendência do
patriarca Abraão (Mateus 1.1-17).
6 – Seu nascimento foi anunciado de forma sobrenatural: À sua mãe,
Maria (Lucas 1.26-38), a José, em sonho (Mateus 1.18-25), aos
pastores que estavam nos campos de Belém (Lucas 2.8-15) e aos magos
do Oriente, por meio de uma estrela (Mateus 2.1-12).
7 – Seu nascimento foi num lugar muito simples e além de tudo,
emprestado (Lucas 2.1-7). Era uma simples manjedoura.
8 – Oito dias após o seu nascimento Ele foi circuncidado, conforme a
Lei de Moisés (Lv 12.3) e lhe deram o nome de Jesus: “Jeová é a
salvação”.

II) A infância e a mocidade de Jesus:

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1 – Há muitas lendas, especulações e até terríveis heresias
envolvendo o período que vai da infância até a maturidade de Jesus,
quando Ele iniciou o seu ministério público. Baseados na Bíblia e nos
costumes judaicos da época, nós podemos saber, ainda que de forma
limitada, como foi este período da vida do Salvador.
2 – Ele teve uma vida simples, de pessoa pobre: Seu pai era
carpinteiro (Marcos 6.3). Ele viveu em Nazaré, uma cidade no Nordeste
do país que, na época, tinha c. de 500 habitantes.
3 – Ele passou um período da sua infância no Egito, para escapara do
rei Herodes, que queria matá-lo (Mateus 2.13-15, 19-23), depois foi
morar com seus pais em Nazaré (Mateus 2.23; Isaías 53.3).
4 – Como era costume entre os judeus, Ele aprendeu as primeiras
lições bíblicas e seu ofício (Marcos 6.3) do seu “pai” José. Ele teve
vários irmãos (Marcos 6.3; Mateus 13.55,56; 12.46,47; João 2.12;
Marcos 3.31). Há 2 provas de que Ele teve irmãos: 1ª) Maria deu à luz
ao seu filho primogênito (Lucas 2.7). Primogênito significa “Primeiro
filho”, da palavra grega “Protótocos” e não “Monogenes”, único filho,
e, a 2ª) A palavra irmãos na lingua grega (língua original da Bíblia)
é “Adelphós”, isto é, Irmãos (do mesmo sangue, da mesma família,
nascidos da mesma mãe) e não primos ou parentes.
5 – Aos 12 anos Ele foi a Jerusalém, na Páscoa (Lucas 2.40-52).
6 – Ele freqüentava a sinagoga de Nazaré (Lucas 4.16) e era conhecido
do povo da cidade (Marcos 6.1-6; Lucas 4.22).

III) A morte de Jesus


A morte de Jesus é uma das principais doutrinas da Bíblia e um
dos fatos mais extraordinários da história da humanidade.
I) FATOS EXTRAORDINÁRIOS QUE OCORRERAM NA MORTE DE JESUS CRISTO:
1) As trevas cobriram toda a terra (Mt 27.45)
2) O véu do templo se rasgou de alto a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc
23.45)
3) Um poderoso terremoto abalou a terra (Mt 27.51)
4) Abriram-se os sepulcros da cidade de Jerusalém (Mt 27.52)
5) Um dos ladrões foi salvo na cruz, de última hora (Mt 27.44; Lc
23.39-43)
6) Satanás e todos os demônios foram derrotados publicamente (Cl
2.15; Jo 12.31)
II) BENEFÍCIOS PARA OS CRENTES ATRAVÉS DA MORTE DE JESUS CRISTO:
1) A nossa justificação (Rm 5.1-11)
2) A nossa remissão (1 Pe 1.18,19)
3) A nossa reconciliação com Deus, o Pai (2 Co 5.18,19; Ef 2.16)
4) A nossa propiciação: Apaziguar ou satisfazer a justa ira de Deus
por causa do pecado (1 Jo 2.2; Rm 3.25)
5) A nossa libertação do jugo da Lei de Moisés (Rm 10.4; Cl 2.14)
6) A nossa purificação dos pecados cotidianos (1 Jo 1.7)
III) ATITUDES CORRETAS DO CRENTE EM RELAÇÃO À MORTE DE JESUS CRISTO:
1) Crer na sua eficácia e veracidade
2) Lembrar dela através do memorial chamado Ceia do Senhor (1 Co
11.23-26)
3) Pregá-la a todos (1 Co 1.23; 2.2)

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IV) A ressurreição de Jesus
A ressurreição de Jesus Cristo foi, é e sempre será o maior
acontecimento da história da humanidade. É mais importante que a
descoberta da escrita, que invenção da roda, que a chegada do homem à
lua, que a descoberta de todas vacinas que para todas as doenças ou
qualquer outro fato que já existiu ou existirá. A ressurreição de
Jesus Cristo é a pedra fundamental do Cristianismo. Sem a
ressurreição de Jesus Cristo, o Cristianismo não existiria e que
tragédia seria para a humanidade! Todos nós estaríamos perdidos, para
sempre. Mas, graças a Deus, Ele ressuscitou, está vivo, pelos séculos
dos séculos e está conosco, entre nós e em nós, hoje, agora mesmo. O
que a Bíblia tem na nos dizer a respeito da ressurreição de Jesus
Cristo?
I) QUAIS SÃO AS PROVAS DA RESSURREIÇÃO DE JESUS CRISTO?
Embora as falsas religiões, os ateus e até mesmo muitos teólogos
liberais (da chamada alta crítica) tentem negar este fato, ele
realmente aconteceu, é histórico e é comprovado. As principais provas
que temos se encontram na própria Palavra de Deus, a saber:
1) A inefabilidade e inerrância das profecias bíblicas: O Salmo 16.8-
10 diz que Deus não deixaria que o seu Santo ficasse abandonado no
sepulcro, nem seu corpo se decompusesse. O apóstolo Pedro cita este
texto em At 2.25-36 e, também, o apóstolo Paulo em At 13.35, para
dizer que ele se refere a Cristo. Eles afirmaram que este texto é uma
profecia messiânica que se cumpriu com a ressurreição de Jesus.
Nenhuma profecia bíblica falhou ou irá falhar (Is 40.8; Nm 23.19; Mc
13.31). Se a ressurreição de Jesus não tivesse ocorrido nenhuma outra
profecia bíblica teria valor. Mas, graças a Deus, Jesus está vivo.
2) O túmulo vazio: Tanto Mateus, quanto Marcos (Mc 16.5,6) e Lucas
(Lc 24.2-6) descrevem que o túmulo de Jesus ficou vazio. Seu corpo
desapareceu sem que a pedra (pesadíssima e selada com selo oficial)
fosse removida. As mulheres, os romanos e os discípulos viram aquele
túmulo vazio.
3) As aparições do Senhor: Jesus apareceu várias vezes, em diversos
lugares diferentes, sob diversas formas, a vários de seus discípulos,
durante 40 dias (Jo 20.11-18; Mt 28.9,10; Lc 24.34,35; Jo 20.19; Jo
21.15-19; Mt 28.16,17; 1 Co 15.7; Lc 24.44-49; At 9.3-8). Foram mais
de 500 pessoas que viram o Senhor ressurreto! Será que todas estas
pessoas estavam loucas, tiveram alucinações ou pegaram uma grande
mentira? Absolutamente, não. Estariam elas dispostas a morrer por um
Salvador que estava morto, que disse que iria ressuscitar e não
ressuscitou? De maneira alguma. Estas testemunhas tinham certeza
acerca de quem haviam visto: Jesus Cristo ressuscitado!
4) A Igreja Primitiva: Se Jesus Cristo não tivesse ressuscitado, a
Sua igreja não veria os sinais que Ele prometeu que seguiriam aos que
Nele cressem (Ele disse isso após a sua ressurreição). Se Jesus
Cristo não tivesse ressuscitado aqueles crentes não viveriam cheios
de alegria, paz, entusiasmo e certeza de gozariam da vida eterna, no
presente e após a morte. Basta vermos o livro de Atos como a Igreja
vivia para termos a certeza da ressurreição de Jesus Cristo.
5) O batismo no/com o Espírito Santo: Jesus disse que depois que Ele
ressuscitasse e fosse assunto ao Céu, Ele enviaria o Espírito Santo e
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tal aconteceu, dez dias após ele subir ao Céu (Jo 14.16-20; 16.5-15;
At 1.3-5; 2.1-4).
6) O lenço que envolvia a cabeça de Jesus: Este detalhe é narrado por
João (Jo 20.1-10). Era costume o visitante deixar um lenço branco na
casa que visitara em sinal que um dia voltaria.
7) A ressurreição e aparição de muitos santos aos moradores de
Jerusalém: Somente Mateus narra este episódio (Mt 27.50-53): Não
sabemos os seus nomes, nem o que disseram, mas, mui provavelmente,
eles apareceram aos habitantes de Jerusalém e depois foram
levados/trasladados ao Céu. Não sabemos se eles apareceram em seus
corpos físicos naturais ou com os seus corpos já glorificados. Mas,
de qualquer forma, é um fato único e extraordinário.
8) Os cristãos no decorrer da História até os dias de hoje: Se Jesus
Cristo não tivesse ressuscitado a Ciência com qualquer uma das suas
ramificações já teria achado provas para desacreditar a Bíblia, mas
nunca as encontrou! E, o Cristianismo já teria sido destruído, já
teria acabado há muitos séculos, mas, porque o Seu fundador vive,
está presente, o Cristianismo é a maior religião do mundo, com mais
de 2 bilhões de seguidores e transformou a história da humanidade. Se
há alguma coisa de boa no mundo hoje, se deve à influência do
Cristianismo em favor da humanidade.
II) QUAIS AS CONSEQÜÊNCIAS (RESULTADOS, BENEFÍCIOS) DA RESSURREIÇÃO
DE JESUS CRISTO?
1) A ressurreição de Jesus desmarcara os falsos ensinamentos de
diversas religiões, seitas heréticas e filosofias humanas:
Espiritismo, Budismo, Taoísmo, Hinduísmo, Xintoísmo, Confucionismo e
Materialismo.
2) A ressurreição de Jesus garante a ressurreição e a glorificação de
todos os cristãos no dia da vinda de Cristo em glória: Todos os que
crêem em Jesus Cristo irão ressuscitar (no caso dos que já morreram)
e receber um novo corpo, assim, também, acontecerá com os que
estiverem vivos naquele dia (1 Co 15; 1 Ts 4.13-18).
3) A ressurreição de Jesus nos garante um Intercessor junto a Deus
Pai: Cristo tornou-se o nosso Sumo-Sacerdote, Intercessor junto ao
Pai, pois lá Ele se encontra assentado (Rm 8.34; Mc 16.19; At
7.55,56; 1 Jo 2.1,2; Hb 4.14-16; 7.25).
4) A ressurreição de Jesus ensina que os cristãos não devem viver
para si, mas para o Senhor: Isto significa que cada cristão e tudo o
que têm não pertence a si mesmo, mas a Cristo (Rm 14.7-9). Tanto o
cristão, quanto os seus bens pertencem ao Senhor e precisa estar à
disposição do Reino de Deus.
5) A ressurreição de Jesus dá certeza que haverá um juízo vindouro
para todos os ímpios: Todos aqueles que negaram, negam ou negarão
ainda a Cristo, serão julgados e condenados ao inferno (At 17.31).
6) A ressurreição de Jesus garante o cumprimento da promessa de que
Cristo levará os seus para morar com Ele: Ele garantiu isto aos seus
seguidores (Jo 14.1-3,18).

PARTE 2

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OS SAGRADOS OFÍCIOS DE JESUS:

Você sabe o que é um ofício? Ofício é uma função. Jesus


desempenhou com excelência 3 grandes sagrados ofícios: Profeta,
Sacerdote e Rei. Nenhuma outra pessoa na história exerceu estas 3
funções ao mesmo tempo, só Jesus. A Bíblia diz que Melquisedeque foi
rei e sacerdote, mas não foi profeta (Gn 14.18-24); Samuel foi juiz,
profeta e sacerdote, mas não foi rei (1 Sm 3.19-21; 7.10-17); Davi
foi rei e profeta, mas não foi sacerdote.Por isso e muito mais Jesus
Cristo é tão extraordinário. Vejamos:
I) Jesus, O maior de todos os profetas:
1 – A Bíblia nos fala sobre inúmeros profetas: Enoque, Abraão, Jacó,
Moisés, Samuel, Elias, Eliseu, Isaías, Jeremias, Ezequiel, Daniel,
João Batista, entre muitos outros. Jesus Cristo é maior do que todos
eles, porquê além deles mesmos profetizarem acerca da vinda de
Cristo, o conhecimento deles dependia de revelação da parte de Deus.
Por isso diziam: “Assim diz o Senhor...” mas, Jesus, sendo a própria
Palavra de Deus feita em carne, dizia: “Em verdade vos digo”; “Eu,
porém, vos digo” (Mt 5.18,22).
2 – A função do profeta era ser o porta-voz de Deus ao povo. Era um
transmissor da vontade divina. Deveria pronunciar juízos e bênçãos.
Denunciar pecados e prever o futuro. O período áureo dos profetas
durou cerca de 500 anos (1.000 a 500 a.C.). Inúmeros destes foram
anônimos, citados em Juízes, 1 e 2 Reis, etc.3 – Jesus Cristo como o
maior de todos os profetas foi: Imparcial (Mt 15 e 23); claro (Mt 5-
7); eloqüente (Jo 7.46); coerente (Jo 8.46); sensível às necessidades
do povo (Mt 9.35,36); corajoso (Jo 2.13-22); poderoso (Lc 24.19) e
preciso (Mt 24.4-51).
Complemento: A palavra profeta vem do hebraico Navî: “Profeta”. Ela
ocorre aproximadamente 309 vezes nas Sagradas Escrituras. Num sentido
mais abrangente, falando em ordem cronológica, os primeiros profetas
foram: Enoque, Noé, Abraão, Jacó, Arão, Moisés, etc, até chegar em
Samuel. No sentido restrito da palavra, ou seja, onde o povo de
Israel adotou e passou a usar este termo mais especificamente foi
somente a partir de Samuel, onde surge o “ministério profético”.
Quando Jesus Cristo se transfigurou diante de 3 dos seus apóstolos
aparece ali Moisés e Elias (Mt 17.1-8), dando a entender que este
último (Elias) foi o maior representante da classe profética.
Geralmente os profetas tinham escolas de discípulos (2 Rs 2,6).
Muitos foram profetas literários (escreveram livros) e outros não. Em
relação aos que escreveram, os estudiosos dividem a Bíblia em 2
categorias: Profetas Maiores (vai de Isaías a Daniel) e Profetas
Menores (vai de Oséias a Malaquias). Isto ocorre não porque uns foram
mais importantes do que outros, mas devido ao tamanho dos livros que
escreveram. O profeta, também, era chamado Vidente. A Bíblia fala,
também, sobre falsos profetas (Dt 18.20; Is 9.15; Jr 14.13; Ez 13.3;
Mt 7.15; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). O último profeta do A.T. foi João
Batista (Mt 11.2-15). No N.T. encontramos há profetas, mas num
sentido diferente do A.T. (Ef 4.11; At 21.8; 1 Co 12.28).
II) Jesus, O nosso Sumo-Sacerdote:
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1 – A Bíblia, também, nos descreve inúmeros sacerdotes, Jesus,
entretanto, é maior do que todos eles, porquê todos eles para se
aproximarem de Deus precisavam continuamente oferecer sacrifícios por
si mesmos. Jesus, além de ter sido Ele mesmo o maior de todos os
sacrifícios (sacrifício expiatório, insubstituível – Hb 9.12,14,26),
também tornou-se o nosso Sumo-Sacerdote junto ao trono da graça,
tornando-se o nosso único acesso a Deus (Jo 14.6; 1 Tm 2.5; Hb
7.23,25,28; 9.24; 1 Jo 2.1; At 3.26).
2 – Jesus Cristo tornou-se o nosso Sumo-Sacerdote ao morrer,
ressuscitar e ser recebido no Céu e de lá intercede por nós (Mc
14.62; 16.19; At 7.55,56).
3 – O Sacerdote do A.T. não podia ter os seguintes defeitos (Levítico
21.17-21). Jesus não tinha nenhum deles:
3.1) Ser cego: Não vê nada. Jesus tudo vê (Hb 4.13).
3.2) Ser coxo: Não anda firmemente. Jesus é firme (Mt 14.25).
3.3) Ter nariz chato: Intromissão. Jesus só entra na vida de uma
pessoa se for convidado (Ap 3.20).
3.4) Pé quebrado: Andar dificultoso. Jesus não apenas anda
firmemente, mas, ainda carrega os que precisam.
3.5) Mão quebrada: Inatividade. As mãos de Cristo trabalham.
3.6) Corcunda: Somente olha para baixo. Jesus sempre olhou o Céu.
3.7) Belida nos olhos: Visão fraca. Jesus via longe (Jo 4.35).
3.8) Sarna: Pecado contagioso. Jesus jamais pecou (Jo 8.46).
3.9) Impinges: Caráter manchado. Jesus foi e é sem defeitos.
3.10) Quebraduras: Defeitos ocultos. Jesus era transparente.
Complemento: A palavra sacerdote vem do hebraico Kõhen:
“Sacrificador”. Ela ocorre 741 vezes no Antigo Testamento,
principalmente no livro de Levítico (185), que é chamado de “O manual
dos sacerdotes”. Ele era a pessoa autorizada por Deus para oferecer
sacrifícios pelo povo. Não eram apenas os israelitas que tinham
sacerdotes, vários outros povos da Antigüidade, também, tinham
líderes religiosos: Egípcios (Gn 41.50); filisteus (1 Sm 5.5; 6.2);
etc. Entre os primeiros personagens bíblicos que podemos citar, que
exerceram certo tipo de função sacerdotal, temos: Melquisedeque (Gn
14.18), Noé (Gn 9), Abraão (Gn 12-22), Jó (Jó 1;42). Somente quando o
povo de Israel saiu do Egito é que Deus estabeleceu oficialmente o
sacerdócio. Este ofício teve inicio com Arão e seus filhos. Além de
oferecer os sacrifícios pelo povo, o sacerdote deveria agir, também,
como mestre ou professor do povo (Lv 10.10,11; Dt 33.10). Dever que
nem sempre eles cumpriam (Ml 2.6-9). Vemos isto, também, nos dias de
Jesus (Lc 10.25-37) e foram eles, principalmente, que planejaram a
morte do Salvador. O livro de Hebreus fala claramente sobre a
superioridade do Sacerdócio de Cristo em relação aos sacerdotes do
A.T. (leia).
III) Jesus, O Rei dos reis:
1 – A Bíblia, ainda, nos descreve Jesus Cristo como Rei. Rei é o
Chefe soberano de um reino. Ele não é apenas rei, mas Rei dos reis.
De todos os reis descritos na história, tanto bíblica (Davi, Salomão,
Nabucodonosor, Dario, Ciro, Artaxerxes), quanto secular (Alexandre,
Augusto César, Átila), Ele é o maior. Na sua primeira vinda Ele não
foi reconhecido como tal: Foi humilhado, zombado, tratado com
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desprezo pelos homens, não viveu em palácio, não trajou vestes
luxuosas, não usou coroa de ouro, nem cetro real, não andava com
escoltas militares, nem foi aclamado pelo povo por este título e,
quando entrou em Jerusalém (Mt 21.1-11), o fez montado em um
jumentinho, não em um cavalo branco (como era costume dos grandes
generais, reis e imperadores). Na sua segunda vinda, que será com
poder e grande glória, todo joelho se dobrará e toda língua
confessará que Ele é o Senhor (Fp 2.5-11; Mt 24.30,31; 25.31). Ele
regerá as nações da Terra com cetro de ferro (Sl 2.6,9; Ap 19.11-16;
17.14).
2 - Jesus como Rei é: Rei da glória (Sl 24.7); Rei formoso (Is
33.17); Rei dos judeus (Mt 27.37); Rei eterno e imortal (1 Tm 1.17);
Rei dos reis (1 Tm 6.17); Rei das nações (Ap 15.3).
3 – Todo rei tem um reino (Reino é um Estado governado por um rei). O
reino de Jesus é: Um reino que domina sobre tudo (Sl 103.19); um
reino de todos os séculos (Sl 145.13; Dn 4.3); não é deste mundo (Jo
18.36); este mundo se tornará o seu reino (Ap 11.15); o Reino é de
Deus e de Cristo (Ef 5.5).Jesus já é o Rei no trono da sua vida? Se
já é, então você, também, herdará seu Reino.
Complemento: A palavra “rei” aparece cerca de 2.513 vezes no A.T. e a
palavra “reino” (206), “ser rei” e “reinar” (350). O povo de Israel,
no Antigo Testamento vivia num reino, que durante muitos anos era um
só, depois se dividiu em 2: Reino do Norte (Israel) e Reino do Sul
(Judá). O primeiro rei de Israel foi Saul, depois Isbosete, filho de
Saul (não Davi, como muitos imaginam), depois sim, Davi (que foi o
maior rei de Israel). Depois de Davi, reinou Salomão. Juntando todos
estes, o período do “Reino Unido” foi de 120 anos. Depois da morte de
Salomão o reino se dividiu. O Reino de Judá teve na sua história 20
reis e o de Israel, 19. Para aprendermos mais sobre a história dos
reis necessitamos ler os livros de Reis e Crônicas, além dos livros
proféticos. Todos os reis de Israel foram maus e os de Judá, na sua
maioria foram, também, maus. Alguns foram bons e deixaram grandes
exemplos. Você sabia que Jesus Cristo era da tribo de Judá e
descendente da linhagem de Davi (Mt 1.1-17)? Portanto, Ele podia ser
chamado rei dos judeus porquê era da linhagem real. Você sabia que os
Herodes do N.T. nenhum deles era judeu e sim, idumeus? Herodes foi
colocado no trono de Israel por César.

PARTE 3

NOMES E TÍTULOS DE JESUS NO ANTIGO TESTAMENTO:

1. Anjo do Senhor - ARC, ARA, NVI (Gn 16.9-14; Jz 6.11-14).


2. Capitão - ARC, Príncipe do exército do Senhor – ARA, Comandante
- NVI (Js 5.14).
3. Conselheiro – ARC, ARA, NVI (Is 9.6)
4. Desejado de todas as nações – ARC (Ag 2.7).
5. Deus forte – ARC, ARA, Deus Poderoso – NVI (Is 9.6).
6. Maravilhoso – ARC, ARA (Is 9.6).
7. Príncipe da paz – ARC, ARA, NVI (Is 9.6).
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8. Pai da Eternidade – ARC, ARA, Pai Eterno – NVI (Is 9.6).
9. Príncipe e Governador dos povos – ARC, ARA, Líder e Governante –
NVI, Regente e Comandante – BJ (Is 55.4).
10. Rebento – ARC, ARA, Ramo – NVI (Is 11.1).
11. Renovo – ARC, ARA, NVI (Zc 3.8).
12. Servo – ARC, ARA, NVI (Is 42.1-4; 52.13).
13. Semente da mulher – ARC, descendente – ARA, NVI (Gn 3.15).
14. Siló “Aquele que traz paz” – ARC, ARA (Gn 49.10).
15. Sol da Justiça – ARC, ARA, NVI (Ml 4.2).

NOMES E TÍTULOS DE JESUS NO NOVO TESTAMENTO:


1. Advogado – ARC, ARA, BJ, KJA, Intercessor – NVI (1 Jo 2.1).
2. Alfa – ARC, ARA, NVI, BJ, KJA, “A” - BLH (Ap 1.8).
3. Amado – ARC, ARA, NVI, BJ, KJA, Amado filho - BLH (Ef 1.6).
4. Amigo dos pecadores – ARC, ARA, NVI, BJ, “homem que vive por aí
andando com a pior espécie de pecadores” (Mt 11.19).
5. Autor e Consumador da fé – ARC, ARA, NVI, KJA (Hb 12.2).
6. Bispo das nossas almas – ARC, ARA, NVI, KJA, Supervisor – BJ,
Guardião – BLH (1 Pe 2.25).
7. Bom Pastor – ARC, ARA, NVI, KJA, BJ, BLH (Jo 10.11,14).
8. Cabeça da Igreja – ARC, ARA, NVI, BJ, KJA (Cl 1.18).
9. Caminho – ARC, ARA, NVI, KJA, BJ, BLH (Jo 14.6).
10. Cordeiro de Deus – ARC, ARA, NVI, KJA, BJ (Jo 1.29,36).
11. Cristo “Ungido”, “Cabeça”, “Messias” – Todas (Mt 1.16;
2.4).
12. Deus – Todas, com exceção da TNM das TJ “um deus” (Jo 1.1).
13. Emanuel – ARC, ARA, NVI, BJ, KJA, BLH (Mt 1.23).
14. Filho de Davi – ARC, ARA, NVI, BJ, KJA (Mt 15.22).
15. Filho do homem (título preferido que Jesus gostava de
aplicar a si mesmo – aparece mais de 80 vezes) – ARC, ARA, NVI,
KJA (Mt 18.11).

PARTE 4

A DUPLA NATUREZA DE CRISTO

A Humanidade de Jesus Cristo:


Jesus foi o homem mais perfeito que existiu. A Bíblia jamais
nega a sua natureza humana, nem a divina. Há muitas provas bíblicas
de que Ele viveu como homem. Vejamos:
1) Ele nasceu e cresceu (Lc 2.40,46,52; Gl 4.4).
2) Aprendeu em escola (Jo 7.15), em casa e na sinagoga (Lc 4.16).
3) Estudou as Escrituras (Lc 4.17).
4) Questionou no templo em Jerusalém (Lc 2.46).
5) Cresceu em sabedoria (Lc 2.52).
6) Orou (Mc 1.35).
7) Recebeu a unção do Espírito Santo (At 10.38).
8) Foi tentado pelo Diabo (Mt 4.1-11; Hb 2.18; 4.15).
9) Aprendeu a obedecer (Hb 5.8).
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10) Foi visto e tocado pelas pessoas (1 Jo 1.1; Mt 26.12).
11) Ele teve fome (Mt 4.2).
12) Ele sentiu sede (Jo 19.28).
13) Ele se cansou (Jo 4.6).
14) Ele chorou (Jo 11.35).
15) Ele recebeu nomes humanos (Mt 1.21; Is 7.14; Lc 19.10).
16) Ele sentiu dores (Is 53.3; Lc 22.44).
17) Ele teve sono (Mt 8.24).
18) Ele se aborreceu e se entristeceu (Mt 26.37).
19) Ele derramou sangue (Jo 19.34).
20) Ele morreu (Mt 27.50; Jo 19.34; 1 Co 15.3).
Por que era necessário que Jesus fosse homem? Revelar Deus aos
homens (Jo 1.18); prover um exemplo de vida (1 Pe 2.21) e prover o
perfeito sacrifício pelo pecado (Hb 10.1-10).

A Divindade de Jesus Cristo:


Jesus não foi apenas o homem perfeito, mas é, também, o próprio
Deus encarnado. Há várias provas disso na Bíblia:
1) É provado pelos nomes e títulos que recebe: Deus (Hb 1.8), Filho
de Deus (Mt 16.16; 26.61-64); Senhor (Mt 22.43-45); etc.
2) Ele é Onipotente (Mt 28.18).
3) Ele e Onisciente (Jo 1.48).
4) Ele é Onipresente (Mt 28.20).
5) Ele é a Vida (Jo 1.4; 5.26).
6) Ele é a Verdade (Jo 14.6).
7) Ele é Imutável (Hb 13.8).
8) Ele criou todas as coisas no Universo e as sustenta (Jo 1.3).
9) Ele perdoou e perdoa pecados (Lc 7.48).
10) Ele ressuscitava e ressuscitará os mortos (Jo 5.25).
11) Ele tem toda autoridade para julgar vivos e mortos (Jo 5.27).
12) Ele enviou o Espírito Santo (Jo 15.26).
13) Ele é Um com o Pai e com o Espírito Santo (Jo 10.30; 14.23; Mt
28.19; 2 Co 13.13).
14) Ele é eterno (Jo 1.1; 8.58).
15) Ele recebeu adoração de: Anjos (Hb 1.6), homens (Mt 14.33) e
todas pessoas o adorarão (Fp 2.10).
16) Ele é impecável e totalmente santo (Hb 4.15; 1 Pe 2.22).

PARTE 5

PRINCIPAIS TÍTULOS DE JESUS EM CADA LIVRO DA BÍBLIA

Antigo Testamento:
Gênesis: O Descendente da Mulher (Gn 3.15)
Êxodo: O Cordeiro Pascoal (Ex 12.5-13)
Levítico: O Sacrifício Expiatório (Lv 4.14,21)
Números: A Rocha Ferida (Nm 20.7-13)
Deuteronômio: O Profeta Prometido (Dt 18.15 confira com Lc 7.16)
Josué: O Príncipe dos Exércitos do Senhor (Js 5.14 cf com 2 Tm 2.3,4)
Juízes: O nosso Libertador (Jz 3.9; confira com Jo 8.36; Rm 11.26)
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 9
Rute: O nosso Remidor Divino (Rt 3.12 confira com Tt 2.14)
Samuel: O Rei Esperado (1 Sm 8.5)
1 e 2 Reis: O Rei Prometido (1 Rs 4.34 confira com Ap 21.24)
1 e 2 Crônicas: O Descendente de Davi (1 Cr 3.10; Mt 1.1)
Esdras: O Ensinador Divino (Ed 7.10)
Neemias: O Edificador (Ne 2.18,20)
Ester: A Providência Divina/Escape da morte (Et 4.14)
Jó: O Redentor que Vive (Jó 19.25)
Salmos: O Nosso Socorro e Alegria (Sl 46.1)
Provérbios: A Sabedoria de Deus (Pv 8.22-36)
Eclesiastes: O Pregador Perfeito (Ec 12.10)
Cantares: O Nosso Amado (Ct 2.8)
Isaías: O Servo do Senhor (Is 42)
Jeremias: O Senhor dos Exércitos (Jr 31.18)
Lamentações: O Consolador de Israel (Lm 1.2)
Ezequiel: O Senhor que reinará (Ez 33)
Daniel: O Quarto Homem (Dn 3.25)
Oséias: O Esposo fiel (Os 3.16)
Joel: O Juiz das Nações (Jl 3.12)
Amós: O Deus do Fogo (Am 1.4; 9.4,6)
Obadias: O Salvador (Ob 21)
Jonas: A Salvação do Senhor (Jn 2.9)
Miquéias: O Ajuntador de Israel (Mq 2.13; 4.3)
Naum: O Cavaleiro da Espada Flamejante (Na 3.3)
Habacuque: O Puro de Olhos (Hc 1.13)
Sofonias: O Pastor de Israel (Sf 3.13)
Ageu: O que faz tremer os céus e a terra (Ag 2.6,7)
Zacarias: O Renovo (Zc 6.12)
Malaquias: O Anjo do Concerto (Ml 3.1)
Novo Testamento:
Mateus: O Rei e o Messias (Mt 1.1; 2.6)
Marcos: O Servo do Senhor (Mc 10.45)
Lucas: O Filho do Homem (Lc 19.10)
João: O Filho de Deus (Jo 1.14)
Atos: O Cristo Ressurgido (At 2.24)
Romanos: Nosso Justificador (Rm 5.17-21)
1 Coríntios: O Cristo Crucificado (1 Co 2.2)
2 Coríntios: A Imagem de Deus (2 Co 4.4)
Gálatas: O Cristo que Liberta (Gl 5.1)
Efésios: O Cabeça da Igreja (Ef 4.15)
Filipenses: O Nosso Viver (Fp 1.21)
Colossenses: A Imagem do Deus invisível (Cl 1.15)
1 e 2 Tessalonicenses: O Senhor que Virá (1 Ts 4.14; 2 Ts 2.1)1
Timóteo: A Nossa Esperança (1 Tm 1.1)
2 Timóteo: O Nosso General (2 Tm 2.1)
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 10
Tito: O Nosso Grande Deus e Salvador (Tt 2.13)
Filemom: Aquele que intercede por nós (Fm 10)
Hebreus: O Sacerdote Eterno (Hb 7.3)
Tiago: O Legislador e Juíz (Tg 4.12)
1 Pedro: A Pedra viva (1 Pd 2.4)
2 Pedro: O Nosso Senhor (2 Pd 1.2)
1 João: O Nosso Advogado (1 Jo 2.1)
2 João: O Filho do Pai (2 Jo 3)
3 João: A Verdade (3 Jo 4)
Judas: O Nosso Único Soberano e Senhor (Jd 4)
Apocalipse: O Alfa e o Ômega (Ap 1.8; 22.13)

PARTE 6

PROFECIAS CUMPRIDAS POR JESUS


1) Que ele seria da linhagem de Abraão (Gn 12.3,7; 17.7; Gl 3.16)
2) Que ele seria da tribo de Judá (Gn 49.10; Hb 7.14; Ap 5.5)
3) Que ele seria da casa de Davi (2 Sm 7.12,13; Lc 1.31-33)
4) Que ele nasceria de uma virgem (Is 7.14; Mt 1.22,23)
5) Que ele seria chamado Emanuel (Is 7.14; Mt 1.23)
6) Que ele teria um precursor (Is 40.3-5; Ml 3.1; Mt 3.1-3)
7) Que ele nasceria em Belém (Mq 5.2; Mt 2.5,6; Lc 2.4-6)
8) Que ele estaria no Egito por um período (Nm 24.8; Os 11.1; Mt 2.15)
9) Que ele seria zeloso pelo Pai (Sl 69.9; 119.139; Jo 6.37-40)
10) Que ele seria cheio do Espírito Santo (Is 11.2; 61.1,2; Lc 4.18)
11) Que ele curaria a muitos (Is 53.4; Mt 8.16,17)
12) Que ele trataria com bondade os gentios (Is 9.1,2; 42.1-3; Mt
4.13-16; 12.17-21)
13) Que ele falaria por parábolas (Is 6.9,10; Mt 13.10-15)
14) Que ele seria rejeitado pelos seus (Sl 69.8; (Is 53.3; Jo 1.11)
15) Que ele faria uma entrada triunfal em Jerusalém (Zc 9.9;Mt 21.16)
16) Que ele seria louvado por crianças (Sl 8.2; Mt 21.16)
17) Que ele seria a pedra angular rejeitada (Sl 118.22,23; Mt 21.42)
18) Que alguns não acreditariam em seus milagres (Is 53.1; Jo
12.37,38)
19) Que seu amigo o trairia por 30 moedas de prata (Sl 41.9; 55.12-
14; Zc 11.12,13; Mt 26.14-16,21-25)
20) Que ele seria um homem de dores (Is 53.3; Mt 26.38,38)
21) Que ele seria abandonado pelos seus discípulos (Zc 13.7; Mt
26.31,56)
22) Que ele seria açoitado e cuspido (Is 50.6; Mt 26.67; 27.26)
23) Que ele seria crucificado entre 2 ladrões (Is 53.12; Mt 27.38; Mc
15.27,28; Lc 22.37)
24) Que lhe dariam vinagre para beber (Sl 69.21; Mt 27.34,48)
25) Que ele sofreria perfuração em suas mãos e pés (Sl 22.16; Zc
12.10; Mc 15.25; Jo 19.34,37; 20.25-27)
26) Que suas vestes seriam repartidas e que lançariam sortes sobre
elas (Sl 22.18; Lc 23.34; Jo 19.23,24)
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 11
27) Que ele entregaria o seu espírito ao Pai (Sl 31.5; Lc 23.46)
28) Que ele seria sepultado com o rico (Is 53.9; Mt 27.57-60)
29) Que ele seria ressuscitado dos mortos (Sl 16.10; Mt 28.1-7)
30) Que ele se sentaria à destra de Deus (Sl 110.1; Mt 22.44)

PARTE 7

TIPOS HUMANOS DE JESUS CRISTO


(Do livro: “Sombras, Tipos e Mistérios da Bíblia”, de João Leitão de Melo – CPAD)

"Os quais servem de exemplar e sombra das coisas celestiais."


(Hb 8.5a).

ADÃO
Adão, como o primeiro homem na história da humanidade, ”é a
figura daquele que havia de vir'' (Rm 5.14c).
Cristo é o primeiro da nova criação. Pela ofensa de um morreram
muitos, muito mais a graça, o dom abundou por um só homem, Jesus
Cristo (Rm 5.15).
Adão foi feito alma vivente (Gn 2.7). Jesus Cristo é chamado "o
último Adão em espírito vivificante" (1 Co 15.45b). Como espírito
vivificante, Ele tem poder de dar a vida pelas ovelhas (Jo 10.11).
Pela desobediência de Adão muitos foram feitos pecadores; pela
obediência de um, que é Jesus Cristo, muitos serão feitos justos
(Rm5.19).
O pecado de Adão impediu o caminho do paraíso, porque um
querubim foi posto ali com uma espada inflamada. O Senhor Jesus abriu
um caminho novo e vivo para o Santuário de Deus (Hb 10.20). Ele é o
caminho para o céu.

ABEL (Gn 4.1 a 11)


Quando nasceu Caim, Eva teve uma expressão de alegria que é
traduzida assim em nossas Bíblias: "Adquiri um varão com o auxílio de
Jeová". Na Lei de Moisés, traduzida pelo rabino Masliah Melamed,
também vem nessas palavras.
No texto hebraico, a partícula "ête" está unida à palavra
"Jeová". Segundo os hebraistas que conhecemos, esta partícula, que
não tem tradução em português, aponta o objeto direto, de que não
pode ser separada. Sendo assim, a expressão de Eva foi: "Adquiri um
varão, Jeová". Pensava ela que Caim era Jeová, o varão prometido como
a "semente da mulher" (Gn 3.15), que esmagaria a cabeça da serpente.
De qualquer modo, Eva teve uma grande emoção de alegria com a chegada
de Caim. Depois teve Abel e o chamou pelo nome de "Vaidade", coisa
sem muita importância. Como se dissesse: Já tenho Caim, vem mais
este, para quê?
1. Abel foi chamado vaidade - Jesus era desprezado e o mais
indigno entre os homens (Is 53.3).
2. Abel foi pastor de ovelhas - Jesus é o Bom Pastor (Jo
10.11).

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3. Abel ofereceu maior sacrifício - Jesus ofereceu seu próprio
sangue, num maior e mais perfeito Tabernáculo (Hb 9.11,12).
4. Abel foi invejado. Caim ficou irado contra Abel porque Deus
aceitou a oferta dele e não a sua (Gn 4.4-6) - Jesus foi entregue a
Pilatos por inveja (Mt 27.18).
5. Abel foi morto inocente - Jesus foi morto sem ter culpa.
6. Abel foi chamado justo (Mt 23.35)e - Jesus foi chamado
justo(At3.14,15).
7. O sangue de Abel fala (Gn 4.10) - O sangue de Jesus fala (Hb
12.24).

MELQUISEDEQUE (Gn 14.18-20; SI 110.4; Hb 5.6-10; 7.1-17)


Abraão reconheceu que Melquisedeque era sacerdote de Deus. Deu-
lhe o dízimo e foi abençoado por ele.
Abraão, sendo o pai do povo judeu, foi abençoado por aquele a
cuja ordem Jesus pertence.
A exposição de Hebreus 7 é para provar que Jesus Cristo é
superior ao sumo sacerdote Arão, tanto que antes de Arão, aparece
aquele tipo de Jesus.
E mencionado Melquisedeque, sem pai, sem mãe, sem genealogia. Os
judeus davam grande valor à genealogia. Só podia exercer um cargo
importante, sendo conhecida a origem familiar.
Quando voltaram do cativeiro, no tempo de Esdras e Neemias,
alguns que não provaram o registro das genealogias foram rejeitados,
considerados imundos e proibidos de comerem das coisas sagradas (Ed
2.62,63; Ne 7.64,65).
Cremos que Melquisedeque era homem descendente de Adão e Noé;
sua genealogia era desconhecida, e Deus não quer que o
identifiquemos. Pela mentalidade dos judeus, não devia ser o
sacerdote de Deus. Mas ele foi aceito como tal por Abraão, e da sua
ordem vem Jesus.
Ele era rei de Salém e rei de paz. Salém quer dizer paz e é o
nome de Jerusalém; Jesus Cristo, depois de destruir o reino do
Anticristo, reinará em Jerusalém como Rei de paz.
ISAQUE
1. Isaque foi filho da promessa (Gl 4.23 e 28), e filho único.
Jesus foi o unigênito (Jo 1.14) e foi prometido como "semente da
mulher" (Gn 3.15) e como Emanuel, Deus conosco (Is 7.14).
2. O nascimento de Isaque foi sobrenatural. Os pais não estavam
mais em condições de ter filhos (Rm 4.19). O nascimento de Jesus foi
sobrenatural.
3. Isaque foi oferecido em sacrifício e obediente em tudo (Gn
22).
Jesus foi obediente em tudo até a morte e morte de cruz (Fl
2.8).
4. No casamento de Isaque, Abraão resolveu providenciar, e o
servo Eliezer foi buscar e trouxe a noiva (Gn 24.1-67).
No casamento de Jesus Cristo com a Igreja (Ap 19.7-9; Ef 5.22-
32), o Pai resolveu com o seu amor ao mundo, e o Espírito Santo veio
habitar conosco para convencer, ensinar e santificar a Igreja que é a
noiva, para a realização das bodas (Ap 21.1-3).
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 13
JOSÉ (Gn caps. 37 a 50)
1. Amado pelo pai (Gn 37.3) - Jesus (Mt 3.17).
2. Odiado pelos irmãos (v 4) - Jesus (Jo 15.24).
3. Enviado pelo pai (vv 13-24) - Jesus (1 Jo 4.14).
4. Vendido (v 28) - Jesus (Mt 26.14,15).
5. Tentado e venceu (Gn 39) - Jesus (Mt 4.1-11).
6. Preso entre dois criminosos, um salvo, outro condenado (Gn
40) - Jesus (Lc 23.32,33).
7. Levantado e exaltado (Gn 41.14,43,44) - Jesus (Mt 28.18).
8. Com trinta anos começou o ministério (Gn 41.46) - Jesus (Lc
3.23).
9. A noiva não-hebréia (Gn 41.45) - Jesus (Ef 5.25,27).
10. A tribulação obrigou os irmãos a procurá-lo (Gn 42) - Jesus
(Mt 24.21; Zc 12.10; Is 26.16).
11. Por ele vieram reconciliação e bênção para os irmãos (Gn
45e46)- Jesus(Is ll,12e35)
12. Todos os povos abençoados por causa dele (Gn 41.57) -Jesus
(Is 2.2 a 4; 11.10).

MOISÉS
E o personagem referido em maior número de livros da Bíblia. Seu
nome aparece em trinta e um dos livros do volume sagrado e em 847
vezes. O historiador César Cantu disse dele: “Moisés, o maior homem
que a humanidade conheceu".
E chamado: servo do Senhor (Êx 14.31); fiel em toda a sua casa
(Nm 12.7 e Hb 3.5); homem de Deus (Dt 33.1); profeta que não teve
igual (Dt 34.10,11); o escolhido de Deus (Sl 106.23) e outros
títulos.
Como tipo de Cristo apresenta muitos pontos:
1. Ameaçado de morte e preservado por Deus (Êx 2.2-10; Hb
11.23). Jesus também (Mt 2.13-15).
2. Dominou a água do mar (Êx 14.21) - Jesus (Mt 8.26).
3. Alimentou uma multidão (Êx 16.15,16; Jo 6.31)- Jesus (Jo
6.11,12).
4. Teve seu rosto iluminado (Ex 34.35) - Jesus (Mt 17.1-5).
5. Os irmãos estiveram contra ele (Nm 12.1) - Jesus (Jo 7.5).
6. Intercedeu pelo povo (Êx 32.32) - Jesus (Jo 17.9).
7. Escolheu 70 auxiliares (Nm 11.16)-Jesus (lc 10.1).
8. Esteve a sós com Deus 40 dias em jejum (Êx 24.18) - Jesus
(Mt4.2).
9. Andava com 12 tribos - Jesus com doze apóstolos.
10. Apareceu depois da morte (Mt 17.3) - Jesus (Atos 1.3).

BOAZ (Rute caps. 2 a 4)


Os israelitas em sua terra não vendiam a herança. Quando alguém
precisava de dinheiro, realizava uma venda provisória, espécie de
hipoteca e penhor. Recebia o dinheiro, e sua parte de terra ficava
para uso de quem fez o negócio, mas só até o ano do jubileu, quando
voltava para o primeiro dono. Elimeleque, quando foi para Moabe, fez
este negócio, porém morreu lá e os filhos também morreram. Um deles
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 14
fora casado com Rute, no entanto não deixou filho. Para a terra
retornar à família, era necessário que alguém passasse ao credor o
valor da terra que ele recebeu de Elimeleque. Além disso, precisava
casar com Rute e o primeiro filho deste casamento seria o herdeiro. O
parente mais próximo do falecido e que fosse solteiro era o que
poderia fazer isto. Na história do livro de Rute, havia outro mais
próximo do que Boaz. Aquele que devia ser o remidor disse que não
podia (Rt 3.12; 4.4-6), por isso Boaz realizou o ato que se chamava
redimir, e casou com Rute. Tornou-se tipo de Jesus porque:
1. Era varão valente e poderoso (Rt 2.1) - Jesus (Mt 28.18).
2. Era natural de Belém (Rt 2.4) - Jesus nasceu em Belém (Mt
2.1).
3. Era da tribo de Judá, a tribo do Rei (Mt 1.3-5) - Jesus é o
leão da tribo de Judá (Ap 5.5).
4. Teve compaixão de uma moça pobre que precisava de auxílio
(Rt 2.8-15). Jesus teve compaixão dos que formam a sua Igreja.
5. Boaz se tornou o remidor e tomou a Rute como esposa (Rt 4.13)
- Jesus foi e é o remidor da Igreja fazendo-a sua esposa.
Outro estava em primeiro lugar, porém não pôde ser o remidor.
Pôde representar a Lei que veio antes de Cristo, contudo não pôde
redimir.

DAVI
Quando Samuel convocou a reunião dos filhos de Jessé para ungir
um rei escolhido por Deus, Jessé não se lembrou de Davi. Esqueceu-se
dele ou pensou que não era necessária a sua presença (1 Sm 16.10,11).
É semelhante a Jesus.
1. Davi era considerado sem importância para ocasiões especiais.
Jesus Cristo foi desprezado pelos homens que não fizeram dele caso
algum (Is 53.2 e 3).
2. Davi foi ungido por ordem de Deus (1 Sm 16.1,12,13). Jesus
foi o Cristo, o Ungido de Deus (Lc 4.18; At 4.27; Hb 1.9).
3. Davi enfrentou o gigante Golias, que desafiou o povo de Deus.
Tomou Davi cinco pedras e usando uma só venceu o gigante (1 Sm
17.40,49,51). Jesus enfrentou o gigante Satanás, tendo à sua
disposição cinco livros do Pentateuco, mas usou só um (o de
Deuteronômio) e o Diabo o deixou (Mt 4.1-11).
4. Davi era pastor de ovelhas (1 Sm 16.11). Jesus é o Bom Pastor
(Jo 10.14) e o Sumo Pastor (1 Pe 5.4).
Uma particularidade digna de atenção é como Davi se identificou
bem com o ofício de pastor de ovelhas. Sentia-se responsável pela
proteção das ovelhas, enfrentando um leão e um urso. Em tudo isto ele
reconhecia a dependência de Deus. Dizia: "O Senhor me livrou da mão
do leão, e da do urso..." (1 Sm 17.37a). Não confiava em sua força,
mas em Deus.
Pensando no castigo do povo por causa de um erro seu, considera-
se pastor diante das ovelhas e pergunta a Deus: "...estas ovelhas que
fizeram?..." (2 Sm 24.17c).
Há uma referência profética bem tocante, falando de Davi como
pastor. "E levantarei sobre elas um só pastor...o meu servo Davi é
que as há de apascentar; ele lhes servirá de pastor" (Ez 34.23).
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 15
A solicitude de Davi pelo rebanho aparece como um exemplo de
dedicação às ovelhas e ao pai. Não pensa em seu conforto, porém no
bem-estar e na proteção das ovelhas. Por isso teve inspiração para
aplicar a ilustração do pastor à proteção e dependência de Deus nas
palavras do Salmo 23.

PARTE 8

A APARÊNCIA PESSOAL DE JESUS CRISTO


(Do livro: “Manual Bíblico de Halley”, de H.H. Halley – Edições Vida Nova)

“Houve alguma coisa nos modos de Jesus que produziu um efeito


instantâneo em Natanael (Jo 1.49). No Novo Testamento não se colhe
nenhuma idéia da aparência pessoa de Jesus. A mais antiga descrição
lendária data do 4º século. É uma carta apócrifa atribuída a Públio
Lêntulo, amigo de Pilatos, escrita ao senado romano. Não é autêntica.
Temos adiante uma parte da mesma:
‘Atualmente apareceu um homem revestido de grandes poderes. Seu nome
é Jesus. Seus discípulos chamam-no Filho de Deus. É de estatura nobre
e bem proporcionada, seu rosto cheio de bondade, todavia, firme, de
modo que os que o vêem, amam-no e temem-no. Seus cabelos têm a cor do
vinho, estirados e sem lustro, mas a partir do nível dos ouvidos são
anelados e brilhosos. Sua testa, lisa e macia; suas faces não têm
falha, realçados por um rubor moderado; seu semblante é franco e
bondoso. O nariz e a boca não têm defeito algum. Sua barba é cheia,
da mesma cor dos cabelos; seus olhos, azuis e brilhantes em extremo.
Reprovando ou censurando, é formidável; exortando e ensinando, é
gentil e de linguagem afável. Ninguém o tem visto rir, porém muitos,
ao contrário, têm-no visto chorar. Esbelto e alto de porte, suas mãos
são belas e finas. No falar é ponderado, grave, pouco dado à
loquacidade; excede a maioria dos homens em beleza’.
Há tradições outras. Uma diz que era ereto e de boa presença.
Outra, que tinha os ombros encurvados e era feio. Qualquer que fosse
Sua aparência pessoal, deve ter havido algo em Seu semblante e nos
seus modos que era majestoso, dominador, divino. O vislumbre que Dele
se tem no cap. 53 de Isaías, dá a entender uma aparência sem
atrativos; mas isso refere-se à Sua maneira humilde de vida, sem
afeição,Ele que ia ser rei, e não à sua aparência pessoal.
Sendo carpinteiro, devia ter considerável força física. Falava
tão impressionantemente a vastas multidões, ao ar livre, que
imaginamos possuir Ele uma voz poderosa. À vista dos seus discursos,
conversas e ensinos, julgamos que sempre mantinha o domínio de Si
mesmo, nunca Se apressava, equilibrava-se perfeitamente, calmo e
majestoso em todos os Seus movimentos.
Quanto à lenda acima citada que diz ter Ele chorado muitas vezes
e nunca ter rido, o N.T., confirma que Ele chorou, como por exemplo
sobre Jerusalém e junto ao túmulo de Lázaro, porém quanto nunca rir,
o N.T. guarda silêncio. Todavia, há fatos que dão a entender que Ele
tinha senso de humor”. (Pág. 469,470).

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 16


PARTE 9

AS PARÁBOLAS DE JESUS CRISTO

Parábola Mateus Marcos Lucas


A candeia debaixo da vasilha 5.14,15 4.21,22 8.16; 11.33
O construtor prudente e o insensato 7:24-27 6:47-49
O remendo de pano novo em roupa velha 9:16 2:21 5:36
O vinho novo em odres velhos 9:17 2:22 5:37,38
4:3-
O semeador e os solos 13:3-8,18-23 8:5-8,11-15
8,14-20
As ervas daninhas 13:24-30,36-43
O joio 13:31,32 4:30-32 13:18,19
O fermento 13:33 13:20,21
O tesouro escondido 13:44
A pérola de grande valor 13:45,46
A rede 13:47-50
O dono de uma casa 13:52
A ovelha perdida 18:12-14 15:4-7
O servo impiedoso 18:23-34
Os trabalhadores na vinha 20:1-16
Os dois filhos 21:28-32
Os lavradores 21:33-44 12:1-11 20:9-18
O banquete de casamento 22:2-14
A figueira 24:32-35 13:28,29 21:29-31
O servo fiel e sensato 24:45-51 12:42-48
As dez virgens 25:1-13
Os talentos (minas) 25:14-30 19:12-27
As ovelhas e os bodes 25:31-46
A semente em crescimento 4:26-29
13:35-
Os servos vigilantes 12:35-40
37
O credor 7:41-43
O bom samaritano 10:30-37
O amigo necessitado 11:5-8
O rico insensato 12:16-21
A figueira infrutífera 13:6-9

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 17


O lugar menos importante no banquete 14:7-14
O grande banquete 14:16-24
O custo do discipulado 14:28-33
A moeda (dracma) perdida 15:8-10
O filho perdido (pródigo) 15:11-32
O administrador astuto 16:1-8
O rico e Lázaro 16:19-31
O senhor e seu servo 17:7-10
A viúva persistente 18:2-8
O fariseu e o publicano 18:10-14

PARTE 10

HERESIAS ACERCA DE JESUS CRISTO


Site: Centro Apologético Cristão de Pesquisas

Adventismo : Jesus é o arcanjo Miguel. Possui uma natureza


pecaminosa, não concluiu a obra de redenção na Cruz. Está fazendo um
tal de “Juízo Investigativo”.

Espiritismo:Ele foi o maior médium, um espírito evoluído e iluminado.


O ser mais perfeito que esteve na terra. Os espíritas não acreditam
que ele seja Deus. Afirmam que não há igualdade absoluta entre Jesus
e Deus.

Testemunhas de Jeová: Afirmam que Jesus é um ser criado, que antes de


vir ao mundo era o Arcanjo Miguel. Ensinam abertamente que ele não é
como Jeová.

Budismo: Dizem que Jesus foi um grande Mestre, tendo passado


inclusive alguns anos de sua vida (13-29 anos) em monastérios
budistas no Tibete e na Índia.

Mormonismo: Jesus não é o Filho de Deus. Não foi gerado pelo Espírito
Santo. Foi um espírito preexistente criado por Deus e irmão de
Lúcifer. Dizem que Jesus foi casado e polígamo.

Islamismo: Dizem que Jesus, o filho de Maria, nada mais era que o
mensageiro de Deus. Negam ser ele o Filho de Deus, logo também que
seja divino. Acreditam que ele seja apenas um profeta menor que
Maomé.

Nova Era: Jesus é considerado um dos muitos mestres iluminados,


juntamente com Buda, Krishna e outros fundadores de grandes
religiões.

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 18


Cristianismo Bíblico: Jesus Cristo é Deus (Is 9.6; Mt 1.23; Jo 1.1;
10.30; 14.9; 20.28; Rm 9.5; 2Co 4.4; 1Ts 2:3; Col 1.15; 2.9; Fp 2.5-
7; I Jo 5.20).

Heresias relacionadas à natureza humana de Jesus*:


Blog de Robson Oliveira

Gnosticismo: ensinava que Cristo, embora parecesse ser homem, nunca


assumiu um corpo; portanto, não foi sujeito às fraquezas e às emoções
humanas... O Salvador, conforme Saturnino, não nasceu, não teve
corpo, nem forma, mas visto em forma humana apenas em aparência.

Docetismo: afirmava que o corpo de Cristo não passava de um fantasma;


que seus sofrimentos e morte eram meras aparências. Deste modo
pontificavam os apóstolos do docetismo: “Ou Cristo sofria e então não
podia ser Deus; ou era verdadeiramente Deus e então não podia
sofrer”.

Nestorianismo: deve a sua existência à pessoa de Nestório, bispo em


Constantinopla, no período de 428-431. Nestório parece atribuir o seu
discipulado a Teodoro de Mopsuéstia que ilustrava a união das duas
naturezas de Cristo com a união conjugal de marido e mulher tornado
uma só carne sem deixarem de ser duas pessoas e duas naturezas
separadas... Ao invés de mesclar as duas naturezas em uma única
autoconsciência, eles as situavam lado a lado, sem outra ligação além
de mera união moral e simpática entre elas. Na visão deles Jesus
seria um hospedeiro de Cristo.

Eutiquianismo ou monofisismo: afirmava que, por ocasião da


encarnação, a natureza humana de Cristo foi totalmente absorvida pela
natureza divina. Eutiques (410-470) era de opinião de que os
atributos humanos em Cristo haviam sido assimilados pelo divino, pelo
que seu corpo não seria consubstancial como o nosso, que Cristo não
seria humano no sentido restrito da palavra.... Dizia então que
Cristo, depois de se tornar homem, tinha apenas uma natureza, daí a
razão de ser chamado também de monofisismo.

Apolinarismo: acreditava que Cristo tinha apenas uma natureza e uma


hipótese. Essa natureza é a do Logos que em Cristo foi transmutada em
carne. Esta, por sua vez, assumiu a qualidade divina ao mesmo tempo.
Apolinário (310-390) combatia vigorosamente a idéia segundo a qual os
elementos divino e humano se combinam em Cristo, que o Logos
simplesmente se revestiu da natureza humana e ligou-se a ela de modo
espiritual... Cristo, segundo Apolinário, não possuía alma
humana/espírito... Na sua doutrina ele substituía o pneuma (espírito)
humano pelo Logos, pois o julgava sede do pecado.

Refutação bíblica:

São vários os argumentos bíblicos à defesa da doutrina da humanidade


de Jesus, argumentos esses que são válidos a cada uma das cinco

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 19


heresias apresentadas.
Vejamos por exemplo Gl 3:16 “Ora, as promessas foram feitas a Abraão
e à sua descendência. Não diz: E às descendências, como falando de
muitas, mas como de uma só: E à tua descendência, que é Cristo” que é
o cumprimento de Gn 3:15 quando Deus fala da promessa do descendente
da mulher (semente). Os outros textos que podemos utilizar falam: (a)
das suas tentações a nossa semelhança (Hb 5:14); (b) do seu
sofrimento físico (Sl 22), mas especificamente do martírio na cruz;
(c) da sua ressurreição física e corpórea (Mt 28; Mc 16; Lc 24 e Jo
21); (d) das promessa tanto do seu nascimento humano (Is 9:6) quanto
do seu retorno físico (At 1:11). Além dessas podemos utilizar também
as relacionadas à sua vida socio-familiar, ex: enteado (Mc 6:3),
menino (Lc 2:40), filho de José (Mc 6:3) e de Maria (Lc 2:7), irmão
(Mc 6:3); bem como também as relacionadas ao seu status sócio-
político, ex: pobre (Mt 19:21), nazareno (Lc 4:16), israelita (Mt
1:1), Rei dos Judeus (Lc 23:38) e aos seus atributos humanos, ex:
tristeza (Is 53:3), sabedoria (Lc 2:40), personalidade (Mc 6:3), ira
(Jo 2:16), consciência (Mt 5:17), intelecto (Lc 2:47), paixão (Jo
2:17), capacidade de chorar (Jo 11:35), de questionar (Lc 2:49), de
conhecer (Mt 7:28) e de raciocinar (Lc 2:49).

Arianismo: deve o nome a Ário, sacerdote de Alexandria (séc. IV), que


ensinava que Jesus Cristo era um ser criado, sem nenhum dos atributos
incomunicáveis de Deus, por exemplo, eternidade, onisciência,
onipotência etc, pelo que foi censurado, em 318, e excluído, em
321... Ário considerava Cristo como “Ser intermediário”, menos do que
Deus e mais do que o homem... Negava por tanto a preexistência do
Filho em toda a eternidade, e lhe conferia atributos divinos apenas
em sentido honorifico, baseado na graça especial que Cristo recebera
e na justiça que manifestou. Em suma, a arianismo ensina que “o Filho
não existiu sempre, pois quando todas as coisas emergiram do nada e
todas as essências criadas chegaram a existir, foi então que o Logos
de Deus procedeu do nada. Houve um tempo em que não era, e não
existiu até ser produzido, pois Ele mesmo teve um principio, quando
foi criado. Pois Deus estava só, e naquele tempo não havia, nem Logos
nem sabedoria. Quando Deus decidiu-se criar-nos, produziu em primeiro
lugar, alguém que denominou Logos e sabedoria e Filho, e nós fomos
criados por meio dEle”.

Ebionismo: Seita surgida no segundo século A.D. que, apesar de


confirmar a natureza humana de Jesus, negava a sua divindade ao negar
seu nascimento virginal e sua preexistência. Charles C. Ryrie diz que
eles “afirmavam que Jesus era filho natural de José e Maria, eleito
Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 20
para ser Filho de Deus em seu batismo, e não o Filho eterno de Deus.
Pensavam que Jesus era um grande profeta, maior do que os arcanjos,
mas não divino”.

PARTE 11

ÊNFASE CRISTOLÓGICA NOS CREDOS PRIMITIVOS


Site do ICP – Instituto Cristão de Pesquisas

Credo dos apóstolos


Creio em Deus Pai onipotente e em Jesus Cristo, seu único Filho,
nosso Senhor, que nasceu do Espírito Santo e da virgem Maria, que foi
crucificado sob o poder de Pôncio Pilatos e sepultado, e ao terceiro
dia ressurgiu da morte, que subiu ao céu e assentou-se à direita do
Pai, de onde há de vir para julgar os vivos e os mortos.
Creio no Espírito Santo, na santa Igreja, na remissão dos pecados, na
ressurreição da carne, na vida eterna.

Credo de Cesaréia
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas
visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, Verbo de
Deus, Deus de toda a criação, por quem foram feitas todas as coisas;
o qual foi feito carne para nossa salvação, tendo vivido entre os
homens. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao Pai e novamente
virá em glória para julgar os vivos e os mortos. Cremos também em um
só Espírito Santo.

Credo de Nicéia
Cremos em um só Deus, Pai onipotente, criador de todas as coisas
visíveis e invisíveis; e em um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de
Deus, gerado pelo Pai, unigênito, isto é, sendo da mesma substância
do Pai, Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro,
gerado, não feito, de uma só substância com o Pai, pelo qual foram
feitas todas as coisas, as que estão no céu e as que estão na terra;
o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu, encarnou-se e se
fez homem. Sofreu, ressuscitou ao terceiro dia, subiu ao céu, e
novamente virá para julgar os vivos e os mortos.
Cremos no Espírito Santo. E a todos que dizem: “Ele era quando não
era, e antes de nascer, Ele não era, ou que foi feito do não
existente”, bem como aqueles que alegam ser o Filho de Deus de outra
substância ou essência, ou feito, ou mutável, ou alterável a todos
esses a Igreja católica e apostólica anatematiza.

Credo Niceno

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 21


Cremos em um Deus, Pai Todo-Poderoso, criador do céu e da terra, de
todas as coisas visíveis e invisíveis; e em um Senhor, Jesus Cristo,
o unigênito Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todos os séculos,
Luz da Luz, Deus verdadeiro do Deus verdadeiro, gerado, não feito, de
uma só substância com o Pai, pelo qual todas as coisas foram feitas;
o qual, por nós homens e por nossa salvação, desceu dos céus, foi
feito carne por meio do Espírito Santo e da Virgem Maria, e tornou-se
homem. Foi crucificado por nós sob o poder de Pôncio Pilatos,
padeceu, foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia conforme as
Escrituras, subiu aos céus, assentou-se à direita do Pai. Novamente
há de vir com glória para julgar os vivos e os mortos e seu reino não
terá fim. Cremos no Espírito Santo, Senhor e Vivificador, que procede
do Pai, que com o Pai e o Filho conjuntamente é adorado e
glorificado, que falou pelos profetas. Cremos na Igreja una, santa,
católica e apostólica. Confessamos um só batismo para remissão dos
pecados. Esperamos a ressurreição dos mortos e a vida no século
vindouro.

PARTE 12
HINO: ROSTO DE CRISTO

Sempre que eu leio a história de Cristo


Eu fico a pensar com grande emoção
Do privilegio que muitos tiveram
De ver o Seu rosto e sentir Sua mão
Eu também teria a mesma alegria
De vê-lo bem perto
Bem juntinho a mim
Olhar seus olhos serenos e meigos
Oh! Como eu seria tão feliz assim
Queria saber como era o seu rosto
Embora eu sinta que era mui lindo
Inspirava fé e também confiança
E dava a todos um gozo infindo
Ao ver as gravuras dos quadros pintados
Daquilo que dizem ser o meu Senhor
Meu ser não aceita o que está na tela
É falsa inspiração do pintor
Não creio, não creio num Cristo vencido
Cheio de amargura, semblante de dor
Eu creio num Cristo de rosto alegre
Eu creio no Cristo que é vencedor
E um dia também O verei face a face
E assim eu creio pela minha fé
Oh! Aleluia, verei o Seu rosto
Verei a Jesus como Ele é
Oh! Aleluia, verei o Seu rosto
Verei a Jesus como Ele é

Cristologia - Prof. Pr. Alexsandro Marcondes Teixeira 22

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