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ÍNDICE

Antropologia.................................................................................................................................. 04
Metodos de estudos Bíblicos........................................................................................................ 12
Bibliologia...................................................................................................................................... 22
Doutrinas Básicas da Bíblia...........................................................................................................32
Introdução ao Novo Testamento....................................................................................................43
Cerimoniais e Solenidades.............................................................................................................52
Cristianismo e Politica....................................................................................................................62
Discipulado.....................................................................................................................................70
Econômia no Lar.............................................................................................................................76
Planejamento Financeiro................................................................................................................80
Escatologia.....................................................................................................................................84
Escola Bíblica Dominical................................................................................................................96
Ética Cristã e Pastoral..................................................................................................................116
Evangelismo Infantil.....................................................................................................................124
Evangelismo Pessoal...................................................................................................................143
Heresiologia.................................................................................................................................152
Homilética....................................................................................................................................161
Missiologia...................................................................................................................................167
Noções de Construção.................................................................................................................175
Noções de direito.......................................................................................................................183
Vida e Carater do Missionário......................................................................................................186
Oração, Jejum e Batalha Espiritual..............................................................................................191
Primeiros Socorros.......................................................................................................................201
Princípios Bíblico p/ Família.........................................................................................................208
Saúde Preventiva.........................................................................................................................219
Ófidios..........................................................................................................................................226
Vida de Cristo...............................................................................................................................231
Liderança......................................................................................................................................241
Administração Eclesiástica...........................................................................................................247
Missão no Lar...............................................................................................................................251
Hemenêutica.................................................................................................................................259

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2
ANTROPOLOGIA MISSIONÁRIA

3
POR QUE ANTROPOLOGIA PARA O ESTUDO DE MISSÕES TRANSCULTURAIS?
1.1. A Antropologia assume uma perspectiva integral no seu estudo de pessoa.

1.1.1. Ela se preocupa com tudo que as pessoas são, fazem e pensam. Aborda toda a extensão do
comportamento humano. Tudo constitui pensamento e ação.

1.1.2. A Antropologia é uma ciência comportamental, como Sociologia, Psicologia e Linguística. Com
muita precisão ela distingue os aspecto do comportamento humano que são resultado de herança
biológica, e que são aprendidos.

“saber onde as pessoas estão nos liberta para assumir-mos uma atitude mais construtivas “: a) Deus começa
onde as pessoas estão.
• Descobrimos e aprendemos a ver seus costumes do seu ponto de vista.
• Aproximamos deles com o Evangelho em termos da realidade deles, e não como pensamos que deveria
ser.

1.2. Antropologia desenvolveu um conceito de cultura.

Sempre houve um conceito errado do que é cultura,

1.2.1. Cultura é apresentada então como todas as coisas não biológicas e não ambientais que envolve
os seres humanos. Vemos então que a cultura não é genética, e nós aprendemos a maior parte
de nossa cultura antes mesmo de termos qualquer capacidade para avaliá-la ou reagir contra ela.

1.2.2. Três coisas influem nos relacionamentos humanos: nossa natureza biológica, nosso ambiente e
nossa cultura. E a cultura nos diz como organizar nossos impulsos biológicos e como devemos
nos relacionar com nosso ambiente.

• Ex.: A Biologia nos diz que precisamos comer. A cultura nos diz o que comemos ou não, quando
comemos, a freqüência de comer, como comemos (se com dedos, garfos, pauzinhos, etc...)
o Precisamos de proteção: que tipo de roupa ou abrigo?
o Precisamos dormir: quando? Onde? De que forma? Em quê?

1.2.3. Aprendemos que todas as culturas são essencialmente para cumprir as necessidades que as
pessoas de determinadas culturas definem como necessidade. Estas são necessidades básicas,
biológicas, ambientais, sociais, psicológicas. E há outras necessidades que as pessoas sentem
serem importantes, são necessidades criadas. Ex.: a necessidade do brasileiro de comer arroz
(ou feijão) todos os dias.

1.3. A Antropologia emprega um método de pesquisa mais útil para testemunhos transculturais.

1.3.1. Muito daquilo que o antropólogo precisa aprender não está em livros.

1.3.2. Há na Antropologia o estudo das pessoas e para isso usa-se o MÉTODO DE OBSERVAÇÃO
PARTICIPANTE, onde o antropólogo vai e vive com as pessoas enquanto estuda, tentando
participar na vida deles o suficiente para senti-las e aprender a apreciar as pessoas e sua
perspectiva de vida. Ao mesmo tempo que observa seu modo de vida, comportamento, atitudes,
etc... ele está emergindo nesta cultura e participando dela, aprendendo assim a vê-la como a
vêem os nativos. Os antropólogos cristãos afirmam ser este o melhor método para penetrar numa
cultura, encontrar o ponto de contato e contextualizar o Evangelho.

1.4. A Antropologia focaliza-se em elementos de interação humana relacionados à comunicação.

1.4.1. - Os maiores problemas na comunicação inter-cultural tem haver com as diferenças entre a
percepção do indivíduo de outra cultura e a nossa percepção.

1.4.2. Se nós queremos comunicar efetivamente, nossa mensagem tem que ser em termos do quadro
de referência cultural do receptor: A verdade tem que ser percebida como verdade por ela e não
por nós.

1.4.3. Devemos lembrar que nossa cultura afeta nossa percepção e forma de comunicar, assim como a
cultura do receptor afeta sua percepção. A antropologia nos ajuda a compreender o quadro de
referência cultural do receptor, e comunicar de forma compreensível a ele.

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1.4.4. Também a antropologia pode nos ensinar como “sermos orientados para
o receptor” em nossas tentativas de comunicar o Evangelho. É importante
aprender a ver DO PONTO DE VISTA DO RECEPTOR.

1.5. A Antropologia distingue entre as FORMAS CULTURAIS e SEUS


SIGNIFICADOS.

1.5.1. Está é uma distinção essencialmente crucial para o testemunho cristão.

1.5.2. As FORMAS são as partes óbvias da cultura. Elas estão na superfície.


Geralmente pensamos que as pessoas que imitam a nossa maneira de
seguir a Cristo o fazem pela mesma razão que nós, ou seja, pensamos
que eles dão o mesmo sentido que o nosso quando usam as formas. Mas
nem sempre é este o caso. Ex.: orar de olhos fechados
(santos na macumba)

1.5.3. Muitas pessoas fazem coisa que parecem cristãs por muitos motivos não
cristãos. Mas os motivos, que são o sentido mais íntimo, são a parte mais
importante (crucial). – Rm 14.14. (gravata)

1.6. A Antropologia focaliza em como as culturas mudam.

Muitas vezes o resultado da “cristianização” tem sido culturalmente destrutiva, e não é


sem razão. Muitas missões têm sido duramente criticadas. O cristianismo sempre implica
em mudanças culturais, daí preocupar-nos de que forma ocorrem estas mudanças e
quais seus resultados.

Nosso desejo deve ser de vermos as pessoas tornarem-se cristãos sadios em culturas sadias. Devemos
contar com o auxílio do Espírito Santo, afim de realizarmos transformação cultural construtiva e não destrutiva.

1.7. A Antropologia oferece-nos perspectivas importantes em 03 (três) áreas:

1.7.1. As pessoas para cuja cultura vamos. Uma análise desse povo, sua forma de ser, sua perspectiva
cultural, etc...

1.7.2. Nós dentro dessa cultura. Onde estamos, que pontos nos impressionam ou chocam, etc...

2. O QUE É CULTURA?

Uma boa compreensão do significado de cultura é um pré-requisito para qualquer comunicação eficaz das boas
novas do Evangelho a um grupo distinto de pessoas..

É importante questionarmos o que nós pensamos quando falamos em cultura. Alguns a colocam como “o
mundo” ou “do diabo”. Vejamos algumas definições.

• “Padrões seguidos por um determinado grupo”.

• A cultura é o sistema integrado de crenças (sobre Deus, a realidade e o significado da vida), de valores
(sobre o que é verdadeiro, bom, bonito e normativo), de costumes (como nos comportar, como nos
relacionarmos com os outros, orar, vestir, trabalhar, jogar, fazer comércio, comer, trabalhar na lavoura,
etc) e de instituições que expressam estas crenças, valores e costumes (governo, tribunais, templo,
igreja, família, escolas e hospitais, fábricas, lojas, sindicatos, clubes, etc...) que unem a sociedade e lhe
proporciona um sentido de dignidade, segurança e de continuidade.” (Lausanne/74)

• “Conjunto de comportamento e idéias características de um povo que se transmite de uma geração à


outra e que resulta da socialização e aculturação verificadas no decorrer de sua história.” (Nida)

• “Cultura é o sistema integrado de padrões de comportamento aprendidos, os quais são característicos


dos membros de uma sociedade e não resultado de herança biológica.” (Hoebel e Frost)

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2.1. Formação da cultura

O que se faz?
1a Camada

O que é bom ou
melhor? 2a Camada

O que é
verdadeiro? 3a Camada

O que é real?
4a Camada
COSMOVISÃ
O

CRENÇAS

VALORES

COMPORTAMENTO

1°. COMPORTAMENTO: Aquilo que as pessoas fazem. É a 1a camada da cultura e é


superficial.

2°. VALORES: São as decisões preestabelecidas. Escolhas sobre o que é “bom” ou “melhor”.

3°. CRENÇAS: É a reflexão dos valores. Aquilo que de fato as pessoas acreditam.

4°. COSMOVISÃO: A forma como vêem a realidade. Geralmente não é questionada. Aí está o verdadeiro
motivo para as crenças, valores e comportamento.

2.2. Natureza da cultura:

2.2.1. A cultura é um modo total de viver.

Ela abrange todas as fases da vida, todas as faixas etárias, em todas as circunstâncias. Se nós sugerimos o
Cristianismo a um povo, o que nós sugerimos é a substituição de algo já existente, não é simplesmente a adição.

2.2.2. A cultura é um sistema adaptável.

Uma tentativa de adaptar-se às realidades do ambiente biológico e cultural. É uma tentativa da sociedade de
fazer “o melhor” para responder aos problemas que encaram.

É certo que nenhuma adaptação é perfeita (pensando em todo o sistema), sempre há áreas onde há deficiência,
mas isto não nos impossibilita de ACEITAR SERIAMENTE CADA CULTURA. Devemos sempre lembrar que
raramente há uma MANEIRA MELHOR de comer, vestir, louvar, etc...

2.2.3. A cultura é aprendida.

Aprendida em grande parte inconscientemente, e de tal maneira que as pessoas envolvidas a


consideram o ÚNICO CAMINHO CERTO. Portanto, o missionário não pode simplesmente condenar às pessoas
cujos costumes ele não gosta, como se eles estivessem escolhido deliberadamente. Seu modo de vida. Assim

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como o missionário não escolheu o seu, que também pode ser considerado errado ou pervertido para o nativo.
Cada grupo vive como aprendeu.

2.2.4. A cultura faz sentido àqueles envolvidos.

Cada cultura opera de acordo com sua própria lógica, e não é justo condenar uma cultura ou grupo,
simplesmente porque não opera de acordo com nossa própria lógica (nossos padrões de lógica são
questionáveis para outros grupos).

2.2.5. Toda cultura está em constante mudança.

Não há culturas estáticas. O missionário, deve, portanto, aprender o máximo possível sobre os processos de
mudança cultural, como reconhecê-los e trabalhar com eles, para que ele tenha condições de dar assistência
aos cristãos daquela cultura.

2.2.6. A cultura opera em termos de suas próprias suposições

É a isto que nós chamamos de “COSMOVISÃO” ou “IDEOLOGIA”. Ela determina os focos e valores da cultura
(tecnologia, relacionamentos sociais, etc...). Estas pressuposições ou premissas não serão racionais, mas
assumidas como verdadeiras, sem prova prévia. São passadas sempre para as novas gerações tão
passivamente que parecem absolutas, e são poucas vezes questionadas. A visão do mundo de um povo que
organiza a sua vida e experiências num todo explanatório que eles nunca questionam, a não ser que sejam
forçados a fazê-lo.

2.2.7. A visão do mundo afeta a tarefa missionário diretamente.


• A comunicação do cristianismo (fé cristã) é basicamente uma questão de comunicação ao nível de
cosmovisão.
• As mudanças realizadas pela fé cristã deveriam ser basicamente na cosmovisão.
• A cosmovisão é uns armazéns de sentidos que a cultura procura expressar vias formas culturais e são
os sentidos que devem ser influenciados pelo cristianismo.
• Nós, que procuramos comunicar sentido cristão, viemos a entender estes sentidos quando aplicados em
termos de nossa própria cosmovisão.

*Traduzir estes sentidos exige uma compreensão ampla tanto de nossa cosmovisão, como também da
cosmovisão do povo com o qual trabalhamos.

*As diferenças entre cosmovisões constituem a maior barreira para a comunicação transcultural.

2.3. A mensagem bíblica apresentada vias as culturas bíblicas.

A mensagem deve levar em conta a cultura bíblica, ao contexto sócio-político-histórico para depois então
levá-la ao receptor, levando-o a olhar de sua própria cultura para a Bíblia, buscando os princípios e não as
formas.

Dois modelos para análise:

1.

CULTURA BÍBLICA

CULTURA DO
CULTURA DO
RESPONDENTE
MISSIONÁRIO

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Hesselgareve “Communicating Christ Crossculturally”

CULTURA BÍBLICA
reflexão ação reflexão
ação

reflexão ação
CULTURA DO
MISSIONÁRIO CULTURA DO
RESPONDENTE

Modelo “praxis”

Levá-los por si próprios a adaptarem os ensinos bíblicos às culturas próprias.

Mudanças em costumes periféricos causam “ondinhas” que têm como resultado mudanças não direcionadas na
visão do mundo.

CONSIDERAÇÕES:

Há coisas que são comuns a todas as culturas. As culturas constituem-se de respostas às necessidades básicas
dos homens. Estas necessidades são:
• Primárias: Em comum com os animais, comer, dormir, eliminação de alimentos, proteção contra o clima,
sexo, etc...
• Sociais: Vindas da natureza social do homem. Organizar atividades sociais (liderança, divisão de
trabalho, comunicação, educação, etc...).
• Integrantes: Fazer sentido à vida, manter as coisas em equilíbrio e numa perspectiva manejável
(necessidade de uma visão do mundo). Necessidade de um senso do bem e do mal, expressão estética
e recreativa.
• Espirituais: Com relação a Deus e ao pecado.

Alguns olham para a cultura como se fosse uma série de peças separadas e separáveis. O cubo religioso, o
cubo econômico, etc... Quando queremos comunicar Cristo, pensamos que é apenas substituir o bloco religioso
deles pelo nosso... Nenhum das peças da cultura é completamente separável das outras.

Não podemos descrever o aspecto religioso de uma cultura adequadamente sem tratar da rede extensiva de
interação. Quando há mudança em algum aspecto da cultura, produz conseqüência através de toda a cultura.

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3. FORMAS E SENTIDOS

3.1. Forma Sentido


- Figura observável - Aquilo que a figura simboliza .

ILUSTRAÇÃO

Palavra: cachorro animal canino - todas as associações com


este conceito.

Cerimônia: casamento para casais, pais convidados, músico e


pregador.

Cultura material: carro viajar, prestígio, liberdade, poder, dinheiro,


algo para concertar.

3.2. Sentidos são comunicados para pessoas através de formas culturais:

3.2.1. Se queremos comunicar sentidos cristãos temos que usar formas culturais; com palavras,
costumes de hospitalidade, cerimônia, culto, ritual, crenças.

3.2.2. Cada forma cultural já tem seu próprio sentido.

3.2.3. Princípio: Quando possível, procurar usar a forma deles (ao invés de uma forma estrangeira) e
começar o processo de transformar seu sentido.

3.3. Uma forma cultural emprestada duma cultura para outra, terá pelo menos algum sentido numa cultura
nova.
Exemplo: Sapatos: Brasil – proteção, beleza
África – prestígio, imitação dos europeus
3.4. A mesma forma de culturas diferentes terá sentidos diferentes.
Exemplo: - cruzar as pernas: Oriente – descansar (até orar)
Ocidente – desrespeito a Deus
cachorro: E.U.A – animal amigável
Oriente e África – peste, aborrecimento
Brasil – proteção no quintal

4. PERSPECTIVAS MONOCULTURAIS X PERSPECTIVAS TRANSCULTURAIS

Uma perspectiva monocultural é etnocêntrica (miopia cultural).

SÍNDROME BÁSICA tem as seguintes características:

4.1. Absolutista - Nenhuma permissão para possível validade ou retidão de outras realidades. Geralmente
não pode nem imaginar que outra posição poderia ser válida. Todas as outras percepções são
diferentes, logo, erradas.

4.2. Iguala as realidades - Somente uma verdadeira visão de realidade: a minha. E muitas vezes se
reivindica o endossamento de Deus desta visão.

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4.3. Assume que nossas visões têm sido alcançados por serem superiores. Nossos ancestrais olharam para
toadas as alternativas e selecionaram este caminho. Acharam todos os outros inferiores e os rejeitou.
“Deus nos guiou a estas visões”.

4.4. Não tem respeito por outras culturas ou subculturas - Orgulhoso do seu próprio modo de vida (como se
ele próprio e tivesse alcançado) e detenha de outros modos de vida.

5. DEUS E A CULTURA

5.1. A cultura é um veículo – usada por Deus, satanás e as pessoas.


5.2. Não há dicotomia entre cristãos e formas culturais. Quase todas as formas da cultura são usáveis para
propósitos cristãos. Todo o cristianismo é expressado via formas culturais. Não há formas sagradas.
5.3. Deus quer alcançar todos em termos de sua cultura. Os gregos via cultura grega, brasileiros via cultura
brasileira.
5.4. Conversão dentro da cultura. Sem ter que tornar-se um alienígena ou um “ocidental”.
5.5. A Igreja dentro da cultura. A transformação da cultura (especialmente os sentidos)

6. PANORAMA DA CULTURA BRASILEIRA

6.1. Religião
• Católicos nominais, um grande sincretismo com espiritismo.
• Praticam e participam bastante de festas católicas e espíritas.
• Já não há preconceito contra o espiritismo.
• Número crescente de evangélicos. Pentecostalismo: a nova cara.
6.2. Cumprimentos
• Aperto de mãos.
• Abraços entre amigos.
• Beijos.

6.3. Hospitalidade - Geralmente são bastante hospitaleiros e receptivos (principalmente com os


estrangeiros). Às vezes até incomoda. “Ainda é cedo”.

6.4. Família
• São laços fortes apesar de haver mudanças nas cidades.
• Há padrinhos e afilhados.
• Geralmente casam-se jovens.
• Nas famílias mais tradicionais, os pais esperam que os homens (pretendentes) peçam permissão
para namorarem suas filhas.

6.5. Visitas
• Quando nasce um filho costuma-se levar flores para a mãe com um presente para o recém-
nascido.
• Aos doentes, geralmente levam-se frutas.
• É comum fazer visitas às casas, não dependendo necessariamente de convite.

6.6. Reuniões
• Comum atraso.
• Olhar nos olhos é importante.
6.7. À Mesa
• Usar faca na mão esquerda.
• Pedir licença para sair.
• “Comam mais”.Está servido?”.

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METODOS DE ESTUDOS BIBLICOS

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INTRODUÇÃO

O objetivo desta matéria, é fornecer ao aluno as ferramentas necessárias para que ele mesmo, descubra por si
mesmo de primeira mão, as verdades na Palavra de Deus. O estudante deve compreender que todo e
qualquer estudo bíblico tem como premissa levar o leitor para um contato direto com as Escrituras, de
tal maneira que sua vida seja moldada pela Palavra de Deus.

Com que frequência você deve estudar a Bíblia?

Por que é que a maioria dos cristãos não estuda a Palavra de Deus? Muitas razões podem ser dadas, mas três
são muito comuns.

1. as pessoas não sabem como estudar.

2. por que as pessoas não estudam a Bíblia é que elas não são motivadas. E porque elas não
experimentaram a alegria de descobrir pessoalmente as verdades da Palavra de Deus.

3. por que as pessoas não estudam as Escrituras é porque elas são preguiçosas. Estudar a Bíblia é
trabalho árduo, e não há atalhosCusta tempo, esforço, concentração e persistência. A maioria das
grandes verdades da Palavra de Deus não está na superfície.

Howard G. Hendricks, conferencista famoso e perito em educação cristã, fala de três fases pertinentes à atitude
para com o estudo da Bíblia:

• A fase "óleo de rícino" — quando você estuda a Bíblia porque sabe que é bom para você, mas não é
muito agradável.

• A fase "cereal" — quando o estudo da Bíblia é seco e desinteressante, mas você sabe que está sendo
alimentado.

• A fase "pêssegos com chantilly' — quando você está realmente banqueteando-se com a Palavra de
Deus.

Provavelmente, o pior inimigo para o estudo da Bíblia nos dias de hoje no mundo ocidental seja a televisão.
O americano comum de 18 anos de idade já acumulou cerca de 180 horas vendo televisão. Peritos nos
informam que quando o americano que foi criado vendo televisão, atingir a idade de 65 anos, terá assistido
uma média de nove anos e meio. São 15% da vida gastos na frente do aparelho de televisão2!

Em contrapartida, se a pessoa for regularmente à escola dominical desde o nascimento até a idade de 65
anos, terá um total de apenas quatro meses de ensino consistente da Bíblia. E ainda ficamos admirados por
que há tantos cristãos fracos na sociedade ocidental? Temos de nos disciplinar e separar tempo específico
para o estudo da Bíblia e não deixar nada nos atrapalhar.

Quando começar a estudar a Palavra de Deus, não vá com a atitude de descobrir uma verdade que
ninguém viu. Não estude com a intenção de encontrar algo para impressionar os outros. Estude a Palavra
para descobrir o que ela tem a dizer para você. O verdadeiro problema para a maioria de nós não é a
interpretação de passagens difíceis, mas a obediência às passagens que entendemos.

O Dr. Paul Little comparou o estudo pessoal da Bíblia com comer amendoim. Se comer um, não pára mais!
Assim que você descobrir o sabor "gostoso" de estudar a Bíblia, voltará em busca de mais e mais. O estudo
pessoal da Bíblia é formador de hábitos!

É possível conhecer a Palavra de Deus e não conhecer o Deus da Palavra. Uma das tragédias de nossos
dias é que alguns dos melhores estudiosos da Bíblia também são indivíduos que menos ganham almas para
Jesus. Eles têm tempo para pesquisar as grandes pedras preciosas da verdade bíblica, mas esquecem que
um dos mandamentos da Escritura é sair e fazer discípulos. Quando aplicamos a Palavra de Deus em nossa
vida, também ficamos ansiosos em cumprir a Grande Comissão (Mt 28.18-20).

No mundo ocidental, vivemos numa sociedade que prefere fazer com que outras pessoas pensem por nós. E por
isso que a televisão e outras formas de entretenimento, inclusive jogos esportivos, são tão populares. Queremos
relaxar e ser entretidos, sem ter de pensar ou mostrar esforço. No estudo da Bíblia temos de aprender algumas
técnicas, métodos e então nos concentrar em trabalhar pertinazmente as mensagens que Deus tem para nós.

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1. Como estudar a Bíblia

1.1. O estudo dinâmico da Bíblia não requer nada de mágico. Uma vez tendo compreendido os princípios
básicos, é simples de fazer. A seguir, apresentamos cinco princípios gerais que você precisará
lembrar, independente do método de estudo que esteja usando.

1.2. O segredo do estudo dinâmico da Bíblia é saber fazer o tipo certo de perguntas. Fazer perguntas é uma
habilidade que pode ser desenvolvida. À medida que você aumentar em proficiência no estudo da
Bíblia, você desenvolverá a arte de fazer perguntas. Quanto mais perguntas você fizer sobre o texto
em estudo, mais extrairá dele.

1.3. anotar o que foi observado e descoberto. Você na verdade não considerou cuidadosa e detalhadamente
um texto bíblico até que tenha escrito os pensamentos tidos. Não se pode estudar a Bíblia sem
escrever algo. Esta é a diferença entre ler a Bíblia e estudar a Bíblia. Na leitura da Bíblia, você lê do
princípio ao fim uma porção selecionada da Escritura, ao passo que no estudo da Bíblia, você toma
notas extensas.

1.4. Aplicação na vida. Não queremos nos conformar apenas em entender; queremos aplicar os princípios
bíblicos no nosso viver diário. Nossa meta em todos os estudos da Bíblia é conhecer Jesus Cristo e
nos tornar como ele em nossas atitudes, nossos pensamentos, nossa fala, nossas ações e nossos
valores

Dwight L. Moody,: "A Bíblia não foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossa vida".

1.5. A Palavra de Deus deve ser estudada sistematicamente. Precisamos de um plano sistemático e regular
de estudo, quer nos dediquemos a um livro, estudemos uma palavra, analisemos uma personagem,
estudemos um capítulo.

2. Uma biblioteca básica Quem está começando o estudo pessoal da Bíblia deve comprar somente as
ferramentas básicas mais necessárias.

• uma Bíblia de estudo;


• duas versões bíblicas diferentes;
• uma concordância exaustiva;
• um dicionário bíblico;
• um manual bíblico;
• um comentário de um volume.
Uma biblioteca mais avançada A medida que você ficar proficiente no estudo pessoal da Bíblia e se habituar no
uso das ferramentas de sua biblioteca básica, acrescente outras ferramentas avançadas à coleção. Além das
ferramentas acima, os seguintes itens são recomendados:

• Uma enciclopédia bíblica;


• comentários de cada livro da Bíblia;
• um atlas bíblico;
• qualquer outro livro que o interessar
Economize para comprar estas ferramentas e iniciar a biblioteca básica. Se você estabelecer a meta de comprar
um livro por mês, em um ano terá respeitável e valiosa coleção de ferramentas de referência. Estas também
podem ser excelentes sugestões de presente de Natal ou de aniversário.

3. Métodos de estudo bíblico

3.1. O método devocional.

O método devocional envolve tomar uma passagem da Bíblia, grande ou pequena, e meditar nela com devoção
até que o Espírito Santo lhe mostre um meio de aplicar a verdade na sua vida de modo que seja pessoal, prático,
possível e mensurável. A meta é você levar a sério a Palavra de Deus e ser "praticante" do que ela diz (Tgl.2).

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3.1.1. Etapas:

1°. Ore em busca de compreensões intuitivas sobre como aplicar a passagem


2°. edite no versículo (ou versículos) que escolheu estudar
3°. Escreva uma aplicação
Você pode ser uma enciclopédia bíblica ambulante, com a cabeça abarrotada de conhecimento bíblico, mas isso
não lhe fará bem algum se diariamente você não aplicar na prática o que sabe na teoria. Se você estuda a
Palavra de Deus e não a aplica na sua vida, você não é melhor que os fariseus e saduceus dos dias de Jesus.
Você não conhece as Escrituras até que as ponha em prática.

Aplicação é trabalho árduo Por que é tão difícil aplicar a Escritura na nossa vida? A princípio, parece que aplicar
a Bíblia é bastante simples, mas na verdade é a parte mais difícil do estudo da Bíblia. A aplicação não ocorre por
acaso

3.1.2. Razões que tornam tão difícil a aplicação da Escritura à nossa vida são:

• porque requer pensamento sério. As vezes custa longo período de meditação (pensamento
concentrado e fervoroso), antes que vejamos um meio de aplicar a verdade da Escritura que
estudamos.
• porque Satanás combate violentamente essa prática. Os ataques mais fortes do diabo ocorrem
no período devocional, quando você está tentando aplicar o que estudou.
• porque por natureza resistimos a mudanças. É habitual não "sentirmos" vontade de mudar, que é
o que a verdadeira aplicação requer. Vivemos pelos sentimentos e não pela vontade, porque nos
contentamos em ficar do modo que estamos.
3.1.3. Três fatores ao escrever uma boa aplicação:

1) A aplicação deve ser pessoal— escreva-a na primeira pessoa do singular. Quando escrever
uma aplicação, use os pronomes pessoais da primeira pessoa do singular ("eu", "mim",
"meu, minha, meus, minhas").

2) A aplicação deve ser prática — algo que você possa fazer. Torne as aplicações tão específicas
quanto possíveis.

3) A aplicação deve ser possível de memorização que planeja aprender, na versão de sua
escolha.

3.2. O método temático

O estudo temático é similar ao estudo tópico, diferindo em dois pontos. Primeiro, o estudo temático é menor que
o tópico, porque se estuda menos versículos. Um tópico pode ser subdividido em muitos temas. Por exemplo,
"oração" seria um tópico, subdividido em: "as orações de Jesus", "as orações dos autores do Novo Testamento",
"condições para que a oração seja respondida", "promessas na oração", "intercessão pelas pessoas" e muitos
outros temas relacionados à oração. Quando se faz um estudo temático, centraliza-se o seu enfoque somente
em passagens da Escritura que dizem respeito ao tema selecionado.

3.2.1. Etapas

1°. Escolha um tema Escolha um tema do seu interesse. Se este for o seu primeiro estudo deste
tipo, comece com um tema simples. Na seção Tarefa há algumas sugestões, inclusive
perguntas, e o exemplo oferece um estudo completo.
2°. Faça uma relação de todos os versículos que pretende estudar Usando as três ferramentas —
a Bíblia de estudo, a concordância exaustiva e a Bíblia tópica — faça uma lista de todos os
versículos bíblicos relacionados ao tema que você escolheu.
3°. Selecione as perguntas a serem feitas Como saber se as perguntas a serem feitas estão
corretas? Escreva aquelas que tiver maior interesse. Que assuntos você gostaria de saber
sobre o tema escolhido? Faça uma lista de perguntas, não mais que cinco. Lembre-se de
que às vezes apenas uma pergunta é o suficiente. Escreva a pergunta (ou perguntas) no
formulário ou em uma folha de papel.

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4°. Formule perguntas para cada referência bíblica Leia as referências bíblicas e formule
perguntas sobre cada versículo. Escreva as respostas que encontrar nos lugares
apropriados do formulário ou no papel. Às vezes, você conseguirá responder todas as
perguntas sobre determinado versículo mas, em geral, responderá somente parte delas.
Vez por outra, um versículo pode não responder nenhuma de suas perguntas. Sempre que
uma pergunta não tiver resposta, deixe em branco no formulário. Se não obtiver nenhuma
resposta às perguntas, comece de novo e elabore outro conjunto de perguntas.
5°. Tire conclusões do estudo Depois de ter lido todas as referências bíblicas e ter respondido as
perguntas a ela pertinentes, retorne à série de perguntas e resuma as respostas. Você
pode organizar o estudo em forma de esboço, agrupando versículos semelhantes e
transformando as perguntas nas principais divisões do esboço. Assim, será mais fácil
quando quiser compartilhar suas descobertas com um grupo de estudo bíblico, classe,
congregação ou com algum "filho na fé".
6°. Escreva uma aplicação pessoal Para implementar o que descobriu e torná-lo realidade em sua
vida, escreva uma aplicação pessoal que seja prática, possível e mensurável.
3.2.2. Como organizar o estudo?

1. Tema: Escolha o tema que deseja pesquisar, certificando-se de que não seja muito extenso e
que não se trata do tópico principal.
2. Lista de referências bíblicas: Faça uma lista das referências bíblicas, tantas quantas forem
necessárias para o estudo.
3. Perguntas a serem feitas: Relacione as perguntas a serem feitas sobre cada uma das
referências bíblicas (não mais que cinco).
4. Respostas às perguntas: Faça as perguntas escolhidas de cada referência bíblica e escreva as
respostas no espaço apropriado ao lado de cada referência bíblica desta
5. Conclusões: Escreva as conclusões e resumos dos versículos estudados.
6. Aplicação: Escreva uma aplicação pessoal, prática, possível e mensurável.
Exemplos:

1. Tema: Definição de discípulo segundo Jesus


2. Lista de referências bíblicas: Mateus 10.24,25 Lucas 14.26-28 Lucas 14.3 João 8.31,32 João
13.34,35 João 15.8 3.
3. Perguntas a serem feitas: A. Quais são as características de um discípulo? B. Quais são as
consequências de ser discípulo?
4. Respostas às perguntas:
4.1. Mateus 10.24,25:
o Um discípulo será como Cristo (seu Mestre).
o Ele deve esperar ser tratado como Cristo foi, pelo mundo.
4.2. Lucas 14.26-28
o O discípulo deve amar a Cristo acima de tudo e carregar sua cruz.
4.3. Lucas 14:3
o O discípulo deixa tudo para seguir a Cristo.
4.4. João 8.31,32
o O discípulo espera continuamente na Palavra de Cristo.
o O discípulo conhece a verdade e é liberto.
o
5. Conclusões: O discípulo:
o é como Cristo;
o ama a Cristo acima de tudo;
o carrega a cruz e segue a Cristo;
o deixa tudo para seguir a Cristo;
o espera continuamente na Palavra de Cristo;
o ama os outros;

6. Aplicação:
o Estabelecerei um horário regular para meditar diariamente na Palavra, iniciando
amanhã de manhã
o Demonstrarei amor pela pessoa que me irritar em minha classe de escola dominical,
convidando-a juntamente com a família para jantarem em minha casa na semana
que vem.

15
3.3. O método biográfico

A Bíblia narra numerosas histórias de homens e mulheres e suas relações com o Deus amoroso que os criou.
Estudar a vida desses indivíduos é significativo e edificante. Podemos aprender como agir e viver, observando os
atributos positivos de centenas de pessoas que recheiam as páginas da Escritura. Da mesma forma adquirimos
vasto conhecimento e sabedoria, examinando e evitando as tremendas falhas e aspectos negativos da vida das
pessoas mencionadas na Palavra de Deus.

O método biográfico procura descobrir o segredo do sucesso ou do fracasso espiritual da vida de alguma
personagem bíblica. No estudo biográfico você busca conhecer a vida íntima da personagem em estudo. Peça a
Deus que o ajude a pensar e a sentir juntamente com ele, de forma que seu estudo seja uma experiência
transformadora de vida. Neste método de estudo, você escolhe uma personagem bíblica e pesquisa sobre sua
vida e seu caráter nas Escrituras.

O Novo Testamento é um livro de instruções; o Antigo Testamento é um livro de ilustrações, embora ambos os
testamentos contenham instruções e ilustrações. As verdades do Novo Testamento são ilustradas no Antigo
Testamento. Uma das melhores maneiras de estudar o Antigo Testamento é estudar suas personagens. Isto faz
com que as Escrituras mais antigas se tornem vivas.

A Bíblia menciona em maiores ou menores detalhes mais de 30 personagens. Quando você tiver aprendido este
método de estudo, terá aberto a porta para uma vida inteira de estudo bíblico empolgante e completo. Estudos
biográficos são agradáveis de serem feitos e um dos métodos mais fáceis de encontrar aplicações pessoais.

3.3.1. A fim de que o estudo biográfico seja significativo, você precisa ter em mente certas dicas.
1) Inicie seu estudo com uma personagem sobre quem você pode fazer um estudo simples, com
poucas referências bíblicas. Alguns personagens bíblicos podem ser estudados em algumas
horas; outros levam semanas e ainda há aqueles, tão importantes, que custam uma vida inteira
de estudo. Não comece um estudo de alguém como Jesus, Moisés ou Abraão. Comece com
uma pessoa menos importante, mas de certo destaque, como André, Barnabé ou Maria de
Betânia.
2) O segredo de um bom estudo biográfico é conviver com aquele personagem durante o estudo.
Ponha-se no seu lugar. Tente entrar em sua mente e pense, sinta e reaja às circunstâncias
como ele. Procure ver as coisas sob seu ponto de vista, olhando com seus olhos, ouvindo com
seus ouvidos, entrosando-se com seus amigos e lutando contra seus inimigos. Torne-se essa
pessoa enquanto a estuda. Isso só será possível se você passar muito tempo com ela, lendo e
relendo todas as referências bíblicas a seu respeito. Um amigo meu, Wayne Watts, passou a
vida inteira estudando Abraão. Estudou a personagem por tanto tempo que assumiu muitas
características de Abraão. Ele é um grande homem de fé, como Abraão foi.
3) Cuidado para não se confundir com pessoas de mesmo nome quando procurar as referências
bíblicas. Certifique-se de que o versículo trata da mesma pessoa que você escolheu estudar.
Não confunda João Batista com o apóstolo João ou João Marcos. São homens diferentes. O
contexto dos versículos geralmente lhe dirá quem é quem. Por exemplo, a Bíblia nos mostra
que os seguintes nomes eram populares e se referiam a pessoas diferentes.
a. Zacarias — 30 homens diferentes.
b. Natã — 20 homens.
c. Jonatas — 15 homens.
d. Judas — 8 homens.
e. Maria — 7 mulheres.
f. Tiago — 5 homens.
g. João — 5 homens.
4) Tenha o cuidado em achar os diversos nomes que podem se aplicar a uma só pessoa.
Considerando que a Bíblia saiu de um contexto hebraico-aramaico-grego, alguns nomes de
pessoas mudavam nos idiomas diferentes, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
o Por exemplo, o apóstolo Pedro é conhecido por Pedro, Simão, Simeão e Cefas.
o Os três amigos de Daniel, Hananias, Misael e Azarias são mais bem conhecidos por
Sadraque, Mesaque e Abede-Nego.
5) Mantenha-se longe de livros escritos sobre personagens bíblicas, até que você tenha esgotado
todas as referências bíblicas sobre a pessoa e tenha extraído toda compreensão possível dos
textos. Não deixe que um comentarista bíblico lhe roube o trabalho da descoberta pessoal, ou
prejudique sua opinião sobre certo personagem. Faça seu trabalho primeiro; depois, confira
outras fontes.
3.3.2. Etapas simples para fazer um estudo biográfico O formulário para estudo biográfico
contém dez seções, que representam as dez etapas para fazer este estudo.

16
1°. Escolha a personagem bíblica que quer estudar Escolha alguém que tenha um ponto fraco
como você ou um ponto forte que você gostaria de aperfeiçoar. Selecione uma personagem
cuja vida lhe mostre revelações valiosas sobre como você poderia se ajustar mais ao padrão
de vida de Deus e se tornar mais semelhante a Jesus Cristo.
2°. Faça uma lista de todas as referências bíblicas sobre a personagem Usando as ferramentas de
consulta, encontre todas as referências bíblicas que puder sobre esta personagem, bem como
fatos relacionados à sua vida, tais como o seu nascimento, os principais acontecimentos na
vida, as realizações, o que os outros diziam a seu respeito e sua morte. Você não obterá todas
as "estatísticas fundamentais" necessárias sobre cada personagem que estudar, mas
descobrirá tanto quanto possível.
3°. Escreva as primeiras impressões (primeira leitura) Leia todas as referências bíblicas que você
relacionou e faça algumas anotações. Escreva a primeira impressão que tiver sobre esta
personagem. Depois, escreva observações básicas e informações importantes que descobrir
sobre ela. Finalmente, faça uma lista de quaisquer problemas, perguntas ou dificuldades que
quiser saber, à medida que for lendo as referências bíblicas.
4°. Faça um esboço cronológico (segunda leitura) Quando se tratar de personagem importante,
leia novamente todas as referências e faça um esboço cronológico da vida dessa pessoa. Isto
o ajudará a ter uma boa perspectiva de sua vida e você perceberá como acontecimentos
diferentes se inter-relacionam. Mais tarde, quando estiver estudando os acontecimentos
associados à sua vida, saberá em que momento eles ocorreram. No caso das personagens de
menor importância ou daquelas sobre quem poucos detalhes são fornecidos, leia as
referências bíblicas e faça um esboço com base na informação que você tiver.
5°. Procure conhecer o íntimo da personagem (terceira leitura) Consulte novamente as referências
bíblicas e procure possíveis respostas às perguntas sugeridas no apêndice B. Ao responder
algumas dessas perguntas, você terá revelações e saberá mais sobre o caráter da pessoa que
estiver estudando. Sexta etapa — Identifique qualidades de caráter (quarta leitura)
6°. Mostre como outras verdades bíblicas são ilustradas na vida da personagem Examine a vida
da personagem para ver como ela ilustra outras verdades bíblicas. Por exemplo, sua vida
mostra o princípio da "colheita e semeadura"? Procure na vida dessa pessoa ilustrações de
alguns dos provérbios como também certos princípios ensinados em Salmos. Por exemplo,
pergunte: "A vida dessa pessoa ilustra a promessa: 'Deleite-se no Senhor, e ele atenderá aos
desejos do seu coração'?" (SI 37.4). Encontre referências cruzadas que ilustrem o que a Bíblia
diz sobre algumas das características que você achou na vida desta personagem.
7°. Resuma a lição principal Em poucas frases, escreva o que você pensa ser a principal lição
ensinada ou ilustrada pela vida desta personagem. Há alguma palavra que traduza a sua vida
? Que característica se sobressai?
8°. Escreva uma aplicação pessoal Reporte-se ao método devocional e reveja as instruções para a
redação de uma aplicação. Além dos princípios ali sugeridos, acrescente estas perguntas:
o Percebi em mim mesmo algo similar à vida desta personagem?
o Ela mostrou algumas de minhas fraquezas?
o Ela revelou meus pontos fortes?
o O que mais me impressionou acerca de sua vida?
o Onde preciso melhorar nessa área?
o O que pretendo fazer a respeito?
9°. Torne o estudo comunicável Sintetize o que você aprendeu em um esboço simples, de fácil
memorização, possibilitando compartilhar suas conclusões com outros. Torne possível a sua
comunicação. Pergunte-se: "O que a vida dessa pessoa pode significar para outros? O que
posso compartilhar sobre o que aprendi para ajudar outras pessoas?".
10°. Divida a informação em seqüências naturais de tempo e/ou fatos e lições aprendidas. Registre
as informações encontradas de forma progressiva. Depois, pense num modo fácil de
memorização para intitular cada seção. Mantenha os títulos condizentes com o conteúdo
principal de cada uma delas, fazendo uso de rimas, aliterações e outros dispositivos de
memorização. Use sua imaginação nesta etapa!
3.3.3. Veja o exemplo sobre a vida de Estevão no final deste capítulo.

1. Nome: Estevão
2. Referências bíblicas: Atos 6.3 — 8.2 Atos 1.19 Atos 2.20

3. Primeiras Impressões e observações: Estevão foi um mártir e poderoso pregador da igreja


primitiva com tremendo testemunho, disposto a morrer por sua fé.

4. Esboço de vida:
4.1. Escolhido pela igreja primitiva como líder para ajudar a solucionar discordâncias (At 6.5); 2.).

17
4.2. ele era cheio do Espírito e de sabedoria (At 6.3);

4.3. ele era cheio de fé e do Espírito Santo (At 6.5);

4.4. ele era cheio da graça e do poder de Deus (At 6.8);


4.5. ele conhecia as Escrituras (At 7.2-53).

5. Ele tinha um grande ministério:

5.1.1. servia mesas (At 6.2,5);


5.1.2. fazia milagres (At 6.8);

5.1.3. pregava e ensinava poderosamente (At 6.10).


5.1.4. Ele foi perseguido: hostilizado por judeus de diversas partes (At 6.9);. falsamente
acusado (At 6.1); preso e levado perante o Sinédrio (At 6.12-14): falsas testemunhas
testificaram contra ele; defendeu-se fazendo um retrospecto magistral sobre o Antigo
Testamento (At 7.2-53); testemunhou de Jesus (At 7.5,56); foi linchado pela multidão
enfurecida (At 7.57-60).

5.1.5. Teve um ministério depois da morte — a perseguição fez com que a igreja se
espalhasse (At 8.2-4; 1.19). 5t Revelações gerais (respostas a perguntas):

5.2. Qual foi sua reação diante de falsas acusações? Ele se manteve sereno, ficou calado e só
respondeu quando o sumo sacerdote lhe dirigiu a palavra. C. Há paralelos com Jesus? Sim,
ele foi acusado falsamente, demonstrou amor e preocupação pelos que o acusavam e morreu
uma morte "imerecida".

6. Qual foi sua atitude para com os que o executavam?


Ele foi perdoador, a ponto de pedir que Deus os perdoasse pelo pecado de homicídio. E. Quais
foram as consequências, a longo prazo, de sua vida, ministério e morte? Fomentar o plano de
Deus. Sua morte fez os discípulos fugirem e levarem o Evangelho a outras partes da Judeia,
Samaria e regiões fora dos limites da Palestina, em cumprimento de Atos 1.8. Sua morte também
ajudou na conversão de Paulo.

7. Qualidades de caráter Identificadas:

7.1. Cheio do Espírito (6.3,5,10)


7.2. Disponível para Deus (6.8)

7.3. Perdoador (7.60)


7.4. Respeitado por outros (8.2)
7.5. Testemunha de Jesus (2.20) 7. Verdades bíblicas Ilustradas em sua vida: ■ A presença e o
consolo do Espírito Santo nas provações da vida (At 7.54,5; Hb 13.5,6). • Falsas acusações e
perseguição ocorrerão em nossa vida (At 6.1 lss).

8. Resumo das lições aprendidas por sua vida:


A principal característica de Estevão foi seu compromisso com o Senhor e sua boa vontade em
fazer tudo para ele, inclusive entregar sua vida.
8.1. Este compromisso é notório no seu caminhar com Deus (ele era "cheio do Espírito Santo, de
sabedoria, de fé, da graça e do poder de Deus"). Ele tinha grandioso testemunho diante dos
outros na igreja. Testemunhou tanto em vida quanto em morte.

8.2. Além disso, ele era homem da Palavra. Ele conhecia a Bíblia — o Antigo Testamento. Ele deve
ter passado horas estudando os rolos e os pergaminhos.

18
9. Aplicação pessoal:

9.1. Preciso ser como Estevão — pessoa da Palavra, que conhece a Jesus Cristo intimamente e
que, quando questionado, está sempre pronto para responder aos outros com base na
Palavra. Como consequência deste estudo, me comprometo a reservar pelo menos quinze
minutos para meditação, a fim de conhecer melhor a Jesus.
9.2. Também me comprometo a memorizar dois versículos da Escritura, semanalmente, de forma
que eu possa responder aos que me questionam.

10. Conceitos comunicáveis (modos de compartilhar com os outros o que aprendi):


10.1. Os conceitos neste estudo que são comunicáveis.

10.1.1. A necessidade de uma caminhada pessoal com Jesus Cristo. O único modo pelo qual
podemos nos tornar homens e mulheres de fé e de sabedoria como Estevão é
reservando tempo para meditação diária e comunhão com o Senhor.
10.1.2. A necessidade de viver a palavra de Deus regularmente — estudo bíblico e
memorização da Escritura. Se quiser conhecer a Bíblia como Estevão, preciso investir
em tempo nessa atividade para poder ensinar aos outros a fazer o mesmo. Este livro é
um meio de me ajudar a fazer isso. Preciso compartilhar estes métodos com outras
pessoas.

10.1.3. Necessidade de intrepidez em tempos de adversidade e perseguição. Preciso orar


para que Deus me dê ousadia para com os outros.

19
20
BIBLIOLOGIA

21
INTRODUÇÃO

A Bíblia é a revelação de Deus ao Homem. Seu autor é Deus, seu interprete é o Espírito Santo, seu
assunto central é o Senhor Jesus Cristo. A atitude que você tem em relação a Bíblia é a atitude que você tem
para com Deus. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela expressa a vontade de Deus. Certo autor declarou uma
vez: A Bíblia é Deus falando ao homem, é Deus falando através do homem, é Deus falando com o homem, é
Deus falando a favor do homem, mais é sempre Deus falando.

1. A HISTÓRIA DA BIBLIA

1.1. A linguagem
Chama-se linguagem, a expressão da faculdade de se comunicar. Essa era a forma usada antes da
invenção da escrita, e os homens da antiguidade passavam as suas tradições e os seus conhecimentos e
descobertas através dela. Seus sinais podem ser sonoros, visuais e até escritos.
O homem civilizado pratica uma linguagem oral, fazendo grande uso da mímica, tanto que sua fala é
sempre acompanha de gestos fartos e expressivos.

1.2. A Escrita
A escrita aparece pela primeira vez na narrativa em Gn 4,15 “E pôs o Senhor um sinal em Caim”, quando
Deus pôs uma “marca”, um “sinal” em Caim, essa marca representava uma idéia, assim marcas, sinais, e
figuras passaram a ser usadas para registrar idéias, palavras, e combinações de palavras. A Bíblia fala de
sinete em Êx 39,14 Estas pedras, pois, eram segundo os nomes dos filhos de Israel, doze segundo os seus
nomes; como gravuras de selo, cada uma com o seu nome, segundo as doze tribos, (Is 3,21) Os anéis, e as
jóias do nariz. Usava-se o sinete para impressão em placas de barro, enquanto ainda úmidas. Em 1.400a.C
os fenícios sintetizam os sinais para 28 letras, criando o alfabeto. É criada assim a base do Alfabeto
hebraico. Os fenícios eram o povo cananeu, que os gregos chamavam de fenícios (vermelho = sangue)
numa alusão às vestimentas dos soldados marinheiros fenícios, que era muito poderoso na antiguidade.

A evolução da representação da linguagem por sinais gráficos iniciou-se com inscrições gravadas em
plaquetas de barro, na região da Mesopotâmia, nessa época, os escribas contavam com o auxílio de
cálamos, que seriam os “ancestrais de nossas canetas-tinteiro e de nossas esferográficas.

2. DESENVOLVIMENTO DA ESCRITA E DOS INDIOMAS

Mil anos antes de Moisés já existia escrita desenvolvida. A arqueologia ainda não descobriu, porém podemos
acreditar que os livros autógrafos podem ter sido escritos na época, ou compilados, ou transmitidos oralmente.
Observamos na Bíblia que no pequeno espaço entre o capítulo 1 e 2 de Gênesis, o primeiro foi escrito em
Hebraico arcaico e o segundo em Hebraico.

2.1. Evolução da Escrita hebraica

Ideograma fenício - alfabeto fenício anterior - fenício intermediário – hebreu

2.2. Idiomas do Antigo Testamento


A Bíblia foi escrita em Aramaico, Hebraico e Grego (AT e NT). O Aramaico (siríaco) e Hebraico são
línguas semíticas, depois o Grego, e posteriormente o Latim, que são de origem indo-européia. Porém o
alfabeto criado pelos fenícios facilitou em muito a linguagem escrita. O Aramaico era a língua dos sírios (VI
a.C) tornando-se a língua geral de todo o Oriente Próximo; o Hebraico é uma língua pictórica, que se
expressa por metáforas, e foi bastante adequada para a expressão de Deus com seu povo, além disso, o
hebraico é uma língua pessoal e apela diretamente ao coração e às emoções, e não apenas à mente e à
razão. É uma língua onde a mensagem é mais sentida que meramente pensada . O Novo Testamento
também foi escrito em semítico. Jesus falava o Aramaico, língua materna (Mt 27,46) (Jo 5,2). O Hebraico
influenciou mediante as suas expressões idiomáticas (exemplo, “e sucedeu que”). Porém foi o Grego, que
durante muito tempo foi considerada a língua do Espírito Santo, e foi mais utilizada. O Latim emprestou
alguns vocabulários como “centurião”, “legião”, etc.

2.3. Grupos Lingüísticos


• Meridionais:
o Árabe
o Etíope
• Orientais:
o Acadiano
o Eblatita
• Setentrionais-Noroeste:
o Aramaico (Aram)
o Siríaco
o Cananeu:
▪ Hebraico – dialeto aramaico falado antes da chegada de Abraão (Ur)

22
▪ Fenício
▪ Ugarítico
▪ Moabita

2.4. Descendência de Noé


SEM, semitas - habitavam acima do Mar Vermelho - POVO HEBREU
CAM, camitas - habitavam abaixo do Mar Vermelho - LINGUA HEBRAICA
Na Bíblia lemos “os hebreus não falavam língua judaica” (da tribo de Judá) (Ne 13,24), “língua
de canaã” (Is 19:18)

2.5. Fonética
A fonética é indecifrável devido a não existência de vogais no Alfabeto Hebraico clássico , os judeus têm-na
sempre chamado de “A Língua Sagrada”, escolhida para transmitir a mensagem de Deus à humanidade.
Não existiam também entre-palavras, e nem hífens, dificultando a leitura dos não instruídos.

2.6. Vocabulário
Limitado e não expressa significados de idéias abstratas. Ex: pecado = rebelião, errar o alvo, transpassar;
Intelecto = coração, rins; Emoção = entranhas. Quando analisada sob a exegese torna-se indecifrável,
precisando ser interpretada através da hermenêutica.

2.7. Conciso
Limitação quanto ao número de vocabulários, e prejudica o entendimento imediato. É necessário colocar no
contexto histórico-cultural a mensagem.

2.8. Adjetivos
Superlativos inexistentes. Ex: Santo, Santo, Santo = santíssimo.
O hebraico ao invés de usar adjetivos, utiliza outro substantivo que confere a qualidade desejada. Ex; “do
vosso trabalho de amor”, “obra da vossa fé”, “da vossa firmeza de esperança ".

2.9. Vogais
Era a característica dos primeiros alfabetos (fenícios, aramaicos, ugaríticos) a não utilização das vogais,
porque devido a oralidade e repetição dos textos bíblicos, pelos grupos de sinais, já se sabia o que estava
escrito. A partir do século V d.C surgiram famílias de copistas, os massoretas (texto massorético), que
substituíam os escribas, estes criaram sinais para produzir as vogais curtas, existiam três sistemas de
pontuação:

• Babilônico (durante o cativeiro) – sinais supralineares


• Palestinense (Canaã) - sinais supralineares
• Tiberiano (Tiberíades) – sinais infralineares que prevaleceram até os dias de hoje. As duas famílias
que mais produziram textos entre os três sistemas foram Ben Naftali e Ben Asher.

O hebraico renasceu como língua falada durante o final do século XIX e começo do século XX como o hebraico
moderno, substituindo o árabe, o ladino, o iídiche, e outras línguas da Diáspora Judaica como língua falada pela
maioria dos habitantes do Estado de Israel, do qual é a língua oficial primária (o árabe também tem status de
língua oficial). O nome hebraico para a língua é ‫עברית‬, ou ivrit.

2.10. O Grego
Veículo fundamental de difusão do modo de vida grego no Oriente é a língua grega, conhecida sob a forma
de koiné. Koiné significa "comum", e designa a língua única, comum a todos, que substitui, após as
conquistas de Alexandre Magno, a pluralidade dos dialetos gregos.

Esta língua, mais simples do que o grego clássico e mais flexível na absorção de elementos novos torna-se
instrumento indispensável para a comunicação dos povos tão diferenciados que constituem as monarquias
helenísticas. O grego bíblico, tanto da Septuaginta (LXX) como do Novo Testamento é a koiné.A koiné
literária está na literatura extra bíblica, como a maioria das inscrições e alguns papiros, enquanto a koiné
falada está na maioria dos papiros, dos óstraca e da Bíblia. Só Lucas e a Carta aos Hebreus aproximam-se
do tipo literário.

2.11. O nascimento da Bíblia


No fim dos primeiros 2.000 anos, Deus chamou a Abrão para fora do ambiente idolátrico (Js 24,2-13) de seu
lar nativo (Gn 12,1) dando inicio assim a um povo Conhecido como hebreu israelita, ou judeu, agradou a
Deus chamá-lo com a sua descendência de seu povo (Dt 14,2) Deus equipou e preparou especialmente
esse povo durante muitas gerações, para que eles pudessem em tempo oportuno, tornarem-se depositários
de uma revelação escrita “A palavra revelação vem do Latim revelare e significa mostrar, tornar conhecido; e
do Grego apocalipse e significa por Traz do véu, um desvendamento do que está encoberto, especialmente
a comunicação da mensagem divina ao homem”. Meios pelo quais Deus se revela: Pela natureza (Rm 1,18-
21; Sl 19), Pela providência (Rm 8,28; At. 14,15-17), Pela preservação do universo (Cl 1,17),Através de
milagres (Jo 2:11),Por comunicação direta (At. 22:17-21),Através de Cristo (Jo 1:14),Através da Bíblia (1 Jo

23
5:9-12). E eles, como uma nação separada de todos os outros povos sobre a terra, podiam espalhar a
bênção desta herança entre todas as nações (Mc 16,15).

2.12. Origem do Nome “Bíblia”


A origem da palavra “Biblia” é remota. A forma mais antiga de um livro de que se tem notícia era um rolo de
papiro, planta abundante às margens do rio Nilo, usada pelos antigos egípcios, gregos e romanos para
escrever. “Livro” é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo o texto
manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a
parte principal de um trabalho literário, científico ou outro, em ciência da informação o livro é chamado
monografia, para distingui-lo de outros tipos de publicação como revistas, periódicos, teses, tesauros, etc.
Os nomes Escrituras, O Livro, Sagradas Letras, Sagradas Escrituras, são atribuidos a Bíblia. O nome
Bíblia consta apenas na capa, mas não o vemos através do volume sagrado. Foi primeiramente aplicado por
João Crisóstomo, grande reformador e patriarca de Constantinopla (398-404 a.D.). O vocábulo “Bíblia”
significa “coleção de livros pequenos”, isto porque os livros da Bíblia são pequenos, formando todo um
volume não muito grande como tão bem conhecemos.

De fato, a Bíblia é uma coleção de livros, porém, perfeitamente harmônicos entre si, e é devido a isso que a
palavra “Bíblia”, sendo plural no grego, passou a ser singular nas línguas modernas. Os gregos chamavam
a folha de papiro preparada para escrita “biblos” derivada do nome do porto fenício de “Biblos” (atual
Jubayl/Líbano), através do qual o papiro era largamente exportado; ao rolo pequeno de papiro os gregos
chamavam “bíblion”, e ao plural deste chamavam “bíblos”. Portanto, o vocábulo “Bíblia” deriva da língua
grega. No Novo Testamento grego constam os vocábulos “bíblos” (Jo 21,25) “Há, porém, ainda muitas
outras coisas que Jesus fez; e se cada uma das quais fosse escrita, cuido que nem ainda o mundo todo
poderia conter os livros que se escrevessem. Amém”, e em II Tm 4,13; /Ap 20,12) e “bíblion.” A Bíblia foi
escrita entre o ano 1.250 a.C até o ano 100 d.C aproximadamente.

3. AS FERRAMENTAS DA ESCRITA ANTIGA

3.1. Estilo ou Estilete simples – feitos em pedra talhada, no formato de pontas de lanças, e usados sobre
tabuinhas de argila ou cera. Alguns autores bíblicos também a denominavam pena.

3.2. Estilete com ponta resistente – ponta feita em ferro ou diamante, usados em material de metal (Jr
17,1).

3.3. Cinzel – ferramenta feita de ferro ou chumbo para escrever sobre pedra. Jó se refere ao cinzel como
pena de ferro (Jo 19,24).

3.4. Canivete – Jeremias usa a expressão “canivete de escrivão” que era usado para documentos oficiais.

4. TINTAS

4.1. Base de fuligem – fuligem de madeira com goma-arábica;


4.2. Base de Plantas – da Anileira (cor azul anil) e da Garança ou Ruiva (cores vermelha, violeta e marrom);
4.3. Base Cefalópode – polvo e lula (cor sépia);
4.4. Base de Ferro – Criada pelos romanos e que perdurou até o século XIX. Também conhecida como tinta
ferrogálica, mais durável.

5. CORPO PARA DEPOSITO DA TINTAS

5.1. Caniços - para a escrita em papiros.


5.2. Talos de bambus – para a escrita em pergaminho.
5.3. Cálamos – ou caniços.
5.4. Penas – de aves como o ganso (Jo 13).

6. LETRAS (ou Tipos)


6.1. Pictogramas: (do Latim pictu - pintado + Grego gramus - caracter, letra) é a forma de escrita pela
qual idéias são transmitidas através de desenhos, isto é, formas do mundo. Esta é a base da escrita
cuneiforme e dos hieróglifos, letras com figuras morfológicas e da natureza. Os escribas egípcios só
realizavam os escritos sagrados, para registrar a vida do Faraó.

6.2. Hieróglifos ou Hieroglifo: (do Grego hierós "sagrado", e glyphós "escrita".) é cada um dos sinais da
escrita das antigas civilizações, tais como os Egípcios e os Maias. Os primeiros hieroglifos foram
esculpidos, e depois, pintados em pergaminho. Os hieróglifos foram usados durante um período de
3.500 anos para escrever a antiga língua do povo egípcio.

6.3. Ideogramas é a escrita onde os sinais passam uma idéia, foi desenvolvido a partir dos hieroglifos no
Egito, e em algumas culturas os traços dos ideogramas foram simplificados dando origem à escrita
cuneiforme.

24
6.4. Cuneiforme é a designação geral dada a certos tipos de escrita feitos com auxílio de objetos em
formato de cunha. É o mais antigo tipo conhecido de escrita, tendo sido criado pelos sumérios por volta
de 3500 a.C. Inventada pelos sumérios para registrar a língua suméria, a escrita cuneiforme foi
adotada subseqüentemente pelos acadianos, babilônicos, elamitas, hititas e assírios e adaptada
para escrever em seus próprios idiomas; foi extensamente usada na Mesopotâmia durante
aproximadamente 3 mil anos, apesar da natureza silábica do manuscrito (como foi estabelecido pelos
sumérios) não ser intuitiva aos falantes de idiomas semíticos. Cuneiforme Ugarítica ou Fonogramas.
Trouxe avanço na escrita e era escrita através do simbolismo do som de cada vogal e consoante, e da
união das mesmas. As tábuas ugaríticas (descobertas em Ugarit, Espanha/1.929) mostram a
simplificação dos ideogramas e pictogramas.

7. SURPOTES USADOS NO PROCESSO DE ESCRITURAÇÃO

Segundo as religiões que têm a Bíblia como a palavra de Deus, a comunicação de Deus com os homens
deu-se em diversos veículos tais como: anjos, o lançar de sortes, como o Urim e o Tumim, vozes audíveis,
e sonhos, porém era necessário utilizar meios que pudessem horizontalizar essa comunicação, isto é,
atingir um número maior de pessoas, e com menos limitações. Sobre os seguintes suportes, fora escrita
a Palavra inspirada por Deus:

7.1. Tabletes de Argila - ou tabuinhas de barro, que eram usadas na antiga Suméria, já em 3.500 a.C. No
AT há referência delas em Jeremias 17,13 e Ezequiel 4,1;

7.2. Pedras - foram usadas na Mesopotâmia, no Egito e na Palestina, por exemplo, o código de Hamurabi e
as pedras de Roseta. Na Bíblia há citação de seu uso em Êxodo 24,12; 32:15 e Deuteronômio 27,2.3;
Pedras preciosas - como o ônix, referidos em Êxodo 39,6-14;

7.3. Metal - em lâminas de ouro, cuja referência bíblica encontra-se em Êxodo 28:36;

7.4. Cêra - foi referida em Isaías 8,1;

7.5. Madeira - tábuas, em Habacuque 2,2.

7.6. Óstracos - pedaços de restos de azulejos e cascas de crustáceos, referidos em Jó 2,8;

7.7. Linho - foi usado no Egito, Grécia e Itália, mas não tem referência bíblica.

7.8. Papiro - Em seguida ao emprego da pedra, do barro, aparece o papiro no Egito antigo, planta
abundante às margens do rio Nilo, com o mesmo nome (junco) em forma de rolo de couro ou linho, e
que era ornado suntuosamente de vinhetas coloridas; eram utilizados para narrar os grandes
acontecimentos das dinastias faraônicas. O emprego do papiro como suporte para escrever
representou um grande avanço, pois o mesmo, por ser leve, fino e mais facilmente manuseável,
originou o que hoje conhecemos como “folha”. Os antigos egípcios dominavam a técnica de colar até
20 folhas seguidas, resultando em rolos com até 40 metros de comprimento. Para desenhar os
símbolos, os escribas recorriam a uma varinha de caniço de 20 centímetros cuja tinta preta “era
composta de uma mistura de pó de fuligem e água, mais um fixador como a goma-arábica” .
Com o passar do tempo, verificaram-se os inconvenientes do papiro: além de caro – o Egito antigo, por
exemplo, obtinha altos lucros com sua exportação –, ele caracterizava-se pela fragilidade e dificuldade
de transporte, obrigando os usuários a recorrerem tão somente a uma de suas faces e, mesmo assim,
com extremo cuidado. foi usado na antiga Gebal, ou Biblos, e no Egito por volta de 2.100 a.C. Era
obtido através da prensa de cascas coladas. Desse material faziam-se rolos. Foi esse o material
utilizado por João, o discípilo de Cristo, para escrever o Apocalipse.
7.9. Pergaminho - O pergaminho, a nova base da escrita que emergiria na cidade de pergamo na Ásia
Menor, evitou algumas destas desvantagens, uma vez que, por ser feito de couro, aceitava registros
nos dois lados. A escrita sobre o pergaminho, além de abrir espaço para criações artísticas antes
impensáveis, sendo a produção de iluminuras uma delas, trouxe duas inovações decisivas; o
aproveitamento da pena de ganso, em substituição ao agora defasado pincel de caniço e a disposição
desse material no aspecto de folhas, de maneira que fosse possível dobrá-las e costurá-las. Este
arranjo forneceria o fulcro dos códe, a estrutura padrão sobre a qual os futuros livros produzidos pela
tecnologia impressa se fundamentariam. O pergaminho surgiu pela primeira vez em Pérgamo, cidade
grega da Mísia, daí a origem do seu nome. O uso desse material se expandiu devido ao monopólio
imposto pelos exportadores de Papiro. Haviam dois tipos: o pergaminho e o velino, o primeiro era
feito com o couro de animais menores, como as ovelhas e cabras, e o segundo com bois e antílopes, o
que encarecia o produto, diminuindo a sua utilização. Paulo se refere ao pergaminho em II Timóteo
4,13;

8. MANOSCRITO OU ESCRITOS A MÃO DA BIBLIA

8.1. Manuscritos Originais - Os manuscritos originais de todos os livros da Bíblia, tanto quanto saibamos,
perderam-se, Deus na sua providência permitiu isso; se existisse algum, os homens o adorariam mais
do que o seu divino Autor.

25
8.2. Manuscritos Existentes da Bíblia - Não há obra clássica que chegou às nossas mãos, tanto dos
manuscritos antigos como dos textos do Novo Testamento. Os manuscritos mais antigos chamam-se
“unciais”, porque foram escritos em letras parecidas com maiúsculas modernas; foram escritos em
velino ou couro de vitela. Depois apareceram os manuscritos “cursivos”, isto é, foram lavrados em
letras miúdas e ligeiras. Dos manuscritos unciais, os mais importantes são: Códice Vaticano (325-
350); Códice sinaítico (Alef) em grego, descoberto no Monte Sinai; Códice Alexandrino (século IV);
Códice Efraimita (345) em Alexandria, no Egito; Códice Beza ou Códice de Cambridge, descoberto
no Mosteiro de Santo Irineu, em Lião (Lyon), França; dentre outros.

8.3. Manuscritos do mar morto nas cavernas de Qumram - No outono de 1948, os mundos religioso e
acadêmico foram sacudidos com o anúncio de que um antigo manuscrito de Isaías fora encontrado
numa caverna próxima à extremidade noroeste do mar Morto na região de Kirbet Qumran. Desde
então um total de 11 cavernas da região têm cedido ao mundo os seus tesouros de rolos e fragmentos.
Dezenas de milhares de fragmentos de couro e alguns de papiro forma ali recuperado. Embora a maior
parte do material seja extra bíblico, cerca de cem manuscritos (em sua maioria parciais) contêm
porções das Escrituras. Até aqui, todos os livros do A.T., exceto Éster, estão representados nas
descobertas. Como se poderia esperar, fragmentos dos livros mais frequentemente citados no N.T.
também são mais comuns em Qumran.

Esses livros são Deuteronômio, Isaías e Salmos. Os rolos de livros bíblicos que ficaram melhor
preservados e têm maior extensão são dois de Isaías, um de Salmos e um de Levítico.

9. FORMATOS ANTIGOS DA BIBLIA

9.1. Rolo: Um livro nos tempos antigos constava de uma simples tira de papiro ou de pergaminho, que
usualmente se conservava enrolado em duas varas e se desenrolava quando qualquer pessoa
desejava lê-lo. Era conhecido como rolo ou pergaminho. Na bíblia encontramos a palavra rolo em
Salmos 40,7; Jeremias 36,2-32; Ezequiel 2,9; Ezequiel 3,1-3; Zacarias 5,1-2; Hebreus 10,7 .

9.2. Códice: (Codex): A origem da palavra Grega vem de “caules” (caudex) = códice (codex), na igreja
primitiva nos séculos II e III, as Santas Escrituras eram executadas em material barato como o papiro,
daí não terem sido tão bem preservados quanto os rolos hebraicos encontrados nos sítios
arqueológicos. O códice era basicamente um manuscrito em formato de livro feito de pergaminho, as
folhas tinham 65 cm de altura por 55 cm de largura, e começou a ser utilizado no século II depois que o
papel foi inventado pelos chineses.

10. AS MEDIDAS

A diagramação na escrituração dos rolos antigos obedecia às medidas; largura = 1 mão e altura = 1 côvado
(medida antiga correspondente à distância do cotovelo à ponta do dedo médio). Geralmente os rolos eram
guardados em vasos e eram enrolados até o final de leitura do Shabat (sábado), mostrando de onde começaria
o seguinte. Os rolos de pergaminho e papiro foram utilizados no Antigo Testamento, porém não foi encontrado
nenhum manuscrito original, todos os livros encontrados foram cópias manuscritas: os rolos das sinagogas e
as cópias particulares. Os rolos das sinagogas eram considerados “rolos sagrados”, pois eram submetidos a
regras rigorosas para a sua execução. O rolo principal continha a Torah (Lei) e parte dos Nebhiim (profetas); em
outros vinham os Kethubhim (Escritos) e os Megilloth para as festas anuais. Era enrolado da direita para a
esquerda e a sua extensão dependia do tamanho do manuscrito.

11. ESTRUTURA DA BIBLIA

Estudaremos neste ponto um resumo da estrutura da Bíblia, com suas principais divisões antigo e novo
testamento e divisões em capitulos e versiculos.

11.1. O ANTIGO TESTAMENTO


Com 39 livros, foi originalmente escrito em hebraico, com algumas pequenas partes em aramaico. O
aramaico foi a língua que Israel trouxe do cativeiro babilônico. Era a língua que se falava em toda a
Mesopotâmia, e foi durante muitos anos a língua internacional do comercio. Era também conhecida Com
siríaco e caldaico e tinha praticamente a mesma estrutura do hebraico. Ha também na Bíblia, Algumas
palavras persas. Podemos dividir os livros do A.T. em Livros da lei ou Pentateuco são cinco:
Genesis, Êxodo, Levitico, Números, Deuteronômio. Tratam do inicio de todas as coisas, da lei e do
Estabelecimento da nação de Israel.

• Livros Históricos
São doze: Josué, Juízes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, Neemias, Ester .Trata
da historia de Israel em seus vários períodos. Teocracia, sob os juízes. Monarquia, Sob Saul, Davi e
Salomão. Divisão do reino depois da morte de Salomão, cativeiro e período pos-exilio.

• Livros Poéticos

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São cinco: Jô, Salmos, provérbios, Eclesiastes, cantares de Salomão. São chamados poéticos devido a
sua construção literária.

• Livros Proféticos
São dezessete: Profetas maiores (cinco): Isaias, Jeremias, Lamentações de Jeremias, Ezequiel, Daniel.
Profetas menores (doze): Oseias, Joel, Amos, Obadias, Jonas, Miqueias, Naum, Habacuque, Sofonias,
Ageu, Zacarias, Malaquias.

11.2. O NOVO TESTAMENTO

Tem 27 livros. Foi escrito em grego, mas não no grego clássico. Foi escrito em grego Koiné, (pronunciasse).
(Koinê) o grego coloquial falado pelo povo. Seus 27 livros estão classificados em:

• Biográficos
São os quatro evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas e João. Os primeiros três também são conhecidos
Como sinópticos, devido ao seu paralelismo.

• Histórico
E o livro de Atos dos apóstolos. Registra a historia da igreja primitiva, sua vida e a propagação do
Evangelho.

• Epístolas
São 21 as epistolas ou cartas. Contem a doutrina da igreja.
* Nove, são dirigidas as igrejas: Romanos, I e II Coríntios, Gálatas. Efésios, Filipenses, Colossenses, I e
II Tessalonicenses.
* Quatro, são dirigidas a indivíduos: I e II Timóteo, Tito, Filemom.
* Uma e dirigida aos hebreus cristãos: Hebreus.
* Sete, são dirigidas a cristãos indistintamente: Tiago, I e II Pedro, I, II e III João e Judas.
* As ultimas sete também são chamadas universais, católicas ou gerais.

• Profético
E o livro de Apocalipse.

Os livros do NT também não estão em ordem cronológica de escrita.

11.3. Sua divisão em capítulos.


Foi dividida em capítulos no ano de 1250 por Hugo de Saint Cher um abade dominicano sendo um total de
1.189 capítulos, 929 no antigo testamento e 260 no novo testamento

11.4. Sua divisão em versículos. Sua divisão em versículos ocorreu em duas etapas o Antigo Testamento
em 1445 pelo Rabi Nathan e o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevens, um impressor de Paris.
Robert Stevens publicou a primeira Bíblia dividida em capitulo e versículos em 1555, sendo esta a
vulgata latina.

12. Algumas particularidades da Bíblia

1. O AT tem 929 capítulos e 23.144 versículos.

2. O NT tem 260 capítulos e 7.957 versículos.

3. O maior capítulo é o Salmo 119.

4. O menor capítulo é o Salmo 117.

5. O maior versículo está em Ester 8,9.

6. O menor versículo em Êxodo 20,13, isso dependendo das versões portuguesas com exceção da
“tradução brasileira” onde o menor versículo é Lucas 20,30, e em certas traduções o menor é João
11,35.

7. A Bíblia tem mais de 173.000 palavras.

8. A Bíblia tem mais 3.600.000 (3 milhões e seiscentas mil letras).

9. Para alguém ler a Bíblia ininterruptamente seriam precisos 50hs, sendo 38hs para o A.T e 12hs para o
N.T.

10. Os livros de Ester e Cantares não têm a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente em
ambos os livros.

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11. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus entre seus vários nomes e 177 menções do Diabo sob seus vários
nomes.

12. A vinda do Senhor é referida 1.845 vezes, sendo 1.527 no Antigo Testamento e 318 no Novo
Testamento. Não é um assunto para séria meditação?

13. O livro de Isaías é uma miniatura da Bíblia. Tem 66 capítulos correspondentes aos 66 livros. A primeira
seção tem 39 capítulos correspondentes à mensagem do Antigo Testamento. A segunda seção tem 27
capítulos, tratando de conforto, promessa e salvação, correspondente à mensagem do Novo
Testamento. O Novo Testamento termina mencionando o novo céu e a nova terra. O mesmo acontece
no término de Isaías (66.22).

14. Os três evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas) são chamados de “sinóticos”, porque o conteúdo dos
livros é parecido, enquanto que o evangelho de João tem o formato literário diferente.

15. O Salmo 119 tem no Hebraico 22 partes de 8 versículos cada; o número 22 corresponde as letras do
alfabeto Hebraico. Cada parte se inicia com uma letra do alfabeto Hebraico, e também em Lamentações
de Jeremias nos capítulos 1,2.4 tem 22 versículos cada, compreendendo as 22 letras do alfabeto
Hebraico; porém o capítulo três tem 66 versículos, cada três deles levando a mesma letra do alfabeto,
isso jamais poderia ser obra do acaso.

16. A frase “não temas” está registrada na Bíblia 365 vezes, uma para cada dia do ano.

17. O capítulo 19 de II Reis é idêntico ao 37 de Isaías.

18. O AT encerra citando a palavra “maldição”.

19. O NT encerra citando “a graça de nosso Senhor Jesus Cristo”.

20. A Bíblia foi o primeiro livro impresso no mundo no ano de 1452 em Mainz (Alemanha) por Gutenberg.

21. A Bíblia tem 1.189 capítulos. A divisão dos livros da Bíblia em capítulos é da autoria do inglês Estévão
Langton, arcebispo da Cantuária, e foi realizada no ano de 1.214.

22. A Bíblia tem 31.173 versículos. A divisão em versículos foi feita em duas vezes, o Antigo Testamento
em 1.445 pelo Rabino Nathan e o Novo Testamento em 1.551, pelo tipógrafo Robert Stevens Stefano
a (Vulgata Latina da Septuaginta)

23. A menor Bíblia impressa está na Inglaterra e pesa somente 20 gramas. Este fabuloso exemplar da
Bíblia mede 4,5 cm de comprimento, 3 cm de largura e 2 cm de espessura. Apesar de ser tão
pequenina, contém 878 páginas, possui uma séria de gravuras ilustrativas e pode ser lida com o auxílio
de uma lente.

24. A maior Bíblia que se conhece, contém 8.048 páginas, pesa 547 quilos e tem 2,5 metros de
espessura. Foi confeccionada por um marceneiro de Los Angeles, durante dois anos de trabalho
ininterrupto. Cada página é uma delgada tábua de 1 metro de altura, em cuja superfície estão
gravados os textos.

25. A menor Bíblia do mundo é uma placa de silício onde foi usado um raio focalizado de íons para
gravar cerca de 300.000 palavras em hebraico. A Nano Bíblia, de silício tem meio milímetro
quadrado e é recoberta com uma fina camada de ouro com 20 nanômetros de espessura, e é
menor que um cristal de açúcar. A façanha foi obtida pelos especialistas em nanotecnologia do
Instituto de tecnologia de Haifa, em Israel.

26. Nas Bíblias de edição católica o total de livros é 73. Os 7 livros a mais são chamados apócrifos, além
dos livros apócrifos as referidas bíblias tem mais 4 acréscimos nos livros canônicos.

27. Nas Bíblias de edição católica, os livros de I e II Samuel, e I e II Reis são chamados I, II, III, e IV Reis
respectivamente. I e II Crônicas são chamados I e II Paralipômenos, Esdras e Neemias são chamados
I e II Esdras.

28. Também nas edições católicas de Matos Soares e Figueredo, o Salmo 9 corresponde na versão
Almeida aos Salmos 146 e 147, que nas nossas Bíblias é o número 147. Deste modo os três salmos
finais são idênticos em qualquer das versões acima mencionadas, essas diferenças de numeração não
afetam o texto em si.

29. A Bíblia foi escrita por 40 diferentes autores que representavam 19 diferentes ocupações (pastores,
fazendeiros, pescadores, cobradores de impostos, médicos, reis...) que viveram num período de
1.600 anos. São aproximadamente 50 gerações de homens.

28
30. Os primeiros 39 livros do Antigo Testamento foram escritos ao longo de um período de 1.000 anos,
houve posteriormente um intervalo de 400 anos em que nenhuma escritura foi redigida, exceto os livros
apócrifos (não canônicos);

31. A primeira edição impressa do Novo Testamento em Grego foi publicada por incumbência do cardeal
Ximenez em Alcala (em Latim, Complutum). Ela foi preparada em 1502 por eruditos espanhóis. Esta
edição era trilíngüe no texto hebraico (hebraico, a Vulgata e a Septuaginta) e bilíngüe no texto grego (o
texto grego e o texto latino). Por esta razão, a edição se chama Poliglota Complutense, sua edição é
de 1514.

32. Os últimos 27 livros do Novo Testamento foram escritos durante um período de 50 A 100 anos. Na
época de Jesus a Bíblia era chamada de:

A) “Moisés e os profetas”
B) “Lei, profetas e Salmos”
C) “A escritura, ou as escrituras”

“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se
cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos (Lc 24,44)”.

CONCLUSÃO

Para finalizar esse gostaria de frizar que as Santas Escrituras têm sido alvo de diversas perseguições ao longo
dos séculos por imperadores, povos, reinos, ditaduras, governos..., mas o seu texto tem sido preservado por
todos estes períodos por Deus.

A Bíblia é um instrumento de libertação que ainda hoje é perseguida pelo homem, especialmente pelos
muçulmanos e pelos hindus, e dentro de um período não tão distante chamado de a Grande Tribulação ela será
perseguida mais uma vez pelo Anti- Cristo e os seus exércitos. Que Deus nos guarde sempre nas suas asas.

Bibliografia

Referências Bibliográficas

BÍBLIA DE ESTUDO ALMEIDA – João Ferreira de Almeida, SP – 2003

SINTÉTICAS CURIOSIDADES DA BÍBLIA – Luiz Vieira Marinho, MA – 2006

BIBLIOLOGIA – IBADEP, PR – 2007

MANUAL DE TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Wayne Grudem, Editora Vida; SP – 1999

TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Charles Hodge, Editora Hagnos; SP – 2001

TEOLOGIA SISTEMÁTICA – Stanley M. Horton, CPAD; RJ – 1996

DICIONÁRIO TEOLÓGICO – Claudionor Correia de Andrade, CPAD; RJ – 1996

DICIONÁRIO BRASILEIRO GLOBO – Francisco Fernandes, Celso Pedro Luft, E. Marques Guimarães; SP –
1997

Fontes consultadas na Internet

WIKIPEDIA, Enciclopédia livre - http://pt.wikipedia.org/wiki/Filosofia

SCRIBD DE BIBLIOLOGIA - http://www.scribd.com/doc/4748485/APOSTILA-DE-BIBLIOLOGIA

29
30
DOUTRINAS BÁSICAS DA BÍBLIA

31
SOBRE DEUS

Em nenhuma parte da Bíblia Sagrada os escritores bíblicos se empenham para provar a existência de Deus.
Eles partem do pressuposto básico de que Deus existe e ocupam-se em descrever tão-somente as ações de
Deus e o seu caráter (Gn 1.1; Hb 11.3).

Mas a Bíblia dá testemunho de Deus em ação no mundo físico, na história e na vida particular dos indivíduos.
Esses testemunhos despertam, aperfeiçoam e fortalecem a fé na Pessoa de Deus.

1.1. Existência de Deus

De acordo com alguns biblistas, a existência de Deus é uma verdade primária e fundamental. Uma verdade é
primária ou fundamental quando se caracteriza pela universalidade, necessidade e auto-evidência. Ou seja: uma
verdade que é aceita universalmente, que se impõe como necessária para que se possa explicar as demais
realidades e que se mostre por si mesma, sem depender de uma prova preliminar, dada pelo homem, para ser
aceita.

A idéia de que Deus existe é universal. Em qualquer cultura, povo ou época encontra-se esta crença. A
existência de Deus é necessária para que o homem tenha resposta adequada para as questões fundamentais
levantadas pelo pensamento humano. Ela é auto-evidente: mostra-se por si só [sic]. Independe de ser aprovada
pelo homem para que seja aceita por verdade. É como uma flor que, exalando seu perfume, prova sua existência
e presença aos circunstantes que têm a capacidade de sentir o cheiro. *

1.2. A natureza de Deus

Deus é apresentado na Bíblia como infinitamente perfeito (Dt 18.13; Mt 5.48). Logo, a sua obra é perfeita (Dt
32.4), e também os seus caminhos (SI 18.30). Todas as características de sua Pessoa e de sua natureza não
são apenas expressões de alguma atitude que demonstra ou possui, mas constituem a própria substância de
sua divindade.

Não se pode explicar a natureza de Deus, mas somente crer nEle. Podemos basear a nossa doutrina sobre
Deus nas pressuposições já citadas e nas evidências demonstradas nas Escrituras. Alguns textos bíblicos
atribuem à pessoa de Deus qualidades que os seres humanos não possuem, ao passo que outros textos o
descrevem em termos de atributos morais compartilhados pelos seres humanos, ainda que de forma limitada.
Por exemplo, Deus é santo por natureza, e o homem, por participação (Rm 1.4; 2 Co 7.1; 1 Ts 3.13).

A natureza de Deus é identificada com mais freqüência por aqueles atributos que não possuem analogia com o
ser humano. Deus existe por si mesmo, sem depender de outro ser. Ele é a fonte originária da vida, tanto ao criá-
la quanto ao sustentá-la. Deus é espírito; Ele não está confinado à existência material e é imperceptível ao olho
físico. Sua natureza é imutável, já mais se altera. Posto que o próprio Deus é o fundamento do tempo, Ele não
pode ser limitado pelo tempo. Ele é eterno, sem começo nem fim. Deus é totalmente consistente dentro de si
mesmo. O espaço não pode limitá-lo, pois Ele é onipresente. Deus também é onipotente, pois é poderoso para
fazer tudo que esteja de acordo com a sua natureza e segundo os seus propósitos. Além disso, é onisciente;
conhece efetivamente todas as coisas — passadas, presentes e futuras. Em todos esses atributos o cristão pode
achar o consolo e a confirmação da fé, ao passo que o incrédulo é advertido e motivado a crer.

1.3. Os atributos de Deus

Atributo é aquilo que qualifica um ser. Ao conhecer os atributos de um objeto, buscamos a essência de sua
natureza. Quando conhecemos a Deus, descobrimos os seus atributos e o reconhecemos como um ser infinito.
Encontramos nas Escrituras os atributos de Deus. Elas declaram o que Ele é e o que Ele faz. É verdade que,
como criatura, desvendá-los ou relacioná-los no seu todo é tarefa difícil, se não de todo impossível para nós.

Os atributos naturais de Deus são: onipresença, onisciência e onipotência.

1.3.1. Onipresença. Deus relaciona-se com tudo e todos ao mesmo tempo. Está presente em toda a sua
personalidade. Não há como fugir da presença de Deus. "Para onde me irei do teu Espírito ou
para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer no Seol a minha cama, eis que
tu ali estás também; se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, até ali a tua
mão me guiará e a tua destra me susterá" (SI 139.7-10).

1.3.2. Onisciência. Deus é onisciente porque conhece todas as coisas. Nada há que se esconda de sua
onisciência. "E até mesmo os cabelos da vossa cabeça estão todos contados" (Mt 10.30). Na
onisciência de Deus, o futuro também está presente: "Lembrai-vos das coisas passadas desde a
antiguidade: que eu sou Deus, e não há outro Deus, não há outro semelhante a mim; que anuncio
o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam" (Is 46.9,10).
A onisciência de Deus garante-nos que todos os futuros julgamentos serão de acordo com a
verdade.

32
1.3.3. Onipotência. O apóstolo João, na ilha de Patmos, assim descreve parte de sua visão apocalíptica:
"Depois destas coisas, olhei, e eis que estava uma porta aberta no céu; e a primeira voz, que
como de trombeta ouvira falar comigo, disse: Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois
destas devem acontecer. E logo fui arrebatado em espírito, e eis que um trono estava posto no
céu, e um assentado sobre o trono" (Ap 4.1,2).

1.3.4. Quando Deus apareceu a Abrão, em Gênesis 17.1, disse-lhe: "Eu sou o Deus Todo-poderoso
[...]". Entendemos que o mundo físico ou material e o mundo espiritual dependem de seu poder e
por ele são controlados. Ê do trono que emana toda ordem para o mun¬do visível e para o
invisível. Deus não está sujeito a nenhuma força exterior ou contrária à sua vontade. É soberano
em todo o Universo: "Ele é o que está assentado sobre o globo da terra, cujos moradores são
para ele como gafanhotos; ele é o que estende os céus como cortina e os desenrola como tenda
para neles habitar" (Is 40.22; cf. vv. 12-15).

1.4. A Trindade

Ainda que não se encontre nas Escrituras a palavra "Trindade", é bíblico, no entanto, o fundamento dessa
doutrina, presente nos ensinos proferidos por Jesus Cristo e seus apóstolos.

1.4.1. Encontramos no Antigo Testamento a doutrina da Trindade: a) na criação e formação do homem


(Gn 1.1,26); b) na dispersão dos rebeldes de Babel (Gn 11.1-7); c) na chamada do profeta Isaías
(Is 6.3) e em tan¬tas outras passagens.

1.4.2. No Novo Testamento que encontramos de forma mais explícita essa doutrina. No início do
ministério de Jesus, por ocasião do seu batismo em águas, o Espírito Santo desce sobre Ele e o
Pai lhe diz: "Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3.17). Observa-se nesse
episódio a Trindade em cena, ratificando assim a sua realidade no Novo Testamento. Vemos
também, em João 14.16, que Jesus roga ao Pai para que envie aos discípulos o Espírito Santo.
Findando o seu ministério, Jesus ordena aos discípulos que preguem e ensinem o Evangelho a
todas as nações, "batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Essa
é mais uma clara referência à Trindade.

1.4.3. Nos ensinos de Paulo, há referências cabais sobre a Trindade. Aos irmãos da Igreja em Corinto
ele diz: "A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo
sejam com vós todos. Amém!" (2 Co 13.13).

QUADRO DEMONSTRATIVO DA TRINDADE DE DEUS

DEUS PAI DEUS JESUS CRISTO DEUS ESPÍRITO SANTO


Pai Onipresente, Jr.23:24 Filho Onipresente,Mt.28:20 E. S. Onipresente, Sl.139:7
Pai Onipotente, Gn.17:1 Filho Onipotente, Mt.28:18 E. S. Onipotente, Lc.1:35
Pai Onisciente, IPd.1:2 Filho Onisciente, Jo.21:17 E. S. Onisciente, I Cor.2:10
Pai o Criador, Gn.1:1 Filho o Criador, Jo.1:3 E. S. o Criador, Jó 33:4
Pai o Eterno, Rm.16:26 Filho o Eterno, Ap.22:13 E. S. o Eterno, Hb.9:14
Pai o Santo, Ap.4:8 Filho o Santo, At.3:14 E. S. o Santo, IJo.2:20
Pai o Santificador,Jo.10:36 Filho o Santificador, Hb.2:11 E. S. o Santificador, IPd.1:2
Pai o Salvador, Is.43:11 Filho o Salvador,IITm.1:10 E. S. o Salvador, Tt.3:5

2. SOBRE O ESPIRITO SANTOS


A Bíblia nos informa que o Espírito Santo é uma Pessoa da Trindade, um ser pessoal, inteligente, com vontade e
determinação próprias. Que o Espírito Santo é uma pessoa, está provado pela atribuição que a Escritura faz a
Ele de atos pessoais:

• Ele sonda as coisas profundas de Deus Pai - I Cor.2:10;


• Ele fala - Mt.10:20; At.8:39; At.10:19,20; At.13:2; Ap.2:7;

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• Ele ensina - Lc.12:12; Jo.14:26; I Cor.2:13;
• Ele conduz e guia - Jo.16:13; Rm.8:14; Ele intercede - Rm.8:26-28;
• Ele dispensa dons - I Cor.12:7-11;
• Ele chama homens para o seu serviço -At.13:2; At.20:28;
• Ele se entristece - Ef.4:30; Ele dá ordens - At. 16:6,7;
• Ele ama - Rm.15:30; Ele pode ser resistido - At.7:51.
A teologia de Jesus acerca do Espírito Santo é bastante clara no Evangelho de João (cf. Jo 16.13,14). A palavra
de ordem nesse evangelho é que o Espírito Santo seria enviado em lugar de Jesus para ajudar os homens em
todas as suas carências (Jo 14—16
Ele é a continuação do Senhor Jesus entre nós, embora sob uma manifestação ou presença de categoria
diferente. Jesus procurou consolar os seus discípulos mostrando-lhes que, embora fosse ocorrer em breve
alguma modalidade de separação entre Ele e os seus seguidores, em outro sentido bem real Ele haveria de
permanecer com eles para todo o sempre, porque o Espírito Santo haveria de descer para estar no meio deles e
com eles.
João 16.13,14, deixa claro que o relacionamento do Espírito Santo com Jesus seria na mesma base do
relacionamento que este mantinha com o Pai. Jesus dizia que nada do que falava era de si mesmo, mas do Pai.
Da mesma forma o versículo acima declara que o Espírito Santo tem o mesmo tipo de comportamento para com
Jesus. Isso quer dizer que a única maneira de se conhecer o Filho de Deus é por meio da comunhão com o
Espírito Santo.
2.1. O batismo com o Espírito Santo
2.1.1. O batismo com o Espírito Santo é uma bênção distinta da salvação. Conquanto a terceira Pessoa
da Trindade tenha papel relevante na conversão e passe, desde então, a habitar no novo crente,
o Novo Testamento deixa claro que há um momento específico da vida cristã em que o salvo
recebe esse batismo, também chamado de revestimento. Essa experiência, toda vez que é
mencionada no livro de Atos dos Apóstolos, aparece como algo distinto do novo nascimento (At
2.38; At 11.12-17).
2.1.2. Com o surgimento do neopentecostalíssimo, vieram também à tona várias teorias diferentes
sobre a evidência inicial do batismo no Espírito Santo. Há quem afirme ser essa evidência uma
explosão de alegria, outros inserem no ato de ungir com óleo a garantia do batismo e alguns
preferem deixar a questão em aberto, sem determinar uma fórmula específica.
2.1.3. A Bíblia continua sendo o nosso padrão nessa área, identificando o falar em línguas como a
evidência inicial do batismo no Espírito. Foi assim no dia de Pentescoste (At 2.1-31). A
experiência repetiu-se por ocasião da conversão de Cornélio e de sua família (At 10.45,46), bem
como com a chegada do apóstolo Paulo em Éfeso, em sua primeira viagem missionária (At 19.1-
6). Nesses casos, o fenômeno que indicava o batismo era o falar em línguas. Mesmo no episódio
da evangelização de Samaria, quando os apóstolos impuseram as mãos para que os crentes
recebessem o Espírito Santo, fica implícita a idéia de um fenômeno físico, visível, que levou o
mágico Simão a ambicionar a possibilidade de exercer o mesmo milagre (At 8.14-24). Pelo
contexto de Atos, o que poderia ser senão o falar em línguas? Assim as línguas identificam o
crente quando este é batizado no Espírito Santo.
2.1.4. O batismo no Espírito Santo tem como finalidade capacitar o crente para a vida cristã vitoriosa e,
sobre tudo, para testemunhar com ousadia sobre a sua fé em Cristo, mesmo nas circunstâncias
adversas, em que as convicções espirituais podem até ser provadas pelo martírio. Nessas horas,
é o poder advindo do batismo no Espírito Santo que dará força ao crente para suportar a dura
prova da perseguição (At 13.44-52).
Por isso, vale a pena estimular os crentes buscar o batismo no Espírito Santo.

3. SOBRE OS ANJOS

Ao nosso redor há um mundo de espíritos, muito mais populoso, mais poderoso e de maiores recursos do que o
nosso próprio mundo visível de seres humanos. Bons e maus espíritos dirigem os passos em nosso meio.
Passam de um lugar para outro com a rapidez de um relâmpago e com movimentos imperceptíveis. Eles habitam
os espaços ao redor de nos. Sabemos que alguns deles se interessam pelo nosso bem-estar; outros, porém,
estão empenhados em fazer-nos mal.

Os escritores inspirados fazem-nos descortinar uma visão desse mundo invisível a fim de que possamos ser,
tanto confortados como admoestados.

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Os anjos são:

3.1. Criaturas, isto é, seres criados. Foram feitos do nada pelo poder de Deus. Não conhecemos a época
exata de sua criação, porém sabemos que antes que aparecesse o homem, já eles existiam havia
muito tempo, e que a rebelião daqueles sob Satanás se havia registrado, deixando duas classes — os
anjos bons e os anjos maus. Sendo eles criaturas, recusam a adoração (Apoc. 19:10; 22:8, 9) e ao
homem, por sua parte, é proibido adorá-los. (Gal. 2:18)

3.2. Espíritos. Os anjos são descritos como espíritos, porque, diferentes dos homens, eles não estão
limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e desaparecem à vontade, e movimentam-se com
uma rapidez inconcebível sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente espíritos, têm o poder
de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença aos sentidos do homem.
(Gên. 19:1-3.)

3.3. Imortais, isto é, não estão sujeitos à morte. Em Lucas 20:34-36, Jesus explica aos saduceus que os
santos ressuscitados serão como os anjos no sentido de que não podem mais morrer.

3.4. Numerosos. As Escrituras nos ensinam que seu número é muito grande. "Milhares de milhares o
serviam, e milhões de milhões" (Dan. 7:10). "Mais de doze legiões de anjos" (Mat. 26:53). "Multidão
dos exércitos celestiais" (Luc. 2:13). "E aos muitos milhares de anjos" (Heb. 12:22). Portanto, seu
Criador e Mestre é descrito como o "Senhor dos exércitos".

3.5. Sem sexo. Os anjos sempre são descritos como varões, porém na realidade não têm sexo; não
propagam a sua espécie. (Luc. 20:34, 35.)

3.6. Agentes de Deus. São mencionados como os executores dos pronunciamentos de Deus. (Gên. 3:24;
Num. 22:22-27; Mat. 13:39,41,49; 16:27; 24:31; Mar. 13:27; Gên. 19:1; 2 Sam. 24:16; 2 Reis 19:35;
Atos 12:23.)

3.7. Mensageiros de Deus. (Anjo significa literalmente "mensageiro".) Por meio dos anjos Deus envia: (1)
Anunciações (Luc. 1:11-20; Mat. 1:20, 21). (2) Advertências (Mat. 2:13; Heb. 2:2). (3) Instrução (Mat.
28:2-6; Atos 10:3; Dan. 4:13-17). (4) Encorajamento (Atos 27:23; Gên. 28:12). (5) Revelação (Atos
7:53; Gál. 3:19; Heb. 2:2; Dan. 9:21-27; Apoc. 1:1).

3.8. Servos de Deus. "não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor
daqueles que hão de herdar a salvação?" (Heb. 1:14).

4. SOBRE O PECADO

Não há necessidade de se discutir a realidade do pecado. A história e o próprio conhecimento íntimo do homem
oferecem abundantes testemunhos do fato. A pura verdade é que o pecado é uma realidade incontestável, pois
está presente tanto na história como na consciência de cada ser humano. Os que tentam relativizar a existência
do pecado, exorcizá-la, bani-la, ou até mesmo negá-la, devem atentar para a declaração do velho teólogo
Berkroft: "O pecado é uma coisa que existe na realidade, seja latente nos vulcões adormecidos da natureza
humana, seja patente na devastadora paixão ardente do homem".

4.1. A origem do pecado

Uma vez que é difícil para a mente humana compreender o problema da origem do pecado, podemos dizer que,
biblicamente, a primeira demonstração de pecado ocorreu quando Satanás, por causa da soberba, foi expulso da
presença de Deus. "E tu dizias no teu coração; Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu
trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte" (Is 14.13). Essa passagem não
se refere apenas ao rei de Tiro, mas também, no seu sensus plenior, a Satanás (Lc 10.18).

A soberba e a prepotência foram os elementos que provocaram o primeiro pecado. A essência do pecado é,
portanto, arrogância, desejo de ser igual a Deus, a asserção da independência humana contra Deus, a
constituição da razão, moralidade e cultura autônomas. "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias
do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda
árvore do jardim?" (Gn 3.1).

O pecado, portanto, originou-se da livre escolha do homem em querer tornar-se como divindade. Pois, disse a
serpente à mulher, "sereis como Deus, sabendo o bem e o mal. E, vendo a mulher que aquela árvore era boa
para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e
deu também a seu marido, e ele comeu com ela" (Gn 3.5,6).

4.2. A conseqüência do pecado

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Quando Adão, deixando de obedecer a Deus, caiu em transgressão, ele não só prejudicou a si mesmo como
também a toda a raça humana, a quem ele representava (Rm 5.12). O primeiro efeito da desobediência de Adão
foi à morte, na expressão redundante do hebraico: "morrendo morrerás" (Gn 2.17). Não se tratava tão-somente
da morte física, porém, porque fisicamente Adão continuou vivendo, mas da morte espiritual, a separação de
Deus (Ef 2.1-5). Por isso quando se dá ã conversão do pecador a Deus, ele (o pecador) recebe vida espiritual,
que antes não existia nele em conseqüência da transgressão de Adão (Rm 5.12-14). Á pior conseqüência do
pecado é a morte, tanto a espiritual e física quanto a eterna (Gn 3.19; Ap 20.14; 21.8). A morte, na linguagem
bíblica, será o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).

O pecado, portanto, trouxe várias e terríveis conseqüências aos homens, entre as quais a morte eterna, que
significa uma existência de sofrimento resultante da separação eterna de Deus numa existência má e
degradante.

4.3. A natureza do pecado

O caráter santo de Deus é norma absoluta, única e final para o julgamento dos valores morais. Não há, portanto,
norma moral à parte de Deus. Logo, pode-se declarar, sem medo de estar errando, que o pecado é mau porque
é diferente de Deus.

Conforme o ensino das Escrituras Sagradas, todo homem está afastado de Deus pela corrupção do pecado.
Essa natureza consiste na perda da justiça original que o homem tinha antes de pecar. Por conseguinte, todo
homem está corrompido, e essa corrupção manifesta-se em uma aversão a todo o espiritual, uma inimizade com
Deus e uma inclinação positiva para o mal. Portanto, o pecado, em sua natureza, envolve tanto a culpabilidade
quanto a corrupção. O estado de pecado em que o homem caiu consiste no crime do primeiro pecado de Adão,
na falta de retidão original, na corrupção de toda sua natureza, o que ordinariamente é chamado de pecado
original.

Agora, para sustentarmos a doutrina bíblica do pecado original, temos que estabelecer três pontos, a saber:

• Todos os homens, descendentes de Adão por geração ordinária, estão destituídos da justiça
original e sujeitos à corrupção da natureza.

• A corrupção original afeta todos os homens, não somente no corpo, mas também as faculdades da
alma.

• Sua natureza é tal que antes da regeneração os homens estão completamente indispostos e
espiritualmente incapazes e contrários a tudo que é bom (Ef 2.1).

Pecado é tudo aquilo que, visto em Cristo, se caracteriza essencialmente como oposto de sua conduta.

5. SOBRE A SALVAÇÃO

5.1. A doutrina da salvação é uma das mais ricas em toda a Bíblia Sagrada. Ela é o grande dom de Deus
aos homens: "Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.
Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Ef 2.8,9).

5.2. A salvação não é uma conquista humana, e sim um dom de Deus. Nenhum ser humano deve imaginar
que os seus méritos possam conquistar a salvação. Primeiramente, porque "todos pecaram"; segundo,
porque só através de Jesus Cristo o homem pode ser salvo. É a salvação, como manifestação
concreta da graça de Deus, que nos traz a regeneração, a justificação, a santificação, a libertação, a
cura e tantas outras bênçãos. Na Epístola aos Romanos, encontramos a grandiosa catedral teológica
levantada à salvação.

5.3. Etimologicamente, a palavra salvação significa "ser tirado de um perigo", "livrar", "curar", "dar escape". A
Bíblia fala da salvação como a libertação do tremendo perigo de uma vida sem Deus.

5.4. A salvação tem sua origem em Deus, que estabeleceu o seu plano antes da fundação do mundo (Ef
1.4). Quando o homem (Adão), no jardim do Éden, desobedeceu a Deus, o seu pecado trouxe graves
conseqüências aos seus descendentes (Rm 5.12,17-19). Porém Deus não foi apanhado de surpresa.
Ele já tinha, no princípio, estabelecido o meio eficaz para salvar o homem. (Gn 3.15; comp. com Gl 4.4
e Is 7.14

5.5. Os três aspectos da salvação

5.5.1. Justificação. Um dos assuntos mais gloriosos da Bíblia é a justificação. Trata-se de um termo
forense e significa "declarar alguém justo", no sentido de absolvição. A justificação descreve a
nova condição do homem pecador diante de Deus. O homem, antes culpado e condenado à

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morte eterna, recebe o perdão dos pecados e simultaneamente é declarado justo por Deus (Rm
8.33). Aos olhos de Deus, o nosso pecado não existe mais (SI 103.12; Mq 7.18,19; Rm 3.23-26).
Na justificação, recebemos algo que ultrapassa o perdão, por¬que com o perdão recebemos a
quitação dos nossos pecados; com a justificação, porém, Deus nos torna san¬tos, como se nunca
houvéssemos pecado (Rm 5.1).

5.5.2. Regeneração. A salvação não advém de uma soma de ritos a serem praticados. Ela ocorre
instantaneamente na vida de quem sinceramente crê no Senhor Jesus Cristo, e o recebe como
Salvador e Senhor. A regeneração é descrita como o abandono das coisas opostas à vontade de
Deus e a entrega total em obediência a Ele. Assim sendo, é um fato que se dá simultâneo à
salvação

O arrependimento (methanóia, no grego), que significa "dar meia-volta", "mudança de mente",


trata-se de uma mudança de atitude em relação ao pecado, que é abandonado e recusado. O
pecador arrependido reconhece a sua culpa diante de Deus, a qual é acompanhada de um
sentimento de tristeza pelo pecado cometido (SI 51.1-3,12; 2 Co 7.10).
.
5.5.3. Santificação. Uma coisa é tornar-se cristão. Outra é viver a vida cristã. Tudo que recebemos na
salvação, na justificação e na regeneração se manifesta na santificação. Isso significa vida cristã
na prática (1 Ts 4.3; 2 Co 7.1; Hb 12.14). A santificação apresenta três aspectos:

a) Santificação posicional — Nesse sentido, ela é imediata. "Na qual vontade [Deus] que temos
sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo feita uma vez" (Hb 10.10). Esse fato se
dá na conversão do pecador: É imediato, total, e coloca o homem na posição de filho de Deus
(1 Pe 1.3,4), ou seja, posicionalmente santo (Rm 1.7; Hb 3.1).
b) Santificação progressiva — "Quem é santo seja santificado ainda" (Ap 22.11). Essa
santificação acontece no decorrer da vida cristã. Enquanto a santificação posicional é imediata,
a progressiva é dinâmica e paulatina. Quanto mais o crente se consagra para Deus, mais
santificado se torna (1 Co 7.1). A santificação progressiva aperfeiçoa-se no temor de Deus. Ela
é aperfeiçoada com oração, estudo da Palavra de Deus, jejum, e através de uma vida
dedicada à obra de Deus (Rm 6.12,13, 22).
c) Santificação completa (absoluta) — Acontecerá por ocasião da redenção do corpo, na
ressurreição (Rm 8.22,23) ou no arrebatamento, quando formos transformados.

5.6. Pontos importantes

• A salvação procede de Deus para o homem (Rm.6:23).


• Só em Jesus Cristo há salvação,(At.4:12).
• A salvação é obtida pela Graça ou favor imerecido da parte de Deus e não por obras humanas (Ef.2:8-
9).
• A salvação abrange o espírito, alma e corpo do homem (I Ts.5:23).
• A salvação tem alcance eterno (Hb.5:9).
• A salvação é operada pela fé em Cristo (Mc.16:16).

6. SOBRE O HOMEM

6.1. A origem do homem

A Bíblia ensina claramente a doutrina de uma criação especial, que significa que Deus fez cada criatura
"segundo a sua espécie". Ele criou as várias espécies e então as deixou para que se desenvolvessem e
progredissem segundo as leis do seu ser. A distinção entre o homem e as criaturas inferiores implica a
declaração de que "Deus criou o homem à sua imagem".

6.2. A tri-unidade humana.

Segundo Gên. 2:7, o homem se compõe de duas substâncias — a substância material, chamada corpo, e a
substância imaterial, chamada alma. A alma é a vida do corpo e quando a alma se retira o corpo morre. Mas,
segundo 1 Tess. 5:23 e Heb. 4:12, o homem se compõe de três substâncias — espírito, alma e corpo; alguns
estudantes da bíblia defendem essa opinião de três partes da constituição humana versus doutrina de duas
partes apenas, adotada por outros.

Ambas as opiniões são corretas quando bem compreendidas. O espírito e a alma representam os dois lados da
substância não-física do homem; ou, em outras palavras, o espírito e a alma representam os dois lados da
natureza espiritual.

Embora distintos, o espírito e a alma são inseparáveis, são entrosados um no outro. Por estarem tão interligados,
as palavras "espírito" e "alma" muitas vezes se confundem (Ecl. 12:7; Apoc. 6:9); de maneira que em um trecho a

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substância espiritual do homem se descreve como a alma (Mat. 10:28), e em outra passagem como espírito (Tia.
2:26).

6.2.1. Espírito humano.

Habitando a carne humana, existe o espírito dado por Deus em forma individual. (Núm. 16:22; 27:16.). é aquela
parte do homem que, como uma janela aberta para o céu, lhe dá condições de sentir a realidade de Deus e de
sua Palavra ( 1 Co 2.10,12) ou seja: o espírito do homem é a sede de suas relações com Deus.

O Espírito foi formado pelo Criador na parte interna da natureza do homem, capaz de renovação e
desenvolvimento. (Sal. 51:10.) Esse espírito é o centro e a fonte da vida humana; a alma possui e usa essa vida
e lhe dá expressão por meio do corpo. No princípio Deus soprou o espírito de vida e no corpo inanimado e o
homem “foi feito alma vivente”
.
O espírito é aquilo que faz o homem diferente de todas as demais coisas criadas. É dotado de vida humana (e
inteligência, Prov. 20:27; Jó 32:8) que se distingue da vida dos irracionais.
O espírito do homem não-crente é morto, inativo, isto é, separado de Deus ( Ef 2.1-5; Lc 15.24,32; Cl 2.13). Ele é
dominado por seus pecados e concupiscências ( Ef 4.17-22; Tt 1.15), sem possibilidade de ver a glória de Deus (
2 Co 4.4). de relacionar-se com Deus é restaurada.

6.2.2. A alma do homem.

a) A natureza da alma. A alma é aquele princípio inteligente e vivificante que anima o corpo humano,
usando os sentidos físicos como seus agentes na exploração das coisas materiais e os órgãos do corpo
para se expressar e comunicar - se com o mundo anterior.

• A alma distingue a vida humana e a vidas dos irracionais das coisas inanimadas e também da
vida inconsciente como a vegetal.
• Tanto os homens como os irracionais possuem almas (em Gên. 1:20, a palavra “vida” é “alma”
no original).
• A alma do homem o distingue dos irracionais. Estes possuem alma, mas é alma terrena que
vive somente enquanto durar o corpo. (Ecl. 3:21)
• A alma distingue um homem de outro e dessa maneira forma a base da individualidade. A
palavra “alma” é, portanto, usada frequentemente no sentido de “pessoa”. Ex. 1:5
• A alma distingue o homem não somente das ordens inferiores, mas também das ordens
superiores dos anjos, porque estes não têm corpos semelhantes aos dos homens.

b) Por meio do corpo a alma recebe suas impressões, que são percebidas por estes sentidos: vista,
audição, paladar, olfato e tato, e são transmitidos ao cérebro por via do sistema nervoso. A alma
estabelece contato com o mundo por meio do corpo, que é o instrumento da alma.

6.2.3. O Corpo humano.

O corpo do homem foi formado por Deus do pó da terra (Gn 2.7), isto é, da mesma terra que temos hoje sob
nossos pés. Através de análise química, sabemos que o corpo humano consiste de vários compostos, como
ferro, glicose, sal, carbono, iodo, fósforo, cálcio etc.
Os seguintes nomes aplicam-se ao corpo:

• Casa, ou tabernáculo. (II Cor. 5:1) É a tenda na qual a lama do homem, qual
peregrina, mora durante sua viagem do tempo para a eternidade. À morte, desarma
– se a barraca e a alma parte. (Vide Is. 38:12; II Pd. 1:13, 14)
• Invólucro. (Dn. 7:15). O corpo é a “bainha” da alma. A morte é o desembainhar a
espada.
• Templo. O templo é um lugar consagrado pela presença de Deus – um lugar onde a
onipresença de Deus é localizada. (I Reis 8:27, 28) O corpo de Cristo foi um
“templo” (João 2:21) porque Deus estava nele. (II Cor. 5:19)

Os filósofos pagãos falavam do corpo com desprezo. E verdade que este corpo é terreno (I Cor. 15:47) e como
tal um corpo de humilhação (Fil. 3:21), sujeito às enfermidades e à morte (I Cor. 15:53), de maneira que
gememos por um corpo celestial (II Cor. 5:2). Mas à vinda de Cristo, o mesmo poder que vivificou a alma
transformará o corpo, assim completando a redenção do homem. E o penhor dessa mudança é o Espírito que
nele habita. (II Cor. 5:5; Rm. 8:11)

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7. SOBRE O BATISMO EM ÁGUAS

O batismo em águas (do grego baptzõ, "mergulhar", "submergir") é uma das duas ordenanças que Cristo deixou
à Igreja (Mt 28.19). Através do batismo, o novo convertido, que já faz parte do Corpo de Cristo pelo novo
nascimento, dá o seu testemunho público do que lhe aconteceu. Trata-se, portanto, de uma confissão pública de
fé em Cristo, por intermédio de atos e palavras, onde o batizando mostra ter aceitado plenamente as verdades
da Bíblia Sagrada.

As águas do batismo não visam limpar os nossos pecados. O Novo Testamento mostra claramente ser o sangue
de Jesus, e não as águas do batismo, o que nos purifica e perdoa. Mediante o sangue de Jesus somos
justificados, nossa consciência é purificada e somos redimidos (Rm 5.9; Hb 9.14; 1 Pe 1.18,19).

7.1. O batismo em águas é só para os convertidos

De acordo com a Bíblia o batismo em águas é somente para os que já se converteram a Cristo. Jesus ordenou a
seus discípulos: "Portanto, ide, ensinai [fazei discípulos em] todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do
Filho, e do Espírito Santo".

Observe que a ordem do texto é fazer primeiro discípulos e depois batizar. Em Marcos 16.16, o crer vem antes
do batismo. Quando Filipe pregava e em nome de Deus realizava milagres, as pessoas criam e então eram
batizadas (At 8.12). Essas pessoas foram batizadas sempre depois de terem crido. Em alguns casos, pessoas
receberam o batismo com Espírito Santo antes de serem batizadas em águas, mas está bem claro que o batismo
em águas é somente para aqueles que confessam Cristo como Salvador.

7.2. A Bíblia é contra o rebatismo

O batismo em águas deve ser ministrado uma só vez. É nesse sentido que Paulo escreve aos Efésios: "[...] uma
só fé; um só batismo" (Ef 4.5).

7.3. O batismo

7.3.1. O modo. A palavra "batizar", usada na fórmula de Mateus 28.19,20, significa literalmente, como
já foi explicado, "mergulhar" ou "imergir, submergir". Alguns, mesmo pertencendo a igrejas que
batizam por aspersão, admitem que a imersão é o modo primitivo de batizar.

7.3.2. A fórmula. "[...] batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo" (Mt 28.19). Há
quem confunda a declaração de Pedro em Atos 2.38 com a fórmula citada em Mateus 28.19. As
palavras proferidas por Pedro não representam uma fórmula batismal, e sim uma declaração de
que as pessoas que reconheci¬am Jesus como Senhor e Cristo recebiam batismo.

7.3.3. Quem deve se batizado. Todos os que sinceramente se arrependem de seus pecados e recebem
a Cristo como Salvador e Senhor são elegíveis para o batismo (At 2.4). O batismo em águas é
uma confissão pública de fé em Cristo, por intermédio de atos e palavras, na qual o batizando
mostra ter aceitado plenamente as verdades concernentes à encarnação, à morte e à
ressurreição de Cristo.

No ato do batismo, o convertido mostra ter morrido para o mundo e renascido para Cristo, vivendo agora em
novidade de vida. Concluindo, o batismo em águas, em si, não tem nenhum poder de salvar uma pessoa.
Mesmo porque não se batiza alguém para ele ser salvo, e sim porque já é salvo.

8. SOBRE A IGREJA
A palavra Igreja significa: "Os chamados para fora (do mundo) para serem santos (separados)". No N.T., o termo
designa o conjunto do povo de Deus em Cristo, que se reúne como cidadãos do reino de Deus (Ef.2:19), com o
propósito de adorar a Deus (Jo.4:23-24).

A palavra Igreja pode referir-se a uma Igreja local (Mt.18:17, At.15:4) ou à Igreja no sentido universal (At.16:18,
At.20:28, Ef.2:21-22). A Igreja é composta por filhos de Deus através de Jesus Cristo (Jo.1:12) que irá morar nos
céus com o Ele (Hb.12:23). Veja que o texto de Hebreus diz: "igreja dos primogênitos inscritos nos céus", a

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palavra "primogênitos" está no plural indicando que todos os filhos de Deus compõem a Igreja que está arrolado
nos Céus.

8.1. Todos os que aceitam a Jesus compõem a Igreja que vai para o Céu
• "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus" (Jo.1:12)

• "Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a
miríades de anjos; à universal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a
Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados" (Hb.12:22-23)

A compreensão dos textos acima é simples. Você aceita a Jesus Cristo como seu Salvador e se torna filho de
Deus. Quando você se torna filho se transforma em casa de Deus, em morado do Espírito Santo (I Cor.3:16) e
sendo "casa de Deus" você é automaticamente a Igreja de Jesus Cristo na Terra. Essa Igreja representa o corpo
do Senhor movendo-se na terra e fazendo a obra do Pai. É lógico que quando Jesus voltar para buscar a sua
Igreja (Jo.14:1-3, I Ts.4:13-18), Ele não vai levar uma parte do seu corpo e deixar a outra, mas como disse
Paulo; "estaremos com Ele" (Fil.1:23).

8.2. A Missão da Igreja de Jesus Cristo


A missão da Igreja no mundo é continuar a passar o amor de Jesus que uma vez foi expresso na Cruz do
Calvário. Por isso é nos dito: "...Portanto ide..."(Mt.28:19,20). A incumbência de pregar as boas novas de Cristo
deve estar em cada cristão, que autenticamente tenha recebido o novo nascimento (Jo.3:6). Levar a salvação é
motivo de grande alegria para o verdadeiro crente(Lc.10:17).

A pessoa que está em comunhão com o Espírito Santo sente necessidade de falar do amor de Deus (Lc.6:45,
Jo.16:8, At.2:14-36). Alguns argumentam preguiçosamente que; "quando eu sentir ai eu vou falar de Jesus", mas
Jesus não mencionou nada de sentimento quando incumbiu a sua Igreja. A Palavra de Deus é clara "IDE", ou
seja, já temos mandamento para trabalharmos e pregarmos o amor de Jesus. Muitos ainda dizem, "mas quando
eu vou?"; a Bíblia diz "a tempo e fora de tempo" (II Tm.4:2). Por isso trabalhemos, pois o nosso trabalho não é
vão no Senhor (I Cor.15:58).

9. SOBRE A VIDA ETERNA

Novo Testamento acentua mais a ressurreição do corpo do que aquilo que acontece imediatamente depois da
morte. A morte continua sendo uma inimiga cruel, mas já não é para ser temida (1 Co 15.55-57; Hb 2.15). Para o
crente, o viver é Cristo e o morrer é lucro. Isso significa que morrer é receber mais de Cristo (Fp 1.21). Logo,
morrer e estar com Cristo é muito melhor que permanecer no corpo presente, embora devamos ficar aqui
enquanto Deus considera que isso seja necessário (Fp 1.23,24). Depois disso, a morte nos trará o repouso ou
cessação das nossas labutas e sofrimentos terrestres e a entrada na glória (2 Co 4.17; cf. 2 Pe 1.10,11; Ap
14.13). ***

A descrição que Jesus faz em Lucas 16 sobre o pós-morte é reveladora e de extremo impacto. Em primeiro
lugar, mostra que os destinos tanto dos ímpios quanto dos justos não poderão ser mudados depois da morte. E,
em segundo lugar, que depois da morte se segue o juízo (Hb 9.27).

9.1. O inferno como lugar de tormento eterno

Embora o homem moderno tenha dificuldades para entender a doutrina bíblica sobre o inferno, as Escrituras
afirmam-lhe uma existência real. Não se trata apenas de um estado subjetivo da pessoa sem Cristo no além, e
sim de um lugar. Muitas passagens bíblicas dão conta de sua existência como um lugar para onde os ímpios irão
(Mt 25.41,46; Mc 9.45,46; Lc 16.19-31; 2 Ts 1.7-9; Ap 20.10; 21.8).

No Novo Testamento, gehenna é visto como uma "fornalha de fogo" onde "haverá pranto e ranger de dentes" (Mt
13.42,50), lugar "onde o seu bicho não morre, e o fogo nunca se apaga" (Mc 9.48). O inferno é lugar de castigo
escatológico de eterna duração (Mt 25.46). É o lugar de castigo para os ímpios bem como para satanás e os
demônios (Mt 25.41), a besta e o falso profeta (Ap 19.20; 20.10) e também a morte (Ap 20.14). Outras
expressões equivalentes são "fogo eterno", "lago de fogo", "lago ardente de fogo e enxofre". Inferno, portanto, é
um lugar real.

40
9.2. O estado final dos ímpios

Segundo Stanley Horton, o destino final dos ímpios é descrito na Bíblia como algo terrível e que vai além de toda
imaginação. São as "trevas exteriores", onde haverá choro e ranger de dentes por causa da frustração e do
remorso ocasionados pela ira de Deus (Mt 22.13; 25.30; Rm 2.8,9; Jd 13). É uma "fornalha de fogo" (Mt
13.42,50), onde o fogo pela sua natureza é inextinguível (Mc 9.43; Jd 7). Causa perda eterna, ou destruição
perpétua (2 Ts 1.9), e a "fumaça do seu tormento sobe para todo o sempre" (Ap 14.11).

De acordo com o relato bíblico, a situação dos ímpios é de separação total de Deus. A fé, a esperança e o amor,
que sempre permanecem para nós (1 Co 13.13) faltarão naquele ambiente. O repouso do qual desfrutaremos
nunca estará à disposição deles e nem a alegria e a paz que nosso Senhor concede àqueles que crêem. Será,
também, um lugar de solidão, excluído da comunhão com Deus. E a amargura e o ranger dos dentes, bem como
sua natureza caída e imutável, impedirão a comunhão uns com os outros. *****

9.3. O estado final dos justos

Há várias maneiras de notar a condição futura dos justos. A mais comum, obviamente, é "céu". As palavras para
"céu", no hebraico e no grego (shãmayin e ouranos), são empregadas basicamente de três maneiras na Bíblia:
a) para designar o universo inteiro (Gn 1.1), numa perspectiva cosmológica; b) como um sinônimo de Deus (Lc
15.18,21) e c) para designar a morada de Deus (Mt 6.9; Jo 14.1-6).

Segundo a Bíblia, o céu será caracterizado pela remoção de todos os males. Estando com as pessoas, Deus
"limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as
primeiras são passadas" (Ap 21.4). Não apenas as aflições, mas também a própria fonte do mal, aquele que nos
tenta para o pecado, será condenado eternamente: "E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e
enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre" (Ap
20.10).

A presença do Deus perfeitamente santo e do Cordeiro sem mácula significa que no céu não haverá pecado ou
mal de espécie alguma. Sabemos relativamente pouco sobre as atividades dos remidos no céu, mas há uns
poucos lampejos do que será a nossa existência futura. Uma qualidade de nossa vida no céu será o descanso. O
descanso, tal como o termo é empregado em Hebreus, não é um mero cessar das atividades, mas a experiência
de alcançar um alvo de importância crucial.

Assim, há referências freqüentes à peregrinação pelo deserto na rota para o "descanso" da Terra Prometida (Hb
3.11,18). Um descanso semelhante aguarda os crentes (Hb 4.9-11). O céu, portanto, será o encerramento da
peregrinação do cristão, o fim da luta contra a carne, o mundo e o diabo. Haverá trabalho a fazer, mas isso não
implicará luta para superar forças contrárias. ******

9.4. Um reino de vida eterna

Não será um reino de imortalidade, porque imortais todos já somos agora. A vida eterna, conforme referida nas
Escrituras, não é apenas a imortalidade. De quem estiver no inferno, dir-se-á que está na morte eterna. No
entanto, essa morte eterna não é inexistência. Na Bíblia, morte não é sinônimo de inexistência. Estar morto é
estar sem vida. Mas para entendermos isso é preciso que saibamos que, para Deus, vida não é sinônimo de
existência e morte significa alienação da verdadeira vida que só se vive em Deus e como Deus.

A vida eterna é a existência em Deus e com Deus para sempre. A morte eterna é a existência fora de Deus e
diferente de Deus para sempre. O inferno da alma será descobrir que a vida só é vida em Deus e com Deus e ter
que assumir uma eterna existência exilada dessa condição desprezada na história.

10. SOBRE O DIZIMO

Quem começou a dar o dízimo foi o pai dos crentes, Abraão e para que essa benção continue a fluir em nossas
vidas devemos imitá-lo (Gl.3:14) e exceder os escribas e fariseus (Mt. 5:20; 23:23; Hb.7:8-9), pois o bom cristão
e mais que dizimista.

Todos concordam que devemos "dar a César o que é de César" (Lc.20:25), mas quando é para dar a Deus
inventam muitos argumentos e obstáculos. Assim muitos demonstram ser mais fiéis a César (o governo) do que

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a Deus, mas o nosso Senhor qualifica tais pessoas como ladrões, leiamos: "Roubará o homem a Deus? Todavia
vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas alçadas" (Ml.3:8).

A única pessoa que quer que os filhos de Deus fiquem na miséria é o diabo (Jo.10:10) e para isso ele se
transfigura em anjo de luz (II Cor.11:14) e tenta fechar o meio de Deus abençoar o seu povo - que é dando o
dízimo e as ofertas. Que nunca nos deixemos contaminar pela avareza (Cl.3:5) e devolvamos a Deus o que lhe
pertence: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro (a igreja), para que haja mantimento na minha casa, e
depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar
sobre vós tal bênção, que dela vos advenha a maior abastança"(Ml.3:10).

42
INTRODUÇÃO AO NOVO TESTAMENTO

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INTRODUÇÃO

O Novo Testamento forma a Parte II da Bíblia. É ele uma antologia de vinte e sete livros de várias dimensões,
mas tem somente um terço do volume da Parte I, o Antigo Testamento1. Isso é compreensível, todavia, pois o
Antigo Testamento cobre um período de milhares de anos de história, mas o Novo Testamento menos de
um século.

"Novo Testamento" quer dizer, de fato, "Novo Pacto", em contraste com a antiga aliança (de acordo com a qual
Deus perdoava transgressões à vista de sacrifícios de animais, à guisa de antecipação provisória
daquele verdadeiramente adequado sacrifício de Cristo). O vocábulo "testamento" transmite-nos a idéia de
uma última vontade, e um testamento que só passa a ter efeito na eventualidade da morte do testador. Assim é
que o novo pacto entrou em vigor em face da morte de Jesus (ver Hb 9.15-17).

Escrita originalmente em grego, entre 45-95 d.C., a coleção dos livros do Novo Testamento é tradicionalmente
atribuída aos apóstolos Pedro, João, Mateus e Paulo, bem como a outros antigos autores cristãos, João Marcos,
Lucas, Tiago e Judas. Em nossas Bíblias modernas, os livros do Novo Testamento não estão arranjados na
ordem cronológica em que foram escritos. Exemplificando, as primeiras epístolas de Paulo foram os
primeiros livros do Novo Testamento a serem escritos (com a única exceção possível da epístola de Tiago), e
não os EVANGELHOS

"Antigo e Novo Testamento são designações cristãs, e não judaicas, pois os judeus só aceitam
como Escritura os livros do Antigo Testamento."

FUNDO HISTÓRICO DO NOVO TESTAMENTO

1. O Período Interbíblico

Esse é o nome que damos para designar o período que vai do profeta Malaquias ao evangelho de Mateus.
Também poderia ser chamado "Período Intertestamentário", no entanto, abrange um lapso de tempo de nada
menos de quatrocentos anos.

Desses quatrocentos anos, não temos qualquer registro canônico, catalogado por Deus. Não ousamos dizer
que Deus não tenha falado durante esse período, mas nada foi escrito à semelhança dos trinta e nove livros do
Antigo Testamento. Mas apareceram os livros "apócrifos," em grande número.

No interregno desses quatrocentos anos de silêncio divino, uma pletora de fatos ocorreu no mundo todo.
Impérios surgiram, fortes e grandes, mas outros sucumbiram; reis ascenderam e outros afundaram no ocaso
da glória e mergulharam na noite do esquecimento. Partidos políticos surgiram, novas línguas passaram
a ser faladas, costumes estranhos se impuseram, principalmente na terra de Israel. E essas inovações,
incluindo práticas religiosas, foram impostas pelas armas dos vencedores, chocando-se com as nativas,
motivando guerras, levantes, distúrbios e derramamento de sangue.

Deus preparou o mundo para a vinda de Jesus. O Filho de Deus não veio nem antes e nem depois do tempo
marcado no relógio de Deus. Antes, veio na "hora" marcada pela eternidade. E, quando Ele chegou, encontrou
um mundo preparado para realizar o Seu ministério, com base no qual foi propagado o Seu evangelho de vida e
salvação.

A história do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro, que a Assíria impôs ao reino do norte, Israel, com o
subseqüente I cativeiro babilônico do reino do sul, Judá, e com o regresso, à Palestina, de parte dos exilados,
quando da hegemonia persa, nos séculos VI e V a.C. Os quatro séculos entre o final da história do Antigo
Testamento e os primórdios da história do Novo Testamento compreendem o período intertestamentário
(ocasionalmente chamados "os quatrocentos anos de silêncio", devido ao hiato, nos registros bíblicos, e
ao silenciamento da voz profética). Durante esse hiato é que Alexandre o Grande se tornou senhor do antigo
Oriente Médio, ao infligir sucessivas derrotas aos persas, quando das batalhas de Granico (334 a.C.), Isso (333
a.C.) e Arbela (331 a.C.).

As divisões do período interbiblico

1.1. O período pérsico


Ao encerrar-se o A.T. lá pelo ano 430 a . C. , a Judéia era uma província da Pérsia. Esta havia sido
potência mundial por uns 100 anos. Continuou a sê-la por outros 100 anos, durante os quais não se
conhece muito acerca da história judaica. O domínio pérsico , na sua maior parte , foi brando e tolerante,
gozando os judeus de considerável liberdade.
Os reis persas desse período foram:

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• Artaxerxes I, 464 - 423. Sob seu governo , Neemias reconstruiu Jerusalém.
• Xerxes II , 423 a . C. Dario II, 423- 404 a . C. Artaxerxes II ( Mnemom ), 404 - 359 a.
• C. Dario III ( Codomano ), 335-331 a . C. Sob o governo deste o império pérsico caiu.

1.1.1. Características do período persa


• Decadência espiritual vista em Ageu e Malaquias.
• Desenvolvimento do poder do sumo sacerdote Após Neemias, Judéia foi incluída na
província da Síria . Assim o Sumo Sacerdote se tornou governador da Judéia e
autoridade da Síria.
• Os inícios do escribismo com um interesse exagerado na Letra da Lei.

1.2. O período grego


• Sua influência foi muito grande por causa de sua extensão e permanência.
• Estabeleceu centro de comércio e cultura em toda a extensão do seu império.
• Com a penetração da cultura grega, a superstição oriental cedeu a liberdade do pensamento
grego na filosofia, arquitetura, deuses, e religião e atletismo (primeira olímpiada , 776 a .C.)
Surgiram bibliotecas e universidades em Alexandria e Tarso como em outros lugares.
Preparou-se assim o campo para religião universal.
• De grande importância foi a disseminação da língua grega, criando a possibilidade
de pregação do evangelho duma língua universal e a criação duma Bíblia legível em toda a
extensão da bacia do Mediterrâneo.

1.2.1. As conquistas de Alexandre


• Após o domínio da Grécia penetrou a Pérsia , império 50 vezes maior , com população
20 vezes a da Grécia.
• Em 334, penetrou na Ásia Menor vencendo o exército persa no Rio Grânico, perto de
Troade.
• Em pouco tempo com apenas a idade de 22 anos, conquistou a Sardo, Mileto, Éfeso e
Halicarnaso, estabelecendo em cada cidade a democracia grega.
• Em 333 a .C. foi ao encontro de Dario na Batalha de Isso, a qual ganhou. 5- Daí foi sem grande
resistência até o Egito que também o dominou.
• Venceu Dario decisivamente na batalha de Arbela em 331 a .C. dando fim ao grande
império Persa.
• Continuou suas conquistas até o rio Indo.
• Morreu com apenas 33 anos com suas forças dissipadas pelo álcool e malária.
• Fundou 70 cidades, moldando-as conforme o estilo grego. Ele e os seus soldados
contraíram matrimônio com mulheres orientais . E assim foram misturadas as culturas grega e
oriental.

1.2.2. A influência de Alexandre :


• Sua influência foi muito grande por causa de sua extensão e permanência.
• Estabeleceu centro de comércio e cultura em toda a extensão do seu império.
• Com a penetração da cultura grega, a superstição oriental cedeu a liberdade do pensamento
grego na filosofia, arquitetura, deuses, e religião e atletismo (primeira olímpiada , 776 a .C.)
Surgiram bibliotecas e universidades em Alexandria e Tarso como em outros lugares. Preparou-
se assim o campo para religião universal.
• De grande importância foi a disseminação da língua grega, criando a possibilidade de
pregação do evangelho duma língua universal e a criação duma Bíblia legível em toda a
extensão da bacia do Mediterrâneo.

1.3. Período ROMANO - ( 63 a.C.)


1.3.1. Antecedentes na vida de Herodes.

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• Antipater , um idumeu ( descendente de Edom , ou Esaú , conseguiu lugar de destaque com os
romanos.
• Como procurador judeu , colocou seu filho Herodes como tetrarca de Galiléia.
• Herodes mostrou grande zelo no seu governo, erradicando os bandidos que tinham infiltrado
a Galiléia.
• Com a morte de Antipater ( 40 a . C.) conseguiu de Cesar ser apontado rei de Judeia.
• Com a invasão de Jerusalém e a morte de Antigono, ultimo descendente dos macabeus,
Herodes começou a reinar no ano 37 a . C.

1.3.2. Três períodos no reinado de Herodes


• Os primeiros 12 anos ( 37-25 ) foram gastos na luta pelo poder .
• Os segundos 12 anos ( 25 -13 ) foram seus melhores anos.
• Os últimos 9 anos ( 13 -4 ) se caracterizaram pela crueldade e amargura ( assassinou a duas
de suas esposas e pelo menos a três de seus próprios filhos. Foi este Herodes que governava
Judá quando Jesus nasceu, e que trucidou os meninos de Belém.
• Herodes morreu de hidropsia e câncer nos intestinos, em 4 a.C.

1.3.3. Os sucessos de Herodes


• Uso de muito tato na sua tentativa de helenizar os judeus, que Antíoco Epifania. b- Com
espetáculos, jogos, etc, ganhou a lealdade dos jovens judeus que se tornaram os herodianos.
• Aumentou a fortaleza de Jerusalém denominada “Antonia”
• Entre seus muitos projetos de edificação , sua maior contribuição para os judeus, foi o
embelezamento do templo de Jerusalém, Isso não expressava sua participação na fé
judaica ( ele não acreditava nela ) mas foi uma tentativa de conciliar seus súditos. O templo
de Jerusalém , decorado com mármore branco, ouro e pedras preciosas, tornou-se proverbial
devido ao seu esplendor : Quem Jamais viu o templo de Herodes nunca viu o belo”.

1.3.4. Herodes e a vinda de Cristo.


• Ele foi parte do governo romano que preparou o contexto da vinda de Cristo.
• Foi rei governante quando Cristo nasceu.

2. O mundo do Novo Testamento

2.1. Situação Política:

Quando Jesus nasceu, a terra de Israel fazia parte do Império Romano e era governada pelo rei Herodes, o
Grande (47-4 aC). Depois da morte de Herodes (Mt 2.19-21), o reino foi dividido entre os seus filhos: Arquelau,
tetrarca da Judéia e Samaria (Mt 2.22); Herodes Antipas, tetrarca da Galiléia e Peréia (Lc 3.1), e Filipe, tetrarca
da Ituréia, Traconites e outras regiões orientais do norte (Lc 3.1).

No ano 6 dC, Arquelau foi deposto pelo Imperador Augusto, e dali em diante a Judéia foi governada por
Procuradores romanos. Um deles, Pôncio Pilatos, governou de 26 a 36 dC.

Embora as autoridades romanas procurassem fazer um governo justo, para muitos judeus era intolerável que o
povo de Deus fosse dominado por pagãos. Os membros do partido de Herodes (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13)
queriam que um dos descendentes do rei Herodes governasse, em vez do Governador romano. E os
nacionalistas (Lc 6.15; At 1.13) – também conhecidos como “zelotes” – queriam levar os judeus a se revoltarem
contra Roma. Finalmente, em 66 dC, estourou a revolta, que durou até o ano 70, quando os romanos destruíram
Jerusalém e o Templo.

Diante disso, muitos judeus deixaram a Palestina e passaram a viver no mundo gentio, aumentando assim o
número de judeus que faziam parte da “Dispersão” (a Diáspora). Em vez do Templo, as Sinagogas se tornaram o
centro principal do Judaísmo, e, antes do fim do primeiro século dC, o cânon da Bíblia Hebraica (AT) foi fixado.

Para os cristãos daquele tempo, o poder de Roma foi um beneficio. As excelentes estradas facilitavam as

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viagens dos missionários cristãos que saíram a levar o evangelho a todos os povos. As autoridades romanas
tinham classificado o Judaísmo como uma “religião lícita” e, por extensão, fizeram a mesma coisa com a religião
cristã. Não era contra a lei romana ser um cristão.

Mas, no fim do primeiro século, Roma começou a exigir que todos os cidadãos do Império confessassem que o
imperador era divino. Isso os seguidores de Jesus não podiam fazer e, por isso, eles foram perseguidos e
mortos. Foi nesse tempo que o último livro do NT, o Apocalipse, foi escrito.

2.2. Situação Religiosa:

No primeiro século da era cristã, Jerusalém era a cidade de Deus, e o Templo era onde ele se fazia presente
entre o seu povo. Ali, os judeus ofereciam os seus sacrifícios. Jerusalém era o palco das grandes festas
religiosas, com destaque para a Páscoa, a Festa da Colheita e a Festa das Barracas. Nessas ocasiões, todos os
homens judeus deviam ir a Jerusalém e participar dessas festas (Dt 16.16,17).

O Sumo Sacerdote ocupava o mais alto cargo na hierarquia religiosa dos judeus. Ele era o presidente do
Conselho Superior, integrado por setenta e um membros, inclusive o presidente. Uma vez ao ano, no Dia do
Perdão, ele entrava no Lugar Santíssimo do Templo e ali oferecia sacrifícios para conseguir o perdão dos seus
próprios pecados e dos pecados do povo de Israel.

Na época de Jesus, o Sumo Sacerdote era Caifás (de 18-36 dC), genro de Anãs, que tinha sido o Sumo
Sacerdote antes dele (Lc 3.2). Outros membros do Conselho Superior eram os “chefes dos sacerdotes”,
membros de famílias sacerdotais importantes.

Os sacerdotes eram descendentes de Arão, bisneto de Levi, filho de Jacó. Eles ofereciam os sacrifícios no
Templo de Jerusalém. Os levitas, auxiliares dos sacerdotes, eram descendentes de Levi, mas não de Arão. Além
de ajudarem os sacerdotes a oferecer os sacrifícios, eles formavam a guarda do Templo, para manter a ordem e
defender o Templo contra qualquer ataque.

2.3. Partidos Religiosos e Políticos

2.3.1. Fariseus:

Um dos principais grupos religiosos dos judeus. Eles seguiam rigorosamente a Lei de Moisés, as tradições e os
costumes dos antepassados (Mt 9.11,14; 12.1,2; 19.3; Lc 18.11,12; At 15.5).Criam na ressurreição, em anjos e
em espírito (At. 23.8) Eles foram contra Jesus (Mt 9.34; 12.14; 16.1-12; Jo 9.17; 11.47,48,57), mas alguns deles
o trataram com respeito e cordialidade (Lc 7.36-50; 11.37; Jo 3.1; 7.50,51; 19.39,40). O apostolo Paulo foi criado
fariseu (At 23.6; 26.5; Fp 3.5,6) e aluno do renomado mestre fariseu Gamaliel, de Jerusalém (At 22.3). **

2.3.2. Mestres da Lei:

Judeus eruditos que eram mestres das Escrituras hebraicas, especialmente dos livros da Lei de Moisés, os
primeiros cinco livros da Bíblia. Estes homens esclareciam dúvidas sobre o que as Escrituras Hebraicas querem
dizer, citando opiniões dos famosos mestres judeus do passado. Eram chamados de “Rabi” (ou “Rabôni”), que
quer dizer “Meu Mestre” (Mt 2.14; 5.20; 7.29; 15.1,2; 22.25; Mc 1.22; Lc 7.30; 10.25; 11.45,46,52; At 5.34).

2.3.3. Nacionalistas:

Partido de judeus que lutavam contra o domínio romano (pagão) na terra de Israel (Lc 6.15 e At 1.13).

2.3.4. Partido de Herodes:

Judeus que preferiam ser governados por um descendente do rei Herodes, o Grande,em vez de um governador
romano, como Pôncio Pilatos (Mt 22.16; Mc 3.6; 12.13).

2.3.5. Saduceus:

Um pequeno mas poderoso grupo religioso dos judeus. Faziam partes desse partido os sacerdotes e as pessoas
ricas e de influência de Jerusalém (At 5.17). Eles baseavam seus ensinamentos principalmente nos primeiros
cinco livros do Antigo Testamento. Não acreditavam na ressurreição, no juízo final ou na existência de anjos e
espírito (Mt 22.23-33; At 23.8). Os saduceus não se davam bem com os fariseus (Mt 22.23-32; At 23.6-9), mas
às vezes se juntaram com eles contra Jesus (Mt 16.1-4). **

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2.3.6. Samaritanos:

Pessoas nascidas em Samaria, região que ficava entre a Judéia e a Galiléia. Os judeus e os samaritanos n ao se
davam por causa de diferenças de raça, religião e costumes (Mt 10.5; Lc 9.52,53; 17.15-18; Jo 4.7-9,20; 8.48).

2.3.7. O Sinédrio

O sinédrio era o conselho de juízes - uma espécie de corte suprema - que operava em Israel por volta da época
de Jesus. Durante o período em que o sinédrio existia, outras nações reinavam sobre Israel. Esse corpo de
líderes consistia de 71 membros e fazia seus negócios em Jerusalém.

O nome sinédrio vem das palavras grega sin (junto) e edrio (sentar). Esse termo é usado vinte e duas vezes no
Novo Testamento. No Novo Testamento, o sinédrio aparece de uma maneira negativa. O evangelho nos diz que
foi esse o grupo que colocou Jesus em julgamento. No livro de Atos vemos o sinédrio investigando e
perseguindo a crescente igreja cristã.

2.3.8. Sumo sacerdotes

O Sinédrio era comandado por um presidente que era conhecido como "o sumo sacerdote". Normalmente os
saduceus eram os sumo sacerdotes, que eram os homens mais poderosos do Sinédrio. Um sumo sacerdote era
o capitão do templo e o outro supervisionava os procedimentos e comandava o guarda do templo (Atos 5:24-26).
Os outros serviam de tesoureiros, controlando os salários dos sacerdotes e trabalhadores e monitorando a vasta
quantia de dinheiro que vinha através do templo.

2.3.9. Os anciãos

A Segunda categoria principal dos membros do sinédrio eram os anciãos. Esses homens representavam a
aristocracia sacerdotal e financeira na Judéia. Leigos distintos como com José Arimtéia (Marcos 15:43), dividiam
a visão conservadora dos saduceus e davam a assembléia à diversidade de um parlamento moderno.

2.3.10. Escribas

Os membros mais recentes do sinédrio eram os escribas. A maioria deles eram fariseus. Eles eram advogados
profissionais treinados em teologia, direito e filosofia. Eles eram organizados em grêmios e normalmente
seguiam rabinos ou professores célebres. Gamaliel, um escriba famoso do sinédrio, que aparece no Novo
Testamento (Atos 5:34), foi o erudito que instruiu o apóstolo Paulo (Atos 22:3).

2.3.11. Os Essenios

Não mencionados no N.T. mas Filo disse que havia 4.000 ou mais. Eram uma seita ascética com sede na beira
ocidental do mar morto. Pensa-se que houve muitos deles nas vilas e cidades da Palestina. Seguiram, o
conceito de comunidade de bens, abstinência , meditação, trabalho zeloso e o celibato.

2.3.12. Os Zelotes

Legalistas, pietistas, messianistas nacionalistas, intolerantes dos judeus impiedosos e de Israel na


subjugação aos romanos.

3. A esperança messiânica dos

Geralmente os judeus buscavam que os resgatasse um Rei que levantaria um reino eterno e julgaria os maus.
Esperavam a salvação de Israel, não dos gentios. Esperavam alguém mais do que mero homem denominando-
o de “O santo e Poderoso” , “Messias “ , etc. Pode ser que pensavam nele com um anjo poderoso que viesse
agir sobrenaturalmente.

3.1. O surgimento no período interbíblico

Na época da restauração com o desaparecimento dos profetas houve pouca ênfase na esperança
messiânica. O interesse do povo era a observação da lei ( Ne. 8: 1-3 , 9:13- 16 ).

3.2. Na época dos Macabeus

A perseguição intensa inspirou a esperança dum líder super- humano. Especialmente após a tomada de
Jerusalém pelos romanos em 63 a.. C. , encontramos o ressurgimento da esperança messiânica

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3.3. Na época do nascimento de Cristo

É fato conhecido que quando Cristo veio houve uma larga expectativa da vinda do Messias , especialmente
com a morte de Herodes, o Grande. Mesmo pensadores gentios como Tácito e Suetonio manifestam esta
esperança de alguém surgir dentre os judeus.

4. As Instituições

As principais instituições judaicas, nos dias de Jesus, eram: o templo, as sinagogas e o Sinédrio.

4.1. O Templo

A cidade de Jerusalém estava edificada sobre dois grandes montes, sem falar em outros menores: a oeste o
monte Sião, e a leste o monte Moriá, separados um do outro pelo vale do Tiropeom. No monte Moriá, por
indicação de Deus a Davi, Salomão edificou o primeiro templo, que foi destruído por Nabucodonosor, no
século VI a.C. Setenta anos mais tarde, no mesmo local, Zorobabel ergueu o segundo templo, que foi
remodelado (ou mesmo totalmente construído) por Herodes o Grande. Essa foi a maior obra arquitetônica
de Herodes, iniciada em 19 a.C., mas destruída pelos romanos no ano 70 d.C.

Todas as cerimônias dos judeus, não só religiosas, mas também políticas ocorriam na esplanada do templo. E
visto que Herodes o Grande era apenas meio-judeu, sendo-lhe assim vedada a entrada no templo, ele
acompanhava tudo da torre de Antonia.

4.2. A Sinagoga

Algumas versões dão para o hebraico moedh a tradução de "sinagoga", mas outras preferem a tradução "lugares
santos." O termo correspondente, em Êxodo 12.3 e dezenas de outras referências do Velho Testamento, é
keneseth, traduzido por "congregação." A Septuaginta diz sinagogê. A começar com o período interbíblico,
a sinagoga veio a ser o lugar onde um grupo de judeus se reúne para cultuar.

Nos fins dos dias do Antigo Testamento, a sinagoga nasceu durante o exílio babilônico. Os anciãos dos
judeus buscavam a Palavra do Senhor aos pés do profeta Ezequiel (Ez 8.1). E dessa busca surgiram os
agrupamentos de homens judeus que, com o correr dos tempos, vieram a chamar-se "sinagogas."

Grupos diversos reuniam-se aos sábados, ora numa casa, ora noutra, entoavam salmos e liam a Torah, a qual,
nesse tempo, foi dividida em cento e cinqüenta e quatro porções. Eles não tinham mais o templo de Jerusalém, e
contentavam-se com suas sinagogas.

No primeiro século de nossa era, eram formadas sinagogas onde quer que houvesse um número razoável de
judeus. Havia sinagogas em Salamina (At 13.5), em Antioquia da Psídia (At 13.14), em Icônio (At 14.1),
em Beréia (At 17.10), em Damasco (At 9.2), em Cafarnaum (Mc 1.21), em Nazaré (Lc 4.16). Havia a
sinagoga dos "Libertos" (At 6.9); Jesus ensinava nas sinagogas (Mt 4.23). E o trecho de Atos 15:21 diz que
havia sinagogas pelo mundo todo. Em Jerusalém havia dezenas delas.

Entre os judeus havia dois tipos principais de sinagogas: (a) Beith-midrash, "casa onde se ora e estuda a Torah,"
que eram as do tempo de Paulo; (b) Beith-keneseth, o tipo atual de sinagoga. Na época de Jesus, as sinagogas
tinham um caráter punitivo (Mt 10.17; 23.34; Mc 13.9; Jo 9.22; 12.42; 16.2 e vários outros trechos).

Um lugar especial, na entrada da casa, era destinado à guarda do rolo da Torah. O sistema cultural da sinagoga
era complicado. Não havia sacrifícios de animais. Um chefe comandava todo o desenrolar do culto. Uma vez
lida uma porção escolhida da Torah, franqueava-se a palavra a algum visitante. Essa era a oportunidade de
Paulo entrar com o evangelho de Jesus! Na difusão do cristianismo, a sinagoga foi de capital importância.
Os gentios tinham acesso à sinagoga.

5. O advento de cristo

Neste período de silêncio, o mundo foi preparado para a vinda de Cristo através de vários povos. O
apóstolo Paulo escreveu em Gl. 4:4 “Mas vindo a plenitude dos tempos , Deus enviou seu filho”. Marcos
afirmou o mesmo, dizendo : “O tempo está cumprido e o reino de Deus está próximo” Mc. 1:15. É interessante
notar a preparação do mundo para a primeira vinda de Cristo e as contribuições dos três grande povos
daquela época. Verdadeiramente, Cristo veio na plenitude dos tempos.

5.1. Elementos na preparação para a vinda de Cristo:

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5.1.1. Elementos Judaicos
• Um povo divinamente preparado
• Um povo escolhido para ser testemunha entre as nações
• Escrituras proféticas predizendo a vinda do Messias
• A dispersão dos judeus em todo o mundo conhecido
• Sinagoga onde se estudava as Escrituras que forneceriam local para a pregação do evangelho
• Proselitismo que trouxe muitos gentios para o judaísmo
• Era o povo do Livro, Interessado na prática da religião e na busca da salvação
• Uma esperança da vinda do Messias foi oferecida pelos judeus a um mundo de religiões pagãs.
Também o judaísmo ofereceu , pela parte moral da Lei Judaica, o sistema de ética mais puro do
mundo. Mas o mais importante é que os judeus prepararam o caminho para vinda de Cristo pelo
fornecimento de um Livro Sagrado, o Velho Testamento.

5.1.2. Elementos Gregos :


• A filosofia grega que se aproximava do monoteísmo, tendência para a imortalidade,
ênfase sobre a consciência e dignidade humana e liberalismo de pensamento.
• A língua grega, tradução do A . Testamento, para a pregação do evangelho e a escrita do N.T.
junto com os termos adotados por Paulo e outro pregadores do Novo Testamento para explicar o
evangelho. No primeiro século os romanos cultos conheciam grego e também latim. O dialeto
grego usado no quinto século a. C., na época da glória de Atenas, tornou-se o dialeto “Koiné”
( comum ) do primeiro século . O dialeto da literatura clássica de Atenas foi modificado e
enriquecido pelas mudanças que sofreu nas conquistas de Alexandre Magno no período entre
338 e 146 a .C. . O NT. Foi escrito nesse dialeto vulgar ( comum ).
• A cultura helenística em geral com seu espírito cosmopolita, transcendendo as barreiras, o judeu
helenizado que serviria como ponte entre o judeu e gentio e a busca da salvação do mundo
romano. Por um lado a filosofia grega deu uma contribuição positiva, mostrando o melhor que o
homem pode fazer na busca de Deus pelo intelecto, por outro contribuiu negativamente, pois,
nunca deu uma satisfação aos corações e nunca conduziu o homem a um Deus pessoal.

5.1.3. Elementos romanos - Contribuição política:


• Cristo veio ao mundo época do Império Romano. Todo o mundo ficou sob um governo único,
uma lei universal, era possível obter cidadania romana, ainda que a pessoa não fosse romana. O
império Romano mostrou as tendência de unificar os povos de raças diferentes numa
organização política.
• Havia paz na terra quando Cristo nasceu . Os soldados romanos asseguravam a paz nas estradas
da Ásia, África e Europa.
• Construíram excelentes estradas ligando Roma a todas as partes do Império. As estradas
principais foram construídas de concreto. As estradas romanas e as cidades estratégicas
localizadas nos caminhos eram indispensáveis a evangelização do mundo no primeiro século.

5.1.4. Resumo dos elementos:

Na plenitude dos tempos, quando a maior parte do mundo ficou sob uma lei e um governo, e todo o mundo falou
a mesma língua diariamente, Cristo veio, cumprindo as profecias e especialmente Jerusalém, localizava-se
onde as estradas atravessavam ligando os continentes da Ásia e África com Europa.

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CERIMONIAIS E SOLENIDADES

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1. Direção de um culto
1.1. Todos nós sabemos que a finalidade de um culto é transmitir a Palavra de Deus para os ouvintes,
crentes e não crentes, cuja pregação deve ser orientada pelo Espírito Santo. E para que o obreiro
obtenha sucesso, torna-se necessário que o mesmo tenha uma vida de comunhão, jejum, oração e
meditação da Palavra de Deus, para que o Espírito Santo possa usa-lo no momento oportuno para
cada finalidade.
1.2. A direção de um culto cabe prioritariamente ao Espírito Santo Jo 14.26
1.3. O homem é apenas um colaborador indispensável pois através dele é que o Espírito Santo opera At
2.40,41. O elemento humano na direção de um culto a Deus precisa estar em sintonia com o Espírito
Santo. Pois dirigir um culto requer muita responsabilidade, pois o obreiro vai distribuir alimento do céu
(alimento espiritual) aos filhos de Deus. “E Jesus lhes disse: Eu Sou o Pão da vida, aquele que
vem a Mim não terá fome, e quem crer em Mim nunca terá sede”. Um culto ao Senhor é um ato
sublime de glorificação da pessoa dEle.

2. Culto público
2.1. É o destinado a todas as pessoas, também chamado culto evangelístico.
2.2. Os hinos e a leitura bíblica devem ser escolhidos de acordo com a mensagem a ser transmitida, de
modo que toque nos corações dos ouvintes.
2.3. Não devemos também alongar tantos nosso cultos, pois há descrentes; mães com crianças que perdem
a graça do trabalho por ficar enfadonho.

3. Culto de ações de graça

3.1. Muitos são os motivos que o povo de Deus celebram um culto em ação de graças. E esta iniciativa tem
respaldo bíblico, tanto no Velho quanto no Novo Testamento.

3.2. O dirigente do culto precisa ter certa habilidade, em razão dos diferentes momentos do culto; deve
conhecer antecipadamente a programação previamente elaborada pela equipe organizadora, para
facilitar o desenvolvimento do trabalho, a fim de que não cometa algumas alterações e/ou gafes. Este
culto, exige maior prudência por parte do dirigente; em função de convidados especiais, autoridades
constituídas e etc.

3.3. Desenvolvimento: A abertura do culto, será de um culto normal, oração, louvor, leitura bíblica
apropriada, concernente ao assunto.

3.4. Oportunidades: A primeira oportunidade será obrigatoriamente franqueada a pessoa que oferece o culto
em ação de graças; b) Em seguida, se for oportuno, oferecer oportunidades aos convidados especiais,
pois assim se sentirão bem e mais a vontade.; c) Nunca distribua oportunidade sem obedecer um
princípio hierárquico; d) A oportunidade final deverá ser do oficiante do culto; e) Terminando o culto;
agradeça a presença dos convidados, principalmente os não evangélicos. Mostre-se ternamente grato
pelas suas presenças, e convide-os a comparecer aos trabalhos regulares da Igreja.

SUGESTÃO: Segue alguns textos bíblicos apropriados para um culto em ação de graças. Sl 103.1-5; 106.3;
105.1-5; 116. 12-14; Cl 3.15-17; I Ts 5.18; I Tm 1.12; Ef 5.20.

4. Celebração da ceia do senhor


4.1. Vejamos Ex 12.15, está instituído a primeira páscoa. I Co 5.8: “Pelo que façamos festa, não com o
fermento velho da maldade, e da malícia, mas com as armas da sinceridade e da verdade”.
4.2. A Ceia do Senhor é um memorial neotestamentário que representa a mais sublime festa da Igreja aqui
na terra. Foi instituída por Jesus, para que seus servos, sempre que a celebrassem tenham a memória
do seu padecimento na cruz do calvário.
4.3. A narrativa de Paulo em I Co 11.20-32, é a mais antiga e data do ano 57 d.C. 27 anos depois da
celebração inicial. Cinco anos antes, já o apóstolo havia ensinado à igreja de Corinto, 11.23,
argumenta sua autoridade. Quando diz: “Eu recebi do Senhor, o que também vos ensinei”.
4.4. O modelo correto é o da primeira que foi preparada pelos apóstolos e ministrada por Jesus. Conforme
relatos de Mt 26.17-20; Mc 14.18; Lc 22.29,20. da qual participaram os discípulos.
4.5. De preferência o culto de Santa Ceia deve ser um culto especial, só para ceia. Segue os mesmos
princípios: oração inicial, de preferência de joelhos; hinos que se refira a Ceia, paixão, morte e
ressurreição de Cristo.) Leitura adequada com explanação sobre o ato, conscientizando a igreja sobre
o significado do Pão e do Vinho. Ao partir o pão cita-se: E havendo dado graças o partiu (I Co 11.24a).
Ao entregarmos o pão e o cálice, haverá louvor por corais e pela igreja. Em seguida, os participantes
poderão recitar versículos, etc.

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4.6. Após a ceia, é bom que não se faça qualquer outra coisa no culto, afim de conservar os bons momentos
vividos durante a celebração.

5. Lançamento de pedra fundamental


5.1. O lançamento de pedra fundamental de uma obra para uso da igreja do Senhor, tornou-se um costume
altamente significativo, pois é uma oportunidade que temos de cultuar a Deus e motivar os irmõs a
contribuir com os trabalhos de construção. É também um momento de exercitar a fé nas promessas de
Deus, e juntos levarmos ao conhecimento dos que nos rodeiam, o progresso da obra de Deus aqui na
terra (I Rs 6.1).
5.2. O ato em si não exige um programa minucioso, mas deve ser levado a efeito com muita alegria e
expressão de louvores a Deus (Tg 5.13).
5.3. O ato não deverá ser demorado, e poderá ser feito assim:
5.4. Convidar para a solenidade as autoridades locais e as igrejas vizinhas.

6. Liturgia do culto
6.1. Oração inicial, agradecendo a Deus pelo passo de fé que a igreja está dando e suplicando a presença
de Deus na solenidade;
6.2. louvores com hinos próprios para o ato, e cantados com vigor e verdadeiro sentido de adoração; c)
Leitura do texto oficial do culto; que pode ser Gn 28.20-22. Após será feito uma oração; d) louvores
com corais, vocais, cantores, etc.
6.3. testemunhos, que devem ser breves;
6.4. o oficiante (dirigente do culto) entregará uma breve mensagem, reforçando o que se tenha falado sobre
a finalidade da reunião;
6.5. Convidar os obreiros presentes, começando pelo mais conceituado no meio evangélico, para colocarem
no lugar a pedra fundamental. A cavidade poderá ser feita no momento para tornar o ato mais solene,
em seguida, será feita a oração solene quando os obreiros houverem tomado a pedra com o oficiante e
a colocará na cavidade (buraco na terra).

NOTA:
• Aconselha-se não por na cavidade também uma Bíblia como alguns têm feito, pois entendemos que a
Bíblia, Palavra de Deus, não é para ser enterrada, mas anunciada. Além disso, é um ato simbólico no
início da construção, e quem enterra a Palavra, comete um equívoco, pois a Palavra é viva, e eterna.
Enterro significa fim.
• Após o lançamento da pedra fundamental, é oportuno o levantamento de uma oferta especial para obra,
se realmente, o povo naquele momento está entusiasmado e uma oferta quase sempre dar bom
resultado.
• Com uma oração concluísse-a o trabalho. Havendo antes anunciado o início da obra, devemos ter o
cuidado de cumprir a risca o que foi anunciado aos presentes para não perdermos a credibilidade do
povo.
• Agradeça carinhosamente a todos os presentes e os convide que voltem em visita amistosa.

Obs.: Se for oportuno, organize um desfile até o local do evento. Será uma maneira de atrair o povo até o local
do evento.

7. Inauguração

O ato de inaugurar tem como finalidade agradecer a Deus pelo êxito alcançado e suplicar a sua indispensável
bênção para que sejam plenamente realizados os propósitos com os quais foi feita a obra.

Muitas são as obras realizadas pelos homens na atualidade que se inaugura solenemente como: residências,
colégios, hospitais, fábricas, etc. Entretanto queremos nos prender a obras destinadas ao serviço sagrado, como
um templo, por julgarmos que tem maior importância, pelo sentido espiritual que encerra. Neste caso, será
realizado um culto com todas as suas características espirituais. E serão convidados para o ato inaugural as
autoridades locais e igrejas vizinhas.

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7.1. Liturgia do culto inaugural
1°. Normalmente o povo se reúne em frente do prédio, estando a porta principal ainda fechada;
2°. No horário marcado, o oficiante iniciará a solenidade com oração;
3°. o oficiante dará breve mensagem sobre o assunto (a finalidade).
4°. Leitura adequada, em seguida hinos adequados a inauguração (sugestões; leitura: II Cr 7.14-16;
hinos: Harpa Cristã nº 77,144, 388, 477;
5°. após o corte ou o desatar da fita adentrar ao templo na seguinte ordem: autoridades, convidados
especiais, pastores, demais obreiros, corais, banda e o povo em geral. Ao desatar a fita, o
oficiante poderá citar ou ler Isaías 26.2 ou outra expressão bíblica própria para a ocasião;
6°. Quando todos já estiverem dentro do templo, ainda de pé, se fará a oração inaugural. Em seguida
as apresentações, as saudações e continuará o culto.
7°. A continuação do culto é como os demais. Obs.: No momento das apresentações, é justo que se
faça alusão aos serviços prestados pelas pessoas que contribuíram para o êxito do trabalho. É um
procedimento bíblico sermos agradecidos;
8°. No término do culto, oração de despedida e agradecimento a Deus pela vitória alcançada e uma
palavra de agradecimento aos que atenderam o convite.

8. Batismo em água

8.1. O batismo em água é uma ordenação do Senhor Jesus conforme Mt 28.19 e Mc 16.15. O ato deve ser
praticado na forma bíblica e com quem vive a vida recomendada pela Palavra de Deus.

8.2. O exame de quem vai se batizar deve ser criterioso, sempre que possível, pelo pastor da igreja. Em
seguida deve ser apresentado à igreja, para que a mesma aprove ou não o candidato apresentado.
Uma vez aprovado pelo plenário da Igreja, deve ser apresentado a Deus em oração. Havendo
desaprovação, o candidato dever ser melhor ensinado na vida cristã e aguardar uma próxima
oportunidade vivendo fielmente ao senhor.

9. Liturgia do batismo
9.1. O oficiante já dentro da água e em pé, fará leitura bíblica seguiram de uma oração antes de dar início ao
ato
9.2. O batizante será orientado a colocar as mãos entrelaçadas sobre o peito;
9.3. O oficiante colocará uma mão sobre batizando e levantando a outra mão ao alto, lhe fará as seguintes
perguntas:
• O irmão crê que Jesus é o Salvador e Senhor de sua vida?
• Promete viver para Ele durante toda a sua existência?
• Está disposto a obedecer a sua palavra incondicionalmente?
9.4. Após ouvir o sim, do candidato, o oficiante dirá: Segundo a tua confissão, o teu testemunho, e a
ordem do Senhor Jesus; eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Tendo
anunciado estas palavras, mui reverentemente, fará submergir totalmente na água o candidato, com a
rapidez necessária para o mesmo não Ter dificuldade respiratória.
9.5. Os candidatos devem ter uma postura correta, para evitar comentários por parte de especuladores
(estas recomendações são feitas para que tão solene ato não se torne uma ocasião para escândalos
ou gracejos).
9.6. O oficiante deve apresentar-se uniformizado, ou seja: camisa mangas longas e gravata, para bem
recomendar o ministério que exerce, e ao mesmo tempo destacar-se dos candidatos ao batismo.
9.7. Se houver alguém enfermo, e com dificuldades de locomoção, recomenda-se deixar por o último, é
mais prudente.
9.8. Terminado o batismo, o oficiante fará uma oração para dar ciência ao dirigente do trabalho que concluiu
o ato.

Obs.: Se o batismo for efetuado em águas correntes, é importante que o oficiante conheça o local, e tenha
auxiliares consigo, para evitar perturbações à solenidade. Cabe a quem fica na direção do trabalho, a distribuição
de outros atos que terão lugar paralelamente, como cânticos, segurança, vigilância e etc.

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10. Noivado

Ficar noivo é um costume adotado pela nossa sociedade, por quem pretende assumir a responsabilidade de um
casamento. Para tanto os pretendentes já devem ter decidido assumir uma posição mais séria e definida, quanto
ao casamento. Com muita freqüência namorados solicitam do seu Pastor a celebração do seu noivado, e não
raras vezes o obreiro fica embaraçado quanto a forma de proceder a cerimônia solene. Coisa que por sua vez é
simples, mais muito importante.

10.1. Sugestão para celebração de um noivado

Em primeiro lugar, o noivado é uma solenidade que dá início a união de duas famílias, e como tal deve ser
oficiado em casa de um dos pais. Muitos são de acordo que o noivado deverá ser oficiado na igreja, para que
todos tomem conhecimento, entretanto consideramos que esta festa deve ocorrer entre as duas famílias, e com
a presença do pastor da igreja, juntamente com os convidados pelas famílias.

10.2. Então quem vai oficiar um noivado deve ter um prévio entendimento com o casal de namorados,
fazendo-lhes ver que o lugar mais adequado para a solenidade é no recinto da família, e não no
templo.
1°. O dia, horário e o local devem ser previamente acertados.
2°. O oficiante deve comparecer devidamente trajado, para dar um brilho especial ao evento.
3°. A linguagem deve ser clara; porém equilibrada quanto ao aconselhamento às partes.
4°. O ofício deve ter início justificando-se o motivo do encontro; o oficiante prenunciará as seguintes
palavras: Estamos aqui diante de Deus, para de forma solene celebrarmos o noivado de
(citar os nomes dos noivos) sendo de comum acordo às duas famílias, e considerando que o
tempo de namoro foi suficiente, para que este casa chegasse à conclusão de que Deus os
quer unir, em casamento, e que agora diante de Deus Pai, Filho e Espirito Santo, e
testemunhado por todos os presentes, oremos pedindo a Deus oriente e fortaleça esta
união.
5°. Feita a introdução e a oração inicial, o oficiante lerá um texto da Palavra de Deus que poderá ser
os seguintes: Gn 24.58-61; Sl 1.1-3; Pv 16.1; Mt 18.19; Lc 6.48.
6°. Após a leitura, um breve comentário sobre a leitura, para dizer ao casal que a responsabilidade
agora será muito maior; tanto diante da família, da sociedade, da igreja e principalmente diante de
Deus, dirá que o noivado não dará direito a praticas sexuais, que só será permitido após o
casamento. Momentos em que os dois tornar-se-ão a mesma carne. lembrar que proceder dos
noivos deve ser norteado pelo temor do Senhor, afim de que a preparação para o casamento
receba a plenitude das bênçãos do Altíssimo e em tudo Ele seja glorificado.
7°. Depois da palestra, o ministrante pedirá aos pais dos namorados, para ficarem próximos aos
filhos, e com as alianças levantadas dirá: Estas alianças serão testemunhas visíveis do pacto
que estas duas vidas celebram diante de Deus. É um compromisso solene que deve ser
respeitado por ambos, e pelas famílias a quem pertencem, cujo efeito conduz ao altar do
matrimônio com a certeza de que Deus confirmou a decisão tomada.
8°. Ato seguinte: O oficiante pedirá ao pai do rapaz colocar a aliança no dedo e na mão
correspondente da moça. Após, a mãe da moça colocará a aliança no dedo e na mão
correspondente do rapaz. Após este ato o oficiante fará oração a Deus, pedindo-lhe que confirme
o que se acaba de celebrar.
9°. Após a oração, os noivos se cumprimentarão na condição de noivos e dirão um ao outro com
suas próprias palavras e então o ministro dará a reunião por encerrada deixando o lugar para os
cumprimentos entre as famílias e os convidados.

11. Celebração de casamento


O casamento, como instituição que tem os seus fundamentos, normas e princípios, contidos na Palavra de Deus.
Gn 2.24: “portanto deixará o homem seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só
carne”.
Quanto a maneira de celebra-lo, não há muitas opções, se desejamos que o ato seja realizado dentro dos
critérios bíblicos, éticos, culturais, morais e legais.
O casamento religioso com efeito civil, amparado no decreto lei 1.110, de 23 de maio de 1950, que é oficiado
pelo pastor, com a autorização do Juiz. Este deve ser sempre que possível o preferido pelos cristãos.
11.1. Os nubentes, através do escrivão “ad hoc” que funciona na igreja, ou por conta própria, devem
habilitarem-se para o casamento no cartório de sua circunscrição (comarca).

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11.2. Após a habilitação, apresentarão a Certidão expedida ao escrivão, e ao mesmo tempo comunica ao
Pastor da igreja, para que o mesmo tome conhecimento, quanto a data do evento e outras implicações
de ordem eclesiástica e jurídica.
11.3. Com base na habilitação, o escrivão “ad hoc” lavrará o termo de casamento em formulário oficial e o
fará constar em livro próprio da igreja que servirá de prova para o registro civil do casamento.

Importante: Os noivos devem ter profundo conhecimento sobre a importância do casamento. Palestras devem
serem ministradas pelo Pastor ensinando que o casamento é um ato divino e sagrado, e deve ser respeitado e
preservado.
Veja referência: Mt 19.5,6
“E disse: portanto deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão os dois uma só carne.
Assim não são mais dois, mas uma só carne; portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem”.
O oficiante deve conhecer os noivos pelos seus nomes, ou tê-los anotados em sua mesa, para consultá-los
quanto necessário.
O oficiante deve ter certeza de que o termo foi lavrado de acordo com o expedido pelo cartório.

12. A solenidade
12.1. A organização de entrada na igreja, música escolhida para o ato fica a critério da organização.
12.2. O oficiante ao mesmo tempo, toma sua posição. Os nubentes com as testemunhas se posicionam e
logo o ministro dirá as seguintes palavras: Comparecem a esta solenidade (fulano) e (fulana) para
solenemente unirem-se em matrimônio (havendo cumprido as formalidades legais, conforme consta
no decreto nº____ expedido pelo ______ etc.).
12.3. O oficiante perguntará aos presentes: Há alguém que se oponha a este ato? (esta pergunta consta
das formalidades capituladas no Código Civil). Em seguida o oficiante fará ao noivo a seguinte
pergunta: Fulano é de sua livre e espontânea vontade, receber como sua legítima esposa
??????. promete diante de Deus, ajudar-la, assistir-la, protege-la em todos os momentos de
sua vida seja na bonança ou na adversidade O SIM!, deve ser ouvido, sem o que não houve a
manifestação da vontade para a efetivação do casamento. A mesma pergunta deve também ser feita à
noiva, que por sua vez também responderá SIM!
12.4. Em seguida o oficiante pronunciará as seguintes palavras: Diante da vossa manifestação de
vontade, de vos receberdes em matrimônio, eu ministro do evangelho, representando, neste
matrimônio, o registrado civil, em nome da Lei vos declaro casados.
12.5. Nesse instante o auditório deve estar de pé e logo após deverá ocupar os assentos. Após o oficiante
anunciará a leitura do termo de casamento pelo escrivão. Após a leitura, segue as assinaturas, no
termo do livro da igreja, na ordem prevista na lei: Oficiante, noivo, noiva, testemunhas, o ministro
iniciará o ato religioso, com uma leitura bíblica seguida de uma breve oração, estando todos de pé. Os
textos podem ser: Gn 2.18-24; Hb 13.1; Ef 5.22,23. O tempo para a explanação não deve exceder a
15 minutos. Se houver mais de um cântico, coral, conjunto, ou solo, deve o primeiro ser executado logo
após a leitura da Palavra e antes de qualquer explanação
12.6. O ministro tomando as alianças, levantando as duas separando uma da outra dirá: Que esta alianças,
feitas de metal nobre, sirva como memorial deste pacto feito diante das testemunhas presentes
Após o ministro os fará ajoelhar para receberem as bênçãos em oração. Após, o ministro concluirá,
dizendo: O QUE DEUS AJUNTOU NÃO O SEPARE O HOMEM.

13. APRESENTAÇÃO DE CRIANÇA

“Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque das tais é o Reino de Deus” (Lc 18.16).
13.1. O ato de apresentar crianças tem respaldo bíblico, ainda que não constitua um mandamento
neotestamentário. Era um costume instituído na Lei de Moisés, que logo a Igreja adotou na forma que
conhecemos.
13.2. O oficiante do ato é sempre o Pastor da igreja ou, no seu impedimento, o obreiro que imediatamente
responda em seu lugar.
13.3. Não existem, a rigor, normas que privem os obreiros ainda não pertencentes ao Ministério de
praticarem o ato. Desde que estejam na função de dirigentes do trabalho e não houver um ministro
presente.
13.4. A apresentação de criança é celebrado sempre no final do culto, com uma oração específica, estando

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presente os pais ou pessoas que o crie como responsável legal.
13.5. O oficiante deve receber a criança, conhecer o nome da criança a ser apresentada. Se os pais não
forem suficientemente conhecidos, deve-se apresentar os pais para que a igreja tome conhecimento.
Após a oração, o oficiante devolverá a criança a mãe ou responsável pela criança, em seguida os
parabéns aos pais. Na oportunidade deve o oficiante lembra os pais da responsabilidade na que
educação cristã dos filhos. “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e quando velho não
se desviará dele” Pv 22.6

Nota: Constantemente são trazidas crianças de pais não crentes para serem apresentadas. A decisão do obreiro
de aceitar ou não é exclusivamente pessoal.

14. Unção com óleo


14.1. A unção com óleo tem sido matéria duramente debatida por alguns ministérios, a Bíblia nos ensina a
maneira correta de procedermos. vejamos Tiago 5.14-15. É so fazer conforme está escrito
14.2. A unção é praticada pelos presbíteros, evangelistas e pastores. Que também são presbíteros. Não é,
biblicamente, função de mais ninguém.
14.3. Se o enfermo estiver internado em hospital, só deve ser ungido com autorização/consentimento do seu
médico. O local da unção é a cabeça. E É conveniente informar que o óleo é usado como símbolo do
Espírito Santo, mas cura vem pela a oração da Fé.“...e a oração da fé salvará o doente...”.

15. Funeral
A cerimônia fúnebre é que menos agrada ao ministro oficiante, porém não se pode fugir ao dever do ofício.
Enfim, é mais uma oportunidade para se evidenciar os valores espirituais.
Sugestões ao oficiante
15.1. Primeiro: a condição espiritual e o testemunho do falecido(a), para evitar pronunciamentos inverídicos,
inverdades.
15.2. Se possível aplique as boas qualidades e virtudes que possa servir de exemplo aos que ouvem.
15.3. Conhecer os membros da família antes de iniciar a cerimônia, é uma medida prudente, já que estes
precisam de uma palavra de conforto no momento. O oficiante deve chegar ao local da cerimonia
sempre com antecedência. Iniciar o ato sempre com oração. A leitura bíblica deve adequada, isso
requer cuidado especial. Sugestões: I Ts 4.13-18; II Co 1.5-7; 5.10; I Co 15.35-55; Sl 116.15; Ap
14.13; 21.3, 4. A explanação do texto lido deve seguir a orientação do Espírito Santo.
Nota: Cânticos, só se autorizado pela família enlutada. Hinos sugeridos: 203, 332, 392, 241, 161, 316 (Harpa
Cristã). Na hora do sepultamento, cantar o hino de nº 02 e encerrar a cerimônia com uma oração.
Obs.: As vezes somos convidados a prestar auxílio espiritual à família cujo falecido não é crente. Neste caso,
não mencionar coisa alguma quanto a pessoa do falecido. aproveitemos a oportunidade para falar sobre a
necessidade de preparação para a eternidade e evangelizar a família.

16. Separação de diácono e présbitero (igreja)


16.1. O ato ordenatório é da maior importância para o próprio obreiro, para a igreja a que pertence, e ainda
para quem o oficia.
16.2. A indicação do obreiro cabe à igreja com seu corpo ministerial, porém quem tiver a tarefa espiritual de
ministrar a ordenação leva também consigo grande parcela de responsabilidade no ato de imposição
de mãos. Cabe ao ministro que oficia o ato ordenatório expor com clareza a importância do exercício
do Ministério que o candidato vai desenvolver. sua obrigação,

17. Ordenação a evangelista e ministro (convenções)


17.1. O conceito de ministro entre nós é de quem foi regularmente separado para exercer o ministério de
evangelista e/ou pastor. Alguns Ministérios e Convenções concordam não fazer distinção entre a
ordenação para Evangelista e Pastor, considerando que esses ofícios pertencem a um único
ministério. embora exerçam funções distintas, segundo a vocação recebida da parte de Deus . A leitura
bíblica é indispensável; eis alguns textos alusivos: Efésios 4.11-13; Marcos 3.13-15; Atos 13.1-3; 2
Timóteo 2.15; 4.1,2,5; etc. A explanação da Palavra não precisa ser longa, porém deve ser objetiva.
17.2. O oficiante fará o candidato ajoelhar-se, convidará todos os ministros presentes a participarem da

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imposição de mãos e fará a oração ordenatória, suplicando a Deus a confirmação daquele
acontecimento. O ministro cumprimentará o ordenado o ato deve ser lavrado em ata para efeito legal.

18. Bodas de prata e/ou de ouro


18.1. É um ato consagrado pela sociedade, mas é também uma boa oportunidade para louvar a Deus pelas
vitórias concedidas aos cônjuges pelo tempo de boa conveniência conjugal, pelos descendentes que
resultaram da união, (se houver)
18.2. O ministro deve conhecer o quanto melhor o viver feliz do casal, para que suas afirmações acerca
deles não fujam a verdade. E só deve ser mencionado atos positiva, marcante na vida do casal. Esta
cerimônia não precisa ser longa.
18.3. O oficiante iniciará sempre com oração; os preparativos devem ser os melhores para tornar o ato o
mais solene possível. Entrada, púlpito, música adequada, tudo disposto para o evento.
18.4. Diante do ministro, os cônjuges, acompanhados de descendentes (se houver) ou de alguém de seu
relacionamento afetivo; se postarão e o ministro dará: “Louvamos a Deus pela vida deles no
matrimônio. Os nossos irmãos (nome do esposo e da esposa) solenemente celebram as bodas (de
prata ou de ouro) desta feliz e próspera união.”
18.5. O ministro fará a leitura da Palavra de Deus num dos seguintes textos: Sl.103.1,2,5; 112; 128; Pv.
31.10-31; Ef. 5.22-33; Hb.13.1,4; I Pe 3.1-7, etc. A louvores de solo, corais e etc. Em seguida o
ministro dirá aos cônjuges: “Por (25 ou 50 anos) tendes vivido em santa união conjugal. É justo
oferecerdes um culto em ação de graças em gratidão por essa união que já dura (25 ou 50 anos)
firme e indissolúvel para a glória de Deus. O ministro dirá mais alguma coisa que sentir sob inspiração,
tomando por base os textos escolhidos.)
18.6. Entrega das alianças. O ministro concluirá falando da importância das alianças entregando-as aos
cônjuges, primeiro ao marido que, ao colocar no dedo da esposa, ou transferindo a oportunidade para
um filho ou neto dirá algo de reconhecimento e elogio à esposa. depois, a esposa fará o mesmo com o
esposo .
18.7. O ministro fará a oração final, pedindo a Deus a continuação de suas bênçãos sobre o casal e dará a
bênção apostólica sobre eles.

19. Despedida de obreiro para o campo


É uma prática neotestamentária que se encontra em Atos 13.2,3. Acreditamos que é do agrado do Mestre que
mantenhamos a mesma regra espiritual. Nada pode substituir a oração e o jejum quando temos que separar e
enviar um embaixador do Reino de Deus para o exercício do ministério. A leitura bíblica e os hinos devem ser
adequados ao que se está celebrando. Eis alguns textos: Mateus 9.35-38; Marcos 16.15-20; João 17.18; 20.21;
10.16; 28.19; Atos 1.8, etc.
19.1. Feita a leitura, se fará oração e a apresentações, um obreiro falará em nome dos demais ou dos
grupos que se façam representar. Todos os atos, como poesias, cânticos, palavras de incentivo ao
obreiro que se despede, deverão acontecer antes da mensagem final.
19.2. Após o mensageiro/pregador, que poderá ser o que se despede, o pastor da igreja convidará a
congregação para, em oração, ministrar ao enviado e família as bênçãos do Senhor.
19.3. Caso o orador final não seja o que se despede, este deverá Ter uma oportunidade para falar à igreja.
19.4. Concluído o trabalho, o enviado e família ficará à saída do templo em lugar próprio, para receber os
cumprimentos da igreja.

20. Celebração de quinze anos


Tornou-se costume entre nós a celebração de ato solene na comemoração dos 15 anos, de nossas mocinhas.
Aqui daremos algumas sugestões para a celebração deste ofício.
Esta cerimônia em nossa igreja é um costume novo, consequente da evolução dos tempos, exigida pela
sociedade; não tem báse bíblica mas, também não fere a Bíblia. Por isso convém cuidado na condução dessa
cerimônia, para que o culto de gratidão a Deus, não se assemelhe a uma peça teatral. A preparação do local
para celebração do culto solene, se for o templo, deve ser cuidadosa, para evitar manifestações de sentimento
vaidoso. (Cabe ao pastor da igreja expedir instruções normativas a respeito.)
20.1. O celebrante deve fazer contato por antecipação com os pais da(s) aniversariante(s), dando-lhe(s)
orientação necessária quanto à elaboração do programa.
20.2. O ofício em si pode constar dos seguintes atos:

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20.2.1. A aniversariante poderá ingressar no recinto do culto na forma convencional e aguardar o
momento em que o oficiante comece o trabalho, quando, então, se posicionará no lugar que lhe
foi designado. Se o ingresso for o momento do início do ofício, todos os presentes, ao toque de
uma música sacra, colocar-se-ão de pé e a aniversariante se dirigirá ao seu lugar.
20.2.2. Os hinos devem ser adequados ao ofício e sacros; Os corais, conjuntos, e solistas, devem ser
instruídos quanto ao número de vezes que atuarão e em que instante terão a sua oportunidade. É
conveniente que se conheça o conteúdo dos hinos e músicas a serem executadas.
20.2.3. O oficiante comentará sobre vida da aniversariante e de sua família, procurando destacar o
viver cristão de ambas
20.2.4. A aniversariante deve Ter a oportunidade para cantar um hino, declamar uma poesia e/ou ler
um texto bíblico, previamente preparado. Sugestões de textos: Sl. 90.12; 103.1-5; 112.9,10;
20.2.5. Os pais da aniversariante devem ser colocados num lugar especial, é importante que se diga
do significado de suas vidas para a filha. É oportuno animá-los a continuar dando toda a
assistência à filha, e que a igreja tem a certeza que neste particular, os pais de (nome da
aniversariante) saberão buscar em Deus sabedoria necessária para continuarem orientando-a no
caminho que deve trilhar. Os pais devem ser felicitados pelo oficiante.)
20.2.6. Neste culto não deve haver oferta nem testemunhos, a menos que seja compatível com o
momento e projete brilho ao ofício. Também não haverá convites, apresentações, anúncios de
qualquer natureza.
20.2.7. Finda a preleção do oficiante, o público se colocará de pé e a aniversariante se ajoelhará para
a oração de gratidão a Deus e ao mesmo tempo, intercessória pela vida da jovem.

21. Solenidades cívicas no templo


As solenidades cívicas que costumeiramente ocorrem em nossos templos são, em geral, as celebrações da
Pátria (7 de Setembro), certas homenagens que por representantes do povo são feitas a pessoas do nosso
convívio, e outras reuniões cívicas, às quais se deseja dar uma feição religiosa, como se celebrasse um culto em
ação de graças.
O dirigente deve conhecer os motivos dos eventos e as pessoas que representam o povo e a instituição que o
promove.
A ordem pode ser a seguinte:
21.1. Abertura com oração, e louvores a Deus, Leitura bíblica por alguém que for designado; oração.
21.2. O dirigente fará a apresentação das autoridades presentes e dos visitantes, nomeando os principais.
21.3. Em geral, executa-se o Hino Nacional cantado por todos os presentes (em tom de fá maior) e/ou
tocado pela banda (em tom de dó maior), após o que o dirigente declarará abertas a solenidade,
mencionando o motivo.
21.4. A palavra é, então, franqueada aos titulares de entidades civis, militares e eclesiásticas, presentes
e/ou representados. As oportunidades serão intercalados com louvor.
21.5. Falará então o representante da organização que promove o evento.
21.6. Após esse orador, não se dá mais oportunidade a ninguém para falar sobre o evento, salvo alguém
cuja representatividade sobrepuje a este.
21.7. O último orador de fato será o mensageiro da Palavra de Deus, que deve ter tempo suficiente para
desenvolver a sua mensagem evangelística.
21.8. Após o sermão, o dirigente fará ou designará alguém para fazer o apelo. Havendo decisões, far-se-á
oração pelos que se decidiram.
21.9. Com uma palavra de agradecimento, o culto será concluído, após a oração final e bênção apostólica.
Nota: O programa para essas solenidades convém que seja criteriosamente elaborado, com o tempo bem
distribuído, para que o nome do Senhor seja exaltado.

22. A BÊNÇÃO APOSTÓLICA (II Co 13.13)


Impetrar a Bênção Apostólica no final de cada culto sagrado, é uma prática consagrada entre nós, da
Assembléia de Deus e quase todos os evangélicos ,Cabe dizer que tal ato não é propriamente um mandamento,
ou uma norma bíblica, mas acreditamos de todo o coração, que o Espírito Santo de Deus foi quem inspirou o uso
da Bênção Apostólica.

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CRISTIANISMO E POLITICA

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1. POR QUE PREFERIR CANDIDATOS EVANGÉLICOS?
Se a Bíblia Sagrada fosse realmente lida, estudada e observada como deve ser, não haveria necessidade do
surgimento de matérias como esta nem de campanhas de conscientização para que os crentes votem nos
crentes. Ora, isto é lógico, claro, insofismável para quem se comporta na vida à luz da Palavra de Deus, amando
ao seu irmão e praticando os ensinamentos bíblicos.
Vejamos rapidamente porque os evangélicos devem votar em evangélicos desde que, naturalmente, os
candidatos preencham os requisitos mínimos indicados no capítulo seguinte.
1.1. Porque essa é a orientação divina
Quando Deus orientou o povo de Israel sobre a escolha de dirigentes afirmou com propriedade: "Estabelecerás,
com efeito, sobre ti como rei aquele que o Senhor teu Deus escolher; homem estranho que não seja de entre os
teus irmãos, não estabelecerás sobre ti, e sim, um dentre eles" (Deuteronômio 17.15).
Estamos numa democracia, onde o cidadão que é eleitor tem o direito de escolher os mandatários do município,
do estado e do país. Como então desobedecer a essa sábia orientação de Deus, elegendo estranhos para nos
comandar quando podemos escolher irmãos nossos, que pensam como nós, que oram como nós, que servem
ao mesmo Deus e sentam conosco nos mesmos bancos dos templos que freqüentamos? Só muita influência
diabólica é que faz um crente preferir derrotar seu irmão na fé e eleger um estranho quando os dois disputam o
mesmo cargo em pé de igualdade.
Deus promete em Deuteronômio 28.13 que o seu povo será sempre "cabeça e não cauda". Como isto será
possível se o crente prefere votar no estranho por inveja, ciúme, falta de amor, ou em troca de favores eventuais
e migalhas distribuídas por políticos corruptores às vésperas de eleições?
É por essas e outras que as orações em favor do país não são respondidas. "Pedis e não recebeis por que não
sabeis pedir" (Tiago 4.3). Quem pede a Deus para resolver os problemas da nação, diminuir a injustiça, estancar
e reduzir a inflação, melhorar o nível de emprego, possibilitar o surgimento de mais escolas e hospitais e ao
mesmo tempo derrota o seu irmão na fé para votar em candidatos que não temem a Deus e até o combatem e
escarnecem dele, não pode esperar resposta às orações em favor do país...
1.2. Por amor
Jesus disse: "Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros" (João 13.35), o amor
é portanto, a grande marca do cristão.
Agora, como explicar um irmão que ama ao outro, votando contra ele, combatendo sua candidatura, preferindo
um viciado, dissoluto, materialista, corrupto, idólatra ou macumbeiro e deixando o seu irmão ser derrotado, e o
Evangelho ser questionado nas perguntas capciosas dos seus inimigos "onde está o amor dos irmãos que
deixaram o candidato deles perder a eleição"?

1.3. Por inteligência

Não se pode entender um crente que combate toda a sorte de distorções e pecaminosidade do homem natural,
que ora pelo seu país pedindo a Deus para alterar a situação de crise que atravessamos, chegar no dia da
eleição e deixar de votar numa pessoa que acredita na Bíblia, que nasceu de novo, que tem a mente de Jesus
Cristo preferindo eleger ateus, idólatras ou feiticeiros, só porque falam mais bonito ou têm mais dinheiro para
comprar votos. Vejam o que diz Provérbios 25.26; 29.2 e Salmos 94.20.

1.4. Porque podemos fiscalizá-los e puni-los.

O candidato evangélico que se elege comprometido com as igrejas tem que ter um comportamento diferente.
Precisa dar testemunho público, com a sua vida, de que é nascido de novo. Tem que observar o modelo que
apontamos em capítulo deste livro. E se não for assim? Temos como fiscalizá-lo, admoestando-o pessoalmente
ou através do seu pastor. Caso não se corrija, caso seja fisiológico, incompetente, injusto e antiético, como
grande parte dos políticos, resta-nos a arma poderosa do voto. Do mesmo modo como contribuímos para a sua
eleição, podemos substituí-lo escolhendo nas eleições futuras outro irmão que queira se comportar na vida
pública como servo de Deus, que deseje ser "sal" e não queira ficar "insípido

Poderíamos aduzir outros muitos argumentos sobre a obrigação que o crente tem de votar no seu irmão na fé,
desde que acredite na Bíblia como Palavra de Deus, como sua norma de conduta e não como simples referência
ou livro de leitura, mas esses são suficientes. Quem quer obedecer e ser fiel à mensagem bíblica não precisa de
muita argumentação, um só versículo basta.

2. QUEM DEVE OU NÃO DEVE SER ESCOLHIDO


Uma das preocupações que mais me inquietam nessa fase que antecede às eleições municipais diz respeito ao
perfil dos candidatos que se apresentam pleiteando o apoio da comunidade evangélica.
Pessoas sem testemunho cristão autêntico, desqualificadas intelectualmente, sem vocação para a vida pública

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ou experiência política, sem respaldo econômico financeiro para o suporte das despesas eleitorais e sem
qualquer serviço anterior prestado à coletividade, arvoram-se como líderes e partem na busca de mandatos
eleitorais sob os mais ilegítimos e estranhos pressupostos.
Vejamos alguns dos condicionamentos que impulsionam essas pessoas para a "aventura" de uma campanha
eleitoral.
2.1. O maior contingente é o dos vaidosos. São os que pretendem fazer do mandato um palco para suas
exibições.
2.2. Outra grande parcela é dos gananciosos e invejosos. São os que acham que os políticos ganham rios
de dinheiro. Só olham para a remuneração dos parlamentares. Não se preocupam com a análise dos
seus compromissos, das suas despesas, do nível de vida que são obrigados a levar em decorrência
dos cargos que ocupam.
2.3. Outros candidatos desqualificados pretende apenas conseguir vantagens pessoais e para a família
(empregos, principalmente) utilizando os mandatos que pretendem conquistar.
2.4. Há os ingênuos que consideram uma campanha eleitoral um "passeio", acreditam no "financiamento"
que vão receber do partido ou na solidariedade incondicional e entusiástica dos grupos profissionais,
classistas ou religiosos a que pertencem.
2.5. Há também os messiânicos. Os que se consideram predestinados para a realização de "camadas"
fabulosas de salvação da humanidade ou de realização de projetos que interessam às suas
comunidades. Têm "idéias geniais" e para eles todos os outros políticos são corruptos, negocistas e
incompetentes.
Como é possível a comunidade evangélica livrar-se de candidatos incluídos no rol que acabamos de enumerar e
definir? Através de um posicionamento sincero e honesto dos pastores e líderes. Não se pode tratar essas
pessoas com subterfúgios sob o pretexto do "amor cristão".
O amor cristão autêntico não pode ser insincero, mentiroso e falso. Se o pastor ou o líder sabe que determinado
irmão não preenche condições essenciais para disputar e desempenhar um mandato, deve ter a dignidade cristã
e até a caridade de procurar convencer o postulante a buscar outro caminho de realização pessoal ou a
conseguir através do estudo e do trabalho os requisitos mínimos para futuramente pleitear o voto.
Quem estimula um candidato inviável para "não magoar" estão sendo insincero injusto e desamoroso. Sabe dos
prejuízos e decepções que o irmão na fé terá se insistir numa candidatura sem perspectiva de êxito e prefere
ocultar o que pensa e às vezes até engana o irmão afirmando que vai apoiá-lo, que vota nele e que a sua
pretensão será vitoriosa.

3. Multiplicidade de candidaturas
Outro problema sério é o do número exagerado de candidatos evangélicos.
Mesmo que sejam afirmativas as qualidades dos candidatos e tenham condições de vitória, uma pletora de
candidaturas diminui as chances de vitória e inviabiliza a eleição possível que está relacionada com o potencial
da comunidade.
Exemplifiquemos: se em determinado município os evangélicos tiverem condições de eleger dois vereadores e
aparecem dez ou mais candidatos mesmo que reunam possibilidades reais de eleição, é possível que nenhum
se eleja. E de quem será o prejuízo? Da comunidade evangélica em primeiro lugar e depois de cada um deles. E
preciso bom senso, humildade, capacidade de renúncia da parte dos pre-candidatos e também legitimidade e
autoridade de pastores e Líderes eqüidistantes para a promoção de um processo seletivo.
Se esses postulantes forem líderes realmente, terão maturidade suficiente para a submissão a um processo
legítimo de seleção conduzido por pessoas isentas visando os interesses maiores da comunidade. Não adianta
dividir as forças de que dispomos se ainda não temos conscientização e condições para selecionar e determinar
áreas de apoio a vários candidatos.

4. O processo de escolha
Se a comunidade seleciona previamente o candidato através de pesquisas, consultas, debates, eleições
preliminares ou outros métodos democráticos, o escolhido tem um respaldo bem maior pois o grupo assume
responsabilidade definida. Sem dúvida é uma candidatura bem mais legítima do que a nascida da vontade
individual e só depois levada à comunidade para obter apoio. CIaro que esse apoio não deve ser dado em nome
da igreja tal ou da denominação X. Quem deve indicar e sustentar as candidaturas evangélicas são os cidadãos
evangélicos, individualmente, embora unidos numa só vontade. Como pessoas físicas embora agindo com amor
e entusiasmo em favor da vitória do irmão na fé, como se cada um fosse o candidato. O escolhido pelo grupo de
líderes através de organismos formais ou reuniões informais, desde que preenchidos os requisitos essenciais
mínimos, merecerá a cobertura total da comunidade.
Os que forem superados no processo seletivo legítimo equilibrado, devem cerrar fileiras em torno do indicado.

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Requisitos essenciais
Para merecer os votos dos evangélicos é necessário que o candidato reuna condições mínimas que incluem:
a) Testemunho cristão exemplar
b) Capacidade intelectual;
c) Vocação para a vida pública;
d) Possibilidade de arregimentação;
e) Ter uma mensagem de renovação.
Estes são requisitos mínimo que um candidato evangélico precisa possuir para pleitear a honrosa incumbência
de exercer um cargo eletivo.
Em todas as comunidades evangélicas do País, das grandes metrópoles aos menores municípios, cada uma, é
claro, na proporção de sua potencialidade, abriga homens e mulheres com as condições acima descritas. Vamos
identificá-los e elegê-los.
O testemunho pessoal formado através da vivência cristã evangélica que implique em conhecimento da Bíblia e
experiência no ambiente das igrejas, está vinculado necessariamente ao campo.
Sobre a capacidade intelectual ë desnecessário enfatizar que quem pretende representar uma comunidade,
precisa ter bagagem cultural suficiente para o bom desempenho do seu mandato.
No tocante à vocação, é preciso frisar que o exercício da vida publica é muito difícil. Exige sacrifícios pessoais e
da familiar. Quem não for realmente vocacionado vai se aborrecer com as pressões, as exigências dos eleitores,
a maledicência, os questionamentos, as incompressões.

4.1. Recursos financeiros - Possibilidades de arregimentação de recursos financeiros próprios ou de


terceiros para as despesas da campanha; muitos inexperientes acham que o partido tem verba para
distribuir, Isto é irreal e ilusório. Cada candidato precisa prover seus próprios meios. Até para figurar no
horário gratuito da televisão e do rádio há grandes investimentos a fazer.

4.2. Credibilidade - Outro requisito é a credibilidade pessoal. Há pessoas que são cultas, inteligentes,
abonadas financeiramente, mas são dispersivas, inexperientes, antipáticas ou têm outras deficiências
que não lhes dão aceitabilidade quando se candidatam.

4.3. Serviços prestados - Quem nunca se envolveu em qualquer atividade comunitária na área educacional,
de ação social, de defesa dos interesses coletivos, não têm como pedir apoio eleitoral aos seus irmãos
na fé, aos seus amigos e muito menos ao eleitorado em geral.

4.4. Trazer uma trazer mensagem de renovação? Um posicionamento político baseado na orientação da
Palavra de Deus em função da justiça e da ação social: é lutar pela reformulação dos métodos
fisiológicos adotados e apregoados pela maioria dos políticos brasileiros: é combater a corrupção nas
mais variadas formas que ela se apresente; é ter um comportamento ético que não envergonhe o
Evangelho; é procurar estar sempre ao lado da verdade e da justiça, com amor mas sem tibieza, sendo
sal da terra.

De nada valerá o esforço de milhares de crentes para eleger irmãos na fé se eles se comportam na vida pública
como reacionários. corruptos, acumpliciados com a injustiça, com a malversação do dinheiro público e com o
cinismo da maioria dos políticos brasileiros.

Quem quiser ser um bom líder, no entanto, além desses exemplos humanos, sujeitos a falhas e imperfeições,
tem o espelho maravilhoso de Jesus, o qual, durante o seu ministério terreno demonstrou magistralmente o que
é liderar. Também de Daniel

5. CUIDADO COM OS AMIGOS DO EVANGELHO


Quem são essas figuras? São políticos malandros, as chamadas "raposas" que, às vésperas das eleições
começam a aparecer nas igrejas evangélicas e nos gabinetes pastorais, oferecendo ajudas e vantagens em
troca dos votos dos crentes. Estão enquadrados em II Pedro 2.3.
A primeira coisa que dizem, a "chave" para a abertura da conversa, é que não são crentes mas são "amigos do
Evangelho". Alguns "estudaram em colégios batistas ou presbiterianos", "fizeram o curso superior em
universidades metodistas", outros informam que "o cunhado da tia do primo da mulher deles é diácono de uma
Assembléia de Deus". Apresentam uma série de "pontos de aproximação". Os mais extrovertidos pedem logo o
nome de uma filha ou de um filho do pastor prometendo uma contratação como funcionário da Prefeitura, do
Estado ou de um órgão federal onde eles tenham influência. Outros, sacam do talão de cheques e vão logo

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oferecendo uma ajuda para a construção do templo ou uma colaboração para uma campanha qualquer que a
igreja esteja realizando (nunca falta campanha financeira na maioria das igrejas)...
Se o pastor não é um homem equilibrado, arguto, temente a Deus, está feito "o acordo com Nabucodonosor"
como costuma dizer o conhecido pastor Geziel Gomes.
Em troca da consciência dos membros da igreja, o pastor ou o líder aceita a nomeação de um filho (na maioria
das vezes só a promessa), alguns bancos para o templo, e fica na situação descrita em Provérbios 25:26. Não
verifica a formação moral daquele político (geralmente péssima, pois quem usa desses expedientes de
corrupção, de troca de vantagens, de compra de votos, não tem boa conduta moral nem boas intenções), não
indaga também sobre a origem daquele dinheiro, geralmente saldo dos cofres públicos de forma desonesta e
criminosa. Ao receber aquela contribuição, aparentemente benéfica, às vezes até contada e considerada como
"bênção", o pastor ou o dirigente está pactuando com a desonestidade, com o assalto ao erário público, com a
deformação cívica e moral do nosso povo. Daí para levar aquele político ao púlpito é um pulo.
O mesmo servo de Deus que doutrina a igreja com toda a ênfase e sinceridade, Bíblia aberta e empunhada com
entusiasmo e ardor contra o adultério, a idolatria, o roubo, a feitiçaria, a falta de amor, o crime, é o mesmo que
apresenta à igreja o candidato (que pratica todas essas coisas ou se acomoda a elas), como "amigo do
Evangelho" que deu cinqüenta bancos ou vinte sacos de cimento. Onde fica a consciência livre do cristão? E
onde fica o amor fraternal para com o irmão na Fé que é candidato ao mesmo posto eletivo disputado por aquele
"amigo da Causa"? Onde fica a recomendação do apóstolo Paulo de que "primeiro estão os domésticos na Fé"?
E onde fica a orientação do próprio Deus a respeito de quem deve ser colocado em posição de comando?
O pior, sobretudo, é a falta de representatividade posterior. Terminada a eleição, no desempenho do mandato,
aquele deputado ou vereador, mesmo que permaneça "amigo", não é um representante nosso, não entende as
nossas particularidades, não tem o nosso ideal nem estará à disposição de Deus e do Seu povo (Prov. 28:5).
Sua linguagem e seu comportamento não serão traçados com base na Palavra de Deus e, se por ventura,
houver necessidade de um voto decisivo que interesse à família evangélica em oposição a pontos de vista
defendidos pela igreja católica ou pela influência crescente da umbanda nos setores governamentais, é claro que
aquele "amigo" vai votar segundo a orientação da CNBB ou dos "pais de santo" e "chefes de terreiro".
Pastores e líderes evangélicos do Brasil, não devemos permitir a repetição desse tipo de comportamento e de
concessão. O mesmo Deus que dá condições para que um templo seja erguido fora do período eleitoral sem
ajuda dos "amigos" de véspera de eleições é o mesmo Deus que mandará recursos para o mobiliário do templo
e a aparelhagem de som. É ridícula a ajuda que certas igrejas recebem para comprometer a independência dos
crentes e desmentir o amor cristão votando contra os irmãos na Fé.
Que líder é esse que orienta a sua comunidade a ficar contra um ir mão e votar em um estranho em troca de
favores ocasionais? Como deixar de escolher um crente e votar em um idólatra, ou freqüentador de terreno de
macumba, ou adúltero, ou devasso, por causa de vinte carteiras escolares ou dez milheiros de tijolos? Isto não
pode ser de Deus. É ação maligna. A Bíblia diz que não devemos dar poder aos insensatos. (Provérbios, 2ó:1).
Sei que muitos pastores, homens simples, interessados no crescimento da Obra, fazem isto de boa fé. É preciso
verificar, no entanto, que esta não é uma atitude cristã nem inteligente.

"Primeiro os domésticos na Fé", ensina o apóstolo Paulo.


Mesmo que o candidato evangélico não tenha condições financeiras nem influência política para dar uma ajuda
para a igreja ou conseguir a nomeação de alguém, é preferível votar nele. Eleito, terá condições de ser um ponto
de apoio. E se, obtendo essas condições, o político evangélico nada fizer de útil, de prático, de importante para a
comunidade, ou deixar o Evangelho de Cristo por
causa de um mandato, nada mais fácil do que derrotá-lo em eleições futuras. Os pleitos periódicos, no
regime democrático, servem exatamente para isso; para julgamento e punição dos que não se comportam
segundo os que deles esperam seus eleitores.
Cuidado pastores, os lobos travestidos de ovelhas estão se aproximando cada vez mais e em maior número de
seus gabinetes e templos. Fazem as ofertas, oferecem os tijolos e as telhas, contratam dois ou três crentes e
depois se dirigem a um centro espírita ou a um terreiro de macumba, para pedir proteção aos "pais de santo",
fazer suas oferendas e oferecer as mesmas vantagens. Oferecem carteiras escolares às igrejas e instrumentos
de música às escolas de samba. Para eles é tudo a mesma coisa - a "mercadoria" que estão comprando é voto.
Tanto faz "comprar" de crente como de macumbeiro. Enquanto isso, os candidatos evangélicos são
discriminados, são "esquecidos" nas citações de púlpito ou sofrem campanhas destruidoras de que não adianta
votar neles por que não têm condições de ganhar... É claro? Se os pastores e os crentes não votam no irmão,
como é que ele vai se eleger? Com o voto de espíritas? Com o apoio de umbandistas? Com a ajuda de
materialistas?
Este é um assunto que merece reflexão e determinação à base do arrependimento diante de Deus, pedindo
perdão por esses pecados que muitos já cometeram no passado e que; esperamos firmemente no Senhor, não
serão cometidos neste ano de eleições tão importantes, quando são escolhidos os homens e mulheres que vão
dirigir os nossos municípios. Vamos colaborar com a pátria elegendo candidatos que amem a Justiça.
(Provérbios, 29:2).

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6. UM APELO AOS PASTORES

Consideramos totalmente dispensável discorrer sobre a importância da opinião e do comportamento do líder


para uma tomada de posição dos seus liderados. Se para qualquer grupo, a palavra e o exemplo do líder são
fundamentais, no contexto do evangelismo brasileiro, especialmente nas igrejas da linha pentecostal, esse fator
assume proporções de grande dimensão. Assim, este capítulo é um apelo veemente aos pastores e dirigentes
das igrejas evangélicas no Brasil, no sentido de que adotem uma posição coerente, oportuna e corajosa em
relação ao posicionamento dos evangélicos face à sua responsabilidade político-social.

Não tem a menor fundamentação bíblica ou teológica a indiferença ou o combate sistemático que muitos
pastores e líderes evangélicos teimam em manter sobre a participação objetiva do povo de Deus no debate,
estudo e solução dos problemas nacionais.

Já disse em outras ocasiões que é impossível agir como "sal da terra" fora da ambiência da comunidade. Não é
possível alterar o estado de corrupção, atraso e injustiça em que está mergulhado o país, sem a presença
saneadora de políticos comprometidos com Deus e Sua palavra, que busquem aplicar aos problemas nacionais
as soluções encontradas no texto bíblico que tem respostas eficazes e abrangentes para o caos moral,
econômico, social e político do pais.

Sob o comando corajoso das lideranças realmente cristãs é possível reverter a situação calamitosa da Pátria,
desde que esses pastores e líderes assumam a vanguarda de um movimento nacional de oração e de estudo e
prática das normas bíblicas a respeito da conduta moral dos indivíduos e da coletividade.

É preciso ocupar os espaços garantidos pelas leis do país e eleger homens e mulheres que desejam realmente
mudar o panorama angustiante e já desesperador da conjuntura nacional. É preciso buscar nas nossas igrejas
quem tenha condições de ser José, planejando e administrando a produção de alimentos para matar a fome dos
necessitados.

A propósito, o nosso irmão Íris Rezende, quando Ministro Agricultura, conseguiu pelo segundo ano consecutivo
comandar safras recordes na produção de grãos. Ao ser nomeado ministro, ele promoveu um culto de ação de
graças para proclamar submissão à vontade soberana do nosso Deus e enfatizar a sua fé no Todo-Poderoso.
Quando conseguiu o primeiro e retumbante recorde, em 1987, comandando uma produção de grãos jamais
atingida de 64,9 milhões de toneladas, não obstante a crise econômica em que o país estava e ainda está
mergulhado, Íris Rezende providenciou outro culto, ao qual compareceu o Senhor Presidente da Republica, em
companhia da esposa. E assim, louvando e agradecendo a Deus, foi sendo abençoado o setor sob a sua
administração, graças às orações de milhares de Crentes que intercedem por ele, à eficiência de sua liderança e
porque o Ministro "não se envergonha do Evangelho". Por conta desses êzitos a imprensa começou a especular
sobre a possível candidaturas de Íris Rezende a Presidente da República

É preciso buscar nas nossas igrejas, mulheres que tenham condições de ser Ester, deixando de lado
conveniências e acomodações e indo ao "rei", mesmo correndo riscos, para dizer que o povo está ameaçado.

É preciso buscar nas igrejas, quem tenha condições de ser Neemias e proclame com altivez que há exploradores
usurpando a economia do povo e tenha condições de promover mutirões nacionais em favor da reconstrução da
confiança popular nos grandes destinos do país. Urge uma transformação de atitudes em favor da paz, da
justiça social e do desenvolvimento. Repetiremos até que todos se conscientizem: não basta orar, é preciso agir.
Vejam a lição de Neemias 4.9. Não é possível deixar passar o próximo pleito municipal sem a eleição de
milhares de vereadores e centenas de prefeitos e vice-prefeitos evangélicos nos mais de quatro mil municípios
brasileiros.

Somos força ponderável e decisiva em pelo menos 70% dos municípios. Por que ficar parados ou indiferentes?
Por que não influenciar para que venham as mudanças morais tão reclamadas? Por que continuar apenas
criticando e apontando corrupção se não temos coragem de tomar o lugar dos corruptos que se elegem com os
votos dos evangélicos? Combater a corrupção desenfreada, a idolatria institucionalizada e a macumbaria
oficializada em "arte e cultura" e votar nos corruptos, idólatras e macumbeiros é no mínimo demonstração de
ingenuidade para não dizer que é acomodação, conivência ou covardia. Como se vê, não basta orar. É preciso
agir. E agir nesse caso é votar. Votar em candidatos evangélicos capazes e vocacionados e aí, concordamos
com os que afirmam que não basta ser crente para ser um bom parlamentar ou bom administrador.

Os que pretendem ser eleitos em nome do povo evangélico devem ter qualidades espirituais, intelectuais e
vocacionais evidentes e conhecidas, suficientes para garantir desempenhos diferentes e modificadores, a fim de
que, como verdadeiros Isaías desafiem a empáfia dos poderosos e das aparentes maiorias e proclamem com
clareza a mensagem transformadora do Evangelho, não apenas como pregadores nas tribunas parlamentares ou
nos gabinetes do executivo, mas como legisladores e administradores que com atitudes cristãs firmes, honestas
e corajosas, revelem o que é ser "nascido de novo" e qual é a importância da Bíblia para para a solução dos
problemas espirituais, religiosos e morais como complemento à solução dos problemas econômicos, sociais e
políticos da humanidade.

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Um mutirão nacional
Fazemos um apelo para que se organize um verdadeiro mutirão nacional pela eleição de candidatos
evangélicos. Um ajudando o outro conforme o modelo de Neemias cap. 3 ; isto é, cada um tomando conta de um
setor específico.
Pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos, guias leigos, presidentes e diretores da sociedades de homens, de
organismos evangélicos os mais diversos, todos trabalhando na campanha como se cada um fosse o candidato.
Demonstrando amor e interesse pelo irmão, sem pensar em recompensa financeira, nem vantagens pessoais,
nem mesmo emprego, pois não há lugar para todos nas repartições e empresas públicas. Pensando na Causa
que está ameaçada pela secularização, pela imoralidade, pela corrupção, pela desagregação da família, pelo
ateísmo, herança maldita decorrente da entrega dos nossos destinos durante décadas nas mãos de homens que
não temem a Deus nem acreditam na Sua palavra.

7. As mulheres precisam agir


Mulheres evangélicas! Senhoras e moças dedicadas e piedosas das nossas igrejas! Mulheres de oração e de fé!
Chegou o momento de agir. Não basta a oração. É preciso ação.
Lutem em defesa dos seus filhos, dos seus netos, dos seus irmãos, de suas famílias, de vocês próprias!
As escolas de grau médio e as universidades estão quase todas dominadas pela mensagem diabólica da
desagregação familiar, da desmoralização da autoridade, do materialismo destruidor que ridiculariza a religião,
combate a fé, desmente a existência de Deus e tenta destruir os valores cristão da nossa Nação. Combater a
corrupção e votar em corruptos é pecado. Defender a harmonia da família, o respeito mútuo entre marido e
mulher e votar um homens e mulheres que consideram preocupação com esses assuntos em "atraso", é
entregar armas na mão do adversário para que destruam o edifício de amor, justiça e paz que desejamos
construir através dos nossos lares e das nossas igrejas.
Vamos agir com sabedoria de Deus. Vamos destruir as obras do diabo, inspirados no poder de Jesus Cristo e na
assistência do Espírito Santo votando em irmãos e irmãs de vida cristã exemplar, capacidade intelectual e
formação bíblica suficientes para enfrentar os inimigos do nosso Deus e da nossa fé, orando e agindo para que o
Senhor tenha misericórdia do nosso país e nos livre da maldição de sermos dirigidos por dissolutos e
macumbeiros.
Vamos reagir! Pacificamente mas com determinação a fim de não sermos julgados pelo nosso Deus como
coniventes e cúmplices de uma situação pecaminosa que salta aos olhos de quantos conhecem a Palavra da
Verdade. Se nós não enfrentarmos a escalada dessas hostes malignas da desagregação moral, do ateísmo, da
feitiçaria, quem o fará? Não esperemos que Deus "levante pedras'' quando nós podemos falar através do nosso
voto e da nossa ação. Estamos numa democracia. Aproveitemos a liberdade que o Senhor nos permite desfrutar.
Mirem-se no exemplo de Débora (Juízes cap. 4 e 5) e de Ester (Ester cap. 4)! Façam a sua parte !

8. A hora e a vez da juventude


Juventude evangélica do Brasil! Rapazes e moças das nossas igrejas. Estudantes ou já profissionais. Solteiros
ou casados. A maioria do nosso povo tem menos de 30 anos de idade. Esta pátria vos pertence. Vocês não são
o Brasil de amanhã, são o Brasil de hoje; todavia o futuro interessa mais a vocês do que às gerações de maior
idade. Enquanto Cristo não volta, façam alguma coisa pelo país.
Vocês não têm apenas as opções do socialismo materialista ou do capitalismo explorador. A bela e única
alternativa da juventude cristã é o AMOR, A JUSTIÇA, A VERDADE, A LIBERDADE, essência da Bíblia
Sagrada.. Não acreditem nessa balela de que política é pecado. Isto é uma cilada que o diabo tem aproveitado
para impedir que o povo de Deus assuma maiores responsabilidades de direção no país e possa contribuir para
maior expansão do Evangelho e melhoria das condições de vida do nosso povo.
O Cristianismo não é apenas uma resposta para o espírito; não é " ópio do povo" como asseverou um teórico
comunista. O cristianismo é solução para os problemas do homem, em qualquer país, em qualquer tempo desde
que os seus ensinamentos sejam seguidos com firmeza e acerto. Sejam vocês a vanguarda desse mutirão
nacional em favor dos candidatos evangélicos. Não importa a denominação. Mesmo que não concordem com
alguns pontos doutrinários do candidato, pensem no principal e fundamental: o vínculo do sangue de Cristo que
nos une como irmãos; talvez com costumes diferentes, com roupas diferentes, mas nosso irmão. Sempre, agora
e no porvir.
Então, jovens evangélicos, façam sua militância política não seguindo os agitadores materialistas nem os
extremistas de direita, pois ambos são nefastos â democracia, à liberdade e à justiça. Formem ao lado dos
candidatos evangélicos, distribuindo panfletos, organizando caravanas para visitas a bairros ou municípios,
esclarecendo as pessoas menos politizadas.
Uma campanha eleitoral, sobretudo para quem não dispõe de volumosos recursos financeiros como quase todos
os candidatos evangélicos, é uma luta árdua e cansativa. É preciso contar com muitos voluntários para que se

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tenha êxito. Irmãos e irmãs que em outras eleições, votaram em crentes e depois se decepcionaram por alguma
motivo com evangélicos que foram eleitos, não façam disso razão suficiente para votam contra irmãos na fé ou
para fazerem críticas e campanhas contra candidatos evangélicos. Um erro não justifica o outro. Concedam um
voto de confiança ao irmão que é candidato a prefeito ou a vereador. Pratiquem o amor fraternal e Deus os aben-
çoará!

***

Obs: Esta matéria é parte de um livro de autoria do irmão em Cristo

e Deputado Federal COSTA FERREIRA.

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DISCIPULADO

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1. O QUE É DISCIPULAR?

É ensinar a alguém, algo novo, um novo conhecimento, um novo conceito, um novo padrão de viver. Etc.... em
nosso caso é: ensinar aos novos irmãos como viver para Deus, servindo a Ele, adorando a Ele, em padrão de
vida de acordo com sua maravilhosa palavra. É compartilhar com ele nossa experiência, nossa fé, nossa alegria.
É também assisti-lo em suas necessidades espirituais e suas dúvidas. É ajudá-lo a compreender a nova
experiência da vida cristã. É também levar o novo irmão que agora faz parte de uma nova família, “a família dos
salvos” e a uma outra dimensão espiritual, pelo poder transformador da Palavra de Deus e do Espirito Santo.
Bem como passar a desfrutar das bênçãos e riquezas preparadas para os que de coração sincero servem ao
Senho. A exemplo da igreja primitiva.

1.1. O trabalho de discipulado/acompanhamento aos novos convertidos é um ministério que tem sido
esquecido pelas lideranças evangélicas.

1.2. Pesquisas mostram que: menos de 1% dos membros das Igrejas Evangélicas estão trabalhando nesta
obra. A ausência de uma assistência aos novos irmãos em nossas Igreja, constitui-se num sério
problema para o crescimento da obra. Uma certa igreja realizou uma cruzada, cerca de mil pessoas
decidiram-se a Cristo, seis meses após uns 100 era o que restava das mil, e apenas 6% dos que se
decidiram permaneceram e chegaram ao batismo.

1.3. Implantado o trabalho de discipulado houve uma mudança extraordinária e 5 em cada 6 novos crentes
permaneceram e chegaram ao batismo. É através do discipulado que o novo irmão recebe o
aconselhamento espiritual, através do qual ele se firma na fé (Col. 1.28,29).

2. PORQUE DISCIPULAR?

Porque novo crente precisa aprender as verdades espirituais básicas, e aplicá-las à sua própria vida, para criar
raízes e crescer na graça e no conhecimento) do Senhor Jesus Cristo. E isto acontece mais rapidamente
através do discipulado e também evita que o novo irmão abandone a fé quando vier as dificuldades, as críticas e
incompreensão dos amigos e familiares.

3. COMO DISCIPULAR?

Através do acompanhamento por irmãos, treinados para isso, através da ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL, de
visitas planejadas aos novos irmãos, de estudos bíblicos sistematizados e orientados, seguindo uma seqüência
de assuntos que facilite a compreensão dos novos convertidos.

Exemplos:

3.1. CONHECENDO A SALVAÇÃO

O que é a salvação? - É o Dom gratuito de Deus para resgate do homem pecador, do poder das trevas e
do mal. É também um ato soberano de Deus. É também o fruto e a prova maior do amor de Deus para com
o homem. Jo. 3.16; Rm. 5.8; Ef. 1. 7; 2.1

3.2. CONHECENDO A BÍBLIA

A bíblia é a palavra de Deus. É Também Deus falando conosco. Ela o príncipe dos livros. O melhor manual
de conhecimento a respeito de Deus, do homem, do pecado e da salvação.

Um novo convertido precisa saber o que é a Bíblia. Do que a Bíblia fala, de quem a Bíblia fala, para quem a
Bíblia fala. Qual a razão da sua existência e qual sua importância para a humanidade; quem foi seu autor;
quem a escreveu, em quais idiomas ela foi escrita; sua estrutura e suas divisões. Falharmos nesta tarefa é
contribuirmos para a geração de crentes neófitos na fé e também para um crescimento lento do reino de
Deus. O recomendável é que todo novo convertido receba uma bíblia no ato de sua decisão.

4. POR QUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?

4.1. Porque ela é luz que nos ilumina Sl. 119.105

4.2. Porque ela é alimento espiritual Jr. 15.16; 1 Pe. 2.1,2

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4.3. Porque ela é a espada do Espírito Santo Ef. 6.17

5. CONHECENDO DEUS

5.1. Deus tem qualidades que é peculiar somente a Ele. Tal como: onipotência, onipresença e oniciência.

5.2. Deus é Criador de todas as coisas - (Gn. 12.8);

5.3. Deus é provedor

5.4. Deus é galardoador;

5.5. Deus é companheiro e amigo fiel

5.6. Deus é seguro verdadeiro

5.7. Deus é misericordioso

6. CONHECENDO A IGREJA (Ef. 2.19)

6.1. O que é a igreja – a igreja é união dos salvos. É também o grupo de pessoas que professam a mesma
fé. Compartilhar os mesmos princípios e doutrinas, obedecem as mesmas orientação, tem os mesmos
uso costumes e tem também a mesma liturgia de culto. A palavra “Igreja” quer dizer também: “uma
reunião de pessoas que foram chamadas para seguir a Cristo” em obedecendo a sua palavra em amor
e alegria.

6.2. Os que formam a Igreja são chamados, pela Bíblia, de crentes, de irmãos, cristãos, santos, eleitos, etc.
Não confundir templo com igreja. A igreja somos nós, os prédios onde congregamos sãos os templos.

6.3. A Igreja é: local e/ou universal. Ao novo convertido devemos ensinar esses conceitos logo de início
para que saiba se orientar em seu caminhar e viver para Deus. Devemos ensinar com carinho, tato e
sabedoria, para não provocar coque cultural irreversível e prejudicial. Isto deve ser feito por irmãos
treinados e que tenha um bom conhecimento bíblico.

SÍMBOLOS DA IGREJA - símbolos encontrados na Bíblia, para ilustrar a Igreja. São: corpo, povo,
nação, família.

7. CONHECENDO O ESPÍRITO SANTO

7.1. O Espírito Santo 3ª pessoa da trindade. O Consolador, orientador, intercessor e distribuidor dos
Dons espirituais e revelador dos ministérios de Deus e de sua palavra aos filhos de Deus, os salvos
em Jesus. Em até o segundo mês de fé, o novo convertido já precisa tomar conhecimento da pessoa
do Espírito Santo e seu papel em nossas vida e em nosso favor.

7.2. O Espirito Santo: a) revela – II Pe. 1.21; b) Ensina – Jo. 14.26; c) Clama – Gl. 4.6; d) Intercede
– Rm. 8.26; e) Ordena – At. 13.2; f) Separa e envia missionários à obra – At. 13.2-4, etc.

8. CONHECENDO O VALOR DA ORAÇÃO (Tg. 5.17,18)

O novo crente deve aprender que através da oração, ele pode obter vitórias. Todos os que oram e confiam a
Deus os seus problemas, são recompensados com a reposta pelo Todo-Poderoso. o novo crente vai aprendendo
o quanto é bom orar, e que tudo quanto pedimos ao Senhor, com fé, mediante sua vontade recebemos. Orar é
falar com Deus. É derramar diante dele nossas necessidades, nossas angustias, nossos desejos, nossas
ansiedades. E também nossa alegria. A oração é um momento a sós com Deus. Um momento de intimidade
somente com Ele .

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9. UM SALVO - UM GANHADOR DE ALMAS

O novo irmão deve logo ser conscientizado que ele é fruto de trabalho de evangelismo. Portanto como um filho
de Deus obediente e consciente de seu papel de salvo, ele também deve ser um evangelista, um ganhador de
almas. A ele deve ser dado instruções e conhecimento adequada para ser um ganhador de almas. o
evangelismo mais eficiente é o pessoal, é também o ministério que coloca todo crente na mesma posição: a de
mensageiro de Deus e anunciador de boas novas. Homens, mulheres, velhos e crianças na mesma condição
social e Espiritual, a de sábios. Pois quem ganha almas sábio é: Pv. 30. Evangelísmo pessoal, é o método de
evangelísmo por excelência.

10. MODELO DE ENVOLVIMENTO

Demonstre simpatia. As pessoas só permanecem na Igreja, quando se sentem amadas, e a Igreja precisa
promover um ambiente , que gere sentimentos de amizade e carinho entre as pessoas.

O envolvimento de um nova pessoa pela simpatia pessoal se concretiza nas boas-vindas na Igreja, com sincera
alegria, capaz de criar um ambiente acolhedor e agradável a todos. No término do culto ou reunião, devem
também renovar a alegria de tê-los novamente nas próximas reuniões. Também, outra forma de demonstrar
simpatia, é apresentar o visitante a outras pessoas, e especialmente a crentes que participem da classe de
novos convertidos, ou de Grupos de discipulado. A oportunidade é rica para o início de uma amizade profunda
com vistas ao envolvimento e discipulado do visitante. Leia e medite At 2.37-47.

11. INTEGRANDO UMA NOVA PESSOA

“E perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e
singeleza de coração” (At 2.46).

Evangelizar é alcançar uma nova pessoa com a mensagem da salvação de Jesus Cristo. Envolver é edificar e
conservar na fé. Evangelizar e edificar comparam-se ao ato de se plantar e regar. Integrar é fazer com que a
árvore cresça sadia, e produza frutos. Reprodução é, pois, o resultado natural dos três estágios do crescimento
espiritual: ser alcançado, envolvido e integrado.

O crescimento da Igreja é a meta principal. O discipulado leva cada crente a crescer na comunhão com Deus e a
ter os mesmos sentimentos e objetivos. No término deste Curso de Discipulado, você será capaz de levar um
novo crente a percorrer o caminho da fé, conhecendo, vivendo e praticando o que aprendeu de tal forma a
reproduzir-se espiritualmente.

12. RECORDANDO PRINCÍPIOS

12.1. O propósito da Igreja. A Igreja existe para honrar e glorificar a Deus. Todo o trabalho realizado na e
pela Igreja deve ter por finalidade a glorificação do nome de Deus, pelos resultados alcançados (Jo
15.18).

12.2. Ser discípulo de Jesus!, é dar muitos frutos que glorifiquem a Deus. Boas obras/ações é a qualidade de
vida de um crente que é discípulo de Jesus. Os frutos (as ações/feitos e reações) de cada crente
devem fazer com que as pessoas glorifiquem a Deus.

12.3. O propósito pessoal. Uma extraordinária aventura, é como podemos definir sua vida, desde que
começou a estudar as lições deste Curso de Discipulado. Quantos compromissos assumidos com
Deus, durante o percurso destes dias, e quantas coisas você tem para contar. O seu testemunho
pessoal foi ampliado e toda a sua vida ficou rica de experiências espirituais profundas. Você é uma
testemunha e tem um testemunho para contar.

13. MODELOS DE INTEGRAÇÃO

Acompanhe outros novos crentes. Algumas se perdem, unicamente, por serem esquecidos e abandonados. É
dever da Igreja prover a cada novo convertido condições de crescimento espiritual. O evangelismo não pode ter

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por alvo apenas “orar por pessoas”, mas, “restaurar vidas para o Senhor Jesus Cristo.

Faça parte da equipe de acompanhamento de novos crentes, a qual deve visitar semanalmente cada recém-
convertido em seu lar, em dia e hora previamente marcados, durante os dois ou três primeiros meses de sua
conversão. O testemunho pessoal do visitador é de grande valor para o fortalecimento da fé do novo crente. Fale
com entusiasmo e convicção daquilo que Deus tem feito em sua vida. Partilhe suas experiências espirituais e
suas vitórias.

Visite suas casas, convide-os para um almoço e/ou jantar com você.

Convide o novo convertido e ir a uma festa com você.

Compartilhe com ele suas experiências com Deus.

Ore com ele buscando de Deus solução para seus problemas.

Escolha alguns textos bíblicos e oriente-os que leiam meditem, vejam que lição prática podem tirar para o dia a
dia de suas vidas. Promova debate de assuntos que os ajude a crescer espiritualmente. Evitando assuntos
polêmico e os quais você não tenha conhecimento sólido. Nos debates controle o ambiente para não gerar
discussões pessoas ou infrutífera.

Use sua criatividade, não se prenda ao um modelo único com vários grupos de pessoas. Dependendo do nível
sócio-cultural das pessoas que o irmão estiver discipulando, use métodos diferentes, de maneira que todos seja
ensinados a viver um vida cristã vitoriosa, de convicção, alegria e fidelidade com Deus. Não acomodado.

Obs:

Este trabalho foi elaborado pelos irmãos: Antonio Vieira e Francisco. Ramos. Para o curso de missiologia das
Assembléia de Deus de Imperatriz.

Pedimos a todos que orem continuamente por nós. obrigado

Ensinar é: colocar o aluno dentro do processo de aprendizagem e motivá-lo a querer aprender.

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ECONOMIA NO LAR

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Economia - A arte de administrar bem nossas finanças

Economia no lar. O conjunto de medidas (ações e previsões) praticadas visando uma perfeita administração
da receita e das despesas da família, para suprir suas necessidades sem gerar déficit. Saber quanto ganha,
para saber quanto gastar é de vital importância

1. Base para uma economia equilibrada

1.1. Planejamento de despesa - Faça uma lista de suas necessidades. Dentro dela faça outra lista do que
é essencial, dentro desta faça outra que é realmente prioritária. Atenda primeiro está última, depois a
penúltima, então depois atenda a primeira. Discuta este planejamento com todas as pessoas da casa
que possa influenciar a alteração dele.

1.2. Não gastar com supérfluo - coisas desnecessária, que não tem utilidade. Que não seja realmente
útil.

1.3. Economia no cotidiano / dia a dia

1.3.1. economia na compra - pechinchar- não compre no primeiro lugar que entrar, cheque os preço em
pelo menos três estabelecimentos diferentes.

1.3.2. Economia no uso - alimentos Jo.6.1 ( no Brasil desperdiça-se 30% do campo até a porta do
consumidor. Evite desperdiçar dai em diante. Não jogue restos de alimentos fora, quando pode
ser aproveitado. Não cozinhe mais do que o necessário. Não ponha no prato mais do que você
come. E Etc. qualquer desperdício fica muito caro e faz muita falta.

1.3.3. vestuário – saiba comprar, não compre nas boutiques, nem em vendedores ambulantes,
sacoleiras ou semelhantes, se seu dinheiro é pouco, procures as lojas de liquidação, ou nas
promoções, elas também vendem coisa boas, é só saber procurar.

1.3.4. Tenha a roupa do dia a dia ( uso doméstico) e a roupa de ir a lugares especiais, como a igreja,
festas, etc.. Tenha cuidado no lavar, no secar, no passar o ferro. Veja com certa periodicidade se
o lugar que você guarda sua roupa, está bem limpo, se não tem traça, barata, grilo, ou outros
insetos que destruem roupas. Tudo isso somado, nos proporcionam uma boa economia.

1.3.5. calçados – os calçados devem serem limpos logo após o uso e não somente antes do uso.
Tenha o cuidado de guardar os calçados limpos. Eles duram mais e estão sempre bonitos.

1.3.6. Remédio – quando comprar um remédio, tome-o todo, muitos não ficam sarados das doenças
porque nunca tomam todo o remédio recomendado e comprado para curar a doença. Evite
comprar remédio desnecessário, para a maioria das doenças, nosso organismo tem defesa e só
aguardar ele reagir. Mais para isso é necessário está vigilante com a saúde.

1.3.7. Pratique saúde preventiva, ela é mais barata, mais rápida e não é dolorosa. Todos membros da
família devem consultarem uma vez por ano, mesmo que não estejam sentindo nada. Façam
todos os exames preventivos possível que o sus paga. Mantenha a saúde da família em boas
condições

1.3.8. Tarifas públicas - ( água, luz, telefone ) Gás - não deixe a torneira pingando ou derramando
água. Quando estiver defeituosa troque-a, não deixe lâmpadas acesas sem necessidade, onde
não há alguém. Quando for usar o telefone, fale somente o necessários, relatos longos, use o
correio, escreva. Não aceite botijão com vazamento, troque-o imediato. Procure o distribuidor,
não aceite, pois alem de lhe causar prejuízo ainda põe em risco sua família.

1.4. Fidelidade nos negócios - MT. 5.37 - honre todos os seus compromissos, não compre o que não
possa pagar. É melhor sofrer a necessidade e/ou segurar o desejo do que o cobrador está
continuamente em sua porta. Tenha auto controle no querer. Antes de comprar qualquer coisa
responda satisfatoriamente três perguntas: : o quê que eu quero, porquê que eu quero e para quê
que eu quero

1.5. fidelidade com Deus { dízimo e ofertas – Ml. 3.10 } seja fiel com Deus para poder reivindicar dele
seu cuidado e suas bênçãos.

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2. Fontes de Renda

2.1. Só o esposo trabalha - Ele não dar satisfação de quanto ganha e/ou, a mulher não ver a cor do
dinheiro, nem faz parte do planejamento de gasto do mesmo. Fica inteiramente alheia. Modelo errado

2.2. Só a esposa trabalha - Muitas mulheres, não dá satisfação de como gasta o dinheiro, e as vezes não
quer mais ser submissa ao esposo, querem assumir a chefia da família. Atitude errada

2.3. Os dois (esposo e esposa) trabalham - O dinheiro do esposo é para o custeio da família e o dela é
só para comprar roupas, calçados e supérfluo,

Modelo errado.

Nos três casos, o dinheiro é da família e portanto dever ser planejado o seu uso por todos, esposo, esposa e
filhos que possa ajudar. Uma família com um bom planejamento é sem dúvida uma família com orçamento
equilibrado e sem muitas dificuldades financeiras. Isto é, tem suas necessidades básicas supridas e todos vivem
felizes e prósperos.

Viagem - não viagem se não realmente necessário, tem gente que tem um mau hábito de está andando para
um lado e para outro, não há dinheiro que dê, não orçamento que resista, é um mau hábito

Planejamento familiar – Muitas pessoas (e famílias) não tem um planejamento do que elas querem. Hoje
querem uma coisa, amanhã querem outra, na dia seguinte já querem outra. Quem assim age, nunca consegue
muita coisa, nunca consegue um patrimônio. O ideal é que toda a família tenha um planejamento de vida, onde
tenha metas de curto, médio e longo prazo. Isso implica em determinar um alvo e trabalhar para alcança-lo, não
importa quão grande seja o esforço despendido. Quem não sabe onde quer chegar, não chega a lugar algum.
Quem não tem um alvo para conquistar, não conquista coisa alguma.

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PLANEJAMENTO FINANCEIRO

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O Curso de Educação Financeira pretende fazer com que você aprenda mais sobre seu dinheiro e se planeje
entre as opções de Investimento e Poupança do Mercado Financeiro em Geral.

1. PLANEJAMENTO

1.1. Como vai a sua inteligência financeira?

Manter o orçamento familiar em ordem é o desafio de grande parte dos brasileiros, mas resistir aos apelos do
consumo, cortar as “compras por impulso” e os gastos desnecessários pode ser mais simples do que parece.

O primeiro e principal passo para atingir esse objetivo se baseia numa palavra chave: planejamento

1.2. Diálogo em família e atualização constante

A falta de informação e de noções básicas na administração dos recursos financeiros pode levar muitas pessoas
a uma situação financeira critica, como todo processo educativo, a Educação Financeira também requer um
aprendizado contínuo, já que a economia sofre mudanças diárias e exige acompanhamento constante. Um
exemplo disso é o investimento: comprar dólares já foi um ótimo negócio, mas atualmente, com a queda da
moeda, não é mais. Portanto, a falta de atualização, no aprendizado, pode nos levar a escolhas equivocadas.

Lembre-se: Mesmo que apenas os pais sejam responsáveis pela renda familiar, todos os demais contribuem
para gastá-la.

1.3. Como realizar um planejamento eficiente?

Especialistas apontam que o inicio de um planejamento do orçamento familiar pode ser feito em três passos
básicos:

1º PASSO: avalie o valor das despesas que a família faz durante o mês, mesmo que esse numero seja
apenas uma alternativa.

2º PASSO: no mês seguinte, avalie e apure as despesas realmente efetuadas. Verifique em quais
setores a família gastou mais, em quais gastaria menos e as despesas que não estavam previstas na
estimativa anterior;

3º PASSO: avalie e programe possiveis cortes e previsões dos valores que poderão ser gastos no mês
seguinte, agora com os valores reais observados através do comparativo anterior (estimativa x gastos
reais do mês).

2. PORQUE QUASE TODOS ERRAM

Será tão difícil aprender planejamento financeiro? Na verdade, não. O planejamento financeiro familiar - que
também chamo de plano de independência financeira - não requer cálculos complexos nem grande habilidade
com números ou calculadoras. Boa parte das ferramentas necessárias ao planejamento pode ser obtida sem
custo e está pronta para ser usada em casa. Certamente, aqueles sem aptidão nem afinidade com números
sentirão maior dificuldade, mas garanto que será apenas no começo. Traçar um plano com objetivos claros,
segui-lo e acompanhar as metas aproximando-se é algo muito prazeroso. Muitos obstáculos de curto prazo são
relevados quando se perseguem objetivos maiores de longo prazo.

Ao longo do texto, há tabelas de cálculos e exemplos bastante úteis.

Mas, se manter um plano de independência financeira não é algo tão complexo, por que grande parte das
pessoas falha ao tentar pôr em prática essa regra?

Em primeiro lugar, há que considerar a tendência de cada indivíduo de colocar sua vida pessoal em segundo
plano, em razão de exigências profissionais.

Em segundo lugar, deve-se levar em consideração que a burocrática rotina de controlar gastos e traçar
estratégias não é tão prazerosa quanto comer, dormir, exercitar-se e fazer sexo. Finalmente, a terceira razão
que dificulta a construção de um plano de independência financeira é a sedução do dinheiro. É possível aprender
meios de se relacionar melhor com o dinheiro; o difícil é resistir às tentações que ele nos oferece. Se seus
objetivos de vida não forem claramente estabelecidos, será muito difícil abrir mão da possibilidade de adquirir um
item de consumo - roupas de grife, carro do ano, novas tecnologias, eletrodomésticos, entre outros - se vocês
tiverem dinheiro disponível pelo menos para o pagamento da entrada.

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3. DESPESAS DA FAMÍLIA

3.1. Os Tipos de Despesas e como Administrá-las.

Após realizar o levantamento do orçamento familiar e identificar os gastos desnecessários realizados no período,
é possível dividir as despesas efetivas em 3 grupos: fixas, variáveis e eventuais.

3.1.1. FIXAS - Define-se como despesas fixas aquelas que não vão sofrer grandes alterações pela sua
utilização maior ou menor.

3.1.2. VARIÁVEIS - Define-se como despesas variáveis aquelas que não dependes do uso e podem
oscilar muito de acordo com o mesmo.

3.1.3. EVENTUAIS - Já as despesas eventuais estão relacionadas com imprevistos, como o conserto
do carro ou de um eletrodoméstico, por exemplo, ou mesmo com algum plano de última hora,
como uma oportunidade de viagem com a família.

3.2. As Despesas Fixas

Não é por acaso que as despesas fixas são consideradas a base do orçamento familiar. Isso porque elas formam
o grupo de gastos mensais invariáveis, base para o início de qualquer planejamento eficiente. Nessas despesas
estão incluídos: o aluguel ou prestação do imóvel, condomínio, IPTU, educação dos filhos e plano de saúde, por
exemplo.

3.3. As Despesas Variáveis

Conforme visto anteriormente, as despesas variáveis são aquelas que podem sofrer grande oscilação de acordo
com a utilização. Se por um lado isso pode assustar na hora de programar o orçamento, por outro vale lembrar
que essa mudança no valor depende basicamente do seu consumo. Ou seja, o uso consciente e sem
desperdícios pode garantir que as despesas fiquem dentro do programado.

Nesse grupo podemos incluir: telefone, luz, água, gás, combustível e alimentação, por exemplo.

DICA: EVITE desperdícios! Essa postura deve ser adotada de forma permanente, independentemente da
economia doméstica. O uso consciente dos recursos como luz e água, por exemplo, além de reduzir os gastos
da família também demonstra o comprometimento com a sustentabilidade do planeta.

3.4. As Despesas Eventuais

O terceiro grupo de despesas, apesar de não ser constante, pode representar grande preocupação no
orçamento famliar. O que fazer, quando no final do mês, a geladeira queima e você precisa comprar uma nova?
Ou você precisa consertar o carro para viajar a trabalho?

Para não se desesperar nesse momento, a família deve guardar uma parte da renda para realizar uma espécie
de “poupança” para emergências. Assim, estará preparada para enfrentar as despesas eventuais. Também é
possível analisar as possibilidades de pagamento desse imprevisto.

4. POUPANÇA

4.1. Para dar certo deve ser encarada como Despesa Fixa

O planejamento real do orçamento também é pré-requisito para quem está pensando em investir e poupar
dinheiro. Isso porque é fundamental estar seguro e conhecer as metas que deseja alcançar. O investimento na
poupança, por exemplo, pode ter diversas finalidades: seja comprar um carro ou imóvel, poupar para
aposentadoria ou para a educação dos filhos.

É importante lembrar que existem diversos tipos de investimentos, considerados de risco ou não e também
prazos diferentes para cada objetivo.

No caso da compra do carro novo em três meses, por exemplo, não é recomendável um investimento em ações,
que são ativos mas arriscados por natureza. Também é necessário que o investidor conheça seu próprio perfil de
risco, pois há pessoas que não toleram bem a perda de dinheiro, mesmo que seja por um prazo curto, e outras
que convivem melhor com isso, apostando em ganhos futuros.

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DICA:

POUPAR - Requer regularidade e perseverança nos objetivos a serem alcançados. É importante incluir
um valor para contingências nas despesas fixas da casa e, alem disso, projetar um valor para a
poupança visando metas futuras e relevantes para todos. Investir em um plano de previdência se
encaixa perfeitamente neste conceito de compromisso com o futuro.

5. PLANO DE AÇÃO

5.1. Comece agora mesmo seu Planejamento Financeiro

Para ajudá-lo na árdua, mas gratificante, tarefa de administrar corretamente a vida financeira de sua família,
este curso preparou uma planilha para detalhamento de suas despesas fixas, variáveis e eventuais. É um bom
começo e o dever de casa que deixamos para sua reflexão sobre o assunto. Se você ainda não adquiriu este
bom hábito de conhecer suas necessidades e hábitos de consumo, é uma boa oportunidade de incluir esta
prática na rotina de sua família. Se você já faz isso de forma intuitiva aproveite para verificar se esta planilha não
pode ajudá-lo a aprimorar seu método de trabalho

5.2. Inicio do Planejamento Financeiro

Algumas pessoas pensam que o planejamento financeiro - que também chamo de projeto de independência
financeira - requer a ajuda de especialistas com elaboradas ferramentas de análise e capacidade de prever o
futuro. Essa é uma ficção decorrente da dificuldade que muitos têm em lidar com números e tabelas, pois a
educação financeira infelizmente ainda não é uma realidade nas escolas brasileiras em todos os níveis.

5.3. Controle de Gastos: dá para cortar ?

O primeiro passo para poupar é fazer sobrar dinheiro. Tenham certeza de que boa parte dos motivos para o fato
de não sobrarem recursos para poupar não está nos grandes gastos do orçamento. Está nos pequenos, aqueles
que fogem ao controle. Todos sabem quanto ganham e quanto pagam de aluguel, prestações, escola,
transporte, supermercado. Mas muitos se assustam no fim do mês, quando as contas entram no vermelho,
porque os pequenos gastos diários com padaria, feira, presentes, banca de jornal e outros somam-se e criam um
rombo no orçamento.

Passar a controlar esses gastos requer intensa disciplina durante um curto período de tempo, até que
comecemos a prestar mais atenção neles. Minha sugestão: ponham no papel todos os gastos que vocês tiverem
durante um mês. Sejam rigorosos, andem com uma folha de papel na carteira e anotem TUDO, das caixinhas
dadas ao "flanelinha" à moeda perdida no ônibus.
Aluguel/prestação da casa Telefone fixo Tarifas bancárias
Condomínio Telefone celular Plano de previdência
Escola Internet Tít. de capitalização
Plano de saúde TV a cabo Revistas e jornais
INSS (autônomos) Refeições Loterias
Combustível/ônibus Supermercado Caixinhas/gorjetas
IPTU + taxas municipais* Padaria Presentes
IPVA + seguro obrigatório* Feira Extras diários
Impostos Lavanderia Reservas**
Contribuição sindical Despesas médicas Troca de carro
Seguros* Remédios/farmácia Férias
Pensões e dízimos Vestuário Celebrações
Faxineira/empregada Diversão/lazer Educação
Energia Estética e higiene Água
Academia de ginástica Gás Mensalidade de clube

Com a planilha feita, discutam (juntos) o que está em excesso e decidam o que pode ser cortado. Se,

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aparentemente, não há o que cortar, estabeleçam metas para a redução de gastos. Alguns não podem ser cor-
tados, mas certamente há "gordurinhas" nos gastos com supermercado, feira, energia ou água. As economias
serão pequenas, mas a soma dessas pequenas economias pode concretizar seu plano de independência finan-
ceira. Mais adiante, na seção "Onde economizar ?", apresento algumas sugestões para a redução de gastos no
orçamento que nem sempre são óbvias.

Imponham limites a cada categoria de gastos e sigam esses limites com precisão. Incluam em sua planilha a
meta mensal de investimentos, não importa se vocês optarem por um valor mensal ou por um percentual do
salário. E paguem-se primeiro, isto é, poupem o valor mensal previsto assim que receberem o salário! Os
investimentos passarão a ser a prioridade número 1. Todas as demais contas devem adequar-se ao projeto de
independência financeira do casal. 0 aluguel aumentou com a inflação? É hora de apertar os cintos, e não de
comprometer o plano traçado. Será melhor sofrer alguns poucos meses até o dissídio ou o décimo terceiro
salário que padecer durante toda a velhice com privações.

6. CONSUMO

Pense rápido: o que é consumo? A palavra é bem conhecida de todos e, seguramente, tem algum significado
para você. Consumir implica em um processo de seis etapas que, normalmente, realizamos de modo automático
e, mais ainda, muitas vezes impulsivo. O mais comum é as pessoas associarem consumo a compras, o que está
correto, mas incompleto, pois não engloba todo o sentido do verbo. A compra é apenas uma etapa do consumo.
Antes dela, temos que decidir o que consumir, por que consumir, como consumir e de quem consumir. Depois de
refletir a respeito desses pontos é que partimos para a compra. E após a compra, existe o uso e o descarte do
que foi adquirido.

O consumo é um dos nossos grandes instrumentos de bem estar, mas precisamos aprender a produzir e
consumir os bens e serviços de uma maneira diferente da atual, visto que o modelo hoje utilizado de produção e
consumo contribuiu para aprofundar alguns aspectos da desigualdade social e do desequilíbrio ambiental. Mas
as coisas não precisam ser assim e existe um enorme potencial para que o consumo que nos trouxe a essa
situação, se exercido de outra forma, nos tire dela.

6.1. Consumo Consciente

Bem, agora que você já sabe que muitos dos nossos atos são atos de consumo e que eles impactam a sua vida
e as condições da vida no planeta, chegou a hora de saber como você pode usar suas escolhas de consumo
para ajudar a construir um mundo social e ambientalmente melhor. O caminho passa pela adoção do consumo
consciente. E o que é consumo consciente? É consumir levando em consideração os impactos provocados pelo
consumo. Explicando melhor: o consumidor pode, por meio de suas escolhas, buscar maximizar os impactos
positivos e minimizar os negativos dos seus atos de consumo, e desta forma contribuir com seu poder de
consumo para construir um mundo melhor. Isso é Consumo Consciente. Em poucas palavras, é um consumo
com consciência de seu impacto e voltado à sustentabilidade.

6.2. O quer fazer - dicas

1°. Economize no banheiro

2°. Elimine os vazamentos

3°. Confira o seu relógio de água (hidrômetro)

4°. Não deixe uma torneira pingando

5°. Escove os Dentes com a torneira fechada

6°. Diminua o tempo de banho

7°. Faça economia com a geladeira

8°. Economize energia ao lavar e passar a roupa

9°. Ilumine sua casa sem desperdício

10°. Use o ar-condicionado com moderação

11°. Gaste menos combustível com o carro

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7. INDEPENDÊNCIA FINANCEIRA: O FUTURO GARANTIDO

Um dos momentos críticos da vida profissional é aquele em que se começa a sentir sinais de esgotamento em
relação à carreira. Muitos conquistam a renda desejada abrindo mão da satisfação pessoal e passam anos
trabalhando assim. O salário é uma boa indenização, afinal. Mas a idade avança, o pique não é o mesmo, e tudo
que esses profissionais queriam na vida seria poder "reduzir o ritmo".

Certamente vocês já ouviram comentários desse tipo. O drama é que a grande maioria das pessoas não pode se
dar a tal luxo, pois são escravas de sua renda. Se pararem de trabalhar ou sofrerem redução de salário em uma
eventual mudança de emprego, não conseguirão manter o padrão de vida. E a sonhada aposentadoria passa a
ser adiada cada vez mais. A insatisfação faz a saúde deteriorar-se rapidamente. Muitos chefes de família perdem
a vida por não agüentar esse sofrimento.

Felizmente, é possível mudar o quadro. Se vocês decidirem não contar mais com a sorte e encarar a
possibilidade de enriquecer por escolha, de forma planejada, poderão ter um futuro muito mais próspero em
todas as fases da vida. Nem todos os problemas podem ser prevenidos ou evitados, mas vocês podem, hoje,
escolher pelo menos não ter dificuldades financeiras, que muitas vezes desencadeiam outros tipos de problema.

A sensação de riqueza se mede pelo estado de espírito, e não pela conta bancária. É rico quem tem uma vida
feliz, saúde para vivê-la e também uma renda garantida para manter essa felicidade conquistada ao longo da
existência. E a felicidade se constrói com escolhas - inclusive do padrão de consumo que se deseja ter.

A riqueza com abundância financeira é algo que pode ser construído com um plano de objetivos. A fórmula da
abundância financeira é simples:

Gastem menos do que vocês ganham e invistam a diferença. Depois reinvistam seus retornos até atingir uma
massa crítica de capital que gere a renda que desejam para o resto da vida.

A economia brasileira oferece ao investidor a oportunidade de tirar proveito dos juros elevados, desde que tome
o cuidado de corrigir os valores pela inflação. Em muitos países desenvolvidos, os investimentos não remuneram
mais que 3% ao ano, enquanto no Brasil obtemos facilmente 8% após o desconto da inflação. Alguns preferem
investir suas economias em empreendimentos próprios que rendem mais, e isso é ótimo! Mas, para formar
recursos suficientes para abrir o próprio negócio, é preciso primeiro acumular, e os fantásticos juros dos
investimentos no nosso país encurtam bastante os prazos de acumulação.

84
ESCATOLOGIA

85
INTRODUÇÃO

Sendo a Escatologia o “Estudo das Últimas Coisas” a principal fonte de pesquisa é a Bíblia Sagrada. Porém a
Bíblia não registra os acontecimentos na ordem exata e isto têm causado não pouca confusão. O pregador
desatento pode fazer um grande seleuma em uma pequena mensagem, colocando para a Igreja fatos que são
para Israel e vice-versa.

Nem sempre existe consenso entre os historiadores apesar de estudarem fatos passados da humanidade.
Também não há consenso entre alguns teólogos sobre acontecimentos futuros. Ora, se para acontecimentos
passados, que existem provas, material de pesquisa e tantas outras coisas para estudar não é fácil haver
consenso, imagine se será fácil haver acordo sobre alguma coisa que ainda nem aconteceu.

Para um bom entendimento da escatologia é preciso muito estudo da Palavra, muita atenção e ajuda do Espírito
Santo para que tudo possa ser colocado de maneira clara e convincente.

Com certeza não conseguiremos através desta simples apostila tirar todas as dúvidas, eliminar todos os
problemas escatológicos, mas de qualquer forma tentaremos fazer com que o leitor, possa entender um pouco
mais desta matéria tão proveitosa e sublime que é a Escatologia Bíblica.

1. DISPERSÃO E REGRESSO DE ISRAEL


1.1. DISPERSÃO:
Que Israel é o povo escolhido por Deus não há sombra de dúvida, entretanto o povo escolhido pelo Senhor
Jeová nem sempre escolhera ao Senhor Jeová como seu Deus. Deus já havia dito através de Moisés quando
escreveu Levítico no cap. 26.14,15 que se eles não ouvissem ao Senhor, se rejeitassem os estatutos do Deus de
Israel, seriam espalhados por toda a terra por causa dos pecados deles. Nos versículo 33 e 34 do mesmo
capítulo vemos o Senhor reafirmando tal propósito.
Passou-se o tempo e os israelitas continuaram em sua iniquidade, desviaram-se dos caminhos do Senhor,
fizeram coisas desagradáveis ao Senhor Jeová. O profeta Jeremias também usado por Deus profetizou: “farei de
Jerusalém montões de pedras, morada de chacais, e das cidades de judá farei uma assolação de sorte que
fiquem desabitadas”(Jr 9.11). No versículo 16 diz o Senhor: “Espalhar-los-ei entre as nações que nem eles nem
seus pais conheceram, e mandarei a espada após eles até que venha consumi-los”. 580 anos depois, o próprio
Senhor Jesus Cristo também os alertou (Lc 21.20-24) sobre tão terrível acontecimento que se deu no ano 70
d.C., quando Israel, naquela vontade de se verem livres da opressão dos romanos, resolveram rebelar-se e
tentar adquirir a sua independência pela força. Não conseguiram!
O general Tito no mesmo ano 70 entrou em jerusalém, e venceu o pequeno exército judeu. Morreram muitos
romanos, porém o general Tito recebeu um reforço, e esse reforço - segundo relata Flávio Josefo em seu livro
“História dos Hebreus, foi crucial para a vitória dos romanos sobre os judeus. Tão grande foi o sofrimento dos
judeus que eles tiveram que sair de Jerusalém, fugir de sua terra. E aí deu-se o cumprimento de todas as
profecias sobre a dispersão de Israel. Começaram a ir para os países mais próximos, e dali para mais longe, até
que se espalharam por todo o mundo. Hoje dificilmente há um país que não tenha um judeu ali nascido ou
radicado.
Passaram-se os anos e Israel deixou de existir no mapa, como nação, pois uma nação só é reconhecida quando
existe povo, idioma e uma terra para morar. O judeus apesar de terem idioma e serem um povo numeroso, não
podiam ser considerado um estado, para tal é preciso ter povo, idioma e uma terra para morar.
Os judeus passaram quase 2000 anos longe de sua terra, a terra que Deus havia prometido a Abraão, Isaque e
Jacó que daria a eles e à sua descendência, agora estava por eles desabitada. Em todos os países onde
moraram os judeus sofreram, progrediram é evidente, porém sofreram muito por causa de seu monoteísmo, de
sua religião, seu Deus, mas sofreram em consequência de sua desobediência ao Senhor Jeová.
Graças a Deus que os profetas também vaticinaram o retorno de Israel à sua terra. Diz Deus em Isaías cap.
11.12: “... levantará um estandarte entre as nações, e ajuntará os desterrados de Israel, e os dispersos de Judá
ajuntará desde os quatro confins da terra”. E em Jeremias 24.6 : “Porei os meus olhos sobre eles para o seu
bem e os farei voltar à esta terra, edificá-los-ei e não os destruirei, plantá-los-ei e não os arrancarei”.
Encontramos registrado em Ezequiel 37 a visão do vale de ossos secos. Nos versículos 4,5,6, Deus diz a
Ezequiel: “Profetiza sobre estes ossos e dize-lhes: ossos secos, ouvi a palavra do Senhor, assim diz o Senhor a
estes ossos: farei entrar em vós o espírito e vivereis, porei nervos sobre vós, farei crescer carne sobre vós, e
sobre vós estenderei pele, porei em vós o espírito e vivereis, então sabereis que eu sou o Senhor”. O profeta fez
como deus lhe mandara, profetizou e vieram então todos os ossos, fazendo barulho, juntando-se peça à peça,
cada um procurando a sua parte, até que o vale encheu-se de esqueletos. Mas ainda não tinham vida. Vieram
em seguida os nervos. Nesta parte cremos se tratar da restauração física de Israel. Logo após Deus diz: “Sobre
vós estenderei pele...” A pele é a aparência exterior. Tudo isso é a restauração física de Israel.

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1.2. Restauração física de Israel: ( Ez 37.6)
E os ossos se ajuntaram – No vers. 7 está escrito que houve um barulho. Podemos dizer que a criação do
novo estado judeu em 1948 pela ONU, bem como todo movimento sionista iniciado em 1897 por Teodoro
Herzl, e o sentimento de unificação e repatriamento que moveu os judeus de todos os países, é exatamente
o ajuntamento dos ossos secos. Quando Osvaldo Aranha, presidente da ONU na época, assinou o
documento que criava o novo estado , aí estava formado o esqueleto do novo Israel, pois só existia no
papel.
Porei nervos sobre vós... – Nervo lembra movimento, coordenação, ação, intelecto. De certo modo
podemos afirmar que trata-se da criação do governo do governo humano de Israel como nação (presidente,
forças armadas e toda organização política).
Farei crescer carne...- Cremos tratar-se dos judeus que regressaram à sua terra, o povo que precisava ser
comandado pelos nervos que é o governo.
E sobre vós estenderei pele...- A pele é a aparência exterior, é como somos vistos, a cor de nossa pele,
como ela realmente é. É a primeira impressão. Israel precisava de governo, precisava da carne que é o
povo, porém precisava de uma aparência, ou seja: ser reconhecido novamente como nação, voltar a existir
no mapa, e tudo isso aconteceu, graças a Deus!
Hoje os olhos do mundo estão voltados para Israel e para Jerusalém, Israel sempre
está nas manchetes dos jornais, e a aparência que temos deste país é de um país vencedor, aguerrido, sofredor
mas que não desiste, batalhador e que sempre consegue se impor no meio de seus inimigos.

1.3. Restauração espiritual ( Ez 37.6)


Porei em vós o espírito e vivereis. - Isto significa o conhecimento de Deus que Israel em grande parte ainda
não o tem, pois este conhecimento de Deus implica em também conhecer a seu Filho Jesus Cristo. Cremos que
esse conhecimento total de Deus se dará apenas durante o Milênio.

1.4. Regresso:
O cumprimento das profecias sobre o regresso de Israel teve início em 1897 com o movimento sionista iniciado
por Teodoro Herzl. Em 1948 Israel foi proclamado pela ONU (Organização das Nações Unidas) como estado,
cumprindo-se a profecia de Isaías ( Is 60.4,8).
A figueira está brotando – Após seu regresso Israel cresceu assustadoramente em todos os aspectos:
• Crescimento numérico: A população cresce 35% mais depressa que as outras nações.
• Crescimento territorial: Com as guerras de 1965-1967-1973, eles conseguiram estender suas fronteiras.
Num país cercado de inimigos, 100 milhões de árabes, para um país menor que o estado de Sergipe,
isto só foi possível com a intervenção divina.
• Crescimento político: A bandeira de Israel está tremulando entre as demais nações do mundo.
• Crescimento econômico: O mar morto está alarmando os cientistas com riquezas, o deserto do
Neguebe está se transformando em pomar.

Apesar das guerras constantes, Israel se evoluiu rapidamente – tecnologicamente, industrialmente, na área da
saúde e também na área militar, possuindo uma estrutura muito bem organizada em suas forças armadas.

2. O ARREBATAMENTO DA IGREJA
“Porque Deus não nos destinou para a ira, mas para a aquisição da salvação por nosso Senhor Jesus Cristo.” I
Ts 5.9
Arrebatamento – Deriva da palavra raptus em latim, significa: “arrebatado rapidamente e com força.” Raptus
equivale a harpazo em grego (arrebatado). Jesus virá ainda uma vez. E esta Segunda vinda vinda está dividida
em duas partes.
2.1. Primeira parte:
2.1.1. Invisível - ( I Ts 4.17; I Co 15.51,52). Nenhum ímpio terá o privilégio de ver o encontro da Igreja
com seu noivo.
2.1.2. Como relâmpago – ( Lc 17.24). O arrebatamento se dará numa rapidez tremenda e
incalculável.
2.1.3. Será antes da Grande Tribulação – (I Ts 5.9).

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2.2. Segunda parte:
Visível – ( Cl 3.4; At 1.10,11). Nesta fase Jesus virá para implantar o reino milenial (Ap.19.11; 20.1-6), por
isso todos verão (Ap 1.7).

2.3. Participantes:
2.3.1. Jesus – I Ts 4.16
2.3.2. Arcanjo – I Ts 4.16: Dn 12.12
2.3.3. Os mortos em Cristo – Lc 24.39; At 7.55,56 – Assim como Cristo ressuscitou corporalmente,
também os crentes salvos ressuscitarão.
2.3.4. Os vivos preparados – I Ts 4.17.

3. A GRANDE TRIBULAÇÃO

“Pois haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem haverá
jamais.” Mt 24.21

“Quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa
redenção está próxima.” Lc 21.28

Deus trará um grande e terrível julgamento sobre a terra e principalmente sobre os judeus. O conjunto desse
terrível julgamento chama-se “Grande tribulação”.

Tribulação – Em grego é thilipsis = Colocar uma carga sobre o espírito das pessoas. Em latim é tribulum = Afligir
,pressionar.

A grande tribulação não é para a Igreja, pois a mesma já terá sido arrebatada, e estará guardada com Cristo ( Ap
3.10).

Mas o que vem a ser mesmo a grande tribulação? A grande tribulação é o período do juízo derramado por Deus
sobre a terra, em 3 séries: 7 Selos, 7 Trombetas e 7 Cálices da ira de Deus (Ap 6-19).

Vejamos alguns fatos que se darão durante a Grande Tribulação:


• Intensa aflição, Mt 24.21

• Angústia inédita para Israel, Dn 12.1; Jr 30.7

• Derramamento da Ira Divina, Ap 6.16,17; Dn 8.19; Sf 1.7

• Manifestação do juízo de Deus, Rm 2.5

• Será um grande e mui terrível dia, Jl 2.11; Sf 1.14,16

• Hora da provação, Ap 3.10

• Será o dia da vingança do Senhor, Is 63.4; Jr 50.15; Mq 5.1

3.1. Quando ocorrerá?


3.1.1. A Grande Tribulação será uma série de acontecimentos que terão lugar entre o arrebatamento da
Igreja e a revelação pessoal de Jesus Cristo(Mt 24.21).
3.1.2. Um dos propósitos é trazer conversão ao povo de Israel, porque parte dele se converterá e entrará
com o Messias no reino milenial ( Ml 4.5,6). Porém Deus trará juízo sobre toda a terra ( Jr
25.32,33; Is 26.21).

3.2. Quanto tempo durará?

Durará uma semana de anos ( Dn 9.27), será dividida em duas etapas de 3 1/2 anos. A Grande Tribulação
propriamente dita será a Segunda parte.

7 anos da Grande Tribulação é a última semana profética de Daniel ( Dn 9.24-27).

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3.3. As 70 Semanas de Daniel
As 70 semanas de Daniel são divididas em 3 períodos:
3.3.1. Primeiro período – 7 semanas ( 49 anos). Iniciou no reinado de Atarxerxes (445 a.C.), quando
ordenou a reconstrução do templo ( Ne 2.1,5,8; Dn 9.25). Terminou no dia da reinauguração.
3.3.2. Segundo período – 62 semanas (434 anos). Refere-se ao fim do AT até a chegada do Ungido,
o Messias. Terminou em 32 d.C., quando Cristo o Ungido foi rejeitado e morto pelos judeus.
Total = 483 anos
3.3.3. Terceiro período – 01 semana. ( 7 anos). É o período da Grande Tribulação.

Entre a semana 69 e a 70 há um espaço de quase 2000 anos, este é o tempo dos gentios.

3.4. O que acontecerá durante a grande tribulação?


3.4.1. A ira de Deus será derramada sobre a terra, Ap 6.16,17; 16.1
3.4.2. Haverá um grande incêndio sobre a terça parte da terra, Ap 8.7
3.4.3. Morrerá a 3a parte da criação do mar, Ap 8.9
3.4.4. Os homens serão feridos gravemente, ( abertura do poço do abismo e saída de seres terríveis
por cinco meses), Ap 9.5
3.4.5. As águas tornar-se-ão amargas, Ap 8.11
3.4.6. Morrerá a 3a parte da população do mundo, Ap 9.18
3.4.7. Haverá completa operação da iniquidade, 2 Ts 2.7,10
3.4.8. Enfraquecerá a luz dos corpos celestes, Ap 8.12
3.4.9. Duas testemunhas serão martirizadas, Ap 11.7
3.4.10. Haverá um terremoto, Ap 11.13
3.4.11. Morte de toda alma vivente no mar, Ap 16.3
3.4.12. O Anticristo fará uma aliança hipócrita com Israel, Jr 30.7; Dn 12.7
3.4.13. O pacto será rompido na metade da semana, Dn 9.27
3.4.14. Serão tocadas sete trombetas, símbolo do poder de Deus:

1a- Ap 8.7 / 2a – Ap 8.8 / 3a - Ap 8.10 / 4a – Ap 8.12 / 5a – Ap 9.1. 6a – Ap 9.13 / 7a – Ap


11.15.

Devemos lembrar que durante a grande Tribulação a morte estará presa somente durante o juízo da 5 a trombeta,
para se cumprir o intento de Deus.

Paira uma certa dúvida na mente de muitas pessoas, sobre o processo da salvação durante a Grande
Tribulação, muitos crêem que não haverá. Porém, encontramos na Bíblia muitas referências sobre o assunto que
deletam quaisquer dúvidas. ( Ap 7.14; Ap 6.9-11; 12.17;15.2,3; 20.4; Jl 2.31,32)

4. O TRIBUNAL DE CRISTO E AS BODAS DO CORDEIRO

4.1. O Tribunal de Cristo

Após o rapto a Igreja será conduzida ao Tribunal de Cristo. Todos os crentes, fiés de todas as épocas , reunir-
se-ão para prestação de contas. É bom lembrarmos que não é o Trono Branco, nem o Julgamento das nações.
Também não é para condenação, e sim para recompensar a cada um segundo o que fez para o Senhor.

Enquanto isso acontece na terra a Grande tribulação.

Não há na Bíblia texto específico que declare o lugar do Tribunal. Com certeza não será no Céu, porque só após
o comparecimento ante ao Tribunal de Cristo é que a noiva subirá para as bodas ( Ap. 19.6-9).

No Tribunal de Cristo não serão julgados os pecados dos crentes, pois os mesmos já foram perdoados e
esquecidos ( I Jo 1.7; Hb 8.12; Mq 7.19).

89
Não será julgada a pessoa do crente, mas as suas obras ( I Co 3.8-15)

Cabe a cada crente procurar servir ao Senhor com alegria e santo temor, de modo que as obras de cada um
seja provada e aprovada.
4.2. Perda de recompensa
Nós fomos comprados pelo sangue de Jesus e não somos mais de nós mesmos, mas de Deus, para fazer a
vontade dEle (II Co 5.10). Entretanto, as obras feitas por impulso carnal, e para a ostentação da carne, não
suportarão o calor do fogo de Deus. Por mais bonitas que sejam, serão reprovadas (I Co 3.13,14).
O julgamento das obras perante o Tribunal de Cristo, mostrará como administramos nossos bens, dons, dádivas,
nossa vida, amigos, dotes, talentos, enfim, tudo o que recebemos.

4.2.1. Obtenção de recompensa


Encontramos várias referências no Novo Testamento que nos mostram que tipo de recompensa, ou de
premiação será entregue por Cristo o Justo juiz. Estas recompensas são representadas por coroas, como segue:

• Coroa da vitória – ( I Co 9.27)

• Coroa de justiça – ( II Tm 4.7,8)

• Coroa da vida – ( Ap 2.10; Tg 1.12)

• Coroa de glória – ( I Pe 5.2-4)

Obs: A coroa de gozo que Paulo fala em I Ts 2.19 e Fp 4.1, são os crentes ganhos pela sua pregação.

4.3. As Bodas do Cordeiro


“Regozijemo-nos, e exultemos, e demos-lhe a glória! Pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já a sua noiva
se aprontou”. (Ap 19.7)
4.3.1. O lugar das Bodas - Se atentarmos para os textos de Apocalipse 19.1 e 21.9, entenderemos que
o lugar mais apropriado ou adequado para esse acontecimento é o céu.
4.3.2. Os participantes - Serão os salvos de todas as raças, tribos e nações (Ap 19.7-9; Mt 25.1-13).

5. A BATALHA DO ARMAGEDON
“Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedon.” (Ap 16.16)
Armagedon no grego é Harmagedon, significa “Vale de Megido” ou “Montanha de Megido”. No tempo de Josué
Megido foi uma fortaleza cananéia ( Js 12.21).
Geograficamente tem formato triangular, porém pela sua extensão e aspecto, é preferível qualificá-lo como
planície.
Sua entrada está no porto de Haifa. Armagedon ou Megido era nome de cidade ( hoje Al Lejjun). Os judeus
chamam de planície de Jezreel. Vai do monte Tabor até junto do monte Carmelo.
Vários personagens foram ali derrotados:
• Sísera ( Jz 5.8,31)
• Acazias ( II Rs 9.27)
• Josias ( II Rs 23.29,30)
• Saul e seus filhos ( I Sm 291-11: 31.1).

5.1. Como Iniciará a batalha

“Eis o grito dos teus atalaias! Eles erguem a voz, juntamente exultam; porque com seus próprios olhos
distintamente vêem o retorno do Senhor a Sião.” (Is 52.8).

Quando Jerusalém estiver cercada de exércitos das nações que se levantarão a favor da Besta, e os judeus
estiverem sem mais qualquer esperança de salvação, a ponto de serem tragados pelo inimigo, então clamarão
angustiados a Deus. É nessa situação crítica de Israel que o Senhor Jesus descerá em seu socorro, sobre o
monte das oliveiras, em Jerusalém.

90
Muita gente tem uma compreensão totalmente errada sobre a batalha do Armagedom. Os tais ensinam que tal
batalha será apenas um conflito entre o bem e o mal, sem qualquer realidade literal, porém a Palavra de Deus é
enfática sobre este assunto:

“... contra ela (Jerusalém) se ajuntarão todas as nações da terra” ( Zc 12.3).

“ Então sairá o Senhor e pelejará contra essas nações, como pelejou no dia da batalha” (Zc 14.2).

Logicamente a idéia de que alguém se atreva a lutar literalmente contra Deus como
se Ele fosse um de nós, e como se Ele pudesse ser atingido pelo homem e suas armas é absurda. Porém nesse
tempo de apostasia total, os homens estarão tão enganados pelo Diabo que cometerão a loucura de
concentrarem suas forças em Israel para destruir aquele povo e lutar contra Deus (Ap 16.13-16).

5.2. Seara da Terra X Vindima da Terra

Devemos Ter todo cuidado para não confundir a Seara da terra com a Vindima da terra ( Ap 14.15,19).

Seara é a plantação de cereais, principalmente o trigo, e no texto de Apocalipse representa Israel.

Vindima é a colheita dos frutos da vide, ou seja: uvas. As uvas representam os ímpios inimigos de Deus, que
serão pisados no “lagar” de sua ira. O Senhor Jesus pisará o lagar de sua ira sozinho ( Is 63.1-6). Tanto a
“seara” quanto a “vindima” apontam para a batalha do “Grande Dia do Deus Todo-poderoso”.

Lagar é nome profético de Armagedon. Em hebraico (harmagedon) significa,”derrubar”, “Matar”, “Decepar”.


Significa também, “Abater ao alto”.

Será nessa ocasião que Jesus virá corporalmente assim como para o céu subiu e lá se encontra como homem
perfeito( At 1.11; Ap 1.13; I Tm 2.5; Lc 24.39).

Também será nesse tempo que o remanescente judaico, expurgado e arrependido, reconhecerá a Jesus como
seu Messias Redentor prometido, e em escala nacional O aceitarão, chorando ( Is 4.3; 59.20,21; 60.21; Zc
12.10-14; Rm 9.27; 11.25-27). A profecia de Oséias 6.2 por certo refere-se à duração do pranto e subsequente
conversão de Israel.

6. JUÍZO DAS NAÇÕES


“Todas as nações se reunirão diante dele, e ele apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as
ovelhas” ( Mt 25.32).
Não podemos esquecer que o julgamento é de nações, não de indivíduos. Esse julgamento será para determinar
quais as nações que terão parte no milênio ( Zc 14.16), e as que não terão ( Is 65.11-15).
Fatos:
• O Senhor Jesus descerá para socorrer Israel sobre o Monte das Oliveiras, em Jerusalém, num
momento de situação crítica para os judeus, como registra a oração do profeta Isaías (Is 64.8-12)
• Este retorno do Senhor será visto ( Is 52.8; Mt 24.30).
• A população da terra estará muito reduzida. O julgamento das nações descritos em Mateus 25.31-
34,41,46, será apenas a consumação daquilo que já começou bem antes, sob selos, trombetas e taças
de juízos divinos.
• Jesus falou sobre o juízo em Mateus 24.22. Deus é misericordioso ( 2 Co 1.3), mas também é fogo
consumidor ( Hb 12.29).
• O julgamento das nações terá início com a Tribulação. O trono de juízo de Cristo, em Mateus 25.31,32,
é apenas a consumação desse julgamento.
6.1. O que acontecerá antes do julgamento das nações:
6.1.1. Destruição sobrenatural dos exércitos de Gogue, onde multidões serão eliminadas ( Ez 38.18-22;
39.11,12; Jl 2.20)
6.1.2. Juízo sob o 4o selo. Morrerá a Quarta parte da população da terra. ( Ap 6.8).
6.1.3. Juízo sob a 3a trombeta ( Ap 8.11). Não sabemos quantos morrerão.
6.1.4. Juízo sob a 6a trombeta ( Ap 9.15,18). Morrerá 1/3 da população.
6.1.5. Juízos sob a 7a taça ( Ap 16.17-21). Não sabemos quantos morrerão. Será o maior terremoto da
história.

91
6.1.6. Morte entre os judeus ( Zc 13.8,9).
6.1.7. A revelação de Cristo- Pela sua palavra grandes massas perecerão ( Is 66.16; Ap 19.15,21)
6.1.8. Os que restarem entrarão no reino milenial de Cristo ( Zc 14.16; Jl 2.30-32; Is 4.23)

Antes de iniciar seu governo milenar, Jesus julgará as nações. Ele falou acerca disto em uma parábola profética,
registrada em Mateus 25.31-46. Este julgamento também não pode ser confundido com o Juízo Final, que
acontecerá somente após o término do Milênio ( Ap 20.11-15).

A Bíblia fala pouco acerca deste julgamento. As nações comparecerão perante Jesus, talvez através de seus
representantes legais. Estará em juízo o modo como os povos trataram Israel. Em Gênesis 12. 3, Deus havia
prometido que abençoaria os que abençoassem os descendentes de Abraão, e amaldiçoaria os que os
amaldiçoassem. Jesus na parábola de Mateus( Mt 25. 40,45), chama Israel de “meus pequeninos irmãos”. De
fato eles são irmãos de Cristo segundo a carne, para os quais o Filho de Deus veio ao mundo( Jo 1.11). Neste
tribunal, será revelado o que foi feito a favor e contra os judeus.

7. IMPLANTAÇÃO DO REINO MILENIAL


7.1. O que é o Reino Milenial de Cristo?
É o reinado de Cristo na terra, por mil anos ( Ap 20.1-6), é um período de preparação da terra para o Estado
Perfeito e Eterno. O Milênio também é chamado de Dispensação do Governo Divino.
O termo “milênio” significa literalmente mil anos, o termo deriva do grego “CHILLIAD” e do latim “MILLENIUM’.
Durante o milênio Satanás será amarrado e lançado no abismo.
7.2. Correntes de interpretações quanto ao Milênio.
Existem três correntes interpretativas quanto ao milênio:
a) Pós-Milenista – Ensina que Jesus virá após o Milênio, e que esse período será uma extensão da
dispensação da igreja, de acordo com este conceito, satanás será preso depois do milênio, e então
Cristo virá. Esta interpretação entra em choque com as Sagradas Escrituras.
b) Amilenista – Os defensores dessa doutrina ensinam que satanás foi preso desde o calvário e está
inoperante durante toda a dispensação da igreja. Esta corrente é pior, ela ignora o milênio.
c) Pré-milenista- Esta escola interpreta os capítulos 19 e 20 de Apocalipse na seqüencia indicada na
Bíblia, isto é: que Cristo voltará antes do Milênio, no fim da Grande Tribulação, quando julgará as
nações no vale de Josafá, e só então começará seu reinado de mil anos ( Jl 3.1,2; Mt 25.31,32). Esta
interpretação está de acordo com as Escrituras.
7.2.Fatos sobre o Milênio
A criação aguarda ( Rm 8.19-23)
• Também é muito aguardado pelo povo israelita ( Lc 2.35; At 1.6,7)
• No milênio a impiedade, incredulidade e a rebelião não serão toleradas como no tempo da
graça ( Is 60.12; Zc 14.16,17)
• A fertilidade do solo será maravilhosa ( Am 9.13,14; Is 35.1,6,7).
• Haverá um período de reconstrução ( Is 58.12; Ez 36.15)
• Os benefícios solares serão acrescentados . Jerusalém e as cidades circunvizinhas serão
iluminadas, não somente pelo sol e a lua, mas pela presença de Deus ( Is 4.5; 30.26).
• A vida humana será prolongada- ( Is 65. 20-22; Mq 4.4)
• Haverá mudanças no reino animal – ( Is 11.6-8; 65.25)
• Prevalecerá a paz e a justiça em toda terra- ( Mq 4.3; Zc 9.10; Is 9.6). Jesus é o Príncipe da
Paz

Os fatos acima relacionados abrangem a esfera material do Reino de Cristo. Mas na esfera espiritual ocorrerá
também grandes mudanças, vejamos algumas delas:

7.2.1. O Rio Milenial – ( Ez 47.1-12; 14.8). O rio registrado nestas passagens é um rio literal que sai de
baixo do altar do templo restaurado, desembocando no Mar Morto. Por esta causa as águas do
Mar Morto tornar-se-ão saudáveis e haverá um grande número de peixes.

7.2.2. Haverá pleno conhecimento de Deus ( Zc 8.22,23; 14.16,17; Jr 31.34; Mq 4.2; Is 66.23). Nesse
tempo a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar

92
7.2.3. Haverá grande derramamento do Espírito – ( Jl 2.28;At 2.27), O derramamento do Espírito no dia
de pentecostes foi parcial, porém no Milênio o derramamento será Pleno.

7.2.4. A glória do Senhor se manifestará sobre a cidade de Jerusalém (Is 2.2; 4.5; Zc 8.3

Ez 43.12; Mq 4.1). A Santa c idade, morada dos remidos, a Jerusalém celeste descerá e pairará sobre a
Jerusalém terrestre, a glória e o esplendor da Jerusalém celeste alumiará a Jerusalém terrestre, que será
chamada de o Monte Santo.

7.3. Os povos do Milênio


7.3.1. Os crentes glorificados, ou seja: a igreja em seu estado espiritual. Que não estará limitada à terra
( Fl 3.20;1Jo 3.1,2; Cl 3.4; 2Co 4.17; Rm 8.18,19)

7.3.2. Os fiés martirizados. ( Ap 20.4) Eles ressuscitarão e reinarão com Cristo.

7.3.3. Os judeus saídos da grande tribulação. Os gentios poupados no julgamento das nações.

7.3.4. Os que nascerem durante o Milênio.


Obs: Para a Igreja não haverá procriação, pois todos seremos como anjos de Deus (Mt 22.30).

8. O JUÍZO DO TRONO BRANCO


“Então vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se livros. Abriu-se outro livro,
que é o da vida. Os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas no nos livros, segundo suas obras”
( Ap 20.12).
8.1. Os ímpios falecidos em todas as épocas, ressuscitarão com seus corpos literais e imortais, porém
carregados de pecado ( Mt 10.28; Ap 20.11-15).
8.2. Será um julgamento para aplicação de sentença, pois já estão condenados ( Jo. 3.18).
8.3. Será depois do milênio, logo após a Segunda ressurreição.
8.4. O trono é branco porque representa pureza e imparcialidade do Justo Juiz Jesus Cristo ( At 10.38,42).
Nesse processo de julgamento não será necessário a presença de um promotor ou acusador, como
nos tribunais atuais, pois cada um será julgado segundo as suas obras ( 1 Pe 1.17;Tg 2.13).
8.5. Durante o julgamento serão abertos os livros do céu (Ap 20.11,12), são eles:

• Livro da Consciência – Rm 2.15;9.1

• Livro da Natureza – Jó 12.7-9; Sl 19.1-4;Rm 1.20

• Livro da Lei – Rm 2.12; Rm 3.20

• Livro do Evangelho – João 12.48;Rm 2.16

• Livro da Memória – Lc 16.25; Mc 9.44; Jr 17.1

• Livro dos Atos de cada um – Ml 3.16;Mc 12.36; Lc 12.7

• Livro da Vida – Sl 69.28; Dn 12.1; Lc 10.20; Fp 4.3; Mt 7.22,2

Aquele que passar pelo juízo do trono branco não será absolvido em hipótese alguma. Após a realização de
todos os livros acima relacionados, o Senhor permitirá que seja aberto o Livro da Vida apenas para não deixar
nenhuma dúvida quanto a condenação do julgado.

93
CONCLUSÃO

Depois do Juízo do Trono Branco, haverá novo céu e nova terra. Não haverá mais distinção entre judeu, gentio
ou Igreja. As nações andarão na luz do Senhor, pois ele mesmo será a lâmpada. No desenrolar de todos esses
acontecimentos escatológicos, somente um povo terá o privilégio de gozarem paz, alegria e satisfação: a Igreja ,
a noiva do Cordeiro, porque durante a Grande Tribulação a Igreja não estará nesta terra, durante o Juízo das
Nações a igreja estará somente presenciando a vitória de Cristo sobre as nações ímpias. Durante o milênio e o
Juízo do Trono Branco a Igreja estará glorificada, e, após tudo isso a Igreja desfrutará do Estado Eterno ( Ap
22.5).

94
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL (EBD)

95
INTRODUÇÃO
A falta de um bom ensino na Escola Bíblica Dominical é que existe muitos crentes raquíticos, sem o
devido crescimento espiritual, ao invés de trabalhar para o crescimento d igreja, são ao contrário, esperam só
pelos líderes.
Espero que com este estudo, possa deixar na memória e no coração de cada um missionário o desejo ardente
do crescimento dessa obra.
Os professores da Escola Bíblica Dominical devidamente preparados, material e espiritualmente. O
desenvolvimento será maior, o conhecimento bíblico e da doutrina faz com que melhore o seu ensino.
A Palavra de Deus é uma espada de dois gumes. Espada é uma arma, sabendo usá-la se vence o
inimigo, mas não o sabendo se comete suicídio. É por isso que os professores da Escola Bíblica Dominical
devem estar devidamente preparados.

I. PARTE - INTRODUÇÃO À ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

A exata conceituação de “Escola Bíblica Dominical” - A Escola Bíblica Dominical é a escola de ensino bíblico
da Igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim dois lados da comissão de Jesus à Igreja,
conforme Mateus 28.20 e Marcos 16.15 . Ela não é uma parte da Igreja; ela é a própria Igreja ministrando
ensino bíblico metódico. A Escola Bíblica Dominical é um ministério pessoal para alcançar crianças,
jovens, adultos, a família, a comunidade inteira, tal como fazia a Igreja dos dias apostólicos. Ela é a única
escola de educação religiosa popular que a Igreja dispõe. A Escola Bíblica Dominical devidamente
funcionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na casa do Senhor.

a) A Escola Bíblica Dominical existe para ministrar a pequenos e grandes, ensino religioso segundo a
Palavra de Deus, e isto de maneira pedagógica e metódica , como é de se esperar de uma
organização que leva o nome de escola. Sendo o ensino na Escola Bíblica Dominical um ministério
pessoal, o verdadeiro professor de classe está sempre mais chegado a seus alunos na Igreja, do
que qualquer outro obreiro da mesma, inclusive o pastor. Logo, uma Escola Bíblica Dominical
devidamente organizada, cuja direção e professores são espirituais e idôneos, treinados para o
ensino bíblico e equipados com literaturas e meios apropriados, é um poderoso e eficiente
ministério pessoal para alcançar a todos na Igreja, na família, na comunidade.

b) O ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia, na Escola Bíblica Dominical, deve ser
pedagógico e metódico como numa escola, sem contudo deixar de ser espiritual.

c) A Escola Bíblica Dominical também coopera eficazmente com o lar na formação dos hábitos
legítimos e cristãos, práticas e deveres sociais bíblicos, resultando na formação do caráter ideal,
segundo os princípios do genuíno Cristianismo.

d) A escola secular instrui e contribui para a formação de bons hábitos, mas não promove educação
do caráter genuinamente cristão. Ela visa com prioridade o intelecto do aluno. Já a Escola Bíblica
Dominical sendo genuinamente bíblica, educa e instrui, mediante o ensino da Palavra, visando
prioritariamente o coração do aluno. A ordem divina vista em Hebreus 10.16 não deve ser alterada:
“coração e mente, e não ao contrário”. A Escola Bíblica Dominical evangeliza enquanto ensina.
Para tanto, toda lição nunca deve ser concluída sem a aplicação pessoal, específica, evangélica.
Quem evangeliza fala ao coração, e quem ensina fala ao raciocínio, à inteligência, dependendo, é
evidente, do Espírito Santo.

e) Ora, a Bíblia é a revelação progressiva de Deus; seu constante estudo sob a direção do Espírito
Santo, conduz-nos a uma crescente revelação dele e a visões mais gloriosas de sua divina pessoa.
É evidente que tal estudo seja gradual, dosado, em classes, de acordo com as diversas idades,
respeitando-se assim as grandes divisões da vida humana, para um real aproveitamento. Assim
fazem também a escolas seculares para com seu corpo discente.

1.1. A história da Escola Dominical

1.1.1. A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma instituição moderna, mas tem suas
raízes aprofundadas na antigüidade do Velho Testamento, nas prescrições dadas por
Deus aos patriarcas e ao povo de Israel. A Escola, como a temos hoje não havia então,
mas havia o princípio fundamental – o do ensino bíblico determinado por Deus ao fiéis e
aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o povo de Deus a responsabilidade
de ensinar a lei divina.

1.1.2. A Escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica milenar que sempre
caracterizou o povo de Deus. Estudemos em resumo, como se desenvolveu a instrução
religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos modernos, isto é, os primórdios que depois
resultaram na origem e desenvolvimento da Escola Bíblica Dominical em sua forma
atual.

96
1.2. Nos dias de Moisés

1.2.1. Examinando o Pentateuco, vemos que no princípio, entre o povo de Deus, eram os
próprios pais responsáveis pelo ensino da revelação divina no lar. O lar, então era de
fato uma escola onde os filhos aprendiam a temer e a amar a Deus (Dt 6.7; 11.18,19).

1.2.2. Havia também reuniões públicas de que participavam homens, mulheres e crianças,
aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13).
1.3. Na época dos sacerdotes, reis e profetas de Israel
1.3.1. Os sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da lei (Dt 24.8; I Sm
12.23; II Cr 15.3; Jr 18.18).
1.3.2. Os sacerdotes eram intermediários entre o povo e Deus, assim como os profetas eram
intermediários entre Deus e o povo.
1.3.3. Os reis de Judá, quando piedosos, aliavam-se aos sacerdotes na promoção do ensino
bíblico. Temos disto um exemplo no bom rei Josafá que enviou líderes levitas e
sacerdotes por toda a terra de Judá para ensinarem ao povo a lei do Senhor (II Cr 17.7-
9).

1.4. Durante o cativeiro Babilônico

1.4.1. Nessa época, os judeus no exílio, privados de seu grandioso templo em Jerusalém,
instituíram as “sinagogas” tão mencionadas no Novo Testamento. A sinagoga era usada
como Escola Bíblica, casa de cultos e escola pública. O filósofo judeu, Philo de
Alexandria, falecido em 50 d.C, com seu testemunho insuspeito, afirma que “as
sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como para adultos”. (Benson)

1.4.2. Na sinagoga a criança recebia instrução religiosa dos 5 aos 10 anos de idade; dos 10
aos 15 anos continuava a instrução religiosa, agora com o auxílio dos comentários e
tradições dos rabinos. Aos sábados, a principal reunião era matutina, incluindo jovens e
adultos.

1.5. No Pós Cativeiro

1.5.1. Nos dias de Esdras e Neemias, lemos que quando o povo voltou do cativeiro um grande
avivamento espiritual teve lugar entre os israelitas. Esse despertamento teve
origem numa intensa divulgação da Palavra de Deus e inclui um vigoroso ministério de
ensino bíblico. É dessa época que temos o relato do primeiro movimento de ensino
bíblico metódico popular similar ao da nossa Escola Bíblica Dominical de hoje.

1.5.2. O capítulo 8 de Neemias dá um relato como era a Escola Bíblica popular de então – ou
como chamamos hoje: “Escola Bíblica Dominical”. Esdras era o superintendente (Ne
8.2); o livro texto era a Bíblia (v. 3); os alunos eram homens, mulheres e crianças (v. 3;
12.43). Treze (13) auxiliares ajudavam Esdras na direção dos trabalhos (v.4), e outros
13 serviam como professores ministrando o ensino (vv. 7,8). O horário ia da manhã ao
meio dia (v. 3). Afirma o versículo 8 que os professores liam a Palavra de Deus e
explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um grande
problema lingüístico envolvido: “o povo falando aramaico ao retornar do exílio”. Mas o
que sobressai mesmo é o ensino da Palavra, patente em todo o capítulo. Por certo, o
leitor gostaria de ter pertencido a uma escola assim, espiritualmente avivada.

1.6. Nos dias de Jesus

1.6.1. Jesus foi o grande Mestre - Glorificando assim a missão de ensinar. Das 90 vezes
que alguém se dirigiu a Cristo nos Evangelhos, 60 vezes Ele é chamado de
“Mestre”. Grande parte do ministério do nosso Senhor foi ocupado com o ensino
(Mt 4.23; 9.35; Lc 20.1). Sua última comissão à Igreja foi “Ide e ensinai” (Mt
28.19,20). Sua ordem é clara.
1.6.2. A quem e onde Jesus ensinava?
a) Nas sinagogas (Mc 6.2);
b) Em casas particulares (Mc 2.1; Lc 5.1);
c) No templo (Mc 12.35);
d) Nas aldeias (Mc 6.6);
e) Às multidões (Mc 6.34);

97
f) A pequenos grupos e individualmente (Lc 24.27; Jo caps. 3 e 4).

1.6.3. O Ministério de Jesus era Tríplice - “Ele pregava, ensinava e curava”. Era, pois, um
ministério de poder, de milagres. Pela pregação Ele anunciava as boas novas de
salvação; pelo ensino, edificava a fé dos que criam, e pelos milagres, manifestava seu
poder, sua divindade e glorificava ao Pai. Esse mesmo ministério tríplice foi ordenado e
confiado à Igreja (Mt 22.19; Mc 16.15,18).

• Seus apóstolos também ensinavam (Mc 6.30b; At 5.21)

• Aplicação - É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse devidamente do ensino bíblico


junto às igrejas e novos convertidos, teríamos uma Igreja muito maior. Pecadores
aos milhares convertem-se, mas poucos permanecem porque lhes falta o
apropriado ensino bíblico que lhes cimente a fé. Falta-lhes raiz ou base espiritual
sólida e profunda. A planta da parábola morreu, não porque o sol crestou-a, mas
principalmente porque não tinha raiz (Mt 13.6).

1.7. Nos dias da Igreja

1.7.1. Após a ascensão do Senhor - Os apóstolos e discípulos continuaram a ensinar. A


Igreja dos dias primitivos dava muita importância a esse ministério (At 5. 41,42).

1.7.2. O apóstolo Paulo, um grande mestre, foi maravilhosamente usado por Deus nesse
ministério. Ali, tanto há alimento para adultos quanto para crianças espirituais. Ele e
Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na igreja em Antioquia (At
1.26). Em Éfeso, ficou 3 anos ensinando (At 20.20,31). Em Corinto, ficou um ano e 6
meses (At 18.11). Seus últimos dias em Roma foram ocupados com o ensino da
Palavra (At 28.31).

1.8. A partir do terceiro século

Vemos que a marcha do ensino bíblico na Igreja sofreu uma solução de continuidade,
devido a males que penetraram no seio da mesma. Houve calmaria. A Igreja ficou
estacionária. Ganhou fama, mas perdeu poder. Abandonou o método do prescrito por
Jesus: “o de pregar e ensinar”. Sobrevieram a seguir as densas trevas espirituais da
Idade Média.

Muitos séculos depois veio a Reforma Religiosa

Com elas a imperiosa necessidade do ensino bíblico para instruir os crentes, consolidar o movimento e garantir
sua prossecução. Os líderes da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de livros de instrução religiosa,
bem como reuniões destinadas a esse mister. Eles sabiam que o trabalho não consistia somente em pregar, mas
também em instruir espiritualmente.

A igreja de hoje nunca deverá esquecer

A amarga e desastrosa experiência resultante do descuido e abandono da instrução religiosa das crianças nos
tempos que procederam a tenebrosa Idade Média.

1.9. A fase atual – A Escola Dominical Moderna

1.9.1. O movimento religioso que nos deu a Escola Bíblica Dominical como temos hoje,
começou em 1780, na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi o
jornalista evangélico (episcopal) “Robert Raikes”, de 44 anos, redator do Gloucester
Jornal. Raikes foi inspirado a fundar a Escola Bíblica Dominical ao sentir compaixão
pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas, entregues à delinqüência,
pilhagem, ociosidade ao vício, sem qualquer orientação espiritual. Ele que já há 15 anos
trabalhava entre os detentos das prisões da cidade, pensou no futuro daquelas crianças
e decidiu fazer algo em seu favor, afim de que mais tarde também não fossem parar na
cadeia. Procurava as crianças em plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local
da reunião, fazendo-lhes apelo para que todos os domingos estivessem ali reunidas. O
início do trabalho não foi fácil.

1.9.2. Outro grande promotor da Escola Bíblica Dominical, então incipiente foi o batista
londrino Wiliam Fox, trabalhando harmoniosamente com Raikes.

1.9.3. De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino das

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Escrituras, era também ministrado às crianças rudimentos de linguagem, Aritimética e
instrução moral e cívica. O ensino das Escrituras consistia quase sempre em leitura e
recitação. Em seguida, teve início a prática de comentar os versículos lidos. Muito
depois é que surgiu a revista da Escola Bíblica Dominical, com lições seguidas e
apropriadas.

1.9.4. Raikes enfrentou oposição. As igrejas da época encararam o surgimento da Escola


Bíblica Dominical como uma inovação e coisa desnecessária. Os mais zelosos (?)
acusavam Raikes de “profanador do Domingo” (Anders). Dizia os seus oponentes que
reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanação. Raikes não
tomava conhecimento disto e a obra tomava vulto. O jornal do qual ele era redator foi
uma coluna forte na defesa e apoio da nóvel instituição, publicando extensa série de
artigos sobre o título “Escola Bíblica Dominical”, reproduzido nos jornais londrinos.
Foi assim o começo da Escola Bíblica Dominical – o começo de um dos mais poderosos movimento

da história da Igreja...

1.10. Alguns fatos históricos

1.10.1. Ao fundar a primeira Escola Bíblica Dominical, em 20 de Julho de 1780, Raikes


estabeleceu o seguinte: “desenvolver inicialmente uma fase experimental de três anos
de trabalho”. Após isso, conforme os frutos produzidos, ele divulgaria ao mundo tudo
sobre o trabalho em andamento.

1.10.2. Nessa fase experimental (1780 – 1783), Raikes fundou 7 Escolas Bíblicas
Dominicais somente em Gloucester, tendo cada uma 30 alunos em média. Os
abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso
profundamente nos próprios pais. Estava dando certo a experiência com a Palavra de
Deus! O que pode fazer a fé em Deus e o amor a Ele e ao próximo!

1.10.3. Foi no dia 3 de Novembro de 1783 em que Raikes triunfalmente publicou em seu jornal
a transformação ocorrida na vida de duas crianças. Até hoje, 3-11-1783 é considerado
como dia natalício da Escola Bíblica Dominical.

1.10.4. Os benditos e abundantes resultados causaram tal impacto no modo de vida da


sociedade, que um ano após (1784), Raikes era o homem mais popular da Inglaterra.
No ano seguinte ele organizou a primeira união de Escola Bíblica Dominical, em
Gloucester.

1.10.5. Agora as igrejas passaram a dar apoio ao trabalho de Raikes. A Escola Bíblica
Dominical passou das casas particulares para os templos, os quais passaram a encher-
se de crianças. Por sua vez, o atual sistema de escola públicas inspirou-se no
movimento da Escola Bíblica Dominical.

1.10.6. Após o início do século XIX, muitos outros países adotaram a Escola Bíblica Dominical,
sempre com excelentes resultados. A própria Inglaterra reconhece que foi preservada
de movimentos políticos e extremistas radicais, como o da Revolução Francesa de
1789, graças ao despertamento espiritual através de Weslley e Whitefield, e a educação
religiosa provida pela Escola Bíblica Dominical.

1.10.7. Durante muito tempo, só crianças freqüentavam a Escola Bíblica Dominical. Os adultos
ingressaram depois. Hoje, em inúmeros lugares ocorre o inverso: “quase só adultos são
beneficiados ficando as crianças em último plano...”

1.10.8. Em 1784, isto é, quatro anos após o início do movimento, a Escola Bíblica Dominical já
contava com 250 mil alunos matriculados .
A Escola Bíblica Dominical é hoje um dos fatores de promoção do Reino de Deus e do destino do mundo,
através dos cidadãos nela formados. Atualmente (1989), o número de alunos matriculados em todo o mundo é
estimado em 120 milhões, com cerca de 2 milhões de escolas e 8 milhões de professores.
1.11. A Escola Bíblica Dominical no Brasil

A Escola Bíblica Dominical teve seu início entre nós em 19 de Agosto de 1855 na cidade de
Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o missionário Robert Kalley e sua esposa
Sarah Poulton Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu.
Depois foi salvo sob circunstâncias especiais, e chamado por Deus, entregou-se à obra

99
missionária. Na primeira reunião, na data acima, a freqüência foi de cinco crianças... Essa mesma
escola deu origem à Igreja Congregacional no Brasil. Desde então o crescimento da Escola
Bíblica Dominical tem sido maravilhoso.

a) Remontando ao passado, as primeiras reuniões de instruções bíblicas no Brasil, do ponto de


vista evangélico, ocorreram durante a permanência aqui, dos crentes calvinistas, que
desembarcaram na Guanabara em 1557. Nessa ocasião realizaram o primeiro culto evangélico
em continente americano em 10 de Março do mesmo ano.

b) A Segunda fase das reuniões deu-se no domínio holandês no Nordeste, a partir de 1630, por
crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangélicos foram
estabelecidos naquela região. Tudo isso cessou com o fim do mencionado domínio e a feroz
campanha de extinção movida pela Igreja Romana de então. Mas em 1855 a Escola Bíblica
Dominical veio para ficar. E ficou! E avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo
de milhares de obreiros, inflamados pelo Espírito Santo, Sim, desde então vem a Escola
Bíblica Dominical crescendo sempre entre todas as denominações, onde quer que estas
cheguem, a Escola Bíblica Dominical logo é implantada, produzindo sem demora seus
excelentes resultados na vida dos alunos, na Igreja, no lar, na comunidade, refletindo tudo isso
na nação inteira.

c) O Brasil defronta-se hoje com problemas espirituais, sociais e morais, idênticos aos que
precederam a fundação da Escola Bíblica Dominical na Inglaterra, mormente no que tange a
delinqüência juvenil e desagregação da família. A solução cabal para esses males que tanto
preocupam o governo e as autoridades em geral está na regeneração espiritual preconizada na
Palavra de Deus, através da Escola Bíblica Dominical. A Igreja de Deus precisa, pois, explorar
todo o potencial da Escola Bíblica Dominical, como agência de ensino da Palavra de Deus e
evangelização em geral.

1.12. Os objetivos da Escola Bíblica Dominical

A Escola Bíblica Dominical tem objetivos definidos para atingir. Não se trata apenas de uma reunião domingueira
comum, ou um culto a mais. Esses objetivos são três, a saber:

1.12.1. Ganhar almas para Jesus

A Escola Bíblica Dominical como iremos mostrar depois, pode tornar-se num dos mais eficientes
meios de evangelização.

a) O primeiro grande dever do professor da Escola Bíblica Dominical, é agir e orar diante de
Deus no sentido de que todos os seus alunos aceitem a Jesus como Salvador e O sigam
como seu Senhor e Mestre. Há professores que ensinam a verdade bíblica durante anos
sem nunca verem um aluno convertido, talvez porque nunca os levaram a aceitar a Cristo
na própria sala de aula. O meio certo de levar almas a Cristo é usar a Palavra e confiar na
operação do Espírito Santo (Jo 3.5; 16.8; I Pe 1.23). O professor não pode salvar seus
alunos, mas pode levá-los a Cristo, o Salvador, como fez André (Jo 1.42). A Bíblia não diz:
“Ensina a criança no caminho em que ela vai andar, ou que andar”, mas no caminho em
que ela deve andar (Pv 22.6 – ARA).

b) O Salmo 51.13 mostra que o ensino da Palavra conduz à conversão dos pecadores.

c) Aplicação. Temos lido de Escola Bíblica Dominical cujos relatórios nacionais registram 80
mil conversões em 1 ano, evangelizando enquanto ensina nas classes, bem como noutras
atividades programadas pela Escola Bíblica Dominical.

1.12.2. Desenvolver a espiritualidade dos alunos e o caráter Cristão

a) O ensino da Palavra é uma obra espiritual, significa cultura da alma. Ganhar o aluno para
Cristo é apenas o início da obra: “é mister cuidar em seguida da formação dos hábitos
cristãos, os quais resultarão num caráter ideal modelado pela Palavra de Deus”. São os
hábitos que formam o caráter: “e este influi no destino da pessoa”. Afirma a Psicologia: “o
pensamento conduz ao ato, o ato conduz ao hábito, o hábito conduz ao caráter, o caráter
conduz o destino da pessoa”. Isso humanamente falando.

b) Em toda parte vê-se um crescente interesse no campo da instrução secular, notadamente


no que tange à influência. Com devido respeito a essa instrução que temos por
indispensável para o progresso e sobrevivência de um povo, queremos afirmar que a
escola prover apenas instrução, mas não prover educação. Esta tem de vir do lar e da
Igreja, se esta for bíblica e fundamental. Deixe a criança sem instrução e veja o resultado...

100
O mesmo acontece espiritualmente ao novo convertido, seja criança, jovem, adulto ou
velho.

c) O futuro do novo convertido (infante ou adulto) depende do que for lhe ensinado agora.
Nesse sentido, o alvo do professor deve ser o de ajudar cada aluno convertido a viver uma
vida verdadeiramente cristã, em inteira consagração a Deus, sendo cheio do Espírito
Santo.

d) Um dos intuitos, da Escola Bíblica Dominical, é fazer de seus alunos, homens e mulheres
verdadeiros cristãos, cujas vidas se assemelhem em palavras e obras ao ideal
apresentado em Jesus Cristo, conforme lemos em Romanos 8.20, portanto que a tarefa do
professor da Escola Bíblica Dominical é da máxima importância e do maior alcance,
precisando não somente do conhecimento da matéria (a Bíblia) e da arte de ensinar
(Pedagogia), mas também de influenciar e orientar o pensamento do aluno, resultando em
continua moldagem do caráter cristão ideal no sentido moral e espiritual.

1.13. Treinar o Cristão para o serviço do Mestre

A. Ao prover treinamento espiritual, a Escola Bíblica Dominical apresenta ao aluno


oportunidades ilimitadas de servir ao divino Mestre. Inúmeros obreiros de nossas igrejas saíram
da Escola Bíblica Dominical. Talvez o leitor seja um deles. Grandes frutos tem produzido esta
Escola . O famoso e sempre lembrado evangelista DL. Moody foi um deles. Esse serviço tanto
pode ser na Igreja local como em qualquer parte do país ou do mundo, aonde o Senhor enviar.

B. O privilégio de contribuir para a causa de Cristo e o dever de empreender alguma


espécie de atividade cristã, são coisas que devem ser traduzidas à consciência dos alunos da
Escola, com oração.
C. O lema da escola completa deve ser:
• Cada aluno um crente salvo
• Cada salvo, bem treinado
• Cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente, dinâmico. Assim, o tríplice objetivo
pode ser resumido em três fases: “aceitar Jesus; crescer em Jesus; servir a Jesus”.

D. O alvo da Escola Bíblica Dominical é nobre e elevado em todos os pontos de vista.


Ela, na Igreja, cuida das vidas em formação, seja no sentido social ou espiritual. Coopera
eficazmente com o lar na formação moral das crianças e adolescentes, instilando neles hábitos,
ideais e princípios cristãos segundo as Santas Escrituras. Nela, também os adultos vão encontrar
horas de prazer no estudo bíblico. Mas para que a Escola Bíblica Dominical alcance seu objetivo
é preciso empregar meios e métodos eficazes, sem jamais afastar-se de uma esfera
genuinamente espiritual.

E. Fiquemos certos de que o diabo não dorme quando os trabalhadores cruzam os


braços (Mt 13.25). Uma de suas atividades predileta é de roubar a Palavra de Deus. E isto ele faz
de muitas maneiras, até nos púlpitos, onde muitas vezes o tempo que seria para a Palavra de
Deus é desperdiçado com coisas vãs, sem qualquer edificação (Lc 8.12). De nossas
observações através de nosso vasto Brasil, verificamos que inúmeras escolas são dirigidas sem
muita ou nenhuma preocupação de algo definido como acabamos de esboçar.

F. Está sua Escola Bíblica Dominical atingindo em cheio o alvo que lhe está proposto?
Se não, ore, aja, coopere! Faça alguma coisa agora nesse sentido! É tempo de explorarmos o
ilimitado potencial latente no vasto campo da Escola Bíblica Dominical entre nós.

G. O tríplice alvo da Escola Bíblica Dominical pode ser plenamente atingido, pois a obra
pertence a Deus, pela qual Ele vela com insondável amor. O que se requer é obreiros cheios do
Espírito Santo e de fé na Palavra de Deus, e treinados para o desempenho de tão elevado mister
como já dissemos.

• Pelo testemunho da História, por seus objetivos e pelos frutos alcançados, a Escola
Bíblica Dominical é a melhor escola do mundo. Eis o porquê dessa primazia:
• Seu livro texto é o melhor do mundo: “a Palavra de Deus, o mapa que nos guia ao
céu”;
• Seu supremo dirigente é o Deus vivo, Todo-Poderoso e amoroso que criou os
mundos;
• Seu alcance é o mais vasto do mundo: “vai do bebê ao ancião mais idoso”;

101
• Seus alunos são o melhor povo do mundo: “os que conhecem e amam a Deus e sua
Palavra”;
• Seus resultados são os melhores do mundo, porque são infalíveis, materiais,
espirituais e eternos.

PARTE II - A ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL

Organização é ordem. É método no trabalho, no viver, no agir, e em tudo mais. A organização permeia toda a
criação de Deus, bem como todas as suas cousas. A desorganização e a desordem destroem a vida de qualquer
pessoa, Igreja ou organização secular. Por seu turno, o crescimento sem ordem é aparente e infrutífero. Sim,
porque toda energia sem controle é prejudicial e perigosa. Pode haver muito esforço e nenhum crescimento real,
porque a desorganização aniquila os resultados positivos surgidos.

Uma vez que a ordem permeia o universo de Deus, temos base para crer que o céu é lugar de perfeita ordem.
Leis preciosas e infalíveis regulam e controlam toda a Natureza, desde o minúsculo átomo até aos maiores
corpos celestes.

2. A organização Geral - Tem forma tríplice. Ela é pessoal, material e funcional.

2.1. A Organização Pessoal - Oficiais da Escola Bíblica Dominical. É a diretoria da Escola.

2.1.1. Professores da Escola Bíblica Dominical. É o corpo docente da Escola. Têm sobre si a
maior responsabilidade, pois lidam diretamente com o aluno e com o ensino.

2.1.2. Alunos da Escola Bíblica Dominical. É o corpo discente da Escola. É a “matéria prima”
da mesma. A escola existe para atender as necessidades dos alunos.

2.2. A Organização Material

a) O prédio. Instalações apropriadas, com salas de aula independentes.

b) O mobiliário. Apropria-se de acordo com a idade dos alunos.

c) O material didático (literatura). São as diferentes revistas de aluno e professor, bem como o
respectivo material de apoio, obedecendo a um currículo bíblico, e de acordo também com a
idade dos alunos. Os métodos de ensino devem adaptar-se às necessidades de cada faixa
etária.

2.3. Organização Funcional.

Trata do funcionamento da Escola Bíblica Dominical, visando alcançar seus objetivos. Grande
responsabilidade têm aqui o pastor da Igreja e a Diretoria da Escola.

2.3.1. A organização funcional cuida da:

a) Espiritualidade. Corresponde ao estado da Escola relacionado à oração, conduta cristã,


santificação bíblica, consagração a Deus e predomínio do Espírito Santo.

b) O ensino da Palavra. Estudo e ensino da Palavra, livre de extremismo, modernismo,


fanatismo, doutrinas falsas, etc.

c) Eficiência. Aqui, a Escola cuida em prover abundante ensino através de professores


idôneos, espirituais, treinados, cheios do Espírito santo e de zelo pela obra de Deus. Não
confundir idôneo com idoso.

d) Planejamento. De nada adianta muito organização e preparo, sem a operação do Espírito


Santo. Dons naturais, personalidade atraente, eloquência, boa dicção, cultura erudita e
outras boas coisas, podem influenciar temporariamente apenas. Tais coisas jamais serão
suficientes em si, mas podem ser vitalizadas e dinamizadas pela ação poderosa do Espírito
Santo. É aí que está a diferença. É oportuno dizer que o Espírito Santo tem uma afinidade
especial com a mente treinada, quando santificada.

2.4. Diretoria da Escola Bíblica Dominical

Uma Escola Bíblica Dominical de grande porte, plenamente desenvolvida, deverá ter uma Diretoria assim
constituída:

102
a) Superintendente. Nas escolas filiais é chamado Dirigente. Na sede, o superintendente,
regra geral, é também chamado o dirigente local.

b) Vice-Superintendente. Nas escolas filiais é chamado Vice-Dirigente.

c) 1 Secretário. Será Secretário Geral ou não; depende de ser a Escola sede ou filial.
Quando os dois primeiros acima não comparecem, o 1 Secretário assume a direção dos
trabalhos, conforme as normas locais.

d) 2 Secretário. Os secretários devem Ter auxiliares dependendo do tamanho e movimento


da Escola.

e) Tesoureiro. Deve ser uma pessoa competente e recomendada por todos para tal mister.

f) Bibliotecário. Um bibliotecário competente em sua função é uma bênção para a Escola


Bíblica Dominical.

g) Dirigente musical. As atividades musicais da Escola Bíblica Dominical não são apenas a
execução do piano ou órgão e a regência do canto congregacional, o conjunto musical,
etc. O dirigente musical trabalha também no setor infantil, no ensino do canto, ressaltando
a importância do louvor, ensaiando programas musicais, preparando números especiais a
diferentes vozes, ajudando na parte musical do culto infantil.

h) Porteiros e Introdutores. Podem ser os mesmos que servem à Igreja. Têm importância na
Escola Bíblica Dominical, na orientação geral de alunos e visitantes. Falando de porteiros
e introdutores ou recepcionistas numa Escola Bíblica Dominical, lembremo-nos que o povo
entra aonde é convidado, e fica aonde é bem tratado. Ninguém é obrigado ficar num lugar
onde não é bem recebido, nem bem tratado. O dirigente da Escola Bíblica Dominical
precisa pensar nisso.

2.5. Corpo Docente Da Escola Bíblica Dominical e a reunião semanal dos Professores

a) Outros nomes: Corpo de Professores e Equipe de Professores.

b) Devem atentar solenemente para Pv 9.9; Mt 4.19; II Tm 2.15; I Pe 3.15. O penúltimo texto
deve ser o versículo predileto do professor da Escola Bíblica Dominical.

c) Em certo sentido, o obreiro de maior responsabilidade e privilégio da Escola Bíblica


Dominical é o professor de classe.

2.6. Requisitos para ingresso no Corpo Docente:

a) Ser crente salvo;

b) Ser membro da Igreja;

c) Ter bom testemunho;

d) Querer servir ao Senhor;

e) Ser aplicado ao estudo da Palavra de Deus, sua história e suas doutrinas.

f) É de toda importância que seja batizado com o Espírito Santo e cultive a vida de
plenitude do Espírito.

g) Devem freqüentar reuniões de estudo para professores.

h) Devem fazer curso de preparação de professores.


2.7. Reunião semanal de professores.
É uma reunião de todos os professores e oficiais da Escola Bíblica Dominical para estudo em
conjunto da lição e coordenação administrativa da Escola em geral. Serve também como meio de
estreitar a comunhão fraternal. Essa reunião é vital para uniformidade do ensino doutrinário.

2.7.1. Os melhores dias para a reunião de professores são o Sábado à tarde, ou Domingo

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antes da Escola Bíblica Dominical.

2.7.2. Os professores do setor infantil. Devem ter reunião de estudo da lição à parte, já que os
métodos de ensino e condução da aula diferem consideravelmente. Os professores de
crianças têm maior responsabilidade. Necessitam de melhor preparo.

2.8. O Corpo Discente da Escola Bíblica Dominical

São os alunos da Escola Bíblica Dominical . São organizados em classes, departamentos,


conforme suas idades, dentro das possibilidades e situações.

2.8.1. A importância do aluno - O aluno é o elemento mais importante da Escola Bíblica


Dominical.. Ela existe por causa do aluno. A escola que adapta-se ao aluno, e não
o aluno à escola, como é tão comum... Dentre os alunos, as crianças são o campo
mais fértil, mais promissor e de maior responsabilidade.

2.8.2. O agrupamento de alunos por idade - O propósito disto é a eficácia do ensino.


Numa casa de família, a alimentação varia entre as crianças e os adultos. Na
Escola Bíblica Dominical não pode ser diferente!

Há 9 agrupamentos ou divisões de idades, cujos títulos são:


Até 3 anos de idade Berçário
4-5 anos de idade Jardim de Infância
6-8 anos de idade Primários
9-11 anos de idade Juniores
12-14 anos de idade Intermediários
15-17 anos de idade Secundários
18-24 anos de idade Jovens
25... anos de idade Adultos
Discipulado (classe dos novos convertidos) Crianças e adultos

2.9. A Organização da classe

2.9.1. Quanto à direção

a. O Professor. Nas classes até 12 anos, os melhores professores são geralmente moças e senhoras. A fala,
o afeto, a expressão facial, os gestos, a dramatização, influi muito aqui. Nas classes de 12 anos para cima,
o ideal é que o professor seja do mesmo sexo que os alunos. Há assuntos específicos que somente
assim, serão convenientemente tratados.

2.9.2. Quanto à matrícula

a) Até a classe de Intermediários: 12 alunos matriculados por classe.

b) Da classe de Secundários em diante: até 25 alunos por classe.

c) Esse total deve ser evitado. O ideal é 20 alunos matriculados. Nas escolas públicas há
classes grandes, mas ali visa-se mais o intelecto; aqui, o coração.

d) Para efeito de ensino, a classe quanto menor, melhor, Jesus dirigiu seu maior estudo bíblico
para apenas dois alunos (Lc 24.27).

ALUNOS DEPARTAMENTOS IDADES

Até 25 Dois
Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Jovens e Adolescentes 12 anos para cima
Até 100 Três
Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Intermediários 12 a 14 anos
Dep. de Jovens e Adolescentes 15 anos para cima

104
Até 200 Quatro
Dep. Infantil Até 11 anos
Dep. de Intermediários 12 a 14 anos
Dep. de Jovens e Adolescentes 15 a 24 anos
Dep. de Adultos 25 anos para cima

Acima de 200 Todos os Departamentos

2.10. A Biblioteca da Escola Bíblica Dominical

2.10.1. Material - Uma biblioteca pode conter livros, revistas, jornais, folhetos, recortes,
artigos, gravuras, slides, transparências, quadros murais, etc.

2.10.2. Todo acervo deve ser catalogado - Por um sistema eficiente (como o Decimal de
Dewey), para pronta consulta e serviço de circulação, sem perigo de extravio de
livros.

2.10.3. Serviços que pode prestar


a) Formação, informação e ampliação cultural de professores e de alunos.
b) Serviço de circulação de livros.
c) Guarda e conservação do material didático da escola.

2.11. A Manutenção da Escola Bíblica Dominical

É provida pela Diretoria da Igreja, uma vez que toda a receita da Escola é encaminhada à
Tesouraria apenas o saldo da receita, após a quitação de seus compromissos.
Dependendo do sistema administrativo local.

2.12. O programa de trabalho da Escola Bíblica Dominical

A Escola Bíblica Dominical deve, no princípio do ano elaborar um calendário de atividades


para o ano inteiro, contendo o programa de trabalho ou plano de ação, constando nele os
alvos ou metas a atingir com a ajuda de Deus. Agir sem plano é agir sem ordem, às cegas.

2.13. A administração da Escola Bíblica Dominical

2.13.1. O Pastor da Igreja

• É o primeiro obreiro da Escola Dominical pela natureza do seu cargo. É ele o real dirigente da
Escola Dominical. É o principal responsável pela Escola Dominical mediante sua atenção e
ação.

• Sua simples presença na Escola Dominical é um prestígio para a mesma, e sempre que puder,
dirigir o estudo para professores da Escola Dominical, sempre que puder tambem dirigir
classes da Escola ( não uma classe fixa) a fim de Ter contato com os alunos – suas ovelhas.

2.14. O Dirigente da Escola Bíblica Dominical

2.14.1. Deveres gerais

a) Que seja um homem da Bíblia; que conheça bem a Bíblia.

b) Conhecer bem o trabalho em geral da Escola Dominical e todo seu esquema de


funcionamento.

c) Orientar sempre os secretários e professores em tudo que for preciso.

d) Zelar pela boa e sadia doutrina segundo a Palavra de Deus.

e) Promover entre os professores a divulgação e leitura de obras de consulta e referência

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sobre seu trabalho.

f) Fazer sempre anúncios e comunicações em benefício da Escola.

g) Ter sempre em mente que organização e preparo sem a direção e operação do Espírito
Santo é fracasso na certa.

h) Providenciar o material necessário a professores e alunos para funcionamento geral da


Escola.

i) Procurar manter completa a direção da Escola, a qual é composta conforme já


anteriormente exposto.

j) Procurar manter completo o quadro de professores, tendo cada classe professor, suplente
e secretário, e ainda bom número de professores de reserva para as emergências e
imprevistos.

k) Antes de indicar um irmão para matrícula no Corpo de Professores, verificar primeiro se o


mesmo é membro da Igreja, se é fiel, dedicado, humilde, obediente, estudioso da Palavra,
desejoso de trabalhar para o Senhor, que goste de orar, seja despretencioso, disciplinado,
ordeiro, capaz de trabalhar em grupo. Isso não quer dizer que ele concorde com tudo, tipo
“bezerro de presépio”, mas se tiver que discordar saiba fazê-lo dentro da ética, sem
ofender e indispor seus pares, virando-se em seguida para dentro de si, estilo caracol.

2.14.2. Deveres anuais do Dirigente da Escola Dominical:

a) Comemoração de datas festivas, Algumas datas festivas:


▪ Dia Nacional da Escola Bíblica Dominical (3º domingo de setembro)
▪ Dia Mundial da Escola Bíblica Dominical (1º domingo de novembro)
▪ Dia da Pátria (7 de setembro)
▪ Dia de Natal (25 de dezembro)
▪ Dia Nacional de Missões (2º domingo de agosto). Os assuntos apresentados nessas
datas, deverão ser de acordo com o trema comemorado no dia.

b) Visita a cada escola filial no mínimo uma vez por semestre.

c) Ao aproximar-se o fim do ano, cuidar junto ao secretário do preparo dos relatórios anuais.

2.15. O Currículo

Damos abaixo 28 temas ou Unidades de Ensino para currículos da Escola Dominical.

1. Doutrinas Básicas da Fé Cristã.


2. A vida Cristã.
3. Verdades Pentecostais.
4. A Bíblia
5. A Igreja.
6. O Povo de Israel.
7. A Família/O Lar.
8. O Tabernáculo e Suas Instituições.
9. Doutrinas Falsas/Falsos Profetas.
10. Eventos Futuros (O Futuro do Mundo, de Israel e da Igreja).
11. O Ministério Local e Geral.
12. O Crente e o Estado/a Nação
13. A Criação de Todas as Coisas.

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14. O Homem e Deus.
15. As Missões e Obras Sociais.
16. O Crente e o Mundo.
17. Biografias Bíblicas.
18. A Vida de Cristo.
19. O Espírito Santo.
20. A Mocidade Cristã.
21. Reis e Profetas.
22. A Bíblia e a Ciência.
23. Ética Cristã.
24. As Parábolas dos Evangelhos.
25. Os Milagres de Jesus.
26. A Igreja Local.
27. A Mordomia Cristã.
28. Os Apóstolos e Suas Epístolas.

PARTE III – PROFESSOR DA ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - Em se tratando do assunto ensino, temos
como pontos básicos, o professor e o aluno.

3.1. O Professor - É uma pessoa escolhida por Deus para exercer um Ministério; o Ministério do
Ensino da Palavra de Deus (A BÍBLIA). O professor exerce influência marcante sobre os seus
alunos, tais como: vestir, trajar, falar, hábitos e costumes, comportamento.

O maior exemplo de um grande professor foi, sem dúvida, Jesus, chamado sempre de Mestre, Ele reuniu um
grupo heterogêneos de homens e instrui-os por um tempo relativamente pequeno e eles mudaram o mundo de
maneira radical. Jesus é o principal exemplo prático de um grande professor (Jo 13.13).
3.1.1. Qualidades que o Professor deve Ter

a) Vocação é chamada, escolha, talento, inspiração, disposição de espírito, eleição, etc.


(Rm 11.29; I Co 1.26; 7.12). Toda profissão exige qualidade e aptidão da pessoa que
a exerce. Isto chamamos de vocação. Vocação é, também, uma disposição natural
do espírito, é uma força interna que age na pessoa dando-lhe capacidade para
desempenhar uma certa atividade.
Não há no mundo uma função que exige mais de nós do que a de professor da E.B.D. As
pessoas separadas para este trabalho (Ministério) devem ser realmente vocacionadas e
obedientes à chamada divina. Exemplo Noé (Gn 6.14 e 18); Abraão (Gn 12.13; 17.5);
Moisés (Ex 3.1-6).

b) Dedicação: é devotamento, sacrifício, zelo. É ir ao limite máximo de sua força na


busca de um objetivo. O professor dedicado conhece seus alunos, suas
necessidades e está sensível a elas.
Exemplo de dedicação: José (41.38-49); Daniel (Dn 1.17; 6.8-10); Paulo (At 20.24, 31).
O professor dedicado busca sempre uma forma de ensino que facilite ao aluno um melhor
aprendizado. Exemplo Lucas 15.11-32.
3.1.1. Capacidade para amar e compreender

a) Amar é dar, sempre dar, nunca cobrar, nunca exigir (Jo 3.16). Sua classe precisa
sentir-se amada, só então ela se disporá a lhe ouvir com atenção e respeito (Mt
20.34). Queres não fracassar como professor? Ame seus alunos! Exemplo de amor:
Abraão (Gn 22.2, 9-12); Moisés (Ex 32.32); Jesus (Jo 15.12, 13).

b) Compreender é entender, conhecer o motivo, perdoar. O professor deve empenhar


esforços para compreender e conhecer profundamente os seus alunos. Quem
compreende alcança vitória (Dn 10.12), é também sensível à necessidade de seus
alunos (Jo 2.5-8; Lc 7.13,14).

107
c) Moral diante da igreja e da Sociedade - O professor da E.B.D. deve ser uma pessoa
de moral inquestionável, dentro da Igreja e na rua. Deve ser conhecedor da Palavra (A
Bíblia), obediente à Palavra, submisso às lideranças superiores (Rm 13.1, 2), leal à
Igreja, ponderado, não difamador, não linguarudo, dizimista e cooperador na obra em
todos os sentidos, deve ser uma pessoa de negócios corretos, honestos, não dado a
intrigas nem contendas, pessoa honrada (II Tm 3.15, 16; Tt 2.8).

d) Educado e Alegre - O professor da E.B.D. deve ser uma pessoa de boas maneiras,
educado, tratável, dócil, amável (Tg 3.13). Nunca devemos sermos grosseiros com
nossos alunos. Jesus é nosso maior exemplo. Nunca devemos transmitir nossos
problemas para a classe, jamais devemos chegar na classe com o semblante
carregado de tristeza, de mau humor. Desperta o interesse dos alunos quando o
professor chega na classe com um sorriso no rosto.

e) Espírito de Liderança - É uma parte integrante do bom professor. Ele é responsável


pelo aprendizado do grupo. O professor precisa ser um bom líder (Ed 10.10-12l Ne
8.1-3). O bom líder mostra o caminho para as pessoas encontrarem a solução dos
seus problemas (Ex 18.1-12).

3.1.2. Assiduidade e Pontualidade

a) Assiduidade é não faltar.

b) Pontualidade é chegar antes da hora ou na hora (Jo 2.4). O povo inglês é


tremendamente pontual.

3.1.3. Postura - Traje - Higiene

a) Postura é pouse, expressão fisionômica, jeito, atitude, aparência. O professor é


exemplo para muitos de seus alunos, portanto, nunca deve ser um mal exemplo. Ele
ensina também com a maneira de se apresentar. Ele é espelho (Tt 2.7).

b) Traje deve ser de modo adequado, correto, não extravagante, nem relaxado.

c) Deve ser: decente, elegante, suave.

d) Higiene é asseio, limpeza. O professor da E.B.D. nunca deve chegar na classe com
roupas que não estejam limpas, com o cabelo grande, unhas grandes e sujas. Deve
ter cuidado especial no asseio pessoal para não andar com odor desagradável. Uma
pessoa limpa expõe melhor suas idéias e recebe maior crédito dos ouvintes.

3.1.4. Conhecimento do assunto - Conhecer bem o tema do seu ensino e seu conteúdo e
está consciente do seu papel de mestre e orientador. Viver o ensino. Está envolvido como
que ensina e viver o que ensina.

3.2. O Aluno

O aluno é o elemento mais importante de uma classe, pois se não houver aluno o professor é
descartável, desnecessário. Portanto conheça seus alunos, o nome de cada um, se possível o endereço.

3.3. A necessidade de ensinar a Bíblia


O que é Ensino? - É doutrinamento, adestramento, correção, informação, educação, etc. Deus sempre se
preocupou em ensinar o homem. Para que o homem não viesse a cair, transgredir, pecar, morrer e para
não perder sua imagem e semelhança.

3.3.1. Por quê devemos ensinar a Bíblia?


a) Para que o homem se mantenha firme na sua presença (Gn 2.16-17);
b) Para que o homem se mantenha em retidão ou perfeição na sua presença (Gn 17.1);
c) Porque é uma recomendação de Deus (Dt 6.6-7). Deus através de sua Palavra nos
recomenda que ensinemos nossos filhos em todos os momentos.
d) Para que o sangue de alguém não venha cair sobre nós, conforme vimos em Ezequiel
3.18-19;
e) Para que haja temor sobre o povo (II Cr 17.7-19);

108
f) Para que o povo não venha a se consumir (Os 4.6);
g) Para que haja paz na sua totalidade, haja comunhão, prosperidade e, acima de tudo, que
o Senhor reine (Is 11.9);
h) Para que o povo não venha a ser devorado e aprenda o costume do deus da terra (II Rs
17.24-28);
i) Para haver um preparo para o povo receber as bênçãos do Senhor (Lc 1.26-32);
j) Para darmos prosseguimento aos costumes da Igreja primitiva (At 5.42);
k) Porque ela ilumina o caminho para Deus (Sl 119.105)
l) Porque ela é alimento espiritual (Jr 15.16; I Pe 2.1-2);
m) Porque ela é o único instrumento que o Espírito Santo usa na sua operação (Ef 6.17);
n) Porque no Novo Testamento passou a ser uma ordem do Senhor Jesus (Mt 28.19-20).

3.3.2. Quatro condições básicas para ensinar a palavra - Deus exige quatro condições
básicas e fundamentais para que possamos ensinar a sua Palavra (Dt 11.18). São
elas;
a) Ter a Palavra de Deus no coração;
b) Possuir a Palavra de Deus na sua alma;
c) Atá-las por sinal nas vossas mãos;
d) Ter a Palavra de Deus como frontais entre os vossos olhos.

3.3.3. Três coisas devemos ensinar ao aluno (Dt 31.10-13)


a) Ouvir a Palavra de Deus;
b) Observar a Palavra de Deus;
c) Temer e obedecer a Palavra do Senhor; viver a Palavra.

3.3.4. O exemplo de Jesus - A maior parte do ministério de Jesus foi voltado para o
ensino. Vejamos:

a) Mt 5.1-12 - Jesus sobe ao monte e ensina as multidões as bem-aventuranças;


b) Mt 5.13-16 - Jesus nos ensina dizendo que nós somos o sal e a luz do mundo;
c) Mt 6.16-18 - Jesus nos ensina com respeito ao jejum;
d) Mt 7.15-21 - Jesus nos instrui a respeito dos falsos profetas.
Estes são apenas alguns exemplos de nosso Mestre maior, os Evangelhos estão repletos de sua
preocupação em ensinar.
3.3.5. Duas coisas maravilhosas aconteceu quando Israel foi ensinado
a) Caiu o temor de Deus sobre os reinos ao redor de Judá e não fizeram guerra ao rei Josafá;
b) O povo confessou seus pecados e buscou ao Senhor Deus (Ed 10).

3.4. O que é necessário para uma boa aula


3.4.1. Clima de aprendizagem - O nosso comportamento é fortemente influenciado pelo
ambiente e pessoas que nos cercam. Exemplos:
a) Um restaurante agradável, o nosso apetite é aguçado (parece aumentar a fome), caso
contrário, passa a vontade de comer, passa a fome.
b) Em um velório (funeral), baixamos o tom de voz instintivamente, sentimos que é um
momento de dor.
c) Na quietude de um santuário, ao som da música sacra, sentimos que o lugar e o
momento é de adoração e reverência a Deus.
d) Em um estádio de futebol, somos induzidos a gritar, gesticular, dizer chavões, xingar o
juiz, etc.
e) Em um comício somos induzidos a aplaudir ou vaiar.
f) Em culto pentecostal, glorificamos e exaltamos a Deus.

109
Portanto, criar um clima de aprendizagem, é trabalhar o ambiente de maneira a proporcionar ao
aluno uma boa aprendizagem. O ambiente para um estudo bíblico da E.B.D., deveria dizer a cada
um: Teremos uma ótima experiência de aprendizagem, teremos um bom aprendizado. Isto é
criar um clima de aprendizagem.

3.4.2. Ambiente físico - Este elemento é de fundamental valor, pois condiciona todo o nosso
ser para uma boa ou má aprendizagem. Por conseguinte, a escolha e preparação do
ambiente é importantíssimo para um bom aprendizado. O que não dispomos, na maioria
das vezes, em nossos templos é de lugar adequado para uma boa E.B.D.

3.4.3. Relacionamento interpessoal - Este é um dos elementos por demais fundamental.

a) Nunca deixe de fazer um cumprimento genuinamente amigo, afável aos alunos e


principalmente ao aluno recém matriculado e aos visitantes da classe. Num grupo de
estudo, cada pessoa precisa ter a sensação de que é de casa.

b) Aquele que se sente como apenas mais um na lista de chamada, dificilmente investirá
energia para aprender. Não é apenas um aperto de mão do professor, é o interesse
sincero do professor por cada aluno da classe e seu crescimento espiritual.

c) A criação de um clima entre os integrantes de um grupo de estudo requer mais que


apertos de mão e a Paz do Senhor.

d) Todos nós temos necessidades pessoais relevantes, influenciam grandemente nossa


capacidade de participar ou não com alegria e eficiência de um grupo de estudo.
• Precisamos que os outros nos apreciem.
• Precisamos que apreciem nossa contribuição.
• Precisamos ser ouvidos e entendidos.
• Precisamos ser aceitos como somos.
• Precisamos nos sentir valorizados.

e) Caro professor, você pode entender isso? Você tem sensibilidade para atender essa
necessidades de seus alunos com sutileza? Você ouve atentamente quando um aluno
expressa suas idéias? Mantém um contato visual com ele ou fica olhando para sua
revista e/ou notas de aula? Você encara seus alunos com seriedade e serenidade ou
com interrupções? Por incrível que pareça, esses detalhes fazem grande diferença no
clima geral de sua aula.

f) É bem verdade que o professor sozinho não pode manter um agradável clima
interpessoal; cada um influência o clima da classe: positivo ou negativo. No entanto
cabe ao professor tomar a iniciativa. Vamos raciocinar: Um professor carrancudo,
fechado, que não gosta de fazer amizades. Podemos estar certos que o relacionamento
interpessoal será muito prejudicado e os alunos não terão um bom aprendizado.

g) Se o professor for amável, solicito e atencioso, tenhamos certeza que os alunos terão
um bom aprendizado, um bom aproveitamento.

h) Para nos relacionarmos melhor com nossos alunos, é necessário conhecermos os


mesmos: o nome, o endereço, a situação financeira, o nível social, o nível espiritual, o
nível intelectual, a capacidade de raciocínio e de absorção do que lhe é ensinado.

3.5. Planejamento - Para muitos de nossos professores até parece estarmos falando algo fora de
nossa alcance, o que não é verdade.

3.5.1. Não é preciso que o crente tenha nascido para ensinar ou tenha que cursar uma
Universidade (seria ótimo se todos fizessem faculdade), para se tornar um bom professor
da E.B.D., basta querer! (A força do querer. Lc 18.41-43).

3.5.2. Deve apreciar as técnicas necessárias e desenvolver um atitude mental adequada, que
se transformará num autêntico artista. (porque ensinar é uma arte).

3.5.3. Uma boa escola de estudo bíblico não acontece sem planejamento; o professor planeja e
prepara atividades didáticas.

110
3.5.4. Planejar é:

a) Decidir o que vai ensinar na aula;


b) Determinar as metas a serem alcançadas;
c) Determinar os recursos a serem usados, e como usá-los. (Exemplo: Uma viagem. O
planejamento começa com a escolha do destino, data, meio de transporte, o que deve
ser levado, local de hospedagem, etc.)
3.5.5. O mesmo deve acontecer com a preparação das aulas, primeiro o professor decide o
objetivo da aula, depois escolhe e prepara as atividades didáticas que lhe permitirão
alcançar o objetivo (um preguiçoso jamais será um bom professor).

3.5.6. Para alguns professores (irmãos em Cristo), o planejamento é pouco interessante,


julgam-no pouco espiritual e falta de confiança em Deus e ainda um processo difícil,
trabalhoso e desagradável, o que tais irmãos não sabem é que o planejamento é
inevitável para uma boa aula (Lc 14.28).

3.5.7. O planejamento governa 80% da aula, falhar no planejamento é planejar para falhar. Em
toda a Bíblia os acontecimentos decorrem de um planejamento detalhado. Exemplos: A
história dos hebreus, a construção do tabernáculo, a construção do Templo de Jerusalém,
o Plano da Salvação, etc.

3.5.8. Se desejarmos cumprir corretamente nossa missão de ensinar, devemos então saber
planejar com todo o cuidado.

3.5.9. Sobre o Planejamento Podemos Afirmar:


a) O planejamento disciplina o professor;
b) O planejamento torna mais interessante a aula;
c) O planejamento estabelece objetivos claros e fornece meios para alcança-los;
d) O planejamento ajuda o professor a ensinar fielmente a Palavra de Deus.

3.5.10. Não se limite com o planejamento que vem na Lição, dentro dele faça o seu,
condicionado à necessidade de seus alunos.

3.6. Estudar a lição

3.6.1. Como se estuda a lição:


a) Leia a lição devotadamente e deixe que ela fale ao seu coração e a sua mente;
b) Leia analiticamente, leia-a novamente conferindo todas as referências bíblicas, se
possível utilize Bíblias em versões diferentes. Fique atento ao detalhes;
c) Leia a lição e veja o que você aprendeu;
d) Assinale as palavras com as quais você não está familiarizado e consulte um
dicionário;
e) Sublinhe as expressões chaves, pontos importantes e faça anotações;
f) Faça a si mesmo perguntas sobre a lição estuda. O que foi dito a quem, com que
propósito, quando foi dito, por quem foi dito. Encontre as respostas.
g) Utilizando as ferramentas adequadas: Lição Bíblica, Bíblia, Atlas, Mapas, Dicionários,
etc.

3.7. A aula

3.7.1. Ministrando a aula - Quando estivermos ministrando uma aula ou orientando uma
classe de estudos bíblicos devemos ter, no mínimo, três objetivos:
a) Ajudar os alunos a quererem aprender;
b) Orientá-los nas atividades de aprendizagem;
c) Ajudá-los a reconhecer quando aprenderam.

111
d) Quando estiver ministrando de vida às suas palavras, não fale negativamente.
e) Prenda a atenção dos seus alunos sem pressioná-los.

3.7.2. Motivando os alunos - A arte de motivar é um processo complexo. Primeiro, ele começa
com o interesse (motivação) do próprio professor pelo assunto em pauta. Segunda, o
conhecimento que o professor demonstra possuir do assunto. Estes são fatores
motivadores muito fortes sobre o aluno.

a) Uma maneira eficiente e poderosa de motivar os alunos é convencê-los que a lição


tem uma mensagem importante para cada pessoa, inclusive ele. Não ministre a Bíblia
como se fosse um livro que fala apenas de pessoas da antigüidade ou de história
passada. Dificilmente você despertará o interesse de seus alunos se agir assim.

b) Nosso papel, como professores da E.B.D, é conduzir cada aluno a descobrir que no
texto há uma mensagem viva e eficaz para cada um de nós.

c) Motivação é, portanto, a arte de conduzir os alunos à aprendizagem, é induzi-los a


mergulhar no assunto da aula. É gerar neles uma fonte de interesse pelo assunto.

d) As pessoas vêm para a E.B.D. com diferentes idéias, na classe o interesse de todos
devem ser canalizados para uma só direção, “o assunto da lição”.

e) O terceiro ponto, é administrar as atividades de aprendizagem, na direção certa, não


deixando que assuntos outros desviem o assunto da aula. É nesta hora que
necessitamos com maior intensidade da ajuda do Espírito Santo.

3.8. Atividade didáticas - São atividades didáticas, tudo que o professor aplica na classe, tais como:
debates, perguntas, exercícios, testes etc., dando à classe oportunidade de melhor participação da
aula, ajudando o aluno a melhor desenvolver suas potencialidades.

a) Atividades didáticas são importantíssimas na aplicação do ensino, fixa o aluno no


assunto estudado e incentiva o aluno e desperta o interesse dele pelo assunto.

b) A atividade didática diminui a possibilidade do professor não alcançar o objetivo.

c) A atividade didática ajuda o aluno a querer aprender, a reconhecer quando aprendeu


e orienta-o no aprendizado.

3.9. Avaliando a aprendizagem

3.9.1. A avaliação é o processo pelo qual o professor mede o resultado do que ensinou, mede o
conhecimento do aluno, daquilo que foi ensinado.

3.9.2. A avaliação é importante, tanto para o professor, quanto para o aluno.

3.9.3. A avaliação tem duas finalidades principais: medir o grau de aprendizagem do aluno e
orientá-lo no esforço de aprender mais.

3.10. Qual o papel do professor?


a) Criar um clima de aprendizagem;
b) Planejar as atividades didáticas;
c) Dirigir as aulas;
d) Avaliar o aprendizado do aluno.

112
3.11. Sugestões:

a) Tente aprender o nome de seus alunos. Distribua crachás com os nomes de cada um.
b) Dirija-se ao aluno sempre pelo nome, ao fazer perguntas.
c) Designe duplas de alunos para receber os visitantes.
d) Designe tarefas para seus alunos.
e) Se possível, mantenha contato com seus alunos fora da aula.
f) Seja amigo de seus alunos.

Conclusão

A Escola Bíblica Dominical faz vidas úteis, constrói homens, forma caracteres, instrui verdadeiramente
para a vida.

Alguém estudado nestas coisas algum dia escreverá como muito aproveitamento uma sociologia da
Escola Bíblica Dominical. E quanto a mim, a belíssima das instituições evangélicas, nenhuma outra se lhe
compara em resultados práticos na preparação dos jovens para uma vida útil, fecunda e harmoniosa. É aquela
escola uma saudável janela aberta sobre o mundo, da qual pode a pessoa “crianças e jovens” devidamente
instruídos, ter uma visão realista da vida, precaver-se contra os males que o esperam, quando em competência
com os problemas do seu cotidiano social. Ela incontestavelmente prepara homens para a dura batalha do
mundo. O melhor que guardo até hoje de recordações da igreja, tenho de afirmar que é devido à Escola Bíblica
Dominical. Sou produto da igreja em que me criei, mas em verdade, filho espiritual da Escola Bíblica Dominical.

Orgulhosamente digo, “Dr. Eliezer Rosa”.

113
114
ÉTICA CRISTÃ E PASTORAL

115
INTRODUÇÃO

Toda classe organizada e toda profissão, seja qual for, inegavelmente, tem a sua ética, a sua
deontologia. A classe MINISTRAL, considerando-se a sua abrangência e excelência não pode fugir regra.

A deontologia, a moral e a ética, quase sempre, de quando em quando, se misturam e se tornam a


mesma coisa.

DEFINIÇÃO: ética é a ciência das boas maneiras, dos bons costumes. É a parte da filosofia que trata
dos princípios normativos de uma classe, do ponto de vista da moral. Ela estabelece normas que orientam o
homem nas suas reuniões sociais, quanto ao desempenho da função que exerce. Diz respeito à compostura, à
maneira de conduzir-se entre o povo, exercendo sua função profissional. De modo especial, abrange o seu
relacionamento entre colega da mesma classe.

1. ÉTICA PASTORAL NA IGREJA


1.1. O Pastor deve Ter sua vida totalmente consagrada ao trabalho do Evangelho.
1.2. Quando a Igreja a que serve como Pastor, não lhe der salário suficiente para a sua manutenção,
poderá dedicar-se também a outro mister condigno, com conhecimento e consentimento da Igreja.
1.3. O Pastor deve viver em permanente comunhão com Deus, através da oração e do estudo da Bíblia.
Deve aperfeiçoar-se, cada dia, nos conhecimentos da Teologia e da Cultura Geral.
1.4. O Pastor deve ser discreto, não comunicando, nem mesmo as pessoa das suas famílias, assuntos
confidenciais, cuja divulgação pode prejudicar a causa.
1.5. O Pastor deve ser compreensivo e humano no trato com os crestes membros e congregados na Igreja
e seus problemas.
1.6. O Pastor visitando os lares deve portar-se com discrição, respeito absoluto e dignidade cristã.
1.7. O Pastor não deve de modo algum deixar-se envolver por grupos que criem na Igreja. deve ser sempre
imparcial nas decisões para manter a sua autoridade ministerial, pastoral.
1.8. O Pastor, sendo líder da comunidade, não deve tornar-se um ditador que, em tudo faça prevalecer a
sua vontade. “deve enrolar a língua na boca, dez vezes antes de falar para tomar uma decisão”.
1.9. O Pastor se perceber que a maioria da Igreja não está satisfeita com a sua atuação, não deve insistir
em nela permanecer.
1.10. O Pastor deve evitar, o quanto possível, entendimentos com membros da Igreja, no local de
trabalho, durante o expediente, para não trazer-lhes dificuldades perante os superiores.

2. ÉTICA PASTORAL NA SOCIEDADE


2.1. O Pastor deve Ter boa conduta, ser irrepreensível perante o mundo, deve ser sincero, honesto, de boa
moral cumprir rigorosamente a sua palavra, ser pontual no cumprimento de suas obrigações.
2.2. O Pastor deve manter-se dentro de suas possibilidades econômicas, sem prejudicar quem quer que
seja.
2.3. O Pastor deve ser bom chefe de família, mantendo-a com dignidade dentro das suas possibilidades,
respeitando-a, amando-a e governando-a bem. (leiamos 1Tm. 3.4,5).
2.4. O Pastor deve ser patriota. Deve amar seu país e, esforçar-se para que todos os que cercam amem a
Pátria e observem as suas Leis. Aconselhamos a leitura do Manual Cícivo-Jurídico do Cristo, de autoria
do Pr. Wagner Tadeu dos Santos.

3. ÉTICA PASTORAL DO MINISTÉRIO


3.1. O Pastor deve zelar pelo bom nome de seus colegas, não permitindo que, em qualquer situação, haja
comentários desabonadores a respeito dos mesmos. Deve fazer o possível para evitar fazer
propaganda negativa contra os Ministros do Evangelho, através da imprensa escrita, falada e televisa
procurando destruir tais obreiros, quase sempre, em benefícios dos interesses subalternos.
3.2. O Pastor ao citar nos seus sermões, frases ou ilustrações que não sejam suas, deve citar o origem das
mesmas.
3.3. O Pastor deve ficar alheios a questões que sujam noutras Igrejas que não estejam sob a sua jurisdição,
não tomando parte, direta ou indiretamente nelas.
3.4. O Pastor deve respeitar as diversas denominações conhecidas, sendo sincero, bem como leal com as

116
mesmas. Não exercer proselitismo nas mesmas, em beneficio da fraternidade, que deve existir entre
todas elas.
3.5. O Pastor só deve aceitar convite para pregar noutra Igreja, quando formulado pelo seu Pastor
Presidente ou, no impedimento deste, pelo seu substituto legal. E aceitando-o, deve respeitar a
doutrina naquela Igreja, não ferindo os seus princípios e costumes.
3.6. O Pastor não aceitar convites de interessados para que se candidate ao Pastorado de uma Igreja,
quando seu titular não houver renunciado ao cargo. É preciso que os Pastores (Ministros) contribuam
para sua estabilidade e seguro nos postos que Deus lhe confiou.
3.7. O Pastor deve dar toda honra possível aos seus colegas, nunca falando mal de qualquer deles,
principalmente alíneas (o Pastor e seu antecessor).
a) Evite falar o que não convém contra o seu colega, a quem você sucedeu; mesmo não
concordando com a maneira dele ligar...
b) Não desfaça de imediato alguma coisa, que ele e a Igreja fizeram, mesmo precisando de
consertos.
c) Não consagre ninguém de imediato... isso cria aborrecimento para seu antecessor.
Lembre-se, seu antecessor é seu colega de MINISTÉRIO; diáconos e presbítero, não...
3.8. O Pastor ao deixar o Pastorado de uma Igreja, deve evitar, tanto quanto possível participar dos seus
trabalhos da mesma, para não constranger o seu substituto e não da obra. Deve evitar ingerência. Que
é Ingerência? É intervenção, interferência, intromissão. Isso só cria dificuldade para seu colega. Não o
ajuda no em natal!... deve evitar trocar de cartas e telefonemas. Evite visitas constante; elas criam
problemas para seu colega. Veja a REGRA ÁUREA – Mt. 7.12.
3.9. O Pastor deve ser amigo de sues colegas, deve manter com eles as melhores relações de amizade e
dar-lhes absoluta consideração; deve participar das reuniões de confraternização extensivas às suas
famílias.
3.10. O Pastor cônscio do seu dever deve zelar pela natureza, pela moral, pela dignidade e pela
espiritualidade do seu Ministério, pondo em prática os princípios impostos pela ética cristã. A ética
cristã diz respeito ao comportamento do cristã. A ética cristã diz respeito ao comportamento do cristão,
de como ele deve se conduzir.

4. A ÉTICA PASTORAL - logicamente, deve se restringir ao comportamento do Pastor com toda a Igreja, que
é composta de crianças, adolescentes, jovens, famílias, colegas, sociedade, etc...
4.1. ALGUMAS NORMAS ÉTICAS PASTORAIS - Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina – I Tm. 4.16.
Aqui inclui corpo, saúde física e mental; aparência, etc. evite trabalho demasiado, excesso de trabalho.
O temível “Stress” muito comum nos meios intelectuais, pode atingir também os pastores displicentes,
que trabalham sem plano de ação. O desgaste físico, sem a menos a sombra de dúvida, traz também
desgaste ministerial.
4.2. Não deixe de fazer barba pela manhã, antes e depois da oração.Cuide dos dentes. O povo não
simpatiza com um Pastor desdentado (banguelo). A pronúncia das palavras se tornam defeituosa,
defectiva.
4.3. Não despreze o seu corpo. Por falta de banho seu corpo pode exalar “mau cheiro”. Devemos servir ao
Senhor, com o corpo lavado com a água limpa (Hb. 10.22). falando ainda de limpeza, leiamos (Nm.
31.24). É provável, que muitos de nós já viram Pastores relaxados, mal lavados!... quando isto
acontece, como fica a dignidade do cargo de Pastor?... Ainda sobre a roupa limpa e elegância do
Pastor, leiamos (Lv. 16.4). Tiremos para nós as lições.
4.4. Está na moda o uso de gravatas de cores aberrantes, com impressão de exibição ou afetação. Cuidado
com os seus sapatos! Sapato sujos falam de relaxamento e não ficam bem para um Pastor, Ministro de
Deus. Vale a pena combater sempre a sujeira, inclusive dos sapatos. A revista “Seleções” publicou um
artigo sobre “sapatos limpos” – o articulista fez referência a uma Firma Norte Americana que abriu uma
concorrência pública para admissão de novos empregados, no seu estabelecimento Comercial. A
eliminatória estava estabelecida – “Sapatos limpos e brilhantes, gravatas bem arrumadas no colarinho”.
Quem não reuni-se aquelas condições, na recepção era logo dispensado. Nós Pastores, Ministros,
temos andar limpos e gravatas arrumadas?... i sto tem algum valor?...
4.5. A Ética na Linguagem Pastoral – Ef. 5.4 – aqui temos uma recomendação especial; em I Tm. 4.12 o
Pastor deve PADRÃO DOS FIEIS – na palavra, no procedimento e na pureza. Muitos gostam de
“piadas” irreverentes, que envolvem coisas Sagradas... devem ler as recomendações de Êx. 20.7 e Ef.
5.11,12. O Pastor deve Ter sal na linguagem. Seu linguajar – Cl. 4.6; Jesus recomendou aos
discípulos: “Tende sal em vos mesmos” (Mc. 9.50). Os servos de Deus não deve mentir! Não devem
Ter língua dobre, devem ser de “uma só palavra” (Tm. 3.8, Mt. 5.37, Pv. 14.25) Deus aborrece a língua
mentirosa Pv. 6.16,17; 19.5; Ef. 4.25; Zc. 8.16. companheiro Pastor fugir a essas normas Bíblicas, é
perigoso! “nada podemos contra a verdade, senão em favor da própria verdade” ( 2 13.8 )

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5. CINCO PERIGOS NA VIDA ÉTICA PASTORAL.
a) 1 – Falta de interesse e de desejo de ajudar os colegas na salvação de seus problemas.
b) 2 – O perigo de não tratar de seus próprios negócios.
c) 3 – A perda do idealismo varonil da sua vocação.
d) 4 – Agitação em torno de problemas que incomodam e entristecem os seus colegas.
e) 5 – O desejo e o esforço de galgar a preeminência entre os colegas.

5.1. Para vencer tais tendências ou fraquezas, o Dr. Storer apresenta as seguintes sugestões:
a) Cultivar o Espirito de justiça nas relações pessoais.
b) Desenvolver o desejo de cooperar na satisfação das necessidades de outros.
c) Praticar a disciplina própria com firmeza e honestidade.
d) Procurar entender realisticamente os problemas de outros Pastores e sua Igreja.
e) Reconhecer que nunca deve semear discórdia e dissensões em qualquer lugar.

5.2. O mesmo Dr. Storer considerando a tendência de muitos obreiros censurar sem piedade e
aparentemente com prazer, as mesmas de seus colegas, convida-os para recordar a Regra
Áurea - Mt. 7.12 e apresenta algumas aplicações dos princípios éticos:
a) Cooperando com o seu programa e trabalhando para aumentar a sua influência e poder, por
que, na providência de Deus, recebeu dela o seu preparo e o seu lugar no Ministério cristão.
b) Não se esquivará dos seus deveres como cidadão da pátria.
c) Tanto quanto seja possível, dedicará todo o seu tempo ao ministério cristão.
d) Pastor consciencioso não procura ganhar membros das Igrejas de colegas para aumentar a
sua própria. Trabalhará para ganhar os incrédulos.
e) Não divulgará boatos que prejudiquem o bom nome de colegas. Quando for conveniente, lhes
falará pessoalmente sobre as acusações contra eles, e os defenderá contra as acusações
falsas.
f) Não aceitará com avidez críticas adversas contra seu predecessor. Na mudança de planos de
administração da Igreja, não condenará tudo que os outros fizerem.
g) É detestável a campanha contra um colega no esforço de suplantá-lo no Pastorado da Igreja
dele.
h) Entregando o Pastorado de uma Igreja, fará todo o possível para deixar as organizações e os
arquivos em boas condições para o sucessor.
i) Reconhecerá as responsabilidades para com a denominação que o representa, lembrar-se-á,
como homem de Deus, das suas responsabilidades para com as mulheres, sempre
respeitando-as no modo de cumprimentá-las, e na linguagem que usa na conversa com elas.
Terá todo o cuidado para não contender com sua senhora.
j) Cuidará da sua própria família. Como está a nossa família?... Concluindo a discussão deste
assunto, não podemos achar um princípio ético mais valioso para a orientação do Pastor nas
suas relações pessoais do que a palavra de Jesus: “tudo quanto pois, quereis que os
homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas”
(Mt. 7.12). Mostrará diferenças para com o seu próprio povo, porque os laços de amor lhes
aumentam as responsabilidades mútuas. Respeitará os costumes sociais do povo e os seus
métodos de trabalhar quanto estes não ofendem as suas próprias convicções. Como servo de
seu povo, o Pastor deve se recomendar à consciência de todo o homem.

5.3. Como sabemos: há variedade de temperamentos entre nós Pastores, como em qualquer outro grupo
de pessoas. Alguns são sangüíneos, ardorosos e cheios de confiança e esperança. Outros são
coléricos, irascíveis e facilmente ficam zangados e aborrecidos. Alguns são calmos e tranqüilos,
enquanto outros são nervosos e facilmente ficam zangados e aborrecidos. Alguns são calmos e
tranqüilos, enquanto outros são nervosos e facilmente ficam excitados e agitados.

118
ÉTICA CRISTÃ

INTRODUÇÃO:

Ética: é a ciência dos deveres do homem, isto é, uma ciência que nos ensina como proceder neste
mundo. É uma ciência, porque tem por fim descobrir, classificar e explicar certos grupos de fatos. Há diversas
ciências, e os que as distribuem uma das outras não são os métodos adotados no seu estudo, mas os fatos
procurados, classificados e explicados.

A ciência da ética difere então das outras por tratar de fatos concernentes ao procedimento do homem
em todas as suas relações.

De todas as ciências, a ética é uma das mais importantes, porque trata dos deveres do homem.

A missão do homem: A missão do homem dada por Deus ao homem para cumprir-se aqui na terra é o
assunto especial da ética. Ela trata de todas as coisas que se relacionam com a descoberta e o cumprimento de
tal missão. Pelo estudo da ética. Ela trata de todas as coisas que se relacionam com a descoberta e o
cumprimento de tal missão. Pelo estudo da ética descobrimos a nossa razão de ser a razão de todos os nossos
poderes e faculdades, e, ainda mais os princípios que nos devem governar enquanto estamos aqui na terra. A
missão do homem é então o grande assunto que a ética ventila e discute.

1. DIVISÃO DA ÉTICA

1.1. Divide-se a ética em duas partes: Teórica e Pratica.

1.1.1. Ética Teórica: a ética Teórica trata dos princípios que deve governar a vida e o
procedimento do homem. Na ética teórica procura a explicação e a compreensão dos
princípios envolvidos na ciência da ética.

1.1.2. Ética Pratica: na ética Pratica trata da explicação dos princípios estudados na ética
Teórica, referente ao procedimento do homem. Isto é, a ética pratica tem por fim levar o
homem ao cumprimento dos seus deveres. Estuda-se, na ética Pratica, todas as relações
do homem e, pela aplicação destas relações, aos Princípios da ciência da ética procura-se
levar o homem ao cumprimento de sua missão.

Ética Pratica: é a parte da ética cristã que trata da aplicação dos princípios destas ciências
ao regulamento da vida do homem em todas as relações que o “GOVERNADOR MORAL” o
tem colocado. Cada um de nós tem uma missão sagrada nesta vida, e o nosso imperoso
dever é não somente descobri-la, senão também cumpri-la de acordo com o plano de Deus.
Tudo quanto existe, existe para certo e determinado fim. Temos, portanto, o dever de
descobrir a razão da nossa existência. Viver indiferentemente a nossa missão e a maneira
de cumpri-la é apenas existir. O estudo da ética é, portanto, um dos mias importantes que
se pode fazer.
1.2. O plano da nossa vida e da nossa missão baseia-se em três grandes relações:
a) A relação do indivíduo para consigo mesmo em que se encara os deveres de homem para
consigo mesmo.
b) A relação do indivíduo para com o próximo, em que se tratam os deveres do homem para
com outro homem.

1.3. A relação do indivíduo para com Deus, em que se estuda os deveres do homem provém destas três
grandes relações. Jesus compreendeu melhor do que ninguém a ciência da ética. Ele resumiu uma só
sentença: “Amaras o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda tua alma, de toda a tuas forças e
de todo o teu entendimento.

1.4. Todo curso de ética é apenas um comentário em torno deste versículo que é o resumo de tudo que se
pode dizer sobre a ética Pratica e cristã.

1.5. Jesus acentuou primeiramente o dever do homem para com Deus, porque esta é a relação
determinante da vida de cada pessoa. Aquele que é feliz na sua relação para com Deus será feliz
também em todas as relações para consigo mesmo e para com o próximo. A ordem que desejamos
seguir neste estudo não é a ordem que encontramos nos versículo citado. Consideremos
primeiramente o dever do homem para consigo mesmo e depois com o seu próximo e com Deus.

1.6. Ética Individual: a que se trata do dever do homem para consigo mesmo. É a parte da Ética Pratica
que trata da aplicação das leis morais ao regulamento do homem em relação a si mesmo. O fim da
ética individual é descobrir os deveres que o homem tem para consigo próprio.

119
1.7. Visto que o dever do indivíduo para consigo mesmo se resume em um respeito solene para o seu
próprio desenvolvimento a sua própria continuação e a direção do seu próprio ser, temos então, como
divisões, os seguintes capítulos:
a) Deveres de Conservação Própria
b) Deveres de Cultura Própria
c) Deveres de Direção Própria

1.8. Fácil é ver o motivo desta divisão: se é verdade que o homem foi feito à imagem de Deus e se Deus
lhe deu uma missão moral para cumprir aqui na terra, concluímos que ele precisa conservar todos os
seus dons naturais e cultivá-los para o fim a que foram destinados.

1.9. A missão do homem é a mais alta possível e tudo quanto ele tem lhe foi dado por Deus, para que
pudesse cumprir esta missão moral. Não há nenhuma criatura tão abençoada neste sentido como o
homem. Ele é, enfim, uma criatura que tem diante de si um alvo. O macaco é hoje o mesmo de ontem
e será o mesmo de amanhã. Nada há que o estimule ao progresso, pois não tem diante de si um alvo
que o convide a marchar para a frente; eis uma das razões porque permanece estacionário.

2. DEVERES DE CONSERVAÇÃO PRÓPRIA

2.1. Para o cumprimento da sua missão moral é indispensável ao homem manter-se como ser vivo com
todos os poderes desenvolvidos em sua integridade. Por isso, seu primeiro dever para consigo mesmo,
é a conservação dos poderes. Desde o momento em que o homem reconhece a sua missão, e que,
para cumpri-la, precisa de todos os seus dons naturais. Força é admitir que o seu dever primordial é
conservar estes poderes, pelos quais há de realizar a sua tarefa neste mundo. A conservação própria
é, portanto, absolutamente indispensável a uma pessoa. Quem não conserva os seus próprios dons,
condena-se ao mais completo fracasso. Por isso, o homem, por uma razão natural, é obrigado a
conservar todos os seus poderes, porque estes lhe foram dados por Deus para que pudesse cumprir a
sua missão.

2.2. De três grandes inimigos, o homem precisa defender o seu ser, o que faz com os poderes de que
dispõe. Estes três inimigos que procuram, por todos os meios, impedir o homem no cumprimento da
sua missão dada por Deus, são os seguintes: morte, doença e pobreza. O dever do homem para
consigo mesmo prende-se à continuação da sua vida, à conservação da saúde, e ao seu próprio bem-
estar material.

2.3. Baseadas nestas considerações, temos as seguintes subdivisões:


a) Dever de Conservação Própria;
b) Dever de Cultura Própria;
c) Dever de Direção Própria.

2.4. O homem é alma, espírito e corpo. Logo, o homem se compõe de alma e corpo. O dever de
conservação própria refere-se assim ao espírito como ao corpo; e por isso, devemos estudá-lo na sua
dupla relação. Devemos, porém, lembrar-nos sempre de que o homem é espírito, e tem corpo, o que é
para nós de grande importância, porque a ética relaciona-se mais intimamente com o homem do que
com o seu próprio corpo. Não queremos dizer com isto que a ética despreza os deveres do homem
relativos ao corpo, porque não é assim. A ética estuda os deveres do homem quer em um, ou em outro
sentido, embora dê ênfase de maneira especial em relação a si mesmo. Em outras palavras, a ética
acentua os deveres do homem em relação à alma ou ao espírito.

2.5. Para que o homem cumpra a sua missão, precisa reconhecer os seus deveres, assim para o corpo,
como para o espírito. Quem despreza os deveres relativos ao corpo, jamais atingirá o seu alvo, jamais
cumprirá a sua missão, e da mesma maneira, quem despreza o que se relaciona com espírito,
condena-se ao mais completo fracasso na vida. Se o homem é constituído de corpo e espírito, tem logo
o dever de conservar tanto os dons corporais quanto os espirituais, para que possa cumprir a missão
moral que lhe foi dada por Deus.

2.6. Cuidado do corpo: o cuidado do corpo, em geral, exige que se preste muita atenção às leis do
sistema físico, e naturalmente é proibida toda e qualquer transgressão delas, pois aquelas que as
transgridem hão de sofrer as conseqüências. É necessário que o homem tome cuidado do corpo par
desenvolver a força e mantê-lo em boas condições de saúde, coisas estas essenciais ao espírito no
desempenho do seu trabalho.

120
2.7. Algumas considerações sobre alguns pontos que se relaciona com o cuidado do corpo.

a) A maneira de comer: exerce também muita influência na saúde. O que come é importante
mas não menos importante é o como se come. Disse um célebre higienista americano que:
“cavamos a nossa sepultura com os dentes”, queremos dizer com isso que a nossa maneira
de comer muitas vezes nos encurta a vida. Devemos tomar o tempo necessário para fazer
boa refeição, pois a negligência neste sentido trará conseqüências funestas.

b) Algumas regras de como comer os seguintes alimentos:

c) limpeza: a limpeza do corpo é outra exigência do cuidado do corpo. A pele exerce função
importantíssima na vida do corpo humano.

d) Exercício Físico: o exercício físico é necessário para manter o corpo em boas condições, pois
sem ele perderá o calor e aquela abundância de vida tão necessária ao homem na vida.
Faltando o exercício, o físico perde, pouco a pouco, seu vigor e robustez, e se torna cada dia
mais incapaz de auxiliar ao espirito. O corpo é uma maquina que se enferruja quando não é
usada.

e) Descanso: o descanso é outro ponto que se relaciona com o cuidado próprio. Há certos limites
para as atividades do corpo, e o homem não tem o direito de os ultrapassar. O trabalho
esgota-lhe as energias e é necessário repouso para restaurá-las. Vemos que, Deus vendo
esta necessidade, fez com que se ficasse sempre as pálpebras do homem cansadas,
cobrindo-lhe a visão. A ética ensina ao homem o dever que ele tem de dar descanso e
repouso físico pelo sono, e quem despreza isto, sofrerá as conseqüências.

2.8. Cuidado do Espírito: após termos estudado o dever do homem em relação ao cuidado com o corpo,
verificaremos também em relação ao cuidado do espírito, porque o cuidado próprio inclui atenção e
obediência às leis do nosso ser espiritual. Como sabemos, o homem é espírito, e tem corpo, e se ele
tem o dever de cuidar do corpo, como muito maior razão tem o de cuidar de si mesmo. O espírito,
assim como o corpo, necessita alimentar-se, de guardar-se puro, de excitar-se, etc.

2.9. Dieta: sabemos que o espírito não se alimenta com a mesma alimentação do corpo. O corpo, sendo
material, alimenta-se do que é natural, porém o espírito, não é material: vindo de Deus, tem que
procurar o seu alimento no reino espiritual. A Bíblia relata a história de um rico que se enganou
julgando que seu espírito pudesse alimentar-se com as coisas terrenas. O espírito pode alimentar-se
somente das coisas que procedem da mesma fonte de onde ele veio, e ela consiste da verdade e das
relações sociais. Sem conhecer a verdade, e sem manter a relação com nosso próximo e com Deus,
não é possível ao espírito alimentar-se bem, porque ele só vive destas coisas. Ignorando a verdade,
especialmente aquela verdade mais elevada que há no Evangelho de Jesus Cristo. Os espíritos mais
fortes, mais vigorosos e mais belos são os que se alimentam da verdade pura, e que saciam a fome
nas melhores relações com as melhores pessoas: Deus e Jesus Cristo. Jesus: “Eu sou o pão da vida,
aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede” (Jo 6.35). a Bíblia Sagrada
é outra fonte da verdade onde o espírito pode comer e beber. No Salmo 23.5: “Preparas uma perante
mim na presença dos meus inimigos”. A ética ensina e insiste no dever que o homem tem de alimentar
o seu espírito com a verdade para com as relações sociais mais perfeitas, deve este tanto mais
imperioso quanto mais importância tem o espírito do que o corpo.

3. A PRESERVAÇÃO DA VIDA ESPIRITUAL


3.1. Já examinamos o dever do homem relativamente à preservação da vida física, e agora verificaremos o
seu dever mais alto e mais sagrado que é a preservação da vida espiritual, porque além das forças
que, como vimos, procuram tirar a vida ao corpo, existem também as que anseiam a tirar a vida ao
espírito. A elas está o homem e tem por isso o dever de resistir-lhes, o mais possível. O cumprimento
da missão do homem depende mais da vida espiritual ou do espírito do que da vida física. É por isso
que consideramos o dever de preservação da vida espiritual mais imperioso. Nesta vida o espírito está
cercado de males que procuram destruí-lo, e, por isso mesmo, a resistência é necessária. Quem não
luta será vencido e impossibilitado de cumprir a sua missão moral.
3.2. Defender-se a si mesmo: é o primeiro dever do homem. O homem precisa defender a sua vida
espiritual primeiramente de si mesmo. Muitas vezes o próprio homem é o seu mais terrível inimigo,
especialmente, em si tratando da vida espiritual. Parece que o corpo é mais facilmente resguardado do
mal que o espírito, pois é menos negligenciado pelos homens. O indivíduo tem muito cuidado em
satisfazer as necessidades do corpo mas esquece, quase por completo, as necessidades mais
urgentes do espírito. A falta de cuidado e preservação do espírito é um dos maiores inimigos do

121
progresso da humanidade, porque realmente só se faz progresso quando progride o espírito (o coração
de todo o progresso é o progresso do coração). Todos os maus desejos e más tendências devem ser
combatidos e vencidos; doutra maneira o homem não poderá cumprir a missão que Deus lhe confiou:
pois o dever sagrado é conservar o espírito nas melhores condições possíveis e o desleixo é
inteiramente condenável.

3.3. Defender-se dos outros: o homem precisa também defender o seu espírito dos outros. Mas imperioso
é o seu dever de combater os inimigos que lhe atacam o espírito do que o de guerrear com os que lhe
atacam o corpo.

122
EVANGELISMO INFANTIL

123
Tem este trabalho o objetivo de despertar, incentivar, mostrar aos missionários a necessidade de cumprir o
imperativo divino, encontrado em João 21.15

“Apascenta meus cordeiros”

1°. Á - É - I - Ó – U DO TRABALHO COM CRIANÇAS

Segundo o Dicionário Aurélio, Á - É - I - Ó - U, é a substantivação de a, e, i, o, u com que se designam as


primeiras letras ou rudimentos de uma matéria.
Você se recorda de como veio a aprender a ler e escrever? Lembra quantas vezes escreveu as vogais em seu
primeiro caderno?
Para deixar de ser analfabeto é necessário dominar, em primeiro lugar, os rudimentos da gramática, e,
infelizmente, quantos ainda vivem em absoluta ignorância!
No trabalho com as crianças existe, também, muita ignorância por não se conhecer as noções básicas para se
obter resultados satisfatórios e eternos.
Há muitos que são ANALFABETOS em trabalhos com crianças, fazendo tudo de maneira apenas superficial e
sem qualidade.
Deseja conhecer e dominar esta matéria? Então escreva em sua mente e coração, até gravar bem, o Á-É-I-Ó-U
do trabalho com crianças.

A - amor
“Depois de terem comido, perguntou Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais do que
estes outros? Ele respondeu: sim, Senhor, tu sabes que te amo. Ele lhe disse: APASCENTA OS MEUS
CORDEIROS” (Jo 21.15)
Pedro que negara ao Senhor três vezes é questionado três vezes pelo Senhor: “Amas-me” e só ao responder:
“Tu sabes que te amo” é que recebe a missão de apascentar, pastorear, tanto cordeiros como ovelhas.
Interessante neste texto é Jesus utilizar a palavra “cordeiro” que identifica os pequeninos de um rebanho de
ovelhas, o que nos faz pensar que, também, as crianças precisam de cuidado pastoral. Sim, as crianças
precisam ser apascentadas e não pajeadas.
Muitos trabalhos com crianças se resumem apenas em tomar conta dos pequenos para que não atrapalhem os
grandes e os que estão à frente das crianças tios ou tias que pouco ou quase nada fazem par a formação
espiritual das mesmas.
O que leva alguém a ser consciente de sua responsabilidade pastoral com as crianças é estar tomado de
amor ao Senhor Jesus.
Só quem ama ao Senhor poderá amar também as crianças e dedicar-se a elas, pois o amor de Cristo nos
constrange, julgado nós isto: Um morreu por todos, para que os que vivem não vivam para si mesmos, mas
para aquEle que por eles morreu e ressuscitou” (II Co 5.14-15).
É preciso verificar que no Velho Testamento encontramos o mesmo princípio. Em Deuteronômio 6.4-9, antes da
ordem para que os pais inculquem a Palavra de Deus em seus filhos, há o mandamento: “Amarás, pois, o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de toda a tua força.
Não haverá ministério eficaz com crianças sem um coração pleno de amor ao Senhor.

E - esperança
“Que virá a ser, pois, este menino? (Lucas 1.66)
Quando estas palavras foram pronunciadas, por ocasião do nascimento de João Batista, o seu pai, Zacarias,
tinha uma profunda convicção e esperança, chegando a afirmar: “Tu, menino, serás chamado profeta do
Altíssimo”(Lucas 1.76).
No Velho Testamento, no Salmo 78 versos 1 a 8, fica bem claro que ao falarmos às futuras gerações sobre o
Senhor e a maravilha de seu Amor e sua Salvação, estas crianças confiarão ao Senhor e serão obedientes à sua
vontade, escapando de virem a ser uma geração rebelde e infiel.
O trabalho com as crianças exige que se olhe para o futuro com a esperança que elas não serão escravas de
Satanás, mas serão servos fiéis; que elas não estarão perdidas, mas salvas eternamente; pois, semearemos
em seus corações a preciosa Palavra do Senhor que tem a garantia de não voltar para Ele vazia.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem esta esperança de que veremos os frutos de nosso

124
trabalho, para a glória de Deus.

I - investimento
Então lhe disse a filha de Faraó: Leva este menino, e cria-mo; pagar-te-ei o teu salário. A mulher tomou o
menino, e o criou (Ex 2.9)
Quanto custa formar uma criança? Sem dúvida trabalhar com os pequeninos exige gastos, exige investimentos.
Investimentos não só de dinheiro, de material, mas também de tempo.
Quanto trabalho com crianças é feito na base de improvisação e pode-se afirmar seguramente que é para as
atividades que envolvem as crianças que nunca se conseguem as verbas necessárias. Embora se saiba que o
trabalho com as crianças produz mais resultados do que o trabalho com jovens e adultos, chegando alguns a
afirmar que dá um retorno de 90% contra 10%, investe-se apenas 10% nas crianças, quando se investe.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem assumir os devidos custos:
a) custos para melhor preparo de aulas;
b) custos para ter-se melhores materiais didáticos;
e) custos para se transmitir melhor o ensino da Palavra de Deus às crianças;
d) custos para se tornar uma influência amiga e marcante na formação da personalidade da criança.

O - oração
Levante-te, clama de noite no princípio das vigílias; derrama o teu coração como água perante o Senhor; levante
a Ele as tuas mãos, pela vida de teus filhinhos, que desfalecem de fome à entrada de todas as ruas (Lm 2.19).
Diante de um quadro terrível, quando o povo estava sendo levado para o cativeiro, levanta-se este desafio do
profeta Jeremias: “Clama ao Senhor pela vida de teus filhinhos”
Mais do que nunca há necessidade de oração em favor das crianças. Nada poderá ser alcançado senão através
da oração.
Aquele que trabalha com as crianças precisa aprender o segredo da oração por si mesmo, pelo seu preparo,
que sua vida seja um exemplo e pala salvação das crianças e seu crescimento espiritual.
É imperioso reconhecer a verdade daquela afirmação de Agostinho: “É mais importante falar de Deus acerca
das crianças, do que falar às crianças acerca de Deus!”
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem a prática da oração.

U - urgência
“Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos”(Mt 18.14).
É urgente ganhar as crianças para Cristo. Enquanto crianças elas são mais suscetíveis de serem
evangelizadas, de reconhecerem seu pecado, de crerem na pessoa e obra de Jesus.
A medida que vão crescendo, que vão se adultizando, vão também endurecendo os seus corações e ficando
cada vez mais marcadas pelos pecados.
Tem sido comprovado que os 85% dos que são cristãos, tomam esta importante decisão entre 15 e 30 anos; 4%
após os 30 anos e 1% de 1 a 4 anos.
Esta estatística nos mostra como é urgente ganhar as crianças. Infelizmente muitos não crêem na evangelização
das crianças e protelam a comunicação da mensagem.
Quantas crianças acabam sendo igrejadas e não evangelizadas!
Quem trabalha com as crianças deve ter como prioridade conduzí-las à salvação em Cristo, pois esta é a
vontade de Deus.
Não haverá ministério eficaz com as crianças sem este sentimento de urgência quanto ganhá-las para Jesus.
Sim! Eis aí o Á-É-I-Ó-U do trabalho com as crianças, os rudimentos básicos para ter um trabalho frutífero.

2°. NOÇÕES DE PSICOLOGIA DENTRO DE CADA FAIXA-ETÁRIA

Para ensinar crianças com eficiência e sucesso, o professor precisa conhecer as características, necessidades e

125
interesses peculiares a cada faixa-etária. Ex.: O profeta Eliseu para ressuscitar um rapazinho desceu ao seu
nível adaptando-se às suas medidas e dimensões, por certos pormenores como boca, olhos, mãos e corpo.
Vejamos ai uma grande lição espiritual para ganharmos a infância para Jesus (Ver II Rs 4: 33,34). A Psicologia
Educacional estuda as leis que governam o crescimento, desenvolvimento e comportamento do indivíduo.
Estudaremos de forma resumida as características, as tendências, aspirações, predileções e interesse de cada
grupo de idade até os juniores, e com isso também as necessidades de cada um deles, no seu relacionamento
com o aprendizado. A divisão em grupo, que se segue, não significa precisamente a divisão psicológica, uma vez
que inúmeros educandos, ou melhor cada pessoa tem diferenças psíquicas. Além disso todos nós, sem exceção,
somos imperfeitos, tudo sendo efeito do pecado. Mas contudo vejamos o que existe de comum em cada faixa de
idade.

2.1. BERÇÁRIO E JARDIM DE INFÂNCIA (01-05 anos).

2.1.1. Quanto ao desenvolvimento

a) FÍSICO - Rápido crescimento, inquietação, movimento, sentimento de dependência. As quatros


principais atividades da criança nessa idade são: Comer, dormir, brincar e perguntar. Os sentidos
físicos funcionam com toda carga. Eles são nessa época de suprema importância na
aprendizagem. O ensino ilustrado é de toda importância nessa fase. Crianças gostam de todo tipo
de (trabalho) barulho, especialmente aqueles que resultam em ritmo. Por essa razão rimas e
movimentos ritmados nos hinos, poesias e exercício de expressão agradam e impressionam o
sistema nervoso e este transforma as sensações em movimento. Uma criança vive pelo sentimento,
por isso fica quieta apenas por alguns instantes.

b) MENTAL - Aprendizagem pelos sentidos, curiosidade. Imaginação. Credulidade. A alma da criança


é como massa de modelar, a forma que se der essa fica, o que for ensinado é aceito e crido sem
discussão, o que não se dá com jovens e adultos. A visão é por mais ativa e a criança aprende
mais pela visão do que por qualquer outro sentido. Há muita curiosidade. Muita criança tem
adoecido pela curiosidade em experimentar coisas desconhecidas. Animais pequenos correm
perigo perto de mãos infantis, vítimas de sua curiosidade... A imaginação é por demais fértil. Nesta
idade a criança não distingue entre o real e o imaginário. É tanto, que flores, animais e figuras falam
como se fossem gente. Devido a essa forte imaginação, elas inventam histórias as mais incríveis,
sendo por isso tidas por mentirosas. Quanto à curiosidade, a criança normal parece mais um ponto
de interrogação! Seu período de atenção não vai além de 3 minutos.

c) SOCIAL - A criança até os 5 anos é notadamente egoísta, vendo com isso a imitação. Ela é o
centro do seu próprio mundo. Só pensa em termos de “eu”, tudo é meu. Se vai a uma loja de
brinquedos quer tudo. Se vê outras crianças brincando quer tomar seus brinquedos. As vezes nem
quer uma coisa mais não dar para ninguém. É teimosa e quer fazer aquilo que lhe vem à mente.
São afetuosas. Gostam de música, canto. Sua tendência para imitar os outros influi no caráter,
assim como a curiosidade influi no conhecimento. Essa é a época áurea da formação dos hábitos
como oração, obediência, freqüência aos cultos, contribuição, reverencia na Casa do Senhor. Toda
construção começa pelo alicerce, e aqui vemos o alicerce da vida. Passada esta fase não volta
mais.

d) ESPIRITUAL - Credulidade e confiança tranqüila. A vida cristã no lar, num ambiente de oração e fé
em Deus, fará a criança compreender a Deus como Pai nosso. A atividade dos sentidos ajuda-lá-a
a aprender as lições da natureza. A criança crê em tudo que lhe é direto. Deus dever ser
apresentado como o Papai do céu.

2.2. OS PRIMÁRIOS (06-08 anos)

Palavra descritiva da idade: ATIVIDADE

a) FÍSICO - Ativo e inquieto, mas melhor controlado. As características são as mesmas da idade de
04-05 anos, com ligeiras diferenças. O crescimento é mais lento. O ingresso na escola pública põe
a criança sob disciplina e a expõe a alguns perigos. Começa a brincar em grupo, o egoísmo está
diminuindo. As avalanches de energia precisam ser despendidas sobre orientação. Se o seu tempo
não for ocupado, encontrará muito o que fazer.

b) MENTAL - Nessa idade, o aluno é observador e curioso. Prefere mais fazer do que prestar
atenção. Tem memória sem igual. Aprende com facilidade sem entender o que memoriza. É preciso
cuidado quanto ao ensino nesse particular. São impacientes. O que querem, querem agora!
Começam a distinguir entre o real e o imaginário, entre fato e fantasia. As histórias e fatos contados
ficam gravados. Dessas histórias, a criança obtém preciosas noções de honra, justiça, bondade,
compaixão. As crianças nessa idade aprendem com facilidade mas é preciso explicação do material

126
memorizado. Se isto não for feito, elas guardam a história na memória, mas esquecem a lição nela
contida. É oportuno encher-lhe a memória com a Palavra de Deus, tanto com versículos
apropriados como com ilustrações ou verdades bíblicas ilustradas, das quais Jesus tanto se serviu
quando ensinava.

c) SOCIAIS - A imitação continua forte, bem como a tendência para representação. A criança nesta
idade gosta do grupo, mas do mesmo sexo. Os meninos aborrecem qualquer associação com as
meninas, quer nos brinquedos, quer nas ruas. Eles implicam com elas e as expulsam do meio. Na
imitação o menino imita professores masculinos e as meninas, trabalho de mulher. Nesta idade a
criança é muito sensível. Qualquer coisa que lhe digamos em tom áspero a magoará e não
esquecerá com facilidade. Entretanto não guarda rancor.

d) ESPIRITUAL - Confia sem duvidar, a menos que sofra decepções. Uma criança facilmente confia
em Deus. Nessa idade ela começa a comparar o certo e o errado, e é ágil, viva em descobrir as
falhas dos adultos. Cuidado, pois com o exemplo. Se o professor não estiver devidamente
preparado para a aula, a criança notará facilmente seus apertos. Deus deve ser apresentado como
o Grande Amigo.

2.3. OS JUNIORES (09 - 11 anos)

Palavra descritiva da idade: ENERGIA.

a) FÍSICO - Saúde e energia em excesso. Espírito de competição e investigação. Não há fadiga. As


classes dever ser separadas. Porque o que interessa a meninas, não interessa a meninos. Gostam
do ar livre e excursões. Gostam de coisas arriscadas, como subir em árvores, rochedos e
equilibrismo. O instinto de coleção aumenta mais. Agora é selos, moedas, figuras, revistas infantis
etc. O espírito de competição muitas vezes termina em lutas, gostam de parecerem fortes. Deus
deve ser apresentado como Deus forte e amoroso

b) MENTAL - Sede pelo começo das dúvidas. A criança passa a investigar o porquê das coisas. A
memória continua ativa. O que for agora memorizado ficará retido e acompanhará o aluno pelo
resto da vida. A criança lê muito nesta idade. É época de por em suas mãos a literatura ideal,
porém graduado. Quase todas as crianças dessa idade acham tolas todas as idéias dos adultos.
Esta é a época para fixar hábitos e costumes corretos como: Ler a Bíblia , localização de
passagens, freqüência aos cultos, estudos da lição da Escola Dominical, graças pelo alimento, etc.

c) SOCIAL - Interesse no grupo, associações, organizações. O menino quer ser importante, acham
que as meninas não deviam existir. O sentimento de lealdade é muito forte. Necessitam
grandemente de tratamento simpático. O espírito de grupo deve ser orientado e guiado em vez de
sufocado ou criticado. Esta é a idade ideal para a orientação sexual, porém deve ser ministrado
pelos pais.

d) ESPIRITUAL - Sendo crente nessa idade a criança gosta muito de adorar a Deus. Ama a Jesus
como Salvador. Amigo e Herói. É época da plasticidade espiritual.

2.4. OS INTERMEDIÁRIOS (12 a 14 anos)

São também chamados adolescentes, o que de fato são. Adolescente deriva do latim “adolesco”, crescer,
desenvolver-se para a idade varonil. Nossa palavra adulto é o particípio de adolesco=crescido.

Palavra descritiva da idade: TRANSIÇÃO.

a) FÍSICO - Crescimento rápido outra vez. Mudanças profundas, físicas e mentais, isto devido a ação
de certas glândulas até então inativas, mas agora, em obediência às leis do Criador são ativadas e
respondem pelas transformações físicas e psíquicas da criança. Há agora muito vigor e muita
atividade. O coração do adolescente cresce e palpita com mais rapidez, o que dá ao menino
energia tornando-o barulhento. Bate a porta com força, assobia e grita com força total, que a pobre
mãe cansada e nervosa pergunta porque é que o Joãozinho não pode ser mais cavalheiro e
delicado. Esses jovens furacões também dão vazão, facilmente, a tais explosões de energia e logo
ficam cansados. Meninos e meninas começam a demorar-se diante do espelho e do perfume. As
meninas crescem mais rápido, mas param mais cedo; os meninos demoram um pouco mais e
continuam crescendo. Devido as novas forças desenvolvidas e o desassossego do físico, grande
perigos rondam esta idade.

127
• Os adolescentes são desajeitados; esbarram em tudo e como quebram as coisas em casa!
Isso porque mãos, pernas e pés estão em rápido crescimento, juntamente com forças até
então inativas, e o cálculo e a firmeza sofrem prejuízos. Também costumam aprender e
inventar cacoetes os mais diversos, mas sendo observados com simpatia, os abandonam
pouco depois automaticamente.(Cacoetes na idade têm sempre origem no sistema nervoso,
como pressa, preocupação, estado emocional, etc., etc.)

• Deus deve ser apresentado aos adolescentes como nosso verdadeiro alvo.

b) MENTAL - Expansão. Abandono das coisas de criança. Surge a razão, a mais alta das faculdades
humanas, e o rapaz está sempre a perguntar o porquê e o como das coisas (falamos de razão no
sentido de raciocínio e não noutro). É a idade das dúvidas, inclusive as de ordem teológica. O
adolescente é pesquisador e lógico. Lê muito, se tiver formado esse hábito. Concentra-se no que
faz. Surgem as emoções. Perguntas bíblicas. Impera o reino da fantasia. Há constante sonhos
quiméricos de coisas irrealizáveis, que costumamos chamar de “castelos de areia”. As emoções
oscilam de um extremo ao outro. Hoje a mocinha está alegre, irrequieta, sonhadora. Amanhã estará
muda, triste e não gosta de mais ninguém. O rapazinho adquire ares de teimosia, rebeldia,
argumentação. Tudo isso faz parte dessa idade. Tudo deve ser canalizado e orientado para o bem.

• A oração constante a Deus e a confiança em suas promessas segundo a sua Palavra, por
parte do pais, é fator de primeira ordem para o equilíbrio, controle e vitória, tanto no lar como
na vida do adolescente.

• É ainda nessa idade que a mente atinge o mais elevado período intelectual, na fronteira dos 15
anos.

c) SOCIAL - Desejo de companhias. Aumenta o sentimento de grupo. Os pais enfrentam o problema


de companheiros apropriados para os filhos. Impulsos de independência. Detestam a rotina;
querem variedade. Emoções intensas. A disposição e a força devem ser dirigidas contra o mal, o
erro. O amor profundo que surge nessa época deve ter seu verdadeiro alvo em Deus e no próximo,
com o qual convivemos aqui na terra até à morte. O estudo de relações humanas por parte dos pais
é muito útil nessa fase.

• O sentimento de justiça é muito forte, o que exige cuidado dos pais quanto a aplicação de
disciplina.

d) ESPIRITUAL - É época ideal para serem conduzidos a Cristo. Precisam de apoio constante e
orientação, isso num ambiente apropriado de espiritualidade profunda, atividades cristãs e
programas próprios para a juventude.

2.5. OS SECUNDÁRIOS (15 A 17 ANOS)

Palavra descritiva da idade: ASPIRAÇÃO.

As características físicas, mentais, sociais e espirituais, são praticamente as mesmas da idade anterior, porém,
mas acentuadas. A vida sentimental continua em desenvolvimento. Muitas vezes, há romances nesse ponto, os
quais exigem tato, controle, paciência, ação, confiança e observação por parte dos pais. Prossegue o espírito de
competição.

3. REQUISITOS DO BOM PROFESSOR


Palavra aos professores
Leitura em Marcos 10:14. O professor do Ensino Bíblico da Escola Dominical foi chamado para um dos
trabalhos mais importantes da Igreja de Jesus Cristo, que é cuidar das crianças que a ele pertence (Pv
22.6) “Leitura”. O professor é privilegiado por ter sido escolhido por Deus para ensinar as crianças da
casa do Senhor (Exp. de Timóteo) que desde a meninice sabia as Sagradas Letras. Professor! você
deve sentir-se feliz em estar investindo neste grande trabalho, que é o de ensinar as Sagradas Letras às
crianças na Escola Dominical! Ser professor de criança é ter um cargo sério e elevadíssimo. É
gratificante para o professor mais tarde se deparar com frutos do seu trabalho.

Ser professor de criança é ter convicção da grandeza do trabalho que se está fazendo na obra do

128
Mestre; é ter certeza de se estar levantando um edifício de ouro (I Co 3.12). Ser professor de criança é
trabalhar pelos outros e para Deus, é sobretudo promover a felicidade de alguém confiando-lhe a graça
de Cristo.

No entanto, queridos professores, este trabalho só será confirmado com êxito total com a permanência
da criança na Igreja. Ainda que alguns abandonem o “Aprisco das Ovelhas” por onde quer que estejam
se lembrarão da palavra de Deus ouvida através do Professor da Escola Dominical. Concluindo leiamos
I Coríntios 15:58. Mas para isso é preciso ter-se convicção do que se está fazendo, certeza de fazermos
um trabalho de Deus e para Deus.

Objetivo da organização - Adquirir um melhor rendimento na educação cristã da criança obtendo êxito
no Ensino da Escola Dominical.

Objetivo do curso - Melhorar o conhecimento do professor para que haja melhor rendimento no Ensino
Bíblico da Escola Dominical.

REQUISITO - é uma exigência necessária para certos fins, certos efeitos.

É importante e bom saber que uma pessoa vale e pesa pelo que é e pensa. Ora o professor de
crianças da Escola Dominical é, sobretudo um crente que sabe manusear a Palavra de Deus. Ele deve
ser dinâmico e corajoso, pois luta contra tudo o que contraria os ensinos Bíblicos.

1°. REQUISITO: VOCAÇÃO

Toda profissão exige qualidades e aptidões das pessoas que a exercem. A isto chamamos de
vocação.

VOCAÇÃO - é uma disposição natural do espírito, é como uma força interna que age nas
pessoas dando-lhe a capacidade para desempenhar uma certa atividade. Talvez não haja no
mundo uma função que mais exija este talento que a do professor. As pessoas separadas para
esse trabalho devem ser realmente vocacionadas. Medite: I Coríntios 7.20. Devemos
desempenhar a nossa tarefa com muita abnegação, porque sabemos que fomos chamados por
Deus, e seremos recompensados por Ele. A função essencial do professor de crianças na
Escola Dominical é ajudar a criança a desenvolver os seus conhecimentos e a sua
personalidade. O professor é uma pessoa que procura antes de tudo guiar, orientar, encorajar
e descobrir o interesse dos pequenos. É um trabalho árduo e como tal apresenta segredos e
dificuldades. É preciso o professor de criança ser idealista. E o professor que tem vocação
sempre procura novas maneiras, novas técnicas para despertar o interesse da criança pela
palavra de Deus.

Aquele que professa algo está revelando que sabe o que professa. Se alguém professa
medicina, direito ou pedagogia está também consciente de que sabe essas ciências. Um
construtor não professa medicina, nem pedagogia, nem direito. Se alguém professa alguma
matéria, ter de ser entendido nela. O professor dever ser um homem versado nas matérias que
professa. E versado é o homem que é experimentado, que é entendido.

O professor da Escola Dominical de crianças deve ser versado em assuntos bíblicos e no


modo de aplicá-los as crianças. E só faremos um trabalho perfeito, com brilho sob a orientação
do Divino Mestre e com a inspiração do Santo Espírito de Deus. Para sermos professores
capazes é preciso abrirmos o nosso coração para morada do Espírito de Deus, porque Ele é
quem dá inspiração.

2º REQUISITO: DEDICAÇÃO

DEDICAÇÃO - é uma virtude que se identifica quando uma pessoa demonstra zelo e interesse
total para fazer alguma coisa em favor de alguém. Sem que haja essa disposição não há
dedicação. A soma da vontade de fazer alguma coisa, mais o interesse de chegar a conclusão
desse desejo, podemos classificar como dedicação. Por exemplo: Se você gosta de ensinar
crianças, irá procurar um meio pelo qual elas aprendam cada vez mais. Ora, para se chegar a
conseguir da criança um bom rendimento na aprendizagem é preciso que haja dedicação que
vem a ser sinônimo de interesse e de vontade.

3º REQUISITO: AMAR A CRIANÇA A PONTO DE DOMINÁ-LA

A criança sem afeto tornar-se-á uma pessoa desajustada e, consequentemente, sem domínio
sobre si mesma. Por isso se diz que o amor é dado em troca de uma necessidade. A criança
aprende a amar os outros, quando recebe amor. A criança que não recebe afeto, cresce
conhecendo somente revolta e desprezo pelo próximo e também não ama; tudo por ter sido

129
criada sem carinho. Suas reações serão as mesmas que sentiu pelos maus tratos que recebeu.
Está na obrigação do professor ajudar o desenvolvimento da personalidade da criança,
tratando-a com carinho.

Para que não ocorra um desvio na caráter da criança, precisam os líderes dar o máximo de si
mesmos, muito afeto e bom trato, para prenderem a atenção e a confiança da criança.
Lembrem-se de que as crianças confiam e acreditam em quem amam. Procure sempre falar-
lhe a verdade. Nunca prometa o que não possa cumprir, uma simples “mentirinha” tira para
sempre sua credibilidade. Para obtermos domínio sobre a criança é necessário fazermos uma
sondagem, pois cada indivíduo, possui características próprias. O ser humano não pode ser
generalizado. É recomendado aos líderes distribuir as tarefas de modo agradável, pois, o
trabalho mental excessivo é mais prejudicial que o físico, quando não bem regulado causa
irritação e inquietação. Nunca se pode desprezar as perguntinhas da criança, mesmo que
sejam um tanto sem lógica; a resposta faz com que adquiram confiança, amizade e, sobretudo,
liberdade para confidenciar suas aventuras e sentimentos com o professor. Devemos acatar as
iniciativas da criança, sempre que possível, aproveitando seu comportamento para dar como
exemplo a outros.

Conversar com as crianças, sem critica-las, é uma boa maneira de demonstrar-lhes amor.
Tenha sempre um sorriso para elas. Este amor deve ser mantido com autoridade. Sendo
necessário um repreensão, repreenda de modo meigo, com amabilidade, lembrando-se de que
“resposta branda desvia o furor” (Pv 15:01).

4º REQUISITO: CAPACIDADE PARA ENTENDER A CRIANÇA

Sentir amor pela tarefa que tem a desempenhar é o ponto básico para entender a criança, e
compreender as suas necessidades de aprendizagem e afeto, que são fundamentais.
Lembrem-se de que o professor contribui essencialmente para a formação da personalidade
infantil.

Na parte espiritual, Deus se agrada de quem se dispõe a cumprir sua ordem “Instrui o menino
no caminho em que deve seguir” (Pv 22:6). É imprescindível um entrosamento com os pais, a
fim de saber as necessidades que tem a criança tanto espiritual como emocionalmente:
carência de afeto materno etc., para que o professor possa contornar a situação, dentro dos
métodos psicológicos.

O convívio com Deus prepara a criança para conviver com outras crianças. O professor
prepara a criança para conviver dentro da sociedade cristã (viver acompanhada e ser
companhia). Levar uma criança a Deus é algo muito importante na vida. Ser moderado e
amável são características básicas para liderar crianças, valorizando a personalidade de cada
uma. A criança precisa amadurecer onde haja paz, calor humano e sobretudo conhecimento de
Deus. Tendo idoneidade para corrigir a criança, quando necessário, faça-o mas faça a sós,
para evitar comentários infrutíferos, ou agressividade. É claro que, às vezes precisamos
repreendê-las, mas quando isto for necessário devemos fazer com muita (precisão) precaução
e carinho. E sempre que as corrigirmos devemos mostrar-lhes que a vontade de Deus é que
sejam obedientes, pois Deus gosta de crianças obedientes.

É dever do professor saber versículos bíblicos que dêem a conhecer como devemos nos portar
na Casa de Deus. Quando o professor assim procede a sua classe é sempre a mais
freqüentada, porque os alunos se sentem felizes em estar com ele e se interessam por
aprender dele a palavra de Deus.

5º REQUISITO: MORAL PERANTE A IGREJA

Nós mesmos somos a Igreja, logo precisamos ser dignos, sobretudo sinceros entre nós
mesmos. Porque bem sabemos que não se deve ensinar o que não se pratica. Foi por isso que
Jesus chamou os judeus de hipócritas (Mt 15:7,9). Não deve o nosso amor ser fingido, mas ser
um amor cordial, com honra uns para com os outros (Rm 12: 9,10). A moral assinala o que é
honesto e virtuoso segundo os ditames da nossa consciência e os princípios humanos, a ética
diz que a moral trata dessas coisas e dos nossos bons costumes, e do cumprimento dos
nossos deveres. Assim podemos ver que a moral é o conjunto das nossas atitudes e dos bons
costumes para o domínio espiritual.

O professor de crianças da Escola Dominical deve possuir as qualidades morais citadas,


porque não se pode educar sem Deus, e muito menos, utilizar a Bíblia só de lábios e não com
a vida moral. Sem estas qualidades perante o povo de Deus e perante o mundo, não é
possível, porque somos a carta de Cristo conhecida e lida por todas as pessoas (II Co 3: 2,3).

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6º REQUISITO: SER EDUCADO NO TRATO

Todos gostam de receber um bom tratamento, e mui especialmente as crianças. Elas sempre
estão à procura de alguém que as ame, que lhes dê carinho, e que lhes transmita segurança.
Cabe ao professor usar a maneira mais eficiente para transmitir a mensagem desejada à
criança.

João Batista nos orienta a este respeito quando diz que “a ninguém trateis mal” (Lc 3:14) e
Tiago diz: “Quem dentre vós é sábio e entendido? Mostre pelo seu bom trato as suas obras em
mansidão de sabedoria” (Tg 3:13). O professor que se preocupa com o trato dos seus alunos é
bem recompensado, porque tem mais probabilidade de alcançar os seus objetivos e encontrará
mais cooperação da parte de todos. As crianças não gostam de olhares indiferentes, de
palavras arrogantes, nem de gestos bruscos. Portanto, para cativá-las devemos demonstrar-
lhes a nossa alegria em tê-las presentes, elogiando-as, quando necessário, e sempre externar
o nosso interesse por elas.

O professor que utiliza o castigo e a repreensão em alta dosagem e demonstra falta de


confiança nos alunos, provoca neles reações, como: sentimento de revolta, angústia,
passividade e submissão.

7º REQUISITO: NÃO TRANSMITIR SEUS PROBLEMAS AS CRIANÇAS

Um dos principais requisitos para um bom professor é o equilíbrio emocional, é uma qualidade
indispensável. O professor deve ser uma pessoa calma, capaz de dominar suas reações
emocionais. O professor que transmite os seus problemas pessoais na hora de aula é
antididátido e prejudica o seu próprio trabalho. Os alunos são extremamente sensíveis ao
estado emocional do professor. Deste depende criar um ambiente de confiança, cordialidade e
compreensão, para favorecer o rendimento do ensino, e consolidar a personalidade dos
próprios alunos. Devemos lembrar que a criança tem uma alta capacidade de percepção. Para
o professor é necessário ter um padrão de comportamento estável perante as crianças. O
professor não pode ser oscilante (duas caras), em seu comportamento, pois a criança e o
adolescente tem a tendência de imitar os adultos que adquiram pela força, inteligência ou
qualidades pessoais. Por isso é necessário que o educador tenha uma personalidade
equilibrada e saiba controlar suas emoções.

8º REQUISITO: SENTIR-SE RESPONSÁVEL PELA SALVAÇÃO E FORMAÇÃO ESPIRITUAL DA


CRIANÇA

A criança assume um compromisso inconsciente perante se própria e perante seus pais, de


freqüentar a Escola Dominical. Os pais por sua vez, confiam e entregam seus filhos para que
ali sejam orientados. Esse já é um grande passo dado para a formação espiritual da criança.
Uma grande parcela dessa responsabilidade cabe à família e outra ao professor. Porque é dele
que a criança vai aprender algo da parte de Deus, e das coisas espirituais. Portanto, é dever do
professor corresponder esta expectativa. Lemos em Zacarias 12:1 que é o Senhor quem forma
o espírito dentro do homem. Porém nós somos os instrumentos utilizados por Deus para
transmitir-lhe a mensagem divina. Por isso devemo-nos apresentar a Deus como nos incentiva
o apóstolo Paulo em 2 Timóteo 2:15 “Como obreiros que não tem de que se envergonhar e que
maneja bem a palavra da verdade”. Devemos conscientizar a criança da sua salvação e
ensinar-lhe que deve mostrar a Deus sua gratidão por uma tão grande dádiva, fazendo-a
entender que o plano de salvação de Deus foi criado para todos, inclusive para as crianças em
Provérbios 22:6 o professor é comparado a um jardineiro.

9º REQUISITO: LINGUAGEM ADEQUADA AO NÍVEL DA CRIANÇA

Em I Coríntios 14:9 lemos: “Se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como
se entenderá o que se diz? Porque estareis falando no ar”. Por isso devemos sempre estar
preocupados com o que vamos falar e como vamos ensinar. A linguagem da pessoa que
ensina deve ser clara, correta, objetiva e tais pessoas precisam sempre procurar a perfeição,
digo aperfeiçoar o seu vocabulário e corrigir os vícios de linguagem. Para ensinar crianças, a
escolha da linguagem a ser usada é muito importante. As palavras devem ser pronunciadas
com uma entonação agradável e infantil e, sempre que possível, utilize o vocabulário da própria
criança. Falar bem humorado dando ênfase às palavras para despertar o interesse da criança
pelo assunto abordado é imprescindível. Se um professor fala para crianças usando palavras
desconhecidas ou mesmo como se estivesse falando para pessoas adultas, essas crianças
terão dificuldades de assimilação e, consequentemente, a aprendizagem será reduzida.

Vemos assim a importância da escolha da linguagem para um bom relacionamento professor


criança e um excelente índice da aprendizagem.

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10º REQUISITO: TER CONHECIMENTO BÍBLICO

Conhecimento é estar informado sobre alguma coisa. Logo quando uma pessoa está bem
informada sobre algo, ela tem a posse de conhecimento. Mas para isto é preciso que esteja
realmente certo de que o fato aconteceu.

Conhecimento é a convicção da consciência obtida pela percepção. O professor de criança da


Escola Dominical deve conhecer a Bíblia porque a lê. Não devemos falar do que não sabemos.
Deus mesmo lhe ensinará toda verdade. O professor é obrigado a saber comentar a lição
dominical, porque quem dá graça é Jesus, mas quem deve ler para conhecer a lição é o
professor. Foi com muita clareza que o Apóstolo Paulo recomendou aos romanos (12:7) que
para quem ensina, “haja dedicação ao ensino”. Professor, veja como é grande a sua
responsabilidade. Sabe por que? Porque a Escritura diz que “doutrina do sábio é uma fonte de
vida para desviar dos laços da morte”(Pv 13:1) e diz mais “um mau mensageiro cai no mal” (Pv
13:17).

11º REQUISITO: ESPÍRITO DE LIDERANÇA

Espírito de liderança é uma parte integrante do bom professor: se ele é responsável pelo
aprendizado do grupo, precisa ser um bom líder. O professor que exerce a liderança procura
compreender cada aluno para conseguir a cooperação de todos. Muitos professores têm uma
concepção errônea de liderança. Julgam que líder é aquele que impõe, que considera que os
alunos como autômatos e incapazes de vontade própria. No entanto o verdadeiro líder age de
maneira totalmente inversa: faz tudo para que os alunos encontrem as soluções por si mesmos
e encorajam os mínimos esforços de cada um. O líder ver o aluno com uma pessoa capaz de
descobrir, idealizar e criar, e utiliza mais a recompensa do que o castigo. São os processos de
liderança que dão resultado produtivo e colocam o ensino no mais alto padrão. Existe ainda o
professor indiferente, isto é, aquele que não toma atitudes: é sempre indeciso, dá aula sem se
preocupar com o aluno, como se apenas estivesse cumprindo o seu dever de expor o assunto,
deixando o resultado a cargo do discípulo. Tal conduta acarreta reações no aluno, baixo
rendimento, desordem e indisciplina. O professor que exerce liderança controla toda a situação
do aluno, sem lhe dar isso a perceber. A criança não gosta que alguém lhe indique o que fazer.
Ela gosta de descobrir. Então a função do professor é orientar, associar as idéias e deixar que
a criança as desenvolva, porque ela tem habilidade suficiente para isto. Mas não devemos
deixar que a criança se sinta só no estudo, pois neste caso seremos um exemplo de professor
indiferente e isto não pode ocorrer em hipótese alguma. Temos o exemplo de Jesus nos seus
ensinamentos. Ele sempre foi um líder, sem ser opressor dos seus discípulos. E nós devemos
ser imitadores de Cristo (Ef 5:1).

12º REQUISITO: ASSIDUIDADE E PONTUALIDADE

Mas uma vez o professor está sendo colocado como espelho onde os alunos procuram mirar-
se. Assim sendo, ele precisa ser assíduo e pontual. Deve chegar sempre mais cedo que o
primeiro aluno, para cumprimentá-lo. A assiduidade dá apoio moral ao professor quando quiser
ou precisar fazer uma advertência nesse sentido. O próprio aluno irá lembrar-se de que o
professor chega sempre na hora certa e procurará corrigir-se. É claro que as vezes ocorre
alguma eventualidade. Nesse caso, se possível, os alunos deverão ser avisados do motivo da
falta. Agindo assim, o professor evitará que o aluno fique com uma interrogação. A criança
afeiçoa-se com muita facilidade ao professor. Quando ele falta, ela se nega a aceitar o outro
professor e consequentemente não se interessa pela aula. Para evitar isso o professor deverá
dividir o tempo com o outro professor. Os alunos ficarão acostumados com ambos.

13º REQUISITO QUALIDADES FÍSICAS

Ser professor é deveras uma missão árdua e até mesmo complexa. Ela não exige apenas
preparo espiritual e intelectual, mas também físico. A aparência e os hábitos pessoais
colaboram eficazmente na apresentação do trabalho do professor. Ele deve conscientizar-se
de que todos olham para ele; portanto precisa ter cuidado com a sua postura e procurar corrigir
seus maus hábitos, para não dar maus exemplos aos seus alunos. A higiene também faz parte
do preparo físico; inclusive no estado psicológico. Uma pessoa asseada sente-se bem e tem
possibilidade de transmitir seus pensamentos com mais eficiência e entusiasmo diante dos
problemas que surgem. O cristão deve aprender a disciplinar seus hábitos negativos para que
Cristo seja glorificado em sua vida. Portanto, se para o ensinador cristão estas qualidades são
indispensáveis deve o professor cumpri-las a risco, para um melhor aproveitamento do seu
trabalho. As boas qualidades e os bons hábitos devem compor a formosura e a beleza do
conjunto físico do professor, para sua melhor apresentação, pois engrandece o somatório de
todos os outros requisitos e atributos inerentes ao professor de criança da Escola Dominical.

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4. REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA UMA BOA AULA

4.1. PLANEJAMENTO

O planejamento é de suma importância na orientação de toda a tarefa a ser realizada. É através do


planejamento que você professor, organiza o desenvolvimento de sua ação junto à classe, partindo
sempre para realizações mais aperfeiçoadas.

Planejamento - é um roteiro que orienta nossas atividades, afim de que alcancemos nossos objetivos.
Aliás temos um motivo para planejarmos é a nossa responsabilidade no que diz respeito a formação
espiritual dos nossos alunos com o ensino da Palavra de Deus. Não queira correr o risco de improvisar
sua aula, pois pode ficar faltando alguma coisa importante para ser abordada, pode faltar algo que seu
aluno esteja precisando. Até agora falamos de planejamento de um modo geral, no entanto o que nos
interessa para este trabalho é o plano de aula. É este que orienta sua tarefa em cada aula que você
ministra.

Planejar significa prever como alcançar certos objetivos.

4.1.1. OBJETIVOS – É uma meta que você deseja atingir; é algo que se deseja alcançar! Em
todas as nossas ações, existe sempre uma finalidade, um objetivo a ser atingido desde
os atos mais simples aos mais complexos.

4.1.2. Na sua classe o objetivo é aquilo que você deseja que seu aluno aprenda. Como
estabelecer os objetivos? Não é difícil - respondemos. Você leu a Bíblia, leu a Lição
Bíblica, então é só meditar nos pontos mais importantes para o ensinamento em classe,
principalmente aqueles considerados como doutrina bíblica que servirão para
aprofundar a fé da criança. Os objetivos é a essência, é aquilo que você quer que fique
gravado na mente da criança, é o essencial.

4.1.3. CONHECIMENTO DO ASSUNTO - É ter segurança daquilo que você ensina. Para
ensinarmos uma lição é preciso conhecimento, digo conhecermos profundamente o
assunto para não sermos apanhados com insegurança, porque, assim perdemos a
credibilidade da turma. O professor precisa estudar, sempre estudar, e está seguro do
assunto que vai ministrar. Devemos ensinar o que temos convicção de que na Bíblia
está escrito realmente é assim.

4.1.4. MOTIVAÇÃO - É o recurso que o professor usa para despertar o interesse do aluno por
um assunto que você pretende ministrar. É preciso cuidado com a motivação para não
exagerar em fantasias porque a criança pode se decepcionar. Mas a motivação deve
ser aplicada com estratégias de modo que agrade a criança e atenda a expectativa dela
ao introduzir o novo assunto. A motivação da aula é a introdução do assunto, o prefácio
da aula e para o bom desenvolvimento da aula a motivação é o item principal, porque é
a estratégia que o professor usa para atrair atenção da criança.

MOTIVAR é criar prontidão.

Exemplo de motivação:

• RECURSOS VISUAIS - para a criança é de suma importância os recursos visuais.


Recursos visuais são materiais didáticos que o professor usa para ilustrar suas aulas
e tem grande influência na motivação da aula, tornando-a mais alegre e menos
cansativa. A criança gosta de figuras, desenhos coloridos. O colorido e a variação de
cores desperta o interesse da criança. Os recursos audiovisual também tem grande
influência. Um ponto em que precisamos seguir o exemplo do Supremo Professor é o
da abundante utilização de ilustrações.

• ATIVIDADES: As atividades na sala de aula são técnicas usadas para fazer com que
o aluno participe da aula, aplicando aquilo que aprendeu. As atividades de estudo
bíblico constituem o âmago do plano de aula. As atividades são muitas e variadas,
mas o professor pode aplicar aquelas que conhece evidentemente. As atividades de
aprendizagem devem guardar com as metas, isto é, devem está dentro do contorno
da lição que estou dando. As atividades de aprendizagem precisam se ajustar ao
tempo disponível. Ao contexto da Igreja o ensino da Bíblia normalmente é uma luta
contra o relógio então é melhor cronometrarmos o tempo do que ficarmos sem dar o
que planejamos porque isto nos impede de alcançarmos nosso objetivo.

EXEMPLO DE ATIVIDADES: Exercícios escritos, tarefas com pinturas,


colagens, montagens, argüições orais, debates, encenações etc. Para

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conseguirmos êxitos devemos variar sempre que pudermos. VARIEDADE é o
tempero da vida.

Obs.: quanto as atividades o professor não devera fazê-las fáceis porque


sufoca os alunos que gostam de descobrir, raciocinar.

4.1.5. AVALIAÇÃO - Avaliação é um meio de verificar. A avaliação é um recurso educacional


essencial a professores para verificarem o nível de aprendizagem de seus alunos. A
avaliação revela o que foi feito e o que deixou de ser feito.

Avaliar é dar oportunidade ao aluno de compartilhar o fruto do próprio esforço.


Instrumentos de avaliação: fichas, cartões, testes, concursos, competições, trabalhos
etc.

Que o senhor JESUS CRISTO lhe caro missionário(a), sabedoria e graça para ganhar
muitas e muitas crianças para Ele e ensine a caminhar firmadas em sua palavra.
Zelina M.R. da Paz.

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UMA VEZ POR AMOR Aleluia! Cantemos, cantemos,
Pois Jesus ressuscitou!
Uma vez por amor, Deus à terra desceu: 1- E para todo sempre,
Foi Jesus que nasceu! Jesus venceu a morte.
Ela é o Filho de Deus, numa noite em Belém, Aleluia!
Neste mundo nasceu! 2- Raiou um novo dia
O Verbo fez-se carne! Aleluia! Deus fez um povo novo.
Nasceu prá dar-nos vida! Aleluia! Aleluia!
Nasceu prá nos Salvar! Aleluia! 3- Quem crê em Jesus Cristo
Jesus nasceu! É nova criação. Aleluia!
Uma noite em Belém não havia lugar
Para o Filho de Deus, 06- A BÍBLIA SÓ
Quando veio do céu, num presépio nasceu,
Pois, não teve lugar. O livro que é perfeito,
Mas quem o receber – Aleluia! Que trago no meu peito,
Recebe vida eterna – Aleluia! E sempre traz proveito;
Recebe o Salvador – Aleluia! É a Bíblia só.
Jesus nasceu.
O livro que proclama
01- LOUVO CADA DIA Que Deus a todos ama,
Que dá prazer e fama;
Louvo ao Senhor cada dia É a Bíblia só.
Com gratidão, com alegria
Louvo ao Senhor cada dia De Deus tal livro veio;
Porque o Senhor é bom. Eu sempre, sempre o leio
Eu piamente o creio
Louvo ao Senhor cada dia É a Bíblia só.
Com gratidão, com alegria
Louvo ao Senhor cada dia 07- SEMPRE FELIZ
De todo o coração.
Feliz eu sou feliz, feliz,
03- PRONTO PARA DAR Oh, sempre mui feliz!
Pois Jesus Cristo já entrou,
Um coraçãozinho pronto para dar! Meu coração lavou.
Mãozinhas aberta prá dar, dar, dar! Feliz, eu sou feliz!
Jesus deu a vida prá me salvar! Oh, sempre mui feliz!
Ó Deus, faz-me pronto prá dar, dar, dar, dar! Feliz, eu sou feliz, feliz,
Oh, sempre mui feliz!
04- JESUS QUERIDO
08- BOAS VINDAS
Jesus querido que moras no céu
Eu quero um dia ir contigo morar! Boas vindas há, bem-vindos são
Nas ruas de ouro nós vamos passar Boas vindas prá vocês,
E coisas lindas nós vamos Conversar! Aleluia!
Boas vindas há, bem-vindos sim!
Jesus querido, que moras no céu Venham, venham, outra vez.
Enquanto espero esse dia chegar
A Bíblia me diz que já posso conversar
Com meu Jesus, que está perto a me cuidar!

09- PEQUENINO NENÊ

Pequenino Nenê,
Num bercinho de palha...
Ele veio do céu porque gosta de mim!
05- ALELUIA! CATEMOS Meu amigo é JESUS
Foi criança também,

135
Foi nascer em Belém Porque foi aqui onde eu aprendi
Pequenino Nenê! Que Jesus já me salvou
Pequenino Nenê, Do pecado, sim,
Num bercinho de palha... Resgatou-me a mim!
Ele veio-me abrir o caminho do céu! E a vocês também
Meu amigo é JESUS! O Bom Deus quer bem!
Pra levar-me pra o céu, Quando eu venho andando para a EBF aqui,
Neste mundo nasceu Venho alegre e mui feliz.
Pequenino Nenê Bato: Tá! Tá! Tá!
Rio: Quá! Quá! Quá!
10- PORQUE MORREU POR MIM Viro-me prá cá.
Quando eu venho andando para a EBF aqui,
Por mim na cruz Jesus morreu, Eu me alegro e sou feliz.
Dos meu pecados me livrou E vocês também, vocês também
Por isso sempre cantarei Ouvindo o que Deus diz
Quanto Ele me amou! Hão de vir andando para a EBF aqui
Porque morreu por mim Sendo cada qual feliz!
E libertou-me por assim,
Eu dou-lhe a minha vida,
Porque morreu por mim!

11- A PORTA 16- É LINDO CRER!

A porta é uma só, Como é lindo crer! Como é bom saber


Porém dois lados há: Que Deus diz e assim será!
Dentro e fora Como é bom conhecer a Salvação!
Você, onde está? Ter a paz de Jesus no coração!
A porta é uma só, Como é lindo crer! Como é bom saber
Porém dois lados há: Que o que Deus falou aconteceu!
Eu já estou dentro Que tudo quanto prometeu, acontecerá!
Você, onde está? Nunca falhará!
Oh, como é lindo então saber
12- CAMINHO, VERDADE, VIDA Que Jesus virá!

Há um CAMINHO cheio de luz, 17- SERVIR A JESUS


E nenhum outro há,
E esse é só Jesus. Eu quero servir a Jesus,
Uma VERDADE jorra da cruz, Eu quero a Jesus ser leal
VIDA temos em Jesus! Contar Sua história,
Mostrar Sua glória,
E ouvir Seu louvor sem par!

13- TUDO MUDOU 18- JESUS ME SALVA

Tudo aqui mudou Sei, sei , sei, sei


Pois Jesus transformou, Que Jesus é meu Salvador
Renovou a minha vida.
Tudo aqui mudou: Sei porque a Bíblia diz
Quando eu cri no Senhor, Que Jesus me ama, Jesus me salva
Outra vida começou. Meus passos guia, pra o Céu me leva!
Coisas que eu amava renunciei: Jesus é meu Salvador!
Amo agora o que então desprezei. Sei, porque a Bíblia diz
Tudo aqui mudou: Que, se eu creio nEle,
Quando eu cri no Senhor, Jesus me salva, meus passos guia
Nova vida começou. Pra o Céu me leva!
Jesus é meu Salvador!
14- HÁ VITÓRIA PARA MIM
19- PARE! EU VOU CONTAR-LHE
Há vitória para mim,
Há vitória para mim. Pare! Eu vou contar-lhe
Pelo sangue do Cordeiro O que Cristo fez por mim,
Há vitória para mim, Pare! Eu vou contar-lhe
Vencer, vencer, vencer, vencer, O que Cristo fez por mim,
Pelo sangue do Cordeiro Ele me Salvou,
Eu irei vencer! E me deu perdão
Agora vive em meu coração.
15- ANDANDO PARA A CLASSE Pare! Eu vou contar-lhe
O que Cristo fez por mim,
Quando eu venho andando para a EBF aqui,
Venho alegre, venho alegre!

136
Mesmo sendo assim tão pequenininho
20- PERTO DE DEUS Ao Senhor Jesus eu posso louvar!
Se correndo ou pulando bem alto
Perto, perto de Deus Posso aos amiguinhos mostrar:
Quero andar, - Que eu sou bem fortão!
- E eu meigazinha!
Quero ser parecido - Que eu não sou brigão!
Com Jesus. - Eu sou coleguinha.
Correndo, brincando com satisfação,
21- MEU CORPO Pois tenho a Cristo no meu coração.

Meu corpo é casa de Deus, 28- VAMOS BRINCAR


E mim ele veio morar
Tudo o que penso! Vamos brincar; brincar sem brincar
Tudo o que faço Porque brincar é bom!
Deve a ele agradar. Vamos brincar, brincar sem brincar

22- BOM DIA Foi Deus quem fez você e foi Deus que me fez
também!
Bom dia com alegria Ele sente amor por nós, por você e por mim
Desejo pra você um belo dia, também!
Andando na companhia do nosso Salvador,
Que nos quer bem Você teu o seu brinquedo e também eu tenho o
Vai tudo bem. meu.
Eu lhe empresto o meu brinquedo
23- FAZ ORAÇÃO E você me empresta o seu.

Faz oração bem cedinho Jesus está conosco, sempre a nos abençoar.
Ao meio dia sim também Como é bom brincarmos juntos
Faz oração a noitinha Bem alegres, sem brigar!
Que é Deus que te sustem.
29- JESUS PODE
Já de manhã Deus responde Jesus pode bem resolver,
Ao meio dia sim também Teu caso ou problema qualquer.
Logo te vê a noitinha Amigo leal em qualquer temporal
De tudo te sustem. Jesus é quem pode valer!

Já de manhã Deus responde 30- DEUS CRIOU


Ao meio dia sim também
Logo te vê a noitinha Deus criou os bichos com muito carinho
Pois Ele logo vem. Todos para o seu louvor!
Criador da natureza, que grande beleza,
24- QUEM A CRISTO RECEBER Deus fez tudo por amor.
Fez também o homem com muito carinho
Quem a Cristo receber, Deus por nós mostrou amor. Pois nos fez
Sim, terá real poder Conforme a sua imagem e semelhança,
Para ser Filho de Deus. Louvemos, sempre, ao Senhor!
Pois Jesus, na Cruz sofreu,
E seu sangue, ali verteu O leão que valente ele é
P’ra salvar quem n’Ele crer. E a cabra tão branquinha balindo mé...
- Disse Jesus, Filho Eterno de Deus. O cachorro de noite sempre a latir,
À procura do gato, não me deixa dormir!

25- É HORA DE ESTUDAR A vaquinha que dá leite, mugindo mu!...


O peru todo vermelho que faz glu, glu!...
É hora de estudar mais uma linda história A girafa, que engraçada, tem um pescoção
A Bíblia vou abrir e nela aprender O elefante com sua tromba todo pesadão!
Lições tão importantes que me ajudam a crescer,
Crescer como Jesus, a todos sempre amando Tantas maravilhas, seres incontáveis.
E de Deus sempre falando. Tudo Deus fez por amor.
E ele deixará de cuidar da natureza
26- SEI QUE ME AMA Louvemos sempre ao Senhor!

Sei que me ama e me compreende 31- JESUS QUERIDO


Minha oração eu sei que ouve e atende.
Sei que me ama e me compreende Jesus querido, que moras no Céu,
Minha oração sempre atende. Eu que um dia ir contigo morar!
Nas ruas de ouro nós vamos passear
27- MESMO SENDO ASSIM E coisas lindas nós vamos conversar.

137
Deus é tão bom pra mim
Jesus querido, que moras no Céu,
Enquanto espero este dia chegar
A Bíblia me diz que eu já posso conversar
Com meu Jesus que está perto a me cuidar.
35- EM DEUS O PAI EU CREIO

- Em Deus o Pai eu creio


32- VAMOS CRIANCINHAS Que a todos nós criou
Que terra, céu, estrelas
Vamos, criancinhas, com muito amor, E lua e sol formou.
Adorar, contentes, o Salvador! Ele é quem nos dá tudo
Lá na manjedoura Ele nasceu E todo o bem nos faz
Que presente lindo, veio lá do Céu! Dizemos quando oramos
Vamos, criancinhas, com muito amor, “Pai, que nos céus estás”.
Adorar, contentes, o Salvador. Oh!
Eu creio em Jesus Cristo,
33- CRÊ SOMENTE Seu Filho sem igual
Que lá da glória veio
Crê Somente e Deus te atenderá: Na noite de Natal.
Crê Somente e tu mudará; Que para libertar-nos
Crê Somente em Deus, que sempre dá. Quis mesmo até morrer.
Crê Somente e sempre. Se nós o recebemos
33- ATÉ A RESPOSTA CHEGAR! Seus filhos vamos ser.

Até a resposta chegar! Eis que em minhalma habita


Meu barco navega nas ondas do mar, do mar O meu consolador
agitado da vida. O Espírito Divino, meu Santificador,
No leme guiando com força e poder o meu Salvador Que as três pessoas sejam um só e eterno Deus.
está. Crerei eternamente
Na terra e lá nos céus.
Se vem tempestade nas ondas do mar
E quer engolir o meu barco, 36- SANTA BÍBLIA
Não fico com medo pois meu Salvador,
No leme, guiando está. Santa Bíblia, Livro de Deus,
És tesouro, vindo dos céus;
34- VINDE MENINOS Minha, dizes d’onde eu vou.

Vinde meninos, vinde a Jesus! Tu me mostras do Salvador


Ele ganhou-vos bençãos na cruz. O Seu grande e rico favor;
Os pequeninos Ele conduz Minha és p’ra me guadar,
Vinde ao Salvador! Minha para consolar .

Que alegria, sem pecado ou mal! Tu confortas o meu pesar


Reunir-nos todos, afinal, E consolas meu chorar;
Na Santa Pátria Celestial Pela fé me fazes ver
Com nosso Salvador! O quão fácil e vencer

Já sem demora, hoje convém 37- EU CREIO


Ir caminhando à glória de além.
Jesus vos chama, quer vosso bem, Eu creio que podes,
Vinde ao Salvador! Sim, podes, ó Salvador,
Todas as coisas
Cristo vos ama, bem Ele diz Tu bem podes, meu Senhor.
Quer receber-vos no bom país,
Quer conceder-vos vida feliz,
Vinde ao Salvador! 38- BÍBLIA

Eis a chamada: Ó, vinde a mim! Bíblia, meu Livro,


Outro não há que vos ame assim. Meu Livro-cornpanheiro!
Seu é o amor que nunca tem tem! Meu Livro-cornpanheiro
Vinde ao Salvador! É a palavra de Deus!

35- DEUS É BOM Ela me fala,


Me fala, cada dia,
Deus é bom! Ele cuida de mim, Me fala cada dia do meu Salvador!
Ele cuida do céu, da terra e mar.
Deus é bom! Deus é bom! Ela me ensina,
Ele cuida dos meus pais Me ensina com certeza,
E dos meus irmãos também. Me ensina com certeza o caminho do Céu!

138
Firme vou ficar!
Nela eu aprendo,
Aprendo dia a dia, 44- CRÊ SOMENTE
Aprendo dia a dia a andar com Jesus!
Crê Somente e Deus te atenderá
39- TÃO POBRE SOU Crê Somente e tudo mudará;
Crê Somente em Deus, que sempre dá.
Tão pobre sou, Crê Somente e sempre.
Que darei a Jesus?
Uma ovelhinha 45- JESUS PODE BEM RESOLVER
Que o pastor conduz? Jesus pode bem resolver,
Um presente? Ou uma Teu caso ou problema qualquer.
Boneca em sua mão? Amigo leal em qualquer temporal
Já sei: eu vou dar-Lhe Jesus é quem pode valer!
O meu coração!
46- PARA NÃO TRANSGREDIR CONTRA TI
40- TÃO GRANDE É MEU DEUS
Para não transgredir contra Ti,
Tão grande é meu Deus, A Tua Palavra escondi
Meu Deus é tão grande A Tua Palavra com devoção,
Que todas as coisas criou! Guardei-a no meu coração.
Tão grande é meu Deus,
Meu Deus é tão grande
Que todas as coisas criou! 47- FORAM DOZE
Os montes são dEle,
Os rios são dEle, Foram doze apostolos
As estrelas são dEle também! Por Jesus chamados
Tão grande é meu Deus, Tiago e Simão Pedro
Meu Deus é tão grande Bartolomeu.
Que todas as coisas criou! Judas, João, Felipe,
Mateus, Tomé e Tiago
O amor de meu Deus é grande, Filho de Alfeu,
Tão grande, Simão, André e Tadeu.
Que deu Seu filho por mim!
O amor de meu Deus é grande, Ele a nós chamou
Tão grande, Todos nós aqui
Que deu Seu Filho por mim! Convidou-nos Todos
Eu sou pecador, Mesmo a mim e a ti,
Mas o Salvador meu castigo na cruz carregou! Sua voz de amor
O amor de meu Deus é grande, Vamos escutar
Tão grande, No serviço d’Ele
Que deu Seu Filho por mim! Vamos trabalhar.
41- QUEM A CRISTO RECEBER
48- SEMEADORES
Quem a Cristo receber,
Sim, terá real pode Semeadores, em terreno de esperança,
Para ser Filho de Deus. Coração de uma criança
Pois Jesus, na Cruz sofreu, É terreno grato, promissor!
E seu sangue, ali, verteu Semeadores, oh, semeemos
P'ra salvar quem n'Ele crer. A semente da Palavra do Senhor
- Disse Jesus, Filho Eterno de Deus. Nestes corações!

42- DOCE AMIGO DAS CRIANÇAS São corações abertos para ouvir e aprender.
Vamos, enquanto é dia, Pois que a noite avança
Doce Amigo das crianças, Vamos, com esperança que a Semente é Poder
Se Amigo meu! Para frutificar a cem por um.
Pela mão me leva sempre
Junto ao lado Teu. Ouve atento, Semeador;
Tu também Menino f'oste Quem vai chorando,
Podes me entender! Voltará sorrindo.
Em bondade, cada dia, Ricos molhos, diz o Senhor,
Faze-me crescer. Amém. Certo haveremos de trazer!

43- COM A ARMADURA DE MEU DEUS Vai, confiante, Semeador,


De olho bem fitos no glorioso Mestre;
Com a armadura de meu Deus, Que a Palavra do Teu Senhor
O inimigo vou vencer. Nunca vazia voltará.
Com a Bíblia e com a fé,
Vou permanecer. 49- MEU BOM PASTOR É CRISTO
Firme, sim, firme sim,

139
Meu bom Pastor é Cristo: E podem vir
Com Ele cantarei Chuvas e noites escuras
Conduz-me as calmas águas Sorrindo eu vou
Com Ele andarei. Seguro ao Meu Salvador.
Sempre, sempre, com Ele andarei.
50- JESUS QUERIDO 57- EU QUERO OBEDECER

Jesus querido, que rnoras no céu Primeiro obedecer


Eu quero um dia ir contigo morar Depois é bom viver
Nas ruas de ouro, nós vamos passear! Pois alegria ia nos vem ao coração
E coisas lindas nós vamos conversar. Jesus o Rei dos Céus
Também obedecer
Jesus querido, que moras no céu, E quer guiar-nos pela mão.
Enquanto espero esse dia chegar,
A Bíblia me diz que eu já posso conversar Com Eu quero obedecer
meu Jesus que está perto a me cuidar. Oh! Deus me dá poder
E assim contente
51- NO MElO DA MATA Meus dias passarei
Por mim não sou capaz
Há indiozinhos no meio da mata Mas força Tu me dás
Que nunca ouviram falar de Jesus .(bìs} Senhor, E assim oh Deus Te agradarei!
manda obreiros ao meio da mata Levando a
Palavra de luz 58- ALEGRAI-VOS
A indiozinhos no meìo da mata
Que não conhecem do amor de Jesus ! Alegrai-vos no Senhor

52- LINDO CRER Alegrai-vos sim

Como é lindo crer, Como é bom saber Alegrai-vos no Senhor


Que Deus diz e assim será! (Filipense 4:4)
Como é bom conhecer a salvação
Ter a paz de Jesus no coração. 59- TODOS PECARAM
Como é lindo crer!
Como é saber Todos pecara
Que o que Deus falou aconteceu
Que tudo quanto prometeu acontecerá Destituídos estão da glória de Deus.
Nunca falhará!
Oh! Como é lindo (Romanos 3:23)
Então saber que Jesus virá! 60- BOM SABER

53- MEU SALVADOR Como é bom saber que Jesus Cristo


Foi um menino assim como eu
Meu Salvador bem me pode guardar Que brincava e trabalhava
De dia em dia me vai proteger Como o jovem galileu.
Meses e anos tudo há de passar
Mais ele o mesmo há de ser. CORO

54- MENTIRINHA NÃO! NÃO! Que prazer


Conhecer Cristo
Mentirinha não! não! Que também foi menino aqui
Minha língua já tem dono, E saber que no céu lindo
Nomes feios também não é de Deus meu coração. Quer ter-me junto a Si.

E é melhor saber que Jesus Cristo


55- FELICIDADE É TER JESUS Já subiu lá para o céu
E prepara 1nn lugarzinho
Felicidade é ter Jesus no coração Pr'um menino assim corno eu
Felicidade sim, Felicidade irmão
Felicidade é ter Jesus no coração 61- POSSO SER UM MISSIONARIOZINHO
É poder cantar esta canção.
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, Rei! Posso ser um missionariozinho
Lá, lá, lá, lá, lá, lá, Se falar de Cristo
Felicidade é ter Jesus no coração. Ao companheirinho
Posso trabalhar em minha terra
56- SORRINDO ESTOU Manda-me pois Senhor!

Sorrindo estou Não preciso atravessar os mares


Pois Cristo me salvou Para dar aos outros
E vou sorrir Novas salutares
Seja lá onde eu for Posso fortalecer

140
Sustento aos outros 62- HISTÓRIA: O MENINO REI
Que Meu Senhor mandou.
Doce amigo das crianças
Hei de orar e trabalhar fielmente Sê amigo meu
Caso Deus me chame Pela mão me leva sempre
Seguirei contente Junto ao lado Teu.
Para os campos Tu também menino foste
Que vão branquejando Podes me entender
Dispõe de mim Senhor! E em graça cada dia
Faze-me crescer.

141
EVANGELISMO PESSOAL

142
1. A TRIPLICE MISSÃO DA IGREJA
Estudando o Novo Testamento descobrimos que a missão da Igreja é tríplice:
1.1. PARA COM DEUS ( Adorar a Deus Sl. 95:6,7 ) - A Igreja é chamada para adorar e servir a Deus,
esta foi a mensagem de Cristo a mulher Samaritana no poço de Jacó. Jo. 4:23,25 é este também o
testemunho da Igreja de Antioquio e servindo eles ao Senhor... At. 13:2.
1.2. PARA CONSIGO MESMO Mt. 5:16 - O corpo de Cristo tem uma missão com seus próprios membros,
quando um membro deste corpo exerce seus dons para edificação e manifestação do amor uns para
com os outros, proporciona grande prazer à cabeça que é Cristo. I Co. 12:12,17; Ef. 4:16.
1.3. PARA COM O MUNDO Mt. 28:19,20 - Para com o mundo ou para com os descrentes, estava tão
preocupado com esta missão para com o mundo, que seu último assunto tratado com seus discípulos
antes da sua ascensão foi isto. At. 1:8.

2. MANEIRA DE EVANGELIZAR O MUNDO


2.1. A importância de ir. “IDE”. Mc. 16:15; Is. 6:8.
2.2. A importância de Pregar. “PREGAI”. At. 2:37,38
2.3. A importância de fazer discípulos. “FAZEI DISCÍPULOS”.
2.4. A importância de batizar. “BATIZAI-OS”. Mt. 28:19; At. 8:36,38.
2.5. A importância de ensinar. “ENSINAI-OS”. Mt. 28:19,20.

Noutras palavras a Igreja consciente de sua responsabilidade de Missionária, seja para com sigo mesma, para
com Deus ou para com o mundo, cabe em suma a sua missão consistir em:
• Constituir aqui um lugar de habitação p/ Deus. I Cor. 3:16.
• Testemunho da Verdade. I Tim. 3:15.
• Tonar Conhecida a multiforme sabedoria de Deus. Ef.3:10.
• Dar eterna glória a Deus. Ef. 3:20,21.
• Edificar seus membros. Ef. 4:11,13.
• Discipular seus membros. Mt. 18:25,17

3. EVANGELHO PESSOAL

Em resumo, Evangelismo pessoal significa ganhar almas, pessoalmente, embora Jesus falasse às multidões. Ele
nunca deixou de falar para alguém que dele se aproximava. O Evangelho de João é o que mais destaca o
Evangelismo de Jesus. No capítulo um (1), Jesus levou André para sua casa e quando este saiu o havia
aceitado como seu Messias. Jo. 1:37,47. No capítulo três (3) Jesus passava parte de uma noite revelando o
plano da salvação a uma só pessoa: Nicodemos. No capítulo quatro (4) Jesus passava sua hora de almoço
anunciando o evangelho a uma mulher samaritana. No capítulo cinco (5) Jesus para junto ao tanque de
Betesda, para dar atenção a um homem inválido.Jo. 3:2,15;4:7,25-26; Lc. 5:5,8.

3.1. 13 RAZÕES PORQUE DEVEMOS EVANGELIZAR”


3.1.1. Porque é uma ordem do Senhor Jesus Cristo. Mc.16:15 Mt.28:19,20.
3.1.2. Porque o mundo está perdido. I Jo.5:19.
3.1.3. Porque o pecador está em um charco de lodo. Sl. 40:2.
3.1.4. Porque Cristo é a única resposta ao mundo perdido. At.4:12; Hb. 7:25 Jo.1.29
3.1.5. Porque a nós é imposta a obrigação/dever de Evangelizar. I Co. 9:16
3.1.6. Porque a nós foi dada a palavra da reconciliação de sorte que somos embaixadores da parte de
Cristo. II Co. 5:18,20
3.1.7. Porque o Senhor nos salvou para anunciar suas virtudes. I Pe.2:9.
3.1.8. Porque o amor de Deus está derramado em nossos corações. Rm. 5.5.
3.1.9. Porque o pecador só crer depois de ouvir a pregação da palavra de Deus. Rm. 10:11,14
3.1.10. Porque o pecador está com a Bíblia na mão mas não entende. At. 8:31.
3.1.11. Porque o mundo está faminto clamando pelo o pão espiritual que alimenta a alma e o espirito.

143
Jo. 6:31,35.
3.1.12. Porque está escrito Rm 1.16
3.1.13. Porque somos testemunhas de Jesus Atos 1.8: “Mas recebereis poder ao descer sobre vós o
Espírito Santo, e sereis ‘Minhas Testemunhas’ tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e
Samaria, e até os confins da terra.

4. O EVANGELHO PESSOAL TEM UM ALVO


4.1. VALOR TRÍPLICE
1. Salvar os perdidos
2. Restaurar os desviados
3. Edificar os crentes

4.2. QUANDO DEVEMOS EVANGELIZAR?


4.2.1. AGORA
• Como os pecadores crerão AGORA se eu não falo AGORA?
• As almas precisam ser ganhas para Jesus AGORA. AGORA é que nós estamos vivos. Em
Lucas 16 temos a história de um homem que se interessou pela salvação dos outros, mas só
depois de morto, quando nada mais podia fazer.

5. “ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DO GANHADOR DE ALMAS"

ESTRATÉGIA: Arte de tracar de uma guerra, ou para uma guerra.

TÁTICA: Arte de dispor a tropa no terreno em que vai combater.

II CORÍNTIOS 5.14

"Porque o amor de Cristo nos constrange.. Todo verdadeiro filho de Deus, seja criança, jovem ou
ancião, deve possuir o desejo ardente de ganhar almas para Cristo. O Mestre nos chamou para sermos
"PESCADORES DE HOMENS", "ARREBATADORES DE ALMAS" e suas "'I'ESTEMUNI IAS".

Um coração cheio de amor a Cristo e incendiado pelo espírito Santo é a rnarca de verdadeiro ganhador de
almas.

6. MEIOS DE EVANGELIZAÇÃO

6.1. Cultos Públicos na Igreja

6.2. Campanha de Reavivamento

6.3. Escola Bíblica Dominical

6.4. Cultos Dominicais para Crianças

6.5. Trabalhos nos Hospitais, Cadeias, Asilos, Orfanatos, etc

6.6. Cultos ao Ar Livre

6.7. Literatura Evangélica

6.8. Evangelismo Pessoal

6.9. Programas Radiofônicos

6.10. Cartas de Evangelização

144
7. ALGUMAS PRECAUÇÕES QUE DEVE TOMAR

7.1. Evitar visitas em horários de refeição, salvo se houver prévia combinação para este horário.

7.2. Não efetuar visitas em local e horário de trabalho. Nessas circunstâncias, só se deve entregar folhetos e
formular rapidamente convite para as reuniões.

7.3. Evitar desperdício de tempo com assuntos extras e profanos, quais sejam: esportes, política, etc..
Podem também se aproveitar desses assuntos para entras com a mensagem do Evangelho.

• Ex: Ao político, fala-se do reino de Cristo no coração; ao esportista, fala-se da carreira para
ganhar a taça celeste e, assim por diante.

7.4. Faça tudo para que sua visita seja "ANGELICAL" c que deixe à atmosfera do lar visitado, impregnada
do BOM CHEIRO DE CRISTO. Não demore, não fale de ninguém, não ralhe com as crianças.

7.5. Quando tiver de visitar presídios, hospitais etc, procura-se sempre saber os regulamentos de tais
instituições e obedeça os à risca, e nunca se esquecendo que o GANHADOR DE ALMAS sábio é. Pv.
11.30.

8. ALGUNS ELEMENTOS DE SUCESSO NA ARTE DE VISITAÇÃO PESSOAL

8.1. PRECISAMOS DE TATO: A palavra tato têm as seguintes definições: diplomacia, jeito, discernimento,
uma rápida apreciação intuitiva do que é certo, e próprio em qualquer situação. A habilidade de fazer e
dizer o que é certo de maneira que não ofenda as pessoas. Ex.: Cristo com os fariseus. Lc. 20.19-2G.
Paulo perante o tribunal At. 23.1-17. Filipe e o Eunuco etíope At. 8.2G-29.

8.2. CONTATO: Definido como: o ato de exercer o sentido da isca para pescar, mas não vai pegar o peixe
enquanto não entrar em contato com os peixes. Um crente pode ter habilidade, jeito com os outros e
um bom conhecimento da Palavra de Deus, mas se ele não entrar em contato com os incrédulos,
então nunca irá ganhá-los para Cristo.

8.3. Não forçar as oportunidades. Não perder as oportunidades

9. INSTRUÇÕES DE COMO TRATAR A QUEM FALAMOS DE CRISTO

9.1. EU ME CONSIDERO BOM. NÃO PRETENDO MUDAR DE RELIGIÃO. - Em relação ao assunto em


questão, que é a salvação da alma, assunto diretamente ligado à Deus, ninguém é BOM.

9.2. QUALQUER RELIGIÃO SERVE. - Das características de uma religião, destacamos uma delas:
guardar-se da corrupção do mundo.

9.3. AH! PARA SER SALVO NÁO PRECISA DE IR A IGREJA 3. Sim, ir ao templo não salva ninguém, mas
quem é realmente salvo, deseja sempre estar nas reuniões da Igreja.

9.4. SOU MAU ELEMENTO E DEUS NÁO QUER PECADOR ASSIM. Deus não faz acepção de pessoas
que se arrependam At. 10.34. Onde abundou o pecado, super abundou a graça. Rm 5.20.

9.5. AGORA NÃO ME DECIDIREI MAIS TARDE: Você disse mais tarde..., Mais tarde sempre é tarde, e
está escrito que os de madrugada me buscarem não me acharão. Pv 8.17.

9.6. JÁ ESTOU NO FIM DA VIDA! Não sirvo mais. Enquanto há vida, há esperança. Antes da sepultura,
muitas coisas pode realizar-se. Ec. 9.10.

9.7. MEUS AMIGOS ME DEIXARÃO SE EU FOR SER CRENTE; Se não deixar pai, mãe, irmãos e amigos
por causa de mim, não é digno de mim.

9.8. MAS..., COMO PODEREI SABER A VFRDADEIRA RELIGIÃO? O caminho para o céu é só Jesus.

145
10. PONTOS A SEREM CONSIDERADOS PARA A DISTRIBUIÇÃO DE FOLHETOS

Conhecer o folheto e sua mensagem - Entregá-lo com atitude de interesse Não insistir para que alguém o tome -
Manter-se calmo e com atitude de alerta. Não discutir com ninguém - se alguém jogar fora o folheto tome a
ajuntá-lo, ofereça o folheto com um sorriso sincero e com as seguintes palavras: BOA TARDE, QUERO
OFERECER-LHE ..., Uma mensagem importante, para sua vida, um recado de Deus para você. Um folheto que
explica o caminho da eterna salvação.

11. EVANGELISMO SOB A UNÇÃO DO ESPÍRITO SANTO

TEXTO BÁSICO – At 1.8

11.1. UNÇÃO - A palavra unção é originada da palavra ungir, e trata-se da aplicação do azeite (óleo)
ao corpo ou à cabeça da pessoa que era ungida pelo seu oficiante. A unção da maneira oficial
era concedida aos profetas, aos sacerdotes e aos reis.
Veja os personagens que eram ungidos no ANTIGO TESTAMENTO.
Profeta ELISEU – I Rs 19.16; SACERDOTES – Êx 40.15;
Sumo-SACERDOTES – Êx 29.29; Rei SAUL – I Sm 9.16;
Rei DAVI – I Sm 16.13; Rei SALOMÃO – I Rs 1.34,39

No NOVO TESTAMENTO, objetos, a tenda da congregação e até enfermos eram ungidos pelos apóstolos e
presbíteros para serem curados – Mc 6.13; Tg 5.14.

A unção de Cristo, como antítipo da unção sacerdotal da antiga aliança, realizou-se não mais com azeite, mas
com o Espírito Santo – vd Is 61.1; Lc 4.18; At 4.27; 10.38. A unção de Cristo envolve um ministério tríplice:
PROFETA, SACERDOTE e REI. Deus também nos unge – II Co 1.21.

As palavras CRISTO, MESSIAS, conferem literalmente: “UNGIDO”. Nós cristãos, somos herdeiros desta unção
de Cristo – I Jo 2.20, e somos sacerdócio REAL – I Pe 2.9.

Os sacerdotes da Antiga Aliança, eram ungidos com óleo e sangue, representando respectivamente duas
bênçãos que haveriam de ser derramadas sobre o povo de Deus, com a vinda de Cristo. SANGUE, serve para
purificação de pecados – I Jo 1.7; ÓLEO é o símbolo do Espírito Santo, com o qual somos ungidos – I Jo 2.20
(ver Lv 8.38).

O sangue derramado sobre a orelha, o polegar da mão direita e polegar do pé direito do sacerdote, simbolizava
sua consagração completa, para: ouvir, ensinar e observar a Palavra de Deus.

“CORINHO”
PEDE, PEDE QUE ELE TE OUVIRÁ, PEDE, PEDE QUE ELE TE DARÁ, SE VOCÊ PEDIR, O CONSOLADOR,
SE VOCÊ BUSCAR SOCORRO NO SENHOR, ELE TE DARÁ O ESPÍRITO SANTO E EM NOVAS LÍNGUAS TU
IRÁS FALAR.

11.2. EVANGELISTA CHEIO DO PODER

O ganhador de almas, deve manter-se no poder controle e equilíbrio do ESPÍRITO SANTO, para a efetuação de
um trabalho laborioso. Na dimensão espiritual, a nóvel de um verdadeiro cidadão dos céus! Pois fomos
chamados das trevas para a luz, e somos guiados pelo ESPÍRITO SANTO – I Pe 2.5. Como vasos nas mãos de
Deus, temos que nos manter cheios:
• DO ESPÍRITO SANTO
Estêvão – At 6.5; Paulo – At 9.17; Barnabé – At 11.24
João Batista – Lc 1.15; Todos – At 4.31

146
• DA GRAÇA: Cristo, exemplo de graça. A graça foi entregue a cada crente (Jo 1.16) e veio por
intermédio de Jesus – v. 17.

• DE PODER: O poder está centralizado em Deus, onde devemos buscá-lo – I Cr 16.11. E você, onde
está centralizado?

D E U S

DEUS =
• DE PAIXÃO Mt 15.32: Jesus foi um grande exemplo de paixão (pelas almas). Como discípulos
de Jesus que somos, precisamos imitá-lo! E levar o verdadeiro alimento que é a Palavra de Deus –
Mt 4.4. Que esta Palavra habite em nós – Cl 3.16.

• DE BOA-VONTADE: O mundo sedento, anseia por ouvir a voz (a Palavra) de Deus – Ct 8.13.

11.3. EVANGELISTA TOCADO


O Evangelista (ganhador de almas) deve colocar-se na despesa de Deus para ser tocado. Exemplos:
1 – O profeta Isaías (Is 6.4) – Tocado pela brasa.
2 – O profeta Jeremias Jr 1.9 – Tocado pela mão.
Que neste seminário, o ESPÍRITO SANTO toque em todos nós, e sejamos
verdadeiros instrumentos nas mãos de DEUS.

11.3.1. Ferramentas Do Ganhador De Almas

Mc 16.15,16
I. Para a tarefa de ganhar almas precisa-se da utilização sábia de instrumentos adequados.
O marinheiro – usa a bússola; O alfaiate – a tesoura; O lavrador – o arado.
Assim, cada trabalhador com sua ferramenta. E o que trabalha para Jesus, buscando almas para o
reino de Deus, suas ferramentas compõem-se de 4 peças, a saber:
A Palavra de Deus – a Bíblia Sagrada.; A fé – dom e fruto do Espírito.
O amor – caridade – ágape.; A oração.
II. A Palavra De Deus – II Tm 4.2
Ela revela o estado do homem. Ainda existem milhões de criaturas que ignoram a situação do Homem
sem DEUS. Muitos há que procuram descobrir certas qualidades em seus amigos, vizinhos, parentes e
conhecidos não crentes. Mas a Bíblia, a verdadeira Palavra de Deus, esclarece que todos os Homens
pecaram e se afastaram de Deus Rm 3.23. toda a natureza do Homem foi atingida pelo verme do
pecado. Físico, Social, Psíquico, Moral e Espiritual, o Homem está totalmente arruinado. Daí, a
necessidade de procurarmos almas sem tardança.
A situação do homem sem Deus deve ser conhecida do ganhador de almas, assim como o lavrador
deve conhecer a terra que vai lavrar.
O homem sem Deus tem sua boca cheia de maldição e amargura (Rm 3.14). Está morto Ef 2.1. No
caso, a Palavra de Deus provê meios de Salvação para o homem (Jo 5.39). O trabalhador ou ganhador
de almas não pode andar sem sua Bíblia. Ela gera a Fé Rm 10.17. E o que prega deve está cheio da
Fé se não; nada feito Hb 4.2. A Palavra de Deus ilumina o ouvinte Sl 119.105; II Pe 1.19. A Palavra
alimenta Mt 4.4. Portanto, a Palavra de Deus é indispensável na tarefa de ganhar almas e deve ser bem
manejada II Tm 2.15.

III. A Fé – Hb 11.1,6: A fé é uma arma de defesa Ef 6.16 muito importante. Ela nos torna resistentes I Pe 5.9.
Essa é a vitória que vence o mundo, a nossa Fé.

147
IV. O Amor – Jo 15.13: É um instrumento chave na Evangelização. Crentes que perdem o Amor perderam o
segredo de ganhar almas. Pode-se fazer barulho, pode-se cursar relações humanas, pode-se estudar psicologia,
pode-se suar a camisa, mas sem um coração cheio de AMOR a obra nunca será feita.

1. JESUS ganhava almas por AMOR. Ele amou seus discípulos Jo 13.1. Amou os pecadores. A Igreja
em Éfeso foi censurada por Ele porque perdeu o primeiro AMOR Ap 2.4. Sua morte é demonstração de
AMOR insondável.

2. Paulo ganhou almas por AMOR Rm 9.1-3. As epístolas nos trazem instruções que retratam o seu
AMOR. O amor é capaz de quebrar as mais terríveis resistências. E vencer as mais transponíveis
barreiras. Uma pessoa que se amada por você estará sempre disposta a lhe ouvir, então fale a ele do
poder de Deus, pois a fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus. Rm.10.17.
12. A Oração – Mt 9.38
Quando o crente ora, quando a Igreja ora, os resultados são sempre vistos. As almas começam a se decidir,
Jesus derrama poder e todos se alegram, e a alegria do Senhor é a nossa força Ne 8.10.
A oração é indispensável na tarefa de ganhar almas.
Orando, as portas se abrem. Orando, pedimos obreiros.
Orando, acontecem milagres. Orando, o crente vence e é próspero
na tarefa de ganhar almas.

Sejam ganhadores de almas. (Hino 115).

As Quatro Leis Espirituais são uma forma de compartilhar as boas novas da salvação disponíveis através da fé
em Jesus Cristo. Trata-se de uma forma simples de organizar a informação importante do Evangelho em quatro
pontos.

A primeira das quatro leis espirituais é: “Deus ama você e tem um plano maravilhoso para a sua vida.”

João 3:16 nos diz: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo
aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 10:10 nos dá a razão pela qual Jesus veio: “Eu
vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”

O que está nos bloqueando do amor de Deus? O que está nos impedindo de ter uma vida abundante?

A segunda das Quatro Leis Espirituais é: “A humanidade está corrompida pelo pecado e portanto está
separada de Deus.

Como resultado, nós não podemos conhecer o maravilhoso plano de Deus para as nossas vidas.” Romanos 3:23
afirma: “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus.” Romanos 6:23 nos dá as conseqüências
do pecado: “Porque o salário do pecado é a morte.” Deus nos criou para termos comunhão com Ele. No entanto,
a humanidade trouxe o pecado para o mundo, e portanto está separada de Deus. Nós arruinamos nosso
relacionamento com Ele, relacionamento este que Deus tinha a intenção de que nós tivéssemos. Qual é a
solução? Veja a próxima lei.

A terceira das Quatro Leis Espirituais é: “Jesus Cristo é a única provisão de Deus para o nosso pecado.

Através de Jesus Cristo, nós podemos ter os nossos pecados perdoados e restaurar uma relação correta com
Deus.” Romanos 5:8 nos diz: “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido
por nós, sendo nós ainda pecadores.” 1 Coríntios 15:3-4 nos informa do que nós precisamos saber e acreditar
para sermos salvos: “…que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e
ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.” O próprio Jesus declara que Ele é o único caminho para a
salvação em João 14:6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao pai senão por mim.”

Como posso receber este maravilhoso dom da salvação?

A quarta das Quatro Leis Espirituais é: “Nós devemos depositar a nossa fé em Jesus Cristo como
Salvador para que possamos receber o dom da salvação e conhecer o maravilhoso plano de Deus para
as nossas vidas.”

João 1:12 descreve isto para nós: “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de
Deus, a saber, aos que crêem no seu nome.” Atos 16:31 diz muito claramente: “Crê no Senhor Jesus Cristo e
serás salvo, tu e a tua casa.” Nós podemos ser salvos unicamente pela graça, unicamente pela fé, unicamente
em Jesus Cristo (Efésios 2:8-9).

148
Decisão:

Se você quer acreditar em Jesus Cristo como seu Salvador, diga as seguintes palavras a Deus. Dizer estas
palavras não irá salvá-lo, mas confiar em Cristo irá! Esta oração é simplesmente uma forma de expressar a Deus
a sua fé Nele e agradecer por prover a sua salvação. “Deus, sei que pequei contra Ti e mereço punição. Mas
Jesus Cristo tomou a punição que eu mereço para que através da fé Nele eu pudesse ser perdoado. Com a Tua
ajuda, eu me volto contra os meus pecados e deposito a minha confiança em Ti para salvação. Obrigado pela
Tua maravilhosa graça e perdão – o dom da vida eterna! Amém!”

13. Leis Espirituais:


1°. Lei Espiritual
Deus AMA você e oferece um Plano maravilhoso para a sua vida.
O Amor de Deus: "Com amor eterno te amei; também com amável benignidade te atraí."
(Jeremias 31.3)
O Plano de Deus: "eu vim [disse Jesus] para que tenham vida e a tenham com abundância."
(Isto é uma vida plena e significante)
Mas, se é assim, por que a grande maioria das pessoas não experimentam uma vida
abundante?

2a Lei Espiritual:

O Homem é PECADOR e está SEPARADO de Deus Por isso ele não pode conhecer o AMOR
de Deus nem experimentar o seu PLANO para a sua vida.

O Homem é Pecador: "pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus" (Romanos
3.23)

O Homem está separado: "Porque o salário do pecado é a morte" (separação espiritual de


Deus) (Romanos 6.23)

3a Lei Espiritual:
Jesus Cristo é a ÚNICA provisão de Deus para o pecado do homem. Através dele você pode
conhecer o AMOR de Deus e experimentar o PLANO de Deus na sua vida.
Ele é Único:
`"Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, foi sepultado e ressuscitou ao
terceiro dia, ... e apareceu a Pedro* e depois aos Doze.Depois disso apareceu a mais de
quinhentos irmãos de uma só vez..."
Elé é o Único Caminho para Deus:
"Respondeu Jesus: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por
mim." (João 14.6)
"No dia seguinte João viu a Jesus aproximando-se e disse: "Vejam! 'E o Cordeiro de Deus, que
tira o pecado do mundo!"
Não é o suficiente apenas conhecer essas leis:

4a Lei Espiritual:
Nós necessitamos RECEBER Jesus Cristo como Salvador e Senhor INDIVIDUALMENTE;
então poderemos conhecer o AMOR de Deus e experimentar o Seu PLANO para as nossa
vidas.
É preciso Receber a Cristo: "Contudo, aos que a receberam, aos que creram em seu nome,
deu-lhes o direito de se tornarem filhos de Deus" (João 1.12)
É através da Fé que Recebemos a Cristo: "Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé,
e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie" (Efésios
2.8,9)
Quando nós Recebemos a Cristo, experimentamos um novo nascimento: Leia João 3.1-8
É convidando pessoalmente que Recebemos a Cristo: "Eis que estou à porta e bato. Se
alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo" (Apocalipse
3.20)

149
HERESIOLOGIA

150
HERESIA
Deriva da palavra grega “Háiresia” e significa: escolha, seleção, preferência. Daí surgiu a palavra SEITA.
Do ponto de vista cristão, heresia é o ato de um indivíduo ou de um grupo afastar-se do ensino da Palavra de
Deus e adorar e divulgar suas próprias idéias, ou as idéias de outrem, em matéria de religião. Em resumo, é o
abandono da verdade.
O termo “heresia” aparece no original em Atos 5.17; 15.5; 24.5; 26.5; 28.22.
O estudo da heresia é importante, pelo fato de os ensinos heréticos e surgimento de seitas falsas serem parte da
escatologia, isto é, ser um dos sinais dos tempos sobre os quais falaram Jesus e seus Apóstolos.

1. O CATOLICISMO ROMANO
Até bem pouco tempo, os melhores livros escritos sobre seitas e heresias não incluía a Igreja Católica Romana
no seu esquema de estudos, talvez, devido o fato de grande parte deles terem sido escritos em países onde
essa Igreja não exerce suficiente influência para ser notada como tal. Não é esse o caso do Brasil, onde a
maioria dos membros de nossas igrejas, teoricamente, vieram do catolicismo, já que essa igreja é majoritária
(pelo menos nominalmente), em nosso país, desde sua descoberta em 1500.
A Igreja Católica menciona o ano de 33. d.C. como data de sua fundação. Isto vem do fato de que toda
ramificação do cristianismo costuma ligar suas raízes originais, à Igreja fundada por Jesus Cristo. Mas a
realidade é outra. Vejamos.
O catolicismo começou a tomar forma no ano 325, quando o Imperador Constantino, convertido ao cristianismo
convocou o 1º Concílio das Igrejas, dirigido por Hósi Córdova, com 318 bispos presentes, esses bispos eram
cristãos, ainda não havia catolicismo romano.
A primeira igreja construída no Vaticano, recebeu o nome de “Igreja do Salvador”, e foi construída por
Constantino. Recebeu o nome de Católica somente no ano de 381, no Concílio de Constantinopla com o decreto
“Cunctos Populos”, dirigido pelo Imperador romano Teodósio. Devido alterações que fez, deixou de ser
católica. Não sabemos como pode ser romana e universal ao mesmo tempo.
O Papa Nicolau I, ano 858, foi o primeiro a usar coroa, serviu-se com muito efeito de um documentos espúrios,
escrito no ano 857 conhecidos como Pseudas Decretais De Isidório. Essas falsas decretais (documentos) eram
pretendidas ser dos bispos dos séculos I e II, que exaltavam o poder dos Papas.
O Papado é uma instituição italiana que surgiu das ruínas do Império Romano e sobreviveu: pela fraude, como
no caso das falsas decretais de Isidório, por astutas alianças políticas, como no caso dos francos (o Rei Carlos
Magno) e derramamento de sangue durante a Inquisição, servindo-se para isso de exércitos dos reis
subservientes.
Atualmente a igreja está envolvida na “opção pelos pobres”, procurando distribuir a riqueza dos outros sem
tocar nas suas, com essa, procura atrair as massas. Hoje nos anos 90 estão em desespero na Itália, onde
apenas 25% dos católicos são praticantes, comparando-se com 41% em 1968.
Se os Papas não conseguem manter a fé católica na Itália, sede da igreja e sede do Papado, como esperam
realizar isso viajando por outros países?
Distanciam-se de Cristo, insuflando as classes sociais umas contra as outras e deixam ver que substituem a
mensagem eterna do amor, do perdão e da regeneração pela a da, tirara de uns para dar a outros.

1.1. É PEDRO O FUNDADOR DA IGREJA?

A Igreja Católica Romana considera a Apóstolo Pedro como (o fundador) a pedra fundamental sobre a qual
Cristo edificou sua Igreja. fundamenta esse ensino, na passagem de Mateus 16.16-19. Dessa passagem, a Igreja
Católica Apostólica Romana, segue o seguinte raciocínio:
a) Pedro é a rocha sobre a qual a Igreja está fundada;
b) A Pedro foi dado o poder das chaves, portanto, só ele detém o poder de abrir a porto do reino dos céus;
c) Pedro tornou-se o primeiro bispo de Roma;
d) Toda autoridade foi conferida a Pedro até nossos dias, através da linhagem de bispos e Papas, todos
vigários de Cristo na Terra.

1.1.1. PEDRO UM PAPA DIFERENTE

Tenha ou não estado em Roma, o fato é que se Pedro foi Papa, foi um Papa diferente dos demais que
apareceram até agora.

Se não vejamos:
a) Pedro era financeiramente pobre (At 3.6)

151
b) Pedro era casado (Mt 8.14,15)
c) Pedro foi um homem humilde, pelo que não aceitou ser adorado pelo centurião Cornélio (At 10.25,26)
d) Pedro foi um homem repreensível (Gl 2.11-14).

É de estranhar que Pedro, sendo “PRÍNCIPE” dos apóstolos como ensina a teologia vaticana, Tiago e não ele,
era o pastor da comunidade cristã de Jerusalém (At 15). Se Pedro tivesse sido Papa, certamente, ele não teria
aceito a orientação dos líderes da Igreja quanto a obra missionária (At 15.7).

1.2. O PURGATÓRIO

A idéia de purgatório tem suas raízes no budismo e em outros sistemas religiosos da antigüidade.

Quem vai para o purgatório? Responde o Papa Pio IV:

“Os que morreram culpados de pecados menores, que costumamos chamar de pecados venais e todos os que
vão ao purgatório pagam seus pecados e são levados ao céu após terminadas suas penas”.

2. O ESPIRITISMO

O espiritismo é, sem dúvida, uma das heresias que mais cresce no mundo hoje. O Brasil, particularmente, detém
o triste recorde de ser o maior reduto espírita do mundo. O seu crescimento se dá em grande parte, devido ao
fascínio que seus ensinos exercem sobre a mente das pessoas desprovidas do verdadeiro conhecimento de
Deus.

Resumo Histórico do Espiritismo

O espiritismo se constitui no mais antigo engano religioso já surgido, porém, sua forma moderna como hoje é
conhecida, surgiu de duas jovens norte-americanas, Margaret e Kate Fox ( Hydevill estado de Nova Iorque).

Expansão do Movimento

Partindo desse (movimento) acontecimento, que recebeu ampla cobertura dos meios de comunicação da época,
propagaram-se sessões espíritas por toda a América do Norte.

Sub-Divisões do Espiritismo
2.1. Espiritismo Comum
Dentre as muitas práticas desse espiritismo, destacamos as seguintes:
a) Quiromancia - Adivinhação pelo exame das linhas das mãos;
b) Cartomancia - Adivinhação pela decifração de cartas de jogar;
c) Hidromancia - Arte de adivinhar por meio da água;
d) Grafologia - Estudos dos elementos normais e principalmente patológicos de uma personalidade,
feito através da análise de sua escrita.

2.2. Baixo Espiritismo

O baixo espiritismo, também conhecido como Espiritismo Pagão, identificado pelas seguintes práticas:
a) Vodu - Cultos de negros antilhanos, de origens animista, e que se valem de certos elementos do
ritual católico. Praticado principalmente no Haití;
b) Camdoblé - Religião dos negro ioruba, na Bahia;
c) Umbanda - Designação dos cultos afro-brasileiros, que se confundem com os da macumba,
candomblé da Bahia, angô de Pernambuco, etc.;
d) Macumba - Sincretismo religioso afro-brasileiro derivado do candomblé com elementos da várias
religiões africanas, indígenas brasileiras e do catolicismo.

2.3. Espiritismo Científico


a) Sistema filosófico dos que não seguem sistema algum, escolhendo de cada um a parte que lhe
parece mais próxima da verdade.

152
b) Esoterismo - Doutrina ou atitude de espíritos que preconizam que o ensinamento da verdade
reserva-se a um número restrito de iniciados, escolhidos por sua influência ou valor moral.
c) Teosofismo - Conjunto de doutrinas religiosa-filosófica que tem por projeto a união do homem com
a divindade, mediante a elevação progressiva do espírito

3. TEÍSMO

Doutrina que admite a existência de Deus e a sua ação providencial no Universo. O sujeito dos atributos divinos
é distinto dos outros seres e pertence a ordem transcendental. Esse é o criador do mundo e a sua causa
vivificante.

4. DEÍSMO
Sistema dos que crêem em Deus e na religião natural, mas rejeitam a Revelação Divina. Um Deus sem atributos
morais e intelectuais. Um Deus que não intervém na criação. Não há revelação sobrenatural.
O Deísmo admite que haja um Deus pessoal, que criou o mundo, mas insiste que, depois da criação, Deus
entregou o mesmo para ser governado pelas leis naturais. Dessa maneira não seria possível haver nenhuma
revelação e nenhum milagre. Esse sistema, é também chamado de racionalismo, porque eleva a razão à
posição de supremo guia em assuntos de religião; também se descreve como religião natural, como oposta à
religião revelada. Tal sistema é refutado pelas evidências da inspiração da Bíblia e as evidências das obras de
Deus na história.
A idéia acerca de Deus é propagada pelo Deísmo é unilateral. As Escrituras ensinam duas importantes verdades
concernentes à revelação de Deus para com o mundo: Primeira, sua TRANSCENDÊNCIA, que significa sua
separação (Is 6.1); segunda, sua IMINÊNCIA, que significa sua presença no mundo e sua aproximação do
homem (At 17.28; Ef 4.6). O Deísmo da ênfase à primeira verdade, enquanto o Panteísmo dá ênfase demais à
segunda.

5. PANTEÍSMO
Proveniente de duas palavras gregas que significam “tudo é Deus”, é o sistema de pensamento que identifica
Deus com o universo. Árvores e pedras, pássaros, terra, repteis e homens, todos são declarados parte de Deus,
e Deus vive e expressa-se a si mesmo através das substâncias e forças como a alma se expressa através do
corpo.
As Escrituras apresentam a verdade absoluta. Deus, de fato, está separado do mundo e acima do mundo. Por
outro lado, Ele está no mundo. Ele enviou seu Filho para estar conosco, e o Filho enviou o Espírito Santo para
estar em nós. A pergunta: Está Deus separado do mundo ou está no mundo? A Bíblia responde: Ele está
tanto separado do mundo como também está no mundo.

6. ATEÍSMO

Doutrina dos que não admitem a existência de Deus; descrença. Deus não existe (Sl 14).

7. ANIMISMO

É mais crença, mentalidade, idéia, do que crença elaborada. Enxerga, por detrás dos objetos sensíveis à vida:
alma, psqueou espírito, capaz de entrar em relações diretas, em certos casos e sob certas condições com o
homem.

Não é, necessariamente, uma religião. É uma tentativa de explicação dos fenômenos da natureza. Mas pode ser
religião quando leva o homem ao culto de adoração.

Como se Originou esse Sistema?

O que está escrito em Romanos 1.20-23, desvenda esse mistério. Podemos ver que na penumbra do passado
os filósofos pagãos, não conhecendo a Deus, buscaram algo para adorar. Algo que fosse objeto de culto. Para
preencher o lugar de Deus. Desta maneira arrazoaram os homens e assim se iniciou o culto às montanhas e às
árvores, aos homens e aos animais, e a todas as forças da natureza.

À primeira vista, essa adoração da natureza tem certa feição lógica, mas implica finalmente em uma conclusão
absurda. Pois se a árvore, a flor e a estrela são deuses, logo, também o devem ser o verme, o micróbio, o tigre e
também o mais vil pecador - uma conclusão que é absolutamente irracional.

153
O panteísmo confunde Deus com a natureza. Mas a verdade é que o poema não é o poeta, a arte não é o
artista, a música não é o músico, e a criação não é o Criador.

As Escrituras corrigem as idéias pervertidas do Panteísmo. Ao ensinar que Deus é revelado através da natureza,
fazem a distinção entre Deus e a natureza. Os panteístas dizem que Deus é o universo. A Bíblia diz que Deus
criou o universo.

8. MANISMO

Culto às almas de defuntos, como oferecimento de sacrifícios. Fala-se também em Euhemrismo (Euhemero,
filósofo grego): Os deuses nada mais são que homens divinizados.

9. ATEÍSMO

Doutrina que nega a existência de Deus, dizem seus seguidores Deus não existe . são os chamados materialista

10. MATERIALISMO

Nega qualquer distinção entre a mente e a matéria; afirma que todas as manifestações da vida e da mente e
todas as forças, são simplesmente propriedades da matéria. “O pensamento é secreção do cérebro como a
bílis é secreção do fígado, o homem é apenas uma máquina” . São esses alguns dos pensamentos
prediletos dos materialistas. O homem é simplesmente um animal, declaram eles, pensando que com isto
poderão extinguir o conceito generalizado acerca da superioridade do ser humano e do seu destino divino.

Essa teoria é tão absurda que quase não merece refutação. No entanto, em dezenas de universidades, em
centenas de novelas, e de muitos outros modos, a idéia está sendo discutida e aceita que o homem é animal e
máquina, que não tem responsabilidade por seus atos e que não existe o bem nem o mal.

1°. A nossa consciência nos afirma que somos algo mais do que matéria e que somos diferentes das
árvores e das pedras.

2°. A experiência e a observação demonstram que a vida procede unicamente da vida já existente e, por
conseguinte, a vida que existe no mundo teve sua causa em idêntica vida. Nunca se deu um caso em
que a vida procedesse de substância morta.

11. O MORMONISMO

A história do mormonismo tem início com a pessoa de Joseph Smith, nascido a 23 de dezembro de 1805, no
condado de Windsor, Estado de Vermonte, nos Estados Unidos da América do Norte.

11.1. RESUMO HISTÓRICO DO MORMONISMO

Para melhor compreender a história do mormonismo, torna-se necessário estudá-la partindo da sua base, isto é,
da vida de Joseph Smith, o fundador da seita.

11.1.1. A primeira visão de Smith

Foi criado na ignorância, pobreza e superstição. Ainda moço, decepcionou-se com as igrejas que conheceu. Foi
nesse tempo que diz ter recebido a sua primeira visão, segundo a qual apareceram-lhe o Pai e o Filho,
denunciando a falsidade de todas as igrejas, com as seguintes palavras: “Eles se chegam a mim com os seus
lábios, mas seus corações estão longe de mim; eles ensinam mandamentos dos homens como doutrina,
tendo aparência de santidade, mas negando o meu poder” (O Testemunho do Profeta Joseph Smith).

11.1.2. Fundação da Igreja Mórmom

Joseph Smith cedo encontrou quem o aceitasse como profeta, pelo que fundou a “Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias”. Desde aí, ficou estabelecida como um princípio doutrinário que esta era a única
igreja verdadeira e que fora dela não havia outro meio de salvação para o homem.

11.2. O LIVRO DE MÓRMON

Cabe-nos perguntar: O LIVRO DE MÓRMOM é também a Palavra de Deus? Tem ele o significado e o valor que
os mórmons dizem ter? A resposta a ambas as perguntas é NÃO!

154
11.3. Testemunho Contra o Livro de Mórmon

* A opinião mais comum entre os estudiosos do mormonismo é que o conteúdo do Livro de Mórmon, em grande
parte, foi tomado dum romance de Salomão Spauliding, um pastor presbiteriano aposentado, que escreveu uma
história fictícia dos primeiros habitantes da América.

* As descobertas arqueológicas e os estudos históricos provam que os primeiros habitantes da região indicada
no livro de Mórmon, eram muito diferentes da descrição que ele dá quanto aos costumes, nomes, caráter e
línguas.

* O Livro de Mórmon contém mais ou menos 10.000 citações diretas da versão da Bíblia inglesa “King James”
(versão do Rei Tiago), publicada pela primeira vez em 1611.

* O Livro de Mórmon foi escrito numa linguagem paupérrima, porém, quando cita a Bíblia, o profeta Isaías, por
exemplo, mostra erudição de linguagem, mais uma prova de que esses texto foram copiados diretamente da
Bíblia.

* Os muitos erros gramaticais e de conteúdo do Livro de Mórmon o fazem obra de homem e não Palavra de
Deus.

Como Julgar um Profeta

O profeta que presumir falar alguma palavra em meu nome, que eu não lhe mandei falar, ou o que falar em nome
de outros deuses, esse profeta será morto.

Acerca de Deus

Agora ouvi, ó habitantes da terra, judeus e gentios, santos e pecadores: Quando nosso pai chegou no jardim do
Éden, entrou nele com um corpo celestial e trouxe consigo Eva, uma de suas esposas. Ele ajudou a organizar o
mundo. Ele é Miguel, o Arcanjo, o Ancião de Deus!, acerca de quem santos homens têm escrito e falado - ele é o
nosso pai e nosso Deus, e o único Deus com quem devemos lidar.

A cerca de Jesus Cristo

Ele não foi gerado pelo Espírito Santo.

Jesus Cristo foi polígamo: Maria e Marta, as irmãs de Lázaro, eram suas esposas pluralistas e, Maria Madalena
era outra. Também a festa nupcial de Caná da Galileia, onde Jesus transformou água em vinho, realizou-se por
ocasião de um de seus casamentos (Brigham Young, Wife nº 19, 384).

Acerca da Bíblia

A Bíblia é a Palavra de Deus, escrita pelos homens. É básica no ensino mórmon. Mas os Santos dos Últimos
Dias reconhecem que introduziram erros nesta obra sagrada, devido à forma como este livro chegou a nós. Além
do mais consideram-na incompleta como um guia.

A Bíblia Sagrada fala de si mesma, como:

* O Livro dos séculos (Sl 119.89; I Pe 1.25).

* Divinamente inspirada (Jr 36.2; II Tm 3.16; II Pe 1.21).

* Absolutamente digna de confiança (I Rs 8.56; Mt 5.18; Lc 21.33).

* Santa, Justa e Boa (Rm 7.12).

* Verdadeira (Sl 119.142).

11.4. TESTEMUNHAS DE JEOVÁ

As Testemunhas de Jeová, formam uma das seitas que mais crescem atualmente. Face ao seu proselitismo
incontrolável, e o grande mal causado por seus ensinos à vida do crente, necessário se faz estudá-la.

155
11.4.1. As Idéias de Russell

Russel foi um homem de mau procedimento. Casou-se em 1879. Várias vezes foi levado ao Tribunal por sua
própria esposa, em face de maus tratos que sofria dele. Não podendo ela suportá-la mais, abandonou em 1887,
dele divorciando-se em 1913. Viu-se muitas vezes em apuros com a justiça devido a escândalos financeiros.

11.4.2. Escravos dum Sistema

As Testemunhas de Jeová demonstram um zelo incomum em tornarem conhecidas as suas doutrinas, pelo que
se dedicam ao máximo à venda de livros e revistas, de porta em porta. Além de se dedicarem com afinco a esse
trabalho, quase todos dão uma parcela de cooperação na disseminação das doutrinas da seita. W. J. Schenell,
ex Testemunha de Jeová, diz que as “testemunhas” ficam sob constantes pressões e com medo mortal dos seus
líderes. Por exemplo: Se não venderem suficiente literatura, serão rebaixados à “classe de maus servos” ou
“servos inúteis”.

11.4.3. Expansão da Seita

Já em 1949, o Anuário das Igrejas Americanas, trazia o seguinte: “As Testemunhas de Jeová, têm grupos em
quase todas as cidades dos Estados Unidos, bem como em outras partes do mundo, com o propósito de
estudar a Bíblia. Não fazem relatório de seus membros, nem anotam a assistências às reuniões. Reúnem-
se em salões alugados e não constróem templos para seu próprio uso”.

A maior parte dos seus esforços é gasto procurando alcançar pessoas já membros de igrejas evangélicas, cujos
preceitos eles põem em dúvida por meio de ensinos subversivos, onde, às vezes, entram em conflito com as
autoridades.

11.4.4. Conceito Inconsistente

O ensino jeovista de que Tertuliano inventou a Doutrina da Trindade é injusto, tendencioso e mau. Viria ao caso
perguntarmos: Newton inventou a Lei da Gravidade ou simplesmente elucidou-a? A mesma pergunta deve ser
feita quanto à pessoa de Tertuliano relativamente à doutrina da trindade. Tertuliano inventou a Doutrina da
Trindade ou simplesmente interpretou-a?

Por exemplo, o fato de Martinho Lutero ter defendido a Doutrina da Justificação pela fé e a do sacerdócio
universal dos crentes não significa que ela as inventou.
11.4.5. A Trindade nas Escrituras
* Criação do homem (Gn 1.26);
* Confusão das línguas, em Babel (Gn 11.7);
* Batismo de Jesus no Jordão (Mt 3.16,17);
* A grande Comissão de Jesus (Mt 28.19);
* Bênção Apostólica (II Co 13.13).

11.4.6. Por Jeová e Contra o Cristo

Quanto à Pessoa de Jesus Cristo, a doutrina das Testemunhas de Jeová é essencialmente ariana, e se identifica
muito bem com diferentes correntes heréticas surgidas nos primeiros séculos da história da Igreja.

11.4.7. Rejeição da Divindade de Cristo

Quanto à pessoa e a divindade de Cristo, dizem os jeovistas: “Este (Jesus Cristo), não era Jeová Deus, mas
estava existindo na forma de Deus. Como assim? Ele era uma pessoa espiritual, assim como Deus é
Espírito; era poderoso mas não Todo Poderoso como o é Jeová Deus. Também ele existia antes de todas
as outras criaturas de Deus porque foi o primeiro filho que Jeová Deus trouxe à existência. Por isso é
chamado o Filho unigênito de Deus; mas, depois de Deus o haver criado como primogênito, usou-o
como seu obreiro associado ao trazer à existência todo o resto da criação” (Seja Deus verdadeiro).
Em resumo, o que se conclui deste ensino herético é que Jesus Cristo:
a) Não é Deus;
b) Em sua vida humana foi simplesmente uma pessoa espiritual;
c) Não é Todo-Poderoso;
d) Foi criado pelo Pai, como criadas foram as demais coisas.
e) Não é o autor da criação.

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12. Bíblia Enfatiza a Divindade de Cristo
a) Cristo é Deus (Jo 1.1; 10.30,33,38; 14.914; 20.28; Rm 9.5; Cl 1.15; 2.9; Fp 2.6; Hb 1.3 II Co 5.19; I Pe
1.2; I Jo 5.2; Is 9.6).
b) Cristo é Todo-Poderoso (Mt 28.18; Ap 1.8)
c) Cristo não foi criado, pois é eterno (Jo 1.18; 6.57; 8.19,58; 10.30,38; 14.7,9,10,20; 16.28; 17.21).
d) Cristo é o autor da criação ( Jo 1.3; Gl 1.16; Hb 1.2,10; Ap 3.14).

Provada a Divindade de Cristo


* O Primeiro e o Último (Is 41.1; Cl 1.15,18; Ap 1.17; 21.6).
* Senhor dos senhores (Ap 17.14).
* Senhor de todos e Senhor da glória (At 10.36; I Co 2.8).
* Rei dos reis (Is 6.1-5; Jo 12.41; I Tm 6.15).
* Cabeça da Igreja (Ef 1.22).
* Perdoador de pecados (Sl 103.3; Mc 2.5; Lc 7.48,50).
* Onipotente (Ap 1.8).
* Onipresente (Ef 1.20-23).
* Onisciente (Jo 21.17).

Derrocada Escatógica

Embora nada de proveitoso haja no sistema doutrinário das Testemunhas de Jeová, existem aspectos nele que
são por demais absurdos. Queremos nos referir em particular a alguns desses aspectos da sua doutrina
escatológica, ou seja, a doutrina das últimas coisas.

13. O MOVIMENTO NOVA ERA

O MNE não se define por si próprio. Sua definição é um tanto obscura e seus objetivos nunca são o que
parecem ser. Na verdade, esse movimento é moderno na aparência, com tradição e uma visão muito incomum
do mundo, do homem, da vida, de Cristo. É uma forma de vida perigosa, à lua da Bíblia, porque contraria tudo
que Ela ensina.
Dez Doutrinas - Chave do Movimento
1. Deus
O deus da Nova Era não é um indivíduo, mas uma energia gestalt... uma pirâmide psíquica de
consciência inter-relacionada, sempre em expansão, que cria, simultânea e instantaneamente, universos e
indivíduos aos quais são dados - mediante o dom da perspectiva pessoal - duração, compreensão psíquica,
inteligência e validade eterna.
Sua energia é tão incrível que realmente forma todos os universos e por sua energia estar dentro e por
trás de todos os universos.
2. Trindade
O pensamento eterno é um; em essência ele é dois - Inteligência e Força; e quando eles respiram,
nasce uma criança; essa criança é o Amor. E assim se apresenta o Deus Trino, a quem os homens chamam de
Pai-Mãe-Filho.
3. Jesus Cristo
Jesus foi um judeu ideal, nascido em Belém da Judéia. Sua mãe foi uma linda moça judia chamada
Maria. Quando criança Jesus diferiu pouco das outras crianças, apenas por ter, em vidas passadas vencido
propensões carnais a ponto de ser tentado como os outros e não ceder.
4. Expiação
O sacrifício é uma noção totalmente desconhecida para Deus. Jesus: “A crucificação nada mais é do
que um exemplo extremo”.
5. Salvação
Jesus: “O mundo real é atingido quando você se conscientiza de que a base do perdão é bem rela e
plenamente justificada (isto é, que, como Filho de Deus, você é de fato sem pecado e portanto merece o

157
perdão).
6. O Céu e o Inferno e o Juízo Final
Deus nunca fez um céu para o homem, nunca fez um inferno; somos criadores e fazemos os nossos
próprios céu e inferno.
O castigo é um conceito totalmente oposto à sã consciência, e o objetivo do Juízo Final é o de
restaurar-lhe a consciência.
7. Poderes Demoníacos
O homem é o seu próprio Satanás da mesma maneira que o homem é a sua própria salvação.
Naturalmente, sim, as forças do mal fazem parte de Deus. Elas não estão separadas de Deus. Tudo é
Deus.
8. A Segunda Vinda de Cristo
Na tradição esotérica, o Cristo não é o nome de um indivíduo, mas uma posição na hierarquia. O atual ocupante
dessa posição, o Sr. Maitréia, vem ocupando por 2.600 anos, manifestou-se na Palestina através de seu
discípulo Jesus, por 2.000 anos. Ele já deu a conhecer que, desta vez, ele próprio virá.
9. Reencarnação
Essa doutrina será uma das notas-chave da nova religião mundial, como também um agente
esclarecedor para uma melhor compreensão dos problemas do mundo. Quando Cristo esteve aqui,
anteriormente, em pessoa, disse: “Sede vós, pois, perfeitos, como perfeito é o vosso pai que está nos
céus” (Mt 5.48).
10. A Nova Era
Ao entrarmos na Nova Era, o que estamos adentrando é um ciclo, um período de tempo, um período de
desdobramento quando verdadeiramente a humanidade é a iniciada do mundo, a salvadora do mundo, e afinal é
sobre os ombros da humanidade que repousam o futuro e a trasladação para a entrada na luz deste planeta.

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159
HOMILÉTICA

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1 - INTRODUÇÃO

Neste curso transmitiremos, não somente a Homilética, porém a mesma faz parte do curso. Como
também traz toda uma ética do pregador, comportamento, e tudo que envolve o mundo do pregador, enfim todo
“KNOW HOW” (conhecimentos), que o pregador precisa saber para não só enriquecer o seu ministério, mas,
prosperar o mesmo. Trataremos neste curso de preparação para pregadores, muitas experiência de muitos
pregadores que são grandemente usados por Deus na área de pregação, e também experiências de pastores
com grande conceito em seus ministérios dos quais fazem parte muitos anos. Espero que neste curso
você possa aprender, para enriquecer e desenvolver o seu ministério, pois queira ou não você será no futuro um
obreiro de Deus na sua Igreja.

2 - CARACTERÍSTICAS INDISPENSÁVEIS DO PREGADOR


* HUMILDADE
* PIEDADE
* SINCERIDADE
* HONESTIDADE
* SERIEDADE
* CORAGEM
* SACRIFÍCIO
* VIDA DE ORAÇÃO
* VIDA DE LEITURA DA BÍBLIA
* VIDA DE ESTUDO DA BÍBLIA
* FASCÍNIO PELA PREGAÇÃO
*AMOR INCOMODANTE PELAS AS ALMAS
* FÉ
* GRANDE AMOR PELA A OBRA DE DEUS

3 - OS DOIS CUIDADOS BÁSICOS DO PREGADOR Apóstolo Paulo diz: “Para


sermos bons pregadores, é preciso ter cuidado com nós mesmos, com nossas vidas espirituais e
doutrinas” (I Tm 4.16). -
Dois cuidados básicos: VIDA ESPIRITUAL e VIDA INTELECTUAL.
ESPIRITUAL: Cuidar da nossa salvação, falar com segurança como de estivesse morando no céu a
5000 anos.
vida de santidade: Para limpar os outros precisamos estar limpos.
Procuramos ter o fogo do Espirito Santo, pois para tocar no altar, precisamos ter uma tocha.
Estar com a vida no altar, se consagrando constantemente com oração, jejum e crescendo
espiritualmente.
INTELECTUAL: A Bíblia não só nos aconselha ter cuidados espirituais, mas, também da doutrina e do
conhecimento Divino ou seja o conhecimento intelectual da Palavra do Senhor.(II Pedro 3.l8)
Para se ter conhecimento intelectual é preciso nos dedicarmos no estudo da Palavra de Deus.
E ter muitos versículos em mente para recitar durante a pregação.
Leia a Bíblia, pois ter a Bíblia e não ler, é como ter pente e não ter cabelo, é como ser cego e comprar
espelho.Ler um capítulo por dia é mesmo que tomar um litro de leite espiritual.
Além da Bíblia o pregador tem que ler muitos outros livros ex.: livros científicos, Históricos, devocionais
e teológicos.
Nestes livros é de onde pode se tirar dados importantes e para pregação do Evangelho, não podemos
fazer pão sem farinha, temos que estudar.
A importância da ilustração: é dar luz ao assunto e prender a atenção dos ouvintes.
É necessário que haja uma boa interpretação.
Dizer a forte da ilustração pois é importante.
Mentalize bem a mensagem e suas ilustrações, assim ajudará você a vencer o nervosismo.
Cuidados pedagógicos, faça as anotações em seqüência, isto é de uma forma coordenada.

CUIDADOS IMPORTANTES PARA O PREGADOR:

Muito cuidado principalmente com a voz, um pregador sem voz, é igualmente um boxeador sem braços
e uma músico sem instrumentos.
Não tomar água gelada demais.
Cuidado com ventiladores.
Não gritar desnecessariamente.
Cuidados com toda a saúde de uma forma geral.

161
Controle da tensão emocional ou nervosa.
Descubra, trabalhe o seu próprio ESTILO.
A mensagem tem que falar com você, pois a mesma sai de dentro de você, do seu coração e não
somente da mente.
A pregação não pode ser mecânica e carnal, você não deve atar Deus no esquema que você quer,
deve buscar graça e deixar que o Espirito Santo lhe dê inspiração.
Você precisa de nova luz e inspiração durante a pregação, para isto você precisa ter uma vida
consagrada e não somente estudar.
Quando você fizer preparação espiritual, Deus te revelará coisas maravilhosas e adornará o que tenha
estudado.
É necessário que tenha uma vida consagrada e bem íntima com Deus para quando for preciso Deus o
use poderosamente.

COMO SE COMPORTAR NO PÚLPITO.

Procure não conversar muito, pois fica feio para o pregador conversar muito no público.
Procure estar repassando a mensagem pois pode vir coisas novas para determinados pontos.
Procure estar concentrado, orando em espírito, clamando pelo sangue de Jesus para que os demônios
sejam derrotados e vidas sejam salvas e o nome de Jesus seja glorificado.
Procure falar com calma e segurança, saudando e cumprimentando a todos com a paz do Senhor.
Não peça desculpas de maneira nenhuma, e de nenhum tipo em tempo algum.
Não tenha medo que grandes pregadores estejam no púlpito.
Não tussa demasiadamente e não se aproxime muito do microfone e também não tão longe, na medida
certa.
Não mexa muito a gravata, e não fale com as mãos no bolsos.
Não olhe para uma só pessoa durante a mensagem.
Não olhe para o relógio todo momento.
Não olhe para as janelas laterais muito tempo.
Não olhe para baixo, para os sapatos todo tempo, pois dá a impressão de timidez.
Não deite no púlpito pois não é cama.
Não pule muito, pois você não está fazendo ginástica.
Procure não gritar, você pode falar forte e alto, de modo que não doa a cabeça das pessoas, mas o
coração com a unção.
Evite bater forte demais no púlpito, pois pode ser fraco e corre o perigo de cair e
danificar os aparelhos, e então fazer um grande escândalo.
Não fale palavras indecentes no púlpito.
Não fale contra as autoridades no púlpito e em parte nenhuma pois a Igreja não fala das autoridades a
Igreja ora pelas autoridades.
Não fale contra outras denominações no púlpito e em parte nenhuma, porque da mal impressão e causa
rivalidade.
Se a mensagem ou estudo for de longa duração, faça os ouvintes ficar de pé para descansar, na
metade da mensagem ou no final.
Faça que em cada uma de suas pregações, o nome de Jesus seja glorifica e não o seu próprio nome.
Peça a Deus que em sua pregações sejam salvas almas e não a sua reputação de grande pregador.
Procure no início entregar uma mensagem pequena, entre 10 a 15 minutos, a menos que o Espirito
Santo lhe tome e dê uma mensagem maior.
Só então quando estiver mais amadurecido e com mais experiência, é que você pode entregar uma
mensagem maior de 30 a 40 minutos ou mais.
Nunca fale tudo quanto sabe numa mensagem.
Procure respeitar o horário. Não abuse da paciência do povo, lembre-se que “o bom e breve é duas
vezes bom”.
Quando estiver num culto em que há muitas pessoas para falar e pregador já está escalado, e você
tiver a oportunidade de uma saudação, você não abuse do tempo fazendo uma pregação.
E se você não for o pregador ou convidado, para entregar a mensagem da noite, e você tiver
oportunidade para uma pregação não abuse do tempo, pois você pode ser considerado mal educado e corre o
risco de não receber outras oportunidades.
Numa pregação no rádio ou ao ar livro, nunca deve exortar os crentes da igreja, ou fazer coisa ridícula
que venha desprestigiar a obra de Deus.
Procure pregar um só tema, não faça uma salada, se você começa com o amor, continue com o mor e
finde com o amor, mas não mate o amor, siga um tema para atingir um alvo, para ser eficaz.

162
Existe uma técnica que os pregadores usam para facilitar a chamar uma palavra na sua memória, que é
repetir uma, duas ou mais palavras, para chamar a palavra seguinte, pois falando seqüência traz dificuldade à
memória.
Quando estiver pregando, tome cautela no tocante a glorificar a Deus, para que não glorifique
repetitivamente e em momentos desapropriados.
Evite de falar a palavra “meditação” no ato de ler o texto para base da mensagem, pois você não vai
meditar e sim pregar.
Quando você concluir a mensagem, nunca diga “estas são minhas palavras”, mas sim diga: “esta é a
mensagem de Deus para os nossos corações”.

PREPARAÇÃO DE UMA SERMÃO.

HOMILÉTICA é a arte de preparar sermão.


SERMÃO é um conjunto de verdades bíblicas que o pregador usa em forma de discurso.

PREGAÇÃO - proclamação do Evangelho.


PREGADO - aquele que proclama as verdades bíblicas com autoridade e poder.

A ESCOLHA DO TEXTO PARA PREGAR.

Escolha um texto que você conheça.


Evite um texto de doutrinas de controversas.
Evite textos que tenham, palavras da significados complexos e difíceis.
Evite textos muitos longos.
Procure saber o sentido real do texto.
Procure conhecer a tradução, e veja se está boa no texto.
Leia também alguns versículos anteriores e posteriores.
Leia o texto muitas vezes em particular.
Na hora de pregar faça uma leitura clara e pausada.
Procure saber quem escreveu, onde estava, em que data, etc...
Não fuja do texto que você escolheu para pregar.

ESCOLHA DO TÍTULO DO SERMÃO.

Deve ser breve.


Deve ser atraente, pois devemos procurar ganhar os ouvintes, atenção e curiosidade.
Deve ter unidade com o restante do sermão, harmonizar o título com o sermão.
Deve estar relacionado com os interesses e as necessidades dos ouvintes.
Que não sejam um título anti-Bíblico e extra-Bíblico.

A ENTONAÇÃO DA VOZ.

A entonação deve-se estudar individualmente, cada pregador deve descobrir a sua voz.
A entonação deve várias conforme o tipo de mensagem e também a ocasião, e ambiente.
Numa mensagem deve haver mudança de entonação.
Uma só entonação tornará cansativa a mensagem.
As entonações usadas jamais dispensam a unção do pregador.
No caso do convite aconselha-se fundo musical, a entonação alta, altura normal ou baixa suavemente,
conforme as circunstâncias.

OS TRÊS TIPOS DE SERMÕES.

SERMÃO TEMÁTICO: É o sermão cujas divisões, o pregador encontra a partir do tema recebido. Em
conferências, retiros, encontros de massa etc. São muito usados.

SERMÃO TEXTUAL: É o sermão cujas divisões principais baseiam-se no próprio texto. Essa porção
pode ser uma linha, um ou dois três versículos e até mais disso.

163
SERMÃO EXPOSITIVO: Consiste na exposição mais aplicativa na vida dos ouvintes, usando para isso
uma argumentação forte, este tipo de sermão extrai seus principais pontos do texto bíblico, argumenta e aplica
na vida dos ouvintes.
O sermão expositivo é alimentador e analítico, mais do que o sermão temáticos e textual.

EXEMPLO 01- SERMÃO TEMÁTICO.

Texto :Hb. 11.1. Título: A Fé DEFINIÇÃO: Fé é o firme fundamento das coisas que se esperam e a
prova das coisas que não se vêem.
INTRODUÇÃO: Estamos vendo nestes dias atuais, que as pessoas tem se deixado levar pelas
fraquezas humanas e pondo em risco a sua preciosa fé, e a até mesmo descreditando delas.

VEJAMOS OS TRÊS TIPOS DE FÉ:

I - A FÉ COMUM
A fé que todos tem. A fé mais expressada. Todos os cristãos a tem.
Ilustração(...................).

A FÉ SALVÍVICA. 1 A fé em Cristo. 2 A fé salvadora. 3 Todos os cristãos a tem.


Ilustração(..................).

O DOM DE FÉ - Algo mais sobrenatural. Muitos pregadores são usados neste dom de fé.
Ilustração(..................).

Exemplo 02 - SERMÃO TEXTUAL.

TEXTO: S1. 34:4,5. TÍTULO: Como ser vitorioso


DEFINIÇÃO: VITÓRIA - Vencer, alcançar objetivo, triunfar, atingir alvo.
INTRODUÇÃO: O mundo está vivendo em grandes crises e fracassos. O homem cada vez mais
derrotado pelo mundo, carne e os demônios, mas Deus pode dá-lhe a vitória a este homem e o mesmo ser
vitorioso.

MOSTRAREI OS TRÊS PASSOS PARA SERMOS VITORIOSOS.

I- ANDAR NA PRESENÇA DO SENHOR. Sl 7. 4a

A - Homens de Deus que andaram em sua presença e foram vitoriosos.


B - Abraão, José, Moisés. C - Ilustrações (...........................).

II - ENTREGA O TEU CAMINHO AO SENHOR. Sl 37.5 a


A - Uma entrega não parcial mas total. B - Ilustração (.............................)

III - CONFIAR NO SENHOR Sl 37,5 b


A - Uma confiança total. B - Ilustrações (.............................)

CONCLUSÃO
Vimos os três passos para sermos vitoriosos, que possamos praticar estes passos para sermos
vencedores e assim alcançar bênçãos que para nós estão reservados.

Obs: Este Material é parte do currículo do curso de Missiologia das Assembléia de Deus em
Imperatriz / MA

164
165
MISSIOLOGIA

166
MISSIOLOGIA

Missões existe muito antes da Igreja. Quando falamos em missa referimos ao plano de Deus para a restauração
da humanidade.

REINOS REINADO REIS

Dia 1º Luz Luzeiros

Dia 2º Céu e água Homem ( Vice-Rei ) Aves e peixes

Dia 3º Terra e mares Animal

Dia 7º ( Descanso de Deus )

O homem é criado para governar a criação em nome de Deus (Gn 1: 27-29). Ele caberia governar sobre tudo
que Deus havia criado. Quando Deus encerra a sua criação com a declaração de que tudo era bom, Ele estava
afirmando que não havia mais razão para “trabalha”. Tudo esPPtava perfeito. Principalmente porque o próprio
homem cuidaria das obradas criadas e Deus “descansaria”. Porém o vice-rei, Adão, desejou muito mais do que
Deus Havia dado, ele queria ser igual a Deus. Este desejo o levou a comer da fruta proibida a qual Deus lhe
havia proibido de comer. E por isso, a punição foi dura ( Gn 3:14-19 ).

O AMOR DE DEUS É O PRINCÍO FUNDAMENTAL DA HISTÓRIA DA REDENÇÃO

Deus estabeleceu seu relacionamento de companheirismo e comunhão com Adão e Eva mediante o amor.
Quando o homem pecou e se rebelou contra Deus seria justificável que Deus destruísse a todos os rebeldes.
Porém não o fez por causa do seu amor. No entanto Deus não poderia simplesmente esquecer este pecado e
perdoar o homem.

Devido o atributo divino de justiça, o estado de pecaminoso tornava o homem impossibilitado de receber o poder
reparador de Deus. A solução soberana para esse problema foi a encarnação de Cristo como homem. Este foi a
maior expressão do amor de Deus. Nada satisfaria a justiça Divina se não fosse o próprio Deus que pagasse o
preço

O que moveu Deus na redenção da humanidade foi o seu amor. Ele não viu nada em nós que o levasse a fazer
este sacrifício.

O PLANO REDENTOR É REVELADO

Gênesis 3:15 – Chamada de proto-evangelho, é a primeira referência a Cristo na Bíblia. Deus “E porei inimizade
entre ti e a mulher, e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” .A
essência do evangelho é: Boas novas de vitória sobre o fracasso. Aqui começa missões na Bíblia.

Através de toda história bíblica Deus, através de seus servos, está anunciando está boa nova afim do homem se
arrepender e buscar ao Senhor. A redenção do homem não está nele mesmo, mas em Deus através do redentor
providenciado por Ele.

Missões nasceu no coração de Deus ( Jô 3:16 ).

1. A MISSÃO REDENTORA DO POVO ESCOLHIDO DE DEUS

Gênesis 12: 1-3.Deste o começo da história Deus sempre teve a visão de levar a salvação à todos os povos.
Aqui, Deus deu início a um novo capítulo na história da redenção da humanidade. Ele não estava escolhendo um
povo para ser privilegiado dentre todos os outros ou que a salvação era somente para os Israelitas. Porém
através de Israel o Senhor abençoaria todas as nações. “...em ti serão benditas todas as famílias da terra”.

Êxodo 19: 3-16 – Deus estabelece um pacto com o povo de Israel. Este relacionamento multo, Israel seria o
brilhante exemplo para as demais nações.

167
• Propriedade Peculiar – Israel seria algo somente de Deus, Ele seria seu Deus e eles seriam seu povo.

• Reino sacerdotal – O Sacerdote era um representante de Deus aos homens e dos homens a Deus.
Israel cumpriria este tipo de papel com as outras nações.

• Nação Santa – Através do viver santo de Israel, as outras nações seriam atraídas à Deus.

A forma de vida de Israel e as bênçãos recebidas de Deus em relação aos outros deuses das nações levariam
uma mensagem utópica em contraste com o pecado, cobiça e degradação das outras sociedades. Deus Chamou
Israel para mostrar o poder, a glória, a compaixão e o amor às outras nações.

Quando as outras nações olhassem para Israel, eles iriam ver que as suas vida estavam erradas e que os seus
deuses eram falsos, então se voltariam para o Deus de Israel.

Israel tinha uma missão centrípeta, ou seja, as nações seriam atraídas à Israel e de Israel a Deus. Porém não
estenderam sua missão e pensaram que eles eram tão especiais que Deus não amava e não se relacionava as
outras nações.

Em vez de ser um exemplo, Israel foi atraído para as outras nações imitando-as em tudo. Tomou para si deuses
das outras nações para serem seus deuses. Por isto, Deus enviou vários profetas para alertar e corrigir Israel.
Porém eles não os ouviam, mas matavam todos que falavam contra suas idolatrias. No NT os judeus tinham este
pensamento bem forte em suas mentes. Chamaram Jesus de comilão e beberam, pois comia com os gentios e
pecadores.

2. UM NOVO POVO ENTRA EM SENA

No NT um outro povo entra em nos planos de Deus para propagar o plano de Deus para a redenção da
Humanidade, a igreja. “Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido,
para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; Vós, que
em outro tempo não éreis povo, mas agora sois povo de Deus; que não tínheis alcançado misericórdia,
mas agora alcançastes misericórdia” (l Ped. 2:9-10).

Hoje a Igreja, judeus e gentios, é o instrumento usado por Deus na Terra. Nós herdamos as bênçãos e também a
responsabilidade.

“Nenhuma igreja local pode dar-se ao luxo de gastar as bênçãos de Deus consigo mesmo com fez Israel”.

“A grande comissão” é a forma que chamamos essa grande tarefa dada por Jesus para nós. Antes de subir ao
Céu ele deixou bem claro sobre qual deveria ser a nossa tarefa enquanto Ele não buscasse o seu povo.

2.1. A Natureza Da Missão Da Igreja

“Ekklesia” significa “chamado” ou “convocado”. Assim sendo, ela se constitui de homens e mulheres salvos,
convocados por Deus para fazer uma obra aqui na terra. Vejamos Hb 12.23.

O que se confunde muito é a relação entre a Igreja universal e a Igreja local. Enquanto a primeira é um
organismo formado por todos os salvos de todo o mundo, a segunda é uma organização, formada por todos os
membros de determinada denominação. Essa falta de visão do que é de fato o Corpo de Cristo têm feito muitos
crentes errarem em seu julgamento sobre as pessoas que têm ou não têm a salvação. Confundem Doutrinas
Bíblicas com costumes e justificam assim a acepção que fazem. Observe-se que entre os membros de uma
igreja existem: salvos e crentes batizados. Há diferença substancial entre essas categorias.

A Igreja é chamada para adorar e servir a Deus (Jo 4.23-25; At 13.2), tem uma missão para com os próprios
membros (I Co 12.12-27) e uma missão para com o mundo (At 1.8). Nesta última referência bíblica temos a
estratégia geral de missões, que normalmente é interpretada em forma de escala: primeiro em Jerusalém, depois
na Judéia e assim por diante. O texto bíblico diz isso? Existem as palavras “tanto”... “como”, “também”... “e” que
dão idéia exata de se cumprir a ordem ao mesmo tempo.

168
• Até Os Confins Da Terra

Em At 1.8 está registrado que a ação da Igreja deve estender até os confins da terra. Naquela época, a Igreja
Primitiva tinha como confim da terra a Espanha, conforme a descrição de Paulo, porque era o lugar onde o
Evangelho ainda não tinha sido pregado no mundo conhecido de então. E hoje? Onde estão os povos não
alcançados? Você já ouviu falar da janela 10-40? Ela está localizada exatamente nos países do norte da África e
Oriente Médio, onde há predominância do Islamismo. Esse é o desafio para a Igreja dos dias atuais.

Os erros que desviam a Igreja de sua missão são: ignorância dos crentes quanto a sua missão bíblica, doutrina
corrompida, mornidão no amor dos crentes e zelo exagerado por programas sociais. Tais erros cegam a visão
espiritual e impedem que a igreja chegue até os confins da terra. O mais interessante é que a Igreja Primitiva não
contava com os recursos de comunicação que dispomos hoje e, no entanto, cumpriu cabalmente a missão que
lhe foi confiada em sua época.

• Etnias

Na Grande Comissão dada por Jesus vemos que o alvo missionário são as nações. No original grego, a palavra
empregada é “ETNOS” que tem um significado muito mais abrangente. Etnia é o conjunto de características que
diferencia cada agrupamento humano, sendo composta pelos seguintes elementos: língua, cultura e raça. Isso
quer dizer que Jesus deseja que o Evangelho seja pregado a todas as tribos, línguas e ajuntamentos humanos
que existirem no globo terrestre.

A língua é a forma de expressão verbal utilizada para a comunicação entre pessoas. São os idiomas e dialetos
falados no mundo.

A cultura é o conjunto de conhecimentos de um povo, formado pelas tradições, comportamento, organização


social, folclore, costumes, etc.

A raça é o conjunto de características físicas que diferenciam os grupos humanos (ex.: pigmentação da pele,
estatura, fisionomia).

A IGREJA LOCAL E MISSÕES

Podemos dizer que missões é obedecer à ordem de Jesus, levando a mensagem do evangelho a todos os
povos, nações e criaturas, fazendo discípulos e plantando igrejas.

1. Quem faz missões?

A tarefa e tão grande e tão desafiadora que implica a inclusão de todos os crentes. Por menor que seja
nenhuma Igreja pode negar sua responsabilidade. O propósito de Deus na igreja é Missões. Ela tam que
manifestar ao mundo a sabedoria e a glória de Deus.

É importante que a igreja manifeste não somente a mensagem de Deus mas também a presença de Deus. A
igreja do primeiro século era uma igreja que chamava atenção e causava impacto pela presença de Deus na
vida dos seguidores de Jesus. A igreja do primeiro século crescia porque os crentes demonstravam
transformação de vida (At. 2.41-47,4.32-34).

A igreja local varia tanto em número de membros, poder financeiro, nível intelectual etc..., mas não importa nada
disso quando falamos de responsabilidade missionária. Jesus não condicionou a Grande Comissão ao tamanho
ou poder financeiro ou intelectual, mas deu responsabilidade a todas.

Missões é responsabilidade da igreja, mas também de cada crente em Jesus. Ninguém pode desculpar-se por
não estar participando.

|Como então uma igreja local, pequena e pobre em recursos, pode participar ativamente da obra missionária?

• Informando-se

Cada igreja deve procurar se informar sobre as necessidades do mundo e o que está sendo feito para alcançar
os não-alcançados. Uma das maiores razões para a falta de visão missionária nas igrejas locais é a falta de

169
informação, falta de notícias e falta de desafios. Uma igreja informada é uma igreja que vai querer atuar e fazer
algo para participar na obra missionária.

• Orando

A igreja informada orará com pedidos específicos e com agradecimentos pelas vitórias alcançadas. A batalha
espiritual é uma realidade nos campos missionários e por meio da oração a igreja local coloca-se ao lado do
obreiro e assim luta juntamente com ele. A igreja local, por mais humilde que seja, pode ser um gigante no
ministério da oração.

• Contribuindo

Como conseqüência do ministério da oração e as informações adquiridas sobre a obra missionária e as


necessidades do mundo, a igreja local terá prazer em contribuir financeiramente para sustentar esta obra que se
tornou tão preciosa e importante.

OBSTÁCULOS À EVANGELIZAÇÃO MUNDIAL

1. Obstáculos de ordem política

Esses obstáculos referem-se à facilidade, ou não, de se pregar o evangelho livremente em determinado país.
Hoje, o maior obstáculo nesta aérea são países mulçumanos que em todos eles a igreja sofre uma grande
perseguição. São proibidos pela constituição a conversão para outra religião e são punidos com morte aqueles
que desobedecem. Por isto, aqueles que trabalham entre esses povos devem ser bem preparados para enfrentar
perseguição, torturas e até mesmo a morte.

2. Obstáculos de ordem cultural

Pregar o evangelho não significa interferir e destruir os fundamentos da cultura do povo evangelizado. Um dos
erros gritantes que os críticos apontam em relação ao trabalho missionária na África foi que os missionários
introduzem seus instrumentos de louvores e banem de qualquer função sacra, o bombo, o tambor e outros
instrumento já enraizados na cultura do negro africano. Esse é só um exemplo de tantos outros.

3. Obstáculos de ordem lingüística

A evangelização do mundo implica a transmissão da mensagem em milhares de línguas. Uma das primeiras
barreiras enfrentado pelo missionário ao chegar em outro país e a língua. Como comunicar o evangelho sem
poder comunicar numa língua que o povo entenda? Além disso, o aprendizado de uma língua leva tempo, custo
e paciência.

4. Obstáculos de ordem religiosa

As religiões se constituem um dos grandes obstáculos à aqueles que desejam falar de cristo para uma outra
pessoa. Em outros países que não tem uma cultura cristã, esse desafio aumenta consideravelmente, pois as
pessoas não entendem e não conhece nada sobre Jesus, salvação ou céu e inferno da forma bíblica. Por tanto o
missionário deve começar sempre do início e tentar mudar as concepções erradas de Deus, mundo, céu, inferno
e salvação.

A VOCAÇÃO MISSIONÁRIA

Quando se fala em “missões”, um dos problemas mais complexos, um verdadeiro quebra-cabeça para os jovens
é a questão de um chamamento missionária. Alguns insistem que há um chamamento sobrenatural, como Paulo
(At 16:9-10), e que é o padrão para todo chamamento missionário. Geralmente se pensam em vozes, visões a
acontecimentos misteriosos. Outros alegam que não há nenhum tipo de chamamento exigido, já que a tarefa
missionária cabe a todos os cristãos. Qual destas duas idéias está certa?

1. É Necessário Um Chamamento?

170
Tudo depende do tipo de chamamento em que se pensa. A palavra “chamamento” é usada de várias maneiras
no NT. A maioria da vezes, refere-se à vida cristã e não ao ministério (Lc 5:32; Rm 8:30; Rm l.7). Este é um
chamamento geral e “automaticamente” para todos os crentes.

Há, no entanto, um segundo tipo de chamamento para o ministério de tempo integral (At 6:4; l Co 12:29). Este
não é automaticamente para todos os crentes, como o primeiro tipo de chamamento, mas é resultado da
operação específica de Deus. Paulo era apóstolo pela “vontade de Deus” (Gl 1:1; Ef 3:7). O Chamamento
Macedônio que Paulo recebeu era mais propriamente a direção específica do Espírito Santo para uma etapa do
ministério de Paulo, e não o chamamento de vida.

O chamamento para o ministério de tempo integral é exemplificado por Jesus. Jesus chamou André e Pedro e
imediatamente o seguiram (Mt 4:20) e eles jamais voltaram às suas profissões anteriores.

2. O Que Constitui Um Chamamento?

Poucas vezes vem como relâmpago caindo do céu. Mais freqüentemente, é uma convicção profunda e crescente
baseada em princípios bem definidos pela Palavra de Deus, testemunhada no interior pelo Espírito de Deus e
confirmada no exterior pelo corpo de Cristo, a Igreja.

• A Palavra de Deus. À medida que o crente anda com o Senhor à Luz da sua Palavra, ele
descobre passo a passo o lugar onde escuta aquela voz que diz: “Este é o caminho, andai por
ele” (Is 30:21). O discípulo cristão precisa reconhecer em primeiro lugar o senhorio de Cristo
para ser sensível à sua voz na leitura da Bíblia.

• O Espírito Santo. O testemunho no interior do discípulo pelo E.S. é mais intangível e pessoal,
variando de pessoa para pessoa ( Jô 3:8 ). Infelizmente. É testemunho do Espírito Santo que
dirige o cristão e revela a vontade de Deus. A vontade de Deus é dupla: é geral e é específica.
A vontade geral abrange toda a criação e se manifesta na Bíblia. Não há mistério quanto a ela.
A vontade específica de Deus é o que o Espírito Santo revela para cada crente. Isto varia entre
os cristãos individualmente. Os detalhes da sua percepção não são tão claramente delineados.
Dr. Leighton Ford, da Associação Evangelística Billy Graham, uma vez disse que conhecer a
vontade de Deus é como conhecer o cenário da próxima esquina – só chegando lá é que
conhecemos. Isto é, precisamos tomar primeiro os passos diante de nós, que fazem parte da
direção que já sabemos, para que, chegando adiante, conheçamos o que vem depois.

• O corpo de cristo, a Igreja. A igreja local confirma exteriormente aquilo que o Espírito
testemunha no interior. Este é um aspecto comum no NT, mas levado pouco a sério hoje em
dia. Na Bíblia, por mais claro que fosse o chamamento, sempre havia confirmação pela Igreja.
(At. 9:15; 13:2). O chamamento para o ministério de tempo integral só pode vir através do
Espírito Santo, mas deve haver algum tipo de confirmação da parte da igreja local.

O PAPEL DO MISSIONÁRIO NA OBRA DE MISSÕES

Todos entendemos que a obra de Missões Mundiais é uma obra de equipe. É uma obra onde muitos são os que
colaboram para a sua realização.

O autor e arquiteto é Deus e muitos são os que Ele chama e desperta para a realização de tão magna obra. A
uns desperta para o sustento: as igrejas patrocinadoras. A outros, delibera a continuidade da obra: as juntas e os
funcionários e a outros, vocaciona e desperta para as necessidades do mundo sem Cristo: os missionários
executores, não desmerecendo, é claro, as outras partes quanto o despertar missionário.

1. Quem é o missionário?

É aquele que sentiu a chamada divina para ir e anunciar a mensagem de salvação a outros povos e que
responde afirmativamente, em obediência a esta chamada. É um mensageiro divino, embaixador de Cristo em
outras terras.

171
• É um íntimo de Deus

É alguém cuja dependência de Deus deve ser total, buscando diariamente conhecer a Sua vontade para a
realização dessa obra. Necessita estar cara a cara com o Senhor, afim de resplandecer a glória de Deus entre
aqueles a quem deve conduzir à Terra Prometida.

• É aquele que renuncia

O missionário deixa tudo para servir ao Rei dos reis em lugares distantes e difíceis. Renuncia a tudo quanto
Deus lhe pede para deixar: casa, parentela, terra, etc., não colocando seus interesses e sentimentos diante da
chamada e vocação missionária.

2. As dificuldades do campo missionário

• A adaptação

A primeira das grandes dificuldades é a adaptação, especialmente da família: encontrar casa, fazer novas
amizades, novos amigos, adaptar-se aos costumes alimentares. Há também o problema escolar dos filhos. Na
maioria dos países o currículo é totalmente diferente e os filhos perdem pelo menos um ano escolar.

• A dificuldade do idioma

A barreira da comunicação é tremenda, pois sabemos que é vital para o êxito da proclamação do Evangelho. O
ideal seria que o missionário tivesse pelo menos seis meses de aprendizado do idioma, quando se tratar de
transculturalidade.

• A diferença cultural

Cada povo tem seus costumes e tradições, sua própria cultura. O missionário, ao chegar ao campo, depara-se
com uma cultura diferente da sua, mas ele deve saber respeitar e adaptar-se à cultura do povo para o qual Deus
o chamou. Há tradições milenares que o missionário enfrenta, como no caso da África, onde a mulher ainda é
propriedade do homem, que a compra, e se ela não satisfaz às exigências inerentes às sua cultura, como a
procriação e o trabalho no campo, é devolvida ao pai, que por sua vez, devolve ao marido o que recebeu por ela,
especialmente n caso de mulher estéril. Há também a questão da poligamia, em que ao homem é permitido ter
tantas mulheres quantas possa comprar. No conceito deles, a poligamia não é pecado.

• A dificuldade climatológica

Vivemos em um país tropical, abençoado por Deus, e enfrentamos climas diversos ao nosso. Em geral, climas
de frio rigoroso como os da Europa e os climas super-úmidos de alguns países da África, como Moçambique,
que se tornam difíceis de suportar.

• A dificuldade do relacionamento

O relacionamento com os líderes nacionais das igrejas é por vezes muito difícil para o missionário, não de sua
parte, mas da parte dos nacionais, que sempre vêem o missionário como um estrangeiro ou intruso em sua terra.
Alguns afirmam que o missionário só vem para tomar o lugar deles no pastorado das igrejas ou em cargos na
denominação. Em contrapartida, há aqueles líderes que nos amam, nos apóiam, e isso é altamente, nos
animando a prosseguir.

• Solidão

Em geral esta dificuldade vem depois dos primeiros anos no campo missionário: a saudade da família, tanto a
espiritual quanto a de sangue, os momentos de solidão, a falta de notícias dos pais, da família e dos amigos, a
saudade dos cultos vibrantes da nossa igreja, a falta de ouvir hinos inspirados a cada Domingo e tantas outras
coisas que fazem sentir o desejo de estarmos outra vez em nossa terra.

172
173
NOÇÕES DE CONSTRUÇÃO

174
PREFÁCIO

A finalidade desta apostila é passar para os alunos do Curso de Missões algumas


noções básicas sobre construção civil. Bem verdade que não se pode aprender em apenas 08
horas-aula todo o processo de construção nos seus mínimos detalhes. O que queremos é
orientar de forma clara e rápida como proceder e o que procurar na hora de construir.

INTRODUÇÃO
Entendemos por construção civil a ciência que estuda as disposições e métodos
seguidos na realização de uma obra sólida, útil e econômica; por obra todos os trabalhos de
engenharia de que resulte criação, modificação ou reparo, mediante construção, ou que tenha
como resultado qualquer transformação do meio ambiente natural.

AQUISIÇÃO DO IMÓVEL
Da localização do terreno.
I – Verificar se o terreno está localizado próximo de prédios públicos, como por
exemplo: Escola, Hospital, Posto de Saúde, Delegacia de Polícia etc., e se próximo não existir
outro templo religioso com distância inferior a 500m.

OBS: É importante lembrar que terreno com medida inferior a 10m de largura não é
apropriado para templos.

II – Verificar nos Cartórios de Registro da Localidade se o referido imóvel não está


sobre protesto, penhora, ou hipoteca

III – Depois de tomadas todas estas providências, o pagamento do imóvel deve ser
feito mediante a transferência imediata da escritura, que deve ser colocada no nome do agente
promotor (SEMADI), e registrado em Cartório.

LEGALIZAÇÃO DE PROJETOS
I – Junto a Órgãos Competentes:
Antes de iniciar qualquer atividades de construção, o primeiro passo é procurar uma
pessoa habilitada para projetar a construção de acordo as normas do ABNT (Associação
Brasileira de Normas Técnicas).

ESTUDOS PRELIMINARES
No estudo preliminar são realizados os aspectos social, técnico e econômico, a
localização do lote e suas características, as opções possíveis, as avaliações de custos e de
prazos.
Para esse estudo, deve ser contactado um técnico ou um profissional prático para fazer
as medidas do lote, determinando a área² (m²) do mesmo.
Situar o lote dentro da quadra, e suas medidas até às esquinas das ruas que formam a
mesma.
Anotar os números das casas vizinhas, ou mais próximas do lote, para eventuais
identificações.

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Verificar se existe rede elétrica, rede de esgoto, rede de água, tipo de pavimentação
existente na rua e nível econômico das construções vizinhas.
Não existindo rede de água, haverá a necessidade de colher informação nos vizinhos
quanto a profundidade média dos passos práticos.
Devem ser tomadas as seguintes providências imediatas:
LIMPEZA DO TERRENO: Para maior facilidade de trabalho no levantamento
plano-aritmétrico permitindo-se obter um retrato fiel de todos os acidentes de terreno e
serviços de reconhecimento do solo.

ABERTURA DE POÇO FREÁTICO: É sem dúvida a técnica que melhor


satisfaz aos fins de prospecção, pois não só permite uma possibilidade de se
conhecer o solo melhor, como também, permite a extração de algum material que
pode ser empregado na construção, além de fornecer a água usada na construção.

ANTEPROJETO
Feito o estudo preliminar, passa-se a elaboração do anteprojeto, para o
qual necessitamos mais os seguintes elementos:
1°) Uso permitido da construção
a) Plano diretor do município
b) Residencial, comercial, industrial, recreativo, religioso e outros usos.

2°) Densidade populacional do município para se prover a taxa de crescimento e


tamanho da OBRA.

3°) Gabarito permitido (pelo código de obra do município)


a) Altura permitida da obra
b) Recuos frente, fundo e laterais.
c) Coeficiente de ocupação do lote = 70%

4°) Elementos geográficos naturais do local.


a) Latitude (Local); b) Meridiano (Frente); c) Orientação magnética (Posição de
dormitórios etc); d) Regimes de ventos predominante; e) Regime Pluvial; f) Regime de
temperatura (Altura).

OBS: Os desenhos não podem ser esquemáticos, mais devem ser completos
claramente de modo a permitir uma avaliação de cesto e de prazo. As peças apresentadas são
plantas, cortes esquemáticos e elevação.

PROJETO

O projeto é conseqüência direta do anteprojeto. Compõe-se de duas partes distintas:


partes gráficas e partes escritas.
Partes Gráficas: que consiste das seguintes peças:

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a) planta baixa; b) Cortes transversais e longitudinais; c) Fechadas frontal e lateral;
d) Detalhes arquitetônicos e) Infra e superestrutura de concreto; f) Instalações elétricas e
g) instalações hidrosonitárias

Planta - é a projeção horizontal da seção reta passando em determinada cota.


Pode ser de quatro tipos:
1° - Planta baixa – é a projeção horizontal da seção reta passando acima do piso.
Nessa planta secante são assinaladas por convenções, espessuras das paredes, larguras e
posições dos sanitários etc.
2° - Planta do telhado – representa a projeção horizontal das formas dos planos de
declividades dessas águas.
3° - Planta de situação – estabelece a posição da obra dentro do lote, fixando os
recuos e alinhamentos.
4° Planta de locação – é a que fixa as cotas dos elementos da fundação e infra-
estrutura com relação às divisões do lote e o alinhamento das vias públicas.
OBS.: Os recuos para templos religiosos são: 4m frente e 1,5m laterais.
Cortes – são as projeções verticais dos cortes feitos num prédio por planos
secantes igualmente verticais de modo a representar as partes internas mais
importantes, obtendo-se um desenho das diferentes alturas de portais, janelas,
portas, vigas, espessura da laje , do piso, do forro, do telhado e dos alicerces.
Usam-se no mínimo dois cortes: um longitudinal e um transversal. O primeiro
corresponde ao sentido da lateral, e o segundo é perpendicular ao primeiro.
Fachadas – são projeções verticais dos exteriores do edifício, apanhando
todos os elementos dentro da configuração total.
Detalhes – são desenhos de dimensões ampliadas de certos elementos da construção
para melhor interpretação.
Estruturas – são expressas por desenhos cotados e dimensionados de todos os
elementos estruturais da obra, como: alvenaria, madeira (telhado, formas), concreto armado e
ferragens.
Instalações elétricas – são expressas por desenhos e perspectivas com cotas e
dimensionamento das redes de água fria, água quente, esgoto, e águas pluviais.
Impermeabilização – deve-se obedecer às normas da ABNT.
Cronograma físico financeiro – é um calendário gráfico rigoroso, onde se prevê a
época dos eventos das atividades, e estabelece as datas dos suprimentos financeiros.

PARTES ESCRITAS
1° Especificação de Materias
2° Memorial descritivo
3° Orçamento
4° Registros
1°) Especificação de Materiais – conjunto de condições mínimas a que deve satisfazer
os materiais para uma determinada obra. Determinação para execução de serviços visando o
padrão de qualidade.

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2°) Memorial Descritivo – É uma exposição detalhada do projeto, descrevendo as
soluções adotadas, as características dos materiais, os métodos do trabalho.

3°) Orçamento – É a parte escrita que estabelece o custo provável da obra, nele
constam as unidades, as quantidades, os preços unitários, e os custos parcial e total.

4°) Registro – Trata da legalidade dos projetos junto aos órgãos competentes.
PREFEITURA: Alvará de Construção.
CREA: Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura
INSS: Matrícula

CANTEIRO DE OBRA
O canteiro de obra deverá ser organizado de forma que lhe d6e condições de trabalho e
distribuição conveniente dos espaços. Um canteiro de obra bem prático deverá Ter água, um
almoxarifado para materiais perecíveis (ex.: cimento) e tapume cercando o lote. OBS: O local
da construção é obrigatório que seja cercado.

FUNDAÇÃO
Fundação são os elementos estruturais destinados a transmitir ao terreno os cargos de
uma estrutura.
a) Fundações diretas ou rasas (sem estacas).
b) Fundações indiretas ou profundas (com estacas).
Tomamos por exemplo uma construção de um templo religioso com as seguintes
dimensões: 10 x 20 – ou seja, 10 metros de frente por 20 metros lateral.
Obedecendo aos critérios técnicos, serão necessários alguns cuidados na hora de
definir o tipo de fundação e condições normais, ou seja, em um terreno onde tenha um solo
compacto. Não será necessários o uso de sapatas. Nesse caso, uma fundação com estacas
moldadas in Loco. Resolvemos o problema da fundação.

ESTACA IN LOCO: Escavação feita com um tipo de trado ou cavadeira manual e


depois lançado o concreto até atingir a altura da viga baldrame.

VIGA BALDRAME: É uma cinta de concreto armado, aplicada sobre o baldrame de


blocos ou tijolos determinando a altura do piso. Essa viga deverá Ter medidas = (15 x 30 cm)
ou seja 0,15m de largura por 0,30m de comprimento com ferro de 5/16” a 3/8” e estribos a
cada 15cm 4.2”

PÉ DIREITO
O pé direito é a medida que vai do piso a parte mais baixa do telhado; para templo, o
pé direito tem que ser de 4,00m a 6,00m2.

CÁLCULOS DE ÁREA DE JANELAS

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Segundo a ABNT, as aberturas das janelas e de um sexto da área total = numa área de
200m Abertura para janelas é de 33m2.
2.

NOTA: Divide o número encontrado por 10m, é o nosso caso:

FICA = 33 = 33 = 1,5 x 2,20


10 1,50

2,2

1,5

A DOSAGEM DO CONCRETO
O concreto deve ser feito com dosagem de (1, 3, 3) ou seja:
1 lata de cimento
3 latas de areia lavada
4 latas de cascalho lavado
A quantidade de concreto encontrado, multiplicando a largura pela altura e
comprimento = Ex:(0,15 * 0,30 * 60) = 2,7m3.
Encontrando o volume do concreto, multiplica por 357 Kg de cimento.
Ex: 2,7 * 357 = 963,9 Kg
A quantidade de cimento e de 963,9 / 50 = 19278 arredondamento = 20 sc

Resultado: Numa construção de um templo 10 x 20, é necessário 20 sc de cimento, para a viga


baldrame, as colunas usa-se o mesmo processo de cálculos.

AS FERRAGENS:

Para calcular o consumo de ferro.


Nesse Exemplo acima, consiste em medir o comprimento dos baldrames onde vai
passar as vigas e colunas.
EX: 20 + 20 + 10 + 10 = 60 metros

10 Cálculo =

60 x 4 / 12 = 20 x 5 = 100 Kg

20 20 OBS: O valor de cinco varia de


acordo com a bitola usada no caso
O 5/16”

10

TABELA DE FERRO:

O 4.2 =1,5 Kg por barra OBS: Barra mede 12 metros de


O 5.0mm = 3/16 = 2,0 Kg por barra
O 6.0mm = ¼ = 3,0 Kg por barra Comprimento.

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O 8.0mm = 5/16 = 5,0 Kg por barra
O 10.0mm = 3/8 = 6,5 Kg por barra
O 12.7mm = ½ = 9 Kg por barra
O 16.0mm = 5/8 = 13 Kg por barra
O 20.0mm = 1 //= 18 Kg por barra

Estribos O 4.2 a cada 15 cm da viga ou pilar. OBS: Os estribos servem para prender os
ferros longitudinais e deve Ter de 3 cm menor que os diâmetros das vigas e pilares de todos
os lados.

Distância entre pilares

As distâncias dos pilares é de 4,00 metros, entre-se, nesse caso:

DOSAGEM PARA LEVANTE DE PAREDES

A preparação da massa para levante de paredes mais adequado é de (1, 3, 4) ou seja 1


lata de cimento 3 latas de areia e 4 latas de barro.

DOSAGEM PARA REBOCO

Traço para reboco 1, 4, 2


1 lata de cimento, 4 latas de areia
2 latas de barro

180
181
NOÇÕES DE DIREITO

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BREVE NOÇÃO SOBRE DIREITO INDIVIDUAL E COLETIVO

1. CIDADÃO
O que é cidadão - s.m. habitante da cidade; indivíduo no gozo (ou exercício) dos direitos civis e
políticos de um Estado (Dic. Aurélio).
Quando se torna cidadão - no momento em que se faz o alistamento eleitoral.
Para que serve o exercício da cidadania - para reivindicar os direitos do cidadão, com o objetivo do
construir e transformar a sociedade, obtendo benefícios individuais e coletivos de um Estado...

O estrangeiro é cidadão? Ele pode exercer sua cidadania em território estrangeiro?


É cidadão em relação ao seu pais de origem, e pode fruir dos direitos dos cidadãos do pais onde se
encontra, como estrangeiro.

Direitos e deveres do cidadão (Constituição Federal).


Os direitos e deveres individuais e coletivos do cidadão estão exarados no artigo 5º da Constituição da
República Federativa do Brasil, ou Constituição Federal, nos seus setenta e sete incisos.
Liberdade de Culto - Diz o Art. 5º e inciso VI da Constituição Federal, de 05 de outubro de 1988:

“é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos


CULTOS RELIGIOSOS e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas
liturgias”.

2. AS LEIS
O Que é Lei - s.f. norma e/ou regra jurídica que regulamenta/disciplina as relações entre os indivíduos e
as instituições (J. Oliveira); preceito que deriva do poder legislativo; relação constante entre o fenômeno e sua
causa; obrigação imposta pelo Estado a todos (Dic. Aurélio)
Para que serve a Lei - Para regular e/ou disciplinar as relações entre os indivíduos, as instituições e o
Estado, garantindo direitos e impondo obrigações.
Quais os Tipos de Leis (Hierarquia das leis)

Cartas Constitucionais (lei estrutural de um País, de um Estado ou de um Município), Leis Ordinárias,


Complementares, Medidas Provisórias, Decretos, etc...).

Quando e Onde Aplicar a Lei


No momento em que os indivíduos, as instituições e o Estado não conseguem resolver os seus
problemas de forma amistosa e consensual, é hora de invocar-se a lei para garantir o direito a quem tem direito,
e as obrigações a quem tem obrigações a cumprir.

AS INSTITUIÇÕES SOCIAIS
Que é Instituição Social - s.f. Fundação, estabelecimento, associação, organização, etc. (Dic. Aurélio).

Para Que Servem as Instituições Sociais


Para organizar, congregar, controlar e dirigir as pessoas ou indivíduos para auto-realização e realização
coletiva, e ainda com vista a obtenção de objetivos comuns que muitas das vezes só é possível a sua conquista
através de grupos sociais organizados. Diz respeito ainda à própria natureza gregária do ser humano, ou seja, o
homem não consegue viver muito tempo sozinho ou isolado dos demais indivíduos.

Quais os Tipos de Instituições Sociais


a) Civis - A família, a sociedade comercial e outras associações entre os cidadãos comuns;
b) Eclesiásticas - Igrejas, Seminários, Institutos Bíblicos, etc.
c) Militares - Exército, Marinha, Aeronáutica, Polícia Militares, Corpos de Bombeiros, etc.
d) Políticas - Partidos Políticos, Sindicatos, Associações de Bairros, etc.

RELAÇÃO ENTRE

O Líder e o Cidadão
Líder é o que sempre está à frente dos grupos e/ou instituições sociais; é aquele que tem visão do
futuro e se antecipa aos fatos, com ações concretas e abalizadas para dar o rumo desejado pelo grupo que
representa, com vista a alcançar os objetivos desejados pelos liderados.

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O líder deve exercer sua cidadania em todos os momentos, desde que não haja incompatibilidade ou
impedimentos em relação à sua função/missão, prevalecendo nesses casos, as atribuições de líder para não
prejudicar os interesses do grupo social que representa.

O Líder e as Leis
O líder deve ser bom exemplo no exercício de seus direitos, sem deixar de lado o cumprimento das
suas obrigações legais.
Aqui cabe bem a máxima de Jesus Cristo:
“...dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.”

O líder não pode ser “um fora da Lei”.

O Líder e as Instituições Sociais


O bom líder, deve sempre procurar desenvolver uma boa relação informal, independente e respeitosa
com os demais representantes das instituições sociais, não necessariamente se comprometendo e se
envolvendo “em negócios alheios”, visto que com isso, a sociedade como todo, só tem a ganhar e ser
beneficiada.
O líder que se isola dentro de sua instituição, no presente momento, está fadado ao auto-isolamento e
perda de território para os adversários da obra.
É ainda oportuno lembrar que, esse relacionamento não implica em crer, pensar e agir da forma como
“os outros” crêem, pensam e agem. Significa sim, relacionar-se, mas com independência e autodeterminação.
Porque relacionar-se com os demais líderes? Porque eles são na verdade “os porteiros” das demais
instituições, e para adentrarmos à “casa do próximo”, faz-se necessário que “o porteiro” nos convide e “abra a
porta” para entrarmos, conhecermos o seu habitate e desenvolvermos uma relação amistosa de uma possível
cooperação mútua.

184
185
VIDA E CARATER DO MISSIONÁRIO

186
1. COMO MANTER A SAÚDE FÍSICA E MENTAS.
Um missionário perguntou: O que você faz quanto existe muitos coisas pra fazer, e não existe muitas pessoas
p´ra fazer , e todas elas são prioridades? Esta situação pode levar o missionário a um retorno prematuro, porque
as prioridades no campo são todas tão altas que nos leva a não ter tempo de qualidade com família, descanso
suficiente, lazer e exercícios físicos.
1.1. Planeje suas prioridades, mas não priorize seus planejamentos.
1°. Primeiramente planeje seu tempo com Deus.
a. Gaste tempo com Ele
b. Fale com ele em oração
c. Escute ele nas suas meditações
d. Procure sempre o perdão e reconciliação com Ele.
2°. Ame o se próximo como a você mesmo ( Mat. 22 ) Sua esposa, Seus filhos, Outros missionários,
Locais
a. Gaste tempo com Eles
b. Falando com eles
c. Ouvindo eles
d. Procurando sempre perdão.
3°. Descanso e Exercícios físicos.

2. STRESS.
Paulo, primeiros missionário aos gentios, falou sobre algumas das suas situações estressantes. (2 Co 11:23-28)
2.1. O que é Stress?
Stress é o processo de nos envolvermos em eventos estressantes, reagindo de acordo com a pressão
descontroladamente. Muitos dos eventos stresantes o missionário não tem percepção: Barulho, muito quente ou
muito frio, pobreza, discriminação, status, quietude, ligação telefônica incompleta, carta que não chega, falta de
comunicação com a liderança, problema com computadores, dificuldades com outros obreiros, aprendizado da
língua, Mudanças para um novo campo, morte de um parente, acidentes, etc...
2.2. Como as pessoas reagem ao Stress?
2.2.1. Problemas físicos - Dor de cabeça, dor de estômago, diarreia.
2.2.2. Problemas psicológicos – Ansiedades, dificuldade de concentração, depressão.
2.2.3. Problema de mal comportamento – Dirigir muito rápido, fácil de estourar, comer de mais,
gastar,
2.2.4. Stress pode afetar muitos áreas da nossa vida.

2.3. Como eu devo reagir ao stress?


2.3.1. Mude os horários de algumas atividades para um momento menos estressante.
2.3.2. Procure não colocar situações estressantes uma depois da outra. ( Reunião depois da feira)
2.3.3. Antecipando e preparando para algumas situações que podem acontecer – Fianças, terremoto,
sequestro, acidente.
2.3.4. Deus é a nossa maior fonte – Procure ouvir Deus.
2.3.5. Ore por você nos momentos estressantes –
2.3.6. Escute Deus quando você pedir para Ele falar. (Deus pode falar com você diretamente,
através de uma pessoa, Na bíblia, lembrando de um passagem, etc..
2.3.7. Peça para outras pessoas orar por você
2.3.8. Converse com outros que tiveram o mesmo problema – ( até leia um livro sobre o problema)
2.3.9. Procure tempo para lazer.
2.3.10. Não procure resolver o problema muito tempo depois.
2.3.11. Procure ter um tempo suficiente de descanso. Dormir é a melhor forma de combater o stress –
Se não consegue leia um livro, escute musica para esquecer um pouco o problema.
2.3.12. Monitora seus pensamentos – Tenha certeza que seus pensamentos estão lhe encorajando,
(Isto é uma péssima ideia;, isto nunca vai funcionar mas Posso todas as coisas naquele que
me fortalece)
2.3.13. Aprenda a dizer Não, mesmo para aquelas coisas que são muito importante. Lembremos,
Existiu tempo que até Jesus mandou a multidão ir embora para poder orar (Mat. 14:22-23, Luc.
5:15-16)
2.3.14. Delegue atividades.
2.3.15. Peça ajuda aos outros, não tente fazer tudo sozinho.
2.3.16. Leia bons livros.

3. EXPECTAÇÕES

187
Expectação é alguma coisa que você acredita que vai acontecer, seja ela boa ou ruim. Esperança é uma
expectação boa e pavor é uma expectação ruim.
3.1. Uma expectação inalcançável pode causar:
3.1.1. Falha – Você não trabalhou o suficiente.
3.1.2. Tristeza – As pessoas não te ajudaram a alcançar o que você desejava.
3.1.3. Confusão – Deus te chamou, mas parece as coisas não acontecem, mesmo com sua
obediência.
3.1.4. Frustração – As suas visões não se concretizaram.
3.1.5. Raiva – Você deu duro, mas os irmãos locais não estão valorizando.
3.1.6. Amargura – Você deixou sua bela cidade e um ministério frutífero, mas somente uns poucos
vieram a cristo.
3.1.7. Depressão – Você começa a considerar que não vale apena e pensa em ir embora.
E se não tivermos nenhum expectação?
É impossível, pois todos tem!!! Mesmo que você não tem pra você. Mas outros terão, especialmente sua igreja.
3.2. Como posso ter uma expectação realista?
3.2.1. Pergunte a outras pessoas quais são as suas expectações.
3.2.2. Pense a longo prazo – Somos apenas uma pequeníssima parte do plano de Deus.
3.2.3. Lembre a maioria das coisas pode levar tempo – Aprender uma nova língua, adaptar-se em
uma nova cultura leva tempo.
3.2.4. Aprende interdependência e não independência – Todos dependemos de outras pessoas e
eles de nós.
3.2.5. Se você estabelecer alvos tenha a certeza de estabelecer tempo e sub-alvos – de pequenos
passos chegamos a grande distâncias.

4. Dor
Todos as pessoas entende sobre renunciar amigos e famílias, mas sobre renunciar lar, carro,
supermercado, escola, animais de estimação, jornais, brinquedos etc... Talvez você terá de desenvolver dois
lares, um no lugar onde você irá ( outros países ) e outro em seu país de origem. Quando você voltar para
casa as pessoas não vão te compreender que você sente a perda dos amigos, cheiro, comida, musica, seu
lugar na casa, etc...

4.1. Transferência?
Após algum tempo você poderá ser transferido novamente para um outro lugar e ai começa tudo de
novo. Você vai perder tudo que você adquiriu nos últimos anos, especialmente os seus filhos.

4.2. Perda de um ente querido?

Aniversários são datas de grandes dificuldades, Natal e ano novo são outros momentos muito difíceis.
Todas estas datas podem trazer de volta, mesmo que anos tenha passado, a pessoa de volta a nossas
memória.

5. Os desafios podem se tornar grandes problemas


Alguns dos desafios podem se tornar problemas muito sérios. Alguns dos missionários mais comprometidos
com Deus tiveram que retornar antes do tempo e nunca mais retornaram ao campo. Ansiedades e
depressão são algumas das causas, especialmente em países fechado.

5.1. Quando o missionário pode descobrir que estar “burning out”

5.1.1. Exaustão emocional.


Ele se sente seco, emocionalmente fatigado, sente usado pelos outros, não sente motivado em
ajudar mais as pessoas.
5.1.2. Personalidade diferente ( você não é você mesmo)
Se fecha para as outras pessoas, não deseja mais se envolver com outros, fica descontente
com as outras pessoas com frequência, Você se torna duro, cínico, e sempre coloca as
pessoas para baixo, Ver as pessoas como objeto.
5.1.3. Reduz seus comprometimentos
Você se torna ineficaz ou se sente ineficaz, Você se torna uma pessoa que as outras não tem
mais prazer, pois você era carinhoso e compreensivo, mas se tornou frio e indiferente.

“Burning Out” é o resultado da exposição por um longo período sobre pequenos stress não tratado.
5.2. O que pode causar “burning out”
5.2.1. Falta de envolvimento com as pessoas. (
5.2.2. Não aprendizado da Lingua
5.2.3. Falta de manutenção suficiente.
5.2.4. Muito serviço.
5.2.5. Problemas dentro da família.
5.2.6. Problemas com outros missionários.

188
5.2.7. Falta de compreensão e amor do povo alvo.

5.3. O que fazer para não “Burning out”


5.3.1. Seja realista em seus alvos
5.3.2. Cuidado com a rotina.
5.3.3. Tenha tempo de descanso.
5.3.4. Nem tudo é a sua culpa.
5.3.5. Deixe o trabalho no trabalho.
5.3.6. Aprenda a rir de você mesmo.
5.3.7. Tenha um grupo de mantenedores fortes.
5.3.8. Viva a vida e desfrute dos momentos.
5.3.9. Mude se precisar.
5.3.10. Seja flexivo com os outros e com você mesmo.
5.3.11. Não exija muito de seus filhos como se eles não pudessem errar.

6. CONFLITOS

Conflitos são normais quando temos diferentes opiniões, mesmo com os amigos mais próximos. Quanto
mais importante é a decisão, mais intensos são os argumentos. Os conflitos só são destrutivos quando nós
não sabemos lhe dar com os problemas. ( At.15 ).
È natural que ocorram conflitos nas relações interpessoais no Campo Missionário. E é isto que também
acontece na Igreja, o Corpo de Cristo. É fato antigo, histórico, já aconteciam nos primeiros anos da era cristã
os desentendimentos e colisões humanas entre os integrantes da igreja. Os primeiros relatos de conflitos
interpessoais que temos notícias estão registrados em Atos 15.39, quando aconteceram os
desentendimentos entre Paulo e Barnabé.

Outro exemplo clássico aconteceu na Igreja de Corinto (I Co: 11.18) nesse caso Paulo disse que havia entre
eles dissensões. Mais tarde o apóstolo escreveu aos gálatas comparando-os aos animais, tamanha era a
agressividade entre eles (Gálatas 5.15).

6.1. Origens dos conflitos


6.1.1. Causa pessoal (visão diferente de trabalho)
6.1.2. Origem doutrinária
6.1.3. Origem carnal
6.1.4. Origem diabólica
6.1.5. Origem Cultural
6.1.6. Origem Financeira
6.1.7. Etc...

6.2. Como conduzir o conflito?


Se a contenda aconteceu, há que se fazer um conserto. Entre os ímpios é natural que não haja
reconciliação, que sejam capazes perdoar. Mas entre os cristãos não é aconselhável que se guarde mágoa
contra alguém principalmente contra outro irmão em Cristo. Não convém ao cristão ficar com raiva do outro,
deixar de conversar, ficar “de mal”. Jesus nos ensinou a amar ao nosso inimigo. Se não formos capazes de
amar aos nossos irmãos como poderemos amar aos nossos inimigos? Se você foi ofendido, perdoe. Não
espere que o ofensor venha te pedir perdão. Tome a iniciativa e o perdoe.

Se você ofendeu, peça perdão. O perdão é o remédio divino para os conflitos mal resolvidos. A falta do
perdão torna-se uma doença na alma. Uma mágoa guardada tem sido a causa da maioria dos males na vida
de pessoas que o gardaram. Se não perdoarmos aos nossos ofensores, Deus também não nos perdoará
(MT: 18.35; MT: 6.12-15).

Se não perdoarmos aos nossos irmãos em Cristo, estaremos interrompendo o fluir das bênçãos de Deus
através do Corpo de Cristo.

Ainda que isto pareça para alguém uma utopia, este é o estilo de vida proposta por Deus para o seu povo.
Deus não quer que sejamos um reino dividido, mas um corpo que, unido por juntas e medulas possa crescer
na presença dEle. (Ef: 4.16).

189
ORAÇÃO, JEJUM E BATALHA ESPIRITUAL

190
MORAÇÃO E JEJUIM

TRODUÇÃO

O Senhor Jesus não só praticou, como deu seu aval ao verdadeiro jejum, praticado não para agradar aos
homens, mas a Deus. Se pela leitura da Palavra de Deus, Ele fala conosco, pela oração nós falamos com Deus,
e não somente falamos com Ele, mas de igual forma Ele também fala conosco. Pois é quando estamos em
oração que nós recebemos:
• Orientações para a nossa vida;
• Respostas às nossas indagações;
• Soluções para os nossos problemas.
É através da oração que cultivamos a nossa comunhão com Deus.

I. O ENSINO BÍBLICO SOBRE O JEJUM

TEXTOs: “Marcos 9.29”.

1. O que é o jejum bíblico?


Em suma, jejum bíblico é a abstinência parcial ou total de alimentos, com finalidades espirituais. Essa prática
vem desde o Antigo Testamento. Vejamos:
• Davi : Este buscou a Deus pela criança, e observou rigoroso jejum e recolhendo-se passava a noite toda
prostrado sobre a terra (II Sm 12.16);
• Ester (Et 4.16): “ Vai, ajunta todo os judeus que se acham em Suzã, e jejuai por mim”;
• Esdras (Ed 8.21,23): “Então proclamai ali um jejum...Nós pois, jejuamos e pedimos isso ao nosso Deus e Ele
atendeu às nossas orações”.
Essa prática do jejum foi incorporada no Novo Testamento, onde a Igreja de Antioquia jejuou para a
escolha de missionários (At 13.2,3).

1.1 O JEJUM TORNA:


• A oração mais “proveitosa”;
• A meditação da Palavra de Deus mais “profunda”;
• Senso da presença de Deus mais “real”.
OBS: “De nada adiantará jejuar se o crente não se afastar do pecado ou se estiver como propósito a exaltação
do ego”.

1.2 TIPOS DE JEJUM

• Jejum parcial – compreende apenas a abstinência de determinados alimentos. Ex.: Daniel e seus
companheiros (Dn 1.16);
• Jejum total – esse tipo de jejum, por sua vez, compreende a abstinência de todos os alimentos, exceto a
água. Ex.: O próprio Jesus (Mt 4.1,2);
• Jejum absoluto – esse compreende a abstinência total de alimentos e de água. Ex.: Ester (Et 4.16) e Paulo
(At. 9.9).

1.3 O JEJUM DE MOISÉS E ELIAS
Este foi por 40 dias, no entanto, o exemplo deles foge à regra porque foi praticado sob condições
sobrenaturais (Êx 24.38 e I Re 19.8).
OBS: “Tenhamos muito cuidado e sejamos prudentes, pois o jejum sem água não pode exceder a três dias, sob
pena de sujeitar o organismo a graves enfermidades e até à morte”.

II. POR QUE PRATICAR O JEJUM?

1. É um ato de consagração a Deus.


O jejum é a parte do culto “racional” – razão (Rm 12.1), pois ele simboliza o ato de entrega sem reservas ao
Senhor, através do despojamento da carne.
• A oração é a força que nos impulsiona;
• Certos tipos de demônios só saem com jejum e oração (Mc 9.29).

191
2. Libera o espírito para a comunhão com Deus.
À medida que a carne se mortifica o espírito fica livre para exercitar o que ele mais deseja:
• Voar nas asas da graça do Altíssimo;
• Tornar a oração bem mais proveitosa.
3. Fortalece para os embates espirituais.
Quem jejua não precisa tocar trombeta sobre a sua espiritualidade (Lc 18.9-14):
• Os frutos dirão a seu respeito;
• O jejum faz- nos humilhar mais na presença de Deus;
• O jejum também é um meio de se estar disposto para a Batalha Espiritual.
4. Ele exerce poder medicinal sobre o corpo.
Zelar pela saúde também está implícito na Palavra de Deus (I Co 3.16,17):
• O jejum desintoxica o organismo;
• Torna o corpo mais ágil e menos sujeito às fadigas;
• Previne contra certos tipos de doenças.

III - COMO PRATICAR O JEJUM?

1. A preparação para o jejum.


É uma boa iniciativa preparar-se para o jejum. Só que empanturrar-se de alimentos, como fazem alguns,
horas antes de iniciá-lo, torna-o praticamente sem sentido. É recomendável ir-se eliminando os alimentos
pesados, substituindo-os por comida leve, como “legumes, frutas”, até a hora de iniciar o jejum. Ao encerrá-
lo, observe-se o mesmo processo. É também um contra-senso que pessoas debilitadas com problemas de
saúde queiram praticar o jejum, sem estar em perfeitas condições físicas e mentais.
• O jejum em si, quando praticado de forma correta e sendo observadas todas as exigências clínicas, não
causa nenhum mal à saúde;
• No entanto, se há problemas físicos ou mentais, pode agravá-la.
OBS: “Recomenda-se que tais pessoas evitem”.
2. A duração do jejum. O jejum pode ter duração diferenciada. No entanto, a herança judaica do jejum
determina que ele seja praticado pelo menos da manhã até o por do sol.

OBS: “O jejum acompanhado da oração é um ato para Deus”.

CONCLUSÃO

O jejum segundo os ensinos bíblicos, fortalece para os embates espirituais contra a força do mal.

Que Deus o abençoe!!!

Oração”. “I Tes. 5.17,18”.

I. A ORDEM DA ORAÇÃO

1. Ao Pai (Jo 16.23): “Na verdade, na verdade vos digo, que tudo quanto pedirdes ao meu Pai, em meu
nome, Ele vo-lo há de dar”.
Nós somos sabedores de que só Jesus nos pode introduzir à comunhão com o Pai. Sem um mediador,
um homem fraco, imperfeito, pecador, seria incapaz de entrar na presença do Deus Santo, Todo-Poderoso.

2. No nome de Jesus (Jo 14.13): “E tudo quanto pedirdes no meu nome, eu farei, para que o Pai seja
glorificado no filho”.
Vemos aqui, Jesus sendo o caminho para a comunhão entre filho e Pai. No entanto, todas as orações
feitas ao Pai, têm que ser carimbadas com o nome de Jesus.

II - A NATUREZA DA ORAÇÃO

1. Confissão dos pecados (I J.o 1.9; Sl 32.5): “Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para
nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. Ex.: Pecados encobertos.
Antes de agradecer a Deus ou de pedir-lhe alguma coisa, deve haver a confissão dos pecados.

192
2. Intercessão pelos outros (Tg 5.16; Rm 10.1): “Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns
pelos outros para que sareis: a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”.
• Interceder é colocar-se entre alguém e Deus;
• A oração é a maior aventura na qual o Cristão pode embarcar.

3. Agradecimento a Deus (Fp 4.6): “Não estais inquietos por coisa alguma; antes as vossas petições sejam
em tudo conhecidas diante de Deus, pela oração, e súplica e ações de graça”.
• Deus não é apenas o Deus de ontem, mas é também o Deus de hoje;
• O vento de Deus se move na Igreja através da oração dos santos;
• Homens e mulheres de oração têm sido usados por Deus para acender as chamas do reavivamento.

III - A BASE DA ORAÇÃO

1. Relação com Deus (Rm 8.15): “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para outra vez estardes em
temor, mas recebestes o espírito de adoção de filho pelo qual clamamos Aba Pai (paizinho)”.
• De joelho o crente é invencível.
3. As promessas de Deus (Mt 21.22): “E tudo o que pedirdes na oração, crendo recebereis”.

III. OS MOTIVOS DA ORAÇÃO

a) Salvação (Rm 10.13): “Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo”.
b) Sabedoria (Tg 1.5): “Ora, se alguém tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente...”
c) A volta de Cristo (Mt 24.42): “Vigiai, pois, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor”.
• Santidade de coração e poder na oração são inseparáveis.

V - OS OBSTÁCULOS PARA A ORAÇÃO

a) O pecado (Is 59.2): “Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus, e os
vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça”.
b) O orgulho (Tg 4.3,6; Lc 18.9-14): “Pedi e não recebeis, porque pedis mal ...” “Deus resiste aos soberbos, dá
porém graça aos humildes”.
c) Ocupação (Ef 5.16): “Usando bem cada oportunidade, porquanto os dias são maus”.
• A oração: a força maior contra satanás.

5.1 A ORAÇÃO PODE (Tg 5.16):

1. Abrir prisões (At 16.25);


2. Fazer chover (Tg 5.17);
3. Limpar corações (Sl 51.10);
4. Fazer tremer (At 4.31).

CONCLUSÃO

Orar não se aprende de um dia para o outro: “é um exercício espiritual que dura a vida toda”. Portanto,
“orai sem cessar” (I Tes. 5.17).

193
BATALHA ESPIRITUAL
INTRODUÇÃO
Estamos entrando num período decisivo da história da Igreja. O mundo vive transformações em todos
os sentidos e sabemos que tudo isto tem a ver com acontecimentos espirituais, início das dores (Mt 24.8). Muito
embora não haja dúvida que Deus está no controle de todas as coisas, cremos que por ocasião do
arrebatamento vai acontecer a conjunção de várias vontades: A de Deus, a nossa e a do mundo. Para Deus Pai
chegou a hora do casamento de seu Filho; para Jesus o Noivo, chegou a hora de suas bodas; para o Espírito
Santo, Amigo do Noivo, a hora da festa e para a Noiva, a Igreja, o momento da partida! Nem um minuto a mais, o
mundo não nos suportará e nós também já teremos completado nossa tarefa.
Guerra Espiritual é hoje uma linguagem universal, todos os crentes já o ouviram pelo menos uma vez este termo,
não é um modismo de evangelismo e missões, Guerra Espiritual é uma situação de vida real do crente, que
começa no momento do nosso nascimento, não importa se cremos ou não, se gostamos ou não, estamos em
Guerra Espiritual. Esta luta contra as trevas envolve os todos os crentes, seja qual for seu dom ou vocação.
Fazer evangelismo é fazer guerra contra as trevas, é tirar da cegueira espiritual os cativos de Satanás (II Co 4.4).
Esta guerra começou no céu, com a rebelião de Lúcifer, Deus permite participarmos dela aqui na terra até aquele
Dia, quando Cristo porá fim definitivamente a todas as operações de Satanás.

I - QUAL A POSIÇÃO DO GUERREIRO?


Um guerreiro é um soldado, um combatente, um campeão, portanto, um vencedor (I Tm 2.3). Sua real
posição é assentado nos lugares celestiais em Cristo Jesus, acima de todo principado, potestades, poder,
domínio e de todo nome que se possa referir (Ef 1.21; 2.6).
Um soldado é parte integrante de um corpo que pode ser chamado de guarnição, destacamento,
batalhão ou regimento.
Em Joel 2.2b e 5b, encontramos duas características marcantes do Exército de Deus: “Um povo
grande e poderoso em ordem de combate”. GRANDE - pois mais são os que estão conosco... (I Rs 6.16).
PODEROSO - pois maior é aquele que está em nós (I Jo 4.4). Nunca digas estou só, pois o Senhor Jesus
afirma categoricamente: “Eis que estou convosco todos os dias,...” (Mt 28.20). Nunca mais digas: não
posso, pois está escrito: “Tudo posso naquEle que me fortalece” (Fp 4.13).
Vejamos, objetivamente, as diversas posições a serem ocupadas no Exército de Deus:

I - INFANTARIA
São aquelas que estão na linha de frente, basicamente no corpo a corpo com o inimigo: destituindo
potestades, expulsando demônios, invadindo pessoalmente o território do inimigo, pisando neste território e
tomando posse em nome do Grande General - JEOVÁ SHABAOT - SENHOR DOS EXÉRCITOS.
2 . ARTILHARIA
É composta pelo grupo que utiliza armas de longo alcance, como: Intercessão, combate espiritual em
grande escala, Fé sobrenatural e Palavras de autoridade. Ex. Eliseu II Rs 6.18, Jesus Mt 8.8b, Fé Mt 17.20b.
O objetivo principal da artilharia é enfraquecer as forças inimigas, atingindo alvos selecionados como:
Principados, Potestades, Dominadores deste mundo tenebroso II Co 10.4,5; Ef 6.12.
Bombardeando as fortalezas inimigas, o trabalho é facilitado para os infantes que estão na linha de
frente, os quais, despojarão o inimigo, tomando-lhe as vidas preciosas e transportando-as para o Reino da Luz Is
49.25.

3 . REGIMENTO MOTORIZADO
São agrupamentos que utilizam os grandes equipamentos de guerra para atingir as grandes massas.
Ex.: O rádio, a televisão, os grandes seminários, os navios (Logos e Doulos), etc. Seu objetivo principal é
lançar de uma só vez toneladas de sementes da Palavra de Deus Is 40.9.

4 - ENGENHARIA
É o grupo dotado de uma capacidade especial de engendrar meios através dos quais é aumentado,
facilitando e ampliando o poder de fogo do Exército de Deus.
São as técnicas e táticas especiais do Espírito Santo - O Grande Ensinador - que nos leva a resultados
surpreendentes. Deus sempre levantou e treinou os seus engenheiros de guerra. Ex.: Moisés Ex 17.11, Josué
Js 10.12b, Josafá II Cr 20.22a, Paulo e Silas At 16.25,26. Utilizando-se de artifícios, humanamente loucos,
estes homens venceram batalhas e situações humanamente impossíveis.

5. COMUNICAÇÕES
O elemento deste agrupamento tem como missão promover o apoio de comunicações necessária
àqueles que o recorrem ou dele dependem.
Existem tanto as comunicações ativas, que dão diretrizes de ataque; quanto a passiva, que visam
preservar do perigo eminente. Em ambos os casos, Deus utiliza com freqüência os seus profetas, conforme
Amós 3.7.
E não com menos freqüência a sua Palavra Hb 1.1. Ex.: A estratégia através de Jaaziel II Cr 20.14-17;
Aviso através de Elizeu II Rs 6.6.

194
6 . SUPRIMENTO
Visa promover o suprimento regular e extraordinário, tanto da necessidade básica de sobrevivência
e bem estar do soldado, quanto, dos equipamentos e munições por ele utilizados. Ex.: Davi, antes de se tornar
rei, assistia seus irmãos, na frente de batalha, com mantimentos I Sm 17.15,17, 18.

7 . DEPARTAMENTO MÉDICO
Este grupo de forma especial cuida do tratamento e recuperação dos feridos e doentes. Cuida também
da saúde preventiva da tropa.
Num combate há sempre aqueles que por um ou outro motivo são feridos e necessitam de cuidados
especiais. Ex.: Parábola do Bom Samaritano (Lc 10.34-37).
II - O ARSENAL DE GUERRA DO EXÉRCITO

1. As Armas de Defesa (ou defensiva)


a) Capacete da Salvação - É a proteção mental da esperança da salvação I Ts 5.8.
b) Couraça da Justiça - Vestimenta protetora contra as acusações do nosso adversário. Rm 8.33.
c) Escudo da Fé - Apaga todos os dardos inflamados do maligno Ef 6.16; II Cr 20.20b.
d) Calçado do Evangelho da Paz - O único que ilumina o caminho e livra do tropeço Sl 119.105, 165.
e) O Sangue de Jesus - Plenamente eficaz contra o pecado I Jo 1.7.

2. As Armas de Ataque (ou ofensivas).


a) Cinto da Verdade - É arma de ataque, pois nada pode contra a verdade II Co 13.8, é instrumento
libertador Jo 8.32.
b) A Espada do Espírito - É a Palavra de Deus, com ela sujeitamos o inimigo, arrasamos a impiedade;
ela é como raio preparado para matar o inimigo Dt 33.29; Ez 21.15.
c) O Sangue de Jesus - Poderoso contra Satanás Ap 12.11.
d) A Oração - A oração mantém as armas carregadas, prontas para entrar em ação Sl 18.3-17.
e) Nome de Jesus - Simplesmente imbatível diante das armas convencionais do inimigo I Sm 17.45.
f) Arma Estratégica - Unção com óleo; quebra o jugo Is 10.27; oração e jejum Mc 9.29.
g) Arma de Apoio - Os anjos de Deus, trabalham a nosso favor (Hb 1.14).

III - A VIDA DO GUERREIRO


O crente desta geração precisa mudar de mentalidade, chega de pensarmos e vivermos como
ovelhinhas desmamadas, como filhinhos desamparados, pedra no sapato dos pastores, empecilhos para o pro-
gresso da obra, sempre chorões, sempre reclamando, sempre correndo atrás de novidades, sempre
aprendendo, mas, nunca colocando em prática. Esta é a época dos guerreiros do Senhor. Jesus virá buscar uma
Igreja madura, preparada. Deus está levantando um exército de consagrados para realizar esta tarefa.
Todo o plano de Deus na terra só poderá ser realizado através de sua Igreja. Portanto chegou a hora de
deixarmos de lado a preguiça, a omissão, o desinteresse e assumirmos a posição de filhos valorosos e em
nome de Jesus, guerrearmos, as guerras do Senhor, conosco vai JEOVÁ SHABAOT!

A - Requisitos Exigidos Para Ser Um Guerreiro Vitorioso Contra as Estratégias de Satanás


01 - Compromisso com Jesus como Salvador e comunhão plena com Ele.
02 - Ser uma pessoa de oração e jejum.
03 - Ter uma noção geral da Bíblia.
04 - Fazer parte de uma Igreja local, devendo estar submisso ao Conselho de Pastor es.
05 - A sua moral deve ser em alinhamento com o Novo Testamento.
06 - Ser uma pessoa emocionalmente estável.
07 - Ser um bom exemplo em tudo.
08 - `Ter um Espírito perdoador (Mt 6.12).
09 - Acreditar que Deus é bom e deseja boas coisas para os seus filhos.
10 - Ter recebido o batismo ou poder de Deus no Espírito Santo.
11 - Crer e estar aberto para receber os dons sobrenaturais do Espírito Santo.
12 - Saber como guiar pessoas para Jesus.
13 - Saber como guiar pessoas a renunciar a Satanás e suas obras.
14 - Saber como orar por alguém para receber o poder do Espírito Santo.
15 - Experimentar a oração da cura da alma.
16 - Buscar revelação de Deus, de como agir em uma Batalha Espiritual.

B - O Guerreiro Deve Conhecer as Estratégias de Satanás Contra a Missão da Igreja (II Co 2.10b,
11).
01 - Acabar com as orações (Mt 9.37,38).
02 - Dividir as tropas (Fp 1.27,28).
03 - Matar os soldados da linha de frente. 1º Matam materialmente (Fp 2.27, 30; At 7.49,60); 2º Matam
espiritualmente (Gl 3.3).
04 - Ferir um soldado (II Tm 4.14).
05 - Sabotar as bases de abastecimento - Dízimos, ofertas, socorro (Fp 4.15,16).

IV - PRINCÍPIOS DA GUERRA

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Passemos agora a examinar os princípios básicos. Queremos se bons guerreiros espirituais, pelo que
sabemos que devemos avançar na santificação. Temos abaixo 05 princípios que nos ajudam a nos equiparmos
para a Batalha.
01 - Certifique-se que está em bom relacionamento com Deus - Saber que foi regenerado, saber
que você tem uma vida pessoal de oração, que é satisfatória e saber que você vive cheio do Espírito Santo. O
teste crucial é que o desejo de seu coração seja conhecer mais intimamente a Deus, agradando-o em todas as
coisas.
02 - Confesse todos os pecados conhecidos - Os crentes mais maduros reconhecem quando
cometeram algum pecado. Mais a fim de fazer uma averiguação periódica, use a lista das obras da carne em Gl
5.19-21, como ponto de partida.
03 - Busque a cura para os pecados persistentes - Se seu coração busca a Deus, mas algum
pecado particular continua vindo à tona, trata-se de uma doença espiritual, para a qual você deve buscar a cura,
tal como você buscaria ser curado de qualquer enfermidade física. Antes de entrar para este ministério, mas
especialmente antes de você tentar atirar-se à Guerra Espiritual.
04 - Permita que outros crentes leiam o seu barômetro espiritual - Aproxime-se de outras pessoas
cuja espiritualidade você respeita e que lhe conheçam o bastante para serem francos com você. Obs.: A
franqueza demasiada, especialmente em público, pode ser um sinal patológico.
05 - Quanto mais elevada a liderança para a qual Deus chamá-lo mais elevados deverão ser os
seus padrões de santidade. Muitas níveis do ministério cristão não são por demais exigentes no que toca ao
grau de santificação, embora uma santidade bem madura seja um alvo desejável para todos os crentes. A certo
trabalho que não há qualquer requisito por demais exigente. Mais há níveis do ministério, que requer um
condicionamento espiritual considerável acima da média.

V - ARMADILHAS A SEREM EVITADAS


A Guerra Espiritual em nível estratégico não é para todos. Foi informado que os pilotos de aviões caça,
durante a Guerra do Golfo Pérsico, eram constantemente sondados quanto a sintomas de medo. Se aparecesse
algum sintoma, mesmo no menor grau, imediatamente esse piloto era afastado dos combates e enviado de volta
para casa. Por igual modo, batalhar contra os principados e as potestades da maldade não é uma atividade
própria para os tímidos ou os desanimados. Trata-se de uma guerra e baixas devem ser esperadas. Eis uma lista
de armadilhas comuns na Guerra Espiritual em nível estratégico sobre as quais devemos ter consciência, a fim
de evitá-las o máximo possível.

01 - Ignorância
Muitos crentes ignoram a Guerra Espiritual em geral, e até mesmo entre aqueles que sabem algo sobre
a Guerra Espiritual, muitos deles não têm consciência da variedade em nível estratégico, que cuida de espíritos
territoriais, que desconhecem que está havendo uma guerra, não servem de ameaça a Satanás e suas forças
das trevas.
02 – Medo
Muitos líderes temem interiormente atirar-se contra o inimigo, nos seus níveis mais altos. Esse temor
raramente é expresso abertamente, pois há boas razões em não admiti-lo. Embora devamos respeitar o poder
do inimigo, não devemos ter medo dele.
03 - Subestimando o Inimigo
Não devemos ter medo de Satanás, pois estamos debaixo do sangue de Jesus Cristo e das armas de
nossa milícia espiritual. Por igual modo, no instante em que, provamos com desprezo, desafios, depreciação do
poder de Satanás, perdendo o respeito por ele, poderemos ser mortos.
04 - Arrogância Espiritual
Se entrarmos na Guerra Espiritual e esperarmos ter o poder de Deus, sem humildade de nossa parte,
estaremos correndo o perigo. Veja o que Paulo disse em I Co 2.3; II Co 12.10. Ao mesmo tempo Paulo foi um
dos mais poderosos guerreiros espirituais do Novo Testamento.
05 - Falta de Intercessão Pessoal
Meus conselho é que ninguém deveria envolver-se na Guerra Espiritual em nível estratégico sem a
certeza de estar sendo protegido pela oração intercessória Ef 6.19.
06 - Orações não Dirigidas
Devemos ter intimidade com o Pai, por meio de orações e ver claramente o que Deus está fazendo, são
medidas cruciais para a guerra de oração eficaz. Sem isso, nossas orações podem ser sem orientação, e por
conseguinte, fracas.
07 - Fazer a Obra Antes do Tempo
Muitos de nós, têm a tendência de mostrar-se impacientes. Uma vez que saibamos o que é preciso
fazer, queremos faze-lo agora mesmo, mas se avançamos antes de Deus dar a ordem de marcha podemos
esquecer de qualquer acontecimento importante, porque tudo será feito na carne e não no espírito.
08 - Retórica Vazia
Os crentes criados em tradição litúrgicas pensam que um grande poder espiritual pode ser liberado
mediante o uso de orações escritas por outras pessoas. Oração sem poder, sem direção, nem um pingo de
inspiração divina, torna-se retórica vazia. O perigo ocorre quando a pessoa que ora pensa que algo sucedeu nos
lugares celestiais e então age com base nessa suposição. Declarar vitória quando nenhuma vitória houve, pode
ter conseqüências sérias. É por causa da retórica, vazia que Satanás pode obter alguma vitória.
09 - Falta de Cobertura
Se você quer alistar-se no exército de Deus para desfechar Guerra Espiritual em nível estratégico, não o
faça, sob nenhuma circunstância, sem a cobertura de seus superiores, e sem um grupo de intercessores lhe
dando cobertura.

196
10 - Avançando Sozinho
Não planeje e iniciar sozinho a Guerra Espiritual em nível estratégico. Haja sempre como parte de um
grupo. Jesus prometeu estar presente onde dois ou três crentes estiveram reunidos em seu nome. Exemplo Ec
4.11.

VI - OS NÍVEIS DA GUERRA
01 - Nível de Solo
Esse é o ministério de libertação, expulsão de demônios. É o mais comum, é o que mais vemos no
nosso dia a dia. Jesus enviou discípulos como esta missão Mc 16.17, e eles operaram tanto no ministério terreno
de Jesus como também no início da Igreja primitiva cumprindo esta sua obrigação. Para mim, é o primeiro
combate do crente, é o primeiro confronto real com as obras das trevas.
Outro fator importante, é que para este tipo de ministério não há muita oposição, os crentes da várias
confissões o aceitam sem maiores problemas, por isso há o grande progresso nesta área.

02 - Nível Estratégico
Esta batalha é travada contra os principados, potestades, príncipes do mundo, hostes espirituais Ef
6.12.
A Guerra Espiritual a nível estratégico é a guerra frontal contra as altas hierarquias satânicas.
Um exército treinado a favor do diabo, com companhias em cada cidade, oficiais de comandos
superiores, operam toda forma de mal, causando acidentes, violências físicas e sexuais, uso de drogas,
divórcios, crimes, brigas, adultérios, subornos, corrupção, mentiras, doenças, alterações climáticas, enganos,
heresias, satanismos, bruxarias, sociedades secretas, exploração, roubos, angustias, tristezas, preguiças,
maldições, pobreza, orgulho, inveja, suicídio, sacrifícios de animais e humanos, possessões, influências a líderes
de ensino, autoridades, etc.
As cidade precisam ser conquistadas para Cristo.

VII - GUERRA EM TRÊS DIMENSÕES

01 - Mundo
Vem da palavra grega “kosmos” que significa:
a) O Planeta Terra - “O mundo foi feito por intermédio dele...” Jo 1.10.
b) Os habitantes da terra “Porque Deus amou o mundo de tal maneira... Jo 3.16.
c) O Sistema mundial - “O mundo inteiro jaz no maligno” I Jo 5.19.
O Sistema Mundial - está pronto para funcionar sem Deus, contrariando tudo o que é verdadeiro em
Jesus Cristo. É composto de “belos conceitos” de: cultura, música, arte, filosofia, conhecimento , atividades
sociais, ciência, política, religião e prazer. Aparentemente estas coisas não são más em si mesmas, porém
Satanás as entrelaça de tal forma, a fim que o homem se envolva diretamente com elas a ponto de afastar-se de
um verdadeiro relacionamento com Deus e com as coisas espirituais.
Quando Satanás não pode alcançar o homem, mediante tentações para que ele cometa pecados
grosseiros da carne, ele se muda para as avenidas inocentes da: educação, carreiras profissionais, fama,
dinheiro, etc. a fim de que elas ocupem o primeiro lugar em nossas afeições, tomando o lugar de prioridade
que só cabe a Jesus Cristo I Jo 2.15.16; Tg 4.2-4.

02 - Satanás Jo 12.31; 16.11


Príncipe no grego (archon) significa: potentado político que está em constante trabalho de influência
no governo humano e seu sistema político. Dn 10.13 de acordo com esta passagem bíblica concluímos que está
se travando constantemente uma batalha invisível por trás dos acontecimentos mundiais.
Príncipe da potestade do ar Ef 2.1,2. Toda pessoa sem Cristo, está espiritualmente morta e
governada, diretamente ou indiretamente por ele.
Satanás governa a atmosfera de pensamento, idéias, planos e práticas deste sistema mundial ímpio.
NESTE PAPEL SATANÁS INJETA SEU VENENO
01 - NA EDUCAÇÃO - Permeia o mundo atual, a síndrome da permissividade. O diabo apoderou-se
de homens como: Freud, Spock, Dewey e outros para distorcer os conceitos fundamentais da disciplina,
respeito e autoridade dos pais e a moralidade.
02 - NA FILOSOFIA - Os filósofos foram instrumentos de Satanás para desviar o homem das eternas
verdade de Deus. Ex.: Hegel - filósofo alemão, ensinou que o estado não tinha que obedecer às leis morais,
nem os governos tinham de manter acordos (Hitler a seguiu com perfeição).
03 - CINEMA E TELEVISÃO - A permissividade nestes meios de comunicação é alarmante. Os filmes
campeões de bilheteria, são os que falam de violência, do sexo, e do ocultismo.
04 - NA MODA - Satanás procura de todas as maneiras trazer a sensualidade para a vestimenta do
homem e principalmente da mulher I Tm 2.9.
05 - NA MÚSICA - Satanás trabalha de modo minucioso na área de música. A capacidade da música
em excitar e incitar não é novidade. Ela produz as mais variadas emoções. O Rock, tem o objetivo de empurrar
suas mensagens com maior força e se utiliza da mudança de ritmos, levando os ouvintes a atos de verdadeira
selvajaria.
O objetivo do diabo é ganhar o apoio no pensamento dos crentes, para afastá-los do ponto de vista
divino II Co 10.4,5; I Jo 4.4.

03 - A Carne - Este é o pior inimigo a ser vencido. A carne é o instrumento inclinado ao pecado e
está sujeita ao pecado.

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As Obras da Carne - Divisão por Grupos
a) Sexo - Pecados morais.(Prostituição, Impureza, Lascívia)
b) Religiosidade - Pecados espirituais.(Feitiçaria, Idolatria)
c) Relacionamentos - Pecados sociais.(Inimizades, Porfias, Ciúmes, Iras, Discórdias, Dissenções,
Facções, Inveja).
d) Orgias - Pecados contra si mesmo.(Bebedices, Glutonarias)
e) Idolatria - Pecados de participação direta Is 47.12-14; Dt 18.9-14.
01 - Consagração aos santos(as), como casamentos, filhos, afilhados, etc. Toda cerimônia debaixo da
idolatria: crisma, 1ª comunhão, catecismo, procissão, usar cordão, carregar imagens, quermesse, missas, tomar
hóstia, etc. 02 - Promessas e pactos feitos aos ídolos e aos mortos. 03 - Consagração a entidade de casa,
trabalho, marido, umbigo, etc. 04 - Consulta aos mortos. 05 - Benzimento, etc.

X - COMO VENCER ESSES INIMIGOS.


01 - Reconhecer a guerra - A Guerra Espiritual, está sendo travada, e todos se acham envolvidos nela,
quer queiram ou não, quer concordem ou não, ela não afeta apenas alguns crentes, nem dura só algum tempo.
Todos os crentes estão envolvidos nela 24 horas por dia, 07 dias por semana e nos 365 dias do ano. Estamos
engajados nesta batalha, tenhamos ou não consciência disso.
A Palavra de Deus nos adverte que aqui na terra não é lugar de descanso (Mc 2.10), Satanás não tira
folga nos finais de semana, nem nos feriados, ele não diminui seus ataques, nem quando passamos por alguma
perda. Pelo contrário, ai é que ele lança fogo cerrado. Para ele não existe misericórdia, nem compaixão. Ele
sabe o que é luta limpa. É totalmente maligno. Portanto, reconheça que estás na guerra e isto já é o começo da
vitória, pois descobrir as táticas do inimigo é o mesmo que estar na luz e o diabo só opera em trevas. Lembre-se
“A ignorância é a maior arma contra a vitória” II Co 2.11.

02 - Rejeitar os ataques do Diabo - Este é o aspecto passivo da luta.


Quando percebemos o que Satanás está querendo fazer, procuremos evitá-la. Ex.:
I Tm 6.11, Paulo exorta a Timóteo a fugir das tentações das riquezas, em II Tm 2.2, Paulo diz a Timóteo: “Foge
das paixões da mocidade”.
Devemos rejeitar de maneira absoluta as tentativas de Satanás de nos levar à queda, mesmo que isto
nos leve a perder posições, empregos, amigos, etc. Ex.: José do Egito, Daniel e seus companheiros da
Babilônia. A retirada pode parecer que o Diabo este levando vantagens. É tática de guerra, para um
fortalecimento maior e uma preparação adequada para o ataque final Ef 6.10.

03 - Resistir aos Ataques do Diabo - Este é o aspecto ativo da luta.


Ponto de apoio: Anjos de Deus.
A Bíblia diz: “Resisti ao Diabo e ele fugirá de vós”.
Para que esta resistência se torne eficaz é necessário: fortalecer-se no Senhor e na força do seu
poder. É imperativo que deixemos o Senhor conceder-nos sua força. Sem ela não temos probabilidades contra o
incrível poder de Satanás. A força humana é totalmente inútil contra seus ataques e engenhosos esquemas.
As vitaminas necessárias e indispensáveis para o nosso fortalecimento estão na Palavra de Deus.
O Analfabetismo Bíblico tem levado a igreja a atrofia e ao raquitismo espiritual. É importante
observar que o conhecimento e a prática da Palavra de Deus em nossas vidas são os meios pelos quais
alcançaremos a força de Deus.

XI - PLANO PARA A CONQUISTA DE CIDADES


O que fazer? - É preciso dar o primeiro passo de fé, é preciso atravessar o Jordão. “Todo lugar que
pisar a planta do teu pé, vo-lo dei, como Eu disse a Moisés” Js 1.3; 3.1-5.

a) Passos a Serem Dados.


01 - Envolva o maior número possível de igrejas.
02 - Dependência total do Espírito Santo, busca sincera e espera, pois Ele é quem trará novas
revelações, tanto para desmascarar o inimigo como avisar a hora de agir.
03 - Colocar em prática imediatamente a visão. Devemos tomar a iniciativa de passarmos a visão a
outros líderes, pastores, e buscar de todas as maneiras colocar em prática aquilo que o Espírito Santo nos
revelar.
04 - É preciso sentir compaixão por crianças, órfãos, viúvas e pobres. Precisamos servir na prática Tg
2.14.
05 - Criarmos um plano ousado e mensurável, não basta lançar-mos palavras, do tipo: “MINHA CIDADE
PARA CRISTO”, e não se fazer nada. Deus honrará nossa fé conjugada com nosso trabalho.
06 - Exercitarmos o amor - vencer o mal com o bem Rm 12.20,21. As bruxas, feiticeiros, presos,
drogados, ladrões, são alvos do amor do Criador. Eles não são inimigos, são vítimas.
b) - TER SEMPRE EM MENTE O ALVO.
Destruir a fortaleza do Diabo Ag 2.21,22; Is 47.1; Ap 18.1,2. É preciso destruir a fortaleza de Satanás para que
se tome posse da cidade, conquistando-a para Cristo.

EVANGELISMO PESSOAL E/OU EM MASSA


INTERCESSÃO
01 - Intercessão ANTES (PREPARANDO)
02 - Intercessão DURANTE (EXECUTANDO)
03 - Intercessão DEPOIS (CONSOLIDANDO OS RESULTADOS)

198
Intercessão é a base principal para vencermos a Guerra Espiritual Ez 22.30; Sl 2.8
b) Estratégia de Guerra.
01 - Fazer um mapeamento espiritual da cidade, ou alvo a ser conquistado.
02 - Conhecer as armas do inimigo e como neutraliza-la.
03 - Ter consciência plena e transparente que a Guerra Espiritual não é tarefa de uma igreja ou
denominação, e sim de todo o corpo de Cristo.
04 - Preparação espiritual (II Cr 7.14; Js 3.5).
05 - Trabalhar com uma equipe de intercessores chamados por Deus para este ministério.
Ore por outros crentes, ao seu redor, para que Deus mostre a você e aos seus amigos, os passos
específicos que vocês deverão dar para implantar o que aprenderam mediante a leitura e estudo desta apostila.

199
PRIMEIROS SOCORROS

200
NOÇÕES SOBRE PRIMEIROS SOCORROS

Este guia tem como objetivo orientar você a agir eficazmente, em caso de pequenos ou de grandes
emergências, enquanto aguarda o auxílio médico.
Saber o que fazer e o que não fazer, nessas ocasiões, pode significar desde o alívio de sofrimento até a
salvação de vidas.

AÇÕES DE UM SOCORRISTA

REQUISITOS BÁSICOS PARA O ATENDIMENTO:


• Espírito de solidariedade; Vontade de servir o próximo; Capacidade de improvisação; Decisão rápida e
objetiva; Tolerância; Paciência.

MEDIDAS GERAIS: INSPIRA CONFIANÇA, EVITE O PÂNICO


1 - Só locomover por necessidade absoluta: impossibilidade de socorro médico local ou outros perigos.
Especialmente, se forem ferimentos resultantes de uma queda ou choque, ter o máximo cuidado ao mexer com o
acidentado, porque se estiver com feridas internas ou espinha fraturada poderá agravar as lesões.
2 - Conservar deitado e verificar as lesões: para ver sintomas de feridas internas, fratura de espinha e
prioridades no atendimento.
3 - Agir rapidamente se tiver com Asfixia, Hemorragia, Envenenamento: cada segundo é importante.
4 - Conservar deitado, tranqüilo, aquecido: para conservar a temperatura corporal.
5 - Voltar a cabeça para o lado: para que possa vomitar (observar antes se o pescoço não está fraturado).
7 - Afastar os curiosos.

NÃO SE DEVE:
1- Dar bebidas a pacientes inconscientes os líquidos poderão entrar pela traquéia. Dar álcool, altera a
capacidade de reação.
2 - Tentar despertar com tapas, sacudidas ou gritos.
3 - Tocar na lesões sem os devidos cuidados.
4 - Comentar sobre a lesão.

ASFIXIA
Situação na qual o ar não chega aos pulmões.
É o acidente que mais rapidamente leva á morte. Exige socorros mais urgentes.
CAUSAS: Obstrução das vidas aéreas:
a) Por corpos estranhos, que podem ser: sólidos ou líquidos
SÓLIDOS: retirar o corpo estranho com os dedos ou dobrar a vitima obstrução graves fazer depois
respiração artificial.
LÍQUIDOS: Afogamento: cabeça para o lado para retirar a água e respiração artificial.
a) Aspiração de vômitos ou alimentos: respiração artificial.
b) Espasmo da glote - Choque elétrico: desligar a chave ou o fio, ou usar ramos, corda ou pano seco.
Na vitima - jornais, cobertas secas, respiração artificial.
c) Espasmo brônquico - asma.
d) Edema de laringe - urticária gigante.
e) Exsudado das cordas vocais - difteria.
f) Compressões da traquéia - tumores
2 Esmagamento torácico ou compressão bilateral dos pulmões.

3 Falta de circulação do ar paralisia respiratória:


a) doença neurológica bulhar - paralisia infantil.
b) fase final de asfixia prolongada.

s por secreção ou transudação:


a) a) pneumonia dupla total; b) edema pulmonar agudo.

5 Falta de oxigênio

a) intoxicação por gases: fechar a porta., retirar do local, abrir janelas e fazer respiração artificial.

b) ar das grandes altitudes - respiração artificial.

201
RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL BOCA A BOCA.

1 - Inclinar a cabeça para trás; 2 - Puxar o queixo para cima; 3 - Apertar as narinas e soprar: - sopros
regulares: para criancinhas 20 sopros por minuto (1 cada 3 segundos). para adultos: - 12 sopros por minuto (1
cada 5 segundos).

4 Verificar a exalação: Não desistir enquanto a vitima não começar a respirar: muitas pessoas só tem
sido reanimadas após horas de respiração artificial. Após a reanimação, não deixar o paciente levantar, pois
pode desmaiar pela falta de oxigênio.

MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA.

O paciente deve estar sobre superfície firme. O socorrista deve colocar a parte saliente da palma da
mão é colocada sobre a primeira, para reforçá-la. Não fazer pressão com os dedos ou com o resto da palma da
mão. Fazer pressão firme em direção da coluna vertical do paciente de modo a deprimir o esterno uns 5 em,
num ritmo de 60 a 80 vezes por minutos em adultos e 80 a 100 vezes, para crianças.

MASSAGEM CARDÍACA e RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL.

HEMORRAGIA. É a perda de sangue devido ao rompimento de um vaso sangüíneo (veia ou artéria). Seção de
veia ou artéria. Afora a asfixia, é o acidente que exige mais urgente socorro. A perda de 40 a 50% de sangue em
circulação é fatal (cada pessoa tem de sangue 8% do peso total: pessoas de 60 quilos = 4.800 ml de sangue).

Podemos ter: a) Hemorragia arterial: vermelho vivo e jorra em jato; b) Hemorragia venosa: vermelho
escuro e escorre em filete continuo.

CUIDADOS: a) Deitar o acidentado, conservando levantado o membro ferido, para evitar desmaio e
diminuir a circulação; b)Pressionar com firmeza o ferimento, utilizando uma compressa limpa e seca de gaze,
pano ou lenço limpo; c) Usar atadura ou uma tira de pano para amarrar a compressa e mantê-la firme no lugar;;
d) Não colocar produtos caseiros no ferimento; d) Se o ferimento for na perna, dobre o joelho da vítima e
mantenha-o dobrado, protegendo a articulação com um chumaço de algodão ou pano limpo; e) Compressão
local - se o vaso seccionado passar sobre um osso, a compressão provavelmente cessará a hemorragia,
especialmente se for venosa. f) Compressão á distância - consiste em interromper a circulação da artéria (exige
conhecimento de anatomia). g) Em caso de hemorragia abundante em braços ou pernas, aplicar um torniquete.
Somente utilizar, em casos muito graves. É indicado em esmagamento e amputação. Pode ser aplicado no braço
e coxa. Deve ser afrouxado a cada 15 minutos, sob pena de causar necrose dos tecidos e a conseqüente
necessidade de amputação do membro.

O QUE FAZER:

1 Enrolar o pano na parte superior do membro que está sangrando; Dar um meio nó, colocando um
pedaço de madeira, lápis ou caneta e depois completar o nó;

2 Torcer o pedaço de madeira até parar a hemorragia, fixar o pedaço de madeira; desapertar
gradualmente a cada 10 ou 15 minutos.

HEMORRAGIA NASAL - é a mais comum no lar; cede, porém, com facilidade.

1 Manter a vítima sentada, imóvel por alguns momentos; 2 Afrouxar-lhe as roupas em torno do
pescoço; 3 Inclinar a cabeça para trás e apertar-lhe as narinas durante 5 (cinco) minutos; 4 Aplicar gelo,
compressas frias ou água oxigenada (para fazer vaso contrição); 5 Fazer tamponamento. Caso a hemorragia
não pare, tampe a narina que sangra com algodão ou gaze.
HEMORRAGIA INTERNA – é resultante de um ferimento profundo, com lesões de órgãos
internos em que o sangue não aparece.
A VÍTIMA APRESENTA:
Pulso fraco; Pele fria, suores abundantes; Palidez intensa, mucosas descoradas; Sede; Tonturas,
podendo estar conscientes.
O QUE FAZER:
Manter o paciente deitado – cabeça mais baixa que o corpo – exceto quando haja suspeita de derrame
ou fratura no crânio;

202
Aplicar compressas frias ou saco de gelo no ponto em que a vítima foi atingida, no possível local da
hemorragia.

FERIMENTOS.
Lavar o ferimento com água e sabão; Não tentar retirar corpos estranhos do ferimento durante a
limpeza; Aplicar Povidine ou outro anti-séptico; Proteger o ferimento com gaze ou pano limpo; Não tocar no
ferimento com as mãos sujas; Mudar o curativo sempre que necessário, para manter o ferimento limpo e seco;
Cuidado com as infecções e tétano.

FERIMENTOS ABDOMINAIS ABERTOS


O QUE FAZER:
Manter a vítima deitada; Não tocar nos órgãos expostos, nem tentar colocá-los no lugar; Por uma
compressa ou um pano úmido (limpo), sobre a lesão; Remover imediatamente a vítima para um hospital.

ENVENENAMENTO

A ingestão de substâncias venenosas produz o envenenamento. Depois da hemorragia e asfixia, é o


que exige socorros mais urgentes. Alguns venenos dão irritação local, como da soda, potassa, ácidos. Outros
produzem só efeitos após a absorção. Como cuidado inicial deve-se procurar saber o tipo de veneno. Se for
álcali ou ácido forte ( se a boca estiver queimando) - Exemplos: ácido fênico, gasolina, querosene, soda,
inseticida, líquidos de limpeza:

Nunca fazer vomitar porque estas substâncias, sedo muito corrosivas, constituiriam no caso de vômito,
perigo de perfuração das mucosas, com eventual agravamento das lesões do tubo digestivo. Tentar diluir ou
neutralizar o veneno - de modo geral com líquidos, clara de ovo batida.

Ácidos - 2 colheres das de chá de bicarbonato de sólido em 1 copo de água. - Alcalis - 2 colheres das
de chá de limão ou vinagre.

Sendo querosene - ou gasolina - dar só 4 ou 5 copos de água.

Sendo venenos de ação geral (comprimidos, iodo, álcool, arsênico).

1 Deve-se: tentar diluir ou fazer vomitar; dar bastante água ou leite (4 copos); forçar o vômito,
introduzindo os dedos na garganta ou dando água quente e sal; depois do vômito: ver antídoto especifico ou dar
leite, clara de ovo.

Formicida: dar 1\2 copo de água com 1 colher de água oxigenada.

Alimentos deteriorados: dar o vomitório, chá da índia bem forte e purgante.

Em qualquer dos casos: aquecer, e sendo necessário, fazer respiração artificial.

LUXAÇÃO. o deslocamento de um osso da sua articulação. Sintomas: dor, edema, deformidade e


imobilidade. Tratamento: imobilizar o membro. Radiografar.

ENTORSE. Também chamado de “mau jeito”. É o deslocamento de músculos, nervos e vasos.


Sintomas: dor, edema. Tratamento: Pôr um saco de gelo, compressas frias, água vegeto-mineral para reduzir
o inchaço; Imobilizar como se fosse fratura. O ideal é sempre radiografar.

FRATURA. É a solução de continuidade de um osso. Pode ser: Simples - quando não ofende os
tecidos que envolvem o osso. Exposta - quando dilacera os tecidos e se comunica com o exterior. Sintomas:
dor intensa, deformação, inchaço, crepitação óssea. Nunca tentar colocar o osso no lugar. Nunca procurar
limpar a ferida, pois há perigo de contaminação. PARA LOCOMOVER: Imobilizar no próprio local, com tala ou
qualquer coisa que evite os ossos de se mexerem, jornais ou revistas para os braços, vassouras ou tábua para
as pernas, as talas devem ser compridas, além das articulações, abaixo e acima da fratura. Se o membro tiver
que ser endireitado, sustente-o com uma das mãos a cada lado da fratura e deixa-o mais próximo do normal. O
entalamento é feito apenas para imobilizar a fratura. A redução cabe ao médico.

FRATURA DA CLAVÍCULA: fazer uma tipóia para suportar o braço correspondente cruzado sobre o
peito.

203
FRATURA DE CRÂNIO: deve-se suspeitar de contusão ou fratura de crânio em qualquer acidente
violento. Os sintomas são os mais diversos: atordoado ou inconsciente, põe sangue pela boca, nariz, ouvidos,
tem cefaléia, tontura, etc. Sempre é perigoso e necessita de observação. Pode ser hemorragia cerebral com
conseqüências graves futuramente. O ficar deitado diminui o perigo de hemorragia (não deve sentar). 1- Deitar
e aquecer. 2- Se apresentar o rosto pálido, não levantar a cabeça. 3- Em caso de fratura com hemorragia,
deixar de lado e não fazer pressão (pode-se colocar osso ou pedaços de osso para dentro).

FRATURA DE ESPINHA: a medula espinhal estende-se- se da base da cabeça até o fim da coluna
vertebral. Qualquer pressão ou movimento pode dar PARALISIA. Sintomas muito variados: formigamento,
paralisia de dedos ou da mão, entorpecimento dos ombros, dor. CUIDADOS: * Não levantar a cabeça. * Não
deixar mover-se. * Sendo necessária a locomoção, colocar o paciente sobre uma porta ou tábua.

DESMAIO. Perda total ou parcial dos sentidos por falta de circulação no cérebro. Ocasionado em geral
por emoções súbitas, fadiga, fome ou nervosismo. CUIDADOS: 1- Remova a vítima para um local arejado.
Deve respirar ar puro; 2- Deitar a vítima de costas com a cabeça mais baixa que o corpo; 3 - Desapertar a
roupa ao redor do pescoço, do peito e da cintura; 4- Verifique sua respiração e batimentos cardíacos; 5- Aplique
panos frios no rosto e na testa; 6- Se o desmaio durar mais de 2 minutos, agasalhe a vítima e procure um
médico. 4- Respirar profundamente. 5- Dar chá ou café quando voltar a si.

ATENÇÃO: Sentindo que vai desfalecer, abaixar imediatamente a cabeça ou então sentar-se em uma
cadeira e curvar-se para frente com a cabeça entre as pernas, mais baixa que o joelho e respirar profundamente.

QUEIMADURAS. de 1º Grau: Lesão das camadas superficiais da pele, caracterizada por vermelhidão,
dor local suportável.

QUEIMADURAS. de 2º Grau: Lesão das camadas mais profundas da pele. Dor e ardência de
intensidade variável.

QUEIMADURAS. de 3º Grau: Lesão de todas as camadas da pele, caracterizada por


comprometimento de tecidos mais profundos até o osso.

QUEIMADURAS. de 1º, 2º e 3º graus podem se apresentar na mesma vítima. O risco de vida


não está no grau da queimadura, e sim na extensão da superfície atingida, por haver maior quantidade
de perda de líquido e aumento do risco de infecção.

QEIMADURAS CAUSADAS POR AGENTES FÍSICOS

O QUE FAZER: Manter a vítima deitada com a cabeça mais baixa que o corpo; Se a vítima
estiver em chamas, apagar a roupa incendiada com ajuda de um cobertor, ou role-a no chão; Se
possível, dar-lhe medicação contra dor, que seja de seu conhecimento; Retire a roupa que se encontrar
sobre a área queimada; Sem mover a vítima, cobrir-lhe com u pano limpo; Se a vítima estiver
consciente, dar-lhe líquidos para beber. Nunca bebidas alcóolicas; Procure socorro médico.

QUEIMADURAS POR AGENTES QUÍMICOS: Lave a área atingida com bastante água;
Aplique jato de água enquanto retira as roupas da vítima; Não aplique ungüentos, graxas, pastas nas
queimaduras; Não fure as bolhas existentes; Não toque com as mãos na área queimada; Procure um
médico.

CONVULSÕES. Podem se por epilepsia, histeria ou febre (em crianças). FEBRIS: medicamentos
contra a febre e compressas (com cuidado). HISTERIA: queda estudada, tentando abrir o olho oferece
resistência. Doença psíquica. O melhor é deixar só e olhar á distância. Aconselhar tratamento psiquiátrico.
EPILEPSIA: 1- Evitar que o doente morda língua, colocando pano dobrado entre os dentes. 2- Retirar objetos
nos quais ele possa ferir-se. 3- Colocar forro, pois geralmente há incontinência de fezes e urina. 4- Soltar as
vestes para facilitar a respiração. 5- Remover saliva em excesso. 6- Após cessar o ataque, se necessário, aplicar
respiração artificial. 7- Deixar repousar.

CORPOS ESTRANHOS. 1- Nos olhos: não esfregar o olho, conservando-o fechado para que a própria
secreção lacrimal se encarregue de remover para o canto de onde é fácil retirá-lo. Se estiver encravado no globo
ocular, cobrir com gaze ou lenço e procurar recurso médico. 2- No nariz: assoar o nariz fazendo pressão na
narina não obstruída. Se não sair, pingar algumas gotas de azeite, para evitar irritação. 3- No ouvido: pingar
azeite morno e não tirar o corpo estranho, pois corre o perigo de lesar o tímpano. 4- Na garganta: já citado no

204
assunto asfixia: - debruçar e bater nas costas. - colocar dedo na garganta. 5- Objetos deglutidos: se for
pequeno é só observar as fezes por alguns dias. Se o objeto for pontudo ou cortante, providenciar recurso
médico.

MORDEDURAS DE ANIMAIS. 1- Picada de cobra: - Fazer a vitima deitar-se (isto torna mais lenta a
circulação sangüínea). - Com garrote ou torniquete amarrar bem o membro e mantê-lo levantado - torniquete só
para vasos superficiais - a circulação deve continuar.

Aspirar com a boca (cuidado se tiver ou leões). - Conservar gelo na picada. - Afrouxar periodicamente
o garrote. - Fazer curativo protetor. - No prazo máximo de 5 horas, deve ser aplicado o soro anti-ofídico. Se não
souber qual o tipo de cobra que mordeu o paciente, deverá ser aplicado o soro polivalente. 2- Picada de
aranha e escorpião: os primeiros cuidados são idênticos aos da picada de cobra. O soro especifico é o anti-
aracnídeo ou anti-escorpiônico. 3- Mordida de cães: lavar a ferida com água e sabão. Observar o cão por 10
dias ou até menos, se a lesão for próxima da cabeça. Constatando qualquer anormalidade, iniciar a vacinação
anti-rábica. A hidrofobia, quando instalada, é incurável. 4- Ferroadas de insetos: aplicar compressas de água e
amoníaco ou pasta de bicarbonato de sólido e retirar o ferrão raspando-o com uma faca.
“A SALVAÇÃO DE UMA VIDA DEPENDE NÃO SÓ DAQUILO QUE DEVERIA TER SIDO FEITO E NÃO O
FOI, COMO TAMBÉM DAQUILO QUE FOI FEITO ERRONEAMENTE”.

GLOSSÁRIO = DEFINIÇÃO DE TERMOS UTILIZADOS NO LIVRO

ABSCESSO - Pus acumulado numa cavidade formada em meio dos tecidos orgânicos, ou mesmo num
órgão cavitário, em conseqüência de processo inflamatório; apóstema. AERAÇÃO - exposição ao ar. -
ANEMIA - queda da taxa de eritrócitos, da hemoglobina ou do hematócrito abaixo do normal. - ANOREXIA -
falta de apetite. - ANTISSÉPTICOS - são formulações germinadas de baixa causticidade, hipoalergênicas,
destinadas á aplicação em pele e mucosas. - ASSEPSIA - método que prevenir as doenças sépticas ou
infecciosas impedindo, por meios apropriados, a introdução de micróbios no organismo. -AVITAMINOSE -
qualquer doença resultante de uma carência vitamínica. - CAQUEXIA - fraqueza intensa e generalizada,
desnutrição e emagrecimento. - CATÁRTICO - medicamento utilizado para produzir a evacuação intestinal; um
purgativo. - CEFALGIA - cefaléia; dor de cabeça. - CIANOSE - coloração azul dos tegmentos, devida ao
aumento no sangue capilar de hemoglobina reduzida, cuja taxa ultrapassa 5g por 100ml. - CLAUSTROFOBIA -
medo anormal de permanecer em uma sala pequena ou em espaço confinado. - CONTAMINAÇÃO - contágio
por bactérias. - DESIDRATAÇÃO - perda de água do corpo ou de um tecido. - DESINFECÇÃO - destruição de
germes patogênicos por meios químicos ou físicos aplicados diretamente; é usado comumente para objetos
inanimados. - DESINFETANTE - agente que destrói ou inibe os germes causadores de doenças. - DIURESE -
secreção urinária normal ou abundante, natural ou provocada.

205
PRINCIPIOS BÍBLICOS PARA A FAMILIA

206
1. ALIANÇA: A BÊNÇÃO DO COMPROMISSO
2.
a. Existem dois relacionamentos enquanto estivermos aqui na terra, sobre os quais Deus exige que tenhamos
compromisso total, absoluto. O nosso relacionamento com Ele, como primazia e depois o nosso relacionamento
com nosso cônjuge. Tudo em nossa vida pode mudar, menos o nosso compromisso com o Senhor Jesus e com
o nosso companheiro de aliança. Se de alguma forma desprezamos qualquer um desses dois relacionamentos
não lhe dando a devida prioridade, estaremos entristecendo o Santo Espírito de Deus.

b. Ao tornarmo-nos cristãos, prometemos fidelidade ao Senhor Jesus. Ainda que venham os problemas,
perseguições, desânimo e tentações, somos sustentados pela nossa fidelidade ao nosso Deus. Da mesma
forma, debaixo da cobertura de aliança, os cônjuges prometem serem fiéis um ao outro até que a morte os
separem. Não serão as dificuldades, que inevitavelmente virão que os farão desviar do foco central: O
compromisso de aliança.

c. Entram em cena os votos do casamento: prometemos amar, cuidar e respeitar nas mais diversas
circunstâncias. A palavra de Deus nos diz que é melhor não votar, do que votar e não cumprir "Quando você fizer
um voto, cumpra-o sem demora, pois os tolos desagradam a Deus; cumpra o seu voto. E melhor não fazer voto
do que fazer e não cumprir" (Eclesiastes 5.4-5).

d. Dentro do relacionamento de aliança, a vontade de Deus é claramente revelada: Um homem deixa seu pai e
sua mãe e se une à sua esposa "Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua mulher e eles se
tornarão uma-só-carne" (Génesis. 2.24).

e. Dessa forma são unidos através da aliança, e não devem ser separados "Pela lei a mulher casada está ligada
ao seu marido enquanto ele estiver vivo" (Romanos 7:2a). "Assim eles já não são dois mais sim uma-só-carne,
portanto o que Deus uniu ninguém separa " (Mateus 19:6).

f. Esse termo "uma-só-carne" descreve perfeitamente a permanência do relacionamento. Não é de admirar que
Malaquias disse que Deus odeia o divórcio "Eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel e também odeio
o homem que se cobre de violência, como se cobre de roupas, diz o Senhor dos exércitos, por isso tenham bom
senso, não sejam infiéis "(Malaquias 2:16).

g. Portanto, a felicidade aqui na terra, está atrelada a fidelidade que dispensamos a estes dois relacionamentos
de aliança.

h. Por isso mesmo os que vivem dentro de um compromisso parcial, não conseguem desfrutar dessa felicidade,
não conseguem ter paz dentro de seus relacionamentos. Propagam e encorajam a troca de parceiros, como se
fosse algo descartável, que se usa e joga fora, entrando, dessa forma em um círculo vicioso onde cada vez mais
sentem-se insatisfeitos e infelizes, por vezes chegando ao fundo do poço em situações deploráveis.

i. As pessoas que tentam servir ao Senhor baseadas no compromisso parcial, são pessoas instáveis, que vivem
divididas. Essas pessoas vivem de uma forma desinteressada, não existe nelas o brilho e fulgor do Espírito
Santo de Deus. Tudo para elas é entediante e rotineiro. Procuram servir a dois senhores ao mesmo tempo e não
conseguem encontrar a paz e felicidade que almejam. Vemos na Palavra de Deus que os seus discípulos em
muitos momentos sofreram perseguições e sacrifícios, mas ainda assim escolheram ser fiéis. "Portanto fomos
sepultados com Ele na morte, por melo do batismo, afim de que assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos,
mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova "(Romanos 6.4).

j. Assim também acontece com o casamento. Deus na sua infinita sabedoria sabia que a felicidade debaixo do
compromisso de aliança, só poderia ser encontrada quando o compromisso absoluto fosse uma verdade na vida
dos cônjuges. Por isso mesmo o apóstolo Paulo ordenou que "... um deve ter sua esposa e cada mulher o seu
próprio marido" (1 Coríntios 7:2).

2 - BÊNÇÃOS DE UM RELACIONAMENTO DE ALIANÇA


"Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho. Porque se caírem, um levanta o
companheiro; ai, porém, do que estiver só; pois, caindo, não haverá quem o levante. Também se dois dormirem
juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará? Se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe
resistirão; o cordão de três dobras não se rebenta com facilidade". (Eclesiastes 4.9-12)

2.1 - RELACIONAMENTO DE ALIANÇA GERA CONFIANÇA NO CASAMENTO

207
a. Dentro deste relacionamento, a vontade clara e revelada do Senhor, é que não haja mais preocupações
concernentes a fidelidade, pois o compromisso de um para com o outro deve ser sincero, mesmo porque seus
lábios pronunciaram votos que não podem ser apagados. Perante o Senhor Deus eles são perenes e absolutos.

b. Dessa forma, imbuídos desse amor sincero, verdadeiro e leal, a infidelidade, é uma palavra excluída do
dicionário desse casal.

c. De outra forma, aqueles que vivem enganando-se a si mesmos, valorizando o compromisso parcial, são alvos
fáceis diante das tentações diárias que lhes são impostas.

d. "Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. "(Provérbios 5.18) "Pois os lábios da
mulher imoral destilam mel, sua voz é mais suave que o azeite, mas no final é amargoso como o fel, afiada como
uma espada de dois gumes, os seus pés descem para a morte, os seus passos conduzem diretamente para a
sepultura" (Provérbios 5.3-5).

2.2 - RELACIONAMENTO DE ALIANÇA GERA SEGURANÇA NO CASAMENTO

a. Quando falamos em segurança, lembramos de confiança, de algo que permanece.

b. Quando há a insegurança dentro do relacionamento conjugal, o casal precisa parar e avaliar a situação, pois
algo não está bem.

2.3 - RELACIONAMENTO DE ALIANÇA GERA ESTABILIDADE NO CASAMENTO


a. Nos tempos de namoro, havia aquela preocupação e instabilidade, pois ainda não havia compromisso
absoluto. Mais depois do compromisso de aliança, esses dias instáveis e inseguros do período de namoro já não
existem mais.

b. Agora vem um relacionamento seguro e duradouro com o parceiro de aliança, que deve ser único e exclusivo.

3. FAMÍLIA COMO PROJETO DE DEUS


"Então o SENHOR Deus fez o homem cair em profundo sono e enquanto este dormia, tirou-lhes uma das
costelas, fechando o lugar com carne, com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher
e levou até ele. Disse então o homem: esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne, ela será
chamada mulher porque do homem foi tirada. Por essa razão o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua
mulher e eles se tornarão uma-só-carne ". (Gn. 2.21 -24)

a. A Palavra de Deus nos diz que o homem foi a coroa de toda a sua criação, feito do pó da terra e
posteriormente a mulher criada a partir de uma costela de Adão.

b. Na criação do homem, o Pai, o Filho e o Espírito Santo, trabalharam de forma unânime, para que realmente
esse novo ser fosse a sua imagem e semelhança.

c. Ao soprar o fôlego da vida em suas narinas, fazendo-o a partir de então ser vivente, Deus dotou-o de livre
arbítrio, preparando, dessa forma, seu coração para fazer as escolhas da vida, que deveriam está relacionadas a
Lei de Deus, que com certeza já tinha um lugar especial no seu coração. Em nem um momento Deus quis
dominá-lo, mas quis que a Sua criação O amasse e O obedecesse não por imposição, mas por gratidão e
fidelidade.

d. Apresentou Deus, então a Adão, aquele lindo lugar, um paraíso preparado por suas próprias mãos, um Jardim
no Éden, para que ele cuidasse todos os dias. Esse era um lugar muito especial, de uma beleza inigualável, com
belas flores, deliciosos frutos e de um aroma estonteante, localizado em algum lugar da Mesopotâmia ou Síria.

e. Mas, depois de tudo pronto e preparado Deus olha para a sua coroa e o vê muito solitário. Apesar de toda a
beleza daquele lugar faltava algo para Adão. Todos os animais tinham as suas companheiras, mas não se
achava nada que pudesse está ao lado de Adão. Então Deus sentiu-se impulsionado a dar um presente especial
a Adão, alguém que pudesse lhe corresponder, uma companheira e auxiliadora idónea "Então o Senhor Deus
declarou: Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda (Génesis
2.18)". Agora Adão teria alguém com quem ele poderia conversar sobre os acontecimentos do dia. Alguém com
quem ele poderia dividir os desafios, problemas, alegrias, tristezas. Alguém com quem ele pudesse partilhar seus
sonhos e aspirações, enfim, alguém com quem ele poderia abrir o coração sem nem um receio de não ser
compreendido, pois essa agora era "ossos dos seus ossos e carne da suacarne"

208
f. Dessa forma aconteceu o primeiro casamento da história. A primeira família tomava forma após a criação de
Eva.
g. Agora, não mais um, porém dois passariam a ter comunhão com o Criador, que todos os dias visitava-os no
jardim, verificando se tudo estava correndo bem com o casal, o melhor de sua criação.

h. Para onde quer que olhassem, a beleza do jardim os deixavam plenamente satisfeitos e integrados à sua nova
realidade, ou seja, viveriam para Deus o Criador e se doariam um para o outro, sem constrangimentos, sem
culpas, com inteira e total liberdade.

i. Passavam-se os dias e nada comprometia a conduta daquele casal. Eles tinham tudo ao seu dispor, tendo
apenas que lembrar de uma ordem dada pelo Senhor Deus assim que chegaram ao jardim: A condição para
permanecerem naquela bela reserva, estava ligado exclusivamente à obediência total ao Criador Deus: "De toda
árvore do jardim podiam comer livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não poderiam comer,
porque no dia que dela comessem, certamente morreriam" (Génesis 2.17).

j. Mas a serpente traiçoeira, não estava satisfeita com a conduta de obediência daquele casal, dessa forma,
montou um plano sagaz e seduziu Eva dando-lhe a chance de conhecer um lado que ela ainda não conhecia o
lado do pecado.

k. Comendo do fruto os seus olhos se abririam para o inesperado, para o desconhecido que lhes fora negado por
Deus com o objetivo de preservá-los.
1. Porém a apresentação deste outro lado, na verdade, significaria desobedecer à ordem simples que Deus dera
ao casal. Em um gesto consciente e decisivo, Eva pegou do fruto e seus olhos e sentidos se afloraram.

m. Após comerem o fruto, a consciência em culpa, obriga-os a se esconderem de Deus.

n. Agora em vez de refugiarem-se nos braços do Eterno Deus, como faziam antes ao receberem Sua visita, eles
escondem-se de Sua presença.

o. A Presença Santa de Deus, onde não há pecado e engano, os deixa agora constrangido.

p. Não conseguem mais olhar para Ele pois a culpa e o medo são maiores.

q. Cobrem seus corpos com folhas de figueira, pois percebem que estão nus e aguardam a ordem da parte do
Senhor em decorrência da desobediência.

r. Não poderiam mais ficar naquele lindo jardim. Não após terem experimentado a desobediência e o pecado. Ali
não poderia mais ser o lar deles.

s. O Senhor os coloca para fora daquele lindo e maravilhoso paraíso.

t. Anjos foram colocados na entrada para que guardassem o local, pois uma vez expulsos não poderiam mais
retornar aquele lugar

u. Teriam agora dias limitados. A eternidade não fazia mais parte de suas vidas. Cumpririam cerimoniais de
expiação para, pela lei e confiados tão somente na Graça e misericórdia de Deus, serem alcançados pela fé.

v. O marido agora teria inúmeras obrigações, entre elas, o sustento de sua família, que teria agora que lavrar a
terra para obtê-lo. A mulher com dores geraria os seus filhos, e a serpente amaldiçoada para sempre, a espera
do Redentor para lhe pisar a cabeça.

w. Depois de muitas gerações chega Jesus Cristo, em forma de homem, nascido de mulher. Ele conviveu entre
os homens tendo uma vida normal. Mas em obediência a sua sublime missão, entregou-se a morte e morte de
Cruz, para tomar o lugar de Adão, o pai de todos os viventes.

x. Nele, cada família, pela fé, tem acesso a árvore da Vida.

y. O acesso ao Jardim do Éden, após a morte de cruz, é livre. A árvore da vida está lá, esperando cada membro
da família, pois a maldição do pecado, não pode mais arrancá-la e nem destruí-la.

209
z. Ainda que Satanás todos os dias, tente seduzir as famílias com suas oferendas, você pode buscar a ajuda do
Espírito Santo para não se deixar contaminar.

aa. Não permitamos mais que o muro de separação seja erguido entre nossos relacionamentos. Jesus derrubou
esse muro ao se entregar na cruz por nossos pecados. Valorizemos então esse grande sacrifício!

bb. É hora amados de reconhecer Jesus Cristo, como o único e suficiente Libertador, Salvador e Senhor de
nossas vidas. Só através Dele teremos acesso a uma vida de felicidade em nossos casamentos, cumprindo
assim o propósito original de Deus para as famílias.

4. ALGUNS PONTOS QUE NOS AJUDAM A ENTENDER O PROJETO DE DEUS PARA NOSSAS FAMÍLIAS

4.1 - A CRIAÇÃO SE RENOVA A CADA DIA


"Então o SENHOR Deus fez o homem cair em profundo sono e enquanto este dormia, tirou-lhes uma das
costelas, fechando o lugar com carne, com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher
e levou até ele. Disse então o homem: esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne, ela será
chamada mulher porque do homem foi tirada. Por essa razão o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua
mulher e eles se tornarão uma-só-carne". (Gn. 2.21 -24)

a. Todos os dias nascem novas pessoas, que formarão novas famílias.

b. Contudo o ponto de vista de Deus ainda permanece. O homem precisa de alguém que o complete.
c. Cada família tem necessidade de viver o seu jardim do Éden.

d. Quando um homem encontra uma mulher e pelos laços do matrimónio desfrutam da cobertura de aliança,
oficializando a união, é da vontade de Deus, que este amor que um nutre pelo outro, se estenda até que a morte
os separe.

e. Infelizmente, esta verdade da Palavra não condiz com a realidade que vivenciamos nos dias atuais. Muitos
casam com o divórcio em cima da mesa, é como se dissessem: "Qualquer coisa, se não der certo cada um vai
pro seu canto, e ponto final".

4.2 - O QUE DEUS ESPERA DE CADA CASAL


"Disse então o homem: Esta sim é osso dos meus ossos e carne da minha carne; ela será chamada mulher
porque do homem foi tirada. O homem e sua mulher viviam nus e não sentiam vergonha."
(Génesis 2.23-25).

a. Deus espera que cada esposo, que cada esposa, mantenha o canal de comunicação com Ele aberto, para
que assim, conservem suas integridades, ficando longe da árvore da ciência do bem e do mal.

b. Deus espera que este relacionamento seja pleno, seja santo, seja sólido, seja duradouro.

c. O que Deus espera é que os casais não se deixem seduzir pelos planos de Satanás, fazendo assim com que
se repita a mesma cena de Adão e Eva lá no jardim do Édem e vivam suas vidas se escondendo, por não poder
receber a visita do Senhor Jesus, porque estão em pecado.

d. O lar deve ser um lindo e maravilhoso jardim, onde reine a paz, o perdão, o amor, a união e a alegria. Para
isso, ele deve ser constantemente cultivado, para que os sonhos, as conquistas e as expectativas possam ser
constantemente renovadas. Um lugar onde Deus possa está e ter comunhão com todos da casa.

4.3 - COMPROMISSO DE FIDELIDADE A DEUS


"Que o próprio Deus da paz os santifique inteiramente. Que todo espírito, alma e o corpo de vocês sejam
preservados irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo ". (I Tessalonicenses 5.23)

a. Deus concede a liberdade a todas as famílias do mundo, assim como Ele concedeu a Adão e Eva.
Ele não força a sua criação a amá-lo, impondo condições.

b. O amor a Deus deve ser livre. Ele mesmo nos dotou de livre arbítrio. Temos o poder da escolha, da decisão.
Podemos escolher honrar a Deus ou não honrá-lo. Podemos escolher amá-lo e obedecê-lo, ou não amá-lo e não
obedecê-lo. Deus espera que cada pessoa da família viva em completa liberdade, que tome suas decisões.
Porém Deus quer que cada um saiba que a sua estabilidade está atrelada a Ele.

210
c. Sem Deus não pode haver felicidade completa e paz no seio familiar.

d. Sem Deus a árvore da ciência do bem e do mal estará sempre presente de forma tentadora, sendo uma opção
aparentemente viável, mas que trará prejuízos incalculáveis.

4.4 - O QUE APRENDEMOS COM A EXPERIÊNCIA DE ADÃO E EVA


"Os olhos dos dois se abriram e perceberam que estavam nus, então juntaram folhas de figueira para cobrirem-
se. Ouvindo o homem e sua mulher os passos do Senhor Deus que andava pelo jardim quando soprava a brisa
do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus entre as árvores do jardim. "(Génesis 3.7-8)

a. Antes do pecado do primeiro casal, tudo era paz e contentamento. Todas as coisas giravam em torno da
presença graciosa de Deus, trazendo paz e felicidade no relacionamento de Adão de Eva.

b. Suas vidas eram direcionadas para o louvor e adoração de Deus, e para a felicidade de um para com o outro,
cumprindo assim o ministério de uma só carne.

4 - Citem versículos bíblicos que fundamentem o compromisso de aliança:

5 - Façam essa oração pedindo ao Senhor Jesus graça e sabedoria para honrarem sempre o compromisso de
aliança:
"Senhor Deus, pedimos a tua graça sobre nossas vidas para que possamos entender, respeitar e honrar o
compromisso de aliança que um dia fizemos com nosso cônjuge. Os meses e anos passam e as vezes a nossa
tendência é esquecer as promessas e os votos que fizemos. Mas neste momento Senhor, pedimos a tua
misericórdia sobre nosso relacionamento. Que ele possa ser santo, puro e permeado de muito amor e paixão.
Que possamos olhar para nosso cônjuge e nunca perder de vista a pessoa pela qual um dia nos apaixonamos.
Que nosso amor seja eterno enquanto vivermos. Em nome do Senhor Jesus. Amém!"
c. Logo após a queda, vivenciaram sentimentos totalmente desconhecidos para eles: medo, angústia,
insegurança, vergonha, dor, culpa, remorso, ódio e falta de paz.

4.5 - RETORNANDO AO JARDIM DO ÉDEM, ATRAVÉS DA OBRA REDENTORA DE JESUS CRISTO


"Darei a eles um só pensamento e uma só conduta, para que me temam durante toda a sua vida, para o seu
próprio bem eode seus filhos e descendentes " (Jeremias 32.39)

a. A manutenção do jardim não pode ser negligenciada, pois se não há cuidados, o mesmo torna-se descuidado,
feio e pode vir até a morrer. Essa manutenção precisa ser diária, para que ele cresça forte e viçoso, chamando a
atenção de todos que passam por ele, pela sua beleza. Assim deve ser o casamento. Os cônjuges precisam ter
uma consciência pura um para com o outro, afastando-se da árvore da ciência, do bem e do mal, para que não
sejam seduzidos pelo pecado.

b. A experiência vivida pelo primeiro casal depois de ser confrontado por Deus por causa da desobediência,
necessariamente não precisa ser vivenciada por você e seu cônjuge.
c. Procure manter constantemente o seu jardim, o seu lar, a sua família adubada. Qualquer planta que não se
observar a qualidade em seu tratamento diário e constante, com certeza não durará muito tempo.

d. A mentira e o engano são táticas usadas por Satanás para seduzir as pessoas. Não dê atenção as suas
artimanhas, opte sempre pela verdade.

e. Mantenha a sua integridade e a sua comunhão com o Senhor e sua família.

f. Olhe para sua família com os olhos de Deus. Tenha prazer em curtir a sua família, seu marido, sua esposa,
seus filhos. Tire tempo de qualidade com cada um deles.

g. Não busque fora de seu lar, modelos de pecados. Deixe a fornicação e o adultério de lado.

h. Pare com as brigas. Não vale a pena viver brigando com pessoas de sua família. A Bíblia diz que se depender
de nós devemos ter paz com todos os homens.

i. Não faça nada que venha a se arrepender depois.

j. Procure ajuda de Deus para restaurar os seus conceitos e valores.

211
k. Olhe para a sua família com os olhos de Deus.

1. Viva para os seus, dando-lhes honra e prioridade.

m. "Irmãos, vocês foram chamados para a liberdade. Mas não usem a liberdade para dar ocasião a vontade da
carne; Ao contrário, sirvam uns aos outros mediante o amor. Toda a lei se resume num só mandamento: Ame o
seu próximo como a si mesmo"'(Gl. 5.13-14).

n. Esta é uma oportunidade especial que Deus lhe dá para você ser confrontado pela Palavra.

o. Você pode ter acabado de ouvir estas considerações e ainda preferir continuar no engano, na mentira e com
isso acumular sobre si mais maldições.

p. Você pode também preferir ficar com as suas justificativas, de que o jeito que você vive, mesmo que
desagradando a Deus e ferindo sensivelmente a sua consciência e a sua família, é a melhor opção que você tem
encontrado para viver e por isso você não abre a mão.

q. Você pode reconhecer suas falhas e pecados agora mesmo e tomar a atitude de querer mudanças para
melhorar em sua vida pessoal e familiar.
r. Não criem justificativas. Se entreguem sem reservas ao Senhor. O mesmo Deus que amava e se interessava
em estar com o primeiro casal naquela bela reserva chamado Éden, é o mesmo hoje que lhes convida a ter um
relacionamento mais estável e duradouro com Ele.

O PROPÓSITO DA ALIANÇA

1 - O que vocês entendem, depois do estudo feito, por "compromisso de aliança"? É diferente do que pensavam
antes? Por quê?

2 - Qual a importância do relacionamento de aliança?

3 - Você acredita que Deus realmente tem um projeto especial para nossas famílias? Fale um pouco acerca
desse projeto:

ALEGRANDO-SE COM O MEU JARDIM


"Quão deliciosas são as suas carícias minha irmã,
minha noiva! Suas carícias são mais agradáveis que o
vinho, e a fragrância de seu perfume supera a de
qualquer especiaria" (Cantares 4.10).

"O meu amado é para mim como uma pequenina


bolsa de mirra que passa a noite entre os meus seios"
(Cantares 1.13).

1. SEXO COMO PRESENTE DE DEUS PARA O CASAL


a. O livro de Cântico dos Cânticos descreve de forma poética e apaixonada o relacionamento sexual de um casal
debaixo da proteção da aliança.

b. Ao contrário do que muitos pensam o amor entre um casal cristão envolve também sensualidade, paixão,
prazer e intimidade, afinal o ato sexual foi criado pelo próprio Deus como um presente para as nossas vidas.

c. Mas para que haja uma verdadeira intimidade sexual, outras áreas da vida conjugal precisam estar em
harmonia.

d. Todos os pontos estudados anteriormente: a importância da aliança, a unidade, o semear, o acordo, o perdão,
o orar juntos, são áreas que estão interligadas com a vida sexual.

e. É impossível sermos verdadeiramente íntimos quando ainda guardamos ressentimentos, mágoas, frustrações,
decepções e toda sorte de sentimentos negativos a respeito de nosso cônjuge.

212
f. Talvez você esteja perplexo, descrendo que para nos relacionarmos sexualmente, precisamos estar bem em
todas as áreas citadas anteriormente.
g. Mas temos uma novidade para você: "O Senhor Jesus quer nos dar o melhor".

h. Não se contente com menos que isso.

i. Creia que o Senhor se interessa por sua vida sexual e quer que você desfrute dela em toda a sua plenitude.

j. Lá no Jardim do Éden, o Senhor tinha um propósito específico para nossas vidas conjugais. Foi em cima desse
propósito que a união sexual foi também idealizada.

k. Porém quando o pecado entrou naquele paraíso, os relacionamentos foram mudados, as atitudes foram
mudadas, os olhares foram mudados...

I. Adão e Eva envergonharam-se de sua nudez e procuraram cobrir-se.

m. Entre os dois criou-se uma barreira de separação.

n. Mas a morte do Senhor Jesus na cruz do calvário derrubou a barreira de separação que existia entre nós!
o. Não permitam que o inimigo reconstrua essa parede, mas desfrute da sua vida sexual, crendo que ela não é
suja, feia e nem pecaminosa como muitos apregoam, mas considere-a como um presente de Deus para nossos
relacionamentos!

p. Se o sexo foi ideia de Deus, não podemos nos contentar com relacionamentos tristes, inseguros, frustrados,
magoados.

q. Tome posse dessa benção hoje na sua vida em nome do Senhor Jesus!

2. CAMINHANDO RUMO À VERDADEIRA INTIMIDADE


"Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles se tornarão uma só carne. O
homem e sua mulher viviam nus e não se envergonhavam" (Génesis 2.24-25).

2.1 - O SEXO É PARA SER DESFRUTADO NO CASAMENTO


a. Todo e qualquer relacionamento sexual fora do casamento é um pecado sexual. "Fujam da imoralidade
sexual. Todos os outros pecados que alguém comete fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente,
peca contra o seu próprio corpo "(I Coríntios 6.18).

b. Se você cometeu algum pecado sexual, como adultério, homossexualismo, fornicação, incesto, bestialidade,
etc, precisa arrepender-se e pedir perdão ao seu cônjuge e a Deus, para que a intimidade que produz vida possa
ser manifestada na vida de vocês. "Por isso Deus os entregou á impureza sexual, segundo os desejos
pecaminosos do seu coração, para a degradação do seu corpo entre si"(Romanos 1.24).

c. Talvez vocês tiveram algum envolvimento sexual antes do casamento, mas nunca pediram perdão
um ao outro e a Deus, por ter deixado isso acontecer.

d. O fato de terem casado não anula o pecado de vocês, pelo contrário, o perpetua se não pedirem perdão um
ao outro e ao próprio Deus. "Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para perdoar os nossos
pecados e nos purificar de toda a injustiça " (I João 1.9).

e. Não temos o propósito de colocá-los sob condenação, pelo contrário, o nosso objetivo é que possam desfrutar
da verdadeira intimidade planejada por Deus debaixo do relacionamento de aliança "O casamento deve ser
honrado por todos; o leito conjugal conservado puro; pois Deus julgará os imorais e adúlteros " (Hebreus 13.4).

2.2 - O SEXO É PARA O PRAZER CONJUGAL


"Seja bendita a sua fonte! Alegre-se com a esposa da sua juventude. Gazela amorosa, corça graciosa; que os
seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela "(Provérbios 5.18-19).

a. Ouvimos de algumas pessoas que o sexo é uma cruz que se deve carregar, ou ainda uma obrigação da qual
não se pode fugir.

b. Deus, porém, disse que "era muito bom" tudo o que havia feito.

213
c. Ele nos fez seres sexuais, com desejos, emoções e sentimentos.

d. Ele criou cada parte de nosso corpo, inclusive os órgãos sexuais. E como ele caprichou nesses e. Satanás,
portanto, não satisfeito com tudo o que Deus fez, tem tentado deturpar a imagem sadia, bonita e santa do
relacionamento sexual entre duas pessoas casadas.

f. Cremos que a igreja na idade média, foi um portal de divulgação de que o sexo era algo pecaminoso, sujo e
feio. As mulheres foram as que mais sofreram repressões de seus desejos e emoções.

g. As esposas serviam apenas para gerar filhos, não para dar prazer sexual. Este último era obtido com as
mulheres de bares e boates.

h. No final do século XV, havia um movimento muito forte dentro da igreja sobre o relacionamento sexual.

i. A própria igreja determinava quando, onde e como aconteceriam as relações sexuais para que marido e
mulher não cometessem pecados.

j. Dessa forma a igreja veiculou que as quintas-feiras os casais não poderiam ter relações sexuais porque era o
dia em que Jesus Cristo foi preso. Sexta feira, em respeito à crucificação. Sábado, porque era dedicado a virgem
Maria. Domingo, porque era o dia da ressurreição e segunda-feira também não podia em respeito aos falecidos.

k. Sobravam apenas terça e quarta-feira, se não houvesse menstruação ou não estivessem doentes.
1. Devido a isso e ao próprio pecado sexual dos homens, o sexo foi visto por muito tempo como algo sobre o
qual não podia falar-se.

m. Deus, porém, deixou claro nas escrituras o propósito do sexo debaixo da aliança.

n. E interessante notarmos que Deus foi tão detalhista na criação dos órgãos sexuais, que criou um órgão tão
pequenino na mulher, que não tem outro objetivo a não ser proporcionar prazer no ato sexual.

o. Consideramos esse detalhe altamente significativo.

c. Esse órgão chama-se clitóris. Se ele for retirado, a mulher continuará gerando filhos normalmente, sò não
sentirá prazer no relacionamento sexual.

q. E esse pequeno órgão foi criação de Deus.

r. Em algumas tribos e culturas o clitóris é retirado assim que a menina nasce, pois eles entendem que a mulher
não deve sentir prazer no relacionamento sexual, pois essa porção é destinada somente aos homens.

s. Como eles sabem que a única função do clitóris é dar prazer, o mesmo é retirado.

t. Não sinta vergonha da sua sexualidade! Mas alegre-se com o seu cônjuge e desfrute desse presente
maravilhoso concedido pelo Senhor: o relacionamento sexual.

2.3 - O SEXO É UMA EXPERIÊNCIA DE ENTREGA


"Quanto aos assuntos sobre os quais vocês escreveram, é bom que o homem não toque em mulher, mas, por
causa da imoralidade, cada um deve ter sua esposa, e cada mulher o seu próprio marido. O marido deve cumprir
os seus deveres conjugais para com a sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido. A
mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem
autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher. Não se recusem um ao outro, exceto por mútuo
consentimento e durante certo tempo para se dedicarem à oração. Depois unam-se de novo, para que Satanás
não os tente por não terem domínio próprio." (I Coríntios 7.1-5).

a. O homem e a mulher foram dotados pelo próprio Senhor de necessidades sexuais e emocionais que só
podem ser supridas com o companheiro de aliança.

b. Nem um outro relacionamento é capaz de suprir essa necessidade. A própria Bíblia nos diz "Não
é bom que o homem esteja só, farei para ele alguém que o auxilie e o corresponda "(Génesis 2.18).

214
c. E o Senhor Jesus fez a mulher para corresponder ao homem, também, na área sexual.

d. A Bíblia nos fala acerca dos direitos e deveres do marido e da esposa.

e. Quando a bíblia trata sobre isso, deixa nas entrelinhas que essa entrega deve ser prazerosa e não um simples
dever e obrigação.

f. Esse relacionamento, portanto, precisa ser constante, porque nossas necessidades sexuais
também são constantes.

g. A relação sexual não pode ser egoísta, mas cada um deve ter como prioridade as necessidades sexuais do
outro.

h. Vão existir alguns momentos em que a esposa não poderá corresponder sexualmente ao marido. Um exemplo
disso é o período do nascimento de um filho.

i. Nesses momentos o marido deve agir com amor compreensão e autocontrole.

j. A Bíblia nos ensina que só podemos nos privar um ao outro, se for por mútuo consentimento, ou seja, se os
dois acordarem sobre isso.

k. Se um dos cônjuges não concordar, faça a sua consagração e siga com sua vida sexual normalmente.

1. E mesmo que concordem a respeito da abstinência sexual, essa deve ser por pouco tempo, para que Satanás
não aproveite desse jejum sexual.

m. É muito importante o casal aprender a desenvolver e ajustar sua vida sexual, comprometendo-se a satisfazer
um ao outro e ao mesmo tempo sabendo respeitar, aceitar, compreender e perdoar as diferenças individuais.

3. ENTENDENDO AS NECESSIDADES SEXUAIS DA MINHA ESPOSA


a. O ato sexual é uma experiência profundamente emocional para a mulher, de forma a considera-lo um
momento de profundo amor e de um grande significado para sua vida.

b. Se o marido considerar o aspecto sexual do casamento como algo que deve acontecer de forma mecânica, a
esposa se sentirá profundamente frustrada, ferida e ofendida.
c. O fato de repetir inúmeras vezes que a ama, pode parecer bobagem para o homem, mas para a mulher pode
ser o combustível de que precisa para corresponder sexualmente.

d. A mulher sente uma necessidade especial de ser respeitada como pessoa quando trata-se do relacionamento
sexual. Dessa forma, a menos que seu marido tenha um relacionamento que respeite sua individualidade, ela
não estará em condições de apreciar o ato sexual.

e. A maneira como nos comportamos sexualmente, está muito ligada ao psicológico, portanto, se uma mulher se
sente feia, não terá condições de responder sem embaraços.

f. Uma mulher tímida, com profundos sentimentos de inferioridade, expressará os mesmos sintomas na vida
sexual, portanto, todo marido deve entender que tudo que reduza a auto-estima de sua esposa, afetará seu
desempenho sexual (brincadeiras como: que seios pequenos, suas pernas estão muito finas, sua barriga está
enorme, etc).

g. Muitas mulheres podem ter uma relação sexual sem atingir o orgasmo e mesmo assim sentirem-se satisfeitas.
É claro que isso não se aplica a uma regra.

h. O marido sábio jamais exigirá da esposa que ela atinja o orgasmo. Isso é algo muito pessoal, que não
funciona com exigências, pelo contrário, poderá levá-la a um desinteresse pelo sexo ou ainda a fingir que tem
essa experiência. O que será muito desastroso!

i. É bom lembrar que a maneira da mulher se excitar difere grandemente do homem. Ver a esposa de camisola
pode ser tudo que ele precise para ficar motivado. A mulher apesar de admirar a constituição masculina, isto
raramente a excitará.

215
j. A mulher precisa ouvir palavras de apreço e carinho e experimentar sentimentos agradáveis e reconfortantes
horas antes do relacionamento sexual.

k. Por isso mesmo é difícil para a mulher responder ao marido positivamente à noite, se durante o dia os
sentimentos tornaram-se confusos devido a brigas, discussões ou simplesmente frieza por parte dele.

1. Uma- esposa desabafou da seguinte forma: Pastor, eu às vezes fico muito chateada com meu marido, pois ao
sair de manhã ele me dá um beijo seco, sem emoção, sem sentimentos, às vezes mal os lábios se tocam... mas
a noite, quando as crianças já estão na cama, as coisas mudam... o beijo que era seco pela manhã agora tornou-
se longo e cheio de paixão... Porque isso? Quer dizer que só é interessante beijar assim quando se quer fazer
sexo?

m. A maneira como esse esposo a tratava estava deixando de alguma forma subentendido para ela que, agora,
os carinhos e beijos mais apaixonados só tinham sentido se o relacionamento sexual ocorresse.

n. Dessa forma, o marido que pensa que pode simplesmente entrar no quarto e esperar que sua esposa esteja
motivada, sem qualquer preparação prévia, não entende nada da sexualidade feminina.

o. Outro ponto interessante é a questão da higiene masculina. Assim como é importante para o homem que sua
esposa seja fisicamente atraente, assim o é também para a mulher.

p. Transpiração forte e excessiva, mau hálito, pés e unhas sujas e outras características desagradáveis, podem
levar a mulher a suspirar de desgosto só em pensar nas relações sexuais.

q. Com relação à criatividade e imaginação, ao contrário do que se pensa, as mulheres querem mais
diversificação.

r. Algumas esposas têm reclamado que seus maridos fazem sempre a mesma coisa, na mesma ordem, na
mesma noite, na mesma hora, na mesma posição e no mesmo lugar.

s. Estão destituídos de imaginação. Esqueceram das surpresas do tempo de namoro e das novidades.

t. Se você, marido, deseja que a esposa de sua juventude lhe corresponda durante toda a vida, precisa saber
variar.

u. E por último maridos: O que poderia ser mais excitante e desafiador para um homem do que melhorar sua
vida sexual? Pensem nisso...

4. ENTENDENDO AS NECESSIDADES SEXUAIS DO MEU ESPOSO


a. O que mais agrada a um homem no relacionamento sexual, além da ejaculação, é a satisfação que
obtém de ter uma esposa amorosa e que o considere sexualmente estimulante.

b. Palavras de encorajamento e reconhecimento, com certeza darão um novo vigor e força ao marido amante.

c. Poucos maridos reclamarão de uma esposa apaixonada que responde com entusiasmo as suas propostas.

d. Algumas esposas cristãs negam essa poção aos seus maridos, pois acham que uma mulher verdadeiramente
cristã não deve comportar-se dessa forma. Assim negam a si mesmas e a seus maridos, momentos de extrema
intimidade e alegria.

e. Enquanto a mulher é estimulada pela quantidade de amor romântico que recebe durante o dia, o homem é
estimulado pelo que vê.

f. É triste admitirmos que algumas esposas acham essa atitude dos maridos extremamente imoral. Sendo assim,
negam aos mesmos o prazer de vê-las nuas ou semi-nuas.

g. O marido que recebe da esposa esse tratamento é um forte candidato ao adultério.

h. A palavra nos diz que "Qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração já adulterou
com e/a"(Mateus 5.28).

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i. Esse texto diz que esse olhar só se torna pecado se estiver cheio de intenções impuras.

j. O fato de um homem ver o corpo de outra mulher, não maquinará em ir para a cama com ela se em casa as
coisas estiverem bem.

k. Portanto, esposas, cumpram seu papel de auxiliadoras, sendo amantes solícitas e carinhosas, entendendo
que os dois agora são uma só carne e já não há motivos para falsos pudores.

1. O sexo é altamente reconfortante para o homem. Enquanto que para a mulher depois de um dia de muito
trabalho, a única coisa que ela deseja é um bom banho e boa cama, para o homem, provavelmente buscará o
sexo como um meio de descarregar suas tensões.

m. Uma esposa poderá não entender e às vezes até recriminar seu marido, se após uma situação traumática,
como a partida de um ente querido, ele a procurar para o relacionamento sexual.

n. Naquele momento, ele necessita do conforto que o relacionamento sexual lhe dá. Eles foram feitos assim!

o. Assim como o homem, a mulher também necessita manter-se asseada, para que o relacionamento sexual
seja gratificante.

p. Mulheres que nunca retiram os pelos, ou os fazem ocasionalmente e não mantém uma boa higiene intima,
podem levar qualquer marido a um desestímulo pelas relações sexuais.

q. Lavar os cabelos frequentemente, usar um bom hidratante, manter os pelos aparados, cuidar da higiene bucal,
manter pés e unhas limpas, são pré-requisitos para manter qualquer marido eternamente apaixonado!

r. Caprichem no visual na hora de dormir também. Nada de roupões ou camisolas velhas e rasgadas.
apresentável, limpinha e cheirosa para deitarmos ao lado de nossos amados.

s. E... para encerrar, as esposas também poderão ser criativas: cortinas novas, decoração do quarto
diferenciada, iluminação diferente... ou mesmo escolher um novo lugar e uma nova hora para manterem as
relações amorosas, podem fazer toda a diferença!

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SAÚDE PREVENTIVA

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DOENÇAS TRANSMISSÍVEIS

Doença Transmissível – É aquela em que o agente etiológico é capaz de transferir-se de um ser para outro. A
transmissão pode ser:
1 – T RANSMISSÃO DIREITA OU CONTÁGIO – A transferência do agente infeccioso é rápida, dispensando a
participação de veículos.
a) Imediata: – Se dá por intermédio de contato físico entre a fonte primária de infecção e o novo hospedeiro
(ex.: beijo, relação sexual).
b) Mediata – A infecção é transmitida por meio de secreções oronasais (boca, nariz), sob forma de gotículas.
2 - T RANSMISSÃO INDIRETA – Quando há transferencia do agente infeccioso da fonte de infecção primária para o
novo reservatório, efetua-se as custas de veículos.
3 - T RANSMISSÃO CONGÊNITA – Por transfusão de sangue.

AMEBÍASE – É uma doença infecciosa cosmopolita, predominante em regiões tropicais


subdesenvolvidas, causadas por protozoários (Entamoeba Histolytica); causa disenteria, pode atingir outros
órgãos como: fígado, pulmões e cérebro, causando necrose localizadas. É Transmitida por cistos eliminados
com as fezes e ingeridos com alimentos ou com água contaminadas.
Prevenção – Lavar os alimentos antes de comer, lavar as mãos depois de usar o banheiro e antes de
comer, andar calçado telar as janelas e portas evitando que insetos tenham contato com os alimentos, evitar
acumulo de lixo, usar água potável para beber.

ARBOVÍROSE - São vírus mantidos em a natureza, principalmente, ou em grau importante pela


transmissão biológica realizada por artrópodes Hematófagos entre hospedeiros vertebrados susceptíveis;
multiplicam-se nos tecidos dos artrópodes e pela picada destes são transmitidos a novos vertebrados.

Suas Classificações:

Síndrome febril indiferenciado ou gripe-Símile – Quando o quadro apresentado é febril e de curta duração,
dor de cabeça, mal-estar, dores musculares dor nas articulações.
Síndrome encefalítico e/ ou menigítico – Doenças que causa, febre alta, náuseas e vômitos, dor de cabeça,
rigidez da nuca, convulsões, tremores, a casos de paralisia.
Dengue – Doença infecciosa ajuda, de início súbito, com febre de duração de 5 a 7 dias, dor de cabeça intensa
dor no globo ocular, dor nas articulações, erupção do cutânea.
Síndrome Hemorrágicas (febre hemorrágica) – São doenças infecciosas agudas e graves, de inicio súbito,
com febre alta, dor de cabeça, dor lombares e nos membros, irritabilidade, intensa prostração, anorexias,
náuseas, vômitos, dores abdominais e diarréia. Há hemorragias – na boca, gengivas, defecção com sangue,
confusão mental, distúrbios de linguagem, rigidez na nuca e coma levana um choque e morte.
Febre amarela – Doença infecciosa aguda, causada por vírus, acompanhada de icterícias, hemorrágicas e
intensa albuminúrias, transmitida pela picada de mosquitos. O vírus tem o nome de Aedes aegypti.
Prevenção das Arboviroses – Isolamento dos pacientes, combate aos mosquitos, uso de
mosqueteiros, usar inseticidas nos cães e animais domésticos, usar repelentes, vacinação, combater ratos e
baratas.
MICOSES – São doenças infecciosas causadas por fungos ou cogumelos, existem no ar, na terra, nos
vegetais, em alimentos, em secreções e dejeções de homens ou animais, causando trauma na pele e mucosa.
Prevenção – É difícil dar se uma prevenção, o certo é ter uma boa higiene corporal, e contato com
pessoas infectadas.
BRUCELOSE - É uma doença infecciosa bacteriana causada por germes do gênero Brucella e
transmitida ao homem por diferentes tipos de animais, principalmente os mantidos em currais, é difundida no
mundo inteiro como nos países Europeus e Norte-Americano, na Rússia, México e América do Sul, ela causa
hemorragias, erupção cutâneas, lesões no sistema nervoso, alterações ósseas e articulares e distúrbios de
glândulas.
Prevenção – A prevenção da Brucelose humana depende fundamentalmente do controle ou eliminação
da infecção entre os animais responsável pela transmissão. A pasteurização do leite e vacinação.

CAXUMBA – É infecção aguda caracterizada pela tumefação dolorosa e inflamatória das parótidas, é
causada por vírus, transmitida por gotículas da saliva, o paciente sente: febre, dor de cabeça, anorexias, calafrio.
Complicações Orquites – Atingir o epidídimo, em alguns casos instala-se a Orquiepididimite –
Aumento dos testículos Oforite – Raramente ocorre, mas há casos de comprometimento dos ovários,
acompanhado de dor abdominais, vômitos. Pancreatite aguda – Atinge o pâncreas causando dor abdominal.
Meningite – A meningite é benigna, ocorrendo no entanto surdez.
Outras complicações – Circulatório, respiratórias, renais.

219
Prevenção – Difícil de prevenir, pois as vacinas tem curta duração.

COQUELUCHE - Infecção bacteriana aguda respiratória, transmitida por germe Bordetelda pertussis,
havendo crise de tosse, as pessoas são contaminadas por secreções através da tosse ou espiro. Complicações
– Há complicações no aparelho respiratório, nervoso, digestivo, hemorrágicas.
Prevenção – Afastar os pacientes contaminados, e vacinação nas crianças a partir de dois messes de vida.

DIFTERIA - Doenças infecciosa agudas e que causa lesões localizadas principalmente no nariz,
orofaringe e laringe, acometimento do miocárdio, sistema nervoso, rins, fígado e de outros órgãos.
Prevenção – Vacinação, o certo é que devemos evitar acumulo de lixo, manter a casa limpa, promover uma
educação sanitária.

ESQUISTOSSOMOSE MANSÔNICA - Doenças causadas por esquistossomos, que na fase adulta


vivem no sistema nervoso do hospedeiro. Os sintomas dependem do ciclo evolutivo do parasita, produzem
manifestações intestinais, urinárias, há complicação hepática, é contraída pelo contato com água que contem as
lavras provenientes dos caramujos da água.
Prevenção – Remoção dos desejos humanos para não atingirem águas doces e se hospedem no molusco.
Melhoramento dos sistemas de irrigação e agrícolas. Não beber água contaminada. Evitar usar banheiro público.

HEPATITE POR VÍRUS – Doença infecciosa caracterizada por infecção aguda, seguida de febre,
inapetência, náuseas, vômitos, mal-estar e dores abdominais, geralmente seguidas por amarelição da pele.
Muitos são benignos os casos, as fezes ficam clara e a urina carregada, é transmitida por contágio direto o tipo,
transfusão sangüínea, alimentos contaminados, existem o tipo “A”, “B” e “C”. Ou seja hepatite é a inflamação do
fígado e deve-se evitar esportes aos pacientes, pois o tratamento é prolongado.
Prevenção – Injeção de gamaglobulina pode dar proteção por várias semanas, evitar o contato com o
pacientes contaminados.
HISTOPLASMOSE É uma infecção produzida pelo Histoplasmas capsulatu, fungo altamente
infeccioso , vive no solo, é encontrado nas cavernas e sótãos, os morcegos são os portadores. Há casos, em
que a pessoa não sente nada, os casos sintomáticos ocorrem: tosse seca, mal-estar, emagrecimento, febre,
anemia, lesões cutâneo mucosas.
Prevenção: Evite entrar em cavernas ou contato com pessoas contaminadas. Mantenha sótãos limpos
e arejados.

FEBRE TIFÓIDE - Doença infecciosa causada por germes do G6enero Salmonella, acarretando
septicemias, distúrbios digestivos, hemorragia, úlceras, e é transmitida pela excreção de doentes com a
doença, alimentos e água contaminada.
Prevenção: - Lavar bem os alimentos, beber água potável, evitar contato com excreções de pacientes
contaminados.

Shigelose ou disenteria bacilar: É uma reação inflamatória aguda do trato intestinal causada pelos
bacilos do grupo Shigella. Causa necrose na mucosa intestinal, podendo destruir a cólon intestinal, ocorre febre,
dor abdominal, cólica, diarréia com sangue e pus.
Prevenção: - Não tomar água poluída por excretas humanas infectadas, por alimentos contaminados,
cuidados com a higiene com as mãos, combate as moscas.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR É uma doença infecciosa causada por um tripanossomídeo


(leishmaniose braziliensis), que acomete quase que exclusivamente a pele e mucosa do homem, é uma
zoonose, própria de roedores silvestres, é transmitida através de flebótomos. Os veículos são os insetos,
carrapatos e tabanídeos, as lesões são profundas na pele e mucosas causando grandes danos.
Prevenção: - Fazer combate ao inseto, telagem de habitações, uso de repelentes e vestuários
adequados.

LEISHMANIOSE VISCERAL É uma doença infecciosa causada por leishmaniose donovani,


acomete as células e o sangue transmitida por picada de insetos, encontra-se também em ratos, cães,
raposas, etc. causa lesões na pele, febre, emagrecimento, palidez, edema, vômitos, queda de cabelo,
estomatite, tosse.
Prevenção: Tratamento de pacientes, combate aos flebótomos, uso de mosquiteiro, repelentes,
educação sanitária.

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MALÁRIA - Dá-se o nome de malária impaludismo, febre intermitente, maleita, febre palustre e doença
parasitária, determinada por protozoário do gênero plasmodiun
Tipos de Malária: P. VIVAX, P. Falciparum, P. Malarie, P. Ovale.
Transmissão: Através da picada do mosquito Anopheles: Darlingi, Albitarsis, Aquasalis, Cruzii, Belator.
É comum na Amazônia o Falcip/Vivax. Sintomas: Frebre, calafrios, sono, agitação, suor, diminuição do apetite,
anemia, comprometiment hepático.
Período de Incubação: P. Falciparum é mais ou menos 12 dias. Vivax de mais ou menos 14 dias.
Complicações: Comas, insuficiência renal e aguda, diarréia, edema pulmonar e agudo, distúrbios cerebrais.
Prevenção: Combate ao mosquito, usar mosquiteiro, repelentes, telar, residências.

DOENÇA DE CHAGAS - É uma infecção generalizada causada por um protozoário chamado


Trypanossoma Cruzi, transmitida ao homem e ao animal através de hemípteros hematófagos. O inseto
transmissor é conhecido como barbeiro, a transmissão se dá quando o inseto pica o homem e este em seguida
coça o local e espalha as fezes do inseto que cai no orifício, assim penetram no corpo através da corrente
sangüínea e instalam-se no coração, causa febre, vômitos, confusão mental, mal-estar, dor de cabeça, edema,
aumento do baço e fígado.
Prevenção: - Uso de inseticidas, mosquiteiro, exame de sangue.

PARASITOSES INTESTINAIS protozoários que invadem o intestino humano.


Classificações:
PROTOZOÁRIO AGENTE ETIOLÓGICO
PROTOZOOSES
Balantidíase ........................................................................................... Balantidium Coli
Giardíase ................................................................................................ Giardia Lambia
Outras de menor importância
hitamoeba - Dienmoeba Fr - Isospora Hominis - Trichomonas Hominis
AMEBÍASES
Por nematóides
Ancilostomáse .. .-. . Ancylostoma Duodenal - . Necalim Americanna
Ascaridíase - Ascaris/Lumbriscoides - Enterobíase(Oxiuríase) ........
Enterobius Vermicularis - Estrongiloidíase - Trischocephalus/Trichiurus
Por cestóides
Himenolepíase - Hymenopelis nana - Hymenolepis Diminuta
Teníase - Taenia Solium

Quadro Clínico: - Geralmente todos esses vermes causam: diarréia, disenteria hemorrária intestinal,
falta de apetite, febre, icterícia, dor abdominal, vômitos, variando de acordo com o grau da doença.
Prevenção: - lavar as mãos antes de comer, depois de usar o banheiro, lavar os alimentos, andar
calçado, combater moscas, ferver bem os alimentos, evitar comer em lugares onde a higiene é precária, evitar
dar doces em grandes quantidades para crianças.

PESTE BUBÔNICA - É uma doença bacteriana primariamente de roedores, transmitida ao homem


pela picada de pulgas infectadas, causando: febre, os glânglios tornam-se doloridos, edema, hemorragia,
não tratado pode chegar ao coma e morte.
Prevenção – Vacinação, combate a rotos e pulgas, evitar contato com pessoas contaminadas, telagem
nas casas.

POLIOMIELITE - doença infecciosa causada por poliovírus, que podem ser encontrados na água, leite
e outros alimentos, e assim caem na corrente sangüínea atingindo o sistema nervoso, causando complicações:
aborto paralisia, forma meningítica, forma bulbar (problema respiratório).
Prevenção – Vacinação (Sabin).

RAIVA - doença grave causada por vírus que está na saliva de animais doente como: cão, rato,
morcego, gato, macaco. Quando o cão está com raiva, procura lugares escuros, fica agitado e agressivo, não
bebe água, baba seu latido é rouco. A transmissão é através de mordedura se ele lamber ferimentos, os olhos e
boca ou quando ele arranha.
Prevenção – Atenção: nunca mate o animal, deixe ele preso e observe o animal durante 10 dias, dê
água e comida vacine seu cão uma fez por ano, e não deixe seu cão souto na rua.

TÉTANO Doença causada pelo Clostridium Tetani, pelos herbívoros (animais que se alimentam de
ervas), encontra-se nas fezes destes animais, que penetra no homem através de uma abertura no organismo,

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que pode ser por um ferimento. Causa rigidez na nuca, contratura da musculatura abdominal, da glote, em caso
grave cauda necrose muscular, espasmos, fraturas em vértebras, anóxia levando ao óbito.
Prevenção – Vacina, andar calçado, evitar ferimentos, usar luvas principalmente trabalhadores rurais.
VARICELA - Varicela – É uma doença infecto-contagiosa por vírus, causando lesões cutâneas, é
conhecida por catapora. A transmissão se dá através das partículas de Flûgge, que, inaladas atingem as vias
aéreas superiores, em alguns casos ocorre febre, dor de cabeça vomito e diarréia. Há o que é mais comum que
são as erupções cutâneas.
Prevenção – Não Ter contato com pacientes acometidos durante seis dias. Vacinação.

VARÍOLA É doença transmissível, aguda, causada pelo vírus proxvírus variolae, transmitida pelo
contato direto inter-humano através de secreções das vias aéreas superiores do paciente. Ela causa dor de
cabeça, vômitos, calafrios, febre alta, catarro, erupção cutânea, em caso grave há hemorragias.
Prevenção – Evitar contato com pacientes contaminados e vacinação.

SARAMPO - É doença transmissível causada por vírus, caracterizada por exantema máculo-papular e
seguida de febre, coriza, conjuntivite, catarro. A transmissão pode ser direta pelas gotículas de espirros e de
tosse, ocorre manifestações como erupção cutânea, em casos graves ocorre hemorragia, lesões cutâneas,
convulsões e coma.
Prevenção – Evitar o contato com pacientes acometidos e vacinação.

RUBÉOLA - Doença transmissível causada por vírus, caracterizada por exantema máculo-papular,
erupção cutânea, mal-estar, tosse seca, dor de cabeça, dores de garganta, dores articulares, conjuntivite.
Prevenção – Evitar contato com pessoas contaminadas e a vacinação.

PNEUMONIA – É uma doença causada por vírus, ocasionando febre baixa, cetaléia, dores
musculares, anorexia, irritabilidade, problemas respiratórios.
Prevenção – Não Ter contato com pessoas infectadas. É difícil promover uma prevenção eficaz, pois é uma
doença de grande porte epidêmico.

TUBERCULOSE – É uma doença infecciosa causada pelo bacilo Mycobacterium Tuberculóide.


Geralmente infecta os pulmões, podendo causar lesões em outros órgão. É transmitida pelas vias aéreas,
ocorrendo fadiga, tosse, febre, calafrios, menstruação irregular, anorexia, fraqueza, dor toráxica.
Prevenção – Vacinação (BCG).

LEPTOSPIROSE (OUTRAS ZOONOSES) - É uma doença transmitida ao homem através de urina de


rato, água contaminada, e contato com animais infectados.

Febre Aftosa – É uma doença que afeta os bovinos, e é transmitida ao homem através destes animais
de suas secreções provenientes das aftas encontradas na cavidade orofaríngeas dos animais doentes.
Cinomose – Afeta os cães, e é transmitida deste ao homem.
Prevenção - Em regra geral, para as zoonoses deve-se: cuidar dos animais domésticos vacinando-os,
andar calçado, evitar contato direto com animais, educação sanitária. Cólera – é uma doença aguda, causada
pelo vibrião colérico, ocasionando vômitos ocasionais, diarréia profunda, desidratação, acidose e colapso
respiratório. Pode contaminar através de fezes ou vômitos de pessoas contaminadas, alimentos contaminados,
água contaminada, pode levar ao óbito rápido devido ao alto grau de desidratação.
Prevenção – Saneamento básico, higiene pessoal e dos alimentos, vacinação.

DST – DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS

DST – São doenças infecciosas e contagiosas, causadas por germes que se pega tendo relação sexual
com uma pessoa infectada.

SÍFILIS – É uma doença causada pelo “T. Pallidum” que pode se tornar muito perigosa quando não
tratada ou tratada inadequadamente. Os sintomas principais são: indisposição geral, febre, ínguas, erupção na
pele, queda de cabelo, lesões na boca e órgãos genitais. Não tratada, pode afetar o coração, ossos e nervos.
Mulheres grávidas contaminam os filhos.

222
GONORRÉIA OU BLENORRAGIA –Doença infecciosa causada por germes chamados de gonococos.
A mulher não sente nada, o homem sente dor ao urinar, secreção de pus no pênis. Em grau elevado, a mulher
sente dor de cólica, febre, vômitos e calafrios. Não tratada, afeta os ovários e o útero. Até mesmo pode ocorrer
de esterelidade. No homem, pode causar esterelidade, inflamação dos testículos, próstata e bexiga.

URETRITES NÃO GONOCÓCICAS – É uma inflamação do canal da urina que se pega no ato sexual
com pessoa infectada. Ocorre secreção semelhante à clara do ovo, desconforto ao urinar, geralmente a mulher
não sente nada.

CONDILOMA ACUMINADO – É conhecido como “cavalo de crista”. Doença causada por vírus. Causa
verrugas na área genital, não causa dor, o problema é que nas mulheres grávidas cresce muito e pode obstruir a
vagina, obrigando a realização de cesariana. Pode ocorrer câncer no útero.

CORRIMENTOS VAGINAIS – Doença causada por germes, na maioria das vezes, adquirido em
relações sexuais com pessoas infectadas. São normais quando: sem cheiro, em pouca quantidade e de cor
clara. Não são normais quando: são de cor amarelada ou esverdeada, dão coceira, causam dor ao urinar e na
relação sexual, e tem mau cheiro.

CANCRO MOLE – É uma doença causada por germes Haemophilus Ducreyi. Aparecem feridas
dolorosas nos órgãos genitais, aparecem ínguas.

HERPES GENITAL – É uma doença causada por germes chamados vírus do herpes simples.
Apresenta pequenas bolhas doloridas na região genital. Depois, estas bolhas se tornam feridas. Esta doença
favorece o aparecimento de câncer, e a gestante pode passar para o filho.

CLAMÍDIA – É uma doença infecciosa, e causa dor ao urinar. Há secreção no pênis, lesões nos órgãos
reprodutores, esterelidade, febre e pode até causar aborto.

PEDICULOSE DO PÚBIS – Conhecido vulgarmente por piolho-chato. Os piolhos causam prurido nas
virilhas, atacam as regiões genitais e anal. Podem afetar também a pele e o corpo. Geralmente se localizam em
regiões como: área dos olhos, pêlos e genital.

AIDS – SÍNDROME DA IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA – Causada pelo vírus HIV, ataca as células
do sangue que protegem o corpo contra doenças. Se contrai através do ato sexual, uso de seringas
contaminadas e transfusão de sangue contaminado. Os sintomas são: diarréia, fadiga, grande perda de peso,
febres, tosse seca, feridas embranquecidas na boca (sapinho), íngua por todo o corpo.
Prevenção – O correto é que cada pessoa tenha relação com sua própria esposa, e a esposa com seu
esposo. Como isso não ocorre na maioria, o uso de preservativos (camisinha) é ideal. Use seringa descartável,
receba sangue controlado por exame, no caso de transfusão.

REGRAS GERAIS DE PREVENÇÃO

1 – Tenha uma boa higiene pessoal como: lave as mãos antes de comer alimentos, lave bem
os alimentos, lave as mãos depois de usar o banheiro, etc.
2 – Ande calçado, se for trabalhador rural use luvas, botinas, máscara, etc.
3 – Beba água potável, fervida ou filtrada.
4 – Vacine as crianças e verifique a data de validade de suas vacinas.
5 – Evite contato com pessoas contaminadas.
6 – Use mosquiteiro, tele seu lar, faça dedetização na casa e quintal para combater os ratos,
baratas, etc.
7 – Uso de preservativos quando manter relação sexual.
8 – Use seringa descartável.
9 – Se preciso for fazer transfusão, só faça se o sangue tiver controle.

Nota:
Esperamos com este trabalho poder contribuir: tanto para sua saúde física e mental, como para seu ministério,
que esperamos seja fecundo e duradouro.

223
OFÍDIOS

224
GÊNEROS DE COBRAS VENENOSAS
◼ Botrópico (Jararaca, Jararacuçu, Urutu, Caiçara, Boca de Sapo...)

◼ Crotálico (Cascavel)

◼ Laquético (Surucucu, Surucutinga...)

◼ Micrúrico ou Elapídico (Coral)

Ações dos Venenos das Cobras


◼ 1 – Coagulante

◼ 2 – Necrosante

◼ 3 – Proteolítica

◼ 4 – Hemorrágica

◼ 5 – Neurotóxica

◼ 6 – Nefrotóxica

◼ 7 – Miotóxica

◼ 8 - Hemolítica

Diagnóstico do Acidente Botrópico


◼ 1 – Dor progressiva no local da

picada
◼ 2 – Manifestações locais:

a – Edema
b – Bolhas
c – Sinais flogísticos
Complicações do Acidente Botrópico
1 – Abscesso no local da picada
2 – Necrose ou Gangrena
3 – Fenômenos Hemorrágicos
4 – Trombose Venosa Profunda
Diagnóstico do Acidente Crotálico
1 – Ausência de dor no local da picada.
As vezes, distúrbios parestésicos
2 – Ausência de manifestações cutâneas;
3 – Veneno de ação neuro-tóxica e hemolítica;
4 – Manifestações Sistêmicas:
a – Obnubilação
b – Alterações Visuais(ptose palpebral, diplopia, visão turva, oftalmoplegia...)
5 – Insuficiência Renal Aguda(IRA)
Complicações do Acidente Crotálico
1 – Insuficiência Renal Aguda
2 – Distúrbios Visuais:
Diplopia
Ptose Palpebral
Dificuldade para abrir os olhos
Visão turva...
“Cara-de-Bobo”
Acidente Botrópico: Soroterapia
◼ CASOS LEVES = 4 ampolas de Soro Antibotrópico, EV

◼ CASOS MEDIANOS = 8 ampolas, EV

◼ CASOS GRAVES = 12 ampolas, EV

Acidente Crotálico: Soroterapia


◼ CASOS MODERADOS = 10 ampolas de Soro Anticrotálico, EV

225
◼ CASOS GRAVES = 20 ampolas de Soro Anticrotálico , EV

ACIDENTES OFÍDICOS : CONDUTAS IMEDIATAS


1 – Diagnóstico Etiológico
2 – Soroterapia Especifica
3 – Hidratação Endovenosa ( Soro
Glicosado ou Fisiológico)
4 – Colher Sangue para Exames
Complementares
5 – Limpeza Rigorosa do Ferimento.
6 - No Caso de Ferimento Contaminado
fazer SAT + Antibióticos
7 – Monitorar Sinais Vitais, Diurese,
Controle da dor...
8 – Ter sempre às mãos Medicação Antialérgica
Hidrocortisona + Adrenalina + Prometazina
(Solucortef ) (Fenergan

ANTIBIÓTICOS NO ACIDENTE BOTRÓPICO


1 – Penicilina (Despacilina, Wycillin )
Oxacilina(Staficilin)
Cefalosporina(Keflin)
Ampicilina (Binotal)
Cloranfenicol (Quemicetina)
Clidamicina (Dalacin)
2 – Aminoglicosídeos:
Amicacina (Novamin )
Gentamicina (Garamicina )

ANTIBIÓTICOS NO ACIDENTE BOTRÓPICO


1 – Penicilina (Despacilina, Wycillin )
Oxacilina(Staficilin)
Cefalosporina(Keflin)
Ampicilina (Binotal)
Cloranfenicol (Quemicetina)
Clidamicina (Dalacin)
2 – Aminoglicosídeos:
Amicacina (Novamin )
Gentamicina (Garamicina )
DETALHES IMPORTANTES SOBRE OFIDISMO
01 – No Brasil são registrados na FUNASA mais de 20 mil acidentes ofídicos por ano.
02 – Incidência dos acidentes ofídicos:
Cerca de 90% Botrópicos e 8% Crotálico
03 – Local da picada:
Pé + Perna ---------- 70%
mão + antebraço--- 13%
04 – Características anatômicas das
cobras venenosas:
a-Tôdas tem FOSSETA LOREAL,
exceto as corais.
b-A cascavel – tem guizo ou
chocalho na cauda
05 – NÃO use torniquete ou garrote no acidente ofídico botrópico (AOB), pois
agrava o quadro clínico local, uma vez
que seu veneno tem ação LOCAL.
06 – Nos acidentes causado por coral ou cascavel – podem ser usados, pois o
veneno tem ação SISTÊMICA, geralmente muito grave.
07 – As complicações mais graves do AOB, são:

226
GANGRENA TROMBOSE VENOSA PROFUNDA

Coagulação Intravascular Disseminada (CID)

Fase Trombótica Fase Hemorrágica (Fibrinólise)

09 – Geralmente o diagnóstico de Acidente Ofídico é fácil, inclusive o

diagnóstico diferencial

AOB – No local da picada tem edema, sinais flogísticos e DOR.

AOC – Ausência de lesões cutâneas e de dor.

Existem distúrbios visuais.

10 – Pelo risco de infecção secundária e de sangramento, não é recomendável cortar ou fazer incisões no local
afetado.

11 – É da cultura popular dar ao picado querosene, pinga ou urina, alem do tradicional curativo com teia de
aranha, borra de café, esterco ou barro...

12 –As serpentes do gênero botrópico são mais agressivas e traiçoeiras do que as demais. Daí, sua maior
incidência(90%).

Já a cascavel, felizmente, não é tão agressivas. Costuma avisar quem se aproxima dela, com ruído típico
emitido por seu guizo, tentando dizer:

“Não vem não... senão você vai deixar de urinar, vai ficar com cara de bobo e enxergar muito mal”....

13 – As serpentes geralmente são carnívoras, alimentando-se de pequenos animais: sapos, rãs, ratos,
pássaros...

Costumam alimentar-se a noite. Durante o dia ficam escondidas nas tocas, buracos, folhagem, pedras

227
14 – A cobra muçurana alimenta-se de cobras venenosas. Ela deve ser identificada e protegida pelo homem.

É importante no equilíbrio ecológico. Tem cor cinza escuro, quase negro, barriga branca, podendo alcançar até
3 metros.

Seu prato preferido são as colegas do gênero botrópico ( jararacuçu e jararaca).

15 – São predadores das cobras o homem, cão, gavião, ganso, avestruz, ema, jaburu, seriema e outras
aves de grande porte.

16 – Todas serpentes nadam e bebem água. Portanto, todo cuidado a beira de rios, lagos, brejos.

17 – As cobras enxergam mal. A noite seu bote é orientado pela fosseta loreal (sistema termo-receptor).

O alcance de seu bote é cerca de 1/3 de seu tamanho.

18 – O quadro clínico de uma pessoa picada por cobra, depende da quantidade de veneno inoculada, da cobra
, do tempo da picada e da qualidade do atendimento médico. Não adianta ser internada se não fizer
soroterapia indicada.

19 – HABITAT DAS SERPENTES MAIS COMUNS

BOTRÓPICO:

Lugares úmidos, brejo, beira de rio, matas, áreas cultivadas, pomares, tocas e buracos nas arvores...

CROTÁLICO:

Lugares secos, pedregosos, arenosos, palhas secas, empilhamento de pedras ou madeiras...

30 – Todo acidente crotálico deve ser considerado grave, devido sua elevada mortalidade.

Cerca de 70% dos pacientes não atendidos a tempo ou atendidos deficiente vão a óbito.

O veneno da cascavel só é neutralizado pelo soro anticrotálico.

31 – O acidente ofídico botrópico(AOB) é menos grave do que o acidente crotálico(AOC), dificilmente causa a
morte do paciente, porem provoca danos locais, como abscesso, trombose venosa, gangrena e mutilações.

MEDIDAS PREVENTIVAS AOS ACIDENTES OFÍDICOS

Para evitar picadas de cobras, deve-se tomar alguns cuidados, principalmente nas áreas rurais, fazendas,
chácaras, sítios e pescarias.

◼ 01 – Não ande descalço nos campos, matos, beira de rios, pomares, plantações.

◼ Use botinas ou melhor ainda, botas de cano longo, assim você estará evitando 70% dos acidentes
ofídicos que ocorrem nos pés e pernas.

◼ 02 – Não enfie as mãos em buracos, tocas de tatu, cupinzeiros, buracos nas árvores, empilhamento de
pedras e de lenhas.

◼ Com isso você estará evitando 15% das picadas de serpentes.

◼ 03 – Mantenha plantações, terrenos, pomares, quintais sempre limpos. Elimine os ratos. As cobras
alimentam-se de roedores.

◼ 04 – Olhe com atenção o terreno que pisa, principalmente nas áreas de risco.

228
◼ 05 – Não destrua o meio ambiente. Preserve-o.

◼ Queimadas, desmatamentos desordenados, podem trazer as cobras para seu pomar, celeiro e até
mesmo para dentro de sua casa.

◼ 06 – Cuidado nos pomares e áreas cultivadas. São locais que as cobras procuram os roedores.

◼ Cuidado ao colher frutas.

◼ Existem serpentes que habitam árvores e parreiras.

◼ 07 – Não monte acampamento ou barraca perto de pomares, plantações, pastos, brejos ou rios, pois
são lugares habitados pelos roedores, sapos, rãs e pássaros e conseqüentemente pelos seus
consumidores.

◼ 08 – Mantenha as portas de sua casa na fazenda ou chácara sempre fechadas durante o dia.

◼ Uma porta aberta é convite para entrada de cobras a procura de sombra. Escondem-se, geralmente,
dentro dos calçados, armários ou debaixo das camas.

◼ 09 – Não manuseie serpentes mortas. Há risco de auto-inoculação.

◼ 10 – Preserve os predadores de serpentes.

◼ A muçurana, ema, seriema, coruja, gavião são predadores naturais das cobras venenosas e garantem o
equilíbrio do ecossistema.

◼ Lembrem-se sempre:

◼ O melhor tratamento dos acidentes ofídicos é a prevenção.

229
VIDA DE CRISTO

230
A ORIGEM DE JESUS

1. Contexto histórico do período da vida de Jesus


Desde 63 a.C. a Palestina fora dominada por completo pelos romanos. Apenas algumas cidades gozavam de
autonomia politico-militar, concedida pelo Imperador (a Região de Decápolis). Os limites da Palestina estavam
divididos em: Iduméia, samaria, Galileia, Judéia e Decápolis. Estas regiões eram administrada pelos
governadores romanos que ficavam sob liderança do Pro-cônsul da Síria.

O Senhor Jesus nasceu no reinado de César Augusto (Lc 2:1) e começou seu ministério público no reinado de
Tibério César (Lc 3:1). Nasceu no ocaso do grande reinado de Herodes, cujo domínio através de seus
descendentes se estendeu até a destruição de Jerusalém pelos romanos, em 70 d.C. A hegemonia herodiana
está sequenciada da seguinte forma:

Era comum aos romanos permitir que a elite social de um povo, quando submetida ao Império, continuasse a
governar seu território. Em casos de rebelião, os movimentos eram sufocados e o imperador poderia colocar
líderes estrangeiros no poder. Nos dias de Jesus, vários partidos políticos se destacavam no governo da nação
judaica. Porém, as decisões políticas da nação eram tomadas por um Conselho de anciãos, chamado Sinédrio.
Existiam também vários grupos religiosos que faziam parte do Judaísmo. A seguir destacaremos alguns grupos
político-religiosos:

SINÉDRIO: Era o Conselho que tomava as decisões políticas da nação. Era composto por 71 anciãos, do qual o
sumo-sacerdote era o presidente. Era composto por anciãos do povo, sumo-sacerdotes depostos, saduceus e
cada vez mais, escribas e fariseus.

SADUCEUS: Alguns concordam que o nome "saduceu" deriva de Zadoque, sumo-sacerdote durante o reinado
de Salomão. Exercia forte controle sobre as práticas religiosas judaicas, administração do Templo e poderio
político. Controlavam o cargo de sumo-sacerdote, que conseguiram "comprar" por meio de manobras políticas
corruptas, Os saduceus, principalmente o sumo-sacerdote, eram responsáveis pelo comércio no Templo. Suas
doutrinas: aceitavam somente a Lei de Moisés como sendo inspirada por Deus, mas desacreditavam que Deus
agisse na história do homem. Segue-se a isso o fato de desacreditarem na imortalidade da alma, no céu e
inferno, juízo futuro, seres espirituais (exceto Deus) e ressurreição dos mortos. Com a queda do Templo pelos
romanos, em 70 d.C., o partido ruiu. Eram coniventes com a política do Império e acreditavam num Messias, da
linhagem sacerdotal.

FARISEUS: Constituíam um partido que possuía muitos membros e, provavelmente, eram os


sucessores dos hassidins (Judeus da revolta hasmoneana que preferiram morrer a violar a Lei e a tradição dos
anciãos). O nome "fariseu" significa "separado" e o ponto alto do farisaísmo era o estudo da Lei. O zelo que
tinham pelo cumprimento da Lei foi ponto positivo para a nação judaica, pois a manteve coesa durante o exílio e
impediu que as Escrituras ficassem esquecidas e as tradições dos israelitas fossem destruídas. Eles eram os
mestres em Israel e responsáveis pelas Sinagogas. Expandiram o judaísmo através da prática proselitista. Ao
contrário dos saduceus, os fariseus aceitavam como inspirada por Deus todo o V.T. - a Lei e os Profetas, os
Escritos e a Tradição oral dos anciãos; acreditavam na imortalidade da alma, no céu e inferno, no juízo futuro,
em seres espirituais e na ressurreição dos mortos. Esperavam o Messias de Israel, como Rei que governaria a
nação e submeteria os outros povos ao seu governo. Preservaram a ideologia messiânica, mas não aceitavam o
uso da força para conquistar a independência da nação. Eles tinham forte influência sobre o povo.

ZELOTES: O nome deriva do termo hebraico que significa "zelo". O fundador do grupo se chamava Judas
Galileu, filho de Ezequias, a quem Herodes executara em 47 a.C. Judas comandou uma rebelião contra Roma,
quando Quirino, legado da Síria, tentou fazer um recenseamento da Palestina, em 6 a.C. Mais tarde os Zelotes
se tornaram seguidores de João de Giscala, que por sua vez liderou a revolta contra Roma em 66 d.C., o que
provocou a destruição de Jerusalém. Este grupo era nacionalista que se opunha à política do Império romano, de
tal maneira que usavam a violência. Matavam e morriam pela sua própria nação. Os métodos dos zelotes
variavam, mas sabe-se que dentre eles se destacavam os sicários, cujos métodos eram muito mais violentos não
se importando de utilizar a prática da traição.

ESSÊNIOS: Eram puristas e ansiavam por uma volta ao passados por acreditarem que as gerações antigas
eram mais fiéis á Lei. Acreditavam na reclusão como método para se manter afastados da contaminação do
mundo e purificar-se. Para ser aceito na comunidade, o indivíduo era observado durante um ano, recebia o
batismo e fazia vários rituais de purificação, deveria vender tudo o que tinha e dar o dinheiro para o grupo, tinha
que prometer amar todos os membros da comunidade e odiar os que não faziam parte da mesma. Os essênios
não participavam dos rituais do Templo, mas observavam escrupulosamente o Sábado.

2. A genealogia de Jesus

a. A genealogia de Mateus - Mt 1:1-17

A genealogia de Mateus é PROGRESSIVA e ECLÉTICA - começa em Abraão e vai até Jesus.

231
• Começa mostrando a origem de Jesus na raça hebraica,
• Mostra Jesus como descendente de Abraão, o pai da nação e herdeiro das promessas concedidas na
aliança;
• Mostra Jesus como descendente de Davi herdeiro do trono de israel. Seguido por uma lista de reis.
Quatro mulheres são destacadas, todas elas gentias. Fato incomum nas genealogias judaicas, mas que
sutilmente o autor aponta para a bênção de Abraão estendida a todas as famílias da terra, como fora prometido
em Gn 12:1-2.
• Tamar - Gn 38 - usou de engano para com o sogro, pois este lhe havia fartado com a promessa.
• Relembra a vulnerabilidade do Patriarca e a fidelidade de Deus em cumprir com a palavra.
• Raabe - Js 2; 6- gentia de Jericó e ex-prostituta cultual. Salvou os espias e confessou sua fé no Deus de
Israel apenas pelo que ouvira falar.?
• Rute - Rt 1:4 - Moabita avó de Davi.
• Betseba - II Sm 11. Hetéia. Apesar do pecado, Deus não a rejeitou por amor a Davi, que se
arrependera; usou de misericórdia para com Salomão.

b. A genealogia de Lucas - Lc 3:23-38

A genealogia de Lucas se difere da de Mateus em diversos aspectos observados na leitura de Lc 3:23-38


comparando com Mt 1:1-17. Alguns sugerem que a genealogia dada por Lucas seja originada na linhagem de
Maria. Neste caso para nomenclatura, considera-se o nome do seu marido, José, por não ser comum o nome da
mulher ser mencionado no registro. A genealogia é REGRESSIVA - parte de Jesus e regride até Adão. Esta
disposição é melhor para as intenções do autor em mostrar Jesus como Homem Perfeito e a inclusão de toda a
humanidade na bênção da Salvação de Deus.

OS FATOS QUE CERCARAM O NASCIMENTO DE JESUS

3. O anúncio do nascimento do precursor lc 1:5-SO

Gabriel - "homem de Deus". Anjo de alta categoria, enviado a Daniel, Zacarias e Maria. O caráter de suas
mensagens revela altos propósitos de Deus para com a nação de Israel.

Zacarias - seu nome significa "Jeová se lembrou". Fazia parte das 24 turmas de sacerdotes que o rei Davi
havia instituído para o serviço do Templo (l Cr 24:1-6). Era um sacerdote do interior (conf. Lc 1:39- 40). Haviam
muitos sacerdotes e somente um Templo, por esta razão serviam em turnos. Os sacerdotes eram divididos em
24 divisões, das quais a de Abdias era a Oitava (l Cr 24:10). Cada divisão ficava de plantão duas vezes no ano,
durante uma semana em cada ocasião. Como o número de sacerdotes era grande, lançava-se sorte para ver
quem cumpriria cada função (Lc1:8-9). Oferecer incenso era um privilégio muito grande e cada sacerdote espera
fazê-lo pelo menos uma vez em toda a sua vida.

• A escolha divina é confirmada em vidas justas, como a de Zacarias e Isabel. O autor sagrado registra
que a justiça do casal era interior "diante de Deus" e exterior "diante dos homens", (conf. v. 6).
• Isabel - Seu nome significa "Deus do Pacto" ou "Deus fez um pacto". Descendente do Sumo-
Sacerdotes Arão, apesar de temente a Deus era estéril. Na sociedade onde vivia era discriminada por
causa da esterilidade.

a. O caráter da mensagem

• v. 13 - A tua oração foi ouvida - A função do sacerdote durante a queima do incenso, no Templo, era
interceder pelo povo e reivindicar o cumprimento das promessas messiânicas. Alguns comentaristas
acreditam que Zacarias aproveitasse a ocasião para pedir um filho, mas este argumento carece de
maiores bases, conforme veremos mais adiante por sua reação de incredulidade ante a mensagem do
anjo.

• v.14 - O nascimento de João traria alegria cujo alcance envolvia os pais, a família e a nação.

• v. 15- As qualificações para seu ministério: “grande diante do Senhor..." A grandeza denota a virtude de
uma pessoa. Para os gregos, os filósofos; para os romanos, os militares e os imperadores; para os
judeus, os rabis. A grandeza de João não seguia os princípios das correntes ideológicas da sua época,
mas seguia os princípios de Deus. João estaria qualificado pelo parecer de Deus e a marca desta
realidade seria uma vida consagrada a Deus, de acordo com Sua Palavra - Nm a6:1-8 - A marca da
abstinência à bebida forte e vinho. “cheio do Espírito Santo’- Na literatura rabínica o Espírito Santo é
primeiramente o Espírito de Profecia associado com a quebra do silêncio de Deus durante o cativeiro e,
também com a vinda do Messias”. Cheio do Espírito seria a marca do ministério profético autêntico, que
fazia a diferença entre João e aqueles que faziam o voto do nazireado, simplesmente.

• v. 16 e 17- A natureza do ministério de João:

232
o A conclamação de João a Israel para arrependimento visava a preparação do povo para a
chegada do Messias. Poucos aceitaram Jesus e o reconheceram como Messias, entretanto
não foi por falta de aviso-prévio. O precursor veio e pregou arrependimento (Jo 10:41).
o A menção feita a Elias, trata-se da promessa em Ml 4:5-6, cuja passagem prevê a chegada de
um profeta semelhante a Elias (revestido do Espirito Santo e poder de Elias), antes da
chegada do "Grande e terrível dia do Senhor".

b. A reação de Zacarias ante à Mensagem – v.18


A pergunta de Zacarias ao anjo é resultado de sua incredulidade à Palavra proferida. Colocar em dúvida a
veracidade da Palavra é também colocar em dúvida o caráter do mensageiro, e indiretamente o caráter do
próprio Deus. O Juízo para tal atitude foi imediato: A disciplina de Deus foi percebida por todo o povo. Qualquer
demora no santuário era causa de inquietação por quem ficava esperando. Além do mais, Zacarias ficou
impossibilitado de abençoar o povo.

c. A anunciação do nascimento de Jesus a Maria - lc 1:26-38

Maria - seu nome pode significar "rebeldia" ou "amada". Era descendente da tribo de Judá, nascida em Nazaré,
pequena aldeia da Galiléia, noiva de José. Moça piedosa e temente a Deus. Quanto ao noivado: juridicamente o
noivado liga efetivamente os futuros esposos e suas famílias, graças ao contrato de matrimónio. O rompimento
desse compromisso só pode ser realizado mediante carta de divórcio com todas as suas consequências. O
tempo de noivado durava mais ou menos um ano, a fim de que a moça se tornasse física e psicologicamente
uma mulher, e, portanto preparada para ser mãe. Era o período do casal se ajustar psicologicamente e receber
de bom grado o contato físico, no casamento. Geralmente, o pai era encarregado de encontrar um noivo para
sua filha, antes que ela completasse doze (12) anos. Após esta idade a moça se tornava maior podendo ou não
aceitar os projetos do pai. Por isso cogita-se a possibilidade de Maria estar em torno de 12 a 14 anos, quando
ficou grávida de Jesus.

d. O diálogo do anjo com Maria

As expressões utilizadas pelo anjo refletem as promessas de Deus para com Israel. Qualquer menina israelita
era conhecedora dessas promessas. Pois desde a mais tenra idade elas esperavam ser o instrumento de Deus
pelo qual traria o Messias ao mundo. Maria temeu devido à exaltação que o anjo dera à sua pessoa: “Salve
agraciada, o senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres”. Ela não era a fonte de graça, mas o alvo da
mesma. A presença do Senhor estava com ela e Deus a havia escolhido para o lugar de honra, pelo qual muitas
mulheres judias haviam orado.

O caráter da mensagem do anjo: Ele não falou de algo que era desconhecido à Maria, ratificou o cumprimento
das promessas que Deus fizera ao povo de Israel:
o "Filho do Altíssimo" é um titulo messiânico - II Sm 7:11-16
o "Herdeiro do trono de Davi..." - Sl 132:11: IS 9:67 ; etc.
o "Reino eterno..." Is 9:6-7.

v. 34 - a pergunta é diferente da que Zacarias fizera ao anjo quando da anunciação do nascimento de João. Ela
inquire quanto ao meio usado por Deus (“como acontecerá”...?), uma vez que ela não tivera relações com
homem algum. O anjo lhe esclarece que o Espírito Santo será o responsável direto pela geração de seu Filho. O
movimento e participação do Espirito na criação são relembrados. Ele tem poder para do nada suscitar todas as
coisas.

A anunciação é feita estando Isabel no sexto mês de gravidez; o anjo dá esse fato como sinal da parte de Deus.
Maria foi imediatamente visitá-la. É quase certa sua presença na ocasião do nascimento de João (Conf. 1:56).

e. A visita de Maria a Isabel – Lc 1: 39-56

"Região montanhosa..."- É mencionada pelos historiadores Josefo e Plínio como sendo a região nos arredores
de Jerusalém. A viagem de Nazaré a esta região durava de três a quatro dias, sendo, portanto, uma longa
viagem para uma adolescente de então. O costume era a jovem viajar com parentes, mas estes não eram
mencionados. É também sugerido as caravanas que vinham de Damasco e iam para Jerusalém. Após a
saudação de Maria à Isabel, a criança saltou no ventre desta última. Isabel, inspirada pelo Espírito Santo, a
exemplo dos profetas, abençoou Maria. A pergunta de onde me provém isto..? é um hebraísmo, que traduzido
significa "como isto pode acontecer a alguém tão indigno?”

4. O nascimento do precursor - lc 1:57-66

O Nome da criança, largamente discutido nos vs, 59-61 era de grande importância. Os judeus acreditavam que
primeiro deveria conhecer o nome da pessoa, antes de conhecer a pessoa. A escolha do nome geralmente cabia
à mãe e se levava em conta:

• A sua posição social;


• Circunstâncias do nascimento;
• Aspirações dos pais;

233
• Tradição de família.

A alteração dessas características era como quebrar a tradição, por isso estranharam o nome que Isabel dera ao
seu filho: João, tem significado de "Graça de Jeová". O nome do profeta indicava o novo relacionamento que
Deus teria com o povo da promessa.

5. O anúncio do nascimento a José (Mt 1:18-25)

No período de Jesus, a noiva que se encontrasse grávida devia procurar um sacerdote ou rabino para contar-lhe
o ocorrido (Dt 22:23-27). Este, dava ciência ao noivo, que por sua vez decidia o que fazer com ela, caso fosse
constatado que o filho não era seu.

Direitos legais de José:


• Acusá-la de adultério e reivindicar seu apedrejamento. Para isso deveria ter provas concretas do ato.
Maria não era desconhecida numa aldeia tão insignificante como Nazaré.
• Repudiá-la, concedendo-lhe carta de divórcio.

José resolveu acatar a segunda decisão, com a particularidade de fazê-lo secretamente. Isto evitaria possíveis
humilhações à Maria; e, também revela qualidade do amor que ele sentia pela mesma. Ele busca honrá-la
mesmo com prejuízos próprios. Ao conceder a carta de divórcio, o noivo perdia o dote ou a provisão do pai para
a filha, e também o próprio dote que ele, como marido, concederia à noiva.

No v. 19 - "sendo justo.." significa "inocente.", quanto à sua participação no evento. Deus interveio na
determinação de José, da seguinte maneira: "José, filho de Davi" - recordando a linhagem e as profecias
relacionadas a ela. Denota o direito legal de José em criar o Messias.

6. O recenseamento por ocasião do império de César Augusto

Os imperadores faziam questão de conhecer regularmente a situação do Império, por causa dos impostos e do
relacionamento militar. Para isso, reuniam os dados parciais das diversas províncias. Há papiros no Egito que
atestam este tipo de operação. O recenseamento consistia em:
• Declaração dos nomes das pessoas;
• Sua ocupação;
• Esposas e filhos;
• Servos e propriedades

Cada homem devia dirigir-se ao local onde estivesse o registro de sua família paterna. Mais uma vez era
provada a descendência Davidica de Jesus - Lc 2:4.

7. O nascimento de Jesus - Lc 2:1-7

A manjedoura: Alguns creem ter Jesus nascido em um estábulo, onde os animais compartilhassem o mesmo
teto. Porém, é importante conhecermos o fato que naquela região existiam cavernas de pedras calcárias, que
eram utilizadas no inverno como estábulo ou celeiro. Para o povo da época, por ocasiões festivas, essas
cavernas eram utilizadas como estalagem, e, portanto, não eram lugares desprezíveis.

O parto e o preparo do recém-nascido: O Parto das mulheres era realizado de cócoras ou sentado. Para isto
era utilizado um banco de pedras, chamado também de "tamborete de parto". A criança ao nascer, era lavada
com água, cortado seu cordão umbilical, esfregada numa solução de água e sal grosso, embebida em óleo e
enfaixada dos pés aos pescoço. Os anjos ao anunciarem aos pastores relataram que eles encontrariam uma
"criança envolta em faixas" (recém-nascida).

A Proclamação dos pastores - Lc 2:8-20 -7 A narrativa do nascimento de Jesus sendo comunicado aos
pastores nos dá indicativos suficientes para não aceitar a tradição segundo a qual ele teria nascido em
dezembro. Isto porque os pastores nesta época (dezembro) não estariam 'guardando os rebanhos no
campo...', por ser inverno. Esta atividade era realizada no verão (março - abril), na Palestina.

• A circuncisão e apresentação no Templo - Lc 2:21-38

A circuncisão é um evento de grande importância para o povo judeu, tanto é que podia ser realizada no
Sábado. Ela indica que o homem faz parte da comunidade do Pacto e consistia na remoção do
prepúcio (pele que cobre a glande do penis - Conf. Gn 17:10). Era realizada no oitavo dia. Hoje, a
medicina prova que somente por volta do oitavo dia é que o fígado produz vitamina K
suficiente para que ocorra a coagulação do sangue. Era comum neste dia dar o nome à criança.

A apresentação no Templo era realizada após o período de purificação cerimonial da mãe. 33 dias para o
menino e 66 dias para a menina. Esta apresentação era obrigatória para os primogénitos do sexo
masculino, a fim de resgatá-lo. Nesta ocasião a pessoa ofertava um cordeiro; os mais pobres, dois pombinhos;
os paupérrimos, uma porção de farinha (Lv 12:7-13). A oferta de Maria foi a dos pobres.

234
Nesta ocasião foram registradas as profecias de Simeão e de Ana: O cântico de Simeão ressalta a glória de
Israel e o alcance dos gentios. A expressão "transpassará a tua alma...'(v. 34-35), prediz o sofrimento de Maria
diante do que aconteceria a Jesus futuramente.

• A Visita dos Magos e a matança dos Inocentes-Mt 2:1-12

Magos: O historiador Heródoto afirmava que os magos constituíam uma casta sacerdotal do reino dos Medos,
e que, durante a conquista Persa abraçaram a doutrina de Zoroastro. É possível que os magos tenham viajado
de quase cinco meses até que chegassem a contemplar o menino. Os países do Oriente seriam a Pérsia ou
Mesopotârnia, ou então Arábia, Caldéia ou Partia.

Estrela: Antigos escritores como Orígenes pensaram ser um cometa. Cientistas modernos depois de
mencionaram a conjunção de Júpiter com Saturno, na constelação de Peixes. O surgimento de um astro para os
magos era um evento importante na face da Terra: um novo rei, um novo reino, etc.

Os presentes: os dons mais estimados no Oriente: ouro, de Ofir; o incenso da Arábia e a mirra, da
Etiópia. Talvez por esta razão a tradição tenha designado serem três o número de magos, designando assim,
três raças diferentes; talvez não seja alheia a profecia de Is 60:5-6.

O MINISTÉRIO DE JESUS: PANORAMA GERAL

O Desenvolvimento e o ambiente da atividade pública de Jesus

A atividade pública de Jesus, transmitida pelos evangelhos, desenvolveu-se essencialmente no seio do


judaísmo, na Palestina. Ele surge como "Mestre de Israel", no seio do povo judeu e na história de Deus com
esse povo. A atividade por Jesus executada se assemelha a de um escriba judeu. Frequentemente era chamado
de "Rabi", termo comumente aplicado a um escriba. Suas palavras são chamadas “ensino”: ensino em Israel
Escrituras, o caminho e “a vontade de “Deus”“. Entretanto, comprovada por ações miraculosas O difere dos
escribas e fariseus, além “de romper com o esquema educacional de sua época”.

Sob o ponto de vista geográfico, a atividade pública de Jesus se restringiu às regiões da Palestina, povoada pelo
povo judeu. Ele evita cidades como Séfores, situada apenas a 6 km de Nazaré e de população helenista.
As poucas passagens que mencionam os gentios envolvem rápidos contatos.

O itinerário de Jesus durante seu ministério é extenso, "Ele percorria aldeias e cidades, pregando o Evangelho
do Reino." Porém, podemos dividi-lo em seis (06) fases, por regiões onde mais se concentrou em determinado
período, conforme quadro a seguir:

8. A Missão Messiânica

Os ensinos e obras de Jesus devem ser compreendidos no contexto de sua missão. Por que Ele veio? Para que
Ele veio? Para quem Ele veio? O que Ele realizou? O que realizou cumpriu os objetivos de Sua Missão? Os
elementos que mencionaremos a seguir nos ajudam a descobrir respostas honestas a estas perguntas, que todo
cristão deveria saber respondê-las sem contradições. Esses elementos fundamentais para a compreensão com
profundidade sobre a atividade messiânica de Jesus. Em hipótese alguma devem estar dissociados um dos
outros, mas se completam e dão o pleno significado de sua Missão aqui na terra.

1º O âmbito da missão - Conf. MT 15:24 “... às ovelhas perdidas da casa de Israel".


• Ele veio como judeu para o povo judeu. Jo 1:14
• Adotou a autoridade do V.T. - MT 5:17-19
• Participou da adoração na Sinagoga. Mc 1:21; Lc 13:10, etc.
• Direcionou os doze no sentido de se afastarem dos gentios por ocasião da "Missão dos Doze" MT 10:5-
6.

Jesus reconheceu o pacto de Deus com Israel. Durante o Seu ministério procurou levar a nação ao seu
verdadeiro destino. Entretanto, a exigência de arrependimento imposta na sua pregação reconhece à situação
dos judeus como pecadores e provoca uma rejeição à sua Pessoa. A esta ênfase na pregação junta-se as
reinvindicações messiânicas, fazendo-nos perceber que a rejeição é evidente desde o início do Seu ministério,
embora aumente de intensidade gradativamente durante o mesmo, chegando ao ponto culminante da traição e
morte. Não obstante, um grupo substancial de israelitas respondeu ao apelo de Jesus, pela fé. A esse grupo
tornou-se possível o cumprimento da salvação messiânica e o surgir do verdadeiro povo do Reino Lc 12'32- MT
19-2B Lc 22:30.

2° O caráter da missão: itinerante - Conf. Lc 8: l MT 9:35, etc.


Muitos aspectos dos ensinos e do modo de agir de Jesus somente podem ser compreendidos dentro do caráter
itinerante e Sua Missão. As instruções aos doze antes de enviá-los dois a dois, a conversa com o jovem rico, a

235
expressão "o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça" são exemplos de quem assumiu um ministério
itinerante.

O que significa o caráter itinerante? Em primeiro lugar, pregadores itinerantes existiam por toda a Palestina.
Era um estilo de vida aceito pelo povo, pois, regra geral, era exercida em nome do Sagrado. O elemento judeu é
por característica cultural hospitaleiro. Jamais um judeu deixa um viajante dormir ao relento. Portanto, a
hospitalidade era comum mesmo sem conhecer aqueles que se hospeda em sua casa.

O itinerantíssimo aponta para uma crise social: A nação de Israel era nessa época, uma nação espoliada: não
tinha autonomia de governo, pois quem governava era Roma; reis usurpadores ocupavam o trono da Judéia
(os Herodes); o povo ansiava pelo Messias - aquele que o libertaria do jugo romano e estabeleceria o reinado da
Casa de Davi entre as nações.

Essa crise social aponta para um desarraigamento social, pois para sair da crise, buscavam-se várias soluções,
que poderiam romper com o padrão da vida social da época. Tal é, com efeito, a existência da sociedade de
Qumrã, das hordas de revolucionários, dos movimentos proféticos, dos grupos de mendicância, etc. Outro
reflexo da crise é a Diáspora. Sabe-se que nos tempos de Jesus cerca de 500.000 judeus habitavam a
Palestina. Fora deste território, cerca de 3.500.000 estavam dispersos.

O caráter itinerante da Missão de Jesus era necessário para efeito de alcance daquele povo, que estava em
constante movimento dentro do seu território e fora dele. Era uma atividade que exigia disposição, capacidade de
renúncia e reconhecimento total do valor daquele serviço. Daí, que seguir a Jesus naquele ambiente, exigia
renunciar o padrão social da época e ter como prioridade o alcance das "ovelhas perdidas da casa de Israel".

3° O objeto da pregação: O Reino de Deus


Cada evangelista procura sintetizar o que Jesus defendia em Seu ensino: Mc 1:14; Lc 8:1; Mt 4:17.
No ambiente palestino-judaico já se falava a respeito do domínio real de Deus. Essa era a concepção básica
comum e seguiam-se a ela as diversas interpretações.

Para o judaísmo pós-babilônico, o Reino de Deus é estabelecido à medida que Sua Palavra é ouvida por todas
as nações que se tinha conhecimento. Por isso em casa província se estabelecia sinagogas, que não somente
eram abertas aos judeus, mas a gentios "tementes a Deus". Não se sabe muito sobre a prática do proselitismo,
mas Jesus chega a mencionar sobre os fariseus e doutores da Lei que “rodeiam o mar e a terra para fazer um
prosélito”. Para os zelotes, o Reino é tomado pela espada, na medida em que se destrói o Inimigo - os romanos.
Para os essênios; o Reino vem na medida em que as pessoas se isolam dos prazeres terrenos e entram para
sua comunidade através do batismo e normas implementadas. Para os místicos, a forma apocalíptica é a mais
adequada! A visão de um Messias que transcende o humano, no seu sentido glorioso é uma boa garantia do
cumprimento das promessas divinas...

Portanto, ao anunciar a vinda do Reino de Deus, Jesus não introduz um termo novo, mas o fato de que ele está
próximo. Para Jesus. A vinda do Reino não aconteceria por meio de um espetáculo apocalíptico, mas por meio
de uma “grandeza ético-espiritual, que se centraliza no Seu Ser comprovadas nas demonstrações de sinais e
prodígios no “meio do povo Deus”“.

4°) O modo de agir


• Jesus não atendeu às reinvindicações preconceituosas de seu povo, quanto ao comportamento.
• Lc 15:1-2 - recebeu publicano e pecadores
• Jo 4:27 - "Falou" com a mulher samaritana. (Jamais um rabi perderia tempo conversando com uma
mulher. O fato era mal visto na sociedade).
• Mc 10:13 - deu atenção especial às criancinhas;
• Lc 7:39 - Aceitou a dádiva da pecadora;
• Lc 8:3 - Aceitou ser servido pelos bens das mulheres;
• Jo 2:13 - Afrontou a elite sacerdotal, responsável pelo comércio no Templo.

9. A escolha dos 12 apóstolos

No começo do seu ministério Jesus escolheu doze homens que o acompanhassem em suas viagens. Teriam
esses homens uma importante responsabilidade: Continuariam a representá-lo depois de haver ele voltado para
o céu. A reputação deles continuaria a influenciar a igreja muito depois de haverem morrido.
Por conseguinte, a seleção dos Doze foi de grande responsabilidade. "Naqueles dias retirou-se para o monte a
fim de orar, e passou a noite orando a Deus. E quando amanheceu, chamou a si os seus discípulos e escolheu
doze dentre eles, aos quais deu também o nome de apóstolo" (Lc 6.12-13).

A maioria dos apóstolos era da região de Cafarnaum, desprezada pela sociedade judaica refinada por ser o
centro de uma parte do estado judaico e conhecida, em realidade, como "Galiléia dos gentios". O próprio Jesus
disse: "Tu, Carfanaum, elevar-te-ás, porventura, até ao céu? Descerás até ao inferno" (Mt 11.23). Não obstante,
Jesus fez desses doze homens líderes vigorosos e porta-vozes capaz de transmitir com clareza a fé cristã:

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Simão, chamado Pedro: Simão, Pedro era filho de João ou Jonas (Jo 1:42), conhecido pescador
da Galiléia. Ele encabeça a lista dos apóstolos, nos Sinópticos, o que sugere certo grau de consideração por
parte dos escritores. De fato, Pedro emergiu como líder mais influente da comunidade primitiva. Eusébio dá o
ano de 68 d.C. para a morte de Pedro, e segundo relato do mesmo autor, o apóstolo morreu crucificado de
cabeça para baixo, nos jardins de Nero. Existe um número considerável de evidências extra-bíblicas que aludem
ao fato de Pedro ter passado os últimos anos de sua vida em Roma e ter sido sepultado no local onde
atualmente se encontra a "Basílica de São Pedro".

Tiago, filho de Zebedeu: Era o irmão de João e foi o primeiro a sofrer como mártir, durante o governo de
Herodes Agripa l. Morto ao fio da espada, no ano 44 d.C. Diz a tradição que ele foi o primeiro missionário na
Espanha. A tradição católica romana crê que seus ossos estão sepultados na atual cidade de Santiago, ao
Noroeste da Espanha.

João: Era irmão de Tiago, e ao que parece mais novo do que ele, pois seu nome sempre é citado após o do seu
irmão. Uma tradição diz que era filho de Salomé, que por sua vez era irmã da mãe de Jesus. Sendo assim, tanto
Tiago como João eram primos de Jesus. Ao que parece, a família de João era quem fornecia peixe ao Sumo-
Sacerdote, razão pela qual seria conhecido deste (Conf. Jo 18:15). Foi o único que permaneceu ao pé da cruz
por ocasião da morte de Jesus. Quando ouviu dizer que Jesus havia ressuscitado foi o primeiro a correr para o
sepulcro, contudo, deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara mortuária. (Jo 20:1-4, 8). A tradição diz que
esse apóstolo cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreava a Igreja de Éfeso e que Maria ali morreu. Tertuliano
afirma que ele foi levado a Roma e "lançado em óleo fervente, saiu ileso, e então foi exilado numa ilha" - a ilha
de Patmos. Acredita-se que ele viveu até idade avançada e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento.

André: Seu nome significa "varonil". A tradição afirma que ele era fisicamente forte, homem devoto e fiel. Era
irmão de Pedro, com o qual morava na mesma casa (Mc 1:29). Ele viveu seus últimos dias na Cítia, ao Norte do
Mar Negro, foi crucificado numa cruz em forma de X, a qual a tradição denominou de "cruz de Sto André".

Filipe: Jesus encontrou com Filipe durante a 1º fase do Seu ministério. A vida desse apóstolo fica na
obscuridade pela pouca informação que se tem a seu respeito. Sabe-se de Jo 1:28 do seu encontro com Jesus
e posteriormente testifica dEle a André. De Jo 6:7, a pergunta que faz por ocasião da multiplicação dos pães.
De Jo12: 20-22 sobre o contato que teve com alguns gregos que desejavam ver Jesus; e, de Jo 14:8, quando ele
pede para Jesus mostrar o Pai. Algumas tradições dizem que ele pregou na França, no Sul da Rússia, na Ásia
Menor ou até na índia. No ano de 194 d.C. O bispo Polícrates de Antioquia escreveu que "Filipe, um dos doze
apóstolos, dorme em Hierápolis". Contudo, não se tem provas concretas dessas alegações.

Bartolomeu: ou Natanael. Alguns estudiosos dizem que Bartolomeu era o sobrenome de Natanael. Alguns
eruditos acham que este discípulo era de origem nobre e estava ligado aos Ptolemaicos, família governante do
Egito. Esta teoria fundamenta-se em afirmações de Jerônimo. Diz uma tradição que Bartolomeu serviu como
missionário na índia, onde foi decaptado pelo rei Astríages.

Mateus, ou Levi: Era um publicano, isto é, oficial de menor categoria contratado pelos cobradores de impostos
oficializados pelo Império Romano. Os publicanos recebiam seus salários, cobrando uma fração a mais do
que seu empregador exigia. Mateus fazia sua coleta de pedágio na Estrada entre Damasco e Aço; sua tenda
situava-se fora de Cafarnaum, o que lhe dava oportunidade de cobrar impostos dos pescadores. Normalmente
um publicano cobrava 5% do preço de compra sobre os artigos normais do comércio, e 12% sobre os artigos
de luxo. Como estava associado com o Império, eram marginalizados pelos outros judeus, que o considerava
traidor do seu povo. Aos publicanos eram negados direitos, tais como o de depor em tribunais. Também não
se aceitava o troco na hora de pagar os impostos, para não se contaminarem com o dinheiro vindo de um
impuro. Segundo John Fox, autor do Livro de Mártires, Mateus passou seus últimos dias pregando na Pártia e na
Etiópia.

Tomé: João diz que ele era chamado "gémeo". A vulgata Latina aplica a palavra Dídima, como nome próprio.
Ele é bem lembrado pela incredulidade (Jo 20:25), e pouco lembrado pela sua coragem (Jo 11:16). Os
pais da Igreja respeitaram o exemplo de Tomé. Agostinho afirmou: "Ele duvidou para que não tivéssemos
dúvida". A tradição afirma que ele foi missionário na índia sendo martirizado e sepultado em Mylapore, hoje
subúrbio de Madrasta. Seu nome é lembrado pelo próprio título da Igreja Martoma ou "Mestre Tomé".

Tiago, filho de Alfeu: Alguns eruditos acreditam ser irmão de Mateus, cujo pai tem o mesmo nome (Mc
2:14). Alguns comentaristas teorizam que esse discípulo trazia uma estreita semelhança física com Jesus, o que
poderia explicar o fato de Judas ter de beijar o Mestre por ocasião da traição. Diz uma lenda que Tiago pregou
na Pérsia e foi crucificado.

Tadeu, ou Judas: Mateus e Marcos se referem a ele como Tadeu; Lucas o menciona como Judas, filho de
Tiago (Lc 6:16) e João, "como Judas, não o Iscariotes" (Conf. Jo 14:22). O historiador Eusébio afirmou que esse
discípulo foi enviado por Jesus ao rei Abgar da Mesopotâmia, a fim de orar por sua cura. Diz outra tradição que
ele foi assassinado a pauladas e pedradas por mágicos, na cidade de Suanir, na Pérsia.

Simão, o zelote: Mateus se refere a ele como "Simão, o cananeu", enquanto que Lucas "Simão, o. zelote".
Cananeu é a transliteração da palavra aramaica *Kanna'àh" que significa "zeloso" -ou "zelote". O quer dá a
entender que esse discípulo pertencia ao grupo dos zelotes. A Igreja Copta do Egito afirma que ele pregou nesse

237
país, na África, Grã-Bretanha e na Pérsia. Outras fontes concordam que ele tenha servido nas Ilhas
Britânicas. Nicéforo, de Constantinopla escreveu: "Simão que nasceu em Cana da Galiléia, era chamado zelote,
lendo recebido do alto, o Espírito Santo, viajou através do Egito e da África, depois pela Mauritánia e Líbia,
pregando o Evangelho. E a mesma doutrina ele ensinava ao Mar Ocidental e às Ilhas chamadas Britânia".

Judas Iscariotes: "Iscariotes" significa "homem de Queriote". Queriote era cidade próxima a Hebrom, na
Judéia. Se Judas era de Queriote, foi o único dos discípulos procedente da Judéia. Os habitantes da Judéia
desprezavam os Galileus e os consideravam como rudes colonizadores das fronteiras. Judas foi o traidor do
Mestre e suicidou-se ao perceber o que fizera com Ele.

10. A Missão dos Doze - MT 10; Mc 6:7-13; Lc 9:1-6.

Os discípulos não deveriam possuir ganância de lucro, mas sobriedade e total abandono à divina providência.
Jesus impediu qualquer identificação com outros grupos itinerantes daquela- sociedade. "... pregadores
itinerantes não eram estranhos á cena oriental daquela época.' Os pregadores judeus equipados com alforjes,
bordão e quase nada mais, viajavam por toda a parte pregando suas mensagens. Semelhantemente, pares de
judeus eram enviados, mas normalmente, como coletores de esmolas...". Os alforjes eram usados para a coleta
de esmolas, sob a administração dos religiosos da época. Eles ensinavam a dar para uma causa justa, para o
próprio Deus.

Os discípulos agiriam ao contrário:


• Dariam de graça o que receberam da Graça de Cristo - "de graça recebestes, de graça dai"
• Não tirariam vantagem da dádiva;
• Se contentariam com o sustento que lhes fossem oferecido;
• Não resistiriam com violência às perseguições- fugiriam se fizesse necessário.
• Começariam e terminariam a tarefa de proclamar o Reino e permaneceriam com a consciência
tranquila do trabalho executado, independente de seus resultados;
• Não temeriam responder diante das autoridades sobre a razão da fé, mas confiariam na ação do
Espírito Santo.

11. Jesus e o cumprimento da Lei e dos Profetas - Conf. Mt 5:17

CUMPRIR não significa somente levar a termo uma predição, mas realizar as INTENÇÕES da
Lei e dos Profetas. É mais que uma concretização dos fatos previstos; é a realização de uma esperança, de
um destino, de um piano, de uma realidade.

• Mc 1:15 - "O tempo está cumprido..."


• Mt 1:22 -"... para que se cumprisse."

Portanto, Jesus veio para levar à perfeição a revelação da vontade divina, expressa imperfeitamente na
Lei, ao mesmo tempo em que cumpriu os preanuncies dos Profetas, pois estes falaram ao Seu respeito.
O clímax desse cumprimento foi a cruz. Ele aceitou a Lei tanto em princípio como compulsória
permanentemente, interpretando Escritura com Escritura e não segundo a Lei Oral. O que realmente importava
era Deus e a postura do homem com relação a Ele; os rituais eram secundários.

O ensino de Jesus mostra também algumas características básicas do Reino:

• Os que dele participam experimentam do caráter exigido para cumprir a vontade de Deus;
• Jesus repassa em forma de ensinamento essa vontade, com autoridade pessoal e usando a 1ª pessoa
do plural - o que indica ser ele próprio o interlocutor da mesma; como no V.T. o era Yaweh.
• O mal existente no coração humano deve ser tratado para que o homem alcance o ideal do Reino.
Não adianta preocupações e especulações com os atos pecaminosos enquanto o coração continua com
a velha natureza. Torna-se necessário uma natureza nova para se obter um novo comportamento, que
agrade a Deus identificando-se com Ele em caráter.
12. Jesus Cristo - o Messias
Messias é a palavra hebraica que significa ungido. A unção, no Velho Testamento, era a cerimônia de
aprovação ou ordenação de alguém para uma função ou posição muito especial. Os sacerdotes, eram ungidos.
Os reis eram ungidos. Jesus Cristo não é designado como um ungido, mas como O ungido. O Messias,
prometido, aguardado pelo seu povo. Aquele no qual se acharia a redenção, através do seu trabalho de
mediador entre Deus e o homem. Mateus 1: 21 nos mostra a identidade inconfundível do Messias: Jesus Cristo.

O nome Cristo, é um nome grego, com o mesmo significado do nome Messias no hebraico. Jesus, significa
salvador, ou, aquele no qual há salvação. A unção de Cristo, a confirmação de sua unção e a sua gloriosa
função de mediador, salvador e rei do seu povo, está registrada em passagens como Isaías 9:6; Mateus 3:16 e
16:16.

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O Messias - Cristo no Velho Testamento
Os detalhes escritos sobre Jesus Cristo, milhares de anos antes de sua encarnação, são impressionantes!
Vamos ver apenas algumas passagens:
• Desde a queda do homem que temos a primeira promessa específica de vitória sobre Satanás,
indicando que tal vitória seria alcançada pela "semente da mulher", isto é por um homem! (Gn 3:15).

• Deus fez um pacto com Abraão e reafirmou este pacto muitas vezes ao longo da história do Velho
Testamento: com Jacó, com Judá, com Davi (Gn 12;18; 49:10). O Messias prometido sairia dessa
linhagem.

• Moisés foi informado que o Messias seria um profeta, autorizado e enviado por Deus (Dt 18:15-18),
para o seu povo.

• Balaão, em uma visão, recebeu a revelação de que o Messias seria uma "estrela" da Esperança e da
Fé, e seria um Rei forte (Nm 24:17).

• Isaías transmitiu inúmeras profecias sobre o Messias. Em uma delas, fica claro que o Messias faria por
si mesmo a expiação dos pecados do seu povo, isto é, seria um Sacerdote (Is 53: 4-10, também
profetizado no Salmo 110:4).

• Muitos salmos (chamados messiânicos) registram com extrema precisão a vida e obra do Messias,
aproximadamente 1000 anos antes dos verdadeiros acontecimentos. Por exemplo, o Salmo 2 fala do
Reino do Messias. O Salmo 8 fala da encarnação. O Salmo 22 fala sobre sua morte na cruz.

• A precisão das profecias chega ao ponto de especificar o local de nascimento de Cristo - Belém (Mq
5:2), e de dar a época exata do seu nascimento: em Daniel 9 lemos o registro dos detalhes históricos
que precederia a vida do Messias, por um período de "setenta setes", ou seja, de 490 anos. toda a
história da humanidade, os impérios e as conquistas que se sucederam, está mapeada nesse capítulo,
culminando com a vinda do Messias.
Resumindo, todos os rituais de culto do Velho Testamento, as festas cerimoniais, os sacrifícios, as ofertas, etc,
apontavam para o Messias, Jesus Cristo. Tudo isso cumpriu-se nEle, como nos instrui Colossenses 2: 16-23.
Não é de espantar que tantas vezes o Novo Testamento relate os acontecimentos da vida de Cristo com o
prefácio: "E nisto assim se cumpriu o que foi dito pela Escritura", ou "pelos Profetas..."(Ex.:Mt1:22).
As funções do Messias
No início do livro de Hebreus (1:1-4), lemos algumas declarações sobre Cristo:
• A mensagem que Cristo nos deu é semelhante à dos profetas (v.1), ou seja: Jesus Cristo é Profeta.
Vimos acima que tal função já estava prevista no Velho Testamento. Os profetas do Velho Testamento
eram os porta-vozes de Deus, os Seus mensageiros. Jesus é a revelação suprema do Pai, de Sua
vontade, de Seus propósitos e de Seus desejos.

• Ele fez a purificação dos nossos pecados (v.3), ou seja: Jesus Cristo é Sacerdote. Também predita no
Velho Testamento, esta função era representada por integrantes da tribo de Levi. Os Sacerdotes eram
os mediadores entre Deus santo e os homens pecadores. Realizavam o serviço de oferecer os
sacrifícios e de interceder pelo povo. Cristo é o único sacerdote perfeito e exerceu a Sua função
oferecendo-se a si mesmo na cruz (Hb 7:24-28), para nossa salvação.

• Ele não somente é autor de todas as coisas, mas também é apresentado como o herdeiro de tudo (v.2),
ou seja: Jesus Cristo é Rei. Em muitos trechos do Velho Testamento encontramos menção à
majestade e ao reinado de Cristo. Rei dos Reis, que vence o inimigo e assegura vitória para si e para o
Seu povo!
Estes ofícios, que bem descrevem a obra de Cristo, têm sido identificados na Palavra de Deus pelos teólogos de
todas as eras: Jesus Cristo é nosso Profeta, Sacerdote e Rei. Quando aceitamos a Cristo em nossas vidas
Ele adentra como Salvador (Sacerdote) e Senhor (Rei). Como Profeta, Ele é a palavra da salvação,
direcionamento, admoestação, correção e julgamento, ou seja, interliga os aspectos de ser Senhor e Salvador.

Quando pecamos, estamos indo contra o Seu posicionamento como Senhor de nossas vidas. Quando estamos
envolvidos em algo errado, estamos negando a regência que Ele tem por direito. Ele nos castiga, como Rei que
Ele é. Ele nos ama e nos quer arrependidos ao pé da cruz, para o recebimento do prometido perdão, pois é o
nosso Salvador. Mas a Bíblia não dá conforto a ninguém com a duvidosa proposição de que você vai vivendo,
tendo Jesus só como Salvador, e permanecendo no pecado, até que um belo dia você o chama para ser o seu
Senhor. A Bíblia desconhece esta situação, e àqueles que vivem em pecado os manda examinarem a salvação
que professam.

O verdadeiro crente possui uma vida caracterizada pela obediência (Jo 14:15). Ele precisa ter o Espírito Santo
no domínio de suas ações, ser cheio do Espírito, subjugar a sua natureza pecaminosa, mas ele já foi resgatado
por Jesus Cristo, o glorioso Messias - Senhor e Salvador, Profeta, Sacerdote e Rei.

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LIDERANÇA

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Princípios de Liderança

• Temas
• O líder
• Relacionamento Interpessoal
• Estabelecimento de metas
• Planejamento das ações
• Avaliação dos resultados

1. O Líder - Um Vencedor

Os homens se dividem em duas classes: os que obedecem e mandam e os que apenas obedecem. Os ativos e
os passivos. Os que têm uma consciência de força, vontade e inteligência, imbuída de uma inabalável convicção
de querer e vencer e os que esperam pelo acaso.

1.1. Característica dos Líderes Vencedores

Não subestimam a si mesmo. Mas adquirem a confiança e a força necessária para enfrentarem corajosamente
todas as dificuldades para a realização de seus projetos. Confiam em Deus e si também. A falta de confiança
significa um descrédito em si próprio. Uma pessoa confiante é capaz de utilizar todo o seu potencial, alcançar
toda sua capacidade e utilizar toda a sua força na busca de seu objetivo.

O líder precisa aprender a dominar as emoções e o nervosismo, vencer a preguiça, a timidez e a comodidade.
Deixar de lado a idéia que a sorte não o ajuda. O destino de um líder está em sua Mente. O seu otimismo.

O líder de sucesso é aquele que se firma na ação construtiva de seus ideais. São os gigantes do trabalho, da
persistência, da coragem, do entusiasmo e da força de vontade.

O sucesso não chega para o indiferente, nem a oportunidade é algo independente da mente. Porém, um plano
de meta, é a melhor coisa para coordenar os gastos de energia, organizar a mente e alcançar o objetivo.

Quando um indivíduo olha para o futuro confiante e firme, descobre oportunidades e energias que o levam a
grandes empreendimentos e conseqüentemente ao êxito.

O otimista alcança o êxito, porque pensa no êxito. Pv. 23.7

O homem que busca o êxito, trás consigo uma atmosfera simpática que inspira confiança aos demais.

Quem deseja conquistar o êxito, deve começar logo o seu projeto, mesmo que seja em proporção modesta.

A Vontade com a colaboração da confiança, é sempre mais eficiente.

É da vontade que provem os impulsos que nos levam a realização de diferentes empreendimentos. Mas para
vencer conquistar o êxito, o homem precisa de decisões para mobilizar suas energias, enfrentar os problemas e
resolvê-los diariamente por meios de ações úteis.

A vontade deve ser dirigida sempre de forma contínua e a um objetivo específico.

A vontade deve ser aplicada a um trabalho definido e útil

O maior segredo de um líder: são os segredos do seu interior. Se ele não conhecê-los e não dominá-los bem,
nenhum princípio de liderança o fará ter êxito.

Na liderança, O Líder terá que está disposto a servir, servir e servir. Terá que vencer o cansaço, a dor, o
aborrecimento e a raiva, no servir aos seus liderados.

1.2. INFLUÊNCIA

É inegável que qualquer líder causa influência sobre outras pessoas. Essa influência é sempre tida pelos
liderados como um padrão a ser seguido. Normalmente o líder não dá nem um passo sem que seja observado.

1.2.1. FAÇA DISCÍPULOS – Caso contrário sua liderança não terá continuidade.

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1.2.2. APRENDA COM OS OUTROS – não despreze o aprendizado de quem já percorreu o mesmo
caminho que você está trilhando.

1.2.3. TRABALHE EM EQUIPE - Passou o tempo do líder sabe-tudo. Faz tudo. Muitas igrejas não vão
bem por causa disto. A era dos líderes super.. acabou...

1.2.4. ESTUDE / SE RECICLE – O líder deve estar a frente do seu grupo.

1.2.5. ACESSORIA: Tenha uma boa acessória, constituída de pessoas que saiba o que tem de ser feito
e estão comprometidas com a causa. Com sua liderança.

2. Adicionais para o líder cristão

2.1. Qualidades Espirituais – Qualquer um que queira liderar o povo de Deus, precisa ter como prioridade
absoluta servir a Deus, servindo ao povo, mantendo uma vontade forte de ser útil aos outros como
Jesus foi.

2.2. Qualidades Morais – Para liderar o povo de Deus é preciso ter vida limpa moralmente. Liderança cristã
sem moralidade é ilusão. Deus também quer líderes que tenham o desejo de serem limpos por causa
dEle e não por medo dos seus liderados. Em Gênesis 39.9 José se nega se envolver com a mulher de
Potifar não por medo, mas para cometer pecado contra Deus. Ele queria ser puro diante de Deus.

2.3. Crise moral de liderança – Um dos grandes problemas atuais é baixa moralidade dos cristãos e de
muitos líderes. Precisamos compreender que cristianismo sem moralidade é ilusão. Portanto, Firmeza
é uma questão de conteúdo. A tristeza vem, quando os seus liderados descobrem que você não tem
conteúdo. Por não ser confiável.

Precisamos de igrejas cujo princípio de integração seja fundamentado nos princípios da palavra de Deus e não
apenas em camaradagem social, ou com fim lucrativo para alguém.

Escreveu Orivaldo Lopes – Pastor: “não devemos fazer as coisas para que os outros vejam, mas
devemos saber que ao fazermos as coisas os outros estão vendo”.

Muitos líderes estão vivendo crises: social, econômica, familiar e política. Não tendo condições de
conduzir o povo diante da conjuntura do mundo atual, por lhes faltarem o exemplo de vida pessoal e/ou familiar e
ministerial

3. HONESTIDADE E A SINCERIDADE

3.1. DINHEIRO: Honestidade não é um segredo da vida de um líder, é parte do seu caráter. Os grandes
adversários de um líder são: Poder, dinheiro e sexo. Todos ligados à vida moral. É preciso andar com
Deus. Não deixe o dinheiro dominar você. Seja senhor dele.

Uma dica: Não mantenha dinheiro da igreja ou organização em sua conta bancária.

Preste sempre conta dele com relatórios minuciosos.

Chame sempre pessoas exigentes e minuciosas para fazer o exame das contas. O dinheiro que
administramos é de Deus.

3.2. PODER: O exercício de um cargo só é verdadeiro quando voltado para servir. Não corra atrás do poder;
deixe ele vir calmamente. O poder é trabalhoso controlar.

Um alerta: Não abandone sua sinceridade e espontaneidade ao assumir qualquer cargo. Dê o melhor
de si quando estive num comando.

3.3. SEXO: Tenha só uma mulher, mesmo que seja fazendo um grande esforço/sacrifício.

3.4. TENHA SUA FAMÍLIA COMO PRIORIDADE - Faça tudo que puder para ganhar o mundo para Cristo,
mas não esqueça sua família. Sua família é a vitrine do seu trabalho.

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4. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL

Este elemento é fundamental. Nunca deixe de fazer um cumprimento amigo, afável, aos que lhes rodeiam, e com
especial aos seus liderados. Num grupo de trabalho cada pessoa precisa sentir-se importante, necessária caso
contrário não investirá energia para participar ativamente dos trabalhos. Valorize seus liderados

Todos nós temos necessidades pessoais relevantes, que influenciam grandemente nossa capacidade de
participar ou não com alegria e eficiência de um grupo de trabalho.

• Precisamos que os outros nos apreciem.

• Precisamos que apreciem nossa contribuição.

• Precisamos ser ouvidos e entendidos.

• Precisamos ser aceitos como somos.

• Precisamos nos sentir valorizados.

O líder precisar ter sensibilidade para atender essas necessidades de seus liderados com sutileza? Nas reuniões
mantenha contato visual com quem estiver falando. Ouça-o com seriedade e serenidade e sem interrupções?

Esses detalhes fazem grande diferença no clima da reunião. Vamos raciocinar: Um líder sisudo, fechado, que
não gosta de fazer amizades. Podemos estar certo, que o relacionamento interpessoal da equipe será ruim, de
pouco aproveitamento. Não renderá todo o seu potencial.

a) COMUNICAÇÃO: O líder terá que se comunicar bem. Não pode ser uma pessoa de poucas palavras.
Caso contrário não será entendido. Terá que ser uma pessoa que coragem e pasciencia dizer a mesma
coisa tantas vezes quanto for necessário para se fazer entendido e aceito

b) LEALDADE: O líder, terá que ser leal com seus liderados, bem como com seus superiores. Não fale
mal deles, defenda-os

c) CONHECIMENTO DOS LIDERADOS: O líder necessita possuir; é o conhecimento da capacidade e


habilidade de seus liderados, pra que venha determinar tarefa que a pessoa seja capaz de executar.
Este item nos ajudará muito a conquistar nossos alvos.

5. ESTABELECIMENTO DE METAS

Caminho que todo líder necessita trilar para construir algo sólido, visível e durável. Também para trazer para
junto de si colaboradores e aliado dispostos a investir confiança energia e trabalho.

Estabelecer metas é visualizar um alvo a ser perseguido, buscado. Quem não sabe onde que chegar, não chega
a lugar nenhum. Para se alcançar as metas estabelecidas: é necessário um importante componente: o
planejamento

METAS PESSOAL – O líder que não conseguir estabelecer alvos concretos para sua vida pessoal, jamais
conseguirá estabelecer alvo para a sua liderança. Sem alvos não se chega a lugar algum.

METAS PARA SUA LIDERANÇA – Outro segredo estratégico é estabelecer alvos para sua liderança. Quando
você assume uma posição de liderança, deve estabelecer os alvos para o seu tempo naquela função. Só assim
você avaliará se está progredindo ou não.

6. PLANEJAMENTO

Para muitos líderes, o planejamento é algo dispensável, ou fora de seu alcance, o que não é verdade. O que
precisamos entender é que sem planejamento, andamos sem direção. Não é uma Universidade que fará um bom
líder; basta querer! (A força do querer Lc 18.41-43. praticar as técnicas necessárias e desenvolver uma atitude
mental adequada. O planejamento é o mapa da execução de qualquer projeto concreto.

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Planejar é:

Decidir o que se vai fazer

Determinar as etapas da execução projeto

Determinar os recursos a serem usados

Os recursos humanos; os recursos materiais e financeiros

Definir o tempo de execução para cada etapa do projeto.

Exemplo: Numa viagem de férias, o planejamento começa com a escolha do destino, data, meio de transporte, o
que deve ser levado, local de hospedagem, etc.

O planejamento não é falta de espiritual, nem falta de confiança em Deus. O planejamento é indispensável para
o projeto se tornar viável. (Lc 14.28).

O planejamento governa 80% da execução do projeto, falhar no planejamento é planejar para falhar. Em toda a
Bíblia os acontecimentos decorrem de um planejamento detalhado. Exemplos: A história dos hebreus, a
construção do Tabernáculo, a construção do Templo de Jerusalém, o Plano da Salvação, etc. Se quisermos
cumprir fiel e corretamente nossa missão de líder na casa de Deus, devemos então saber planejar com todo o
cuidado.

Sobre o Planejamento Podemos Afirmar:

O planejamento disciplina o líder

O planejamento torna mais interessante o projeto

O planejamento estabelece critérios claros, ajuda a esclarecer as dúvidas e fornece meios para alcançar os
objetivos

O planejamento ajuda o líder desenvolver melhor seu trabalho. Portanto não se limite apenas com as idéias na
cabeça, ponha-as no papel de forma organizada e orientada em um planejamento que venha trazer disciplina
nas ações continuadas, que efetivarão a execução do todo.

No planejamento deve está bem detalhada a função de cada membro da equipe de trabalho. Qual seu limite de
autoridade e tomada de decisões. Para não haver choque de autoridade. Deve constar também o tempo de
execução de cada etapa dos trabalhos, para possibilitar o devido acompanhamento controlado e a verificação se
as metas estão sendo cumpridas dentro dos objetivos propostos

O planejamento ainda ajuda a identificar aquele membro da equipe que não está rendendo e a razão do não
rendimento, bem como nos mostra onde ele necessita ser ajudado. Motivado, corrigido, reorientado, ou tirado
fora

Com um bom planejamento fica menos difícil, administrar as atividades da equipe.

7. Avaliação

Porque é importante a avaliação? Porque é ela mostra os frutos do nosso trabalho. Mostra se estamos
alcançando os objetivos propostos e ou se estamos trabalhando em vão. Ela nos reorienta, pois nos mostra com
fidelidade o resultado. Por. Ex. Um projeto de evangelismo do bairro/cidade, etc. Mobiliza-se uma grande
quantidade de pessoas, compram se folhetos, saem todos a evangelizar, fazem um grande culto e várias
pessoas aceitam a Jesus como salvador, mais depois de algum tempo, estas mesmas pessoas não estão na
igreja, e ai? Entra agora a avaliação para buscar respostas.

• A avaliação é importante, tanto para o líder, quanto para o liderado e equipe

• A avaliação mostras as dificuldades encontradas, mostra a criatividade dos membros da equipe a ajuda
a reorientar o planejamento.

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• A avaliação mostra onde se deve/pode melhorar nas atividades posteriores.

6 - Motivando seus companheiros de equipe.

A arte de motivar é um processo complexo.

Primeiro, ele começa com o interesse (motivação) do próprio líder pelo projeto pauta.

Segunda, o conhecimento que o líder demonstra possuir do projeto. Estes são fatores motivadores muito fortes
sobre equipe.

Uma maneira eficiente e poderosa de motivar a equipe é convencê-los que eles são importantes para a
execução do projeto.

Não fale das dificuldades, fales dos alvos a serem conquistados.

Nosso papel, como líder de equipe é conduzir cada liderado a mergulhar no projeto, como se dele ependesse a
vida dele. Como se fosse a coisa mais importante da vida dele.

Motivação é, portanto, a arte de conduzir a equipe a alcançar o alvo, é induzi-los a mergulhar no projeto. É
gerar neles uma fonte de interesse pelo projeto. É a comunicação que influência uma escolha

ma boa maneira de motivar nossos liderados é ouvi-los atentamente e quando possível absorver suas idéias
para melhorar o projeto e o planejamento.

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ADMINISTRAÇÃO ECLESIASTICA

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INTRODUÇÃO

O objetivo deste estudo é apresentar aos que pretendem dedicar suas vidas ao Santo Ministério, uma
visão parcial de abertura, organização, controle financeiro e patrimonial de uma entidade religiosa.

CONCEITO

Administração - é a ação de administrar de forma eficiente, obedecendo normas, padrões e/ou


princípios estabelecidos, com direitos e deveres antes determinados.
Eclesiástica - é o que pertence ou relaciona-se à Igreja, organizações ou entidades religiosas.

1. REQUISITOS PARA UM BOM ADMINISTRADOR ECLESIÁSTICO

1.1. Conhecimento do assunto que se propões a administrar – No nosso caso ser profundo conhecedor
do viver cristão e da palavra de Deus, já ter passado por experiência de comando de grupo de pessoas
em departamentos na igreja por no mínimo um ano com um resultado obtido satisfatório,
principalmente nas questões de conflitos no grupo.

1.2. Cheio do Espírito Santo (At 6.3). O versículo nos mostra que para sermos escolhidos para a obra de
Deus é necessário que tenhamos as qualidades apropriadas.

1.3. Ser servo obediente (Rm 13.1; Ef 6.5a9). Tudo seja feito de conformidade com a vontade de Deus.
Mas só provamos que somos submissos a Deus, quando somos submissos também aos homens que
governam sobre nós, na igreja e fora dela.

1.4. Vigilante Mt 24.42-44; I Co 16.13; Ne 4.13-15; I Tm.2.3 ; Ap.2.3.

1.5. Sincero/Confiável. Isto é, falar só a verdade (II Tm 2.15; I Pe 4.11).

1.6. Zeloso. Por si (I Tm 4.13-16); pela família (I Tm 3.4-5); no falar (II Sm 23.2); Como pastor ( Jo 10.11;
Ez 34.1-10; Jr 23.1,2; Zc 11.17; I Pe 4.11).

1.7. Perseverante (Ne 4; Tg 1.25)

1.8. Fiel(Lc 16.1,2; Nm 12.7,8; I Tm 4.12; Mt 24.45-47).

1.9. Amoroso no trato/Benigno (Jo 13.35; Rm 12.9,10; I Co 13.1 a 4; 16.14).

1.10. Que governa bem (Ef 6.9). Dê sempre ordens possíveis de ser cumpridas.

1.11. Bom Mordomo/Administrador. Exemplo de José (Gn 39.2-5). Obs.: O que faz o servo eficiente, não é
sua capacidade e sim sua obediência (II Sm 2.3b, 4).

1.12. Objetivo (I Co 9.26; Fp 3.14). O que fazer, porque fazer, para que fazer e como fazer.

1.13. Vocação (I Co 7.20; Ef 4.1; II Tm 1.9; II Pe 1.10). Toda e qualquer pessoa para exercer determinada
função com perfeição é necessário que tenha vocação, amor e dedicação pela Obra de Deus, além
desses requisitos é necessário que receba, também, um chamado divino, ao que conceituamos de
convite ou autorização de Deus para exercer as funções vocacionais.

1.14. Planejador/Estrategista (Lc 14.31; Ne 4.4) – Alguém que tenha um projeto de trabalho, que saiba
pensar em algo diferente do que mundo faz. Alguém que saiba ver o que outros não veem. Alguém que
saiba estabelecer uma meta de trabalho para alcançar um fim. Enfim alguém que saiba pensar e
pensar bem, pensar positivo, que saiba aproveitar o melhor que as pessoas possam dar. Alguém que
saiba valorizar os outros. Alguém que saiba trabalhar em equipe. Que saiba ouvir e dizer não, mas um
não educado que não ofenda o solicitante. Alguém que saiba reconhecer o talento dos outros e não
ficar incomodado se na equipe houver alguém que saiba mais que ele. Alguém que se relacione melhor
com os demais membros da equipe.

2. COMO ADMINISTRAR

É necessário que saibamos administrar com serenidade, seriedade, humildade, espirito cristão e visão. É
necessário, também saber ouvir e saber ceder, precisamos de bons negociadores. Um administrador precisa

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conhecer todos os regulamentos, estatutos, normas e leis que regem a sua área de atuação. Um bom
administrador deve colocar os objetivos de sua administração acima dos alvos pessoais, seja seu e ou de algum
de seus comandados.
Jesus nos chamou de Mordomos, mordomo é um administrador, chefe (de diversos departamentos), isto quer
dizer, que devemos ter visão de conjunto, de todo e não de uma parte isolada.

A administração de uma igreja tem vários departamentos, por exemplo: Administrativo, financeiro, evangelismo,
E.B.D., missões, jurídico, social, cultural e outros. Cabe ao administrador harmonizar todos estes departamentos
como uma máquina com várias engrenagens bem lubrificadas para que haja um perfeito funcionamento do todo.

3. Na Igreja é Necessário que Haja:

* Livro de registro de membros e congregados (com dados pessoais e endereço);


* Ficha de membros e congregados;
* Livro de controle financeiro;
* Livro de atas (livro para registo de reuniões, onde se trata de assuntos importantes).

4. Aquisição de Bens Móveis e Imóveis

A aquisição de um imóvel para entidades religiosas poderão ser compradas ou doadas.


• Compras - É a forma mais conhecida de se adquirir os bens que se deseja nas organizações
eclesiásticas, a documentação deve ser no nome da igreja e nunca no nome de alguém.

• Doação - A documentação de imóveis para entidades religiosas, como as demais, acontece


através de transferência como registro público ou título definitivo. Quando o imóvel não tem
registro próprio ou está em fase de regularização faz-se um Contrato de Compra e Venda ou
Declaração, ambos com testemunhos e assinaturas devidamente reconhecidas, mesmo sendo
área de demarcação ou desdobramento do INCRA. Essa documentação deverá ser efetuada
em nome da própria entidade, seja ou não filial.

5. Abertura de Entidade Religiosa na Forma da Lei

Para que tenhamos uma entidade religiosa devidamente regularizada é necessário que haja determinado
número de adeptos para que os mesmos em reunião ordinária façam a Ata de escolha da diretoria, composta de
seis membros, escolhendo também seu Conselho Fiscal com cinco membros, podendo as secretarias serem
criadas posteriormente de conformidade com o padrão da organização. Após a Ata ser lavrada, será registrada
em Cartório apropriado e consequentemente repassado a um técnico em contabilidade para registro junto à
Receita Federal.

No Estatuto da entidade deverá constar finalidade, convenção a qual é filiada, os direitos e deveres a serem
cumpridos, credo, secretarias, etc.

6. Uma Igreja Para Ser Bem Sucedida Precisa Ser:

6.1. Auto Dirigida - As decisões devem ser tomadas pelos membros/congregados, com a orientação do
pastor/dirigente, conforme os princípios bíblicos.

6.2. Auto Propagadora - Isto é, cada irmão deve ser ensinado, instigado, orientado e motivado a ser um
ganhador de almas, um evangelizador.

6.3. Auto Sustentável - Deve prover o sustento do seu próprio obreiro e as despesas de seu
funcionamento. Deve também determinar sua forma de contribuição, com exceção do dízimo que tem a
forma bíblica.

7. Estabelecimento de Metas.

* Metas é: Decidir o que se vai fazer


* Que objetivos queremos alcançar, etc

8. Planejamento

Planejamento é decidir:

* Como se vai fazer;


* Quando se vai fazer;
* Que recursos vamos precisar;

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* Como vamos conseguir estes recursos;
* Que métodos vamos usar;
* O planejamento deve ser avaliado/revisto ao fim de cada etapa de trabalho realizado.

9. Relacionamento Interpessoal

9.1. Nunca deixe de fazer um cumprimento genuinamente amigo, afetuoso, caloroso, sincero aos irmãos,
seja novo convertido ou não, bem como as demais pessoas. Aquele que se sente amado e bem
tratado por você estará mais disposto a ouvi-lo.

9.2. Aprecie as pessoas como elas são, receba a ajuda que ela lhe queira dar, saiba ver nas pessoas
sempre o que elas têm de positivo e o negativo ignore.

9.3. Os padrões e deveres da vida cristã nunca devem ser imposto, devem ser ensinados e deixe que elas,
as pessoas, por si mesmas decidam se querem adotá-los ou não. O cristianismo é liberdade e
nunca imposição.

10. Construção de Templo

As construções de modo geral obedecem determinados padrões estabelecidos pela prefeitura e pelo CREA.
Para iniciarmos uma construção é necessário que antes façamos um desenho da arquitetura com aprovação de
um engenheiro civil, registrando o mesmo junto ao CREA, Prefeitura e INSS.

11. Contribuições:

Todas as contribuições para entidades religiosas são voluntárias. Em nossas organizações temos as seguintes
formas de contribuições:

* Dízimos;
* Ofertas;
* Coletas;

12. Classificação das contribuições

• Comuns - São aquelas que normalmente são colhidas nos cultos para despesas gerais.

• Especificas - São aquelas que se destinam para um fim especifico (Ex.: construção, compra de
equipamentos, etc.)

• Nominativas - São aquelas que é registrado o nome do ofertante.

• Anônimas - São aquelas que não se registra o nome do ofertante.

CONCLUSÃO

O bom administrador é aquele que está sempre pronto a ouvir, pois ao tomarmos decisões devemos ouvir várias
opiniões e conselhos. Disse-nos o Sábio Salomão: “...na multidão de conselheiros há segurança” (Pv
11.14b), diz ainda: “Onde não há conselhos frustam-se os projetos, mas com a multidão de conselheiros
eles se estabelecem” (Pv 15.22). Daí a função do Ministério da Igreja, para tomar as decisões, administrativas,
em conjunto, pois o obreiro não pode decidir sozinho, pois estará colocando-se em risco, estará assumindo
sozinho as conseqüências de sua decisão isolada e, às vezes, errônea. O bom administrador deve, também,
está sempre pronto a ceder diante de determinações decisões, não deve impor suas idéias, pois é melhor ceder
do que sofrer as conseqüências de uma decisão arbitraria e intransigente, levando os membros a ficarem
insatisfeitos.

Roguemos ao Senhor Jesus Cristo que capacite seus obreiros para serem bons mordomos de sua obra.
Medite nas palavras de Nosso Senhor que estão registradas em Lucas 12.42-48; 16.1-13, e seja um mordomo
fiel e prudente. Observe o conselho de Paulo a Timóteo e aplica-o à tua vida (I Tm 6.3-19).

249
MISSÃO NO LAR

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Introdução

Os pequenos grupos da Missão no Lar são uma estratégia eficiente e


necessária para a vida da nossa igreja. Com os pequenos grupos da
Missão no Lar, nossa igreja tem a capacidade de atingir as pessoas de
nosso tempo, as quais possuem um estilo de vida e necessidades muito
particulares, devido às características exclusivas do tempo, o homem e a
mulher no mercado de trabalho e a crescente exigência do sistema
econômico atual para custear a vida com todos os atributos do mundo
moderno. Tudo isso tem colaborado para o afastamento das pessoas dos
templos religiosos e levado centenas de pessoas ao esfriamento espiritual
e consequente perda da comunhão com Deus.

As famílias, amigos e parentes são alcançados em seus LARES pelos


PEQUENOS GRUPOS, proporcionando, com isso, condições adequadas
às práticas da vida cristã e a comunhão espiritual e social entre pessoas.

As Igrejas nos Lares espalharam-se por toda parte:

• Em Tessalônica funcionava na casa de Jasom. Atos 17:5


• Em Corinto a igreja estava na casa de Tício Justo em frente à sinagoga. Atos 18:7
• A casa de Filipe em Cesaréia, onde Paulo era hospedado. Atos 21:8
• As casas de Lídia e do carcereiro de Filipos foram usadas. Atos 15:15, 32-34.
• Uma igreja na casa da mãe de João Marcos em Jerusalém. Atos 12:12

Os Pequenos Grupos ou as igrejas nos lares se tornaram a estratégia determinante na difusão da fé cristã.

O Anfitrião de Pequeno Grupo Fazia:

1. Abria sua casa para as reuniões.


2. Ele(a) preparava a sua casa arrumada, em ordem e limpa para receber os convidados do seu Pequeno
Grupo.
3. Estar com ambiente pronto e esperando os membros do Pequeno Grupo meia hora antes do inicio da
reunião.
4. Prover acomodações para todos.
5. Ele, ou alguém escolhido pelo grupo, fica responsável pela recepção às visitas e membros. Ajudar o
líder e associado no que for necessário.

Propósito:

1. A maioria dos membros não tem muito tempo disponível, devido a excesso de programas e reuniões.
2. Os Pequenos Grupos devem merecer destaque especial no planejamento da igreja.
3. O evangelismo deve ser a prioridade principal dos Pequenos Grupos para manter o grupo vibrante e ativo.
4. Organizar o Pequeno Grupo para o evangelismo.
5. Formar Duplas para fazer contatos, visitar e dar estudos bíblicos nos lares.
6. Visitar membros afastados e ausentes.
7. Estabelecer o plano da cadeira vazia – a cada reunião os membros saem com o compromisso de trazer para
a próxima reunião uma pessoa pra assentar-se naquela cadeira que esta vazia (se houver assentos vazios
no Pequeno Grupo) até atingir o limite.
8. Convidar amigos, parentes, vizinhos e interessados a participarem do Pequeno Grupo.

MISSÃO NO LAR COMPREENDENDO O PROJETO


1. O que é missão no lar?
A tentativa de definir o que é Missão no Lar é quase insana. O número de definições é infinito, mas uma frase
chave é: Relacionamentos Autênticos e Transformadores! Missões no Lar existem para aproximar pessoas
umas das outras. A expressão “uns aos outros” , os mandamentos recíprocos, é chave neste processo. Muitas
pessoas confundem Missão no Lar com reuniões, mas na verdade, os Missionários (Mateus) no Lar transcendem
as suas reuniões, pois relacionamentos não podem ser limitados por espaço e tempo.
John Casteel apresenta-nos uma definição também interessante:

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“Missão no Lar, é um pequeno número de pessoas , encontrando-se face a face regularmente com os
propósitos de estudar a Bíblia e a fé cristã; orar, trocar experiências, compartilhar necessidades e pensar
como podem cumprir plenamente seu chamado como cristãos para amar e servir a Deus e ao próximo”.
É um projeto de Evangelização e integração de novas pessoas ao convívio da família de Cristo, formada por um
grupo limitado de pessoas que expressam a vida de alegria através da mensagem pregada de nosso Senhor
Jesus Cristo, que caminham dentro de uma visão bíblica com propósito.
1.1. Como acontece a reunião do Pequeno Grupo.
1.1.1. Boas Vindas
1.1.2. Recepção
1.1.3. Louvor
1.1.4. Apresentação dos membros
1.1.5. Momento de Descontração - Dinâmica
1.1.6. Oração
1.1.7. Ministração da Palavra de Deus
1.1.8. Convite para entregar sua vida a Jesus
1.1.9. Sempre colocar uma cadeira vazia

2. Principais impactos que a missão no lar causa na igreja.

2.1. A Missão no Lar aproxima as pessoas umas das outras. É impossível “levar as cargas uns dos
outros”, aconselhar uns aos outros”, etc, se os uns só se encontram com os outros no meio de
multidões reunidas para eventos dominicais, onde mal dá tempo de responder a um “Tudo bem?”.

2.2. A Missão no Lar é um “ambiente ideal” para os novos cristãos. A evangelização é mais completa e
concreta através dos relacionamentos pessoais, já que as pessoas podem iniciar seu contato com o
evangelho não apenas ouvindo a pregação, mas principalmente vendo o evangelho funcionar na vida
dos cristãos com quem convivem.

2.3. A Missão no Lar e um “ambiente ideal” para os novos líderes. Quando as pessoas ficam próximas
umas das outras, rompem a barreira do anonimato e passam, naturalmente, a intercambiar suas
riquezas, sejam dons espirituais, experiências de vida, recursos financeiros, oportunidades, etc.

2.4. A Missão no Lar estende os limites do cuidado do rebanho. Muitos problemas do rebanho são
resolvidos com desabafos, intercessão e aconselhamento mútuos, troca de experiências ou exortações
amorosas, o que pode acontecer muito bem nos relacionamentos afetivos.

2.5. A Missão no Lar é um instrumento de mobilização do rebanho. Quando o rebanho está fracionado,
a necessidade de “mão de obra aumenta” e não há espaço para expectadores.

2.6. A Missão no Lar facilita o processo de ensino-aprendizagem. Nos grandes ajuntamentos a Bíblia é
generalizada, nas pequenas reuniões, é particularizada. Reunir poucas pessoas e colocar a Bíblia em
suas mãos, gera o ambiente e a ocasião ideal para que todos contribuam com seus conhecimentos,
testemunhos, e compartilhem suas dúvidas, de tal maneira que a Palavra de Deus possa aplicar-se à
situação específica de cada pessoa.

2.7. A Missão no Lar viabiliza a concretização do amor fraternal. Nas grandes reuniões há o “Eu te amo
em Jesus”, na Missão no Lar, há o “Eu te amo e tenho tempo para ouvi-lo”. “Eu te amo e posso levar
você ao hospital”. “Eu te amo e posso cuidar de sua família enquanto você está desempregado”.

2.8. A Missão no Lar abre o leque de possibilidades de engajamento dos cristãos em serviços ao
próximo. Cristãos não precisam participar de todas as atividades de suas comunidades cristãs, mas
podem e devem se unir com outros que possuem os mesmos interesses a fim de se mobilizarem para
ministérios úteis. Trabalhar em equipe é sempre mais estimulante, além de ser mais eficaz.
Poderíamos resumir o que foi dito numa frase: A Missão no Lar edifica a Igreja. Embora com
abordagens diferentes, todos os autores que escrevem sobre o assunto são unânimes em afirmar que um
ministério de Missão no Lar gera o desenvolvimento do Corpo de Cristo.
3. Por que somos uma igreja de missão no lar?

3.1. Valores relevantes da missão cristão - Experimentar a graça salvadora e ser um arauto do evangelho
integral.

252
“O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas
aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar a libertação aos
cativos e a pôr em liberdade os algemados” (Isaías 61.1).
3.1.1. Maturidade - É marcada pela evidencia constante de mudança e da busca por uma semelhança
com a pessoa de Cristo.
“Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção,
para a educação na justiça, afim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente
habilitado para toda boa obra”. (2 Tm 3.16,17).
3.1.2. Mutualidade - O conteúdo da mutualidade é o pastoreio mútuo e intencional, é a Palavra
aplicada, é a maturidade testemunhada, é vida familiar e congregacional, é o exercer dos
mandamentos recíprocos.
“Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam as suas propriedades
e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente
perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições
com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo.
Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. (At 2.44-47).
3.1.3. Ministério - Descobrir, desenvolver e aplicar nossos Dons espirituais para servir ao Corpo de
Cristo.
“ ... tendo, porém, diferentes dons segundo a graça que nos foi dada”. (Rm 12.6).
3.1.4. Mordomia - Entrega total de tudo o que somos e temos! Derramar extravagante do nosso ser aos
pés do Senhor! Com objetivos de redenção de Cristo em nossa comunidade.
“Servi uns aos outros, cada um conforme o que recebeu, como bons mordomos da multiforme
graça de Deus”. (1 Pe 4.10).

3.2. Relação de mandamentos recíprocos

• Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal Rm 12.10.


• .. preferindo - vos em honra uns aos outros; Rm 12.10
• Tendo o mesmo sentimento para com os outros Rm 12.16
• A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos ameis uns aos outros. Rm
13.8
• Não nos julguemos mais uns aos outros. Rm 14.13
• Assim, pois, seguimos as coisas da paz e também as da edificação de uns para com os outros. Rm
14.19
• Ora, o Deus de paciência e consolação vos conceda o mesmo sentir de uns para com os outros.
Rm 15.5
• Acolhei-vos uns aos outros. Rm 15.7
• ... aptos para vos admoestardes uns aos outros. Rm 15.14
• ... sede, antes servos, uns dos outros. Gl 5.13
• Levai as cargas uns dos outros. Gl 6.2
• ... suportando-vos uns aos outros em amor. Ef 4.4
• ... fale cada um a verdade com o seu próximo, porque somos membros uns dos outros. Ef 4.25
• Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos. Ef 4,32.
• ... perdoando-vos uns aos outros. Ef 4.32.
• ... sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo. Ef 5.21
• ... mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si. Fp 2.3
• Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos
outros. Fp 2.4
• Não mintais uns aos outros. Cl 3.9.
• Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, Cl 3.13.
• ... instrui-vos e aconselhai-vos mutuamente. Cl 3.16.

253
• ... e o Senhor vos faça crescer e aumentar no amor uns ara com os outros. 1 Ts 3.12.
• ... deveis amar-vos uns aos outros. 1 Ts 4.9.
• Consolai-vos pois, uns aos outros. 1 Ts 4.18.
• Consolai-vos, pois, uns aos outros e edificai-vos reciprocamente. 1 Ts 5.22.
• Vivei em paz uns com os outros. 1 Ts 5.13.
• .. exortai-vos mutuamente cada dia. Hb 3.13.
• Consideremos-nos também uns aos outros, para nos estimularmos ao amore às boas obras. Hb
10.24.
• Não negligencieis a prática do bem e a mútua cooperação. Hb 13.16.
• ... não vos queixeis uns dos outros. Tg 5.9.
• Confessai, pois, vossos pecados uns aos outros. Tg 5.16.
• ... tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados. 1 Pe 4.8.

4. Como “promover o pastoreio mútuo e intencional”?


O pastoreio mútuo e intencional é o que os membros do grupo devem dar uns aos outros. Não é possível
(não é esperado) a um líder de Missão no Lar se responsabilizar por todo o cuidado de todos os membros
do grupo. Deve ser objetivo de uma Missão no Lar, e responsabilidade do líder facilitador, promover e
facilitar o cuidado mútuo e interativo uns dos outros. Este tipo de cuidado inclui e desafia todos os membros
a se colocar à disposição uns dos outros para suprir de forma altruística as demandas que se façam
necessárias na vida de cada um. Levar alimentos, cestas básicas, visitando-os em casa e no hospital,
orando e assistindo-os em outras necessidades. Tais cuidados nos capacitam a cumprir o mandamento de
Gálatas 6.2, que diz: “Levai as cargas uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo”.

5. Como “criar um ambiente favorável à transformação de vidas pela aplicação da Palavra”?

5.1. Grupos voltados para a transformação.


Sua Missão no Lar pode ter pessoas que derivam para um desses extremos. Deixe-nos afirmar que os
grupos da “verdade” estão certos em amar a doutrina sadia e a instrução bíblica valores cada vez mais
ausentes até entre cristãos comprometidos. Devemos também ressaltar que os grupos da “vida” fomentam
a transparência pessoal, a expressão das emoções e o reconhecimento de necessidades verdadeiras.
Nosso desafio como líderes facilitadores de Missão no Lar, porém, é evitar a entropia, isto é, não queremos
evitar tensões. Devemos continuar a levar os membros ao ponto médio de tensão, em que a verdade e a
vida se encontram face a face e esse ponto chama-se transformação.
Ao contrário dos grupos orientados para a doutrina ou focalizados somente em assuntos pessoais, os
grupos localizados na transformação ligam a verdade à vida e a vida à verdade. Os grupos que procuram
transformar vidas exploram a verdade a respeito de Deus e de mim e não apenas a respeito de mim, nem
apenas a respeito de Deus. Os membros não estão obcecados com informação, mas buscam
transformação. As pessoas perguntam: “Como posso me tornar semelhante a Jesus Cristo?”. Nesses
grupos os membros são recompensados por serem francos com Deus e uns com os outros. Comunidade se
constrói sobre o fundamento da autenticidade, não simplesmente na aceitação e concordância. A idéia do
“venha como você é” é válida, mas os membros de um grupo focalizados na transformação nunca permitem
que alguém permaneça sem mudanças na vida.
O alvo é o que John Ortberg define como “coração bem ordenado”, um coração organizado em redor daquilo
que Jesus pensaria, falaria e faria em nosso lugar. Nós nos aventuramos corajosamente além do domínio de
um membro bem informado ou de um eu bem compreendido para desenvolver um coração bem ordenado,
um coração transformado na imagem de Cristo.
Como saber se seu grupo é focalizado na verdade, na vida ou na transformação? O quadro abaixo fornece
uma comparação útil e a oportunidade de avaliar a nossa situação.
5.2. Grupos voltados para transformação da vida
Conhecem a verdade a respeito de Deus e de si mesmos. Concentram-se na Transformação - em que
aspecto estou me tornando - semelhante a Cristo. Recompensam os membros por serem francos com Deus
e uns com os outros. A Comunidade se constrói sobre o princípio da autenticidade. O Objetivo é um coração
bem ordenado.
5.3. Grupos voltados para a vida
Conhecem as respostas aos problemas pessoais. Concentram-se na introspecção - Como estou me
sentindo? Recompensam os membros por serem verdadeiros. A Comunidade se constrói sobre o princípio
da aceitação. O Objetivo - os membros terem boa compreensão de si mesmos.

254
5.4. Grupos voltados para a verdade
Sabem as respostas às perguntas. Concentram - se na informação - O que significa? Recompensam os
membros pelas respostas certas. A Comunidade se constrói sobre o princípio da concordância. O Objetivo é
um membro do grupo - bem informado.
6. Os componentes de uma missão no lar

6.1. Amor (Mutualidade)


O Amor é expresso de várias maneiras na vida de um grupo. Primeiramente expressamos amor a Deus
através da oração e adoração e quando o louvamos. Expressamos amor uns aos outros quando servimos e
cuidamos uns dos outros no grupo. João 13.34-35 nos diz: “Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns
aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que
sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.” É o amor cristão que torna nossos grupos distintos.
6.2. Evangelismo
Os grupos devem tomar decisões que assegurem que o propósito do grupo sejam executados. Isto significa
alcançar outros para Cristo (Mateus 28. 18-20).
6.3. Serviço
Tiago diz: “assim também a fé, se não tiver obras, por si só está morta” (Tiago 2.17). O serviço e as boas
obras são parte de qualquer Missão no Lar saudável e vibrante. O grupo tem que decidir como expressará o
amor cristão à comunidade e aos outros no corpo.
6.4. Aprendizagem
Jesus disse em Mateus 11.29: “Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e
humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas”. Aprender sobre Cristo e a sua vontade
para a nossa vida é um componente chave da vida de um grupo. Todo grupo precisa aprender sobre as
Escrituras, sobre os seus componentes e sobre si mesmo.
Embora haja muitos deferentes tipos de grupos, enfatizando estes quatro componentes da vida de um grupo
de maneira diferente. Em qualquer reunião particular (em qualquer tipo de grupo), um dos componentes
mencionados acima pode sobressair aos outros.

7. Compreendendo a filosofia da missão no lar

7.1. Compromisso
Os Compromissos são as expressões dos valores, expectativas ou comportamentos do grupo, pelos quais
nos tornamos responsáveis uns pelos outros. Fazemos compromissos baseados na aceitação mútua, no
amor, na lealdade e só valem se todas as partes procurarem cumprir as obrigações dos mesmos. Em alguns
casos, uma parte pode continuar a cumprir o compromisso apesar da infidelidade da outra parte (Como
Deus fez muitas vezes com Israel). Assim, os compromissos são acordos que unem e podem criar confiança
e edificar a comunidade.
Nem todos os grupos fazem compromissos por escrito, mas a maioria tem pelo menos valores ou
expectativas que não foram escritos, então o esboço abaixo o ajudará a formular o compromisso que seja
adequado a seu grupo.

7.1.1. Chaves para formar o compromisso

• Os valores em torno dos quais o grupo elabora o compromisso devem ser propostos pelo grupo e
não impostos pelo líder.
• Os compromissos devem sempre conter declarações usando “eu” e “você” e evitar o uso de “nós”.
Os compromissos se tornam mais pessoais quando se usa “eu”.
• Os compromissos devem ser reafirmados periodicamente, para que os membros se lembrem do
que ficou acertado uns para os outros.
• Os compromissos devem girar em torno de logísticas e valores.

255
Logísticas Valores
Onde e quando nos reuniremos A “Cadeira Vazia”
Quantas vezes nos reuniremos Acompanhamento
Quem é o dirigente Transparência
Quem é responsável pelo lanche Confidência
Expectativa de frequência Aceitação

• Os compromissos devem ser formados com o passar do tempo através de um processo que
envolva a todos.

7.1.2. Como formar um Compromisso que criará um Senso de Comunidade?

• Reunião nº 1 - Distribua folhas de papel e peça aos membros do grupo para escreverem dois ou
três valores/comportamentos que esperam dos outros membros do grupo.
• Reunião nº 2 - O líder faz uma lista com os valores apresentados na reunião anterior e os coloca
em uma só folha de papel. Depois ele divide o grupo em equipes de duas ou três pessoas e pedem
que classifiquem os valores pela ordem de importância (os cinco primeiros).
• Reunião nº 3 - O líder apresenta os valores mais importantes escolhidos na semana anterior e
apresenta uma lista final com os cinco a sete valores classificados.
(Não adianta escolher mais de sete. A maioria dos grupos não lembra mais do que isto, por isso
tente focalizar só nos mais importantes). Peça a cada equipe para escrever uma declaração para
um ou dois valores, apresentando-as ao grupo para esclarecimento e finalmente apresentando-as
na forma final. Talvez sejam necessárias duas a três reuniões, mas valerá a pena.
• Reunião nº 4 - O líder distribui a lista final de valores com duas a três sentenças de explicação
sobre cada um. Cada membro assina o pacto, concordando em agir segundo os valores. Este intero
processo pode levar de duas a três reuniões, ou até mais se o grupo quiser.

7.1.3. Exemplo de Compromisso:


O Propósito do nosso grupo é:
o Vivenciar o valor da mutualidade pela prática dos mandamentos recíprocos, ser um lugar
de acolhimento e cuidado mútuo, um lugar seguro e restaurador de vidas.
o Nós nos reuniremos 06 meses, após os quais avaliaremos nossa direção.
o Nós nos reuniremos das 19 às 20h e faremos todo o possível para iniciar e acabar na
hora. Caso chegue o horário de início e só tiver duas ou três pessoas, os mesmos darão
início à reunião.
o Nós nos reuniremos em sistema de rodízio ou seja , de casa em casa.
o O componente “Serviço” de nosso grupo terá os seguintes planos e parâmetros ...
o Cada membro terá como desafio a descobrir os seus dons e talentos e ficar à disposição
para servir nas mais diversas oportunidades ministeriais da Igreja. Também considerar
servir como grupo uma vez dentro da Igreja e uma vez fora da igreja anualmente.
o O componente “Aprendizagem” (currículo bíblico) será ...
o Usaremos os mais diversos estudos para o crescimento e edificação dos membros do
nosso Missão no Lar. Também aplicaremos os estudos indicados pela Igreja.

7.2. Estamos de acordo com os seguintes valores principais para o nosso grupo:
7.2.1. Prioridade: Enquanto no grupo daremos prioridade para as reuniões do grupo, e se não pudermos
estar presentes ou vamos chegar atrasados, avisaremos com antecedência de preferência um dia
antes, por questão de logística. Devemos avisar ao anfitrião e ao líder do grupo.
7.2.2. Disponibilidade: Os membros do grupo e seus recursos devem ficar disponíveis para ajudar o
próximo. O tempo, a atenção, o discernimento, tanto quanto os recursos materiais, devem ficar
disponíveis a fim de preencher as necessidades e servir um ao outro.

256
7.2.3. Segurança: Relacionamentos francos e honestos devem ser protegidos com um acordo de
segurança, aquilo que se diz no grupo permanecerá confidencial, as opiniões serão respeitadas e
as diferenças.
7.2.4. Cobrança: Em relacionamentos autênticos, prestar contas é uma submissão voluntária aos outros
membros do grupo em busca de apoio, encorajamento e ajuda numa área particular de sua vida,
dando-lhes responsabilidade para auxiliá-lo nessa área.
7.2.5. Participação: Todos têm o direito de ter a sua própria opinião, e mesmo as “perguntas tolas”
serão bem vindas e respeitadas.
7.2.6. A “Cadeira Vazia”: O grupo poderá aceitar outras pessoas, contanto que entendam os princípios
de funcionamento do grupo. As normas para preenchimento da “cadeira vazia” em nosso grupo à
disponibilidade da mesma.
7.2.7. Multiplicação: Fazer seu grupo crescer e eventualmente “dar à luz” a um novo grupo capacitará o
mesmo a desenvolver o projeto de ver mais pessoas ligadas na comunidade cristã, crescendo em
seu relacionamento com Cristo.

8. Valores que devem fazer parte da vida da missão no lar?


Todos os grupos agem de acordo com certos valores e expectativas. Frequentemente, porém, tais
expectativas não são articuladas, muito menos escritas. A fim de cultivar uma comunicação transparente e
esclarecer os propósitos e valores do grupo, é importante ter os valores principais por escrito. Seguem-se
valores chaves para os relacionamentos em Missão no Lar. É apenas um exemplo de valores. Você e seu
grupo devem criar a sua própria lista com tipos de valores centrais ao grupo. O mais importante é que os
membros de seu grupo tenham o compromisso de crescer em relacionamentos interpessoais e maturidade
em Cristo.
8.1. Afirmação: É importante criar um ambiente no qual os membros do grupo afirmem e encorajem uns aos
outros, edifiquem-se mutuamente em Cristo e ajudem um ao outro a crescer.
8.2. Disponibilidade: Os membros do grupo e seus recursos devem ficar disponíveis para ajudar o próximo.
O tempo, a atenção, o discernimento, tanto quanto os recursos materiais, devem ficar disponíveis a fim
de preencher as necessidades e servir um ao outro.
8.3. Oração: Oração deve ser valorizada na vida do grupo, o qual se reúne diante de Deus para louvar,
pedir, confessar e agradecer ao Senhor tudo o que Ele fez. A oração encoraja os membros do grupo a
serem humildes, sabendo que tudo vem de Deus. Em oração eles também se sentem valorizados e
chegam a entender o valor que tem. A medida que você vê Deus agir, a fim de responder aos pedidos
de seus membros, todo o grupo se sentirá encorajado.
8.4. Transparência: Este valor nos relacionamentos no grupo promove honestidade e torna mais fácil
comunicar os sentimentos, lutas, alegrias e tristezas. Alcançar a meta, de se ter um relacionamento
autêntico começa quando somos transparentes m com o outro.
8.5. Honestidade: O desejo de ser honesto uns com os outros é crítico em relacionamentos autênticos. Para
que possa haver confiança entre os membros do grupo, é preciso que falem a verdade em amor, para
que “cresçamos em tudo naquele que é o cabeça, Cristo”. (Ef 4:15).
8.6. Segurança: Relacionamentos francos e honestos devem ser protegidos com um acordo de segurança,
aquilo que se diz no grupo permanecerá confidencial, as opiniões serão respeitadas e as diferenças
permitidas.
8.7. Confidencial: Como parte do conceito de segurança, a confidência promove a transparência se houver o
compromisso de que seja o que for que tenha sido compartilhado se houver o compromisso de que
seja o que for que tenha sido compartilhado dentro dos limites do grupo, não será repetido em lugar
nenhum.
8.8. Sensibilidade: Um compromisso de ser sensível às necessidades, sentimentos, história e situações
atuais dos outros membros do grupo ajudarão a edificar relacionamentos no grupo.
8.9. Cobrança: Em relacionamentos autênticos, prestar contas é uma submissão voluntária aos outros
membros do grupo em busca de apoio, encorajamento e ajuda numa área particular de sua vida,
dando-lhes responsabilidade para auxiliá-lo nessa área.
8.10. Evangelismo: Em grupo, evangelismo é o compromisso de fazer crescer a comunidade de crentes
através de coisas tais como o compartilhar da sua fé, fazei uso da “cadeira vazia” a fim de convidar
pessoas a participarem do grupo, e outras iniciativas.
8.11. Multiplicação: Fazer seu grupo crescer e eventualmente “dar a luz” a um novo grupo capacitará o
mesmo a desempenhar a visão de ver mais pessoas ligadas na comunidade cristã, crescendo em seu
relacionamento com Cristo.

257
HEMENÊUTICA

258
1. Que é Hermenêutica?

É a ciência que se ocupa em apresentar os principios que lidam com a arte de interpretação da Bíblia.
Ciência porque estabelece regras positivas e invariáveis. Arte porque as suas regras são práticas. Vem [do
grego hermenêutico. “Ciência que tem por principal objetivo descobrir e mostrar o verdadeiro significado de
um texto.” Ela é a base para toda a crítica filológica. Quando empregada nas Sagradas Escrituras a sua
missão passa a ser interpretar o que realmente Deus quer revelar através da Bíblia.

1.1. Qual a Importancia da Hermenêutica?

1.1.1. Cada vez que abrimos a Bíblia e a lemos procurando entender a mensagem de Deus que ela
tem para anunciá-la em nossa pregação, nos engajamos em um processo de interpretação, de
maneira consciente ou não.

1.1.2. Como Palavra de Deus, a Bíblia deve ser lida como nenhum outro livro, já que ela é única. Não
há outra Palavra de Deus. Ela foi escrita por seres humanos, deve ser interpretada como
qualquer outro livro. Nesse sentido, a Bíblia se sujeita a regras gerais da hermenêutica e da
interpretação, que fazem parte daquilo que é lógico e tem sentido dentro da nossa realidade. Ou
seja, quando nós refletimos no fato de que a Bíblia é um texto ― sujeita a regras gerais de
interpretação ―, temos um texto que está distante de nós por causa da sua idade, das línguas
originais, do diferente contexto cultural.

1.1.3. A leitura da Bíblia requer um esforço consciente de interpretação. É diferente, por exemplo, de
você pegar a Revista “Veja” ou a “Folha” e ler. Quando você se aproxima da Bíblia Sagrada, você
está se aproximando de um texto antiquíssimo que foi produzido em outro contexto e em línguas,
que não são faladas atualmente. Além disso, foi escrito para responder a perguntas que nem
sempre são as mesmas perguntas de hoje. Daí a necessidade de interpretação de todo um
processo consciente de hermenêutica.

1.2. Como Estudar Hermenêutica?

O estudo hermenêutico é uma atividade intelectual, e para se ter resultado é preciso que o aprendizado seja
aplicado. Ora, é impossível exercer o estudo da Bíblia sem que haja leitura contínua. Por isso, considero que
uma boa e sincera motivação é muito importante e fundamental para que haja uma compreensão do texto. É
necessário fazer um estudo pessoal da Bíblia, entendendo que o próprio Deus está falando, e esta
compreensão acontece quando as regras hermenêuticas são respeitadas, não obstante, a Bíblia é a Palavra
de Deus, e não é mister colocá-la de uma maneira que contradiga o que ela diz. A Bíblia é a autoridade
máxima. O propósito deverá sempre ser o de entender a palavra de Deus da maneira em que ela foi escrita,
sem aumentar, e sem diminuir, a Bíblia é suficiente e não precisa de advogados para defendê-la com
palavras que não lhe são próprias.

1.3. A Hermenêutica e as Notas de Rodapé:

1.3.1. Hoje no Brasil, temos a nossa disposição várias versões da sagrada palavra de Deus. As Bíblias
de estudo, são um sonho de consumo de muitas pessoas, principalmente dos seminaristas e
obreiros da Igreja de Jesus. Que bom que hoje é assim, o agir do Espírito Santo na vida de
muitos homens consagrados e piedosos, tornou possível este momento que vivemos.

1.3.2. A Bíblia de estudo contém vários comentários do texto, são as chamadas notas de rodapé. É
importante lembrar-mo-nos, que as notas de rodapé não são inspiradas, embora foram escritas
por homens eruditos e sábios, mais seus escritos não são canônicos.

1.3.3. È inspirado, somente o texto da palavra de Deus. Nesta perspectiva, desejo alicerçar a
hermenêutica do texto no texto, e não nas notas de rodapé. Para realizar uma boa hermenêutica,
necessário será usar uma Bíblia texto, somente texto, nada de notas ou comentários. Deixe a
consulta da notas para última estância, quando você tiver esgotado todas as possibilidades: as
regras, os fundamentos, e tanbém os princípios hermenêuticos. Quando isso acontecer, e só
depois, de uma olhadinha nas notas, porém, não tome partido delas, elas podem divergir entre si.
Nunca esqueça, as notas de rodapé não são inspiradas, ou como se diz entre os exegetas, elas
“São apenas exposição das ideias de alguem curioso tanto quanto outros”

2. A Biblía Como Livro Humano:

A Bíblia não caiu pronta do céu, mas foi escrita por diferentes pessoas em diferentes épocas, línguas e lugares,
e isto alerta-nos para o que alguns estudiosos do campo biblíologico chamam de o fenômeno do
“distanciamento” que aparece em diversas áreas. Vejamos:

2.1. Distanciamento Autorial;

259
2.1.1. Devemos reconhecer que teríamos uma compreensão mais exata da mensagem de alguns textos
reconhecidamente obscuros se os seus autores estivessem vivos e aqui conosco. Então
poderíamos perguntar a eles acerca destas passagens complicadas que escreveram e que
continuam até hoje dividindo opnião entre os melhores intérpretes quanto ao seu significado.

2.1.2. O distanciamento exige de nós a tarefa de interpretar. Interpretar um texto é exatamente tentar
transpor o distanciamento em suas várias formas, como mencionadas acima, e chegar ao sentido
exato do texto.

2.1.3. O ponto central da mensagem da Bíblia é tão claro que pode ser entendido por todos, mesmo os
que não estão conscientes do distanciamento. A prova disto é que a Igreja vem se mantendo viva
e ativa através dos séculos, sendo composta em sua quase absoluta maioria de pessoas que não
têm treinamento teológico, histórico e lingüístico que permitiriam uma leitura mais informada das
Escrituras. Por outro lado, uma maior exatidão e clareza acerca de todos os aspectos da
mensagem bíblica não poderão ser alcançadas sem interpretação consciente. E exatamente nisto
que reafirmamos nossa convicção de que a Bíblia é indiscutivelmente a verdadeira Palavra de
Deus.

2.2. Distanciamento Temporal;

2.2.1. A Bíblia está séculos distante de nós. Seu último livro foi escrito pelo final do século 1 da Era
Cristã, o que nos separa temporalmente em cerca de dois milênios. Portanto, como qualquer
outro documento antigo, a Bíblia precisa ser lida levando-se isto em conta. Os princípios de
interpretação da Bíblia procuram condições de transpor este abismo temporal.

2.2.2. Somente tendo uma compreensão do tempo e epocas em que os autores viveram, nós teremos
condições de resgatar o sentido real de um texto sagrado escrito.

2.3. Distanciamento Cultural;

“O mundo em que os escritores da Bíblia viveram já não existe. Está num passado distante, com suas
características, costumes, tradições e crenças.” Muito embora a inspiração das Escrituras garanta que sua
mensagem seja relevante para todas as épocas, devemos lembrar que esta mensagem foi registrada numa
determinada cultura, da qual traços foram preservados na Bíblia. Os princípios de interpretação da Bíblia
devem levar em conta o jeito de escrever da quela época, a maneira de expressar conceitos e ilustrar as
verdades, para poder transpor a distância cultural e então aplicalas no contexto atual.

2.4. Distanciamento Contextual;

“Os livros da Bíblia foram escritos para atender a determinadas situações que já se perderam no passado
distante

2.4.1. As cartas de Paulo foram escritas visando atender às necessidades de igrejas locais. Não posso
entender corretamente o ensinamento do apóstolo sobre o uso véu pelas mulheres (I Coríntios
11) se não estiver consciente do problema que estava acontecendo na Igreja relacionado com a
participação das mulheres no culto.)

2.4.2. A mensagem do evangelho de Marcos fica mais clara quando descobrimos que Marcos
escreveu provavelmente para ajudar os crentes romanos a enfrentar as provações que sofriam
por causa de Cristo.

2.4.3. E o livro de Jonas, especialmente a atitude de Jonas contra os ninivitas — ganha maior clareza
quando descubro que havia uma antipatia natural dos judeus contra os ninivitas por causa dos
seus grandes pecados. Os princípios de interpretação da Bíblia procuram transpor as dificuldades
criadas pela distância contextual.

2.5. Distanciamento Linguístico.

“As línguas em que a Bíblia foi escrita também já não existem. Não se fala mais o hebraico, o grego e o
aramaico bíblicos nos dias de hoje, mesmo nos países onde a Bíblia foi escrita”, a lingua predominante e
outra. Como cada língua tem seu jeito próprio de comunicar conceitos (apesar de uma estrutura comum a
todas) princípios de interpretação da Bíblia devem levar em conta estas peculiaridades. E nisto devemos
considerar que o conhecimento gramatical das linguas paralelas ao hebraico, Grego e Aramaico, certamente
nos ajudará a entender melhor as Escrituras sagrada.

3. A Bíblia Como Livro Divino:

260
• O fato de que a Bíblia foi inspirada por Deus, deve ser levado em conta por aqueles que desejam
interpretá-la corretamente. A divindade e a humanidade das Escrituras devem ser mantidas em
equilíbrio. Quando enfatizamos uma em detrimento da outra, acabamos por cair em algum dos erros
hermenêuticos que caracterizam a história da interpretação cristã das escrituras.

• A utilização consciente de princípios biblicos de interpretação compatíveis com a natureza da Bíblia


farão com que este conhecimento nos chegue de forma mais exata e completa.

• “Precisamos ter cuidado, porém, para não cairmos no erro de pensar que somente aqueles que têm
treinamento profissional em princípios de interpretação poderão chegar ao conhecimento da mensagem
das Escrituras.” Muitos dos princípios de interpretação bíblicos, são praticados diariamente por todos os
leitores da Bíblia, pois são simples, lógicos e evidentes.

A natureza divina da Bíblia, por sua vez, provoca em nós um outro tipo de distanciamento, que será expresso
nas linhas que se seguem:

3.1. Distanciamento Natural - Nossa condição de seres humanos impõe limites à nossa capacidade de
compreender as coisas de Deus. Isto Não impede a possibilidade deste conhecimento, com certeza,
mas o limita, o fato de sermos seres humanos tentando entender a mensagem enviada pelo Deus
criador em si só representa um distanciamento. A distância entre a criatura e o Criador tão
freqüentemente mencionada nas Escrituras, tem seus efeitos também na hermenêutica. Princípios de
interpretação não podem ignorar isto e pensar que bastam ferramentas corretas para que possamos
entender a Deus.

3.2. Distanciamento Espiritual - “O fato de que nós somos pecadores impõe ainda mais limites à nossa
capacidade de interpretação da Bíblia.” Somos seres afetados pelo pecado tentando entender os
desígnios do Deus puro e santo. A Queda é um conceito espiritual, mas com certeza não pode ser
deixado de lado em qualquer sistema interpretativo das Escrituras. Transpor o abismo epistemológico
causado pela Queda é certamente o ponto de partida. A regeneração e a conversão são a resposta de
Deus a esta condição.

3.3. Distanciamento Moral - A corrupção de nossos corações acaba por introduzir na interpretação das
Escrituras motivações incompatíveis com o Autor das mesmas. Infelizmente a história da Igreja mostra
como diferentes grupos manipulam as Escrituras para defender, provar e dar autoridade a seus pontos
de vista. Certamente existem pessoas sinceras, embora equivocadas. Mas não podemos negar que o
distanciamento moral acaba nos levando a torcer o sentido das Escrituras, procurando usá-la para
nosso fins nem sempre louváveis.

4. PRINCIPIOS BIBLICOS:

Uma grande responsabilidade do ministro cristão é sim interpretar corretamente a Palavra de Deus. Esta é a
base da obra do ensino e da pregação. De nada adianta sermos excelentes comunicadores, sabermos utilizar
muito bem as modernas técnicas didáticas, se entendermos mal os ensinos bíblicos, e os passarmos adiante de
forma inadequada. O objetivo dessa apostila é transmitir noções básicas de interpretação das Escrituras. Ler e
compreender a Bíblia é uma tarefa que exige conhecer e praticar algumas das regras de interpretação biblia e
nas linhas que se seguem me ocuparei em apresentar quais são elas:

1. Oração - Todo o trabalho de interpretação deve começar com a oração. É necessário que nos
cubramos com a proteção de Deus e convidemos o Espírito Santo a ser o nosso Mestre. O Espírito
Santo tem uma tarefa de ensinar-nos acerca de Cristo (Jo16:13-14). Do mesmo modo, é ele quem nos
mostra as profundas revelações de Deus. Em I Co 2:10, 12 estar escrito:

“Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito, porque o Espírito a todas as cousas perscruta, até mesmo as
profundezas de Deus... Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim, o Espírito que vem de
Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente”

2. Tanto O Espirito Santo como a fé salvadora são fatores necessários e indispensaveis para se
interpretar e entender corretamente a Biblía;

Em outra passagem a biblía nos afirma: “E vós possuís unção que vem do Santo, e todos
tendes conhecimento.” I Jo. 2:20. O verdadeiro entendimento da Palavra advém, em primeiro
lugar, desse contato íntimo e freqüente entre o intérprete e o Deus que inspirou as Escrituras.
• Rm. 14.23;
• Hb. 11.6.

3. Estude a Escritura com o pressuposto de que a Bíblia é autoridade absoluta;

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• Consciência;
• Tradição;
• A Bíblia.

4. Interprete a experiência pessoal a luz da Bíblia e não a Bíblia a luz da experiência.


• Jo. 20.22;
• Jo. 9.6-7.

5. A Escritura interpreta-se a si mesma, As Escrituras explicam melhor as Escrituras;


• Mc. 4.1-20;
• Is. 6.8 – Jo. 12.39 – At. 28.25.

6. Exemplos Bíblicos somente devem ser praticados quando acompanhados de uma ordenança;
• Subir o monte;
• Andar descalço.

7. A principio o objetivo da Bíblia é Moldar nossas vidas e não aumentar nosso conhecimento;
• Jo.15.7;
• Ef. 4.11-16.

8. Cada Crente tem o direito e a responsabilidade de


investigar e Interpretar a palavra de Deus para si mesma.
• At.17.10-11;
• At.

9. A Historia da Igreja é Importante mais não decisiva na interpretação das escrituras;


• Divinização de Maria;
• Consagração de Obreiras;

10. Todas as promessas de Deus em toda a Bíblia estão disponíveis pelo Espírito Santo aos crentes
de cada geração.
• Espirituais;
• Materiais.

PRINCÍPIOS GRAMATICAIS:

Os princípios gramaticais tratam das palavras do texto propriamente ditas. Como você deverá entender as
palavras e frases das passagens em estudo? Que regras básicas devem ser lembradas no trato do texto? Estes
princípios respondem a essas questões. “Interprete as palavras no sentido que tinham no tempo do autor.”
Quando você estudar uma palavra particular deverá determinar quatro fatores:
• O uso que dela fez o escritor;
• Sua relação com o seu contexto imediato;
• Seu uso corrente na época em que foi escrita;
• Seu sentido etimológico.

Ao interpretar uma palavra ou passagem, sua meta é determinar o sentido dela para o autor, quando a escreveu.
Esforce-se para libertar-se de todo e qualquer preconceito pessoal quando estudar uma passagem. O seu
objetivo é compreender o pensamento do escritor, não o que você acha que ele devia ter dito. Interprete a
palavra em relação á sua sentença e ao seu contexto. Este estudo do contexto para determinar o sentido exato
de uma palavra é uma das mais importantes e fundamentais regras de interpretação.

Cada escritor da Bíblia teve uma razão particular para escrever seu livro. Ao desenrolar-se o argumento do
escritor, você verá que há uma conexão lógica entre um texto e o seguinte. Você precisa encontrar o propósito
global do livro a fim de determinar o sentido de palavras ou passagens particulares no livro.
11. A Escritura só tem um sentido e deve ser entendida literalmente;

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• Mc 10.25.
12. Interprete cada uma das palavras em harmonia com o seu significado na época do autor.
• Fp.4.13.
13. Interprete as palavras em relação o seu contexto.
• I Cor.5.1-13.
14. Interprete a passagem biblica em harmonia com seu contexto.
• Mt.24.1-51.
15. Quando um objeto inanimado é usado para descrever um ser humano, essa declaração deverá
ser considerada figurada.

• II Cor.5.1;
• II Ped.1.13.

16. As figuras e as partes principais de uma parábola simbolizam determinadas realidades.


Considere somente as figuras e partes principais para chegar às conclusões.

• Mt.13-44;
• Lc.13.6.
17. Interprete as palavras dos profetas em seus sentidos usuais, literais, e históricos, a menos que o
contexto ou a maneira como elas são cumpridas indique claramente que têm um sentido
simbólico. Seu cumprimento é a garantia daquilo que é para ser seguido.

• Is. 53. 1-13.

PRINCÍPIOS HISTÓRICOS:

Os princípios históricos tratam do cenário histórico do texto. Para quem e por quem foi escrito o livro? Por que foi
escrito e que papel desempenhou o cenário histórico na formação da mensagem do livro? Quais os costumes e
o ambiente do povo? São desse tipo as perguntas que você procura responder quando considera o aspecto
histórico do seu estudo. Desde que a Escritura sagrada originou-se num contexto histórico, só pode ser
compreendida á luz da história bíblica. Embora a revelação de Deus nas Escrituras seja progressiva tanto o
velho como o Novo Testamento são partes essenciais desta revelação e formam uma unidade plena e absoluta.
Por isso se deve considerar alguns dos princípios.

18. A Escritura teve origem num contexto histórico, ela deve ser entendida somente à luz da história
bíblica.

• Ef. 6. 10-17.
.
19. Embora a revelação de Deus nas Escrituras seja progressiva, ambos o Velho e o Novo
Testamento são partes essenciais dessa revelação e formam uma unidade.

• Is. 6.8;
• Jo. 12. 39;
• At. 28.25.

20. Os fatos históricos tornam-se símbolos das verdades espirituais, somente se as Escrituras os
designarem.

• Gn. 22. 1-2 - Gn. 24. 1-14;


• Tabernáculo.
PRINCIPIOS TEOLOGICOS:

21. É preciso entender a Bíblia gramaticalmente antes de entendê-la teologicamente.


• Jo. 16. 11-14;
• Ef. 5. 30.
22. Uma doutrina não pode ser considerada bíblica a menos que abranja e inclua tudo o que a Bíblia
diz sobre ela.

23. Quando duas doutrinas ensinadas na Bíblia parecem contraditórias, aceite ambas como bíblicas,
na convicção de que elas se resolverão numa unidade mais alta.
• Livre Arbitrio;
• Presdestinação.

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24. Um ensinamento meramente contido nas Escrituras pode ser considerado bíblico quando uma
comparação das passagens relacionadas o sustenta.

25. Não fundamente uma doutrina em texto Isolado, Pois texto sem contexto é um pretexto pra uma
Heresia.

FIGURAS DE LINGUAGEM:

1. Metáfora; É a figura em que se afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, ou com o
que se compara. (Zc. 3.8).

2. Símile; Afirma que alguma coisa é o que ela representa ou simboliza, um elemento comparador. (Is.
53.2).

3. Metonímia; O emprego do nome de uma coisa pelo de outra com que tem certa relação (Gn. 25.26; Lc.
16.29; Gn. 41.13; Jó. 32.7) )

4. Sinédoque; A substituição de uma idéia por outra que lhe é associada (Mt.3.5; 6.11; Gn.3.19; 19.20).

5. Hipérbole; E a afirmação em que as palavras vão além da realidade literal das coisas (Dt. 1.28).

6. Prosopopéía; É a personificação de coisas ou de seres irracionais (Sl. 35.10; Jó. 12.7; Gn. 4.4).

7. Ironia; É a expressão dum pensamento em palavras que, literalmente entendidas, exprimem sentido
oposto.(Gn. 3.22; Jz. 10.14; Jó. 12.2; MT. 27.40).

8. Antropomorfismo; É a linguagem que atribui a Deus ações e faculdades humanas, e membros do


corpo humano (Gn. 8.12; Si. 74.11).

9. Parábolas; É uma forma de história colhida da natureza ou de ocorrências diárias normais, que lança
luz sobre uma lição moral ou religiosa.

10. Profecia; A profecia da Escritura pode ser definida como a inspirada declaração da vontade e
propósitos divinos. (Ver. Is. 61.1,2; Lc. 4.21). Não se deve esquecer que Jesus é o tema de toda a
profecia. (1 Pe.1.10,11).

11. Tipos; É uma classe de metáforas que não consiste meramente em palavras, mas em fatos, pessoas
ou objetos que designam fatos semelhantes, pessoas, ou objetos no porvir. (Hb. 9.8,9; Jo. 3.14;
Mt.12.40).

12. Símbolos; E uma espécie de tipo pelo qual se representa alguma coisa ou algum fato, por meio doutra
coisa ou fato conhecido, para servir de semelhança ourepresentaç E diferente do tipo por não prefigurar
a coisa que representa. Ele simplesmente representa o objeto (Ap.5.5; IPe.5.8; Js.2.18). Os simbolos
podem ser apresentados na forma de objetos (sangue, ouro, etc.); nomes (Abraão, Israel, Jacó, etc);
números (seis, sete, oito, etc.) e cores (púrpura, escarlate, etc).

13. Alegoria; É a narrativa em que as pessoas representam idéias ou princípios. (Gi. 4.21-31).

14. Enigma; É a enunciação duma idéia em linguagem dificil de entender. (Jz. 14.14)

15. Poesia. É a mensagem de Deus revelada através do lirismo da poesia judaica. Está presente desde
Gênesis até o Apocalipse. A poesia hebraica não possui rima.

Conclusão:

O estudo da Hermeneutia é uma bênção a todos quantos desejam dedicar-se a comunicação da Palavra de
Deus. Para um melhor aproveitamento de tudo que essas disciplinas oferecem, precisamos conhecer o que vem
a ser tal ciência, determinar a importância de seu estudo e pensar também, o quanto elas são fundamentais e
importantes para o nosso aperfeiçoamento. A nossa responsabilidade é tão importante que Paulo desafia:
“Procure apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que não tem do que se envergonhar e que maneja
corretamente a palavra da verdade.” (II Tm 2.15).

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