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13 de janeiro de 2024

REVISTA ADULTOS - Lição 03: A Natureza da Igreja


TEXTO ÁUREO

“Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os


membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também” (1 Co
12.12)

Entenda o Texto Áureo:


- corpo... membros. Paulo usou o corpo humano como uma analogia (cf. 10.17) para falar da
unidade da igreja em Cristo. Desse ponto até o versículo 27, ele usou "corpo" 18 vezes (Rm 12.5;
Ef 1.23; 2.16; 4 .4,12,16; Cl 1.18).
VERDADE PRÁTICA
Conhecendo a Igreja em sua natureza, nos conscientizamos da importância
de fazer parte dela.

Entenda a Verdade Prática:


- A Igreja é parte do plano de Deus para com o homem, preestabelecido antes mesmo da
fundação do mundo e possui uma natureza divina e missão específica na terra, cujo propósito
remete a Cristo. Uma das coisas belíssimas que nos acontecem por pertencermos à igreja é o
reconhecimento de que somos escolhidos.

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE


1 Coríntios 12.12-27

Entenda a Leitura Bíblica em Classe:


- 12.12 corpo... membros. Paulo usou o corpo humano como uma analogia (cf. 10.17) para falar
da unidade da igreja em Cristo. Desse ponto até o versículo 27, ele usou "corpo" 18 vezes (cf. Rm
12.5; Ef 1.23; 2.16; 4.4,12,16; Cl 1.18).
- 12.13 batizados. A igreja, o corpo espiritual de Cristo, é formada quando os cristãos são
cheios do Espírito Santo por Cristo. Cristo é quem batiza (Mt 3.11) e coloca dentro de cada
cristão o Espírito em unidade com todos os outros cristãos. Paulo não está escrevendo sobre o
batismo com água. Esse sinal externo descreve a união do cristão com Cristo na sua morte e
ressurreição (Rm 6.3-4). Do mesmo modo, todos os cristãos também são recebidos no corpo de
Cristo por meio do Espírito Santo. O objetivo de Paulo é ressaltar a unidade dos cristãos. Não
pode haver nenhum cristão que não tenha sido batizado no Espírito nem pode haver mais de
um batismo no Espírito, de outro modo todo o propósito da unidade no corpo de Cristo é
distorcido. Todos os cristãos foram batizados no Espírito e, portanto, estão todos num só corpo
(Ef 4.4-6). Essa não é uma experiência a ser buscada, mas uma realidade a ser reconhecida.
beber de um só Espírito. Na salvação, todos os cristãos não somente se tornam membros
plenos do corpo de Cristo; a igreja, como também o Espírito Santo passa a habitar em cada um
deles (Rm 8.9; Cl 2.10; 2Pe 1.3-4). A provisão da salvação de Cristo é perfeita e ele chama apenas
para a obediência e para confiar no que já foi dado (Hb 10.14).
- 12.14-20 Por meio da ilustração que ele fez de como cada parte do corpo humano é essencial
para o seu funcionamento, Paulo mostrou que a unidade; é uma necessidade indispensável da
igreja; porém, a diversidade concedida de maneira divina no interior dessa unidade também é
necessária. Além disso, suas palavras indicam que alguns membros egoístas estavam
descontentes com seus dons, almejando dons que não haviam recebido. Com essa atitude, eles,
na verdade, estavam questionando a sabedoria de Deus e insinuando que ele havia cometido
um erro nas distribuições (Rm 9.20-21). Ao buscar por habilidades e poder mais visíveis, eles
também se tornaram vulneráveis aos dons carnais diabolicamente falsificados.
- 12.18 Aqui, novamente, como no versículo 11, Paulo tratou com os coríntios insensatos e
carnais que estavam descontentes com aquilo que, de modo soberano, havia sido dado a eles
para a edificação da ígreja e glória de seu Senhor.
- 12.21 não preciso. Enquanto alguns em Corinto estavam lamentando o fato de não terem
dons superiores, aqueles que os tinham estavam menosprezando aqueles com dons mais
discretos e menos proeminentes. O "olho" e a "cabeça", que são muito visíveis e que são
focalizados pelas pessoas quando elas se encontram, representam aquelas com dons notórios.
Eles superestimavam de tal modo a própria importância que desdenhavam daqueles a quem
percebiam como menos dotados ou menos importantes. Aparentemente, eram indiferentes
("Não precisamos de ti") e autossuficientes.
- 12.22-24 A resposta de Paulo ao orgulho dos mais visivelmente dotados, foi usar novamente a
sua analogia e lembrá-los de que quanto mais frágeis e menos decorosos, na realidade, as
partes não atraentes do corpo, as não apresentáveis publicamente (v. 24) são mais respeitadas
por serem mais necessárias. Ele falava dos órgãos internos.
- 12.25 Deus projetou que os dons visíveis e públicos tivessem um lugar decisivo, porém,
igualmente projetados e ainda mais vitais para a vida são os órgãos escondidos, desse modo
mantendo a perspectiva da unidade — todos são essenciais para o funcionamento do corpo de
Cristo.
- 12.26-27 Esse é um chamado ao amor mútuo e uma preocupação com a comunhão dos
cristãos (Fp 2.1-4), o que mantém a unidade que honra ao Senhor. Há um corpo no qual todos
funcionam; no entanto, eles nunca perdem a sua identidade individual e a necessidade
essencial do ministério segundo Deus os designou para que fosse cumprido.

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INTRODUÇÃO
O estudo sobre a natureza da Igreja deve analisar aquilo que ela é em
essência. O que define uma igreja genuinamente cristã? Evidentemente que
há muitas características que mostram o que é uma verdadeira igreja.
Contudo, para nosso propósito aqui, trataremos apenas de algumas delas.
Por isso, nesta lição, veremos que uma igreja genuinamente cristã é
confessional, ou seja, ela se fundamenta na Palavra de Deus; tem uma
dimensão local e universal, ou seja, existe tanto na forma visível como
invisível; e, finalmente, a igreja genuinamente cristã é una, isto é, não é
dividida, pois sem unidade não há Igreja.
- Qual a natureza da Igreja, a sua essência?
- Quais as características de uma Igreja genuína?
- Em 1Pedro 2.9-10 o apóstolo vê a igreja como grupo, como comunidade, dando uma descrição
da “identidade corporativa” dos cristãos. Ele vê a igreja como um corpo. As palavras usadas
para descrever essa identidade foram usadas no AT para o povo de Israel (Êx 19.5-6). Pedro diz
que a Igreja é Raça eleita. Sacerdócio real; Nação santa; Povo de propriedade exclusiva de Deus
(1Pe 2.9), e Povo de Deus pela misericórdia de Deus (1Pe 2.10).
- Como introdução, é importante que se diga, que a verdadeira Igreja é única, como está
indicado pelo uso singular da palavra em Efésios e em várias outras passagens, quando se faz
referência a todos os fiéis (1Co 15.9; G1 1.13; Cl 1.18,24; 1Tm 3.15). Isso independe de “placa”,
onde quer que o povo de Deus se reúna, ali está a Igreja, ela é a igreja naquele lugar. Pela
definição do autor de Hebreus, no capítulo 12, a igreja é a comunidade de todos os cristãos de
todos os tempos. Essa definição compreende que é feita de todos os verdadeiramente salvos,
todos aqueles pelos quais cristo morreu para redimir, todos os salvos pela morte de Cristo.
Inclui todos os verdadeiros cristãos de todos os tempos, os salvos do Novo como do Antigo
Testamento.
- A manifestação visível dessa Igreja Universal, é o que chamamos de Igreja local, esta é a Igreja
como os cristãos a vêem na terra; inclui todos os que professam a fé em Cristo e dão prova de
tal fé na vida. Podemos perceber sinais externos de uma mudança espiritual interior, mas não
enxergamos o coração. Só Deus o pode. O senhor conhece os que lhes pertence (2Tm 2.19).
- Paulo certamente sabia que havia descrentes nas igrejas as quais escrevia, pareciam ser
cristãos mas no fim iam desviar-se. A igreja visível é o grupo de pessoas que se reúnem toda
semana para cultuar a Deus como Igreja e professar a fé em Cristo. Reconhecendo esta
distinção entre igreja visível e invisível, Agostinho disse, referindo-se à Igreja visível: “Muitas
Ovelhas estão fora, muitos lobos estão dentro”. Reconhecemos como membros da igreja todos os
que pela confissão de fé, pelo exemplo de vida e pela participação nas ordenanças professam o
mesmo Cristo conosco. Não devemos tentar excluir ninguém da comunhão da igreja a não ser
que este traga disciplina sobre si mesmo por causa do pecado publicamente conhecido.

I. A NATUREZA DA IGREJA NA SUA DIMENSÃO CONFESSIONAL


1. Fundamentada na Palavra. Uma igreja verdadeiramente bíblica é
firmada na Palavra de Deus. Nesse aspecto, primeiramente, temos Cristo
como a Palavra Encarnada, a Palavra Viva. No princípio era a Palavra (Jo
1.1). Jesus é a Palavra que se humanizou, isto é, Deus feito homem. A igreja
bíblica possui Jesus Cristo como seu fundamento (Ef 2.20). Uma igreja
verdadeiramente bíblica é centrada em Jesus. Em segundo lugar, uma
igreja bíblica é fundamentada nas Escrituras Sagradas, a Palavra Inspirada.
Se não existe igreja verdadeira sem Jesus, da mesma forma não há igreja
verdadeira sem fundamentação bíblica (2 Tm 3.15). A heterodoxia, o desvio
doutrinário e a apostasia vêm pelo distanciamento e abandono da Palavra
de Deus.
- Cristo é o centro de toda a história de Deus com a humanidade, desde Gn até o fim do
Apocalipse. Cristo precisa ser a essência da igreja para que ela prevaleça. No Salmo 11.3, Davi
faz a seguinte pergunta: “Ora, destruídos os fundamentos, que poderá fazer o justo?”. Davi extrai
uma analogia do reino físico para descrever uma preocupação espiritual particular que ele
tinha. Se o fracasso de um fundamento físico de um edifício implica no fim de todo o edifício, o
fracasso do povo de Deus em manter o fundamento da verdade indica um desastre para sua
saúde e bem-estar espiritual. Podemos aplicar essa ideia à igreja. Se o fundamento da igreja for
abalado, a igreja pode sobreviver? Não. Mas qual é o fundamento da igreja? Responder
corretamente essa pergunta nos ajudará a proteger o fundamento e a preservar a verdade de
Deus - “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus
Cristo” (1Co 3.11). Paulo diz em Efésios 2.20 que Jesus é, na verdade, “a pedra angular”. Jesus é
chamado de fundamento porque ele é o elemento-chave de todo o fundamento. Mas há outras
pedras nessa fundação. Qual é, então, o restante do fundamento? O fundamento, Paulo nos diz,
consiste dos profetas e dos apóstolos (Efésios 2.18-21). Em Apocalipse 21, lemos sobre a visão
magnífica da Nova Jerusalém, a cidade celestial que desce do alto. O versículo 14 nos diz que “A
muralha da cidade tinha doze fundamentos, e estavam sobre estes os doze nomes dos doze
apóstolos do Cordeiro”. Mesmo a Jerusalém celestial é baseada no fundamento dos apóstolos.
Historicamente, a igreja cristã é, em sua essência, apostólica. O termo apóstolo vem da palavra
grega apóstolos, que significa “aquele que é enviado”. Na cultura grega antiga, um apóstolo era
antes de tudo um mensageiro, um embaixador ou um emissário. Mas ele não era apenas um
mensageiro. Ele era um emissário que estava autorizado pelo rei a representá-lo em sua
ausência, e ele carregava a autoridade do rei.
2. Habitada pelo Espírito. A Igreja é habitada pelo Espírito, dirigida e
capacitada por Ele. O Espírito Santo é a força-motriz da Igreja. Na verdade,
a obra do Espírito começa no seu trabalho de convencimento do pecador. É
o Espírito quem convence o ser humano do pecado (Jo 16.8-11). É o Espírito
Santo quem produz a obra da regeneração. Quando o evangelista Lucas diz
que o Senhor abriu o coração de Lídia (At 16.14), aí vemos uma obra
poderosa do Espírito Santo trazendo o convencimento para a salvação.
- O Espírito Santo derramou-se sobre a Igreja no dia de Pentecostes. Cento e vinte almas
naquele dia receberam o selo do Espírito Santo, que envolveu suas vidas de um poder celestial.
Depois daquele dia jamais seriam os mesmos. Jesus cumpriu a sua promessa (At 1.5). O
propósito do Espírito Santo não 6 condenar, mas convencer da necessidade do Salvador. O
Filho realiza o julgamento, juntamente com o Pai (Jo 5.22,27,30). O Espírito revelará a glória de
Cristo ao seu povo. Ele inspirou a redação do Novo Testamento, guiou os apóstolos para
escreverem o mesmo (Jo 16.13) e revela "as coisas que hão de vir" (v. 13). Sem a Terceira Pessoa
do Deus Triúno, não há Igreja genuína.
3. Quem faz parte da Igreja anda no Espírito. Quando alguém responde à
mensagem da cruz, o Espírito de Deus produz nele a certeza da salvação
(Rm 8.16). Agora, regenerado, o cristão passa a andar ou ser dirigido pelo
Espírito (Rm 8.14). O fracasso na vida espiritual está no fato de não
andarmos na esfera do Espírito (Gl 5.16,17). O Espírito, portanto, habita o
crente; capacitando-o (At 1.8). Sem a capacitação do Espírito, a igreja é
inoperante e perde a sua essência.
- Na cultura romana, para uma adoção ser legalmente concretizada, sete testemunhas
respeitáveis tinham de estar presentes para atestar a sua validade. Em Rm 8.16, Paulo assegura
que “O próprio Espírito testifica com o nosso espírito”. O Espírito Santo de Deus confirma a
validade de nossa adoção, não por meio de uma voz interior mística, mas pelo fruto que produz
em nós (Gl 5.22-23) e pelo poder que ele fornece para o serviço espiritual (At 1.8). A verdade
sobre a certeza pode ser resumida assim: nosso Pai celestial deseja que seus filhos conheçam o
seu amor por eles e a própria segurança de pertencerem a sua família. Ele não seria o Pai
perfeito se não desejasse isto e se não agisse para realizá-lo. A ação de Deus se manifesta
fazendo com que o duplo testemunho de seu Espírito e do nosso espírito seja parte da
experiência normal de seus filhos. Assim Deus faz com que seus filhos se regozijem em seu
amor. O duplo testemunho é, em si mesmo, um dom – o elemento mais importante do complexo
dom da fé por meio do qual os cristãos adquirem “conhecimento emocional” de que a fé e a
adoção, a esperança do céu e o soberano e infinito amor de Deus por eles são “realmente reais”.
Mesmo que seja mais fácil sentir do que falar sobre essa dimensão da experiência de fé, todos
os cristãos desfrutam disso de alguma forma, porque, na verdade, essa realidade faz parte de
sua herança.
AUXÍLIO TEOLÓGICO
DEFINIÇÃO DE IGREJA
Jesus assevera, em Mateus 16.18: ‘Edificarei a minha igreja’. Esta é a primeira
entre mais de cem referências no Novo Testamento que empregam a palavra
grega primária para ‘igreja’: ekklesia, composta com a preposição ek (‘fora
de’) e o verbo kaleõ (‘chamar’). Logo, ekklêsia denotava originalmente um
grupo de cidadãos chamados e reunidos, visando um propósito específico. O
termo é conhecido desde o século V a.C., nos escritos de Heródoto,
Xenofontes, Platão e Eurípedes. […] O uso secular do termo também aparece
no Novo Testamento. […] Na maioria das vezes, porém, o termo tem uma
aplicação mais sagrada e refere-se àqueles que Deus tem chamado para fora
do pecado e para dentro da comunhão do seu Filho, Jesus Cristo, e que se
tornaram ‘concidadãos dos santos e da família de Deus’ (Ef 2.19). Ekklêsia é
sempre empregada às pessoas e também identifica as reuniões destas para
adorar servir ao Senhor” (HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática: Uma
Perspectiva Pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD, 2023, p. 536).

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II. A NATUREZA DA IGREJA NAS SUAS DIMENSÕES LOCAL E UNIVERSAL


1. Local e visível. Biblicamente, podemos falar da Igreja em relação à sua
dimensão espacial, isto é, em relação ao local ou ao espaço geográfico. Ela
pode ser vista e sentida. Nesse aspecto, a Igreja existe localmente. Assim,
vemos os apóstolos escrevendo suas cartas a determinadas igrejas, situadas
em diferentes locais: “à igreja de Deus que está em Corinto” (1 Co 1.2); “aos
estrangeiros dispersos no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe
1.1). Nesses textos vemos as Escrituras se referindo à ekklesia, à
comunidade de crentes, situada em diferentes locais.
- A palavra “igreja” deriva do latim ecclesia. Sua ideia original vem do grego ekklesia. Sua
utilização original designava uma “assembleia de cidadãos”. Era uma reunião de pessoas que
visava resolver questões comuns. Somente posteriormente passou a designar a “assembleia de
fiéis”. O conceito de Igreja está centrado na Igreja universal e na Igreja local. A definição de
Igreja local é um pouco mais complexa; conforme já vimos, algumas vezes, “local” descreve a
igreja em uma casa. Essa é a unidade local retratada no Novo Testamento. Embora fosse “local”,
a igreja de Corinto (1Co 1.2) devia abranger várias igrejas nas casas. Isso porque ela se limitava
à cidade de Corinto e não incluía outras igrejas na Grécia, como a de Tessalônica (1Ts 1.1).
Assim, o conceito de igreja local pode incluir um grupo reunido em uma única casa, vários
grupos em uma cidade ou até mesmo muitos grupos em uma região..
2. As particularidades das igrejas locais. Pelo teor das cartas
neotestamentárias, observamos que essas igrejas locais possuíam suas
particularidades. Os problemas encontrados em uma não eram
necessariamente os mesmos da outra (Fp 4.2,3 cf. 2 Ts 3.11,12). De igual
modo, as virtudes. Por outro lado, embora estivessem todas sob a
supervisão apostólica, observamos que eram autônomas uma em relação
às outras. Assim possuíam sua dinâmica própria. Um método que funciona
em determinada igreja pode ser inadequado em outra.
- Com a expansão da igreja e o surgimento de vários grupos locais, surgiram também
controvérsias. Uma das primeiras foi se quem não é judeu podia se tornar cristão e se era
preciso obedecer a todas as regras do judaísmo. Essa questão dividiu as opiniões. A igreja dos
apóstolos também tinha os seus problemas, tinha divergências, contendas, e outras coisas mais,
ora por causa dos costumes dos povos, ora por causa das divergências de pensamentos, ora por
causa de rebeldes e até por aqueles que desejavam ser crentes, mas sem abandonar o pecado.
- A Igreja Primitiva era liderada pelos apóstolos de Jesus. Esses homens foram escolhidos
especialmente por Deus para junto dos profetas lançarem os fundamentos da Igreja (Ef 2.20). É
verdade que sabemos muito pouco sobre a maioria dos apóstolos depois da ascensão de Jesus
ao Céu. Mas o livro de Atos dos Apóstolos, que registra parte importante da história da Igreja
Primitiva, mostra de forma destacada a atuação de alguns apóstolos na liderança da Igreja. O
trabalho do apóstolo Pedro, por exemplo, recebe grande ênfase na primeira metade do livro de
Atos. Parece que ele foi o principal porta-voz da Igreja Primitiva em seus primeiros anos. Pedro
assumiu um papel de líder na reunião em que se deu a escolha do novo membro do colégio
apostólico que deveria ocupar o lugar deixado por Judas Iscariotes (At 1.15). Ele também foi o
pregador no Pentecostes que, pela inspiração do Espírito Santo, trouxe um sermão que resultou
na conversão de três mil pessoas (At 2). No episódio envolvendo Ananias e Safira, Pedro foi
ainda o líder da Igreja Primitiva que anunciou a disciplina àquele casal (At 5). Pedro também
teve um papel importante no Concílio de Jerusalém que foi reunido para resolver a primeira
controvérsia na Igreja Primitiva que dizia respeito à recepção dos crentes gentios na
comunidade cristã (At 15). Parece que seu trabalho na Igreja Primitiva também incluiu obras
missionárias em Antioquia e depois em Roma. Ao lado de Pedro, o apóstolo João foi outro líder
de destaque na Igreja Primitiva. Ele era uma das colunas da igreja de Jerusalém (Gl 2.9). Já no
período final de sua vida, ele também teve alguma participação na igreja de Éfeso. O apóstolo
Paulo também foi uma das maiores lideranças da Igreja Primitiva. Natural da cidade de Tarso,
Paulo era um perseguidor implacável dos cristãos que foi transformado por Cristo em um dos
mais notáveis missionários da história da Igreja. Em suas viagens missionárias, Paulo fundou
várias comunidades cristãs que fizeram a Igreja Primitiva crescer. Além dos apóstolos, outros
nomes influentes também foram muito ativos na Igreja Primitiva. Entre eles: Estevão, Filipe,
Tiago, Judas, Barnabé, Silas, Marcos, Lucas, Timóteo, Tito, Apolo, etc.
3. Universal e invisível. Assim como a Igreja existe em sua dimensão local,
existe também na sua dimensão universal. Somos conscientes da existência
da igreja local, pois dela fazemos parte. Contudo, nem sempre é fácil se dar
conta do aspecto universal da Igreja porque nesse sentido, a Igreja não está
limitada ao espaço geográfico ou físico. Assim a Igreja universal e invisível
é formada por todos os cristãos regenerados que estão em todos os lugares
e por aqueles que já estão também na glória (Hb 12.23), não se limitando
somente à dimensão terrena. Aqui, é importante se diferenciar “Igreja” de
“denominação”. Numa cidade, por exemplo, pode haver várias
denominações; contudo, somente há uma Igreja. A igreja é divina, as
denominações são humanas. As denominações podem ser temporárias, a
Igreja não. As denominações podem desparecer, mas a Igreja é
indestrutível (Mt 16.18). Convém dizer que nem todo grupo que se diz
cristão pode ser visto como fazendo parte da Igreja Cristã. Há grupos que se
autodenominam “igrejas”, contudo, são sinagoga de Satanás (Ap 3.9).
Entretanto, o que fará com que uma igreja ou denominação seja cristã, é a
sua fidelidade a Cristo e às Escrituras Sagradas.
- A ideia da invisibilidade da igreja foi primeiramente desenvolvida em profundidade por Santo
Agostinho. Ele fez uma distinção entre a igreja invisível e a igreja visível. Essa distinção de
Agostinho tem sido frequentemente mal compreendida. O que ele quis dizer por igreja visível
foi a igreja enquanto uma instituição que enxergamos visivelmente no mundo. No plano eterno
de Deus, a Igreja universal foi arquitetada por Ele antes da fundação do mundo (Ef 1.4,9, 10), e,
tem um caráter geral porque inclui todos os cristãos remidos por Cristo, dentre todos os povos
(At 20.28; 1 Co 12.28; Ef 1.22; 5.27; 1 Tm 3.15; Hb 12.23).Faço uma citação da Confissão de Fé de
Westminster: “A Igreja Católica ou Universal, que é invisível, consta do número total dos eleitos
que já foram, dos que agora são e dos que ainda serão reunidos em um só corpo sob Cristo, seu
cabeça; ela é a esposa, o corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todas as coisas. Ef. 1: 10,
22-23; Col. 1: 18.” Deixo o link como sugestão de leitura: https://ipheliopolis.org.br/confissao-de-
fe/25/.

III. A IGREJA NA SUA DIMENSÃO COMUNITÁRIA


1. A igreja é una. Isso significa que a igreja é indivisível. Na analogia onde
compara a Igreja ao corpo humano, Paulo deixa bem claro que uma igreja
verdadeiramente cristã é unida porque não pode haver divisão no corpo (1
Co 12.12). Jesus disse que um reino dividido não subsistirá (Mt 12.25). Esse
princípio se aplica à Igreja também. O que o Diabo não consegue contra a
Igreja por meio da perseguição, ele consegue por intermédio da divisão.
Devemos evitar, a todo custo, o partidarismo, as preferências e os
exclusivismos, se quisermos preservar a unidade da igreja local (Ef 43).
- Antes de considerarmos a união do Corpo de Cristo, deixe-me fazer uma pergunta: você
precisa ir à igreja para ser um cristão? A frequência na igreja, se você for fisicamente capaz, é
um requisito para ir ao céu? Em um sentido bastante técnico, a resposta é não. No entanto,
devemos nos lembrar de algumas coisas. Cristo ordena que seu povo não abandone a
comunhão na congregação (Hebreus 10.25). Quando Deus constituiu o povo de Israel, ele os
organizou em uma nação visível e colocou sobre eles uma obrigação solene e sagrada de se
congregarem na adoração pública diante dele. Se uma pessoa está em Cristo, ela é chamada a
participar da koinonia — a comunhão com outros cristãos e a adoração a Deus de acordo com
os preceitos de Cristo.
- Em Efésios 4.4-6, o Apóstolo Paulo faz um apelo à unidade, ele mostra a unidade divina e a
unidade cristã. Mas a unidade cristã não implica necessariamente em uniformidade, ação que
só tem uma forma, falta de variedade. O ensino das Escrituras é que vivenciemos a unidade na
diversidade e na pluralidade de dons e chamados. Reconhecer a importância da diversidade,
nos leva a uma obra mais excelente. As nossas diferentes habilidades e capacidades cooperam
para um melhor serviço. Elas somam e não dividem quando há unidade espiritual. A unidade é
do Espírito, mas também, é algo que não se realiza sem a nossa cooperação. Todos os salvos
formam “um corpo”, o corpo místico de Cristo. Somos “um só corpo” independente das
diferentes denominações evangélicas, com exceção das falsas igrejas, pois temos uma só cabeça
espiritual – Cristo.
- As igrejas mais puras debaixo do céu estão sujeitas à mistura e ao erro; algumas têm
degenerado ao ponto de não serem mais igrejas de Cristo, mas sinagogas de Satanás; não
obstante, haverá sempre sobre a terra uma igreja para adorar a Deus segundo a vontade dele
mesmo (1Co 1.2, e 13.12; Mt 13.24-30, 47; Rm 11.20-22; Ap 2.9; Mt 16.18).

2. Unidade na Igreja. Paulo escreveu à igreja de Filipos: “completai o meu


gozo, para que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo,
sentindo uma mesma coisa” (Fp 2.2). Esse texto mostra o anseio do apóstolo
pela unidade da igreja que, como Corpo de Cristo em sua forma coletiva,
deve zelar pela unidade e, da mesma forma, cada crente deve buscar isso.
- “A Igreja como Corpo é uma unidade espiritual – onde todos os nascidos de novo estão unidos
em Cristo. Mas esta unidade tem que se manifestar na horizontal, numa união onde judeus e
gentios, homens e mulheres, escravos e livres, são um “em Cristo”. Nossa posição “em Cristo”
presente nos escritos Paulinos indica nossa união espiritual com Jesus, nos dá poder para ser
mais “santos” e “fiéis” a Ele neste mundo. É por esta razão que uma das armas principais de
Satanás – e das mais utilizadas contra a Igreja é a divisão e a desunião entre os cristãos. Mas se
somos “santos” e “fiéis” a Cristo, podemos superar as sutilezas do tentador. Comumente gostamos
muito de estar com aqueles que gostam das mesmas coisas que nós, mas nos afastamos daqueles
que são contrários aos nossos gostos. Supervalorizamos nossas habilidades e desvalorizamos as
dos outros. Quando não há entendimento de que somos um corpo, a diversidade gerará divisão e
não cooperação mútua. Um corpo saudável é constituído por vários membros e órgãos que
trabalham em harmonia. Cada membro desempenhando sua função com excelência, coopera para
o crescimento do corpo. Se algo não está bem em algum órgão, isto provocará uma má disposição
em todo o organismo. As minhas atitudes e desempenhos individuais refletirão no coletivo. O meu
relacionamento com os demais membros do corpo definirá a saúde dele. Conta-se uma história de
uma reunião que houve entre as ferramentas de uma marcenaria: a lixa solicitou a exclusão do
martelo, pois o mesmo ficava batendo em tudo e fazia muito barulho. O martelo concordou, mas
disse que a lixa era muito áspera e grossa. O parafuso foi acusado de ficar dando muitas volta
para chegar ao seu propósito. Logo então falaram da régua que se achava certinha e se julgava
no direito de medir tudo. No meio desta discussão apareceu o Senhor Marceneiro que reuniu
todas as ferramentas e com habilidade utilizou cada uma e fez um móvel maravilhoso e perfeito”.
Fundamentos da Unidade Cristã, disponível em: https://ultimato.com.br/sites/estudos-biblicos/series/serie-
unidade/fundamentos-da-unidade-crista/.
3. Diversidade na unidade. Isso reverbera o anseio de Jesus pela unidade
dos seus discípulos (Jo 17). Ali há o que os teólogos chamam de “unidade de
essência”. Na Trindade, O Pai, O Filho e O Espírito Santo são pessoas
diferentes, com uma mesma essência, possuindo a mesma substância e um
só propósito. Da mesma forma, os cristãos devem buscar esse tipo de
unidade. Nesse aspecto, unidade não é uniformidade. Somos diferentes,
diversos, temos temperamentos distintos e maneiras diferentes para fazer
as coisas; mas, mesmo assim, somos um em Cristo Jesus para perseverar no
mesmo alvo.
- “O partidarismo era um dos piores problemas da igreja local em Corinto. Em defesa da unidade,
Paulo não poupa os partidos existentes dentro daquela comunidade. Ele deixa bem claro o fato de
que Cristo é tudo em todos e deve ser o único a ser honrado de forma unânime. “A unidade da
igreja parecia aos imaturos coríntios muito menos importante do que as manifestações
espirituais. Paulo discordava disso totalmente: “Vocês não sabem que são santuário de Deus e que
o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destruir o santuário de Deus, Deus o destruirá;
pois o santuário de Deus, que são vocês, é sagrado” (1 Co 3.16-17). O apóstolo condenou as
divisões em Corinto como manifestações de carnalidade e pecado, não santidade e consagração
esperadas de um avivamento. [...]A maior evidência da diversidade na Igreja está na questão dos
dons espirituais, mostrada em 1 Coríntios 12. O Espírito Santo equipa cada cristão com dons
distintos e capacidades diversas, indicando, assim, que há na Igreja, pessoas que atuam
brilhantemente em determinada área, enquanto outras realizam mais em outra completamente
diferente. Ou seja: há diversidade de dons, ministérios e serviços, operando na Igreja, mas todos
são concedidos pelo Espírito Santo, segundo a Sua vontade. Não é por méritos pessoais.”
Construindo a Unidade na Diversidade, disponível em: https://ultimato.com.br/sites/estudos-
biblicos/series/serie-unidade/construindo-a-unidade-na-diversidade/.

AMPLIANDO O CONHECIMENTO
A IGREJA
“A palavra ekklesia se refere a uma reunião ou congregação de pessoas que
são chamadas ou convocadas e se reúnem com um propósito. No Novo
Testamento, a palavra designa basicamente uma congregação ou
comunidade do povo de Deus – as pessoas que aceitam a mensagem de
Cristo, confiam a Ele suas vidas e se reúnem como cidadãos do Reino de
Deus (Ef 2.19) com o propósito de adorar e honrar a Deus. A palavra ‘igreja’
pode se referir a uma congregação na igreja local (Mt 18.17; At 15.4) (…) ou
à igreja universal.” Amplie mais o seu conhecimento, lendo a Bíblia de
Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, p.1650.

AUXÍLIO DEVOCIONAL
“ENTENDENDO O TEXTO:
‘Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal’. Há três temas
que sempre sãos encontrados juntos em passagens do Novo Testamento. O
Corpo de Cristo, os dons espirituais e o amor. Há razões importantes por
que esses três temas são inseparáveis. O nosso relacionamento com outros
cristãos é definido pela participação conjunta em um único Corpo. O nosso
serviço aos outros cristãos é definido com o uso de nossos dons e
capacidades para servi-los. Nossa postura para com outros cristãos deve ser
de amor ativo e cuidado. Unidade, serviço e amor nunca estão separados na
Escritura. Sem unidade, não pode haver qualquer experiência de amor.
Sem amor, não pode haver qualquer experiência de unidade. Cada um
depende do outro. Se você amar e servir os outros, começará a
experimentar a unidade do Corpo de Cristo” (RICHARS, Lawrence O.
Comentário Devocional da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 2012, p.787).

CONCLUSÃO
Chegamos ao final de mais uma lição bíblica, a qual aborda a natureza da
Igreja. Vimos que não é possível nos referirmos a uma igreja como sendo
cristã se determinadas marcas ou características não estão presentes nela.
Destacamos aqui que a igreja local deve estar fundamentada na Palavra e
habitada pelo Espírito Santo. A Igreja também existe tanto local como
universalmente. Não está limitada nem pelo tempo nem pelo espaço. Ela
existe para a eternidade!
- A importância da Igreja dificilmente poderá ser superestimada. Deus comprou-a com o sangue
de seu próprio Filho (At 20.28). Cristo ama sua Igreja, cuida dela e a valoriza (Ef 5.25,29), e um
dia ela se apresentará diante dele sem mácula, em toda sua glória (v. 27). A principal atividade
de Jesus Cristo na Terra, atualmente, é edificar sua Igreja (Mt 16.18). Ele faz isso por meio da
distribuição de dons espirituais (Ef 4.12). Assim, os cristãos participam do que Cristo faz em seu
Corpo hoje em dia pelo exercício desses dons.
- Somente Cristo é a Cabeça da Igreja. Na Igreja há somente uma estrela: Jesus. Ninguém,
portanto, deve ser colocado nesta posição. Esse lugar é exclusivamente de Jesus Cristo; A igreja
é um corpo que consiste de muitos membros, cada um tendo uma função que é desempenhada
sob o comando da Cabeça, e é da Cabeça que vem instrução e direção aos membros do Corpo
(Ef 4.15). Quem dirige a igreja não é um clero bem intencionado, mas o próprio Cristo! É certo
que há uma cadeia de comando na igreja, Jesus estabelece líderes humanos, os quais são
escolhidos por Ele, para facilitar a coordenação na igreja (Ef 4.11). Mas Ele é “tudo em todos”.
Jesus tem a preeminência (Cl 1.18).
Pb Francisco Barbosa
@Pbassis
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REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é a principal característica de uma igreja verdadeiramente bíblica?
Uma igreja verdadeiramente bíblica é firmada na Palavra de Deus.
2. O que caracteriza uma igreja habitada pelo Espírito?
A Igreja habitada pelo Espírito, dirigida e capacitada por Ele.
3. Como podemos falar da dimensão espacial da Igreja?
A dimensão espacial da igreja diz respeito ao seu local ou ao espaço
geográfico.
4. Como a Igreja universal e invisível é formada?
Assim a Igreja universal e invisível é formada por todos os cristãos
regenerados que estão em todos os lugares e por aqueles que já estão
também na glória (Hb 12.23).
5. Explique a expressão “unidade de essência” em relação à Trindade.
Na Trindade, o Pai, o Filho e o Espírito Santo são pessoas diferentes,
contudo, com uma mesma essência. Possuem a mesma substância e um só
propósito.

Francisco Barbosa

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